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ESTRATÉGIAS DE LEITURA: texto e ensino Maria Aparecida Lino Pauliukonis Leonor Werneck dos Santos (Orgs.) Rio de Janeiro

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA:texto e ensino

Maria Aparecida Lino PauliukonisLeonor Werneck dos Santos

(Orgs.)

Rio de Janeiro

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Copyright © 2006 byMaria Aparecida Lino Pauliukonis e Leonor Werneck dos Santos (Orgs.)

Todos os direitos reservados e protegidos.Proibida a duplicação ou reprodução desta obra ou partes da mesma,sob quaisquer meios, sem autorização expressa dos editores.

Produção gráficaEditora Lucerna

DiagramaçãoLetra & imagem

CapaRossana Henriques

Editora Lucerna® é marca registrada da

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CIP-Brasil. Catalogação na fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

E84Estratégias de leitura : texto e ensino / Maria Aparecida Lino Pauliukonis, Leonor

Werneck dos Santos (Orgs.). - Rio de Janeiro : Lucerna, 2006

192p.; 23cm

Inclui bibliografia

ISBN 85-86930-57-1

1. Linguagem e línguas – Estudos e ensino. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 3.Leitura – Estudo e ensino. 4. Análise do discurso. I. Pauliukonis, Maria Aparecida Lino. II.Santos, Leonor Werneck dos.

CDD 407

06-2308 CDU 81

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SUMÁRIO

Apresentação ......................................................................................................... 7

O texto: suas formas e seus usos ..................................................................... 13JOSÉ CARLOS DE AZEREDO

Gêneros textuais e modos de organização do discurso:uma proposta para o ensino de leitura ........................................................ 27CILENE DA CUNHA PEREIRA, MARIA CRISTINA RIGONI,MARIA DA APARECIDA M. DE PINILLA E MARIA THEREZA INDIANI

Práticas de linguagem e PCN: o ensino de língua portuguesa ........................ 59LEONOR WERNECK DOS SANTOS

O ensino de língua portuguesa:da heterogeneidade lingüística à prática em sala de aula ............................ 69EDILA VIANA DA SILVA E REGINA CÉLIA CABRAL ANGELIM

Trabalhando a leitura em sala de aula ................................................................ 81ANGELA CORRÊA E TÂNIA REIS CUNHA

O ensino da argumentação nas aulas de língua portuguesa:três propostas de trabalho ............................................................................ 93SIGRID GAVAZZI E CRISTIANE GUIMARÃES

Operadores argumentativos: uma ponte entre a língua e o discurso ............ 105LÚCIA HELENA MARTINS GOUVÊA

Estratégias argumentativas no discurso publicitário ........................................ 117MARIA APARECIDA LINO PAULIUKONIS

Atos (trans)locutivos no discurso da publicidade: faces e máscaras .............. 131ROSANE SANTOS MAURO MONNERAT

Polifonia e intertextualidade ............................................................................. 143LYGIA MARIA GONÇALVES TROUCHE

Léxico e discurso: epítetos fóricos .................................................................. 155CLAUDIO CEZAR HENRIQUES

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Interpretação e sentido .................................................................................... 165FERNANDO AFONSO DE ALMEIDA

A intertextualidade nos discursos midiático e literário ....................................173ANDRÉ VALENTE

Os autores ........................................................................................................ 183

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Apresentação

Um dos objetivos do ensino de línguas na Escola, atualmente, é tornar oaluno participante dos processos de interlocução e protagonista na recepçãoe na produção de textos, adequados a cada situação social. Constitui-se talvezessa a última e mais complexa tarefa dos professores: propiciar ao aluno con-dições de se apropriar do conhecimento, usá-lo de forma crítica e se integrarao mundo como autônomo, segundo escolhas pessoais capazes de gerar signi-ficados, em todos os campos da vida social e cultural.

Tomando por base os desafios que o texto representa para o professor, emqualquer grau do ensino, o grupo de pesquisadores do CIAD/RJ (CírculoInterdisciplinar de Análise do Discurso)* vem a público apresentar resulta-dos de suas recentes pesquisas e sugerir práticas de aplicação pedagógica, como intuito de propor uma discussão: como diminuir em parte as angústias dosprofessores, quando se defrontam com os desafios do ensino da leitura e daprodução textual.

