Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UFSM
Dissertação de Mestrado
EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE
PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL
DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii var. elliottii x
Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS
Edison Bisognin Cantareli
PPGEF
Santa Maria, RS – BRASIL
2002
EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE
PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INI-
CIAL DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii var. el-
liottii x Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS
por
Edison Bisognin Cantareli
Dissertação apresentada ao curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal – Área de concen-tração em Silvicultura, da Universidade Federal de Santa Ma-
ria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal.
PPGEF
Santa Maria, RS – Brasil
2002
AGRADECIMENTOS
Desejo expressar minha gratidão a todas as pessoas que estive-
ram ao meu lado durante a execução deste trabalho e principalmente:
- a minha família, que me proporcionou a oportunidade de estudar e
foi a principal idealizadora do meu conhecimento;
- aos amigos do Ferro Carril, que deram força e estímulo ao trabalho;
- aos colegas que participaram e contribuíram para a tomada de deci-
sões no decorrer da jornada;
- a minha namorada Patrícia Marasca Fucks, pela compreensão e
companheirismo;
- a todos funcionários da empresa Bosques del Plata S.A., em especial,
aos engenheiros Francisco J. Rodríguez Aspillaga e Raul V. Pezzutti,
que acreditaram na Universidade Federal de Santa Maria e em mim
para desenvolver uma pesquisa de grande importância para a empresa;
- ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da UFSM e
ao CNPq, pela oportunidade e suporte financeiro, possibilitando a rea-
lização deste estudo;
- aos mestres, que deram sua contribuição e seu apoio ao trabalho;
- ao meu orientador Ervandil Corrêa Costa que se dispôs a batalhar
pela conclusão deste estudo;
- ao co-orientador associado professor Sérgio de Oliveira Machado,
grande responsável pelo meu aprendizado e execução dos trabalhos.
Registro aqui meus mais sinceros agradecimentos a estes dois profes-
sores que acreditaram no meu trabalho e assumiram o desafio.
Obrigado!
LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS OU SÍMBOLOS
Km2 quilômetro quadrado
ha hectare
m3 metro cúbico
m2 metro quadrado
m metro
cm³ centímetro cúbico
cm centímetro
mm milímetro
DAC diâmetro altura do colo
DAP diâmetro altura do peito
h altura
var. variedade
°C graus centígrados
RS Rio Grande do Sul
SC Santa Catarina
Mercosul Mercado Comum do Sul
v/v volume de produto por volume de calda
ha-1 por hectare
cmol L-1 centi mol por litro
ppm parte por milhão
FAO Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação
Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado
EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE Pinus elliottii, Pinus taeda E Pinus elliottii
var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS
elaborada por EDISON BISOGNIN CANTARELI
como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Florestal
COMISSÃO EXAMINADORA:
____________________________________ Ervandil Corrêa Costa (Presidente/orientador)
_____________________________________ Marcelo Diniz Vitorino
_____________________________________ Mauro Valdir Schumacher
Santa Maria, 28 de Fevereiro de 2002
SUMÁRIO
RESUMO_____________________________________________ VI
ABSTRACT___________________________________________ VIII
LISTA DE TABELAS___________________________________ X
LISTA DE FIGURAS___________________________________ XII
LISTA DE QUADROS__________________________________ XIII
1 INTRODUÇÃO _____________________________________ 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA_________________________ 6
2.1 Caracterização das espécies de Pinus spp.__________________ 6
2.2 Efeito de tratos silviculturais nas propriedades da madeira de
Pinus spp. _____________________________________________
11
2.3 Plantas daninhas _____________________________________ 13
2.3.1 Interferência de plantas daninhas em áreas de reflorestamento 13
2.3.2 Manejo de plantas daninhas em áreas de reflorestamento____ 17
3 MATERIAL E MÉTODOS ____________________________ 20
3.1 Localização da área experimental________________________ 20
3.2. Classificação do clima da região ________________________ 20
3.3. Instalação e condução do experimento ___________________ 23
3.4 Mudas de Pinus spp. __________________________________ 24
3.5 Delineamento experimental ____________________________ 25
3.6 Determinações ______________________________________ 28
3.7 Análise estatística____________________________________ 34
v
3.8 Descrição dos herbicidas utilizados no experimento_________ 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ________________________ 37
4.1 Análise da sobrevivência das plantas de Pinus spp. __________ 37
4.2 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp. 39
4.3 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp.
para a variável fator de produtividade – DAC2x h/1000 (cm3)_____
47
4.4 Análise da Correlação entre biomassa das plantas daninhas e
Volume do Pinus spp.____________________________________
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES_________________
55
58
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ___________________ 61
ANEXOS______________________________________________ 76
RESUMO
EFEITO DE COBERTURA E PERÍODOS DE MANEJO DE
PLANTAS DANINHAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE
Pinus elliottii, Pinus taeda e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus
caribaea var. hondurensis EM VÁRZEAS.
Autor : Edison Bisognin Cantareli
Orientador: Ervandil Corrêa Costa
Realizou-se um estudo do efeito de cobertura e períodos de
manejo de plantas daninhas em plantio de Pinus taeda, Pinus elliottii e
Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis,
localizado próximo da cidade de Santo Tomé, província de Corrientes,
Argentina. Em razão das características da área, várzeas, foram
construídos camalhões de 1,80 m de largura por 0,60 m de altura e, a
seguir, instaladas parcelas com três fileiras de 12 plantas cada no
espaçamento 1,75 metros, onde foram medidas somente as dez plantas
do camalhão central com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes
modalidades e intensidades de manejo de plantas daninhas na
sobrevivência (%) e no desenvolvimento inicial em altura (cm),
diâmetro altura do colo (mm) e o fator de produtividade (cm³) das
mudas de Pinus spp. estabelecidas em áreas baixas. Foram avaliadas
modalidades de controle: controle químico na linha do plantio e
vii
controle químico em área total; por dois períodos: um ano e dois anos
de controle tendo, ainda, uma testemunha sem nenhum controle para
cada espécie do gênero Pinus estudada. O delineamento estatístico do
experimento foi blocos ao acaso com três repetições. Diferenças
significativas foram obtidas entre os tratamentos com controle
químico em relação ao sem controle. Os resultados levaram a concluir
que é benéfico o controle por dois períodos, e que não houve diferença
quanto às modalidades de controle (camalhão e total). A sobrevivência
das espécies do gênero Pinus foi submetida ao teste de Tukey e não
apresentou diferença significativa a 5% de probabilidade de erro para
as médias. A biomassa das plantas daninhas, em cada tratamento, foi
correlacionada com o volume das plantas de Pinus spp. e demostrou
correlação negativa entre esses dois fatores.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
FLORESTAL
Autor: Edison Bisognin Cantareli
Título: Efeito de cobertura e períodos de manejo de plantas daninhas
no desenvolvimento inicial de Pinus elliottii, Pinus taeda e
Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis
em várzeas.
Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal.
Santa Maria, 28 de fevereiro de 2002.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Resultados da análise química e física do solo da
área experimental____________________________
23
TABELA 2 – Estabelecimento dos tratamentos a serem executados 29
TABELA 3 – Resultados da análise dos valores de sobrevivência
(%)_______________________________________
37
TABELA 4 – Resultados da análise de variância na sobrevivência
(%)_______________________________________
38
TABELA 5 – Teste de Tukey das médias do fator A (espécies de
Pinus), para as variáveis altura (cm), Diâmetro altura
do colo (mm) e Fator de produtividade (cm³)______
40
TABELA 6 – Teste de Tukey das médias do fator B (modalidades
de controle) para as variáveis altura (cm), Diâmetro
altura do colo (mm) e Fator de produtividade (cm³)_
41
TABELA 7 – Teste de Tukey das médias do fator C (intensidade
de controle), para as variáveis altura (cm), Diâmetro
altura do colo (mm) e Fator de Produtividade (cm³)_
43
TABELA 8 – Teste de Tukey para as médias das testemunhas, nas
variáveis altura (cm), Diâmetro altura do colo (mm)
e Fator de produtividade (cm³)__________________
46
TABELA 9 – Percentual (%) de desenvolvimento dos tratamentos
aplicados nas três espécies em relação a testemunha
sem controle________________________________
49
TABELA10 – Resultados de biomassa (Kg ha-1 de camalhão) nos
dois períodos de avaliação, 06/10/2000 e
1/12/2001__________________________________
55
xi
TABELA 11 Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre as
variáveis (V1) Volume em cm³ das plantas de Pinus
spp. no ano um; (V2) Volume em cm³ das plantas de
Pinus spp. no ano dois; (MS1) biomassa das plantas
daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e
(MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de
camalhão no ano dois, dentro de cada espécie do
gênero Pinus entre anos_______________________
56
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Localização geográfica onde foi instalado o
experimento________________________________
21
FIGURA 2 – Dados de temperatura e de precipitação do ano de
1999, da Estação Meteorológica de Santo Tomé,
distante cerca de 50 Km do experimento__________
22
FIGURA 3 – Foto do tratamento com controle no camalhão, 1º
período de manejo ___________________________
27
FIGURA 4 – Foto do tratamento aplicado com controle total, 1º
período de manejo ___________________________
27
FIGURA 5 – Foto da testemunha, onde não foi realizada nenhuma
intervenção de manejo de plantas daninhas________
28
FIGURA 6 – Demonstração da coleta de matéria seca no
camalhão entre as mudas de Pinus spp.___________
33
FIGURA 7 – Valores observados para as três espécies analisadas
no experimento para a variável altura (cm)________
42
FIGURA 8 – Desenvolvimento inicial das plantas de Pinus spp.
das três espécies, para a variável Diâmetro altura do
colo (mm), frente aos tratamentos aplicados_______
45
FIGURA 9 – Valores observados para as três espécies analisadas
no experimento para a variável fator de
produtividade (cm³) __________________________
48
FIGURA 10 – Percentual de desenvolvimento inicial dos
tratamentos em relação a testemunha para cada
espécie do gênero Pinus, para a variável altura (cm)
e diâmetro altura do colo (mm) _________________
50
xiii
FIGURA 11 – Percentual de desenvolvimento inicial dos
tratamentos em relação a testemunha para cada
espécie do gênero Pinus, para a variável fator de
produtividade (cm³) __________________________
51
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – Análise visual do experimento nos dois períodos de
avaliação __________________________________
31
QUADRO 2 – Resumo da análise de variância, para as variáveis
Altura (cm), Diâmetro altura do colo – DAC (mm) e
Fator de produtividade (cm³)___________________
39
1 INTRODUÇÃO
O homem utiliza as florestas como fornecedoras de matéria-
prima desde os tempos remotos, pois esta desempenha, nas mais di-
versas épocas, importante papel no desenvolvimento econômico e so-
cial dos povos. Assim, a organização humana esteve e está associada
ao aproveitamento dos recursos florestais e, por isso, a sua manuten-
ção, mediante políticas e ações que garantem o uso racional, é indis-
pensável para o desenvolvimento socioeconômico dos povos (Finger,
2000).
O setor florestal, com as múltiplas funções das florestas, traz
inúmeros benefícios para o homem, como o desenvolvimento social e
econômico, a redução da pobreza, a geração de empregos, a energia
rural, o abastecimento de produtos florestais essenciais, a conservação
do solo e da água, a recuperação de áreas degradadas entre outros. Re-
centemente, estudos da Organização das Nações Unidas para a Agri-
cultura e a Alimentação (FAO) estimam que, no ano 2010 haverá um
déficit mundial de cerca de 700 milhões de m³ de madeira roliça
(Sagpya Forestal, 1997).
No Brasil, o reflorestamento alcançou grande impulso a partir
da década de sessenta, em função dos incentivos fiscais oferecidos
pelo governo. A demanda por madeiras, tanto como fonte de energia
quanto para a construção civil, produção de celulose e papel tem cres-
cido continuamente, sendo necessário suprir esta necessidade com
madeiras oriundas de espécies silvícolas de rápido crescimento, redu-
zindo, desta forma, o desmatamento e a derrubada de árvores nativas.
2
No Sul e Sudeste do País, a quase exaustão dos recursos florestais de-
correntes da exploração não-planejada obrigou a uma rápida ação de
reposição florestal para suprir a demanda futura de madeira para as
indústrias de celulose e de transformação mecânica. De maneira geral,
o reflorestamento tem-se concentrado em espécies do gêneros Eu-
calyptus e Pinus de rápido crescimento em nossas condições.
Na Argentina, como na maioria dos países, também há o fenô-
meno de desmatamento. Em 1914, a superfície total de bosques flores-
tais era de 106 milhões de hectares; na mesma superfície, em 1956, a
área não ultrapassava os 60 milhões de hectares; com um desmata-
mento de 1.110.676 hectares. Trinta anos depois, com desmatamento
de 508 mil hectares por ano, a superfície florestal continha apenas 44
milhões de hectares. Tomando como base esses dados, a Argentina
devastou, no último século, cerca de dois terços de seu patrimônio flo-
restal original. (La Agroforesteria en Argentina, 1997).
O setor florestal argentino teve o seu maior crescimento nos úl-
timos anos da década de noventa, tendo como epicentro o nordeste
mesopotâmico. Diversos mecanismos foram aplicados desde a sanção
da Lei 13.273 com o objetivo de incentivar e manter a massa florestal
(Tarnowski, 2000). Esta modalidade, vigente desde 1992, estimulou a
retomada de florestamento na Argentina, alcançando, naquele ano,
cerca de 22.183 hectares. Para o ano de 2000, segundo o mesmo autor
projetava-se a incorporação de novas áreas que estavam fora do pro-
cesso produtivo argentino, totalizando o equivalente a 150.000 hecta-
res.
3
A capacidade científica e tecnológica do Mercosul frente à
América Latina representa 75% da inversão regional e 70% das pesso-
as dedicadas a elas (Albornoz, 2000). Assim, a cooperação em ciência
e tecnologia é um fenômeno que tem se desenvolvido rapidamente na
última década, e esta integração entre instituições de pesquisas e pres-
tadoras de serviços dos países do Mercosul é fundamental para a troca
de experiências e tecnologias, visando oferecer novas alternativas aos
problemas comuns aos países.
A empresa Bosques del Plata S.A., localizada nas províncias de
Corrientes e Misiones (Argentina), trabalha com um custo de
U$645.00 por hectare na implantação de suas florestas de Pinus spp..
Deste valor, 27% são custos orçados para o controle de plantas dani-
nhas na implantação da floresta. A empresa começará a operar, em
2007, uma fábrica de celulose e papel e, para obter uma sustentabili-
dade, tem como meta a implantação de seis mil hectares por ano, tota-
lizando um custo de U$1.044.900,00 apenas para o manejo de plantas
daninhas.
