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EIOPA/11/133 23 de janeiro de 2012 EIOPA Programa de trabalho para 2012

EIOPA Programa de trabalho para 2012 - eiopa.europa.eu · na Europa, mas em todo o mundo, deram origem a um regime de supervisão europeu que constitui um importante passo no sentido

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23 de janeiro de 2012

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Índice

1. Introdução ................................................................................................................ 4

2. Política ....................................................................................................................... 6

2.1. Solvência II ........................................................................................................ 6 2.1.1. Avaliação de ativos e passivos, incluindo provisões técnicas ............. 7 2.1.2. Requisitos de capital de solvência e fundos próprios ........................... 7 2.1.3. Modelos internos ......................................................................................... 7 2.1.4. Comunicação e divulgação de informações ............................................ 8 2.1.5. Governação .................................................................................................. 8 2.1.6. Processo de supervisão ............................................................................. 8 2.1.7. Questões relativas a grupos ..................................................................... 8

2.2. Questões relativas aos grupos nos termos da Diretiva em vigor relativa aos grupos de seguradoras ........................................................................................... 8 2.3. Equivalência ....................................................................................................... 9 2.4. Pensões complementares de reforma ........................................................... 9 2.5. Contabilidade ................................................................................................... 10 2.6. Relações internacionais ................................................................................. 11

3. Proteção dos consumidores e inovação financeira .................................. 13

3.1. Proteção dos consumidores .......................................................................... 13 3.2. Inovação financeira ........................................................................................ 14 3.3 Regimes de garantia de seguros .................................................................. 14 3.4 Cooperação intersetorial e envolvimento externo .................................... 15

4. Panorâmica ............................................................................................................ 16

4.1. Gestão da crise internacional ....................................................................... 16 4.2. Comité Conjunto ............................................................................................. 16 4.3. Colégios de autoridades de supervisão ....................................................... 16 4.4. Cultura de supervisão .................................................................................... 17 4.5. Práticas de supervisão ................................................................................... 18

5. Organização da EIOPA ....................................................................................... 19

5.1. Relações com os membros............................................................................ 19 5.2. Relações com as partes interessadas .......................................................... 19

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5.2.1. Grupos de interessados da EIOPA (artigo 37.º do Regulamento EIOPA) .......................................................................................... 19 5.2.2. Instituições da União Europeia ............................................................... 19 5.2.3. Cooperação geral com outras partes interessadas ............................. 20

5.3. Pessoal .............................................................................................................. 21 5.4. Política de recursos humanos ....................................................................... 21 5.5. Controlo Interno.............................................................................................. 21 5.6. Planificação de emergência ........................................................................... 22 5.7. Orçamento ....................................................................................................... 22

6. Responsabilidade institucional e social ....................................................... 23

6.1. Membro da comunidade da cidade de Frankfurt ....................................... 23 6.2. Reduzir a pegada de carbono ....................................................................... 23

6.2.1. Missões ....................................................................................................... 23 6.2.2. Materiais, artigos de papelaria e documentação institucional .......... 24

6.3. Educar os nossos jovens ............................................................................... 24

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1. Introdução

O presente programa de trabalho descreve os objetivos e as prestações da EIOPA no seu segundo ano de atividade. Embora a EIOPA já esteja a funcionar como uma agência europeia de pleno direito, muitos dos seus processos e procedimentos têm de ser aperfeiçoados ou adaptados em função do crescimento da organização e das suas novas responsabilidades. Parte dos investimentos e do aumento do pessoal previstos para 2012 destinam-se a reforçar a organização, tendo em vista habilitá-la a cumprir a sua missão enquanto agência europeia.

2012 assinala ainda o último ano de preparação antes de o regime Solvência II entrar em vigor, pelo que será mais um ano de transição. Mais de dez anos de preparação, com discussões, compromissos e novas ideias, não apenas na Europa, mas em todo o mundo, deram origem a um regime de supervisão europeu que constitui um importante passo no sentido da segurança e da estabilidade do setor dos seguros e dos tomadores de seguros europeus. No final de 2012, a EIOPA estará em condições de recolher os novos dados das autoridades nacionais de supervisão baseados nos requisitos de informação do Solvência II, desenvolver mais a sua capacidade de análise e coordenar mais estreitamente o trabalho das autoridades nacionais de supervisão na preparação da supervisão quotidiana nos termos do novo regulamento.

O papel cada vez mais importante de uma abordagem europeia comum tem igualmente orientado progressivamente o trabalho da EIOPA para outros domínios políticos. A proteção dos consumidores, em estreita cooperação com as demais autoridades de supervisão europeias, a EBA e a ESMA, continua a requerer uma abordagem mais harmonizada, tanto entre países como entre setores. Os desafios cada vez mais sérios com que o setor das pensões se vê confrontado em toda a Europa e a sua crescente importância para a economia e para a estabilidade financeira e social exigem medidas proativas, inovadoras e firmes por parte das autoridades de supervisão. O papel do EIOPA irá adquirir maior relevo na definição de uma abordagem harmonizada – mas não necessariamente idêntica – em toda a Europa.