Acredita-se hoje que a maioria do corpo docente das escolas de ensino fun-damental e médio necessita obter e/ou rever conhecimentos sobre as mais re-centes teorias lingüísticas, sobretudo as que abordam temas relacionados à Lin-güística do Texto, à Pragmática e à Análise do Discurso. Essas abordagenslingüístico-enunciativas, que começaram a ser divulgadas no Brasil há poucomais de duas décadas, encontram-se praticamente ausentes ou foram, apenasrecentemente, introduzidas nos Cursos de Letras. É natural, pois, que nem to-dos os professores detenham esse conhecimento e, por isso, encontrem dificul-dades para desenvolver uma prática de ensino que se pauta por essas teorias.

A atitude dos professores diante dos textos é essencial para qualquer inova-ção na Escola, pois eles são talvez os únicos em condições de promover mudan-ças significativas no ensino. Por isso, a presente coletânea busca traduzir, emexercícios práticos e sugestões teóricas, temas ligados aos estudos de texto eoferecer subsídios para uma prática que tenha a língua em funcionamento comoobjeto de estudo, o que, acredita-se, permitirá a abertura da Escola à pluralidadede discursos, por meio do exame de diversos textos e seus gêneros.

* CIAD/RJ – www.letras.ufrj.br/projetociad.

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8 ESTRATÉGIAS DE LEITURA: TEXTO E ENSINO

Tais perspectivas que concebem a linguagem como realizações de sujeitossócio-históricos, capazes de produzir significados, exigem professores com-prometidos com esse novo paradigma do texto como discurso, observado apartir dos atores da comunicação, da situação e das imagens que constroemde si mesmos e que buscam transmitir.

Atualmente, questiona-se a prática tradicional de interpretação de umsentido único e desejável para o texto, que ignora todo o contexto de produ-ção, o conteúdo ideológico dos discursos e o processo de influência do emis-sor sobre o interlocutor, além da importância dos contratos lingüístico-discursivos vigentes para os envolvidos na cena discursiva. Os textos tambémnão podem mais ser vistos apenas como suporte de elementos lingüísticos,localizados pelos exercícios de análise de uma metalinguagem tida como umfim em si mesma. Seu exame deve levar em conta atividades situadas em con-textos, com destinatários reais e contratos lingüístico-discursivos específicos.E é essa contrapartida que se propõe aqui, pelas análises das estratégias deconstrução dos discursos.

Concebidos com esse intuito, os artigos reunidos neste livro conclamamos leitores para a análise da linguagem, sob o viés interativo dos textos, umprocesso aparentemente simples e banal, mas que, enfocado por meio do exa-me de diversos pontos, permite desvendar alguns de seus instigantes mistéri-os: as diferentes formas de texto que traduzem significados, os processos deconstrução dos variados gêneros discursivos e das seqüências que os constitu-em, as estratégias de argumentação em diversos gêneros, a heterogeneidadeconstitutiva da língua, freqüente e necessária, os atos de fala presentes nodiscurso da publicidade, os problemas e as perspectivas para um ensino delíngua portuguesa mais produtivo e eficiente, enfim aspectos diversosconcernentes à leitura e à produção de textos.

As duas obras anteriores da equipe do CIAD/RJ, também publicadas pelaEditora Lucerna, perseguiam objetivos semelhantes: em Texto e discurso: mídia,literatura e ensino (2003), focalizou-se a construção dos imaginários sociais,tendo em vista a concepção de texto como evento discursivo; já Da língua aodiscurso: reflexões para o ensino (2005) constituiu-se de uma coletânea de estu-dos, com reflexões teóricas e atividades variadas, a partir dos princípios dosPCN. Este livro, que ora publicamos, Estratégias de leitura: texto e ensino, cujoobjetivo é de caráter eminentemente pedagógico, traz propostas viáveis deaplicação com exercícios destinados a diferentes graus de ensino.

