EFEITO DE DIFERENTES MÉTODOS DE INTERPOLAÇÃO NA DELIMITAÇÃO DE APP DE TOPO DE MORRO

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    EFEITO DE DIFERENTES MTODOS DE INTERPOLAONA DELIMITAO DE APP DE TOPO DE MORRO

    Efecto de los diferentes tipos de interpolacin en la delimitacinde reas de Preservacin Permanente de topo de colina

    G. F. E. Prez; J. F. L. Oliveira; P. R. Fiorio

    Departamento de Engennharia de Biossistemas (LEB)rea de Topografia e Geoprocessamento - ESALQ/USP

    Av. Pdua Dias, 11 Piracicaba/SP, CEP 13418-900, BrasilGrupo TOPOGEO [email protected] 19 3447 8531 ramal 8531

    RESUMO

    En el presente trabajo se busc demostrar las diferencias entre dos tipos distintos deinterpolacin para delimitar las reas de Preservacin Permanente de Tope de Colina, utilizando

    los parmetros establecidos por la nueva directiva de CETESB. Los mtodos analisados fueron TIN(Triangulated Irregular Network) y ANUDEM, o TOPOGRID, propuesto por Hutchinson (1989).En el caso del rea evaluada como ejemplo esta diferencia result en aproximadamente 32ha. Elmtodo TOPOGRID fue ms adecuado para la demarcacin de las APPs, ya que la aplicacin delalgoritmo result en un MDE hidrologicamente correcto y las herramientas hidrolgicas fueronms sensibles en la delimitacin de AEPs.

    RESUMO

    O presente trabalho procurou demonstrar as diferenas inerentes adoo de dois mtodosdistintos de interpolao na delimitao de APPs de Topo de Morro, utilizando os parmetrosestabelecidos pela nova diretiva da CETESB. Foram confrontados os mtodos TIN (TriangulatedIrregular Network) e ANUDEM, ou TOPOGRID, proposto por Hutchinson (1989). No caso da rea

    avaliada como exemplo tal diferena resultou em aproximadamente 32ha. O mtodo TOPOGRIDmostrou-se mais adequado na delimitao de APPs de Topo de Morro, pois a aplicao doalgoritmo resultou em um MDE hidrologicamente correto e as ferramentas hidrolgicasmostraram-se mais sensveis no quesito delimitao de AEPs.

    PALAVRAS-CHAVE: geoprocessamento; APP de Topo de Morro; mtodos de interpolao

    1.

    INTRODUO

    Segundo Sanquetta et al (2006), acreditou-se, tradicionalmente, que as riquezas naturais doBrasil poderiam ser exploradas indefinidamente. Porm mais tarde, verificou-se que a conservaodos recursos naturais indispensvel, principalmente no que tange as diretrizes de regulao e

    estabilizao de bacias hidrogrficas e mananciais de gua, alm do solo.O equilbrio ambiental das reas drenadas pelas bacias hidrogrficas est sendo afetado,como conseqncia do desmatamento sobre os recursos hdricos, o que tm repercutidosobremaneira na qualidade de vida das populaes (NASCIMENTO et al, 2005)

    Apesar disso, as aes direcionadas para promover mudanas na forma predatria dautilizao destes recursos continuam sendo negligenciadas, medida que a demanda porabastecimento, irrigao, gerao de energia, entre outros, aumenta (NASCIMENTO et al, 2005).

    Sendo assim, visando atenuar os impactos causados pela antropizao desenfreada de reassuscetveis a degradao, o Poder Publico, atravs da Politica Nacional de Meio Ambiente, criou

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    ferramentas legais que legislam e regulam as atividades que possam causar qualquer tipo demodificao ao meio ambiente.

    Neste mbito, surge a Resoluo CONAMA 303 de 2002 que dispes sobre os parmetros,definies e limites referentes s reas de Preservao Permanente, previstas na Lei 4.771/65, maisconhecida como Cdigo Florestal.

    As reas de Preservao Permanente (APPs) tm como objetivo principal preservar osrecursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica a biodiversidade, o fluxo gnico da fauna e

    flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populaes humanas. Portanto, elas soconsideradas como um importante elemento no escopo de aes que buscam o desenvolvimentosustentvel (MATOS, 2010).