Para além de definir normas técnicas e orientações nos domínios da sua competência, o papel de supervisão da EIOPA irá tornar-se mais abrangente, conjuntamente com o dos seus parceiros no Sistema Europeu de Supervisão Financeira, as autoridades nacionais de supervisão, a EBA, a ESMA e o ESRB. Serão desenvolvidas soluções a mais longo prazo para assegurar a comunicação efetiva e eficaz entre todos os parceiros. Igualmente numa base bilateral, serão iniciados trabalhos preparatórios tendo em vista o intercâmbio de dados no âmbito do regime Solvência II entre a EIOPA e o ESRB, já a partir de 2013.

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Todas estas atividades implicam o crescimento da organização, tanto em termos de orçamento como de recursos. Os efetivos passarão de 46 para 69, tendo em vista a consecução dos objetivos e dos resultados previstos no presente programa de trabalho. Será ainda necessário definir prioridades no âmbito do mandato enunciado no Regulamento, porquanto a EIOPA só atingirá a dimensão prevista em 2020. Em 2012, o seu orçamento aumentará de 10,6 para 15,6 milhões de euros, financiados em 40% pela Comissão e em 60% pelos seus membros.

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2. Política

2.1. Solvência II

A data de aplicação da Diretiva-quadro Solvência II aproxima-se a passos largos: os Estados-Membros preparam-se para aplicar o novo enquadramento nas respetivas legislações nacionais em 2013, enquanto as empresas procuram prever as mudanças que o novo regime acarretará para as suas atividades. A EIOPA continua empenhada em desenvolver o novo regime, ao mesmo tempo que prepara as ferramentas e os procedimentos necessários para facilitar a transição das empresas e das autoridades de supervisão.

Em 2012, a EIOPA emitirá normas técnicas de regulamentação e execução, bem como orientações, nas várias áreas de trabalho a seguir referidas, de acordo com necessidades específicas de complemento dos princípios e da regulamentação emitidos pela Comissão Europeia. O âmbito e o calendário concretos destas atividades estão pendentes da decisão final sobre a segunda diretiva de alteração das diretivas em causa (Omnibus II – OMDII), bem como da aprovação dos atos delegados finais de aplicação da Diretiva Solvência II.

Nos meses de maio e junho de 2012, serão realizadas importantes consultas públicas sobre as normas e orientações da EIOPA respeitantes ao regime Solvência II. Até lá, a EIOPA continuará a envolver o seu Grupo das Partes Interessadas do Setor dos Seguros e Resseguros nas consultas prévias sobre os projetos de normas e orientações. A versão final das normas e orientações está prevista para setembro de 2012 e deve assinalar a conclusão das grandes iniciativas regulamentares da EIOPA para estabelecer normas e práticas comuns de regulamentação e supervisão de alta qualidade para o arranque do regime Solvência II, em conformidade com o previsto no artigo 8.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento EIOPA.

Nas últimas fases de negociação do regime Solvência II, a EIOPA pretende assegurar uma transição tempestiva da elaboração de regulamentação para passar a garantir uma aplicação convergente da Diretiva Solvência II, cumprindo, dessa forma, a sua missão de contribuir para uma aplicação coerente dos atos juridicamente vinculativos da União, nomeadamente contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura comum de supervisão, garantindo uma aplicação coerente, eficiente e eficaz do ato em causa, em conformidade com o disposto no artigo 8.º, n.º 1, alínea b), do Regulamento EIOPA. Para além do bem-sucedido programa de formação de supervisores sobre a aplicação do novo regime, a EIOPA irá prestar apoio à aplicação do regime Solvência II através de um procedimento de perguntas e respostas consagrado ao regime.

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A EIOPA irá igualmente estabelecer os procedimentos necessários para a realização de tarefas específicas relacionadas com o regime Solvência II, como a publicação da taxa de desconto a utilizar pelas empresas de seguros e a avaliação contínua da coerência entre as normas de avaliação do regime Solvência II e as normas contabilísticas internacionais. Para este acompanhamento permanente da aplicação do enquadramento Solvência II, a EIOPA irá identificar as necessidades concretas em matéria de dados e assegurar a coordenação com outras tarefas e áreas de trabalho da Autoridade.

Para 2012, é ainda possível identificar as seguintes prioridades adicionais, que irão dar origem a normas ou orientações:

2.1.1. Avaliação de ativos e passivos, incluindo provisões técnicas

o Determinação da curva das taxas de juro sem risco utilizadas para o desconto de provisões técnicas e o recurso a medidas transitórias;

o Definição de orientações para o cálculo da melhor estimativa e da margem de risco;

o Avaliação da coerência entre a avaliação das IFRS e as abordagens de avaliação do regime Solvência II.

2.1.2. Requisitos de capital de solvência e fundos próprios o Melhor especificação dos requisitos de capital em domínios concretos, como, por exemplo, risco de catástrofe ou

riscos para a saúde;

o Avaliação da evolução na utilização e emissão de fundos próprios (processos de aprovação pelas autoridades de supervisão, inovação financeira).

2.1.3. Modelos internos

o A fim de fomentar a convergência e a coerência nos procedimentos de aplicação, a EIOPA irá promover o intercâmbio de experiências entre as autoridades de supervisão na avaliação da utilização do modelo interno. Esse intercâmbio processar-se-á no âmbito de reuniões ad hoc e de atividades de formação.

