16
87c9b342-28ae-4427-badb-1b56a9b2ce17 QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2015 www.imobiliario.publico.pt ISTOCK.COM/3DTS EUROPEANUNION/LAMBIOTTECHRISTIAN PUBLICIDADE PUBLICIDADE PUBLICIDADE Eficiência energétic anos edifícios em foco no BUILDing ENERGY Symposium Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente SUPLEMENTO COMERCIAL O evento, que termina hoje no Museu do Oriente, em Lisboa, reúne um leque de especialistas nacionais e internacionais em torno do tema da eficiência energética nos ambientes construídos em Portugal. p04 Europa no bom caminho A Comissão Europeia divulgou um relatório sobre o progresso da eficiência energética na Europa. A evolução é significativa, mas é preciso “acelerar esforços”, alerta o documento. p.13 Especial Eficiência Energética Esta é uma área no topo das preocupações das empresas p.08 a 14 MÊS DAS OPORTUNIDADES

Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

87c9b342-28ae-4427-badb-1b56a9b2ce17

QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2015 www.imobiliario.publico.pt

ISTOCK.COM/3DTS

EUROPEANUNION/LAMBIOTTECHRISTIAN

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Eficiência energétic anos edifícios em foco no BUILDing ENERGY Symposium

Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente

SUPLEMENTO COMERCIAL

O evento, que termina hoje no Museu do Oriente, em Lisboa, reúne um leque de especialistas nacionais e internacionais em torno do tema da eficiência energética nos ambientes construídos em Portugal. p04

Europa no bom caminhoA Comissão Europeia divulgou um relatório sobre o progresso da eficiência energética na Europa. A evolução é significativa, mas é preciso “acelerar esforços”, alerta o documento. p.13

Especial Eficiência Energética Esta é uma área no topo das preocupações das empresas p.08 a 14

MÊS DAS OPORTUNIDADES

ORELHA_MDO_48X30.ai 1 15/09/29 17:35

Page 2: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

02 Opinião IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

Imobiliário português mantém seu enorme poder de sedução

Reinventar a Economia e as Cidades para ter Futuro

A aquisição pela empresa

do Deutsche Bank que

gere os fundos imobi-

liários de três centros

comerciais Dolce Vita

(Porto, Douro e Coimbra), deti-

dos por um fundo americano, no

que terá sido a maior transacção

de centros comerciais em Portugal

nos últimos dez anos, mostra como

o imobiliário português continua a

seduzir os investidores estrangeiros

e não apenas no segmento habita-

cional, na Reabilitação Urbana dos

grandes centros.

Os americanos que venderam

aqueles três Dolce Vita (a Lone Star

ainda proprietária do Dolce Vita

Monumental) continuam, de acor-

do com os seus representantes em

Portugal, interessados em investir no

nosso país, nomeadamente em ativos

imobiliários com dimensão e esca-

la, procurando in-

clusivamente ter-

renos em Lisboa

para construção

habitacional e de

escritórios.

Este é mais um

sinal de que esta-

mos na onda de

uma potencial

agenda de cresci-

mento, que recu-

peração do valor

do património

imobiliário cons-

truído. O fim da

retracção de al-

guns investidores

interessados nos

mercados imobiliários como o nosso,

objectivamente seguro e sem qual-

quer sombra de bolha imobiliária

nos últimos anos, consolida o sec-

tor como uma das alavancas da nos-

sa recuperação. O nosso imobiliário

continua a ter condições para servir

de refúgio a poupanças e a investi-

mentos, nacionais e estrangeiros, al-

ternativos a outros investimentos que

a crise desencadeada em 2008 reve-

As economias desenvol-

vidas enfrentam um

desafi o decisivo de

reinvenção dos seus fa-

tores competitivos.

O mundo dito emergente, com a

China em posição destacada, lide-

ra, nos nossos dias, o crescimento

económico em termos quantitati-

vos, mas seria errado não enten-

der que o mundo dito desenvol-

vido pode, e deve, ter um papel

determinante na transformação

qualitativa dos modos de vida, de

produção e de consumo. Esta mu-

dança estrutural, feita de reformas

institucionais, legais e de política

pública, mas, sobretudo, feita de

inovação tecnológica, económica

e social é decisiva para vir a dar às

nossas sociedades, ao mundo e ao

planeta a sustentabilidade perdida,

seja no plano social, seja no plano

ambiental.

As referências a uma economia

baseada no conhecimento e a ci-

dades inteligentes, em estreita ar-

ticulação com uma plena utilização

das potencialidades das tecnologias

da informação e comunicação, são

sufi cientemente expressivas para

podermos valorizar a relevância da

formação de múltiplas redes inteli-

gentes de dimensão local e mundial

e do seu papel na dinamização de

uma reinvenção de aspetos chave

da economia e da sociedade.

A energia está no coração destes

desafi os e mudanças.

O novo e decisivo papel dos con-

sumidores, famílias e empresas, no

seio das cadeia de valor globaliza-

das, vai criando as condições para

profundas mudanças nos modelos

energéticos, nomeadamente no seu

segmento descendente (downstre-

am), onde a novas formas de efi ci-

ência e descentralização pressio-

nam uma nova combinação entre

energia e serviços que confi guram

sucessivas e diversifi cadas soluções

que contribuem para minimizar as

emissões de gases com efeito de

PUBLICIDADE

lou serem menos seguros, nomeada-

mente os investimentos em produtos

fi nanceiros tóxicos que estiveram na

base da instabilidade fi nanceira mun-

dial ainda visível. A provar esta que

sempre foi para mim uma evidência,

está o número de investimentos dos

fundos americanos no nosso mer-

cado imobiliário, um mercado que

projecta encerrar o presente ano de

2015 com investimentos a ultrapassar

os dois mil milhões de euros, um má-

ximo histórico português em investi-

mento imobiliário que é também um

óptimo sinal para os tempos que se

avizinham e que muito dependeram

do dinamismo da Economia.

Sendo um bom investimento para

estrangeiros que procuram áreas de

investimentos seguras é, como ainda

há pouco tempo aqui escrevi, uma

alternativa ao aforro das famílias e

uma opção muito forte para reforma-

dos estrangeiros da União Europeia

que olham também para as condi-

ções a vários níveis excepcionais

que existem em Portugal e para as

condições especiais que o país lhes

tem oferecido.