Em solos de terras altas do Nordeste da Argentina, o manejo de
plantas daninhas em povoamentos florestais é realizado em duas mo-
dalidades: em faixas sobre a fileira de plantio e em área total. Por ou-
tro lado, os solos de várzeas, que normalmente seriam utilizados com
pecuária ou para o cultivo de arroz irrigado, estão sendo utilizados pa-
ra o reflorestamento, uma vez que possuem menor preço e ocupam
grandes extensões. Nessas áreas, face ao menor custo unitário do hec-
tare, instalaram-se inúmeras empresas do setor florestal. Para ilustrar
tal situação, a empresa Bosques del Plata S.A., em 1999, reflorestou
4
com Pinus spp. cerca de mil hectares em solos de terras altas e cinco
mil hectares em solos de várzeas com plantios sob camalhão, ou seja,
83,3% da área.
Nessas áreas aptas à silvicultura, o controle de plantas daninhas
é um componente muito importante na fase inicial de estabelecimento,
tanto pelo custo quanto pela necessidade de recursos humanos. Além
disso, as plantas daninhas são hospedeiras de pragas e doenças; po-
dem eliminar no ambiente inúmeros compostos orgânicos “aleloquí-
micos” que afetam o desenvolvimento inicial das mudas e também
prejudicam as operações silviculturais de manejo aumentando o risco
de incêndios florestais (Wiecheteck, 1988 citado por Kogan e Figue-
roa, 1998).
Na literatura mundial existem revisões e trabalhos científicos
versando sobre o manejo de plantas daninhas em espécies florestais
(Brito, 1995; Carvalho e Antiqueira, 1993; Christofoletti et al., 1995;
Maclaren, 1993; Schoenholtz e Burger, 1983; Schultz, 1997; Swindel
et al., 1988) entretanto, nos países que formam o Mercosul, notada-
mente a província de Corrientes (Argentina), as informações disponí-
veis são escassas, mas necessárias.
Predominantemente, o manejo de plantas daninhas em áreas de
reflorestamento tem sido realizado por meios manuais e mecânicos,
passando-se a adotar, nos últimos anos, de forma crescente o manejo
químico. Devido as características dos solos de várzeas, pela dificul-
dade do uso de métodos mecânicos para se fazer o manejo cultural de
plantas daninhas, o manejo químico torna-se o método mais econômi-
co.
5
Dessa forma, é importante avaliar o desenvolvimento inicial de
algumas espécies do gênero Pinus bem como sua sobrevivência sob
influência de uma flora daninha típica deste ambiente.
Neste contexto, os aspectos anteriormente apresentados moti-
varam a busca de respostas de plantios de Pinus elliottii, Pinus taeda e
Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis frente a
um manejo de plantas daninhas tendo como objetivos:
a) Definir a melhor modalidade e intensidade de manejo de
plantas daninhas em reflorestamentos de Pinus spp. em solos
de várzeas;
b) Avaliar a resposta das plantas de Pinus taeda, Pinus elliottii
e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var.
hondurensis frente às diferentes modalidades e intensidade
de manejo de plantas daninhas;
c) Correlacionar a biomassa das plantas daninhas e o volume de
Pinus spp., nos dois períodos avaliados.
6
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Caracterização das espécies de Pinus
O gênero Pinus tem sido utilizado pelo homem desde os tempos
mais remotos. Theophrastus (370-285 a.c.), em seu inventário sobre
plantas, já fazia uma descrição inicial da morfologia deste gênero e da
utilidade para o homem (Mirov, 1967).
Na introdução de espécies exóticas é necessário escolher espé-
cies ou híbridos que melhor se adaptem à nova situação (região), co-
mo também às melhores procedências, pois, em geral, tem-se obser-
vado resultados significativamente diferentes no desenvolvimento ini-
cial das mudas.
2.1.1 Pinus elliottii
É uma planta originária dos Estados Unidos, ocorrendo desde o
sul da Carolina do Sul até a Flórida, estendendo-se também para oeste
até quase o rio Mississipi. A planta necessita de invernos frios com
temperaturas mínimas de 0°C e não suporta períodos secos com déficit
de umidade. Botanicamente, esta espécie é denominada Pinus elliottii
var. elliottii. (Suassuna, 1977).
O Pinus elliottii é uma planta heliófila, de rápido crescimento e
alta capacidade competitiva com gramíneas e arbustos lenhosos, com
estatura variando de 20 a 40 m; e diâmetro altura do peito (Dap) entre
0,60 a 0,90 m. O sistema radicular atinge profundidades maiores que
cinco metros (Lamprecht, 1990).
7
Schultz, citado por Pait et al. (1991), menciona que solos pla-
nos mal-drenados, margens de rios e lagoas, áreas ocasionalmente
alagadas como baías e pântanos formam o habitat natural desta espé-
cie; porém, pode rapidamente colonizar locais mais secos. Para Lam-
precht (1990), o Pinus elliottii var. elliottii tem preferência natural por
solos um pouco mais ácidos e arenosos, localizados, sobretudo, em
solos de várzeas e junto a cursos de água.
Na região de origem da espécie, a temperatura média anual os-
cila entre 15 e 24°C, e os índices de precipitação pluvial variam de
650 a 2.500 mm, com um período seco de, no máximo, quatro meses.
É uma espécie bastante resistente às geadas e amplamente tolerante a
ventos com elevados teores de sal (Lamprecht, 1990).
Estudos conduzidos por Fisher, citado por Pait et al. (1991),
descrevem os parâmetros de solo freqüentemente associados com o
bom crescimento em altura para o Pinus elliottii, indicando que áreas
planas mal-drenadas, lagoas rasas ou pântanos são geralmente os me-
lhores locais.
No Sul do Brasil, a precipitação e a distribuição das chuvas no
ano têm importância marcante na qualidade da madeira de Pinus
elliottii. Em regiões mais úmidas, com melhor distribuição das chuvas,
o crescimento volumétrico é maior, porém, ocorre maior formação de
madeira juvenil, ou seja, há maior teor de lenho inicial em relação ao
tardio, e a densidade da madeira é menor (Slooten et al., 1976).
8
2.1.2 Pinus taeda
Oriundo das planícies adjacentes ao Golfo do México e costa
atlântica do Sudeste dos Estados Unidos, cresce em geral até altitudes
de 800 m. Embora coincidente com a área original do Pinus elliottii,
apresenta uma distribuição mais ampla, alcançando o Texas, Arkan-
sas, Tennessee e Virginia. Também conhecido por loblolly pine, tra-
ta-se da espécie madeireira mais importante dos Estados Unidos na
atualidade. As árvores alcançam cerca de 20 m de altura e 100 cm de
Dap. As fibras são longas e adequadas à fabricação de papel. (Marchi-
ori, 1996).
No Nordeste da Argentina, Rocha e Niella (2000) mencionaram
que a demanda de mudas de Pinus spp. é de aproximadamente 30 mi-
lhões, das quais cerca de 25 milhões correspondem a Pinus taeda, re-
presentando, aproximadamente, 83% das mudas produzidas na região.
Por outro lado, Sagpya, citado por Pezzutti (2000), relatou que, nos
últimos anos, verificou-se um incremento no plantio de Pinus e Eu-
calyptus no noroeste da província de Corrientes, passando de 3.800
hectares, em 1992, para 17.000 hectares em 1997. Destes, 97% cor-
respondem a reflorestamento com Pinus spp..
No Brasil, Pinus taeda é usado no reflorestamento na Região
Sul, em altitudes geralmente superiores a 1.200 m. Nessa região, o
crescimento da planta é rápido, inclusive superior ao Pinus elliottii;
contrastando com os plantios em outras regiões do País, em que há
pouca conveniência de se utilizar esta espécie nos repovoamentos flo-
restais (Suassuna, 1977).
9
2.1.3 Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis
A espécie Pinus caribaea compreende três variedades: a) Pinus
caribaea caribaea, procedente do litoral atlântico da América Central
(Cuba); b) Pinus caribaea bahamensis das Ilhas Bahamas; e c) Pinus
caribaea hondurensis da região continental centro-americana. De
acordo com Suassuna (1977), dentre as três espécies, Pinus caribaea
hondurensis é o maior produtor de madeira, fato que deverá ser levado
em consideração quando o plantio tem como objetivo principal a pro-
dução de matéria-prima para celulose.
Quanto à topografia e drenagem do solo, a variedade
hondurensis tolera parcialmente solos de várzeas. Trabalhos conduzi-
dos por Mendoza (1998), enfatizam que, no México, a distribuição
natural desta variedade ocorre em selva baixa e savanas, onde os so-
los apresentam drenagem deficiente e baixa diversidade florística.
Para Greaves (1979), a maioria das populações naturais de
Pinus caribaea ocorre em solos erodidos e de baixa fertilidade bem
como em solos de várzeas, condições estas consideradas impróprias
para a espécie em diversos países.
Quanto ao Pinus caribaea var. hondurensis, a ocorrência limita-
se a uma faixa de largura variável, ao longo das terras baixas e úmidas
da Costa Atlântica, principalmente nas planícies costeiras de Belize,
Nordeste de Honduras e Nicarágua. Existe grande descontinuidade na
sua distribuição, particularmente ao longo da costa norte de Honduras,
onde as altas cadeias de montanhas aproximam-se do mar (Greaves,
1979).
10
Para Golfari et al. (1978), o maior problema nos plantios de Pi-
nus caribaea var. hondurensis é a sua grande heterogeneidade de for-
ma, ocorrendo desde indivíduos com ótimo porte e ramificação regu-
lar a exemplares sem ramificação, tipo de crescimento denominado
“rabo-de-raposa” (foxtail). A quantidade de plantas defeituosas varia
com a procedência das sementes e local de plantio. Plantas com essa
característica apresentam considerável quantidade de madeira de com-
pressão e baixa qualidade, tanto para serraria como para celulose,
além de ser bastante susceptível à quebra pela ação do vento. Quanto à
produção de celulose, Colodette (1982) não encontrou diferenças entre
as madeiras provenientes de plantas normais e aquelas com rabo-de-
raposa.
Na Argentina, os povoamentos do híbrido Pinus elliottii var. el-
liottii x Pinus caribaea var. hondurensis iniciaram-se há pouco mais
de 10 anos no norte da província de Corrientes, com um índice anual
de plantio ao redor de 100 hectares ao ano; porém, nos últimos anos,
vem incorporando áreas de 600 a 800 hectares anualmente (Niella &
Rocha, 2000).
Em geral, os híbridos interespecíficos, particularmente o Pinus
elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis, apresentam
uma boa adaptação tanto na Argentina como em outros países como a
Austrália, Brasil, China, África do Sul e Estados Unidos. As gerações
F1 e F2 e o retrocruzamento delas tem mostrado melhores taxas de
crescimento quando comparados com o Pinus elliottii, e também mai-
or densidade de madeira e resistência ao vento se comparados com
Pinus caribaea (Powell e Nikles, 1996). Quanto à sensibilidade às ge-
11
adas, o interesse por esta espécie é grande pelo fato de apresentar
crescimento inicial rápido e boa qualidade de madeira. Por outro lado,
para os retrocruzamentos com Pinus elliottii, espera-se que os indiví-
duos sejam mais apropriados a solos mal-drenados ou locais sujeitos a
geadas (Dieters e Nikles, citados por Niella e Rocha, 2000).
2.2 Efeito de tratos silviculturais nas propriedades da madeira de
Pinus spp.
O ambiente e os tratos silviculturais podem afetar as caracterís-
ticas da madeira e, conseqüentemente, sua qualidade. Em ambiente
exótico, as propriedades da madeira podem, muitas vezes, ser signifi-
cativamente diferentes daquelas árvores que ocorrem em ambiente
natural. Em alguns casos, uma pequena região do lenho juvenil pode
ser formado, quando a diferença entre a densidade do lenho juvenil e
adulto torna-se inexistente, podendo assim afetar essencialmente sua
utilização em diversos produtos. Um exemplo clássico de madeira de
qualidade inferior tem sido verificado na África do Sul com Pinus
caribaea mesmo naquelas árvores com bom crescimento e forma ade-
quada. Em geral, o peso específico destas árvores é menor bem como
a produção de polpa e a qualidade do papel produzido. De forma simi-
lar, porém menos drástica, é a redução do peso específico de plantas
de Pinus taeda levadas dos Estados Unidos para outros países como
Brasil, África do Sul e Austrália (Kellison, 1981).
Inúmeras pesquisas têm procurado identificar quais fatores afe-
tam as propriedades da madeira. Kellison (1981) mencionou que a
12
procedência da semente pode também influenciar nas propriedades da
madeira. Em regiões tropicais, é comum encontrar, em algumas espé-
cies de Pinus, o fenômeno conhecido como rabo-de-raposa, foxtail
(Golfari, 1978; Colodette, 1982). Os mesmos autores enfatizam, ainda
que, nestas plantas, as propriedades da madeira são adversamente afe-
tadas pelas acículas oclusas que reduzem o peso específico da madei-
ra, inutilizando-a para produtos que utilizam a madeira maciça, além
de afetar negativamente a produção de polpa e papel.
A maioria dos problemas que reduzem a qualidade da madeira
devem-se às alterações de características do lenho juvenil, como a
baixa densidade, resistência e a propensão de uma contração mais
acentuada da madeira. Na indústria de polpa e de papel, a presença do
lenho juvenil causa problemas na manufatura, quando se misturam os
cavacos oriundos de árvores jovens de rápido crescimento com aque-
les cavacos de árvores de idade mais avançada. A desigualdade exis-
tente entre o alto conteúdo de lignina e o baixo teor de celulose do le-
nho juvenil e adulto resulta no processo de deslignificação inadequa-
do, produzindo porções de madeira com cozimento excessivo e outras
com baixo cozimento (Senft, 1986).
13
2.3 Plantas daninhas
2.3.1 Interferência de plantas daninhas em áreas de reflorestamento
O Pinus spp., como toda espécie florestal, está sujeito a uma sé-
rie de fatores do ambiente que, direta ou indiretamente, influem na
produtividade, qualidade do produto e custo de produção. Dentre esses
fatores, as plantas daninhas assumem lugar de destaque, principalmen-
te no primeiro ano após o transplante das mudas, face aos efeitos ne-
gativos observados na sobrevivência das mudas e no desenvolvimento
das plantas (Montoya, 1961).
A competição entre o Pinus spp. e as plantas daninhas apenas se
estabelece quando a intensidade de uso dos recursos do ambiente ul-
trapassa a capacidade do ecossistema em disponibilizá-los. Geralmen-
te, as plantas utilizam os nutrientes minerais e o CO2 na formação da
biomassa, enquanto a água e a luz são mais usadas para o crescimento
e outros processos fisiológicos da planta (Berkowitz, 1988).
A intensidade da competição varia com a espécie silvícola usa-
da e com a idade. Plantas de Eucalyptus spp. são mais sensíveis no
primeiro ano após o transplante das mudas que Pinus spp., e dentro do
gênero Pinus, a espécie caribaea, especificamente Pinus caribaea var.
hondurensis é mais sensível à competição de plantas daninhas que o
Pinus elliottii e Pinus taeda, principalmente nos dois e três primeiros
anos após o transplante, respectivamente (CIEF, 1993).