    No entanto, apesar de sua importncia, o monitoramento das reas de preservaopermanente tem sido um grande desafio sob o aspecto tcnico e econmico, pois os critrios dedelimitao com base na topografia exigem o envolvimento de pessoal especializado e deinformaes detalhadas da unidade espacial em anlise (NASCIMENTO et al, 2005).

    No caso da aplicao da legislao sobre a APPs em Topo de Morro a situao aindamais delicada, pois existem divergncias no que diz respeito a delimitao das APPs, devido dificuldade em definir as reas da base do morro. (CORTIZO, 2007).

    Em 2010, a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB), rgo responsvelpelos processos de licenciamento ambiental no Estado de So Paulo, alterou a metodologiautilizada para clculo de APP de Topo de Morro, adotando um procedimento bem mais minucioso,exigindo a utilizao de material cartogrfico adequado e metodologia especifica para delimitaoda rea de base dos morros.

    No entanto, apesar da nova diretiva estabelecer parmetros mais detalhados para adelimitao de APPs em Topo de Morro, ainda h alguns aspectos que podem vir a causar novasdivergncias, por possveis diferenas encontradas nos resultados de fatores no abordados no novoprocedimento.

    Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo demonstrar as diferenas inerentes adoo de diferentes mtodos de interpolao na delimitao de APPs de Topo de Morro,utilizando os parmetros estabelecidos pela nova diretiva da CETESB.

    2.

    REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1 Legislao pertinenteA Lei n 4771, de 1965, mais conhecida como Cdigo Florestal, foi o primeiro grandemarco na construo da regulamentao da proteo das florestas brasileiras e, conseqentemente,dos recursos ambientais associados a elas, como a gua, o solo, a flora e a fauna (LEONARDI etal., 2011). Nela so apresentados os parmetros que definem as reas que devem ter sua flora efauna preservadas visando preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, abiodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar daspopulaes humanas.

    Estas reas, denominadas de APP, foram institudas com o objetivo de proteger e preservarremanescentes florestais, alm de diminuir a interferncia do homem em reas consideradas crticaspara a preservao do meio ambiente (MOTA & PONS, 2011), sendo, portanto, vedada a suautilizao e conseqente remoo de suas coberturas vegetais originais (LOUZADA et al, 2009).

    Mais recentemente, a resoluo do CONAMA 303, de 20 de maro de 2002, representou

    um grande avano na consolidao da legislao ambiental no que se refere s APP, facilitando oseu entendimento e aplicao (LEONARDI et al. , 2011), pelo fato de dispor sobre os parmetros,definies e limites referentes a elas, previstos no Cdigo Florestal (CORTIZO, 2007).

    No entanto, a aplicao desta lei tem causado divergncias jurdicas e tcnicas, pois necessrio o reconhecimento dessas reas em campo, o que dificulta a materializao, em termosde mapeamento das APPs em topos de morro, montanhas e linhas de cumeada (LOUZADA et al,2009). H tambm controvrsias sobre a demarcao das APP em topos de morros, de montanhas ede linhas de cumeada, uma vez que h grandes dificuldade na definio de base de morro oumontanha (inciso VI do art. 2)(CORTIZO, 2007).

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    Mota e Pons (2011) alegam que, devido a estas divergncias, cada autor apresentar umaabordagem diferente para definir a base do morro ou montanha, chegando a resultados diferentes, oque pode comprometer a eficcia de proteo dessas APP.

    No Estado de So Paulo, alm das definies contidas na Resoluo CONAMA 303/2002,coube Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB), definir a metodologia dedemarcao da APP de topo de morros, montanhas e linhas de cumeadas (BARBARISI et al.,2011). Em maio de 2.010, a CETESB publicou documento estabelecendo novas diretrizes para

    delimitao de APPs de Topo de Morro. A nova metodologia apresenta um procedimento maisminucioso, exigindo a utilizao de material cartogrfico adequado e com mtodos especifico paradelimitao da rea de base dos morros considerando aspectos hidrolgicos.