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2.1.4. Comunicação e divulgação de informações

o Apoiar a aplicação pelas autoridades nacionais de supervisão das normas técnicas vinculativas em matéria de requisitos de informação;

o Desenvolver os requisitos de recolha de dados na EIOPA tendo em vista a sua utilização no âmbito do ESRB e no contexto da estabilidade financeira.

2.1.5. Governação

o Conclusão das orientações relativas à avaliação interna do risco e da solvência.

2.1.6. Processo de supervisão

o Conclusão das orientações relativas ao enquadramento da avaliação de riscos e ao processo de supervisão, incluindo apreciação, poderes e atividades de supervisão.

2.1.7. Questões relativas a grupos o Assegurar a aplicação dos requisitos da Diretiva Solvência II à solvência e à supervisão de grupos no âmbito dos

colégios de autoridades de supervisão;

o Conclusão das orientações relativas a transações intragrupo e concentrações de riscos; o Clarificação acerca da forma como a Diretiva Solvência II será aplicável a seguradoras de países terceiros que

operam na União através de sucursais.

2.2. Questões relativas aos grupos nos termos da Diretiva em vigor relativa aos grupos de seguradoras A fim de minimizar o ónus de supervisão imposto aos grupos de seguradoras e tendo em vista reforçar a preparação para períodos de crise, em 2012, a EIOPA continuará a trabalhar em prol da convergência das práticas de supervisão e da cooperação entre as autoridades de supervisão.

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2.3. Equivalência

A EIOPA continuará a assistir a Comissão Europeia na preparação de decisões de equivalência relativas aos regimes de supervisão de países terceiros, mediante a emissão de pareceres devidamente informados (nos termos do artigo 33.º).

Além disso, em 2012, a EIOPA encontra-se disponível para:

o Prestar o seu contributo no âmbito de quaisquer outras consultas ou pedidos de informações técnicas relacionados com equivalências que a Comissão julgue pertinentes, incluindo transitórios;

o Elaborar análises sobre os efeitos de futuras decisões de equivalência e/ou medidas equiparadas da Comissão;

o Iniciar trabalhos regulamentares com vista à emissão de orientações de nível 3 destinadas a uma ou várias autoridades de supervisão sobre a metodologia a seguir em avaliações de equivalência que empreendam em conformidade com o artigo 227.º, n.º 2, e 260.º, n.º 1, da Diretiva Solvência II (após a publicação das medidas de execução da Diretiva Solvência II para o nível 2).

o Iniciar a revisão dos relatórios sobre as avaliações de equivalência dos sistemas de supervisão da Suíça, das Bermudas e do Japão, após a publicação das alterações à Diretiva-quadro Solvência II.

É provável que o trabalho da EIOPA no âmbito da preparação das futuras avaliações de equivalência confira um novo impulso ao diálogo regulamentar e conduza à discussão de aspetos específicos de normas globais.

2.4. Pensões complementares de reforma Em abril de 2011, a Comissão Europeia endereçou à EIOPA um pedido de parecer técnico de nível 1 sobre a forma como a Diretiva relativa às atividades e à supervisão das instituições de realização de planos de pensões profissionais (Diretiva IRPPP) deve ser melhorada para permitir a realização de três objetivos:

o Criar um enquadramento de supervisão transparente e orientado para os riscos para as pensões complementares de reforma na Europa, que assegure um grau de harmonização superior ao atual;

o Simplificar os requisitos jurídicos, regulamentares e administrativos para a criação de regimes transfronteiriços de pensões complementares de reforma.

o Modernizar e reforçar a regulação prudencial das instituições de realização de planos de pensões profissionais (IRPPP) que possuem regimes de contribuições definidas.

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A EIOPA emitirá o seu parecer definitivo e devidamente informado em dezembro de 2011. Prevê-se que em 2012 a EIOPA seja chamada a emitir clarificações, quer a pedido da Comissão, quer por sua iniciativa.

A abordagem recomendada pela EIOPA para um futuro enquadramento de supervisão e regulamentação harmonizado e baseado nos riscos para as instituições de realização de planos de pensões profissionais (IRPPP) assenta no conceito de balanço económico, que permitirá registar e avaliar, de forma coerente, as obrigações e os recursos (incluindo os ativos e os mecanismos de segurança) de uma IRPPP.

Nos seis meses seguintes à emissão do seu parecer, a EIOPA irá desenvolver, em cooperação com o setor, metodologias para quantificar os diferentes mecanismos de segurança constantes do balanço económico. Este trabalho tem de ser efetuado antes de poder ser levado a cabo qualquer estudo de impacto quantitativo (QIS).

Em seguida, a EIOPA irá desenvolver especificações e realizar um exercício de estudo de impacto quantitativo em apoio da proposta de revisão da Diretiva IRPPP apresentada pela Comissão.

A EIOPA assegurará ainda a aplicação coerente dos diferentes requisitos da Diretiva IRPPP, tal como alterada pela primeira Diretiva que altera diversas diretivas (Diretiva 2010/78/UE), o que implicará uma série de iniciativas. A Autoridade começará a preparar um projeto de normas técnicas de execução, nos termos do artigo 20.º, n.º 11, da Diretiva IRPPP, que tem de ser apresentado à Comissão Europeia até 1 de janeiro de 2014. A EIOPA irá ainda criar e manter uma série de registos sobre pensões complementares de reforma, nomeadamente um registo público das IRPPP, tal como notificadas pelas autoridades competentes dos Estados-Membros, e um registo das IRPPP proibidas, igualmente em conformidade com as notificações das autoridades competentes dos Estados-Membros.