A falta ou controle deficiente de plantas daninhas diminui o
crescimento e a sobrevivência das mudas de Pinus spp.. No caso de
Pinus taeda, se no primeiro ano as plantas daninhas sobrepuserem-se
14
às plantas de Pinus spp., a mortalidade atingirá mais de 30% das mu-
das (Cozzo,1976).
Voeller et al. (1974) afirmaram que a umidade é o fator mais
importante entre as plantas daninhas gramíneas e Pinus poderosa,
porque as raízes das gramíneas desenvolvem-se mais rapidamente ex-
plorando melhor a umidade do solo, principalmente em períodos de
estiagens.
Estudos realizados em Oregon (USA) demonstraram que áreas
com alta infestação de plantas daninhas gramíneas podem remover
toda a umidade do solo disponível nos primeiros 0,30 m antes do iní-
cio do verão (Kogan citado por Izquierdo, 1995).
A experiência e os estudos realizados demonstram que o cres-
cimento inicial de povoamentos de Pinus spp. aumenta quando o solo
se mantém isento ou com poucas plantas daninhas até ocorrer o som-
breamento pela copa das plantas. A vegetação herbácea nativa com-
pete fortemente com o Pinus spp., não somente pela grande ocupação
do terreno, mas também pela absorção da água do solo, principalmen-
te durante períodos de estiagens (Cozzo,1976).
Harrington & Chan (1993) descreveram que, quando o potencial
hídrico é menor que a –1,0 Mpa, a disponibilidade de água no solo
limita a fotossíntese e o crescimento da maioria das coníferas. A pre-
sença de plantas daninhas em forma considerável influi na extração de
água do solo, provocando menores oportunidades aos cultivos para
abastecer suas demandas de seus processos fisiológicos em parte da
aérea. A redução de área foliar transpiratória e de crescimento de raí-
15
zes de espécies competidoras são ações que favorecem a disponibili-
dade de água no solo.
Também para Tung et al. (1986) o efeito mais importante que
influi sobre a sobrevivência e desenvolvimento de mudas em cultivos
florestais é a disponibilidade de umidade no solo. Em relação a este
fator, os estudos realizados até agora mostram que a vegetação compe-
tidora pode reduzir a umidade do solo, provocando um estresse fisio-
lógico das plantas de cultivo e uma redução em seu índice de cresci-
mento. Segundo, (Carter et al., 1984; Petersen et al., 1988) o estresse
hídrico dos plantios vê-se aumentado pela proliferação de plantas da-
ninhas e arbustos que competem seriamente por absorção de água no
solo, ocasionando o fechamento de estômatos e, portanto, uma dimi-
nuição da condução dos estômatos e da taxa de fotossíntese e menor
crescimento e rendimento do volume de madeira.
Além da competição por água, as mudas das espécies florestais
que crescem sob interferência de plantas daninhas também podem
apresentar deficiência em nutrientes, como conseqüência da maior ha-
bilidade dessas espécies em extraí-los do solo (Davies, 1990).
A competição por nutrientes raramente afeta a sobrevivência
das mudas, porém pode afetar drasticamente o seu crescimento (Bal-
neaves e Clinton citados por Izquierdo, 1995).
A competição por luz ocorre sempre que as plantas daninhas, ao
crescerem, provocam sombreamento no Pinus diminuindo a intensi-
dade e qualidade da luz recebida. Em geral, as plantas daninhas mais
altas apresentam maior facilidade em competir, principalmente, devi-
do à quantidade de luz interceptada.
16
Os estudos realizados por Angeles et al. (1997) descreveram
que a radiação solar recebida ao nível do solo em parcelas sem contro-
le de plantas daninhas foi cinco vezes menor que a recebida nas parce-
las em que se eliminou as plantas daninhas. A quantidade de luz que
chega até as plantas de Pinus patula diminui ao aumentar a cobertura
foliar da vegetação competidora, por isso os tratamentos que a redu-
zem favorecem a disponibilidade de luz para os cultivos. Sobre a umi-
dade do solo, os autores demostraram que nas parcelas que receberam
o controle de plantas daninhas durante várias datas de amostras, o con-
teúdo de umidade do solo foi maior a uma profundidade de 0 a 15 cm
do que na de 15 a 30 cm.
O sistema de cultivo do Pinus spp. propicia um habitat especial
para a infestação de plantas daninhas. Durante meses da estação
quente do ano, além da temperatura e luminosidade adequadas ao
crescimento vegetal, somam-se os efeitos da umidade do solo e da
adição de nutrientes. Em níveis satisfatórios dos recursos do ambiente,
o estabelecimento e o crescimento de plantas daninhas é favorecido.
Isto torna as plantas daninhas responsáveis pelos maiores problemas
na implantação de florestas de Pinus spp. Outro aspecto importante é
que a infestação de plantas daninhas varia de um local para outro e
também com as modalidades de implantação da floresta. Desta forma,
é necessário que se faça um levantamento de plantas daninhas existen-
tes antes de se implantar o reflorestamento e, conseqüentemente, o
manejo de plantas daninhas a ser empregado, visto que em áreas não
controladas, a redução da produtividade do Pinus spp. pode ser total.
17
2.3.2 Manejo de plantas daninhas em áreas de reflorestamento
Em áreas de reflorestamento, o manejo de plantas daninhas tem
como principal dificuldade a baixa eficiência dos métodos mecânicos
de controle, bem como as reinfestações da área após o transplante das
mudas. O manejo pode ser feito em linhas, acompanhando o plantio
ou apenas nas covas, com o uso de enxadas, caso haja mão-de-obra
disponível. O preparo das fileiras pode ser feito mecanicamente, mas,
após o plantio das mudas, há limitação para se fazer o cultivo mecani-
zado. O uso de roçadeiras pode ser bastante eficaz se a área entreli-
nhas estiver sem tocos ou pedras. Com isto, pode-se manter uma faixa
vegetada, como flora local, evitando-se atingir o florescimento (Deu-
ber, 1997).
Nos trópicos, plantas florestais como Pinus spp. têm sido utili-
zada no reflorestamento em extensas áreas. Contudo, são raros os tra-
balhos mostrando a utilização de herbicidas na implantação de flores-
tas de Pinus spp., ao contrário do Eucalyptus spp. (Brasil et al., 1976;
Foloni, 1993; Rodrigues et al., 1990; Silva et al., 1993; Toledo et al.,
1995). Poucos também são os herbicidas seletivos disponíveis para o
controle de plantas daninhas na cultura do Pinus durante a fase de im-
plantação da floresta (Christoffoleti et al., 1995).
Para o plantio no local definitivo, deve-se fazer o manejo pre-
ventivo o mais adequado possível, principalmente nas áreas corres-
pondentes às covas das árvores. O preparo do solo pode ser feito em
linhas, acompanhando a direção das fileiras de plantio. Pode-se fazer a
aplicação de herbicidas de pré-plantio, composto da mistura de herbi-
cidas dessecantes com pré-emergentes que apresente efeito residual
18
para os primeiros meses. Deuber (1997) enfatizou que as plantas dani-
nhas presentes nas entrelinhas não devem frutificar para evitar que as
sementes sejam lançadas nas áreas das covas. Alguns autores (Brito,
1995; Carvalho e Antiqueira, 1993; Deuber, 1997) preconizam fazer
o manejo mecanizado ou químico destas áreas. Na fase de implanta-
ção, é necessário fazer cultivos nas covas ou ao longo das fileiras, que
pode ser realizado manualmente ou com enxadas, ou com herbicidas
aplicados com pulverizadores costais ou tratorizados providos de bar-
ras contendo até duas pontas.
Uma vez que o povoamento florestal esteja formado, pode ha-
ver necessidade de algum tipo de manejo complementar, dependendo
da formação da sombra na superfície do solo e de possíveis efeitos de
aleloquímicos eliminados pelas folhas e/ou raízes das plantas (Souza,
1994). Deuber (1997) mencionou que com Eucalyptus spp. ocorre
reinfestações dentro da área florestada ao passo que com Pinus prati-
camente não ocorre, exceto nos aceiros, que são áreas em torno da
área plantada e entre os talhões.
Zagonel et al. (2000) estudaram o controle de losna-do-campo
(Ambrósia elatior), carurú-rasteiro (Amaranthus lividus), maria-mole
(Senecio brasiliensis) e mamoneiro (Ricinus communis) em Pinus
taeda com os herbicidas: imazapyr (0,50, 0,75 e 1,0 kg ha-1), aplicado
42 dias antes do transplante, no dia do transplante das mudas, aos 17 e
aos 39 dias após o transplante; e também com o herbicida glyphosate
(1,92 kg ha-1), porém com as mudas de Pinus taeda protegidas. Os
resultados mostraram que imazapyr manteve o controle destas plantas
daninhas até cerca de 212 dias após a aplicação dos herbicidas. Dentre
19
as épocas de aplicação, apenas aquela realizada aos 42 dias não pro-
vocou fitotoxicidade no Pinus taeda. Em um outro estudo, Silva et al.
(1997) estudaram a tolerância de espécies de Pinus (Pinus caribaea
“bahanensis”, Pinus caribaea “hondurensis”, Pinus occarpa, Pinus
patula “tecunumani” e Pinus taeda) aos herbicidas flazasulfuron (40,
80 e 120 g ha-1), oxadiagyl (600, 800 e 1000 g ha-1), metribuzin (800,
1000 e 1200 g ha-1), oxyfluorfen (480; 720 e 960 g ha-1) e imazethapyr
(0,375, 0,50 e 0,625 g ha-1), aplicados com as mudas apresentando
cerca de 0,15 m de estatura, e verificaram que os herbicidas testados
são seletivos aos Pinus spp. e não afetam a produção de matéria seca.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização da área experimental
O experimento foi conduzido em solo de várzea dentro da Uni-
dade Cartográfica n.38, que apresenta a seguinte associação:
- Kandihumultes típicos: Argiloso Vermelho-amarelo Distrófico;
- Kandiudalfes sódicos: Argiloso Vermelho Eutrófico Sódico;
- Distrocreptes líticos: Neossolo Litólico Distrófico.
(Montenegro, 1999) descreve que o solo se enquadra melhor
dentro da série Sosa Cué, ou seja, Neossolo Litólico Distrófico, que
apresenta características de relevo normal, posição média loma e mé-
dia loma baja. A topografia do local é suave com ondulações mais ou
menos elevadas, declividade de 1 a 2%, guardando entre si pouca di-
ferença de altitude relativa.
O local de realização da pesquisa situa-se na área denominada
Campo San Miguel, da Empresa Bosques del Plata S.A., localizada
próximo ao município de Santo Tomé (Figura 1), na Rota Nacional
40, na província de Corrientes, Argentina.
3.2 Classificação do clima da região
O clima da região, segundo a Classificação Climática de Köp-
pen, pertence ao tipo Cfa, ou seja, clima subtropical úmido. A tempe-
ratura média anual é de 19,1°C, com temperatura média do mês mais
frio (julho) de 12,3°C e a média do mês mais quente (janeiro) de
25,3°C. Essas temperaturas próprias de verão e inverno, relativamente
elevadas, e sua pequena variação anual, definem este clima como
21
FIGURA 1– Localização geográfica onde foi instalado o experimento.
22
sendo mesotérmico. A precipitação da região é do tipo isohidro (pre-
cipitação igualmente distribuída nos doze meses do ano), com valor
médio anual de 1.680 mm, destacando-se como mais chuvosos dois
períodos, período de outono (abril e maio) e na primavera (setembro e
outubro). Em 1999, os valores médios de chuva se mantiveram entre
um mínimo normal de 28 mm, em janeiro, e um máximo de 301 mm,
em maio (Figura 2).
25507510012515012,3 14,9 17,3 18,1 20,7 25,2 25,3 24,3 24,6 17,9 14,6 12,8
MES JUL AGO SEP OCT NOV DIC ENE FEB MAR ABR MAY JUNTEMPERATURA MEDIA 24,6 29,8 34,5 36,2 41,5 50,4 50,7 48,5 49,3 35,8 29,3 25,7mm / MES 76 21 197 137 79 100 28 164 50 214 301 95
ESTAÇÃO SANTO TOMEDIAGRAMA OMBROTERMICO
0
50
100
150
200
250
300
350
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUNMES
TEMPERATURA MEDIA mm / MES
TEMPERATURA ( ºC )PRECIPITAÇÃO ( mm )
0
25
50
75
100
125
150
175
FIGURA 2 – Dados de temperatura e de precipitação pluviométrica do
ano de 1999, da Estação Meteorológica de Santo Tomé,
distante cerca de 50 Km do experimento.
23
3.3 Instalação e condução do experimento
A amostragem do solo para a análise química foi realizada em
1º de setembro de 2000 e processada no Laboratório de Ecologia Flo-
restal do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Fede-
ral de Santa Maria, seguindo a metodologia adotada por TEDESCO et
al. (1995).
TABELA 1 – Resultados da análise química e física da área experi-mental em 2000. Santa Maria, RS. 20021.
Determinações
Análise
Química2
Análise Física ----------------------------------------------
Distribuição do tamanho das partículas %
pH (H2O 1 : 1) 4,8 Argila ( < que 0,002mm) 27,0 pH (SMP) 5,9
P* (ppm) mg Kg-1 3,2 K* (ppm) mg Kg-1 25,0
---------------------------------------------- Al (cmol L-1) 0,9 Classe Textural 3 - 3 Ca (cmol L-1) 5,5 Franco-arenoso Mg (cmol L-1) 1,4
M.O. (%) 2,61
* Extrato Melich I. 1 Laboratório de Ecologia Florestal do Departamento de Ciências Florestais da
Universidade Federal de Santa Maria. 2TEDESCO et al. (1995). 3VETTORI (1969).
24
O experimento foi instalado entre 25 e 28 de agosto de 1999.
Ao redor da área experimental foram construídos canais de drenagem
com a finalidade de remover o excesso de água da área.
Em pré-transplante das mudas (abril de 1999), a área experi-
mental foi dessecada por meio de aplicação aérea da mistura de
glyphosate (Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1) com atrazine (Agar
Cross Atrazine) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acrescidos do adjuvante
(Dowfax) na concentração de 0,5% v/v.
Após a dessecação das plantas daninhas, foram construídos ca-
malhões de 1,80 m (largura) x 0,60 m (altura) onde foram transplanta-
das as mudas de Pinus spp.. Para a confecção dos camalhões, espaça-
dos 4,0 m um do outro, foi utilizado um entaipador marca “Rastra Sa-
vana” tracionada por trator com potência de 300 HP. Na oportunida-
de, o solo foi adubado com 200 kg ha-1 de superfosfato triplo, ou seja,
14 gramas por cova.
