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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
Campus Universitário de Tucuruí
Faculdade de Engenharia Civil e Ambiental
EFEITO MEISSNER
Tucuruí – PA
2011
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
1 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA .................................................................................... 5
2 SUPERCONDUTIVIDADE ................................................................................................... 5
3 MOMENTOS MAGNÉTICOS ............................................................................................... 6
4 APLICAÇÕES DO EFEITO MEISSNER E DA SUPERCONDUTIVIDADE ..................... 9
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 gráfico da resistividade elétrica em relação à temperatura. (CALLISTER, W. , 2006)
.................................................................................................................................................... 5
Figura 2 relação entre temperatura, densidade de corrente e camppo magnético.
(CALLISTER, W. , 2006) .......................................................................................................... 6
Figura 3 Demonstração do momento magnético dos eletrons . (CALLISTER, W. ,2006). ....... 7
Figura 4 Linhas de força de um campo magnético. (CALLISTER, W. ,2006) .......................... 7
Figura 5 Configuração do dipolo atômico para um material diamagnético. (CALLISTER, W. ,
2006). .......................................................................................................................................... 7
Figura 6 Forças exercidas por um campo magnético sobre um ímã permanente e sobre um
supercondutor. (HALLIDAY, D., 1994 ..................................................................................... 8
Figura 7 Levitação do ímã permanente.Fonte; wolmer.hipper.com.br) ..................................... 9
Figura 8 Representação do efeito Meissner.. (D. CALLISTER, W. , 2006) .............................. 8
Figura 9 Equipamento de ressonância magnética. fonte: globpt.com ...................................... 10
4
INTRODUÇÃO
A supercondutividade passou a ser conhecida em 1911, quando Kamerling Onnes e
seu assistente, Gilles Holst, na Universidade de Leiden, na Olanda, resfriaram uma amostra de
mercúrio até uma temperatura baixíssima, a mais baixa até então obtida, e perceberam que a
resistência da amostra havia caído para zero. Verificou-se mais tarde que a perda da
resistência é uma das propriedades característica dos materiais supercondutores.
(HALLIDAY, 1994).
Em 1933, Meissner e Ochsenfeld, demonstraram que quando um supercondutor é
esfriado abaixo da temperatura de transição Tc na presença de um campo magnético, não há
variação no fluxo externo, de modo que a Lei de Faraday não prevê a existência de
magnetização. Ainda assim o supercondutor se torna diamagnético. Este fenômeno denomina-
se efeito Meissner. (HALLIDAY, D. , 1994).
Mediante aos fatos o intuito principal deste trabalho é explicar como ocorre o efeito
Meissner, os princípios físicos nele evolvido e a importância da supercondutividade para o
mesmo, partindo do seguinte sistema:
5
1 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
As cerâmicas são classificadas geralmente como materiais isolantes à passagem de
eletricidade e calor, quando em temperatura ambiente, e apresentam uma estrutura cristalina
bem mais complexa que os metais, como há uma vibração mais intensa entre seus átomos os
estados ocupados e vazios do mesmo distanciam um átomo do outro. Assim apresenta uma
resistência diferente de zero. (D. CALLISTER, W.,2006).
O resfriamento desse material com nitrogênio líquido diminui a vibração de seus
átomos e possibilita uma mobilidade eletrônica entre os mesmos. Quando a cerâmica atinge
uma temperatura muito baixa, conhecida como temperatura crítica Tc, a resistividade cai
bruscamente, desde um valor finito até um valor virtualmente igual a zero, permanecendo
neste ponto após o resfriamento adicional. (D. CALLISTER, W.,2006).
2 SUPERCONDUTIVIDADE
A supercondutividade segundo Willian Callister (2006) é simplesmente um
fenômeno elétrico. Essencialmente o estado supercondutivo resulta das interações de atração
entre pares de elétrons condutores. Os movimentos desses elétrons acoplados ficam
coordenados de uma forma tal que a dispersão por vibrações térmicas e por átomos de
impurezas é altamente ineficiente. Assim a resistência, sendo proporcional à incidência da
dispersão dos elétrons, é igual a zero. Com a ausência de resistividade na cerâmica esta passa
a apresentar características de um supercondutor de baixa temperatura.
Figura 1 Dependência da resistividade elétrica em relação à
temperatura para materiais condutores normais e materiais
supercondutores na vizinhança de 0K. (CALLISTER, W. , 2006)
6
Em temperaturas abaixo de Tc o estado supercondutor irá deixar de existir com a
aplicação de um campo magnético suficientemente grande, conhecido como campo crítico Hc
e que é uma função da temperatura, diminuindo com o seu aumento. O mesmo pode ser dito
para a densidade de corrente; Isto é há uma densidade de corrente aplicada crítica Jc abaixo da
qual um material é supercondutivo. (CALLISTER, W., 2006).