A eleição da problemática dos gêneros e dos modos de sua organizaçãocomo objeto de estudo – uma das orientações dos PCN – permite aos profes-sores oferecer aos alunos procedimentos de análise das condições reais de

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9APRESENTAÇÃO

produção e recepção dos textos, numa visão interdisciplinar e muito maisprodutiva. A importância dos gêneros por si só se impõe, pois é através delesque os homens têm acesso a informações, produzem conhecimento, compar-tilham visões de mundo e interagem, influenciando-se uns aos outros.

Os desafios colocados para que a Escola possa responder aos anseios dasociedade pela efetiva melhoria dos alunos no processo da leitura, da inter-pretação e da produção de textos são muitos. Esperamos que esta obra sejamais um passo nessa direção.

Maria Aparecida Lino PauliukonisLeonor Werneck dos Santos

(Organizadoras)

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA:texto e ensino

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O texto: suas formas e seus usos

JOSÉ CARLOS DE AZEREDO (UERJ)

1. Introdução

O meio de comunicação mais utilizado pelas pessoas é a língua falada, queem geral aprendemos desde a infância no convívio em família. Esta é umaaprendizagem que se realiza nas diversas situações comunicativas de que par-ticipamos, e que se estende e se modifica ao longo da vida de cada um de nós,à medida que vamos incorporando ou abandonando informações, assimi-lando, recriando ou produzindo idéias. Mas o que é exatamente isso que cha-mamos de língua, e que parece a coisa mais natural do mundo? O fato de quetodos os grupos humanos dominam alguma língua e se comunicam por meiodela parece reforçar a crença em que o dom da fala é tão natural quanto o dever, o de ouvir, o de respirar ou o de locomover-se.

Com efeito, a comunicação com os elementos que compõem o ambienteem que vivem é inerente à existência de todos os seres vivos, os quais se expres-sam de maneiras variadas, como os movimentos e alterações físicas do corpoe os sons produzidos principalmente pelo aparelho vocal. No caso exclusivodo ser humano, estes sons são a substância primeira que dá materialidade àlíngua na sua expressão mais genuína e espontânea: a fala. Por ser um domuniversal – já que não há comunidade de homens que não fale alguma língua– a fala parece decorrer de uma aptidão genética, biologicamente asseguradana espécie humana para a exercitação natural da comunicação. Apesar disso,temos boas razões para afirmar que ela, a língua, difere muito dos demaisdons naturais do homem.

A língua é um bem cultural. A língua é, antes de mais nada, uma herançasocial e histórica; graças a ela, trazemos dentro de nós o mundo tal como acomunidade humana a que pertencemos o construiu e o organizou, com suasentidades reais e imaginárias, com suas formas de organização social e con-venções de relacionamento interpessoal, com seus ritos de lazer e de devoção,seus valores de generosidade e mesquinhez, direitos e deveres, tabus e mitos.Por isso, a língua é um bem cultural, que ao mesmo tempo que faz parte dacultura, exprime-a, transmite-a e a faz circular na comunidade. Por outro

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1 4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA: TEXTO E ENSINO

lado, a exemplo de qualquer bem cultural – como o vestuário – uma língua semodifica através das gerações, se diversifica segundo as regiões em que é fala-da, e está sujeita a variações conforme a situação social em que se realiza oevento comunicativo.

A compreensão desse caráter cultural das línguas é o primeiro passo parauma adequada política de ensino, pois ajuda a desmontar idéias fixas e aremover preconceitos. Com efeito, para a esmagadora maioria das pessoas, oconhecimento de uma língua se resume, primeiro, à sua utilidade como ins-trumento de comunicação e, segundo, como distintivo de identidade regio-nal ou social. Sou partidário da tese de que as pessoas se tornam mais aptas amanejar um instrumento quando passam a conhecê-lo melhor e a saber comoele funciona. Por isso, creio que o envolvimento dos estudantes com a reflexãosobre a estrutura e o funcionamento de uma língua é uma excelente estratégiapara desenvolver suas habilidades comunicativas (cf. Richter, 2003).