2.5. Contabilidade A EIOPA continuará a acompanhar a evolução da situação contabilística na Europa, nomeadamente mediante o acompanhamento dos trabalhos do Grupo Consultivo para a Informação Financeira na Europa (EFRAG) e o contributo para os mesmos, no contexto da aplicação da Norma Internacional de Relato Financeiro (IFRS) na União Europeia. A Autoridade irá ainda continuar a acompanhar de perto a agenda do Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) e prestar o seu contributo em domínios que se prendam com os seguros e/ou as pensões complementares de reforma.

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2.6. Relações internacionais Associada às competências das autoridades nacionais de supervisão (ESA) para elaborar normas de regulamentação a que a Comissão Europeia pode conferir caráter juridicamente vinculativo, a representação da EIOPA em organizações internacionais pertinentes (em conformidade com o artigo 33.º) adquiriu maior relevância, em cumprimento da sua missão de estabelecer normas nos domínios dos seguros e das pensões. Neste contexto, a posição da EIOPA é definida com o apoio dos seus membros e apresentada nos comités pertinentes da Associação Internacional das Autoridades de Supervisão dos Seguros (IAIS) e de IRPPP. A EIOPA procurará adquirir maior relevância no Conselho Executivo da IAIS e promover o projeto ComFrame (enquadramento comum). Paralelamente, a EIOPA continuará a desenvolver as suas relações internacionais através de diálogos regulamentares e de um contacto estreito com países terceiros, incluindo os Estados Unidos, a China, o Japão e a América Latina. Informação e estabilidade financeira Em conformidade com os artigos 22.º e 23.º do Regulamento EIOPA, as tarefas tendentes a salvaguardar a estabilidade financeira visam identificar, logo numa fase precoce, as tendências e os potenciais riscos e vulnerabilidades resultantes da situação microprudencial, e, quando necessário, informar as instituições pertinentes.

Em conformidade com o artigo 32.º do Regulamento EIOPA, a Autoridade irá acompanhar a evolução estrutural dos setores, bem como os eventuais riscos relacionados com produtos específicos. Será ainda aprofundado o painel de riscos estabelecido em cooperação com o ESRB e as ESA. Ainda em 2012 será realizado, em cooperação com o ESRB, o Banco Central Europeu (BCE) e a Autoridade Bancária Europeia (EBA), um teste de esforço harmonizado e à escala europeia no setor dos seguros. Tal como nos anos anteriores, a EIOPA apresentará, no outono de 2012, uma avaliação anual da evolução do setor, salientando as suas implicações para a estabilidade financeira, estando o correspondente relatório provisório, que destaca as principais tendências observadas no mercado desde o final de 2011, disponível na primavera de 2012. A EIOPA informará regularmente o Comité Económico e Financeiro Europeu (EFC) – Fórum de Estabilidade Financeira – e o ESRB acerca das condições financeiras e da estabilidade financeira dos setores dos (res)seguros e das pensões complementares de reforma na União Europeia.

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A EIOPA continuará a desenvolver a sua base de dados atuais e históricos para os fundos de pensões complementares de reforma e para as empresas de seguros e resseguros da União Europeia, reunidos no contexto dos relatórios de estabilidade financeira da EIOPA.

No seguimento de acordos mútuos com o BCE e o ESRB, e em conformidade com o artigo 36.º do Regulamento EIOPA, está previsto o intercâmbio de dados.

Atenta a iminente introdução do regime Solvência II, a EIOPA terá em conta os dados que é necessário recolher para efeitos da aplicação das normas únicas de comunicação de informação, que deverão entrar em vigor em 2012. Serão igualmente incluídos todos os dados necessários para efeitos da estabilidade financeira possíveis, nomeadamente os do ESRB, em conformidade com o artigo 35.º do Regulamento EIOPA. O aumento da quantidade de dados à disposição da EIOPA reforça a necessidade de pessoal qualificado para recolher, tratar e validar dados quantitativos, bem como de analistas capazes de fornecer aos membros, ao ESRB e ao painel de riscos as necessárias interpretação e análise desses dados.

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3. Proteção dos consumidores e inovação financeira

As tarefas neste domínio incluem, nomeadamente, a análise das tendências do consumo, a revisão das iniciativas em matéria de literacia financeira, o desenvolvimento de normas de formação para o setor, a contribuição para o desenvolvimento de normas comuns de divulgação e o controlo das atividades financeiras novas e existentes.