Portugal não tem aliciado apenas

- e ainda bem - os investidores insti-

tucionais estrangeiros, de dentro e

fora da União Europeia. A aposta no

imobiliário tem sido mais abrangente

e é bom que continue a sê-lo, man-

tendo os incentivos oferecidos aos

cidadãos extra comunitários e aos

comunitários não residentes, sem

(é também necessário sublinhar) as

habituais tentações fatais de uma fi s-

calidade excessiva e injusta.

Para o imobiliário português man-

ter e acentuar o enorme poder de se-

dução que exerce e que o transforma

numa poderosa alavanca para a recu-

peração da Economia, agora de forma

mais segura pelas obrigatórias caute-

las em matéria de sustentabilidade.

Presidente da CIMLOPConfederação da Construção e do Imobiliário de Língua Ofi cial [email protected]

estufa, descarbonizar a economia,

fornecer novas formas de armaze-

nagem de eletricidade e viabilizar

habitats mais racionais e sustentá-

veis.

A procura de novas formas de

efi ciência e de racionalidade ener-

gética comporta, ainda, um valor

determinante para a reinvenção

das economias e das cidades que é

o de obrigar a pensar em conjunto

e articuladamente os modelos de

habitação e mobilidade.

Os edifícios só serão mais inteli-

gentes e mais efi cientes energetica-

mente se fi zerem parte de sistemas

mais globais de mobilidade, habita-

ção, consumo, comércio, estudo e

investigação e produção que sejam

verdadeiros ambientes de sinergias

e racionalidade coletiva a favor de

sociedades mais equilibradas social-

mente e mais sustentáveis no plano

ecológico.

É possível construir estes novos

modelos energéticos melhorando

drasticamente o desempenho am-

biental mas isso só acontecerá no

tempo certo se, agora, também

aproveitarmos as oportunidades

efetivas de dar vida a um novo pa-

radigma na construção e no imobi-

liário onde os conceitos de reabili-

tação, regeneração e revitalização

não sejam confundidos, mas antes

combinados, para viabilizar novas

oportunidades de investimento

público e privado, quer dos ope-

radores e proprietários, quer das

próprias famílias.

O BUILDing ENERGY Sympo-

sium, neste quadro, ser encarado

como um contributo relevante pa-

ra dinamizar o avanço de um eixo

determinante da criação de novas

oportunidades de investimento

sustentável e de geração de valor

favorecendo a qualidade de vida,

o progresso social e a sustentabili-

dade ambiental.

Presidente da Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

Luís Lima Augusto Mateus

“O fim da retracção de alguns investidores

interessados nos mercados imobiliários

como o nosso, objectivamente seguro e sem qualquer sombra de bolha imobiliária nos últimos anos, consolida

o sector como uma das alavancas da nossa

recuperação”.

_ Administrativo_ Ambiente_ Arbitragem e Mediação_ Ciências da Vida e Saúde_ Concorrência e União Europeia_ Energia_ Financeiro

_ Fiscal_ Imigração & Golden Visa_ Imobiliário_ Laboral e Segurança Social_ M&A_ Private Equity & Venture Capital_ Propriedade Intelectual_ Resolução de Litígios_ Seguros e Pensões_ Societário e Comercial_ TMT - Telecomunicações, Media e Tecnologia_ Transportes e Marítimo_ White Collar Crime

Lisboa | Funchal | Porto | Angola | Brasil | Macau | Moçambique

Page 3: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos
Page 4: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

04 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

No segundo e último dia do BUIL-

Ding ENERGY Symposium, a Fun-

dação Oriente prepara-se para

uma agenda preenchida, depois

de onteM ter registado casa cheia.

Hoje, os trabalhos decorrerão du-

rante todo o dia, estando prevista

a apresentação de cinco casos de

estudo sobre experiências nacio-

nais e internacionais na efi ciência

energética (incluindo da Sonae

Sierra, do Grupo Saint-Gobain, do

InterContinental Hotels Group e da

Deloitte) e quatro rondas de debate

temáticas que serão antecedidas de

comunicações de keynote speakers

sobre cada um dos temas. No total,

são 18 oradores, que se somam aos

12 que ontem animaram os traba-

lhos deste simpósio.

Ana Tavares

Dia preenchido encerra BUILDing ENERGY SymposiumDepois do arranque ontem, o evento reúne hoje cerca de duas dezenas de intervenientes que apresentam casos de estudo e debatem os temas que mais interessam na área da eficiência energética nos edifícios.

Na parte da manhã, período du-

rante o qual serão apresentados os

casos de estudo da Sonae Sierra e

do Grupo Saint-Gobain- respetiva-

mente dos seus programas Bright e

Care:4® -, terão lugar duas sessões

de debate. Pelas 10h00 debate-se

“A efi ciência energética nos gran-

des edifícios e o desafi o do autocon-

sumo”, com o mote a ser dado pela

comunicação de Miguel Kreiseler,

da JLL. Às 12h00 é a vez dos “Desa-

fi os e Oportunidades para a cadeia

de valor”, estando a intervenção

keynote a cargo de Augusto Mateus,

que é também um dos comissários

deste evento a par de Manuel Pi-

nheiro. Além destes dois profi ssio-

nais, integram as sessões de debate

Heléne Lohr (Grupo Saint-Gobain),

Elsa Monteiro (Sonae Sierra) ou

Luis Castanheira (ISEP), entre ou-

tros. Na sessão da tarde, os temas

a debate serão as “Tendências de

Futuro” e a “Mobilidade”, com as

jornadas de debate a contarem com

participações de especialistas co-

mo Jon Lovell (ULI), Steven Fawkes

(ICP), Margarida Caldeira (Brodway

Malyan) ou Carlos Jesus (ZEEV) e

João Hormigo (APFM). Na jornada

da tarde, haverá ainda lugar para

a apresentação de três casos de es-

tudo, a cargo do InterContinental

Hotels Group, da Deloitte e , uma

vez mais, da Saint-Gobain.