    2.2 - Modelos de representao do relevo

    A representao do relevo um componente fundamental do processo cartogrfico, emuitas tcnicas vm sendo desenvolvidas para representar uma superfcie tridimensional, numespao bidimensional (ITAME, 2001).

    A utilizao de cartas topogrficas e produtos de sensoriamento remoto como arcabouo dedados altimtricos amplamente difundida em anlises ambientais por apresentarem custo inferiors tcnicas convencionais (levantamentos topogrficos convencionais) e por fornecerem, comrelativa preciso dos dados planialtimtricos das reas de interesse.

    A restituio de superfcies a partir de cartas topogrficas feita mediante a digitalizao evetorizao de feies que contenham dados altimtricos, neste caso representados pelas curvas denvel e pontos cotados, as quais so utilizadas para a construo de modelos de representao deterrenos.

    Dentre os vrios modelos para representao do terreno o mais utilizado so as gradesirregulares, com interpolao por triangulao (TIN), construdos pelo Mtodo de Delaunay. Nestemtodo as faces justapostas dos tringulos construdos criam uma superfcie contnua,representando o terreno correspondente (Barbosa et al, 2009).

    A triangulao de Delaunay, partindo de grades irregulares, fundamenta-se na formao detringulos, sendo estes os maiores possveis, todos aproximadamente eqilteros, o que desejvel,pois assim so evitados problemas de interpolao (van Kaick, et al., 2003).

    No entanto, apesar de ser considerada uma das melhores formas de representao grficado terreno, em alguns casos as malhas geradas pelo Mtodo de Delaunay requerem inspeo visual

    e controle manual dos tringulos dos formados. Nestes casos necessrio efetuar manualmente atroca de arestas e insero/excluso de vrtices de forma que a superfcie criada represente oterreno o mais fielmente possvel.

    Outro modelo comumente utilizado na representao numrica de terrenos oTOPOGRID, baseado no algoritmo desenvolvido por Hutchinson em 1989, com o objetivoespecfico de converter dados vetoriais em modelos de elevao de terreno exatos ehidrologicamente corretos (Nogueira & do Amaral, 2009).

    A principal inovao deste modelo est no fato do algoritmo remover automaticamente doModelo Digital de Elevao (MDE), esprias e patamares que no foram previamente informadospelo usurio, levando em considerao que estes tipos de fenmenos ocorrem com raridade nanatureza (Hutchinson, 1989).

    O mtodo se utiliza da eficincia computacional da interpolao local, como ponderao doinverso da distncia, sem perder a continuidade superficial dos mtodos global de interpolao,

    como Krigagem e Spline (NOGUEIRA, AMARAL, 2009)Segundo Vega & Mas (2009), esta tcnica de interpolao foi desenvolvido com base nomtodo da curva adaptativa (thin plate splines) modificada com relao ao clculo da rugosidadepara fazer o ajuste do modelo a mudanas bruscas de altitude. Como vantagem, o modelo suporta ouso de curvas de nvel, pontos cotados e informaes de drenagem, permitindo que a interpolaorespeite as feies da rede de drenagem.

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    3.

    (MATERIAL E MTODOS) MTODOS E TCNICAS UTILIZADAS

    Para realizao do trabalho proposto foi utilizado material fornecido pela empresa RNConsultoria Ambiental, o qual serviu de arcabouo para a realizao da anlise tcnica deviabilidade ambiental de rea de aproximadamente 62 ha localizado prximo Rodovia SP-021 nacidade de Osasco/SP, entre as coordenadas 464830 e 464700W e 233000 e 232800S.

    Dentre o material fornecido pela empresa esto:- Carta planialtimtrica da EMPLASA na escala 1:10.000, folha Vila HelenaMaria, ndice de nomenclatura (SF-23-Y-C-III-3-SE-F), atualizada em julho de1996.- Permetro da rea de estudo em formato KMZ (Google Earth).

    De posse do referido material realizou-se o georreferenciamento da carta planialtimtricausando informaes da malha de coordenadas nela presente. Em seguida adequou-se a projeocartogrfica do permetro da rea para seu correto posicionamento na carta.

    Posteriormente, foi realizada a delimitao da rea objeto de anlise, respeitando formas derelevo preponderantes, talvegues e a hidrografia presentes na carta.

