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Educação quilombola

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  • 1. Educao QuilombolaFabiana de Paula e Luciano Oliveira

2. Contextualizando Do final do sculo XIX at quase o final dasegunda metade do sculo XX, o tratamentodado aos quilombos limitava-se apenas aredutos de escravos fugitivos. No entanto, hoje, tem-se conhecimento que oagrupamento se constituiu no somente comofuga, mas como uma busca espacial. Coma mobilizao de militantes eparlamentares negros e a publicao do Art. 216da Constituio Federal, a abordagem dessetema assumiu outra direo. 3. CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DOBRASIL DE 1988 Art. 216. Constituem patrimnio cultural brasileiro os bensde natureza material e imaterial, tomados individualmenteou em conjunto, portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores dasociedade brasileira, nos quais se incluem:I.as formas de expresso;II. os modos de criar, fazer e viver;III. as criaes cientficas, artsticas e tecnolgicas;IV. as obras, objetos, documentos, edificaes e demaisespaos destinados s manifestaes artstico-culturais;V. os conjuntos urbanos e stios de valor histrico,paisagstico, artstico, arqueolgico, paleontolgico,ecolgico e cientfico. 4. TTULO XATO DAS DISPOSIES CONSTITUCIONAISTRANSITRIAS Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os ttulos respectivos. 5. O territrio quilombola se constitui enquanto um agrupamento de pessoas que se reconhecem com a mesma e ascendncia tnica, que passam por inmeros processos de transformao culturais como formas de adaptao resultantes do caminhar da histria. 6. A Prxis O pensar e o fazer do cotidiano quilombola se corporifica:1. Na forma de pensamentos e ideias.2. Na forma de trabalho como atividade prtica que no isola o pensar do fazer, resultando em um manter-se no mundo.3. Como processo educativo que confere ao sujeito localizar-se no mundo observando suas especificidades de raa, gnero, faixa etria e classe social. 7. A propostaPara uma educao Quilombola 8. Anlise De qual concepo de educao se fala. Refletir sobre o lugar onde o conhecimento vai serconcebido. Quais conceitos sustentam uma proposta deeducao das relaes raciais. Emque base didtico-pedaggica prticaseducativas emancipatrias sero possveis. Das estruturas reais e necessrias para que esteprocesso de desencadeie. 9. As diretrizes Parapensar nas diretrizes para educar asrelaestnico-raciais emcomunidadesquilombolas sugere que ns pensemos a partirdas prprias comunidades. O vnculo entre educar e formar so ancestrais,no so atributos exclusivos da escola. Produzir uma formao humana na qual nocaibamesteretipos, discriminaoepreconceito. O desafio da educao contribuirpara emancipar. 10. O conhecimento a ser produzido jamais criarsentidos e, consequentemente,compromissos, seos sujeitos neles no se encontrarem, tambm,como complementaridades. Ensinar em comunidades negras rurais tem comopremissa entender o lugar como componentepedaggico, onde o contedo no est noslivros que trazem, por vezes, o registro dahistria dos quilombos em verses malcontadas, imprimindo no papel uma ordem depalavras que se tornam visveis apenas atravsda tinta. 11. Lei de diretrizes e Bases - LDBTTULO IDa Educao Art. 1 A educao abrange os processosformativos que se desenvolvem na vida familiar,na convivncia humana, no trabalho, nasinstituies de ensino e pesquisa, nosmovimentos sociais e organizaes da sociedadecivil e nas manifestaes culturais. 12. Discutirumaconcepo de conhecimento para quilombolas significa pensar em uma formao curricular onde o saber institudo e o saber vivido estejam contemplados, rompendo com uma grade hierrquica, organizada com contedos que perpetuam o poder para que determinados grupos continuem a aceitar. 13. Poltica Social 14. Algumas vises:. mecanismo de manuteno da fora de trabalho. arranjos do bloco no poder / governante. doao das elites dominantes. instrumento de garantia do aumento da riqueza. direitos. resultado de lutas sociais 15. Encontradas no cotidiano:. quando trabalhamos (contribuio previdncia social). quando estudamos (educao). quando adoecemos ou no (sade). quando nos divertimos (cultura). onde habitamos (habitao). quando a vida nos fragiliza (situaessociais, doenas etc assistncia social,polticas especficas de sade etc) 16. Em geral, promovidas por instituies CRASs, CREASs, unidades de sade, INSS, BNH e outrasMas tambm por aes de primeiras-damas por ONGs e instituies privadas (com subvenesdo Estado) por igrejas 17. Em geral se apresentam como: benefcio: auxlio em casos especficos de perda ou diminuio da capacidade de trabalho ou de subsistncia. servio: relao entre instituio e clientela para atender problemas sociais ou pessoais. 18. Como sociedade se organiza? Na viso tradicional:Fracos e fortes Pobres e ricosFavorecidos e desfavorecidos (pela sorte)Na viso critica e reflexiva: Exploradores X explorados Dominadores X dominados 19. Resultados ideolgicos: bondade do sistema fracasso individual ausncia de sorte na vida aceitao destas polticas sociais integrao do povo ao governoObs: muitas vezes presentes como ideias centrais em planos e projetos governamentais