O BUILDing ENERGY Symposium

realizou-se ontem e hoje na Fun-

dação Oriente, em Lisboa, com o

objetivo de apontar caminhos prá-

ticos para tornar os edifícios por-

tugueses energeticamente mais

efi cientes. A Vida Imobiliária e a

Promevi, entidades que coorgani-

zaram o evento, apostaram num

programa que reuniu um leque de

“prestigiados especialistas e repre-

sentantes corporativos nacionais e

internacionais”. “Acima de tudo,

o BUILDing ENERGY Symposium

pretende ser uma ferramenta com

utilidade prática para todos os

profi ssionais que se relacionam,

de forma direta ou indireta, com o

ciclo de vida de um edifício, desde

proprietários e investidores, aos

ocupantes, utilizadores (popula-

ção fl utuante), projetistas, equipas

de gestão e manutenção, agentes

imobiliários, até aos construtores e

fornecedores de materiais e equipa-

mentos”, explica Arturo Malingre,

diretor do evento.

O evento conta com um vasto

apoio a nível empresarial e insti-

tucional. Nesta primeira edição, a

Saint Gobain é o patrocinador mas-

ter do evento, e a Schmitt+Sohn, a

JLL e a Sanitana assumem os pa-

trocínios platina, enquanto que a

SRS Advogados se posiciona como

patrocinador ouro. O evento reú-

ne também o apoio das principais

associações ligadas ao imobiliário

e à área da energia, nomeadamen-

te: OE, OET, AHP, APFIPP, APFM,

APPII, RICS, ULI, APEMETA, AN-

FAJE, ALP, APEA, ICP, Centro Ha-

bitat, AGEFE, CCILA e a COGEN

PORTUGAL.

Os trabalhos do BUILDing ENERGY

Symposium terminam hoje às 18h30

Page 5: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

MILLENNIUM. É PARA AVANÇAR.

MÊS DAS OPORTUNIDADES

EM OUTUBRO E NOVEMBROTODOS OS CAMINHOS VÃODAR A BONS NEGÓCIOS

10% DE DESCONTO SOBRE O PREÇO DE CATÁLOGOPARA IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS E 5% DE DESCONTO NOS IMÓVEIS RESIDENCIAIS ESCRITURADOSATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2015.

www.millenniumbcp.pt

707 91 20 20 ATENDIMENTO PERSONALIZADO 10H-22HCUSTO MÁXIMO POR MINUTO: 0,10€ PARA CHAMADAS A PARTIR DA REDEFIXA E 0,25€ PARA CHAMADAS A PARTIR DA REDE MÓVEL. ACRESCE IVA.

Page 6: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

Mercado

“Nos últimos seis meses, o mercado

tem registado um desenvolvimento

enorme” e tem até funcionado de

forma diferente, “ao contrário”, co-

meça por explicar Paulo Barbosa,

gerente da mediadora Imoenergi,

detalhando que atualmente “temos

cliente e não temos produto” e re-

ferindo-se aos concelhos de Vila do

Conde e Póvoa do Varzim. Em Santo

Tirso, que em conjunto com estes

dois concelhos e a Trofa limita a nor-

te a região do Grande Porto, a ofer-

ta e a procura imobiliária também

tendem a desencontrar-se. “Há um

forte crescimento na procura, quer

no mercado residencial quer não re-

sidencial, e neste caso especialmen-

te nos armazéns”, diz Vitor Moreira,

diretor comercial da ERA Santo Tir-

so, acrescentando que tal situação

“não é acompanhada pela oferta,

o que gera escassez de imóveis”.

Paulo Barbosa tem sentido esta

tendência sobretudo no mercado

habitacional, onde “há muito pou-

co produto disponível” e o que “es-

tá dentro de níveis de preço acei-

táveis desaparece rapidamente”,

diz, especifi cando que a procura

é tanto para primeira como para

segunda habitação, este último

um segmento com bastante dinâ-

mica nos dois concelhos costeiros

de Vila do Conde e Póvoa do Var-

zim quer por parte de estrangeiros

quer de nacionais. “Este ano, vimos

muitos franceses a comprar aqui

casa para férias”, mas também os

portugueses procuram estes dois

concelhos para segunda habita-

ção, especialmente “os de regiões

do interior”, diz Paulo Barbosa. O

tipo de imóvel procurado difere

em termos de preço – no primeiro

caso, estão dispostos a ir até ligei-

ramente acima dos 200 mil euros

e no, segundo, o limite ronda os

80.000 euros – mas, a procura é

dirigida sobretudo a apartamentos

T1 e T2. Rui Macedo, que é diretor

comercial da Mérito Invest, que

abriu há cerca de dois meses uma

agência em Vila do Conde, também

evidencia que se trata de um conce-

lho “muito atrativo” para segunda

habitação, até mesmo na ótica de

investimento. “É um mercado que

consegue garantir rentabilidade e

Procura de casas supera oferta nos concelhos a norte do Grande PortoEsta é uma tendência verificada especialmente desde meio do ano e sobretudo em Vila do Conde, Póvoa do Varzim e Santo Tirso. A habitação é o segmento mais evidente, mas também a procura de armazéns tem sido mais dinâmica

procura deste tipo de ativos”, até

tendo em conta a sua integração

junto ao Vale do Ave, cujo desenvol-

vimento tem “estado muito ligado

ao seu tecido empresarial”, explica.

Já na Póvoa do Varzim e de Vila do

Conde é a atividade turística que

mais impulsiona o mercado, com

um impacto positivo quer na “na

manutenção do comércio de rua

relevante” quer, e principalmente,

“na procura de armazéns comer-

ciais e industriais”, diz Nuno Mar-

çal. Rui Macedo, da Mérito Invest,

frisa que há bastante dinâmica na

procura de espaços industriais na

zona de Vila do Conde, detalhando

que os espaços de maior dimensão

- especialmente entre os 1.000 e os

2.000 m2 - são atualmente os que

mais se pretendem, quando ante-

riormente a procura se destinava

a espaços de menor dimensão, em

torno de 500 m2. Na sua perspetiva,

há uma maior estruturação das em-

presas que procuram estes tipo de

imóveis, “Vemos que são empresas

que se querem expandir ou procu-

ram agora armazéns em localiza-

ções melhores” conclui.