A língua é um bem social. O que cada pessoa sente, sabe, imagina, quer,sonha é uma experiência individual, subjetiva e única, mas intransferível nasua integridade e complexidade. A língua que falamos, que é um bem coleti-vo, nos ajuda a estruturar essa “experiência única e individual”, mas, parafazer isso, reprocessa essa experiência, seleciona alguns de seus aspectos, e aformata nos limites de um código coletivo de representação e comunicação. Alíngua é esquemática e redutora, visto que submete a multiplicidade de nossasexperiências individuais a categorias e valores sígnicos razoavelmente estáveise gerais (por exemplo, a distinção entre singular e plural, presente e passado,definido e indefinido, agente e paciente), por força de sua natureza social. Elanão é um espelho que copia o mundo, mas uma espécie de mapa que traçafronteiras, como a distinção entre largo e espaçoso, gritar e berrar, amigo ecolega, fruto e fruta, falar e dizer.

Esta caracterização da língua não implica, porém, ver nela uma fôrma dopensamento e um obstáculo à criatividade verbal; ela é um sistema, mas umsistema elástico e abundante em recursos. Os artistas da palavra, especial-mente os poetas, estão aí para dar prova disso. A existência desses artistas sóconfirma o que vimos afirmando: a força da expressão poética está justamen-te na ruptura, na dicção a contrapelo tantas vezes confessada pelos própriospoetas (cf. o poema Catar Feijão, de J. C. de Melo Neto), de tal sorte quemuitos deles não chegam a ser compreendidos por seus contemporâneos. Masé inegável que o modo normal de existir das línguas, a serviço das necessidadesquotidianas de comunicação, está na repetição, no ajuste do exercício pessoaldo discurso às convenções vigentes na comunidade, na tendência para a rati-ficação de um padrão de uso, mesmo que seja o do bairro em que residimos.

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1 5O TEXTO: SUAS FORMAS E SEUS USOS

Ou seja, no espaço da língua não há lugar para conteúdos exclusivos de umúnico indivíduo; tudo é coletivo, ou careceria de comunicabilidade. Este é orequisito do sucesso de qualquer interação por meio da palavra.

A língua tem diversas funções. Dissemos acima que a língua expressa acultura de uma comunidade e transmite-a de geração a geração, fazendo-acircular no seio dessa comunidade. Por desempenhar estas funções amplas, alíngua é considerada um autêntico alicerce da estrutura social, uma vez quepossibilita a construção de conhecimentos e sua armazenagem em arquivosgravados ou impressos para uso na ciência, na educação, no direito, na reli-gião, na administração pública etc. Por outro lado, a língua é parte ativa denosso dia-a-dia, na família, no trabalho, no lazer, na rotina do bairro (pada-ria, supermercado, farmácia, jornaleiro) etc. Com ela damos ou recebemosinformações, relatamos episódios reais, fantásticos ou anedóticos, pergunta-mos ou respondemos, cumprimentamos as pessoas, fazemos preces,orientamo-nos nas ruas e estradas, lemos jornais ou ouvimos noticiários. Alíngua é o verdadeiro instrumento de mil e uma utilidades. Mas essa varieda-de inumerável de tarefas pode ser agrupada em classes amplas de funções. Hámuitas propostas nesse sentido, como a de Roman Jakobson, inspirada daTeoria da Comunicação e bem conhecida dos professores brasileiros. Outraproposta que conta com muitos adeptos no Brasil é a do lingüista britânicoHalliday (1976), que distingue basicamente três funções: a função ideacional,a função interpessoal e a função textual.

Por função ideacional, entende-se a que a língua desempenha como meiode organização da informação expressa pelas palavras, sintagmas e orações;graças a esta função, damos nomes aos conceitos em geral (objetos, pessoas,entidades, ações, sentimentos, qualidades) e lhes atribuímos papéis na cons-trução do pensamento (tema, agente, paciente, processo, estado, atributo,instrumento, lugar, tempo, modo etc.). Por função interpessoal, entende-se aque a língua desempenha no processo que põe em contato dois ou mais indi-víduos nos papéis de emissor e destinatário de mensagens. Finalmente, enten-de-se por função textual a que a língua desempenha na construção de textosadequados às situações comunicativas.