Após a abertura das covas no camalhão, o transplante das mu-
das foi realizado manualmente numa distância de 1,75 m uma da ou-
tra.
3.4 Mudas de Pinus spp.
As mudas foram produzidas no viveiro de El Pindó, de proprie-
dade da empresa. O sistema de produção foi em tubetes dispostos em
bandejas com 40 cavidades cada uma delas. Para Pinus elliottii e
Pinus taeda, as mudas foram transplantadas quando apresentavam 3,0
mm de diâmetro do colo, enquanto para o Pinus híbrido, o transplante
foi realizado com as mudas apresentando 4,0 mm de diâmetro do colo,
25
todas mudas com altura média de 30 cm. O total de plantas por espé-
cie utilizadas no experimento foi de 540 mudas de Pinus spp..
Para a aspersão dos herbicidas, foi utilizado pulverizador costal
pressurizado com ar comprimido, pontas Lechler AD 120-015, ope-
rando a 2 bares de pressão e com vazão correspondente a 200 L ha-1
de calda.
3.5 Delineamento experimental
O delineamento experimental foi de fatorial (3x2x2+3) dispos-
tos em blocos ao acaso com três repetições (Tabela 3). O fator A foi
representado pelas espécies: Pinus taeda, Pinus elliottii e Pinus
elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis; o fator B, pela
modalidade de controle (aplicação dos herbicidas sobre o camalhão e
em área total) e o fator C, pela intensidade de manejo (por um ano,
1999, ou por dois anos, 1999 e 2000). Os tratamentos adicionais foram
representados pelas testemunhas de cada espécie de Pinus spp.. As
parcelas (252 m2 = 21 m x 12 m) eram formadas por três fileiras de
Pinus contendo 12 plantas cada. Foi determinado como área útil da
parcela o camalhão central entre as dez plantas centrais da parcela, ou
seja, uma área de 1,80 m x 1,75 m x 10 = 31,5 m²/parcela.
O experimento foi instalado com as fileiras orientadas no senti-
do norte-sul. De acordo com Silva (1998), a orientação norte-sul pare-
ce ser mais adequada para o Rio Grande do Sul e nordeste da Argenti-
na em função da inclinação solar.
O manejo de plantas daninhas, após o plantio das mudas, foi re-
alizado em duas etapas: na primeira (1º ano), quatro semanas após o
plantio (set/1999), aplicou-se a mistura de haloxyfop-R-methyl (Mira-
26
ge) na dose de 0,36 kg ha-1 (1,50 L ha-1) com atrazine (Agar Cross
Atrazina) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acrescida de Dowfax (adjuvante)
na concentração de 0,5% v/v. A segunda aplicação realizou-se aos 90
dias após o plantio (nov/1999), utilizando-se a mistura de glyphosate
(Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1) com atrazine (Agar Cross Atra-
zine) a 2,0 kg ha-1 (4,0 L ha-1), acrescida de Dowfax (adjuvante) na
concentração de 0,5% v/v e com as mudas de Pinus spp. protegidas.
O segundo período de aplicação dos herbicidas (aplicação de
segundo ano) realizou-se em março e setembro de 2000. Para tal, foi
aplicado a mistura de glyphosate (Roundup) a 1,44 kg ha-1 (3,0 L ha-1)
com atrazine (Agar Cross Atrazine) a 1,50 kg ha-1 (3,0 L ha-1), acres-
cida de Dowfax (adjuvante) na concentração de 0,5% v/v.
Para a análise da sobrevivência foi utilizado o pacote estatístico
Estat 2.0 – UNESP – FCAV, e para a análise da Correlação de Pear-
son, foi utilizado o SOC–NTIA.
27
FIGURA 3 – Tratamento com controle no camalhão, 1º período de manejo. (Can-
tareli, 2000).
FIGURA 4 – Tratamento aplicado com controle total, 1º período de manejo. (Can-
tareli, 2000).
28
FIGURA 5 – Testemunha, onde não foi realizado nenhuma intervenção de manejo
de plantas daninhas. (Cantareli, 2000).
3.6 Determinações
3.6.1 Pinus spp. Foram realizadas avaliações quanto a: sobrevivência (%), altura
(cm) da planta, diâmetro altura do colo (mm) da planta e o fator pro-
dutividade ou volume (cm³) aos 12 e 24 meses após o transplante das
mudas.
29
TABELA 2 – Estabelecimento dos tratamentos a serem executados na experimentação. Santo Tomé, Corrientes.1999
Espécies Modalidade Intensidade de manejo de manejo 1º ano 2º ano
Pinus taeda Controle no camalhão xxx ---
Pinus taeda Controle em área total xxx ---
Pinus taeda Controle no camalhão xxx xxx
Pinus taeda Controle em área total xxx xxx
Pinus taeda Testemunha --- ---
Pinus elliottii Controle no camalhão xxx ---
Pinus elliottii Controle em área total xxx ---
Pinus elliottii Controle no camalhão xxx xxx
Pinus elliottii Controle em área total xxx xxx
Pinus elliottii Testemunha --- ---
Pinus híbrido Controle no camalhão xxx ---
Pinus híbrido Controle em área total xxx ---
Pinus híbrido Controle no camalhão xxx xxx
Pinus híbrido Controle em área total xxx xxx
Pinus híbrido Testemunha --- ---
A sobrevivência das plantas de Pinus spp. foi determinada pela
percentagem de plantas vivas. A altura (cm) e o diâmetro a altura do
colo (mm) das plantas foram determinados por meio da amostragem
das dez plantas centrais da parcela, minimizando assim, o efeito de
deriva. Para a altura, as plantas foram medidas desde a base da planta
30
no solo até a gema apical. O fator de produtividade foi determinado
pela fórmula:
Fator produtividade = DAC2. h/1000
em que:
– DAC: Diâmetro na altura do colo
– h: altura da planta
3.6.2 Plantas daninhas
As principais plantas daninhas que ocorreram na área foram
Axonopus compressus (Poaceae), Paspalum sp.(Poaceae), Andropo-
gon lateralis (Poaceae), Cyperus sp. (Cyperaceae), Conyza bonarien-
sis (Asteraceae), Gnaphallium purpureum (Asteraceae), Oxalis
sp.(Oxalidaceae), Schizachirium microstachyum (Poaceae), Elyono-
rus muticuns (Poaceae), Vernonia chamaedrys (Asteraceae), Eryn-
gium eberneum (Apiaceae), Wedelia padulosa (Asteraceae) e outras
espécies que não foram identificadas. De acordo com Montenegro
(1999), a percentagem de espécies encontradas no campo San Miguel
é de 63% de gramíneas, 30% dicotiledôneas e 7% de ciperáceas.
Os efeitos dos herbicidas nas plantas daninhas foi determinado
pelo método qualitativo caracterizado por avaliações visuais, baseado
em escalas arbitrárias, estabelecidas nos dois períodos de avaliação,
6/10/2000 e 1/11/2001. Empregaram-se valores percentuais para a
avaliação de controle. Essas plantas foram agrupadas em monocotile-
dôneas e dicotiledôneas, atingindo um percentual de 100% (Quadro1).
31
QUADRO 1 – Análise visual do experimento nos dois períodos de
avaliação. Santa Maria, RS. 2002
TRATAMENTOS COM REPETIÇÕES
% Monocotiledôneas
% Dicotiledôneas
1º ano 2º ano 1º ano 2º ano testemunha
Pinus taeda
T 1 R 1 97 97 3 3 T 1 R 2 97 97 3 3 T 1 R 3 75 85 25 15
Camalhão 1 ano
Pinus taeda
T 2 R 1 65 90 35 10 T 2 R 2 55 90 45 10 T 2 R 3 50 95 50 5
Camalhão 2 anos
Pinus taeda
T 3 R 1 45 50 55 50 T 3 R 2 50 55 50 45 T 3 R 3 55 55 45 45
total 1 ano
Pinus taeda
T 4 R1 65 80 35 20 T 4 R2 40 40 60 60 T 4 R3 55 70 45 30
total 2 anos
Pinus taeda
T 5 R1 40 60 60 40 T 5 R2 80 10 20 90 T 5 R3 55 20 45 80
testemunha
Pinus elliottii
T 6 R1 92 92 8 8 T 6 R2 91 95 9 5 T 6 R3 98 98 2 2
Camalhão 1 ano
Pinus elliottii
T 7 R1 50 50 50 50 T 7 R2 70 90 30 10 T 7 R3 55 90 45 10
camalhão 2 anos
Pinus elliottii
T 8 R1 80 80 20 20 T 8 R2 30 30 70 70 T 8 R3 65 65 35 35
total 1 ano
Pinus elliottii
T 9 R1 55 70 45 25 T 9 R2 70 70 30 30 T 9 R3 85 80 15 20
total 2 anos
Pinus elliottii
T 10 R1 75 10 25 90 T 10 R2 65 10 35 90 T 10 R3 65 10 35 90
32
Continuação...
testemunha
Pinus híbrido
T 11 R1 95 95 5 5 T 11 R2 90 95 10 5 T 11 R3 80 80 20 20
Camalhão 1 ano
Pinus híbrido
T 12 R1 35 90 60 10 T 12 R2 50 90 50 10 T 12 R3 40 40 60 60
Camalhão 2 anos
Pinus híbrido
T 13 R1 65 90 35 10 T 13 R2 40 90 60 10 T 13 R3 30 90 70 10
total 1 ano
Pinus híbrido
T 14 R1 60 55 40 45 T 14 R2 70 70 30 30 T 14 R3 30 85 70 15
total 2 anos
Pinus híbrido
T 15 R1 65 20 35 80 T 15 R2 50 20 50 80 T 15 R3 65 5 35 95
As gramíneas tropicais possuem potencialmente um índice de
crescimento mais elevado que as leguminosas tropicais devido a um
maior índice fotossintético (Ludlow & Wilson, 1970). A capacidade
fotossintética das gramíneas se eleva com o aumento de radiação até a
luz plena, enquanto as leguminosas se saturam de luz com aproxima-
damente 50% de intensidade. Por outro lado, o desempenho fotossin-
tético das gramíneas tropicais é mais sensível à competição por luz do
que as leguminosas. Entretanto, um fator adicional que limita a capa-
cidade de crescimento das leguminosas sob competição por luz em
condições de campo é a possibilidade de redução do índice de fixação
de nitrogênio (Lie, 1974).
33
Para determinar o acúmulo de biomassa das plantas daninhas,
foram amostradas duas áreas de 0,25 m2 (0,5 m x 0,5 m), respectiva-
mente, entre a 3ª/4ª e 9ª/10ª mudas de Pinus spp. no camalhão central
de cada parcela, no primeiro ano. Já no segundo ano, as plantas dani-
nhas foram coletadas entre a 4ª/5ª e 8ª/9ª muda. Após o corte rente ao
solo, as plantas foram separadas em mono e dicotiledôneas; a seguir,
colocadas em sacos de papel e secas em estufa durante 72 horas à
temperatura de 65oC. O material obtido foi pesado e os resultados
convertidos em kg ha-1 no camalhão.
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª FIGURA 6 – Esquema da coleta de matéria seca no camalhão entre as
mudas de Pinus spp..
Coleta no 1º ano Coleta no 2º ano
Devido a problemas fitossanitários na Argentina, no ano de
2001, a pesquisa foi prejudicada não sendo possível analisar no Brasil
o material coletado na Argentina, no segundo período, por determina-
ção da Secretaria de Agricultura do Brasil. Dessa forma, no segundo
período foi determinado apenas a biomassa das plantas daninhas na
própria empresa, sem a identificação de espécies e divisão entre mo-
nocotiledôneas e dicotiledôneas. Esse fato também prejudicou a iden-
tificação das espécies reinfestantes nas parcelas com controle químico.
34
3.7 Análise estatística
Os resultados foram analisados estatisticamente pela análise da
variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Os resultados, em percentagem (sobrevivência), antes
de serem analisados foram transformados em arco seno % / 100 para
fins de normalização de sua distribuição.
A correlação foi determinada através de Pearson (r) entre as va-
riáveis (V1) volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano um;
(V2) volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano dois; (MS1)
biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e
(MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano
dois, dentro de cada espécie de Pinus spp. entre os períodos estudados.
3.8 Descrição dos herbicidas utilizados no experimento
Dentre os herbicidas utilizados em áreas de reflorestamento de
Pinus spp., destacam-se principalmente dois: Glyphosate e Atrazine,
sendo que este último vem sendo empregado em grande escala, em
razão de ser aplicado em pré-emergência, atuando na redução do ban-
co de sementes e controlando as plântulas em desenvolvimento inicial
das espécies daninhas. A utilização da mistura destes herbicidas resul-
ta na formação de cobertura vegetal sobre o solo. Alguns pesquisado-
res e reflorestadores questionam a possibilidade dessa cobertura cau-
sar e/ou acentuar a interferência alelopática de algumas plantas dani-
nhas sobre as plantas de Eucalyptus spp. e Pinus spp. (Dinardo et al.,
1998).
35
ATRAZINE
Nome comum: atrazina, atrazine ( BSI, WSSA)
Nomes comerciais e formulações: AGAR CROSS ATRAZINA 50
FW (LFE 50%) ATRANOL 50 AS (LS 50%), ATRAZINA 50 FQ
(LFE 50%), ATRAZINA ARSA (L 50%), GESAPRIM 50 FW (LFE
50%), GESAPRIM 90 (GD 90%).
Nomenclatura química: 2-cloro-4-(etilamino)-6-(isopropilano)-s-
triazina.
Fórmula molecular: C14H2ONO2Cl
Ação: Sistêmica residual, a duração de sua ação é de 2-6 meses.
Ação nas plantas: É absorvido principalmente pelas raízes e também
em menor escala pelas folhas, se transloca pelo interior das plantas,
acumulando-se nos meristemas e nas folhas.
Comportamento no solo: A permanência de resíduos no solo, em
doses normais de aplicação deste herbicida, estende-se até um ano.
Em condições de baixa temperatura e áreas secas, a residualidade pode
estender-se por mais tempo.
GLYPHOSATE
Nome comum: Glifosato, Glyphosate (WSSA)
Nomes comerciais e formulações: ROUNDUP, GLICEP, GLIFO-
GAN, GLIFOSATO, TRITUMOL, GLIFOCOP, GLIFOS BAYER,
LUROL, POLADO, SULFOSATO ICI (todos com formulações L
48%).
Nomenclatura química: N-fosfonometil glicina.
Fórmula molecular: C3H8NO5P
36
Ação nas plantas: Absorvido pelas folhas e partes verdes das plantas
se transloca até os órgãos subterrâneos, onde afeta o crescimento e
provoca a morte dos tecidos. Os efeitos iniciais se observam depois de
três dias nas plantas daninhas anuais e dez dias nas plantas perenes.
As espécies lenhosas podem requerer de uma a duas semanas, e, se
tratadas no final do outono, podem não apresentar sintomas até a pri-
mavera seguinte. Tem grande poder de translocação.