3.1. Proteção dos consumidores Nos termos do seu mandato, a EIOPA continuará a desenvolver e a desempenhar o seu papel de liderança na promoção da transparência, da simplicidade e da equidade no mercado, no que se refere aos produtos e serviços financeiros destinados aos consumidores em todo o mercado interno (artigo 9.º do Regulamento EIOPA). Nesse sentido, serão elaboradas informações mais normalizadas e comparáveis sobre os riscos e os custos dos produtos, os requisitos regulamentares aplicáveis e os procedimentos de tratamento de reclamações. Neste contexto, a EIOPA considera fundamental que os consumidores se sintam confiantes e habilitados a fazer as escolhas acertadas quando adquirem produtos de seguros e pensões. Tendo em conta igualmente o trabalho do Comité de Proteção do Consumidor e Inovação Financeira (CCPFI), a Unidade de Regulamentação que, no seio da Autoridade, trabalha na área da proteção dos consumidores e da inovação financeira terá de ser consideravelmente aumentada em 2012, a fim de se consagrar de forma ainda mais proativa a questões relacionadas com:

o O reforço da recolha, análise e comunicação das tendências dos consumidores, prestando particular atenção a evoluções significativas relacionadas com produtos ou com a utilização de novas tecnologias da informação, que, necessariamente, complementam o trabalho desenvolvido no âmbito da inovação financeira em matéria de controlo e avaliação de atividades financeiras novas ou inovadoras. Serão iniciados trabalhos com vista à definição de uma metodologia atualizada para responder aos requisitos dos dados necessários. Será igualmente necessário definir uma metodologia para identificar os riscos relacionados com produtos de retalho;

o A revisão e a coordenação de iniciativas de literacia financeira e de educação, em estreita cooperação com a Comissão Europeia e a OCDE, sempre que possível no âmbito do Comité Conjunto;

o A emissão de orientações e recomendações com vista a promover a segurança e solidez dos mercados e a convergência das práticas regulamentares. Neste âmbito, deverá ficar concluído no segundo trimestre de 2012 um projeto de orientações sobre a forma como as empresas de seguros devem tratar as reclamações. Poderão ainda prosseguir os trabalhos sobre o tratamento de reclamações por parte dos mediadores de seguros e das

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IRPPP. Poderá igualmente ser considerada, no âmbito do Comité Conjunto, uma abordagem intersetorial comum do tratamento de reclamações; e

o O desenvolvimento de normas de formação para o setor, em caso de alterações significativas das disposições da diretiva relativa à mediação de seguros (DMS), cuja revisão está agendada para 2012.

3.2. Inovação financeira

Serão igualmente necessários recursos adicionais para os trabalhos no domínio da inovação financeira empreendidos sob os auspícios do Comité de Proteção do Consumidor e Inovação Financeira (CCPFI). O CCPFI continuará a controlar e a avaliar as atividades financeiras novas ou inovadoras, a elaborar relatórios de boas práticas e, sempre que o considere adequado, a apresentar propostas tendentes à adoção de orientações e recomendações com vista a promover a segurança e solidez dos mercados e a convergência das práticas regulamentares. Estes trabalhos serão necessariamente complementares às iniciativas supramencionadas no âmbito da proteção dos consumidores, porquanto promovem a transparência e a segurança dos novos produtos financeiros em favor dos tomadores de seguros e dos beneficiários de regimes de pensões. A título de ilustração, sublinhe-se que uma nova e importante tarefa consistirá em avaliar o impacto do enquadramento Solvência II na evolução dos produtos. No âmbito do Comité Conjunto, deverão avançar os trabalhos com vista ao desenvolvimento de normas de divulgação e práticas de venda comuns, incluindo o eventual aconselhamento da Comissão no contexto da supramencionada revisão da Diretiva relativa à mediação de seguros, e à regulamentação da divulgação de informações e da venda dos pacotes de produtos de investimento de retalho.

3.3 Regimes de garantia de seguros Outro domínio em que a EIOPA continuará a prestar o seu contributo para o trabalho da Comissão prende-se com os regimes de garantia de seguros, em conformidade com o mandato da Autoridade de «contribuir para a avaliação da necessidade de criação de uma rede europeia de regimes nacionais de garantia de seguros, com financiamento adequado e suficiente grau de harmonização» e de poder «informar sobre a evolução mais recente e os progressos em matéria de: (…) g) Uma solução harmonizada e adequadamente financiada a nível da União para os regimes de garantia dos seguros.» (artigo 26.º e 27.º, alínea g), respetivamente, do Regulamento EIOPA). A este respeito, está em curso uma avaliação dos processos de liquidação das empresas de seguros, prevendo-se que o ato legislativo sobre regimes de garantia de seguros que a Comissão Europeia irá apresentar em 2012 possa dar origem a novos trabalhos.

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3.4 Cooperação intersetorial e envolvimento externo Sempre que pertinente, os trabalhos da Autoridade no domínio da proteção dos consumidores e da inovação financeira serão empreendidos conjuntamente com duas outras ESA, sob os auspícios do Subcomité «Proteção dos Consumidores» do Comité Conjunto das ESA, no intuito de assegurar coerência intersetorial. Os trabalhos serão ainda realizados em estreita cooperação com as partes interessadas da EIOPA, em especial com as associações de consumidores. Em consequência, em 2012 a Autoridade voltará a organizar um Dia do Consumidor (Consumer Day), cuja primeira edição teve lugar em dezembro de 2011. No entanto, independentemente desse dia, a EIOPA estará aberta a trocas de impressões com todas as partes interessadas, incluindo o setor da indústria e os mediadores.