A língua é uma atividade contextualizada. Todos sabem que não utiliza-mos as palavras isoladamente, nem as utilizamos sem motivo ou sem finalida-de. O simples ato de dizer “Boa noite!” pressupõe um conjunto de requisitos:que haja pelo menos uma pessoa a quem o enunciador se dirija, que o contatoentre ele e essa pessoa ocorra entre o final da tarde e o início da manhã e estejacomeçando ou se encerrando naquele momento, e que entre ambos haja al-gum laço social que torne aquele cumprimento um comportamento aceitável

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Os autores

André Crim Valente – Professor Adjunto de Língua Portuguesa da UERJ;Vice-Coordenador do Programa de Doutorado de Língua Portuguesa daUERJ. Professor titular de Lingüística da FACHA e Professor Titular de Co-municação Empresarial do IBMEC. É autor de A Língua nossa de cada dia (Ed.Vozes) e organizador de Língua e Literatura e Aulas de português: perspectivasinovadoras (Ed. Vozes).

Angela Maria da Silva Corrêa – Doutora em Lingüística pela UFRJ. Inte-grante do Corpo docente do Programa de Pós-Graduação em LetrasNeolatinas da Faculdade de Letras da UFRJ. Publicações mais importantes:“Uma abordagem comunicativa da tradução”. IN: Pauliukonis & Gavazzi(Orgs.), 20031; “Estratégias e problemas do tradutor aprendiz: uma visãointrospectiva do processo tradutório”. IN: MONTEIRO, M. J. (Org.). Práticasdiscursivas: instituição, tradução e literatura (UFRJ, 2000); “A análise do discur-so e o ensino / aprendizagem do francês LE”. In: TADEI, E. (Ed.) Perspectivas:o ensino da língua estrangeira (1997).

Cilene da Cunha Pereira – Doutora em Letras pela UFRJ, onde atuou comoprofessora de Língua Portuguesa. Professora do Curso de Pós-graduação doCentro Universitário de Barra Mansa/RJ. Membro da Academia Brasileira deFilologia. Tem participado, desde 2002, dos processos de avaliação do ensinonacional e estadual (SAEB, ENEM, ENADE; SARESP, SARERS entre outros).Organizou a Minigramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha(1996) e a Gramática Eletrônica (1997). É co-autora de Miscelânea de EstudosLingüísticos, Filológicos e Literários (1995), Dúvidas em português nunca mais edo site Tira-dúvidas em Português. Integrou a equipe de Lexicografia do VOLPe do Vocabulário Onomástico da Língua Portuguesa (ABL, 1998-1999).

Claudio Cezar Henriques – Doutor em Língua Portuguesa. Professor Titularde Língua Portuguesa da UERJ. Membro da Academia Brasileira de Filologia.

1 PAULIUKONIS, M.A.L. & GAVAZZI, S. (Orgs.). Texto e discurso: mídia, literatura e ensino.Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

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1 8 4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA: TEXTO E ENSINO

Publicou, entre outros títulos, Sintaxe para a linguagem culta contemporânea(5. ed., EdUERJ, 2005) e Atas da Academia Brasileira de Letras: presidênciaMachado de Assis, 1896-1908 (ABL, 2002). Organizou, em co-autoria, Línguae transdisciplinaridade: rumos, conexões, sentidos (Contexto, 2002) e Língua ecidadania: novas perspectivas para o ensino (Ed. Europa, 2004).

Cristiane Guimarães – Mestre em Língua Portuguesa pela UFF, com a disser-tação: Entrevistas na mídia impressa: argumentação e persuasão das minoriassociais. Professora da rede Estadual e Municipal de Educação. Doutorandaem Língua Portuguesa pela UFF.