    Figura 1. Localizao do da rea de estudo (polgono vermelho) na carta daEMPLASA e delimitao da rea objeto de anlise (polgono azul)

    Em seguida, procedeu-se a vetorizao das curvas de nvel, pontos cotados e hidrografia,dados estes que sero utilizados na construo dos modelos digitais de elevao (MDEs).De posse dos dados vetorizados, foram gerados dois MDEs. O primeiro foi construdo

    atravs do mtodo TIN (Triangulated Irregular Network) usando os vetores das curvas de nvel e ospontos cotados como base de dados de altimetria e os vetores de hidrografia como restrio naconstruo dos tringulos. O segundo MDE foi construdo usando o algoritmo proposto porHutchinson (1989), conhecido como ANUDEM, ou TOPOGRID, no qual os dados vetorizados soutilizados para gerar um modelo hidrologicamente correto (MDEHC).

    Aps a construo dos MDEs, foram utilizadas ferramentas computacionais hidrolgicaspara delimitar as reas de Escorrimento Pluvial (AEPs), conforme art. 4, item I-b da Deciso de

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    Diretoria da CETESB n148/2010/L, e os cumes das elevaes, conforme art. 4, item I-a, paraambos, tomando como base a metodologia proposta por Peluzio et al. (2010).

    Dessa forma de posse das AEPs, foram determinados os valores altimtricos mximos (CT)e valores altimtricos mnimos (CB) dentro de cada AEP, afim de verificar as amplitudes dasformas de relevo (FROAs) delimitadas pelas AEPs. Verificadas as amplitudes das FROAs,selecionaram-se aquelas que apresentaram amplitude superior a 50m e nelas foi realizada averificao da declividade na Linha de Maior Declividade (LMD).

    Para efetuar esta verificao foi preciso gerar um mapa clinogrfico da rea objeto deanlise, a partir dos MDEs. Este mapa serviu como orientao na construo das LMDs, as quaispartiram do cume de cada uma das FROAs em direo flanco de maior declividade, e cruzandoortogonalmente as curvas de nvel, conforme exemplo abaixo.

    Figura 2. Construo das LMDs em funo do flanco de maior declividade.

    Construdas as LMDs verificaram-se a cota mxima, a cota mnima e o comprimento decada LMD, e atravs destes valores efetuou-se o clculo da declividade na LMD. As FROAS queapresentaram amplitude superior a 50m e declividade na LMD superior a 30% foram consideradasmorros, conforme CETESB.

    Posteriormente, procedeu-se a verificao da presena de agrupamentos de morros (AgM)

    cujos cumes estivessem localizados a menos de 500metros entre eles. Este procedimento foirealizado em ambos os MDEs para verificar quais FROAs seriam utilizadas no clculo da cota deproteo ambiental (CPA).

    Verificada a existncia de AgMs realizou-se o clculo da Cota de Proteo Ambiental(CPA) para cada um deles conforme CETESB. Em seguida, com base no CPA, foi realizado ofatiamento dos MDEs, visando traar a rea referente ao tero superior dos AgMs, que caracterizaAPP de topo de morro.

    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    4.1 Construo dos MDEsAo construir os MDEs usando diferentes algoritmos verificou-se que o mtodo

    hidrologicamente correto construiu uma superfcie mais suave, respeitando as feies

    morfomtricas do relevo. Apesar de na literatura constar que o mtodo TIN exige um menoresforo computacional, fica evidente que mesmo colocando restries no clculo dos tringulos,houve a construo de faces planas, ou flat faces, que acabam por interferir nos clculoshidrolgicos e conseqentemente na delimitao das APPs.

    A existncia de faces planas fica evidente ao traar um perfil altimtrico na linha decumeada existente na rea objeto de anlise.

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    Perfil sobre MDE gerado a partir do TOPOGRID

    Perfil sobre MDE gerado a partir do TIN

    Figura 3. Perfis altimtricos traados sobre o MDE gerados a partir de diferentes algoritmos.