WIKIMEDIA/NMMACEDO

Vila do Conde é um dos concelhos onde o mercado imobiliário tem estado especialmente dinâmico

Campanha: dinamismo dos mercados impulsiona resultados acima da média

O dinamismo sentido nos quatro concelhos tem tido reflexo na campanha de comercialização de imóveis “Mês das Oportunidades” que o Millennium bcp tem atualmente em curso nestes mercados, onde “os resultados estão acima da média dos restantes concelhos abrangidos”, diz Nuno Marçal, adiantando que “superaram já metade dos ativos em venda”. Exemplo disso, é que “em Santo Tirso já não temos armazéns à venda”, aponta Nuno Marçal. Também Paulo Barbosa refere que da carteira em comercialização abrangida por esta campanha, “já vendemos praticamente tudo” e, no caso de Vítor Moreira, ”já concretizámos dois negócios e contamos ainda fechar pelos menos mais duas vendas até ao final da ação”. A campanha “Mês das Oportunidades” termina no próximo dia 30 de novembro, período até qual o Millennium bcp disponibiliza uma carteira de imóveis com “preços de oportunidade” em várias zonas do país. A estes preços poderão ainda acrescer descontos adicionais de 5 ou 10%, consoante a contra diga respeito a imóveis habitacionais ou não habitacionais, respetivamente, se as escrituras forem realizadas até final do mês de dezembro. Nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa do Varzim. Trofa e Santo Tirso, a campanha abrange cerca de 30 imóveis no valor agregado de 4,5 milhões de euros, com os ativos habitacionais a apresentarem um valor médio de 105 mil euros e os não residenciais de 235 mil euros.

atrai, por isso, investimento. Temos

clientes de fora que procuram imó-

veis habitacionais para comprar e

depois colocar em arrendamento

sazonal. É um nicho considerável”,

diz o profi ssional, que confi rma que

“o mercado está muito dinâmico”

neste concelho.

No caso da primeira habitação,

apartamentos e moradias são am-

bos alvo de procura nos dois con-

celhos litorais, mas também neste

segmento os preços em torno dos

200 mil euros constituem uma refe-

rência, com Paulo Barbosa a acres-

centar que “hoje em dia, quem com-

pra casa para primeira habitação

tem alguma margem de manobra

em termos de capital próprio, com

a possibilidade de sinalizar até 20%

do valor da casa”. Este é também o

caso em Santo Tirso, onde Vítor Mo-

reira nota que a procura de habita-

ção é bastante marcada “por jovens

em início de vida, com poupanças

acumuladas para dar de entrada na

compra do imóvel”, não obstante

“os bancos já revelarem abertura

na concessão de crédito”. A procura

de imóveis como investimento pa-

ra posterior colocação no mercado

de arrendamento também merece

destaque, de acordo com Vítor Mo-

reira. Nuno Marçal, Responsável

Vendas – Grande Imóveis Norte do

Millennium bcp, refere precisamen-

te o crescimento demográfi co que

estes concelhos, a par de outros que

se localizam junto ao Rio Ave, têm

vindo a registar em anos recentes,

fator que tem resultado num re-

juvenescimento da população, e,

consequentemente, num “aumento

substancial da procura de casas” na

Trofa, Santo Tirso, Póvoa do Varzim

e Vila do Conde.

Armazéns também despertam interesseA procura de imóveis industriais,

sobretudo armazéns, tem também

registado uma tendência semelhan-

te à da habitação neste núcleo de

concelhos.

Na opinião de Nuno Marçal, a re-

toma na atividade económica, ainda

que com focos diferentes nos qua-

tro concelhos, tem impulsionado a

procura. Nos casos da Trofa e Santo

Tirso tem havido “uma crescente

Page 7: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015 Oportunidades 07

Oportunidades Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA.

APARTAMENTO T2Refª: 86993Valor: € 32.100Concelho: TrofaFreguesia: Bougado (São Martinho e Santiago)Localização: Rua da Urbanização da Barca (Finzes), 7 1º EsqÁrea: 81 m² Ano: 1991Classificação Energética: D

HABITAÇÃO – 2º Trimestre 2015

Preços Médios de habitação (Oferta)Região Norte

Fonte: Ci/SIR e Ci/LardoceLar.com

Índice de Preços ResidenciaisPortugal Continental

TrofaSanto TirsoPóvoa do VarzimVila do Conde

A

CD

BSem dados0€ - 663€663€ - 828€828€ - 983€983€ - 1311€

80

90

100

110

120

2.º Trim. 20151.º Trim. 2007

A BC

D

MORADIA T3Refª: 59323Valor: € 140.000Concelho: Vila do Conde Freguesia: GiãoLocalização: Rua da Estrada Principal, 73Área: 129 m²Ano: 2003Classificação Energética: C

APARTAMENTO T2Refª: 54670/1Valor: € 63.700Concelho: Vila do CondeFreguesia: Vilar de PinheiroLocalização: Rua das Águas Férreas 85-B, 2º DtoÁrea: 111 m²Ano: 1994Classificação Energética: C

APARTAMENTO T2Refª: 82713Valor: € 136.100Concelho: Santo Tirso Freguesia: Stº Tirso, Couto (S.Cristina e S. Miguel) e BurgãesLocalização: Praça Conde São Bento, 39 - 2ºÁrea: 190 m² Ano: 1992Classificação Energética: F

ImobiliárioOferta para venda supera os 1.000 €/m2 na Póvoa de Varzim e em Vila do CondeNo 2º trimestre de 2015, o valor médio de oferta dos fogos para venda na região Norte de Portugal Continental atingiu dos valores mais elevados nos concelhos de Terras de Bouro, Vila Nova de Cerveira e Esposende, cifrando-se entre 1.200 €/m2 e 1.300 €/m2 Também com valores acima dos 1.000 €/m2 tinham-se a Póvoa de Varzim e Vila do Conde.No 2º trimestre de 2015, o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, apurado com base em informação sobre vendas proveniente do SIR – Sistema de Informação Residencial, apresentou uma quebra de 1,2% face ao trimestre anterior. Contudo, face ao trimestre homólogo em 2014 o indicador manteve-se, registando-se uma variação de 0,3%.

*Acresce 10% de desconto sobre o preço de catálogo para imóveis não residenciais e 5% de desconto nos imóveis residenciais escriturados até 31 de dezembro de 2015.