Edila Vianna da Silva – Doutora em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa)pela UFRJ. Professora Aposentada da UFRJ e Professora Adjunta de LínguaPortuguesa da UFF. Em 2004, passou a integrar o Grupo CIAD. Desenvolvepesquisa sobre A variação no ensino: o papel da escola na aquisição das compe-tências lingüísticas do leitor / produtor de textos, que apresentou no III Seminá-rio Integrado de Pesquisa em Língua Portuguesa, na UERJ. Recentemente,participou do 10.º Simpósio Nacional de Letras e Lingüística, na UFU (MG),quando expôs o texto “Ensino de Língua Portuguesa: variação, léxico e argu-mentação” (no prelo).

Fernando de Almeida – professor do Departamento de Letras EstrangeirasModernas da UFF. Estuda a linguagem, o discurso do humor e a interação emaula de língua estrangeira. É autor de Linguagem e Humor (EDUFF, 1999) epublicou capítulos de livros e artigos em revistas especializadas.

José Carlos de Azeredo – Doutor em Língua Portuguesa pela UFRJ, onde atuoucomo professor da Graduação e da Pós-Graduação, stricto sensu. Atualmente éprofessor Adjunto do Departamento de Língua Portuguesa da UERJ, onde inte-gra o Programa de Doutorado de Língua Portuguesa do Instituto de Letras.Possui várias publicações sobre descrição do Português, dentre as quais desta-cam-se: Fundamentos de Gramática do Português (Zahar, 2000); Iniciação à sinta-xe do português (Zahar, 1990); Língua Portuguesa em debate, como organizador(Vozes, 2000); e “O aposto e o intertexto” (Pauliukonis & Gavazzi (Orgs.), 2003).

Leonor Werneck dos Santos – Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ eProfessora Adjunta de Língua Portuguesa da mesma universidade. Desenvol-ve projetos nas áreas de Lingüística textual e Análise do Discurso, na linha depesquisa Língua e ensino. Integrante do GT da ANPOLL de Lingüística do Texto

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1 8 5OS AUTORES

e Análise da Conversação. Além de vários artigos publicados em livros e revis-tas especializadas, organizou Discurso, coesão, argumentação (Oficina do Au-tor, 1996) e publicou Articulação textual na literatura infantil e juvenil (Lucerna,2003).

Lúcia Helena Martins Gouvêa – Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ eProfessora Adjunta I do Departamento de Letras Vernáculas dessa Universida-de. Membro do Projeto Integrado de pesquisa do CIAD/RJ e do Grupo depesquisa do Projeto em Análise do Discurso e Ensino (PROADE), desenvolven-do a pesquisa individual Sujeito da enunciação e construções concessivas em textosmidiáticos. Publicou, dentre outros, os seguintes artigos: “Sujeito da enunciaçãoe construções concessivas em textos midiáticos” (Anais do IX Congresso Nacio-nal de Lingüística e Filologia, UERJ, 2005); “Conectores concessivos eadversativos: uma visão discursiva” (Revista eletrônica Interletras, 2005).

Lygia Maria Gonçalves Trouche – Doutora em Literatura Comparada pelaUFF, com pesquisa centrada na questão da literatura e a construção da identida-de lingüística brasileira no século XIX. Professora Adjunta IV, de Língua Portu-guesa da UFF, onde também é Coordenadora do Curso de Pós-Graduação LatoSensu, de Língua Portuguesa. Sua área de interesse abrange Lingüística do Textoe Lingüística Aplicada ao ensino de Língua materna e de Português como LínguaEstrangeira. Em 2005, passou a integrar o Grupo CIAD/RJ. Publicou trabalhosapresentados em congressos e artigos, como em: JÚDICE, Norimar (Org.) Ensi-no da língua e da cultura do Brasil para estrangeiros. Niterói: Intertexto, 2005.Organizou a publicação eletrônica do CD Português em Debate.