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4. Panorâmica

4.1. Gestão da crise internacional

Em conformidade com o faseamento previsto nas Orientações Estratégicas sobre Gestão de Crises, a EIOPA continuará a desenvolver o quadro de gestão de crises, em conformidade com os artigos 18.º, 25.º e 27.º do Regulamento EIOPA. Partindo do quadro desenvolvido em 2011 pelo grupo de trabalho sobre gestão de crises, em 2012, a Autoridade vai aprofundar a vertente de antecipação do quadro. Está ainda previsto o desenvolvimento de ferramentas analíticas a utilizar no processo de tomada de decisão, bem como a conclusão do processo de acompanhamento e de avaliação entre pares (artigo 30.º do Regulamento EIOPA). Mais para o final de 2012, será realizado um exercício de simulação para testar o funcionamento do novo quadro. A EIOPA contribuirá igualmente para os trabalhos de elaboração de propostas relativas à gestão de crises no setor dos seguros da Comissão Europeia, a par dos trabalhos da IAIS sobre instrumentos de resolução de crises para empresas de seguros sistemicamente importantes. O trabalho conjunto neste domínio será realizado em estreita cooperação entre a EBA, a ESMA (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados) e a EIOPA, no âmbito do Comité Conjunto. A Autoridade cooperará ainda estreitamente com o ESRB, o Conselho Europeu e a Comissão Europeia.

4.2. Comité Conjunto

Em 2012, o Comité Conjunto continuará a desenvolver o seu trabalho nos três subcomités, sobre conglomerados financeiros, sobre a evolução, os riscos e as vulnerabilidades intersetoriais, sobre a luta contra o branqueamento de capitais e sobre a proteção dos consumidores e a inovação financeira. Será ainda aprofundado o intercâmbio de informações com o Comité Europeu do Risco Sistémico (ESRB). A Autoridade pretende duplicar o número das pessoas que organizam e apoiam os trabalhos do Comité Conjunto, que passarão de duas para quatro.

4.3. Colégios de autoridades de supervisão Com base na experiência adquirida em 2011, o pessoal da EIOPA irá participar intensamente nas atividades dos Colégios de autoridades de supervisão (Colégios), concentrando-se em fomentar a confiança nos Colégios e no seu funcionamento. Em cada um dos Colégios, foram atribuídas à EIOPA responsabilidades e tarefas específicas, atenta a missão que lhe é confiada pelo Regulamento EIOPA (artigos 8.º, n.º 1, e 21.º, n.ºs 1 e 2) de promover e assegurar o funcionamento eficiente, eficaz e coerente dos Colégios e de promover a coerência da aplicação da legislação da União pelos diferentes colégios. O resultado do funcionamento dos Colégios em 2011 irá constituir a

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base do Plano de Ação da EIOPA para os Colégios 2012, que tem objetivos mensuráveis e realistas, embora também ambiciosos. Na sua qualidade de membros dos Colégios, os funcionários da Autoridade continuarão a aconselhar os supervisores de grupo e os Colégios sobre as possibilidades de melhorar o funcionamento dos respetivos Colégios. Serão recolhidas soluções práticas e exemplos de práticas de supervisão e, em cooperação com os grupos de trabalho pertinentes, serão desenvolvidas boas práticas, que serão colocadas à disposição dos Colégios. Quando participar nos Colégios, em 2012, a EIOPA irá promover especificamente intercâmbios de informações frequentes e debates sobre riscos. Comparando a avaliação de riscos elaborada pelo ESRB e pela EIOPA com as avaliações de riscos elaboradas pelos Colégios, a Autoridade pode realizar uma avaliação de riscos atualizada por grupos. Para promover um intercâmbio de informações seguro e consistente no seio dos Colégios, a Autoridade irá conferir prioridade aos trabalhos relativos à implementação de uma solução de TI comum para o intercâmbio seguro de informações no seio dos Colégios, mesmo em período de crise, no intuito de o instrumento ficar pronto ainda em 2012. A participação da EIOPA nos Colégios contribuirá ainda para os trabalhos no âmbito do regime Solvência II relacionados com os Colégios de autoridades de supervisão, na medida em que clarifica, reforça e racionaliza o papel destes últimos nas orientações e recomendações sobre o funcionamento dos Colégios, bem como para as normas técnicas ou orientações e recomendações sobre, por exemplo, o intercâmbio de informações no seio dos Colégios e o processo de aprovação do modelo interno. O número de efetivos afeto aos trabalhos dos Colégios e à gestão da crise aumentará, em 2012, de seis para dez.

4.4. Cultura de supervisão

O Regulamento EIOPA sublinha a importância de uma cultura de supervisão comum na União Europeia, através de formação técnica e de intercâmbio de pessoal, de modo a permitir a construção de competências e abordagens de supervisão comuns.

O tópicos abrangidos pela formação estão em consonância com o trabalho desenvolvido pela Autoridade, constituindo o regime Solvência II uma prioridade, seguido da estabilidade financeira, das pensões complementares de reforma, da proteção dos consumidores e da convergência das práticas de supervisão. Após a implementação do regime Solvência II, no final de 2012, seguir-se-á uma mudança de orientação, da regulamentação para a supervisão. O objetivo da formação futura consiste em orientar as autoridades de

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supervisão e em prepará-las melhor para o exercício da supervisão no âmbito do regime Solvência II, mediante a adoção de uma abordagem prática como metodologia preferencial de formação.

4.5. Práticas de supervisão

Está agendada a prossecução e a expansão dos trabalhos de avaliação entre pares.