Comportamento no solo: Se adsorve no solo e se mobiliza pouco por
lixiviação. A ação microbiana é um importante fator de degradação.
Sua persistência é muito breve e, como tem ação emergente, pode-se
semear ou plantar nos solos imediatamente depois de aplicá-lo.
HALOXIFOP-R- METIL
Nome comum: Haloxyfop – R – metil éster.
Nomes comerciais e formulações: Mirage (Argentina), Verdict R
(Brasil)
Nomenclatura química: R-(+) metil -2- (4-((3- cloro-5- trifluorome-
til) –2- piridimil ) oxi) fenoxi) propanoato.
Concentrado emulsionante : 10,4 % laboratório Dowelanco.
Ação nas plantas: É um herbicida recomendado para o controle de
plantas daninhas de folhas estreitas em aplicação em pós-emergência.
O grau de controle das plantas daninhas e a sua duração dependerá da
dose aplicada, textura do solo, chuvas, grau de infestação das plantas
daninhas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Análise da sobrevivência das plantas de Pinus spp.
Os valores percentuais da sobrevivência foram transformados
em arco seno % / 100 para fins de normalização de sua distribuição.
Para isso, foi usado o pacote estatístico ESTAT 2.0 UNESP – FCAV –
Jaboticabal. A análise dos dados de sobrevivência (%) não obtiveram
diferenças significativas (Teste F) entre os tratamentos aplicados, con-
forme pode-se visualizar na Tabela 3.
TABELA 3 – Resultados da análise dos valores de sobrevivência (%).
Santa Maria, RS. 2002
Tratamentos
Sobrevivência (%)
Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido
Testemunha
Controle linha 1 ano
Controle linha 2 anos
Controle total 1 ano
Controle total 2 anos
90,0 a*
96,7 a
100,0 a
100,0 a
93,3 a
100,0 a
100,0 a
96,7 a
93,3 a
100,0 a
100,0 a
90,0 a
100,0 a
93,3 a
90,0 a
Média 82,3 85,7 81,7
C V % 11,2 7,05 11,5
*Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra, dentro de cada espécie,
diferem pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
38
A sobrevivência não foi influenciada pelos tratamentos aplica-
dos, não havendo diferença significativa (P<0,05), como se pode veri-
ficar na Tabela 4. Com uma média geral de sobrevivência das três es-
pécies de 96,2%, é considerada satisfatória. Isso pode ser explicado
pela proteção das mudas durante a aplicação química, na testemunha
onde a infestação poderia influenciar na sobrevivência o efeito da
construção dos camalhões reduziu a quantidade de plantas daninhas
próximas as mudas de Pinus spp., logo após o plantio.
Maclaren (1993), em plantios de Pinus radiata, descreveu que
um bom controle de plantas daninhas é essencial para garantir uma
alta sobrevivência inicial e um desenvolvimento uniforme das mudas
de Pinus spp..
TABELA 4 – Resumo da análise de variância na sobrevivência (%).
Santa Maria, RS. 2001
Q.M.
F V G.L. Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido
Blocos 2 34,8 NS 62,6 NS 216,9 NS
Tratamentos 4 132,2 NS 83,5 NS 158,9 NS
Resíduo 8 87,1 36,5 88,5
TOTAL 14 Onde: FV: Fonte de Variação; G.L.: Graus de Liberdade; Q.M.: Quadrado Médio;
NS: Não significativo.
39
4.2 Análise do desenvolvimento inicial das espécies de Pinus spp.
QUADRO 2 – Resumo da análise de variância, para as variáveis Altu-
ra (cm), Diâmetro altura do colo – DAC (mm) e Fator
de produtividade (cm³). Santa Maria, RS. 2002
F.V.
G.L.
Quadrado Médio
Altura (cm) DAC (mm) F.P. (cm³)
Fator A 2 23256,47** 381,46** 3741676,00**
Fator B 1 6,00 NS 43,78 NS 89934,02 NS
Fator C 1 1184,25 NS 913,07** 2043312,00**
Interação A x B 2 576,94 NS 28,66 NS 153021,00 NS
Interação A x C 2 46,12 NS 14,77 NS 31884,38 NS
Interação B x C 1 138,38 NS 53,03 NS 133350,00 NS
A x B x C 2 437,06 NS 6,99 NS 23013,00 NS
--------------- ------ --------------- --------------- ---------------
(Tratamento) 11 4541,98** 170,33** 924162,20**
Trat vs Test 1 38799,5** 6067,97** 9676776,00**
Entre testemunha 2 1510,31** 177,05** 158163,90 NS
Blocos 2 3841,88** 77,11** 263376,00**
Resíduo 28 331,73 23,25 55552,07
Média Geral ----- 218,32 67,86 1420,45
C.V. (%) ----- 8,343 7,11 16,59 Sendo: FV: Fonte de variação; GL: Graus de liberdade; QM: Quadrado médio; F:
F calculado; Fator A: espécie; Fator B: Modalidade de controle; Fator C: Intensi-
dade de manejo; NS: Não significativo; **: Diferença significativa (1%).
40
Verifica-se, na Tabela 5, que houve diferença significativa para
o fator A, quando comparadas as três espécies de Pinus frente aos tra-
tamentos aplicados, na variável altura. Porém, para as outras duas va-
riáveis analisadas, a diferença foi somente em relação a espécie Pi-
nus híbrido, não diferindo Pinus elliottii e Pinus taeda.
TABELA 5 – Teste de Tukey das médias do fator A (espécies de
Pinus), para as variáveis altura (cm), diâmetro altura do
colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa Maria,
RS. 2002
Médias
Tratamento Altura DAC Fator produtividade
3 (Pinus híbrido) 278,45 a* 80,03 a 2294,88 a
1 (Pinus taeda) 229,98 b 69,28 b 1377,17 b
2 (Pinus elliottii) 190,56 c 71,68 b 1284,86 b
D.M.S. (5%) 18,41 4,87 238,23
Média 218,31 67,86 1420,45
C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
Kogan & Figueroa (1999), realizando estudos experimentais no
Chile, ao controlar plantas daninhas descreveram que a intensidade de
controle, durante os dois primeiros anos, em Pinus radiata, limitou-se
à linha do plantio, não sendo necessário o controle em superfície total.
41
Na Tabela 6, pode-se notar que não houve diferença significati-
va para o fator B em nenhuma das variáveis analisadas, quando com-
paradas às modalidades de controle no camalhão e controle total.
TABELA 6 – Teste de Tukey das médias do fator B (modalidade de
controle) para as variáveis altura (cm), diâmetro altura
do colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa
Maria, RS. 2002
Médias
Tratamento Altura DAC Fator Produtividade
2 (controle total) 232,58 a* 74,77 a 1702,29 a
1 (controle camalhão) 233,42 a 72,56 a 1602,32 a
D.M.S. (5%) 12,44 3,29 161,03
Média 218,31 67,86 1420,45
C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem pelo
teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
Apesar das diferenças entre o controle no camalhão e o contro-
le total não serem significativas, analisando-se a Figura 7, observa-se
que, para Pinus taeda e Pinus elliottii, o melhor tratamento nas três
variáveis avaliadas foi o controle no camalhão por dois anos, o que
levaria a concluir que não há necessidade de fazer o controle em área
total. Porém, para a espécie de Pinus híbrido, que apresentou um de-
senvolvimento inicial significativamente superior (Tabela 5) em rela-
ção às outras duas, o melhor tratamento foi o controle total por dois
anos, isso demonstra que as raízes desta espécie devem estar compe-
42
tindo com as plantas daninhas do entre camalhão. O experimento se-
gue sendo avaliado no 3º período, assim poderá comprovar se o me-
lhor tratamento para Pinus taeda e Pinus elliottii continua sendo con-
trole no camalhão por dois anos, e se há confirmação de diferença não
significativas entre controle no camalhão e controle total.
FIGURA 7 – Valores observados para as três espécies analisadas no
experimento para a variável altura (cm).
Desenvolvimento inicial Pinus taeda
050
100150200250300
Plantio 1° ano 2º ano
Alt
ura
(cm
)
Desenvolvimento inicial Pinus elliottii
0
50
100
150
200
250
Plantio 1° ano 2º ano
Alt
ura
(cm
)
Desenvolvimento inicialPinus híbrido
050
100150200250300350
Plantio 1° ano 2º ano
Altu
ra (c
m)
Testemunha
Controle linha 1ano
Cont.linha 2anos
Cont. total 1 ano
Cont. total 2 anos
43
Também se verifica na Tabela 7, que não houve diferença signi-
ficativa para o fator C, quando comparada a intensidade de manejo
(um ano ou dois anos) na variável altura; porém, houve diferença sig-
nificativa para a variável diâmetro altura do colo e fator de produtivi-
dade.
TABELA 7 – Teste de Tukey para as médias do fator C (intensidade
de manejo), nas variáveis altura (cm), diâmetro altura
do colo (mm) e fator de produtividade (cm³). Santa
Maria, RS. 2002
Médias
Tratamentos Altura DAC Fator Produtividade
2 (períodos) 238,73 a* 78,70 a 1890,55 a
1 (período) 227,26 a 68,63 b 1414,07 b
D.M.S. (5%) 12,44 3,29 161,03
Média 218,31 67,86 1420,45
C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos não seguidas por mesma letra na coluna, diferem pelo
teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
Analisando a intensidade de manejo, um ano ou dois anos, pô-
de-se verificar que é benéfico o controle por dois períodos. Em relação
à diferença do desenvolvimento em diâmetro e fator de produtividade,
o desenvolvimento em altura foi menos sensível pela eliminação da
vegetação competidora, o que, provavelmente, associe-se com a alta
quantidade de fotossintetizados que se requer para a produção de ge-
mas e com a fenologia de meristemas apicais e laterais.
44
O crescimento do câmbio é muito mais sensível que o desen-
volvimento em altura em condições de alta competição e pode ser um
bom indicador desta (Kozlowski et al., 1991). Perry et al. (1993) tam-
bém descreveram que a competição herbácea e arbustiva reduz o cres-
cimento em diâmetro mais que o crescimento em altura.
Tung et al. (1996), citado por Angeles et al. (1997), tão pouco
encontraram diferenças significativas em altura de Psedotsuga merzie-
sii, quando submetidas a um exaustivo controle da vegetação compe-
tidora, no qual atribuiu que a disponibilidade de água no solo não li-
mitou o alargamento do brote. Tal situação pode estar relacionada
com o presente estudo.
Apesar das menores diferenças estatísticas detectadas no desen-
volvimento em altura, os resultados deste trabalho são consistentes
uma vez comparados com os resultados de um grande número de ou-
tros estudos, nos quais foi possível estabelecer o efeito altamente posi-
tivo que apresenta o controle da vegetação competidora sobre o de-
senvolvimento em dito parâmetro (Angeles et al. 1997; Horsley, 1993;
Kogan & Figueroa,1999; Yeiser,1999).
Kogan & Figueroa (1999) concluíram que ao não controlar
plantas daninhas no segundo período de crescimento em Pinus radia-
ta, perdeu-se 65% de incremento em biomassa (D²H).
Por outro lado, Pezzutti (2000), pesquisando o efeito do contro-
le de plantas daninhas no desenvolvimento inicial de plantios de Pinus
taeda, no noroeste de Corrientes, em solos altos, concluiu que as dife-
renças obtidas em volume, dos tratamentos com um, dois e três perío-
do de controle não foram significativas, os ganhos obtidos compara-
45
dos a testemunha, ao controlar por um, dois e três períodos foram de
68,1; 64,6 e 82,7% respectivamente.
Na Figura 8 é apresentado o desenvolvimento inicial das espé-
cies quanto a variável diâmetro do colo (mm) .
FIGURA 8 – Desenvolvimento inicial das plantas de Pinus spp. das
três espécies, para a variável diâmetro altura do colo
(mm), frente aos tratamentos aplicados.
Desenvolvimento inicial Pinus híbrido
0
20
40
60
80
100
Plantio 1° ano 2º ano
Diâ
met
ro a
ltura
col
o (m
m)
TestemunhaCamalhão 1anoCamalhão 2anosCont. total 1anoCont. total 2 anos
Desenvolvimento inicial Pinus taeda
0
20
40
60
80
100
Plantio 1° ano 2º ano
Diâ
met
ro a
ltur
a co
lo (
mm
)
Desenvolvimento inicial Pinus elliottii
0
20
40
60
80
100
Plantio 1° ano 2º ano
Diâ
met
ro a
ltura
col
o (m
m)
46
Quando se comparam as testemunhas das três espécies, nota-se
também que não houve diferença significativa entre as espécies frente
aos tratamentos aplicados para a variável altura; porém, diferiram para
a variável diâmetro como pode-se verificar na Tabela 8.
TABELA 8 – Teste de Tukey para as médias das testemunhas, nas
variáveis altura (cm), diâmetro altura do colo (mm) e
fator de produtividade (cm³). Santa Maria, RS. 2002
Médias
Espécies Altura DAC Fator Produtividade
3 (Pinus híbrido) 184,33 a* 52,97 a 757,67 a
1 (Pinus elliottii) 140,57 a 43,10 a b 374,27 a
2 (Pinus taeda ) 153,87 a 37,83 b 347,07 a
D.M.S. (5%) 55,12 14,59 713,25
Média 218,31 67,86 1420,45
C.V.% 8,34 7,10 16,59 *Médias de tratamentos seguidas por mesma letra na coluna, não diferem entre si
pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
Apesar de não ocorrerem diferenças significativas entre as mé-
dias das três espécies para a variável fator de produtividade (cm³), no-
tou-se uma diferença bastante superior do Pinus híbrido em relação as
outras duas espécies. A diferença não foi significativa em razão da
variância muito alta. Essa variância, verificada visualmente no expe-
rimento com plantas muito heterogêneas dentro da mesma parcela,
demostra, mais uma vez, o problema causado pela competição e que
algumas plantas respondem mais a este fenômeno que outras. Esse
47
desenvolvimento heterogêneo acarreta um custo maior na colheita
mecanizada da madeira no final da rotação, sem falar da perda de vo-
lume.
4.3 Análise do desenvolvimento inicial das espécies do gênero
Pinus para a variável fator de produtividade – DAC2x h/1000
(cm3)
Para expressar melhor as diferenças ocorridas em cada trata-
mento aplicado, trabalhou-se com o fator de produtividade e os resul-
tados são apresentados na Figura 9.
Muitos pesquisadores, quando analisam o desenvolvimento ini-
cial de espécies florestais, têm encontrado resultados interessantes ao
trabalharem com o fator de produtividade, ou seja, o volume (cm³)
resultado do diâmetro do colo das mudas ao quadrado, multiplicado
pela altura e dividido por 1.000. Yeiser (1999), por exemplo, em estu-
dos realizados em Arkansas, USA, para testar a combinação de con-
trole de plantas daninhas e fertilização, apresentou o volume como
variável resposta dos diferentes tratamentos aplicados.