3 MOMENTOS MAGNÉTICOS
As propriedades magnéticas macroscópicas dos materiais são uma conseqüência dos
momentos magnéticos associados aos elétrons individuais. Cada elétron em um átomo possui
um momento magnético que tem sua origem a partir de duas fontes. Uma esta relacionada ao
movimento orbital em torno do núcleo. Sendo uma carga em movimento, um elétron pode ser
considerado um pequeno circuito de corrente que gera um pequeno campo magnético. Cada
elétron também pode ser considerado como se estivesse girando em torno de um eixo
qualquer; o outro momento magnético origina-se a partir dessa rotação do elétron e está
direcionado ao longo do eixo de rotação. (CALLISTER, W.,2006).
Figura 2 Fronteiras críticas da temperatura, densidade de
corrente e camppo magnético que separam os estados
supercondutor e condutor normal (esquemático). (CALLISTER,
W. , 2006)
7
Além de adquirir características supercondutoras o material resfriado passa a
apresentar propriedades de um diamagnético perfeito. Que consiste em uma forma muita fraca
de magnetismo que é não permanente e que persiste somente enquanto um campo externo esta
sendo aplicado. Ele é induzido pela mudança no movimento orbital dos elétrons devido a
aplicação do campo magnético externo gerado pelo imã. (CALLISTER, W.,2006)
Vale ressaltar que o campo magnético origina-se de cargas elétricas em movimento.
Para o imã estas cargas são os elétrons que giram sobre si mesmo e circulam nos átomos de
ferro que o constitui. (HALLIDAY, D. , 1994).
Figura 3 Demonstração do momento magnético que está associado a
(a) um elétron em orbita e a (b) um elétron que esta girando ao
redor de seu eixo. (CALLISTER, W. ,2006).
Figura 4 Linhas de força de
um campo magnético.
(CALLISTER, W. ,2006)
Figura 5 Configuração do dipolo atômico para um material
diamagnético com e sem presença de um campo magnético. na
ausência de um campo externo, não existem dipolos: na
presença de um campo, são induzidos dipolos que estão
alinhados em uma direção que oposta à direção do campo.
(CALLISTER, W. , 2006).
8
As forças de repulsam e o aprisionamento dos materiais envolvidos (supercondutor e
ímã) podem ser explicados segundo a Lei de Faraday que se manifesta em escala
microscópica sobre os elétrons dos átomos pelo seu movimento orbital. O fato de o momento
magnético induzido sempre ser oposto ao sentido do campo externo indutor pode ser
considerado como uma conseqüência da Lei de Lenz, aplicada em escala atômica. Dessa
forma na presença de um ímã, o diamagnético é repelido (HALLIDAY, D. , 1994).
O campo magnético resultante da interação entre os campos do supercondutor e do
ímã é praticamente nulo. A levitação do ímã se da por meio das linhas do campo magnético
que são excluídas totalmente do corpo do material quando o mesmo esta submetido à Tc. A
esse comportamento denomina-se o efeito Meissner. E explica ainda porque o campo
magnético no interior do supercondutor (cerâmica) também é igual a zero. (D. CALLISTER,
W.,2006)
Figura 6 Forças exercidas por um campo magnético
sobre um ímã permanente e sobre um supercondutor.
(HALLIDAY, D., 1994
Figura 7 levitação do ímã. Fonte;
wolmer. hippe.com. br
9
O efeito Meissner começa a se desfazer com o aumenta da temperatura, pois a
resistividade começa a aumentar e as linhas do campo magnético começam a penetrar
novamente no corpo do material.
4 APLICAÇÕES DO EFEITO MEISSNER E DA SUPERCONDUTIVIDADE
O efeito Meissner pode ser visto claramente na linha de transportes de alta
velocidade com os chamados trens magleve. Ímãs supercondutores capazes de gerar campos
fortes com um baixo consumo de energia estão sendo empregados em teste científicos e
equipamentos para pesquisas. Além do mais, eles são também utilizados em equipamentos de
imagem por ressonância magnética no campo da medicina, como uma ferramenta de
diagnóstico.
A análise química de tecidos do corpo humano também é possível com o emprego da
espectroscopia de ressonância magnética. Atualmente algumas das áreas que estão sendo
exploradas incluem: a transmissão de energia elétrica por meio de materiais supercondutores;
ímãs para aceleradores de partículas de alta energia e a computação e a transmissão de sinais
para computadores em maiores velocidades
Figura 8 Representação do efeito Meissner. (a)
enquanto no estado supercondutor, um corpo de
material (circulo) exclui um campo magnético do seu
interior. (b) o campo magnético passa a penetrar no
mesmo corpo de material à medida que ele se
transforma em um condutor normal. (D.
CALLISTER, W. , 2006)
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Figura 9 Equipamento de ressonância magnética. fonte: globpt.com
Figura 10 trem magleve.
Fonte: fisetic.blogspot.com
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CONCLUSÃO
Indubitavelmente que pesquisas a cerca do fenômeno supercondutividade tem
contribuído de forma significativa na elaboração de novas tecnologias. Melhorando os
campos da medicina, comunicação e transporte.
A temperatura é de extrema importância para efeito Meissner e são vários princípios
que estão ligados a esse efeito como a resistividade, lei de Lenz, Lei de Faraday. Abrindo
dessa forma um campo de pesquisa para desenvolvimento de novos materiais
supercondutores.