Em 2011, o painel de avaliação iniciou os trabalhos preparatórios para o lançamento, em 2012, de três avaliações entre pares sobre os seguintes tópicos: supervisão de sucursais de empresas de seguros do EEE, aspetos de supervisão da pré-aplicação de modelos internos e poderes de supervisão para obter informações e intervir em relação às IRPPP. Os projetos de avaliação entre pares são desenvolvidos tendo em vista a troca de impressões sobre aspetos práticos e sobre os desafios enfrentados pelas autoridades de supervisão, bem como, em última análise, o destaque de boas práticas, no intuito de fomentar a convergência da supervisão.

Os atuais projetos de avaliação entre pares alicerçar-se-ão na experiência adquirida com o primeiro exercício de avaliação entre pares, levado a cabo em 2010. Esta experiência foi igualmente tida em conta em 2011, na atualização da metodologia de avaliação entre pares que precedeu o lançamento dos novos projetos de avaliação entre pares, no início de 2012.

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5. Organização da EIOPA

5.1. Relações com os membros

A EIOPA assegura a coordenação entre os seus membros, sendo, ao mesmo tempo, uma organização conduzida pelos seus membros. A manutenção de relações abertas e transparentes com os seus membros constitui uma prioridade para a EIOPA. A fim de reforçar a comunicação com os membros, serão realizados novos investimentos destinados a melhorar a funcionalidade do sítio Web, nomeadamente no que respeita à segurança do intercâmbio de informações confidenciais. Além disso, segundo a política de recursos humanos, 10% do pessoal devem ser tendencialmente peritos nacionais destacados dos membros. O Conselho de Supervisores implementou os requisitos jurídicos do Regulamento EIOPA no que respeita a violações da legislação da União, resolução de diferendos, delegação de competências e responsabilidades (artigos 17.º, 19.º, 20.º e 28.º do Regulamento EIOPA) através de decisões e orientações estratégicas. Em 2012, a Autoridade continuará a envidar esforços para executar estas tarefas de forma transparente e coerente.

5.2. Relações com as partes interessadas

5.2.1. Grupos de interessados da EIOPA (artigo 37.º do Regulamento EIOPA)

o A Autoridade prestará apoio ao Grupo de Interessados do Setor dos Seguros e Resseguros e Grupo de Interessados do Setor das Pensões Complementares de Reforma organizando as suas reuniões e suportando os custos inerentes à participação de determinadas categorias de partes interessadas, nomeadamente dos representantes dos meios académicos e dos consumidores. A EIOPA assegurará que os dois grupos executem com êxito as tarefas que lhes são cometidas, em conformidade com o Regulamento.

5.2.2. Instituições da União Europeia o A Autoridade assegurará a responsabilidade e a transparência das suas ações sempre que prestar informações

às instituições políticas da União Europeia (Parlamento Europeu e Conselho), em conformidade com o artigo 50.º do Regulamento.

o Além disso, na qualidade de agência da UE, espera um rigoroso controlo por parte dos órgãos políticos e de controlo da União (Tribunal de Contas da UE, Organismo Europeu de Luta Antifraude, Autoridade Europeia para a Proteção de Dados, etc.). A EIOPA está disposta a melhorar continuamente a sua organização interna para assegurar a execução tempestiva, eficaz e económica das suas tarefas.

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5.2.3. Cooperação geral com outras partes interessadas

o Num contexto mais vasto, no âmbito do seu compromisso com a transparência e a responsabilidade institucional, e honrando a sua longa tradição de diálogo com todas as partes interessadas pertinentes nos seus diferentes domínios de atividade, a Autoridade estabelecerá um diálogo formal (através de consultas) e um diálogo direto com as partes interessadas pertinentes.

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5.3. Pessoal

A EIOPA confere grande importância à dedicação do seu pessoal à cooperação europeia e ao facto de este representar a diversidade de culturas da Europa. Além disso, a Autoridade procura uma distribuição equilibrada em termos de idade e de género do seu pessoal. Para aumentar o pessoal (50% em 2012) sem perturbar a sua atual equipa de trabalho, são necessários processos de recrutamento bem organizados, compatíveis com a contínua admissão de pessoal.

Em cooperação com a EBA e a ESMA, foi introduzido em 2011 um sistema integrado de informação para a gestão dos recursos humanos – e-RH – (Allegro). O desenvolvimento das funcionalidades desta ferramenta informática continuará a exigir esforços de implementação, comunicação e manutenção. Além disso, para que a EIOPA continue a ser um empregador atrativo e atenta a falta de locais de acolhimento de crianças de tenra idade na zona de Frankfurt, no início de 2012 será aberto um jardim-de-infância, em cooperação com a Câmara Municipal de Frankfurt. A EIOPA disporá de vagas reservadas, mas será igualmente reservado um pequeno número de vagas para famílias locais, reforçando, assim, os laços da EIOPA com a comunidade local de Frankfurt. Além disso, a intensa cooperação com a EBA e a ESMA será prosseguida e a ligação com a Comissão Europeia e a rede de agências da União será reforçada. Serão disponibilizados recursos adicionais para orientar o processo de crescimento e para responder às sérias exigências que decorrem da condição de agência da União.