Adams & Dutkowski (1995), em resultados de um experimento
realizado ao Sul da Austrália, estudaram a resposta do desenvolvimen-
to de Pinus radiata a diferentes modelos de controle de plantas dani-
nhas, explicando que o desenvolvimento inicial dos plantios é maxi-
mizado aplicando-se um controle total de plantas daninhas durante os
primeiros períodos de desenvolvimento. Isto expressou, como resulta-
do, respostas de volume até 35 vezes superiores aos quatro anos de
48
comparação com aqueles tratamentos nos quais não foram realizados
controles. Os autores ainda destacaram que os gastos extras de aplicar
controle total de plantas daninhas durante os dois primeiros anos estão
mais que compensados pelo retorno em ingressos produzidos pelo
aumento de volume.
FIGURA 9 – Valores observados para as três espécies analisadas no
experimento para a variável fator de produtividade (cm³).
Desenvolvimento inicial Pinus taeda
0
500
1000
1500
2000
Plantio 1° ano 2º ano
Fato
r de
pro
dutiv
idad
e (c
m³)
Desenvolvimento inicial Pinus elliottii
0
500
1000
1500
2000
Plantio 1° ano 2º ano
Fat
or d
e pr
odut
ivid
ade
(cm
³)
Desenvolvimento inicial Pinus híbrido
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Plantio 1° ano 2º ano
Fato
r de
pro
dutiv
idad
e (c
m³)
Testemunha
Camalhão 1ano
Camalhão 2 anos
Cont. total 1ano
Cont. total 2 anos
49
Foram comparados todos tratamentos em relação a testemunha
sendo apresentados na Tabela 9, que pode ser melhor visualizados nas
Figuras 10 e 11.
TABELA 9 – Percentual (%) de desenvolvimento dos tratamentos
aplicados nas três espécies em relação a testemunha
sem controle. Santa Maria, RS. 2002
Altura (cm)
Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido
Camalhão 1 ano 48,2 % 28,4 % 45,7 %
Camalhão 2 anos 58,7 % 46,0 % 48,6 %
Total 1 ano 45,9 % 34,1 % 48,3 %
Total 2 anos 44,9 % 33,6 % 61,8 %
Diâmetro Altura do colo (mm) Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido
Camalhão 1 ano 66,7 % 47,1 % 36,8 %
Camalhão 2 anos 103,4 % 77,3 % 57,0 %
Total 1 ano 66,4 % 65,0 % 48,7 %
Total 2 anos 96,6 % 75,9 % 61,5 %
Fator de Produtividade (cm³) Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido
Camalhão 1 ano 221,5 % 158,4 % 141,1 %
Camalhão 2 anos 403,3 % 309,8 % 219,8 %
Total 1 ano 229,4 % 230,5 % 189,6 %
Total 2 anos 332,8 % 274,4 % 261,0 %
50
FIGURA 10 – Percentual de desenvolvimento inicial dos tratamentos
em relação a testemunha para cada espécie do gênero
Pinus, para a variável altura (cm) e diâmetro altura do
colo (mm).
51
FIGURA 11– Percentual de desenvolvimento inicial dos tratamentos
em relação a testemunha para cada espécie do gênero
Pinus, para a variável fator de produtividade (cm³).
O controle de plantas daninhas com herbicidas é realizado em
plantios de coníferas em vários países do mundo, favorecendo seu de-
senvolvimento. Dentre esses países, muitos trabalhos vem sendo de-
senvolvidos e analisados no Sul dos Estados Unidos, comparando o
desenvolvimento do Pinus spp. e a competição nativa. Estudos reali-
zados por Colbert et al. (1990) sobre produtividade e desenvolvimento
de plantações de Pinus taeda, no centro norte da Flórida, mostraram
que, depois de quatro estações de crescimento, a fertilização anual e o
controle total de plantas daninhas produziram similares níveis de res-
postas, aumentando a biomassa aérea em 700%. A combinação dos
tratamentos melhoraram a produção de massa seca total em 1.600%.
52
Diferenças em diâmetro de 247,0 e de 126,3% em altura foram encon-
tradas entre os tratamentos com controle de plantas daninhas e as tes-
temunhas sem controle.
Respostas em silvicultura intensiva têm sido apresentadas por
autores como Jokela et al. (2000), que, estudando o crescimento de
Pinus taeda e Pinus elliottii em 21 experimentos com tratamentos de
fertilização e controle de plantas daninhas durante a primeira estação
de crescimento, concluíram que o efeito principal destes fatores sobre
as variáveis de crescimento foi altamente significativo para ambas as
espécies. A resposta do volume em relação a testemunha foi significa-
tiva, apresentando ganhos de 48% para o tratamento de fertilização, de
43% para o controle de plantas daninhas e de 81% para a fertilização e
controle de plantas daninhas. Segundo os autores, para manter os be-
nefícios dos ganhos iniciais em crescimento, serão necessárias aplica-
ções de fertilizante de mediana rotação dado que a resposta inicial de
crescimento declinou entre os cinco e oito anos.
Pelos resultados de volume apresentados na Tabela 9 verifica-se
um incremento bastante superior de 403,3% para Pinus taeda, e
309,8% para Pinus elliottii comparando o melhor tratamento (controle
no camalhão por dois anos) em relação a testemunha.
Por outro lado, quando avaliados os resultados por um período
maior na rotação, Maclaren (1993), em plantios de Pinus radiata,
descrevem que aos 11 anos de idade apresentou uma diferença de 50%
de crescimento em volume entre árvores que cresceram com controle
de plantas daninhas e as que cresceram sem controle.
53
Estudos avaliados no decorrer de 13 anos em plantios de Pinus
taeda e Pinus echinata, aplicando controle de vegetação herbácea e
arbustiva por cinco anos, comprovaram que a diferença no desenvol-
vimento inicial segue pela rotação, aumentando no decorrer dos anos,
chegando, no final dos 13 anos, o tratamento com controle total, a um
volume de 285 m³ha-1 enquanto a testemunha apresentou um volume
de 165 m³ha-1 (Cain, 1999). O mesmo autor concluiu ainda que o re-
sultado de ganho em volume (m³ha-1) do melhor tratamento, equivale
a três anos de crescimento da testemunha.
No presente estudo, quanto ao desenvolvimento inicial em altu-
ra e diâmetro do colo, o melhor tratamento em relação a testemunha
apresentou um incremento de 58,7 e 103,4% para o Pinus taeda; 46,0
e 77,3% para o Pinus elliottii; 61,8 e 61,5% para o Pinus híbrido, res-
pectivamente.
Resultados apresentados por Yeiser (1999) para um experimen-
to de herbicidas pré-emergentes aplicados, em 1997, sobre plantas de
Pinus taeda, estabelecidas no ano de 1996, mostraram que aos dois
anos, desde a aplicação, os resultados entre o melhor tratamento e a
testemunha sem controle apresentaram uma diferença de 26,9; 65,2 e
213,5% para as variáveis altura, diâmetro do colo e fator de produtivi-
dade.
Fox (2000), avaliando o efeito da competição de herbáceas e ar-
bustos em plantios de Pinus taeda, nos Estados Unidos, analisados
após oito anos, descreveu que não houve diferença significativa de um
ou dois períodos de controle, com um volume de 40 m³ha-1 e
38 m³ha-1, respectivamente. Porém, quando comparada com a teste-
54
munha sem controle, a diferença foi bastante significativa, que apre-
sentou um volume de 14 m³ha-1.
Cañelas et al. (1999), estudando o comportamento de Pinus pi-
nea, fertilização e aplicação de herbicidas em Mayorga, Espanha, con-
cluíram que o emprego de herbicidas incrementa o crescimento longi-
tudinal das plantas de Pinus spp., mais que com os fertilizantes.
Na Região Nordeste da Argentina, algumas pesquisas vem sen-
do desenvolvidas. Montenegro (1998), em trabalhos realizados com
plantios de Pinus taeda em solos altos e, portanto, com vegetação di-
ferenciada, descreveu que é altamente benéfico o controle de plantas
daninhas durante o primeiro período de desenvolvimento dos plantios,
sendo recomendado o controle na linha de três metros e total. Destaca
que, do ponto de vista econômico o sistema de controle total, requer
uma redução na rotação de seis meses para justificar o gasto inicial
incluído o controle de plantas daninhas. Sugere ainda que deveriam
continuar com pesquisas depois do primeiro ano de plantio para obter
respostas mais seguras.
Os resultados do presente trabalho mostram claramente que a
resposta ao controle de plantas daninhas coincide com os resultados de
outros trabalhos já citados, porém, com condições climáticas de cada
ano em particular, assim como associações vegetais presentes em cada
local e sua sucessão. Dessa forma, no estudo avaliado, as respostas do
desenvolvimento das florestas ao controle de plantas daninhas devem
apresentar-se de modo variável no decorrer da rotação.
55
4.4 Análise da Correlação entre biomassa das plantas daninhas e
volume de Pinus spp.
A fim de verificar a correlação existente entre as plantas dani-
nhas e o desenvolvimento das mudas de Pinus spp., foi levantado, nas
parcelas dos tratamentos já descritos, a biomassa do camalhão, con-
forme Tabela 10.
TABELA 10: Resultados de biomassa (Kg ha-1 de camalhão) nos dois
períodos de avaliação, 06/10/2000 e 1/12/2001. Santa
Maria, RS. 2002
Pinus taeda Pinus elliottii Pinus híbrido 1º ano 2º ano 1º ano 2° ano 1º ano 2° ano
Test. 2180,3 5409,0 2385,9 5823,0 1741,5 6513,0
Cam. 1 612,6 2739,0 807,0 2682,0 837,9 3027,0
Cam. 2 532,8 483,0 579,0 498,0 606,6 759,0
Total 1 648,3 2352,0 909,6 2157,0 736,5 2097,0
Total 2 560,4 600,0 272,1 1050,0 546,0 1002,0 onde: (Test.): testemunha; (Cam. 1): controle no camalhão por 1 ano; (Cam. 2):
controle camalhão por 2 anos; (total 1): Total por 1 ano; (total 2):Total por 2 anos.
Os dados foram submetidos à análise de Correlação de Person
(r) entre as variáveis, analisadas no pacote estatístico SOC-NTIA.
A Tabela 11 descreve os resultados da correlação entre a bio-
massa (Kgha-1 de camalhão) nos dois períodos de avaliação e o volu-
me (cm³) das espécies de Pinus spp., já apresentados na Tabela 5.
A correlação entre a biomassa (Kgha-1 de camalhão) das plan-
56
57
tas daninhas e o volume (cm³) das plantas de Pinus spp., apresentadas
na Tabela 11, mostra que para as três espécies de Pinus spp.
foi significativa a correlação quando comparadas biomassa e volume
no primeiro ano, sendo ainda uma correlação negativa, ou seja, quanto
maior um valor, menor o outro. Isso também ocorre quando compara-
das a biomassa e o volume no segundo ano. Quando correlacionados
os resultados, dentro da mesma variável em anos diferentes, a correla-
ção foi positiva para algumas espécies, ou seja, quanto maior um valor
maior o outro.
Estudos anteriores têm apresentado esse efeito da biomassa de
plantas daninhas no desenvolvimento incial de Pinus taeda (Bacon &
Zedaker, 1987; Morris et al. 1989; Perry et al. 1993).
Por outro lado, Gavazzi et al. (2000) retrataram que a biomassa
das plantas daninhas afetou a biomassa do Pinus taeda, mas somente
uma pequena variabilidade foi encontrada no crescimento desta espé-
cie (r² = 0,10).
Britt et al. (1990); Alen et al. (1991); Colbert et al. (1990); Dal-
la-Tea & Jokela (1991) relataram que nas idades de quatro e cinco
anos houve um aumento substancial no incremento do volume de Pi-
nus spp. em função do controle da vegetação competidora. Já Zutter et
al. (1999) descreveram que na idade de seis anos houve uma diminui-
ção positiva da área foliar do Pinus spp. em resposta de controle de
vegetação. Nusser & Wentworth (1987), citado por Zutter et al.
(1999), descreveram que a amônia e nitrato no solo tem uma correla-
ção negativa com o volume da vegetação competidora em plantios de
Pinus taeda na Carolina do Norte, USA.
58
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
De acordo com o estabelecimento, condução e avaliação desta
pesquisa os resultados permitem concluir que:
a) A sobrevivência das mudas de Pinus spp. não foi afetada pela
modalidade e intensidade de manejo;
b) O Pinus híbrido apresentou um desenvolvimento inicial su-
perior em relação a Pinus taeda e Pinus elliottii para as três
variáveis avaliadas;
c) Quanto à modalidade de controle, ou seja, controle total ou
controle no camalhão, não houve diferenças para as espécies
de Pinus spp. estudadas;
d) Para a intensidade de manejo, um ano ou dois anos, o melhor
tratamento foi o manejo por dois períodos;
e) Verificou-se correlação negativa entre a biomassa das plantas
daninhas e o volume das plantas de Pinus spp.; e correlação
positiva, quando comparadas dentro da mesma variável nos
diferentes períodos.
59
5.2 Recomendações:
a) Deve-se realizar o controle de plantas daninhas somente no
camalhão;
b) A intensidade de manejo que responde a um maior desen-
volvimento inicial das espécies de Pinus é por dois períodos;
c) Estudos devem ser realizados para 1,5 períodos e comparados
com resultados de um e dois períodos;
d) Deve-se avaliar ainda, o experimento no terceiro período e,
assim, comprovar se a melhor modalidade de controle conti-
nua sendo somente no camalhão para Pinus taeda e Pinus el-
liottii ou se há necessidade de se fazer o controle total;
e) Recomenda-se verificar, ainda no terceiro período, se há di-
ferenças de um, dois e três períodos de manejo, e comprovar
se os resultados apresentados neste estudo prosseguem;
f) Devido as características do desenvolvimento inicial do gê-
nero Pinus, sugere-se um estudo da possibilidade de se rea-
lizar o controle somente no segundo e terceiro período, ou
seja, na fase onde a espécie florestal apresenta um maior in-
cremento em seu desenvolvimento;
60
g) Analisar o efeito da competição por recursos hídricos e nu-
trientes das plantas daninhas em relação ao desenvolvimento
das mudas do gênero Pinus;
h) Avaliar o desenvolvimento do sistema radicular das mudas
do gênero Pinus, frente a forma de plantio (camalhão), as
modalidades e intensidades de manejo de plantas daninhas
apresentadas neste estudo;
i) Recomenda-se ainda pesquisar o efeito, do controle de plan-
tas daninhas juntamente com dosagens de adubação em dife-
rentes modalidades e intensidades, no desenvolvimento ini-
cial das mudas do gênero Pinus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, P.R. & DUTKOWSKI. Radiata pine growth response to
pattern of weed control in South Australia. Second International
Conference on forest vegetation Management, Rotorua, 1995.