Valores de Campanha válidos até 30 de novembro 2015*

Page 8: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

8 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

A EDP continua a apostar e a promo-

ver a efi ciência energética junto do

tecido empresarial, com o objetivo

de contribuir para o aumento da

competitividade e sustentabilida-

de das empresas portuguesas. Para

além de fornecedor de eletricidade e

gás natural, a empresa pretende ser

o parceiro global de energia dos seus

clientes, acreditando que “o suces-

so passa pelas relações e soluções

que apresenta às empresas”. Com

vista a ajudar as empresas a “pou-

par, simplifi car, produzir e inovar”,

a EDP criou os Serviços de Energia

Corporate, um conjunto de soluções

“inovadoras” que permite às empre-

sas atuar nas diferentes vertentes da

gestão de energia, tornando-a “mais

fácil, clara e mais efi ciente”.

Conforme esclarece fonte da em-

presa, através de serviços como,

por exemplo, iluminação efi ciente

ou sistemas de aquecimento, venti-

lação e ar condicionado, as empre-

sas podem reduzir a sua fatura de

energia e dessa forma ganhar efi ci-

ência. “Com os serviços Gestão de

Consumos ou Integra, as empresas

controlam a sua energia de forma

simples e sem preocupações e ga-

rantem o bom funcionamento das

instalações. Podem ainda produzir

EDP reforça a aposta na eficiência energética para empresasAlém de fornecedor de energia para o setor empresarial, a EDP pretende ser o parceiro global de soluções energéticas dos seus clientes no âmbito corporativo, contribuindo para uma gestão mais eficiente neste campo.

DR

EDP disponiliza soluções de Energia Solar para empresas

a sua própria eletricidade através

da energia solar ou diferenciar-se

através das soluções de mobilidade

elétrica”, refere a EDP.

Produzir energia para autoconsumoO recurso a sistemas solar fotovoltai-

cos permite que cada entidade possa

produzir e consumir a sua própria

eletricidade, desta forma reduzindo

a sua fatura energética e, ao mesmo

tempo, ganhando autonomia e con-

tribuindo para a sustentabilidade

ambiental. Através das soluções da

EDP nesta área da energia solar, as

empresas “obtêm um conjunto de

vantagens signifi cativas”, diz fonte

da EDP, detalhando sobre essas van-

tagens. “Falamos, por exemplo, da

adequação do seu sistema solar, em

que o projeto é ajustado às carate-

rísticas da empresa e dimensionado

para maximizar a sua rentabilida-

de”, ou da “garantia de performance

que assegura que a produção expe-

tável, verifi cada através de um ser-

viço de monitorização”. A empresa

sublinha, por último, “a qualidade

comprovada com soluções chave-

na-mão e equipamentos 1ª linha.

Tudo isto com padrões de expertise

elevados e garantia EDP”, termina.

A EDP está cada vez mais focada em

promover a eficiência energética junto do tecido empresarial.

Mais do que fornecedor de eletricidade e gás natural, a EDP

pretende ser o parceiro global de energia dos seus clientes e visa contribuir

para o aumento da competitividade e

sustentabilidade das empresas portuguesas.

Soluções de transporte vertical Schmitt+Sohn 30% a 70% mais eficientes

Numa altura em que a fatura ener-

gética é um dos itens que mais

pesa na gestão de um edifício, a

Schmitt+Sohn, única da sua área em

Portugal a produzir, instalar e fazer

manutenção completa de elevadores

e equipamentos de transporte ver-

tical, está a apostar forte no desen-

volvimento de produtos e soluções

energeticamente mais efi cientes. O

objetivo é “potenciar a poupança,

mas sem que isso implique a perda

de qualidade, conforto ou velocida-

de”, sublinha Miguel Franco, admi-

nistrador da empresa. O responsável

considera que as preocupações com

a efi ciência energética dos elevado-

res deveriam ser centrais, até por-

que estes equipamentos “deverão

ser responsáveis por 3 a 8% do total

de energia elétrica consumida num

edifício”.

Miguel Franco explica que estas

preocupações com os elevadores e

outros equipamentos de mobilidade

vertical idealmente devem começar a

ser abordadas “na fase preliminar de

projeto, defi nindo a melhor solução

de elevadores a instalar no edifício a

construir ou a remodelar” mas não

deve terminar aí, até tendo em con-

ta que o parque edifi cado é bastante

vasto. “Estima-se que os ascensores

instalados em Portugal tenderão a

consumir anualmente 713 GWh, o

que representará cerca de 1,5% do

consumo total de energia elétrica

no país”, diz aquele responsável,

acrescentando que se trata de “um

impacto revelante”. Por isso, consi-

dera que “há que apostar também

na fase a jusante”, ou seja, após a

instalação dos elevadores. Miguel

Franco explica que existem diversas

intervenções técnicas que podem ser

realizadas em elevadores já instala-

dos e que permitem “resultados sig-

nifi cativos” em termos de poupança

energética. “São soluções técnicas de

última geração”, sublinha, acrescen-

tando que tais ações podem passar

pela “reinjeção de energia, por sis-

temas inteligentes de otimização e

gestão de tráfego, sistemas sleep e

de variação de frequência ou mes-

mo por sistemas de iluminação mais

efi cientes”. “Dependendo do nível

de ações implementadas, tendo em

conta estas diferentes soluções técni-

cas aplicadas, podemos estar a falar

de reduções de consumo energético

entre os 30% a 70% face às soluções

convencionais”, alerta o administra-

dor da Schmitt+Sohn.

Também nos equipamentos novos,

a empresa está focada há já vários

anos na efi ciência energética. É o ca-

so do ISI2040®, um dos elevadores

mais utilizados em projetos de rea-

bilitação urbana no nosso país, área

de negócio em que a Schmitt+Sohn

concentra mais de 70% da carteira

de novas encomendas. A empresa

fez recentemente um upgrade deste

equipamento, que apesar de já pos-

suir uma classifi cação energética de

Classe A, foi melhorado, permane-

cendo predominantemente em mo-

do sleep, o que permite reduzir os

consumos energéticos até 50%. Na

prática, o upgrade passou por inte-

grar um novo comando de instalação

através do qual “passa a ser possível

transformar um equipamento consu-

midor num equipamento produtor

de energia”, o que Miguel Franco

considera especialmente relevante

numa altura em que “estamos a cinco

anos da meta traçada pela Comissão

Europeia para que todos os edifícios

novos tenham um balanço energéti-

co próximo do zero”.

