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Educação Quilombora - Profª Me Dila Carvalho

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Educação Quilombora - Profª Me Edileia Carvalho (PUC Rio)

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EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA:

Diálogos e interfaces entreexperiências locais e a institucionalização de uma nova modalidade de educação no Brasil

Dila Carvalho-PUC/RIO

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Ilustrar o debate sobre a temática da Educação Escolar Quilombola a partir de duas conjunturas:

Construção da Política NacionalAs experiências de duas comunidades quilombolas: Santa Rita do Bracuí- Angra e Campinho da Independência-Paraty

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Educação Escolar Quilombola

Abordagem do tema diversidade nas políticas educacionaisInclusão socialAções afirmativasPolíticas de diferença

Tentativa assimilacionista da cultura das minorias étnicas à cultura nacional e dominante.Como direito à diferença, a diversidade articula-se à exigência de reconhecimento na esfera pública e política de grupos definidos como “minoritários”, “subalternos”, como é o caso das comunidades quilombolas”.

Normativas:a Lei Federal nº. 10639 / 2003Convenção 169 da OIT Plano Nacional de Desenvolvimento de Populações Tradicionais (decreto 6.040, 2007)Resolução nº 7 de 2010 do CNE (Conselho Nacional de Educação)Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola (BRASIL, 2012)

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Apresentando as comunidades pesquisadas

Santa Rita do Bracuí Campinho da Independência

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Quilombo Campinho da Independência- Paraty

Localizada às margens da Rodovia Rio-Santos;Possui aproximadamente 100 famílias, somando

um total de 295 habitantes;Titulada no ano de 1999;Vive do turismo de Base Comunitária. Possui um

restaurante comunitário, uma pousada, uma igreja católica, duas igrejas evangélicas, uma casa de confecção e vendas de artesanatos, a Sede da AMOC (Ponto de cultura), um Posto de Saúde, uma escola municipal.

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Quilombo Santa Rita do Bracuí-Angra dos Reis

Localizada às margens da Rodovia Rio-Santos; Certificada no ano de 1999 (sem titulação); Comunidade de resistência jongueira; Conflitos com os “imigrantes”; Não há um consenso sobre o número de moradores,

tampouco sobre o tamanho do território; Há registros orais de que já passariam de um total de

380 famílias quilombolas no local; No território da comunidade há uma escola municipal

que recebe hoje um percentual pequeno de alunos quilombolas. Especula-se que de mil alunos, 50 sejam quilombolas.

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A escola do Bracui: do quilombo ou no quilombo?

• A escola local não é classificada como escola quilombola;

• No âmbito escolar, ações isoladas e não terminadas;• No âmbito da gestão SME reformulações de políticas

voltadas para a diversidade presente na escola.• O jongo como elemento identitário na luta pela

incorporação da cultura e das lutas quilombola na escola;

• O jongo e as políticas implementadas pela SME representam uma educação pautada na diversidade Moehlecke (2009), no sentido de inclusão social.

• Novos atores sociais em cena- Lideranças comunitárias como mediadores políticos.

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A escola do Campinho: do quilombo ou no quilombo?

• Trajetórias de conflitos- fundação da AMOCQ no ano de 1994;• Ponto de cultura Manoel Martins (2005) e suas múltiplas

possibilidades de práticas educativas (Vivência de Saberes).• Dois momentos de discussão: o oferecimento das oficinas na escola

em parceria com os professores e direção e a radicalização que resultou na demanda por uma escola quilombola.

• Conflitos com a SME Paraty pela forma como esta concebe a escola do Campinho (Escola Rural).

• A heterogeneidade como argumento de negação das diferenças no espaço escolar;

• Nova tomada de decisões políticas- de um projeto político pedagógico da escola que venha contemplar a comunidade à incorporação da escola no projeto político pedagógico da comunidade.

• É no contexto de luta, de resistência, de militância política e social, que o debate sobre a escola quilombola em Campinho da Independência ganha corpo e se sustenta.

• Fórum de Populações Tradicionais

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Questões para pensarmos...

• Pleito por uma educação diferenciada;• Silenciamento das identidades;• A heterogeneidade como argumento de negação das

diferenças no espaço escolar;• Protagonismo político das lideranças da comunidade

(diferentes articulações- Movimentos Sociais e Universidades)• Diferentes demandas• Educação escolar quilombola não é homogênea• Resistência das escolas e das SME’s dos respectivos municípios

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Considerações em processo...

• A experiência das comunidades Campinho e Bracuí não pretende oferecer uma definição do que seria a educação escolar quilombola. Entretanto, tais experiências apontam dilemas e opções singulares para a reflexão acerca de como essa modalidade de educação tem sido pensada e construída pelos próprios quilombolas, antes mesmo da publicação dos respectivos textos legais.

• Como as políticas educacionais específicas têm sido pensadas e elaboradas e, em que medida, podemos perceber diálogos, embates e/ou aproximações destas com as experiências pontuais vivenciadas pelas próprias comunidades quilombolas.

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Contatos

Dila CarvalhoDepartamento de Educação [email protected]: 21 98751-8411