ALLEN H.L.; MORRIS, L.A.: WENTWORT T.R. Productivity
comparisons between successive lobloly pine rotations in the North
Carolina Piedmont. In Long-term field trials to assess environmental
impacts of harvesting, proceedings of IEA/BET6/A6 workshop.
Forest Research Institute Bull. n. 161. p.125-136. 1991
ALBORNOZ, M. El proceso de intergracion regional avances y
limitaciones del Mercosul – Balance y perpectivas. In: Seminário
Internacional, 2000 : Rosario. Anais... Rosario, 2000. p. 277-285.
ANGELES, G., VELAZQUEZ A., VARGAS, J.J., RAMIREZ, H.,
MUSALEM, M.A.. Efecto del manejo de la vegetacion en algunas
variables de crecimiento de la repoblacion natural en un rodal de
Pinus patula en el estado de Hidalgo (México). Revista Investigacion
Agraria: Recursos Forestales. v.6, n.1/2, p. 120-131, 1997.
BACON, C.G. & ZEDAKER, S.M. Third-year response of loblolly
pine to eigth levels of competition control. South. J. Apll. For., n.11,
p. 91-95. 1987.
62
BRASIL, U.M.; MACHADO, P.R.; PEREIRA, F.M. Uso de
herbicidas na cultura do eucalipto. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE HERBICIDAS E ERVAS DANINHAS, 11., Londrina, 1976.
Resumos ... Londrina: SBHED. 1976. p. 108-9.
BRITT, J.R.; ZUTTER, B.R.; MITCHELL, R.J., et al. Influence of
herbaceous interference on growth and biomass partitioning in planted
lobloly pine. Weed Science. n.38, p. 797-503. 1990.
BERKOWITZ, A.R. Competition for resources in weed-crop
mixtures. In: Altieri, M.A.; Liebman, M. (Eds). Weed management
in agroecosystems: ecological approaches. Florida: CRC Press,
1988. p. 89-120.
BRITO, M.A.R. Manejo de plantas daninhas em área de
reflorestamento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA
DAS PLANTAS DANINHAS, 20., Florianópolis, 1995. Palestras...
Florianópolis: SBCPD, 1995. p. 92-95.
CAIN, M. D. Woody and herbaceous competition effects on stand
dynamics and growth of 13-year-old natural, precommercially thinned
loblolly and shortleaf pines. Canadian Journal Forest Research
v.29, p. 947-959, 1999.
63
CAÑELLAS, I.; FINAT L.; BACHILLER, A.; et al. Comportamento
de plantas de Pinus pinea em viveros e campo: ensaios de tecnicas de
cultivo de planta, fertilização e aplicação de herbicidas. Revista
Investigacíon Agrária. v.8, n.2, p.336-359, 1999.
CARTER, G.A.; MILLER, J.M.; DAVIES, D.E.; et al. Effect of
competition on the moisture and nutrient status of lobloly pine.
Canadian Journal Forest Research, n. 14, p. 1-9. 1984.
CARVALHO, F.T. & ANTIQUEIRA, L.R. Interferência de plantas
daninhas em áreas de reflorestamento e comparação entre dois
métodos de controle. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 19., Londrina, 1993.
Resumos... Londrina: SBHPD. 1993. p. 252-53.
CHRISTOFFOLETI, P.J.; BRANCO, E.F.; BRITVA, M.; et al.
Controle químico de plantas daninhas na cultura do Pinus taeda em
condições de pré e pós-plantio da cultura. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 20.,
Florianópolis-SC, 1995. Resumos... Florianópolis: SBCPD, 1995. p.
274-276.
CIEF, Jornada – Taller sobre silvicultura de Pinos y Eucaliptus en
Misiones y Corrientes. Gobernador Virasoro, 1993. p. 10-11.
64
COLBERT, S.R.; JOKELA, E.J.; NEARY D.G. Effects of anual
fertilization and sustained weed control on dry matter partitioning, leaf
area, and growth efficiency of juvenile Loblolly and slash Pine.
Forest Science. v. 36, n. 4, p. 995-1014, 1990.
COLODETTE, J. L. Produção de celulose Kraft da madeira de Pinus
caribaea Mor. var. hondurensis Barr. e Golf. com rabo de raposa.
Silvicultura, v. 23, n. 56, 1982. (Edição especial: 4° Congresso
Florestal Brasileiro).
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO – RS/SC.
Recomendações de adubação e de calagem para os estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. 3. ed., Passo Fundo, SVCS-Núcleo
Regional Sul, 1994. 224p.
COZZO, D. Tecnologia de la forestación en Argentina y América
Latina. Buenos Aires: Editorial Hemisferio Sur. 1976. p. 290-298.
DALLA-TEA, F. & JOKELA, E.J. Needlefall, canopy light
interception, and productivity of young intensively managed slash and
lobloly pine stands. Forest Science. n. 37, p. 1298-1313. 1991
DAVIES, R.J. Arboles y malezas. Edimburgo: Asociation Latino
Americana de Malezas, 1990. s.p.
65
DEUBER, R. Áreas de reflorestamento. In: Ciência das plantas
infestantes: manejo.Campinas, 1997. p. 244-48.
DINARDO, W.; TOLEDO, R.E.B. de; ALVES, P.L. de L.A.; et al.
Interferência da palhada de capim-branquiária sobre o crescimento de
eucalipto. Planta Daninha. v.16, n.1, p.13-23, 1998.
FINGER, C.A.G. Considerações para o manejo de florestas de Pinus
elliottii. In: SIMPÓSIO LATINOAMERICANO SOBRE MANEJO
FLORESTAL, 1., 2000, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria: CCR-
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. 2000. p.111-
142.
FOLONI, L.L. Avaliação do uso de amônio-glufosinato na
manutenção de eucalipto. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE
HERBICIDAS E PLANTAS DANINHAS, 19., Londrina, 1993.
Resumos... Londrina, 1993. p. 247.
FOX, R. T. Desarrollo de regímenes silviculturales, sitios específicos
para Pinus taeda en la planicie costera atlántica de los Estados
Unidos. In: SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro.
Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.
66
GAVAZZI, M.; SEILER, J.; AUST, W.; ZEDAKER, S. The influence
of elevated carbon dioxide and water availability on herbaceous weed
development and growth of transplanted loblolly pine (Pinus taeda).
Environmental and Experimental Botany. v. 44, p. 185-194. 2000.
GOLFARI, L.; CASER, R. L.; MOURA, V. P. G. Zoneamento
ecológico esquemático para reflorestamento no Brasil. Belo
Horizonte: Centro de Pesquisa Florestal da Região do Cerrado, 1978.
66p. (Série Técnica, 11).
GREAVES, A. Description of seed sources and collections for
provenances of Pinus oocarpa. Abingdan: Commonwealth Forestry
Institute, 1979. 44p. (Tropical Forestry, Papers, 13).
HARRINGTON T.B.; CHAN, S.S. Changes in physiology and
morphology of conifer seedlings following forest vegetation
management. In: Proceedings of workshop: Forest vegetation
Management Widsout Herbicides. Oregon State University. Forest
Research Laboratory Corv. p. 10-15. 1993.
HORSLEY, S.B., Mechanisms of interference betwen hay-scented
fern and black cherry. Canadian Journal Forest Research. v. 23, p.
2059-2069, 1993.
IZQUIERDO, H. I., Control de malezas herbáceas durante el primer
año de establecimiento de Pinus radiata D. Don en tres sitios de la IX
67
Región. 1995. Tesis Ing. Forestal, Fac. de Ciencias Forestales,
Universidad Austral de Chile, Valdivia, Chile., 1995. p.9
JOKELA, E.J.; WILSON, D.S. & ALLEN, J.E., Early growth
responses of slash and loblolly pine following fertilization and
herbaceous weed control treatments at establishment. South Journal
Application Forrest. v. 24, n. 1, p.23-30, 2000.
KELLISON, R.C. Characterístics affecting quality of timber fron
plantations, their determination and scope for modification. In:
IUFRO Word Congress, 17., 1981, Japão. Anais... p.77-87, 1981.
KOGAN, M.,FIGUEROA, R. Interferências produzidas por plantas
daninhas durante os primeiros anos de estabelecimento de pinus
(Pinus radiata D. Don.). In: IUFRO CONFERENCE SILVOTECNA,
10., 1998, Concepcíon. Anais... Concepcíon: 1998. (Melhoramento
de produtividade de sítios)
________ . Interferencia producida por las malezas durante los dos
primeros años en Pinus radiata D. Don. Revista Bosque, v.20. n.1, p.
57-64. 1999. acesso em 17/12/2001. Disponível em:
http.//www.uach.cl/extens/revbosque/v20n1/bq-20-1-057-064.htm.
LA AGROFORESTERIA EN LA ARGENTINA, Red
Latinoamericana de Cooperação em sistemas agroforestales.
Santiago, 1997.
68
KOZLOWSKI T.T., KRAMER P.J., PALLARDY S.G., The
physiological ecology of woody plants. San Diego: Academic Press.
1991. 657 p.
LAMPRECHT, H. Silvicultura nos trópicos: Ecossistemas florestais
e respectivas espécies arbóreas – possibilidades e métodos de
aproveitamento sustentado. Rossdorf: TZ-Verl.–Ges, 1990. 343p.
LIE, T.A. Environmental effects on modulation and symbiotic
nitrogen fixation. In: QUISPEL, A. (Ed.) The biology of nitrogen
fixation. Amsterdan, 1974. p.555-582.
LUDLOW, M.M., WILSON, G.L., HESLEHURST, M.R. Studies on
the productivy of tropical pasture plants. II. Growth analysis,
photosynthesis and respiration of 20 species of grass and legumes in a
controlled environment. Australian Journal of Agricultural
Research. v.21, n. 2, p. 183-194. 1970.
MACLAREN, P. Radiata pine grower’s manual. Chemical weed
control. New Zealand, 1993. p.34-39. (FRI N.184)
MARCHIORI, J.N.C. Dendrologia das Gimnospermas. Santa
Maria: Ed. da UFSM. 1996. 158 p.
MENDOZA, P.A.M.; PECH, S.A.T.; CANO, E.F.C.; Estructura y
composición de una comunidad com Pinus caribaea var. hondurensis
(Senecl.) Barr. y Golf., en Estado de Quintana Roo, México.
69
Caribbean Journal of Science, v.34, n. 1-2, p. 50-57, 1998.
MIROV, N.T. The Genus Pinus. New York: Ronald Press Company,
1967. 602p.
MONTENEGRO, P. A. Efecto del periodo y cobertura del control
de malezas en el desarrollo de plantaciones de Pinus taeda L. 1998.
110p. Monografia (trabalho de conclusão da graduação) Universidad
del Salvador, Argentina. 1998.
___________. Determinacion de la asociacion vegetal antes de la
aplicación del herbicidas en el campo San Miguel: La Papelera del
Plata S.A., 1999. 06 p.
MONTOYA, L.A. Las malas hierbas y su control. In: HARDY, F.ed.
Manual de Cacao. Turrialba: Instituto interamericano de Ciências
Agrícolas. 1961. p. 193-205.
MORRIS, L.A.; MOSS, S.A. & GARBETT, W.S. Effects of six weed
conditions on loblolly pine growth. South. Weed Science Soc. Proc..
v. 42, p. 217-221. 1989.
NIELLA, F. & ROCHA, P. Optimizacion de un protocolo de
macropropagacion para el Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea
var. hondurensis en Misiones Argentina. In: SILVOARGENTINA, 1.,
70
2000, Gobernador Virassoro Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.
p.1-12.
PAIT, J. A.; FLINCHUM, D.M.; LANTZ, C.W. Species variation,
allocation, and tree improvement. In: Forest Regenation Manual.
London: Kluwer Academic Publishers. 1991. p. 207-231.
PERRY, M.A.; MICHELL, R.J.; ZUTTER, B.R.; et al. Competitive
responses of loblolly pine, sweetgum and broomsedge densities.
Canadian Journal Forrest Research, v. 23, p. 2049-2058, 1993.
PETERSEN, T.D.; NEWTON, M.; ZEDAKER S.M. Influence of
Ceanociuns velutinus and associated forbs on the water strees and
stemwood production of Douglas-fir. Forest Science, v.2, n.34, p.
333-343. 1988
PEZZUTTI, R. Efecto del control de malezas en el crecimiento inicial
de plantaciones de Pinus taeda L. del NE de Corrientes, Argentina. In:
SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro. Anais...
Gobernador Vinassoro, 2000.
POWELL, M.B. & NIKLES, D.G. Performance of Pinus elliottii var.
elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis, and their F1, F2 and
backcross hybrids across a range of sites in Queensland. In: Tree
improvement for sustainable tropical forestry. Proc. QFRI-IUFRO
Conf., Australia. p. 382-383, 1996.
71
ROCHA, P. & NIELLA, F., 2000. Investigacion y desarrolo de
sistemas de propagacion vegetativa para Pinus taeda en Misiones
Argentina. In: SILVOARGENTINA, 1., 2000, Gobernador Virassoro.
Anais... Gobernador Vinassoro, 2000.
RODRIGUES, J.J.V.; PITELLI, R.A.; NISHIMURA, J.; et al. Efeitos
de doses crescentes de oxyfluorfen no controle de plantas daninhas e
no crescimento de plantas de eucalipto. In: CONGRESO DE LA
ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA DE MALEZAS, 10., Havana,
1990. Resumenes... Cuba: ALAM. 1990. p. 109.
SAGPyA FORESTAL. Publicação da Secretária de Agricultura,
Pecuária, Pesca e Alimentação da Argentina. Buenos Aires, n. 2, 99
p. 1997.
SCHOENHOLTZ, S.H. & BURGER, J.A. First year survival growth
of containerized pine (Pinus spp.) seedling on strip mined lands as
affected by cultural treatments and edaphic factors. General Thecnical
Report, Southeastern Forest Experiment Station, USDA Forest
Service. 1983. Três CD’s: Resumo.
SCHULTZ, R. Loblolly pine: The Ecology and Culture of Loblolly
Pine (Pinus taeda L.) Site preparation 4-3, 4-24; Stand Management
8-3, 8-36. USDA. U.S. Departament of Agriculture Forest Service,
Washington, D.C. Agricultural Handbook , 1997. 713p.
72
SENFT, J.F. Pratical significance of juvenile wood for the user. 18º
IUFRO Word Congress. Iugoslávia, p.261-271, 1986.
SILVA, W.; SILVA, J.F. da; CARDOSO, A.A.; et al. Utilização de
trifluralin e de oxyfluorfen na cultura de Eucalyptus grandis. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE HERBICIDAS E PLANTAS
DANINHAS, 19., Londrina, 1993. Resumos... Londrina: SBHPD.
1993. 248-49.