Intervir nos elevadores instalados é crucial para melhorar a eficiência energética

A empresa aposta forte no desenvolvimento de equipamentos e soluções de transporte vertical cada vez mais eficientes, os quais, face a soluções tradicionais, permitem poupanças energéticas de 30 a 70%

Page 9: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

O seu sucesso é a nossa energiaAcreditamos que o sucesso das empresas passa pelas relações e soluções que apresentam aos seus clientes.

Queremos ser o parceiro na gestão global de energia das empresas portuguesas, para além de fornecedor de eletricidade e gás natural.

Criámos, assim, os Serviços de Energia Corporate, um conjunto de soluções inovadoras, à medida das necessidades da sua empresa, que lhe permitirão ganhar eficiência e competitividade.

SERVIÇOS DE ENERGIA CORPORATE

POUPAR Reduza a fatura de energia e ganhe eficiência.

PRODUZIRProduza a sua própria energiae ganhe competitividade.

Saiba mais em energia.edp.pt/corporate

SIMPLIFICARControle a energia de forma simples e sem preocupações.

INOVARUtilize a energia para se diferenciar e chegar mais longe.

Digitalize o QR code e veja o vídeo

Page 10: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

10 Eficiência Energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

Reconhecendo que o tema da efi ciên-

cia energética está em agenda há já

bastante tempo em Portugal, o dire-

tor comercial da Saint-Gobain Weber,

começa por explicar, em entrevista

ao Público Imobiliário, que isso acon-

tecia de “forma pouco consistente”,

devido ao “baixo nível de conheci-

mento, difi culdade de acesso a solu-

ções que efetivamente eram energe-

ticamente efi cientes, e à falta de con-

fi ança em geral”. Atualmente, na sua

opinião, “todos no setor da constru-

ção e do imobiliário português estão

a identifi car a efi ciência energética

como algo muito positivo e tangível”,

já que, “com o decorrer do tempo,

as barreiras foram sendo ultrapassa-

das, o conhecimento foi-se adquirin-

do, as soluções foram fi cando mais

acessíveis e a confi ança fortalecida”.

José Marques pensa que há ainda

“um grande caminho para percor-

rer”, defendendo que é crucial que

os atores neste segmento considerem

“a efi ciência energética como um ele-

mento diferenciador e economiza-

dor para os seus clientes, empresas

e famílias”, até porque “não existe

nenhum tipo de edifício que não se-

ja possível sofrer intervenções que

provoquem um impacto positivo na

redução do consumo energético”.

Para tal, é “só necessário colocar es-

se objetivo sempre que se faça uma

intervenção no edifi cado existente

ou numa construção nova”.

Neste contexto de “mudança do

mercado”, serão as empresas “mais

dinâmicas e inovadoras “ que mais

benefi ciam, defende José Marques,

acrescentando que a inovação foi

sempre um valor central para o Gru-

po Saint-Gobain, que celebra este

ano 350 anos, tendo sido fundado

em França durante o reinado de Lou-

is XIV. “A Saint-Gobain é reconhecida

como uma das 100 empresas mais

inovadoras em todo o mundo e faz

parte das 100 empresas na Europa

com mais patentes”, diz, acrescen-

tando que “hoje, um em cada quatro

produtos que a empresa comerciali-

za não existia há cinco anos”.

Referência para o habitat sustentávelAtenta a “uma das principais pre-

ocupações para quem constrói ou

Ana Tavares

Setor imobiliário já vê eficiência energética como “algo muito positivo e tangível“A disseminação de conhecimento, soluções mais acessíveis e uma confiança fortalecida contribuem para este reconhecimento por parte do setor imobiliário e da construção, diz José Marques, da Saint-Gobain Weber.

©SAINT-GOBAINrenova edifícios”, nomeadamente

o consumo energético, a Saint-Go-

bain tem como estratégia “ser a re-

ferência para o habitat sustentável”,

explica José Marques. O grupo, que

tem presença em 64 países, “é líder

mundial em soluções do HABITAT”,

projetando, fabricando e distribuin-

do materiais de construção e de alto

desempenho com as quais pretende

dar resposta “aos desafi os futuros do

crescimento, da efi ciência energé-

tica e da proteção ambiental”. Isto

signifi ca que a Saint-Gobain “tem

nos seus ativos, empresas líderes

globais de mercado que se dedicam

maioritariamente a esta dimensão de

conforto do habitat”, esclarece José

Marques, explicando que “quando

qualquer uma destas empresas está

na fase de conceção de um produto

ou sistema, tem por base a valida-

ção de vários parâmetros técnicos

e dentro dos quais está a efi ciência

energética. Mas também tem outros

menos falados, como a resistência ao

fogo, a acústica, o conforto visual e

qualidade do ar interior, que são tam-

bém contributivos para um conforto

mais abrangente e duradoiro”.

Também internamente, o grupo

Saint-Gobain está atento à efi ciência

energética, tendo criado e implemen-

tado o programa CARE:4®, iniciado

em 2008 e com conclusão prevista

para 2040. Este programa tem co-

mo objetivo “a divisão por 4 vezes

do consumo energético e emissão de

gases com efeito de estufa em todos

os edifícios industriais e de serviços

que a Saint-Gobain possui em todo

o mundo”, especifi ca José Marques.

O percurso do programa é resumido

de maneira simples: ”Iniciou-se com

a defi nição base do que deveria ser a

referência CARE:4® para os vários ti-

pos de edifícios em várias regiões do

planeta. Em cerca de 8.000 edifícios

em todo o mundo, foram identifi ca-

dos aproximadamente 2.000 que são

de interesse estratégico. Destes sele-

cionou-se um grupo dos que seriam

intervencionados e para os quais já

existe um plano de ação em curso,

onde se está a reduzir entre 10% e

25% o consumo energético neste mo-

mento. Por outro lado, em todos os

novos edifícios o standard CARE:4®

está a ser obtido, mesmo sendo mui-

to mais exigente que a legislação em

vigor neste momento”.

O conceito Multi-Conforto da Saint-Gobain integra todas as suas soluções inovadoras em prol de um habitat durável, são e estético. Esse conceito é aplicado quer a edificios residenciais quer de serviços.