5.4. Política de recursos humanos

A política de pessoal da Comissão baseia-se no Estatuto dos Funcionários e no Regime aplicável aos outros agentes da Comissão Europeia. Ao aplicar este Estatuto e este regime, a EIOPA procura manter um ambiente de trabalho que inspire o seu pessoal a ser flexível, facilmente adaptável e dedicado, e a aprofundar e consolidar continuamente os seus conhecimentos e competências. As bases jurídicas subjacentes aos recursos humanos traduzir-se-ão nas políticas e nas orientações pertinentes, bem como num manual de apoio ao pessoal.

5.5. Controlo Interno

As normas de controlo interno implementadas em 2011 serão revistas e melhoradas de acordo com eventuais sugestões do Tribunal e Contas e tendo em vista a sua adaptação às necessidades de uma Autoridade em

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crescimento. A EIOPA reconhece a necessidade de um funcionamento transparente e responsável, na medida em que faz parte da comunidade mais vasta das agências da União. Um Comité de Controlo da Qualidade, composto por membros do Conselho de Administração e presidido pelo Vice-Presidente da EIOPA, assegurará a supervisão e a avaliação da aplicação dos procedimentos e decisões internos. Além disso, atento o seu papel de autoridade de supervisão para o setor financeiro, a EIOPA pretende dar o exemplo e observar normas de controlo interno rigorosas. 5.6. Planificação de emergência

A fim de assegurar o seu funcionamento na eventualidade de a sede da EIOPA deixar de estar disponível, foram definidos locais e regras alternativos para reuniões cruciais de alto nível. Em 2011, foram igualmente implementados sistemas de salvaguarda destinados a assegurar a continuidade dos sistemas de TI que obedecem aos mais elevados padrões de segurança, tendo em conta o caráter confidencial do trabalho da Autoridade.

5.7. Orçamento

As atividades enunciadas no programa de trabalho distribuem-se por todas as rubricas orçamentais. A orçamentação baseada em atividades (Activity Based Budgeting) constitui uma tendência comum das agências da União e uma exigência da Comissão Europeia. A EIOPA irá acompanhar atentamente a evolução neste domínio, porquanto a orçamentação baseada em atividades permite estabelecer uma relação mais clara entre a execução orçamental e as tarefas e atividades descritas no presente programa de trabalho.

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6. Responsabilidade institucional e social

O EIOPA quer ser um membro ativo da comunidade em que se integra e assumir a responsabilidade pelo seu ambiente, indo além do mandato estrito que lhe é conferido pelo Regulamento.

6.1. Membro da comunidade da cidade de Frankfurt

A Autoridade continuará a cultivar as suas relações cordiais com o Presidente da Câmara de Frankfurt, a Câmara de Comércio, o Comissário do Land de Hessen para as empresas de seguros e o Desenvolvimento Económico de Frankfurt.

6.2. Reduzir a pegada de carbono

A Autoridade vai investir em equipamento de teleconferência e videoconferência no intuito de reduzir o número de reuniões que requerem deslocações. A EIOPA implantou uma política ativa destinada a reduzir a quantidade de papel utilizada nos seus serviços e a promover a utilização de papel reciclado.

6.2.1. Missões

o De acordo com o «Guia de Missões dos funcionários e outros agentes da EIOPA» (Guide to missions for officials and other servants of EIOPA) deve ser conferida prioridade aos transportes públicos ou partilhados, tendo em conta o seu reduzido impacto ambiental, especialmente nas deslocações de e para aeroportos e gares.

o A EIOPA pretende reduzir as emissões de CO2, pelo que encoraja a utilização dos transportes públicos, sempre que possível, tendo em conta, nomeadamente, o seu impacto ambiental, e encoraja vivamente o recurso à vídeo/teleconferência.

o O equipamento de teleconferência e videoconferência será plenamente utilizado, no intuito de reduzir o número de reuniões que requerem deslocações.

o A Autoridade incentiva o pessoal que se desloca por distâncias relativamente curtas (até 500 quilómetros de Frankfurt) e para destinos que dispõem de boas ligações ferroviárias a Frankfurt a preferir o comboio ao avião.

o A EIOPA procura melhorar o transporte diário do seu pessoal para a sede da EIOPA no que respeita à pegada de carbono (por exemplo, oferecendo bilhetes para transportes a preços reduzidos (job tickets)/transportes públicos subsidiados, disponibilizando bicicletas, incentivando o pessoal a deslocar-se para o trabalho a pé ou de bicicleta, etc.).

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6.2.2. Materiais, artigos de papelaria e documentação institucional

o A EIOPA está a explorar a possibilidade de utilizar, sempre que possível, materiais compatíveis com o ambiente (por exemplo, papel reciclado, sacos de lixo reciclados, etc.).

o A EIOPA implantou uma política ativa destinada a reduzir a quantidade de papel utilizada nos seus serviços e a promover a utilização de papel reciclado.

Futuramente, o Relatório Anual da EIOPA apenas será disponibilizado em formato PDF para descarga a partir do seu sítio Web, o que reduz o impacto da impressão.

6.3. Educar os nossos jovens

Serão abertas vagas para estágios e doutoramento destinados a estudantes no domínio da regulamentação dos seguros e das pensões. Será prosseguida a estreita cooperação com o Centro Internacional para a Regulamentação dos Seguros (International Center for Insurance Regulation), sedeado em Frankfurt, e com outros centros de estudos sobre seguros e pensões.