SILVA, W.; FERREIRA, F.A.; ARCHANGELO, E.R.; et al.
Tolerância de Pinus spp. a diferentes herbicidas. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 21.,
Caxambu, 1997. Resumos... Viçosa: SBCPD. 1997. p. 295.
SILVA, J. L. S. da. Produtividade de componentes de um sistema
silvipastoril constituído por eucalipto (Eucalyptus saligna Smith.) e
pastagens cultivada e nativa no Rio Grande do Sul. 1998. 179p.
Tese (Doutorando em Zootecnia)- Universidade Federal de Viçosa,
1998.
SLOOTEN, V. H. J.; FISEICK, R.W.; RICHETER, H.G.; et al.
Levantamento da densidade da madeira de Pinus elliottii var.
elliottii em plantio no sul do Brasil. PNUD/FAO/IBDF/BRA-45,
1976. p. 47. (Série Técnica nº5)
73
SOUTH, D.B.; ZWOLONSKI, J.B.; DONALD, D.G.M. Interactions
among seedling diameter grade, weed control, and soil cultivation for
Pinus radiata in South Africa. Canadian Journal Forest Research,
v. 23, p. 2078-2082, 1993.
SOUZA, L.S. Avaliação de possíveis efeitos alelopáticos de
diversas espécies de plantas daninhas sobre o crescimento de
eucalipto (Eucaliptus grandis Hill & Maiden). 1994, 120p.
(Dissertação de Mestrado) – Curso de Pós-Graduação em Agronomia.
UNESP, 1994.
SUASSUNA, J. 1977. A cultura do Pinus: uma perspectiva e uma
preocupação. Revista Brasil Florestal, n° 29 – Janeiro/Março de
1977. Disponível em: http://www.furdaj.gov.br/docs/tropico/desat/pinus.html.
Acesso em: 12 dez. 2001.
SWINDEL, B.F. et al., Fertilization and competition control
accelerate early southern pine growth on flatwoods, USDA Forest
Sevice, Gainsville, FL. Southern Journal of Applied Forestry, v.12,
n.2, 116-121. 1988. Três CD: Resumo.
TARNOWSKI, B.C. Política de incentivos forestales en la Argentina.
In: SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO
FLORESTAL, 1., 2000, Santa Maria. Anais... Santa Maria: CCR-
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, 2000. p.45-57.
74
TEDESCO, M.J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C.A.; et al. Análises de
solo, plantas e outros materiais. 2. ed. Porto Alegre: UFRGS,
Faculdade de Agronomia, Departamento de Solos, 1995. 174p.
(Boletim Técnico de solos, 5).
TOLEDO, R.E.B.; ALVES, P.L.C.A.; PITELLI, R.A.; et al. Estudo
econômico de diferentes métodos de manejo de Brachiaria decumbens
em área reflorestada com Eucalyptus grandis. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS, 20.,
Florianópolis, 1995. Resumos... Florianópolis: SBCPD, 1995. p. 270-
71.
TUNG, C.H.; BATTORFF, J.; DEYOE, D.R. Survival and growth of
Douglas-fir seedlings with spot-spraying, mulching and root-dipping.
West Journal Appl. Forest, v. 1, p. 108-111. 1986.
ZAGONEL, J.; VENÂNCIO, W.S.; MILLÉO, M.V.R. Eficiência e
seletividade do imazapyr no controle de plantas daninhas na cultura do
pinus. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS
PLANTAS DANINHAS, 22., Foz do Iguaçu, 2000. Resumos... Foz
do Iguaçu: SBCPD, 2000. p. 365.
ZUTTER, B.R.; MILLER, J.H.; ALLEN, H.L.; et al. Fascicle nutrient
and biomass responses of young loblolly pine to control of woody and
herbaceous competitors. Canadian Journal Research, n. 29, p. 917-
925. 1999.
75
VETTORI, L. Métodos de análises do solo. Rio de Janeiro: MA/EPFS, 1969. 642p. (Boletim n. 7).
VOELLER, J.E.; YOUNG, J.F.; HOLT, H.A. Seedling pine response
to first-year vegetation control. Proc. Southern weed Science Soc.
v.27, p.59-63, 1974.
YEISER, J.L. Herbicide and Fertilizer Combinations for Newly
Planted Loblolly Pine Seedlings on a Flatwoods Site in
Southeastern. Arkansas: Year Three Results. Tree Biennial Southern
Silvicultural Reserch Conference. Shreveport, LA. 1999. p. 451 – 453.
Ficha Catalográfica elaborada por Luiz Marchiotti Fernandes CRB 10-1160
Biblioteca Setorial do CCR - UFSM 2002 Todos os direitos autorais reservados à Edison Bisognin Cantareli. A reprodução parcial ou total deste trabalho só poderá ser feita com autorização por escrito do autor. Endereço: Av. Rodolfo Behr, 1617, Bairro Camobi, Santa Maria, RS. CEP: 97105-440 Fone(0xx) 55 9994 2329 E-mail: [email protected]
C229e Cantareli, Edison Bisognin Efeito de cobertura e períodos de manejo de plantas daninhas no
desenvolvimento inicial de Pinus elliottii, Pinus taeda e Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis em várzeas / por Edison Bisognin Cantareli . – Santa Maria, 2002.
xiv, 89 f. : il., tabs. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Maria –
Curso de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Santa Maria, RS, 2002, Ervandil Corrêa Costa, orientador.
1. Engenharia Florestal 2. Pinus 3. Plantas daninhas 4. Silvicultura
5. Herbicidas 7. Argentina I. Costa, Ervandil Corrêa, orient. II. Título CDU: T630.2
77
ANEXOS Anexo 1: Temperaturas
VALORES MÉDIOS MENSAIS 1999ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ
MÊS TEMP. EM CASA H.RELAT. PRECIP. PRECIP.MIN MAX MED 14 Hrs.
(%)(mm) (acum.)
JAN 18,5 32,2 25,3 65,6 28,0 28,0FEV 18,2 30,4 24,3 77,1 164,0 192,0MAR 18,6 30,7 24,6 73,7 50,0 242,0ABR 13,1 22,7 17,9 76,9 214,0 456,0MAI 9,9 19,4 14,6 74,4 301,0 757,0JUN 8,6 17,2 12,8 79,9 95,0 852,0JUL 7,8 16,8 12,3 79,5 76,0 928,0AGO 9,2 20,8 14,9 68,8 21,0 949,0SET 11,6 22,9 17,3 72,1 197,0 1146,0OUT 12,5 23,7 18,1 75,5 137,0 1283,0NOV 14,0 27,5 20,7 61,1 79,0 1362,0DEZ 18,03 32,355 25,2 59,2 100,0 1462,0MIN 7,8 16,8 12,3 59,2 21,0 (mm)MAX 18,6 32,4 25,3 79,9 301,0MED 13,2 24,6 18,8 69,5 161,0
78
TEMPERATURA MÉDIA MENSAL E ANUAL 1999
25,324,3 24,6
17,9
14,6
12,8 12,3
14,9
17,318,1
20,7
25,2
19.1
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ PROM
TEM
PER
ATU
RA
(ºC
)
79
VALORES TEMP. MÉDIAS MENSAIS 1999
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ
MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD
JAN 22,4 31,0 29,6 18,5 32,2 25,3FEV 21,5 29,3 28,3 18,2 30,4 24,3MAR 22,1 30,4 27,3 18,6 30,7 24,6ABR 15,7 21,7 20,5 13,1 22,7 17,9MAI 11,8 18,8 16,8 9,9 19,4 14,6JUN 10,7 16,6 14,7 8,6 17,2 12,9JUL 10,2 15,9 14,4 7,8 16,8 12,3AGO 11,2 20,3 18,4 9,2 20,8 15,0SET 15,0 22,2 20,8 11,6 22,9 17,3OUT 16,4 22,8 21,8 12,5 23,7 18,1NOV 18,8 26,3 31,2 13,967 27,5 20,7DEZ 22,5 31,1 28,5 18,0 32,4 25,2MÍN 10,226 15,903 14,4 7,8 16,8 12,3MÁX 22,516 31,097 31,2 18,6 32,4 25,3MÉD 16,4 23,5 22,8 13,2 24,6 18,8
80
TEMPERATURAS MÍN. ABS. MENSAIS 1999
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ
MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD
JAN 19 24 21 15 23 19FEV 17 22 20 15 24 19,5MAR 14 24 18 12 21 16,5ABR 8 13 12 6 19 12,5MAI 5 12 11 4 18 11JUN 3 11 9 1 20 10,5JUL 4 8 8 1 15 8AGO 0,5 7 8 -1 20 9,5SEP 10 16 15 7 20 13,5OUT 6 13 12 2 17 9,5NOV 13 16 15 8 19 13,5DEZ 16 24 20 13 22 17,5MÍN 1 7 8 -1 15 8,0MÁX 19 24 21 15 24 20MÉD 9,8 16 15 7 19,5 13,8
81
TEMPERATURAS MÁX. ABS. MENSAIS 1999
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ
MÊS TEMP. NA CASA08:00 14:00 18:00 Tº MÍN Tº MÁX Tº MÉD
JAN 29 36 34 25 37 31,0FEV 28 34 33 22 35 29MAR 26 39 32 25 35 30ABR 21 28 26 13 28 20,5MAI 19 27 23 15 27 21,0JUN 22 23 23 12 25 18,5JUL 17 24 23 10 25 17,5AGO 23 30 27 8 30 19,0SET 24 30 28 17 30 23,5OUT 22 32 30 14 33 23,5NOV 22 36 236 16 36 26,0DEZ 28 38 34 25 40 32,5MÍN 17 23 23,0 8 25 17,5MÁX 29 39 236 25,0 40 32,5MÉD 23 31 129,5 16,5 32,5 25,0
82
PARÂMETROS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Promédio
TEMP. EN CASILLA
Temperatura Média 08 hrs 15,7 16,4 15,8 14,2 18,8 16,9 16,4 16,3Temperatura Média 14 hrs 20,7 23,1 22,8 21,7 24,7 22,9 23,5 22,8Temperatura Média 18 hrs 21,3 22,6 22,2 21,1 23,3 21,4 22,8 22,1Temperatura Máxima Media 24,2 25,1 25,1 24,6 25,4 23,8 24,6 24,7Temperatura Máxima Absoluta 36 38,5 40 39 36,0 37 40 40,0Temperatura Mínima Media 15,3 16,2 15,3 14,1 16,2 14,2 13,2 14,9Temperatura Mínima Absoluta 1 2 0 -1 -1 0 -1 -1,0Temperatura Média 19,7 20,7 20,2 19,6 20,8 19,1 18,8 19,8
UMIDADE RELATIVA
U.R. Média 08 hrs. 84,7 85,8 82,5 84,3U.R. Média 14 hrs. 71,5 78,1 75,4 76,7 75 77,1 72,0 75,1U.R. Média 18 hrs. 70,2 75,2 71,4 72,3
PRECIPITAÇÃO 2277 1511 883 1606 1867 2154 1462 1680,0
RESUMO GERAL DOS DIFERENTES PARÂMETROSCLIMATOLÓGICOS EM SANTO TOMÉ
REGISTRO HISTÓRICO
83
Anexo 2: Precipitações
REGIME DE PRECIPITAÇÕES 1999 ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ
MÊS Quantidade de Promédio Precip. Mensal
Dias/mês (mm/dia) (mm)
JAN 4 7,0 28
FEV 3 54,7 164 MAR 5 10 50 ABR 11 19 214 MAI 5 60,2 301 JUN 6 15,8 95 JUL 10 7,6 76 AGO 2 10,5 21 SET 8 24,6 197 OUT 10 13,7 137 NOV 4 19,8 79 DEZ 8 12,5 100
TOTAL 76 19,2 1462
84
PRECIPITAÇÃO MENSAL 1999
28
164
50
214
301
95
76
21
197
137
79
100
0
50
100
150
200
250
300
350
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
PREC
IPIT
AÇ
ÃO
(mm
)
REGIME DE PRECIPITAÇÕES MENSAIS
7,0
54,7
10,0
19,5
60,2
15,8
7,610,5
24,6
13,7
19,8
12,5
4 35
11
5 6
10
2
810
4
8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
MESES
MM
/DIA
MM/DÍA DÍAS POR MÊS
ESTAÇÃO METEOROLÓGICA SANTO TOMÉ(Dados históricos)
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 PROM0 2277 1511 883 1606 1867 2154 1462 1680 CAMBIA
PRECIPITAÇÕESANUAIS
2277
1511
883
1606
1867
2154
1462
1680
0
500
1000
1500
2000
2500
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 PROM
ANO
PREC
IPIT
AÇ
ÃO
( m
m )
REGISTRO DE GEADAS EM 1999
MÊS TEMPERATURA NA CASAESTAÇÃO VIRASORO ESTACIÓN SANTO TOMÉ
Nº GEADAS Tº > GEADA Nº GEADAS Tº > GEADAJANFEVMARABRMAIJUNJULAGO 1 -1 2 -1SETOUTNOVDEZ
86
FIGURA 12 – Coleta da amostra de biomassa de plantas daninhas
(0,25 m²) entre as mudas de Pinus spp. do camalhão
central, no segundo período de avaliação. (Cantareli,
2001)
87
FIGURA 13 – Foto mostra três tratamentos aplicados. Em primeiro
plano, controle somente no camalhão por dois
períodos; a seguir, parcela com controle total e mais
ao fundo uma testemunha sem controle. (Cantareli,
2001)
88
FIGURA 14 – Em primeiro plano, a parcela sem controle; após, uma
parcela de controle total por um ano e mais ao fundo
um controle somente no camalhão por um ano.
(Cantareli, 2001)
89
FIGURA 15 – Parcela da testemunha sem controle. Nota-se uma
heterogeneidade no desenvolvimento entre as mudas
de Pinus elliottii da parcela em razão a alta
competição com gramíneas. (Cantareli, 2001)
TABELA 11 – Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre as variáveis (V1) Volume em cm³ das plantas de Pinus spp.
no ano um; (V2) Volume em cm³ das plantas de Pinus spp. no ano dois; (MS1) biomassa das plantas
daninhas em Kg ha-1 de camalhão no ano um e (MS2) biomassa das plantas daninhas em Kg ha-1 de
camalhão no ano dois, dentro de cada espécie do gênero Pinus entre anos
Variáveis V1 V2 MS1
Pt Pe Ph Pt Pe Ph Pt Pe Ph
V1 - - - - - - - - -
V2 0,836 0,931* 0,842 - - - - - -
MS1 -0,956* -0,903* -0,954* -0,801 -0,935* -0,948* - - -
MS2 -0,873 -0,927* -0,915* -0,909* -0,950* -0,920* 0,890* 0,956* 0,983*
* Significativo em nível de 5% de probabilidade de erro. Sendo: (Pt) Pinus taeda; (Pe) Pinus elliottii; (Ph) Pinus híbrido.