Estamos a apenas cinco

anos de 2020, prazo esta-

belecido pela Comissão

Europeia para a imple-

mentação de medidas

de efi ciência energética nos edi-

fícios nos países membro. A CE já

fez contas e sabe que 35% dos edi-

fícios da UE tem mais de 50 anos

e que melhorar a efi ciência ener-

gética dos edifícios pode reduzir o

consumo de energia no espaço eu-

ropeu em 5% e as emissões de CO2

em 6%. Para os edifícios novos, o

objetivo é ainda mais ambicioso -

ter imóveis com balanço energéti-

co próximo do zero.

Em Portugal, quer os proprietá-

rios quer os ocupantes estão cada

vez mais sensibilizados para a ne-

cessidade de otimizar a efi ciência

dos seus imóveis, mas continua a

ser crucial, desconstruir mitos que

Desconstruir os mitos também na eficiência energética

Miguel Kreiseler

Opinião

ainda prevalecem em relação aos

custos de aplicar tais medidas, quer

na fase de construção quer durante

a vida dos edifícios. Um dos mitos

atuais é que o custo de construção

de um edifício mais efi ciente é mui-

to maior e isso não é verdade. De

facto, esta ideia foi recentemente

desmentida por um estudo interna-

cional que dá nota de que a diferen-

ça é de apenas mais 3% em média.

Outro mito é que os custos opera-

cionais são mais altos em resultado

da utilização de mais tecnologia e

mais equipamentos, o que pode ser

bastante redutor, pois esquece que

a utilização de tais recursos contri-

bui para aumentar a efi ciência e

baixar de facto os custos.

Mas além de investir na melho-

ria da efi ciência energética é impor-

tante garantir uma boa gestão dos

edifícios, até porque a gestão diária

de um edifício é um dos fatores crí-

ticos de sucesso para a correta im-

plementação da estratégia defi nida

pelo proprietários e inquilinos”.

Head of Property & Asset Management da JLL

“... além de investir na melhoria da eficiência

energética é importante garantir uma boa

gestão dos edifícios...”

A Casa do Futuro pelos “olhos da Saint-Gobain

“Não está limitada ao tipo de construção como elemento físico, mas sim ao conceito de utilização do espaço, isto é o CONFORTO”, começa por dizer José Marques, a propósito da Casa do Futuro, apresentada pela Saint-Gobain por ocasião do seu 350º aniversário. Esta “casa” deve oferecer a quem a utiliza, e dependendo da sua utilização, o “conforto total em qualquer altura”, diz, explicando que “num edifício são várias as condições que permitem que as pessoas se sintam confortáveis e que, de facto, desempenhem de forma eficiente as tarefas a cumprir nesse espaço”. Para

a Saint-Gobain existem cinco aspetos principais que afetam a perceção que as pessoas têm do conforto dentro das habitações, nomeadamente o conforto térmico, o conforto acústico, o conforto visual, a qualidade do ar interior e o facto de ser economicamente acessível, fator que é determinado pelo nível de preço da construção e manutenção do edifício. Por isso, conclui José Marques, “poderei dizer com grande segurança que a “casa” do futuro da Saint-Gobain é todo o edifício que promova o bem-estar, a saúde e que seja energeticamente positiva”.

Page 11: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

www.schmitt-elevadores.com

E se os seus elevadores passarem a produzir energia em vez de a

desperdiçar? Soluções técnicas e de gestão aplicadas a produtos com

o melhor design e desempenho. Desafios exigentes originam produtos

excelentes. Com o mais alto nível de eficiência energética. Qualidade

máxima com o menor consumo.

EFICIÊNCIA+

PATROCINADOR

Page 12: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

Novos lavatórios ORBITNovas torneiras UNIC de cano alto

Saiba mais www.sanitana.com

Page 13: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

Os resultados do primeiro relató-

rio sobre os avanços da efi ciência

energética na Europa foram divul-

gados na passada semana, com a

Comissão Europeia (CE) a fazer

um balanço positivo relativamente

à implementação das medidas para

atingir a meta de redução de 20%

no consumo de energia nos países

membro até 2020.

O relatório dá conta de que já

foram feitos “progressos signifi ca-

tivos neste campo”, mas sublinha

que “há ainda muito por fazer”, de-

fi nindo 2016 como um ano “muito

importante” em termos de prosse-

cução dos objetivos de redução no

consumo energético. A nota é de

otimismo, mas a Comissão alerta

Susana Correia

Eficiência energética na Europa no bom caminhoA Comissão Europeia divulgou um relatório sobre o progresso da eficiência energética na Europa. A evolução é significativa, mas é preciso “acelerar esforços”, alerta o documento

para o facto de que cumprir as me-

tas estabelecidas obriga a que “a le-

gislação existente seja plenamente

implementada, os esforços acelera-

dos, os níveis de ambição aumenta-

dos e as condições de investimento

melhoradas”, diz no seu site.

O relatório revela que, entre 2005

e 2013, o consumo de energia fi nal

na Europa reduziu 7% e o de ener-

gia primária 8%, avançando que as

estimativas já apuradas para 2014

sugerem para que esta tendência

se mantenha.

A maior redução no consumo

energético fi nal ocorreu na indús-

tria, com cortes de 15% entre 2005

e 2013, o que é explicado pelo im-

pacto da crise fi nanceira, mudanças

nas estruturas industriais e pelas

medidas de efi ciência energética.

Já no setor residencial, o consumo

energético reduziu 3% em 2013 face

a 2005, enquanto que nos setores

dos transportes e de serviços essa

diminuição foi de 6%.

Ainda assim, o relatório conside-

ra que os países da União Europeia

devem ir mais longe se pretendem

atingir a meta de 20% na redução

de energia até 2020, já que atual-

mente, somando os esforços de

todos os Estados membro essa

poupança seria de apenas 17,6%.

Espanha, Chipre, Grécia ou Hun-

gria, França ou Irlanda são alguns

dos países que já em 2014 estabele-

ceram metas mais ambiciosas para

a redução do consumo de energia

fi nal ou primária (ou para ambas)

face aos planos iniciais, mas a CE

relembra que o objetivo primeiro

da efi ciência energética é “quebrar

a ligação entre o aumento no con-

sumo energético e a aceleração do

crescimento económico através de

ganhos de efi ciência”. Portugal, a

par da Croácia, Finlândia, Grécia e

Roménia, é um dos países destaca-

dos pela negativa neste campo. As

metas indicativas para 2020 esta-

belecidas por estes países “não são

sufi cientemente ambiciosas”, já que

“o consumo de energia fi nal previs-

to deverá ser mais elevado do que o

crescimento projetado do PIB entre

2014 e 2020”, diz o relatório

Ainda assim, no detalhe sobre

Portugal, o relatório sublinha que

se a tendência no consumo de ener-

gia primária e fi nal se mantiver em

linha com o registado entre 2005

e 2013, o país deverá atingir a me-

ta nacional estabelecida, embora

a CE frise que esta meta poderia

ter sido bastante mais ambiciosa.