    No caso de MDE gerado a partir da interpolao via TIN como base, para solucionar osproblemas com as face planas seriam necessrias edies adicionais nas arestas dos tringulos deforma que as mesmas construdas respeitassem as feies morfomtricas do relevo. J no MDEgerado a partir da interpolao via TOPOGRID como base, pode-se verificar a eficincia doalgoritmo em eliminar esprias e plataformas, de acordo com o posto por Hutchinson (1989)4.2- Delimitao das AEPS.

    Conforme discutido no item anterior, as diferenas apresentadas pelos modelos utilizadosna construo dos MDEs acabaram por influenciar os clculos hidrolgicos. Ao delimitar as AEPso algoritmo hidrolgico identificou no MDE gerado a partido do TOPOGRID, um maior nmerodestas feies. No total, o algoritmo delimitou 23 AEPs no MDE gerado pelo mtodo TIN e 27AEPs no MDE gerado pelo mtodo TOPOGRID.

    Figura 4. Delimitao de AEPs usandointerpolao via TIN.

    Figura 5. Delimitao de AEPs usandointerpolao via TOPOGRID.

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    4.2 Analise de amplitude altimetrica e Declividade na LMD.

    Ao avaliar a amplitude altimetrica de cada FROA delimitada pelas AEPs, tambmverificou-se a influencia dos diferentes mtodos de interpolao. Apesar de em ambasmetodologias ocorrer a excluso de 3 AEPs, fica evidente pelas figuras mostradas abaixo que oresultado apresentado pelo mtodo TOPOGRID foi mais restritivo

    Figura 6. Clculo das amplitudes dasFROAS usando interpolao via TIN.

    Figura 7. Clculo das amplitudes dasFROAS usando interpolao viaTOPOGRID.

    Assim como na anlise da amplitude altimtrica, as diferenas pelo uso de diferentesalgoritmos na construo dos MDES tambm ficaram evidentes na verificao da na LMD de cadaFROA.

    Figura 8. Clculo das declividades naLMD usando interpolao via TIN.

    Figura 9. Clculo das declividades naLMD usando interpolao viaTOPOGRID.

    Feitas as anlises de amplitude altimtrica e declividade na LMD, pode-se verificar que asFROAS que foram consideradas morros abrangem uma rea aparentemente semelhante. Noentanto, ao efetuarmos a analise de AgM, conforme mostrado nas figuras abaixo, pode-se perceber

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    que a maior sensibilidade na deteco de AEPs do algoritmo hidrolgico aplicado sobre o MDEgerado pelo TopoGRID, causou diferenas significativas na anlise de AgMs.

    Figura 10. Clculo dos agrupamentos demorros usando interpolao via TIN.

    Figura 11. Clculo dos agrupamentos demorros usando interpolao viaTOPOGRID.

    Diferenas nos agrupamentos de morros acabam sendo bastante significativos pois aoinserir um morro isolado num dos agrupamentos maiores, acabamos por alterar o calculo da cota deproteo (CPA) e consequentemente a rea protegiada ambientalmente. Este fato pode sercomprovado ao analisarmos a figura abaixo onde foram delimitadas as APP de topo de morro.

    Figura 12. Clculo das APPs de Topo deMorro usando interpolao via TIN.

    Figura 13. Clculo das APPs de Topo deMorro usando interpolao via TOPOGRID.

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    No caso, a incluso de um morro considerado isolado em uma das metodologias num dosagrupamentos, acarretou alterao da CTA e conseqentemente da APP de topo de Morro. Adiferena de rea nos resultados finais foi de aproximadamente 32 ha.

    5.

    CONCLUSES

    - A delimitao, a quantificao e a caracterizao das reas de preservao permanenteforam totalmente viabilizadas, por meio de um Sistema de Informaes Geogrficas, permitindolocalizar e quantificar as APPs de Topo de Morro.

    - Os mtodos de interpolao testados geraram resultados diferentes usando a mesmametodologia de delimitao de APPs de Topo de Morro proposta pela CETESB.

    - O mtodo TOPOGRID mostrou-se mais adequado na delimitao de APPs de Topo deMorro, pois a aplicao do algoritmo resultou em um MDE hidrologicamente correto e asferramentas hidrolgicas mostraram-se mais sensveis no quesito delimitao de AEPs.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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