Este relatório será agora publica-

do anualmente com o objetivo de

abordar os temas chave para redu-

zir o consumo de energia na UE e

motivar o debate sobre as politicas

comuns. Recorde-se que dados da

CE revelam que são necessários 100

mil milhões de euros por ano para

conseguir cumprir os objetivos de

efi ciência energética traçados para

2020. Os edifícios são, neste contex-

to, um dos fatores mais relevantes,

sendo responsáveis por cerca de

40% do consumo total de energia

na UE e melhorar a sua efi ciência

energética pode reduzir o consumo

energético no espaço europeu em

5%, estima a CE.

IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015 Eficiência Energética 13

Page 14: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

14 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015

Agora que estamos na reta fi nal do

ano e que o frio começa a sentir-se

lá fora, os dias mais curtos e menos

ensolarados já convidam os portu-

gueses a recolher-se no lar. Com

este mote, a Leroy Merlin apresen-

tou o seu mais recente Catálogo

de Conforto, onde divulga muitas

novidades e onde volta a apostar

numa forte componente pedagógi-

ca, afi rmando que esta campanha

reúne “tudo o que precisa para tor-

nar a sua casa mais acolhedora e

confortável”.

Soluções de isolamento, ven-

tilação, diferentes tipo de aque-

cimento - a lenha, central, elétri-

co ou a gás, entre outros – ou até

soluções para produção de águas

quentes sanitárias, integram este

catálogo.

Ao longo do catálogo, e também

no microsite criado para este tema

(http://aquecimento.leroymerlin.

pt ), a Leroy Merlin apresenta ainda

casos práticos de pessoas reais que

apostaram em otimizar os sistemas

de aquecimento para as suas casas,

ajustando-os de forma sustentável

e económica às características de

de cada uma das suas habitações.

São casos de apartamentos e

moradias, que abrangem desde

tipologias T0 a T4, com áreas de

40 a 250m2 e imóveis que podem

ter mais de 30 anos ou que estão

atualmente em construção. Porto,

Lisboa, Bragança ou Coimbra são

algumas das cidades que acolhem

os exemplos ilustrados ao longo

deste catálogo, que dá a conhecer

as opções que cada família tomou

e quais as poupanças energéticas

que as soluções instaladas lhes per-

mitiram. A marca dá a conhecer

desde exemplos de aplicação de

isolamento térmico, equipamento

de aquecimento a lenha ou pellets,

bombas de calor ar-água, soluções

de ar-condicionado, ou aquecedo-

res elétricos, com o objetivo de

“apresentar várias situações reais

para que se possa identifi car e es-

colher a melhor solução de aque-

cimento para si”.

Outras das apostas do catálogo é

a apresentação de dicas para aju-

dar a poupar e a escolher sistemas

e soluções de aquecimento mais

efi cientes, relembrando que cada

agregado familiar consome em mé-

dia 910 euros por ano em energia

no seu alojamento, dos quais 38,3%

são destinados ao aquecimento e

produção de águas quentes.

Leroy Merlin apresenta novidades para o frio e ajuda portugueses a poupar A Leroy Merlin acaba de lançar o seu novo Catálogo de Conforto, onde apresenta muitas novidades, dá a conhecer casos concretos e ensina como ter um aquecimento mais confortável e eficiente

DR

O aquecimento deve ser adequado às características de cada casa

Três passos para ter uma casa confortável e saudável de forma económica

1: ISOLAR40% de poupança de energia com aplicação de isolamento térmico.Isolar bem a habitação permite economizar no aquecimento no inverno e na refrigeração no verão, garantindo uma temperatura agradável durante todo o ano com menos custos. Neste caso, a prioridade é reduzir as pontes térmicas, ou seja as zonas sem isolamento onde se verifica a fuga de grandes quantidades de calor ou frio.

2: VENTILAR20% de poupança de energia com um sistema de ventilação mecânica controlada.Ventilar a casa é essencial sobretudo se estiver bem isolada. Uma boa ventilação é indispensável para garantir uma boa renovação do ar viciado sem desperdício de calor. Um sistema de ventilação mecânica controlada poderá ser uma boa forma de conseguir uma ventilação eficaz.

3: AQUECERAté 55% de poupança de energia com a substituição do sistema de aquecimento.É importante escolher os equipamentos mais eficientes para aquecer cada casa, tendo em conta nessa escolha, o preço da energia, a área (m2) a aquecer, o rendimento do equipamento e o uso que lhe vai ser dado. Para poupar ainda mais na fatura de energia, é importante controlar a temperatura. Cada grau de temperatura que diminui, poupa 7% na fatura de energia.

Page 15: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

Contacte-nos: Miguel Kreiseler I [email protected] I 21 358 32 22 I www.jll.pt

Centros Comerciais | Retail Parks | Escritórios | Logística | Portefólios |Premium Assets | Imobiliário de Rendimento

Para rentabilizar o seu património imobiliário, potenciar a eficiência dos seus imóveis e o valor do seu investimento, consulte a JLL. Somos o parceiro ideal para gerir os seus imóveis, pois sabemos que uma boa gestão vai muito alémda manutenção e dos processos administrativos.

Acrescentamos valoraos imóveis que gerimos

Contacte-nos para conhecer a nossa equipa de especialistas e as melhores práticas na gestão de imóveis. Mais do que nunca fazemos a diferença!

Page 16: Eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento habita-cional, na Reabilitação Urbana dos ... mente os investimentos em produtos

87c9b342-28ae-4427-badb-1b56a9b2ce17

ComprarPensa em

Casa?

Quando se trata de comprar uma propriedade,nenhuma decisão deve ser tomada de ânimo leve.

������������ ���������

em

��������������� ���������������

ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBILÁRIA DE PORTUGAL