Maria Aparecida Lino Pauliukonis – Doutora em Língua Portuguesa, Profes-sora Adjunta IV de Língua Portuguesa da UFRJ, atuando na Graduação e Pós-Graduação, na linha de pesquisa “Língua e ensino”, com Projeto de pesquisasobre os processos enunciativos do discurso midiático. Coordenadora do Gru-po de pesquisa CIAD-RIO (Círculo Interdisciplinar de Análise do Discurso),desenvolve Projeto Integrado com pesquisadores da UFRJ, da UFF, da UERJ edo CAD (Un. Paris XIII). Além de várias publicações em livros e revistas daárea, organizou, com Sigrid Gavazzi, Texto e discurso: mídia, literatura e ensino(Lucerna, 2003) e Da língua ao discurso: reflexões para o ensino (Lucerna, 2005)2.

2 PAULIUKONIS, M.A.L. & GAVAZZI, S. (Orgs.). Da língua ao discurso: reflexões para o ensino.Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

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1 8 6 ESTRATÉGIAS DE LEITURA: TEXTO E ENSINO

Maria da Aparecida M. de Pinilla – Mestre em Língua Portuguesa pela UFRJ,onde leciona desde 1970. Pesquisadora do Projeto PEAD – Ensino de LínguaPortuguesa, desde 1995, e do CIAD/RJ. Participa de bancas de avaliação e desupervisão em vestibulares, na UFRJ (desde 1992), UFF e UNIRIO. Co-auto-ra de programas educacionais televisivos veiculados pela TVE/MEC e de ma-terial didático para professores de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental eMédio – SEE/RJ). Coordena o Programa de Requalificação Profissional emLíngua Portuguesa (SEE/RJ). Participa, pela Fundação Cesgranrio, desde 2003,dos processos de avaliação do ensino nacional e estadual (SAEB, ENEM,ENADE; SARESP, SARERS entre outros) e dos programas de Melhoria daQualidade de Ensino dos Estados de Tocantins e de Mato Grosso.

Maria Cristina Rigoni – Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ, onde atuoucomo docente de Língua Portuguesa de 1975 a 2001. Co-autora de programaseducacionais televisivos veiculados pela TVE/MEC e de material didático paraprofessores de Língua Portuguesa. Participa, pela Fundação Cesgranrio, doprograma de Melhoria da Qualidade de Ensino dos Estados de Mato Grosso eTocantins. Coordenou, de 1995 a 2001, o Projeto: PEAD – Ensino de LínguaPortuguesa. Atualmente, coordena programas de Atualização Profissional e deReorientação Curricular, desenvolvidos em parceria entre a UFRJ e a SEE-RJ(desde 2004) e publicação de materiais didáticos das disciplinas da EducaçãoBásica, para utilização nas escolas da rede pública do Rio de Janeiro (2005).

Maria Thereza Indiani – Doutora em Études Littéraires Françaises etComparées pela Université des Langues et Lettres de Grenoble (França, 1977).Pós-Doutorado na School of Cognitive and Computing Sciences, comoVisiting Research do Falmer Language Group (fev. 1988-jan. 1990). Professo-ra Adjunta IV de Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da UFRJ, de 1984a 1996. Coordenadora do Projeto PEAD – Ensino de Língua Portuguesa, desde1995. Pesquisadora do Projeto NURC/RJ. Co-autora de programas educaci-onais televisivos veiculados pela TVE/MEC e de material didático para pro-fessores de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental e Médio – SEE/RJ). Par-ticipa, pela Fundação Cesgranrio, do programas de Melhoria da Qualidadede Ensino dos Estados de Mato Grosso e Tocantins. Colaboradora do Progra-ma de Requalificação Profissional em Língua Portuguesa (SEE/RJ).

Regina Célia Cabral Angelim – Doutora em Língua Portuguesa, pela UFRJ,com tese sobre polifonia no discurso jornalístico opinativo. Possui artigospublicados sobre polifonia, implícito e argumentação. No convênio SEAD/

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1 8 7OS AUTORES

UFRJ/CEP, elaborou o módulo didático Argumentação, publicado pela FUJB/UFRJ, em 2001. Na ECEME, Exército Brasileiro, preparou uma das três par-tes do Curso de Redação, divulgado pelo site do Exército, em 2002. Tambémem co-autoria, preparou para as forças armadas o site Tira-dúvidas em línguaportuguesa (2002) e o livro Dúvidas em português nunca mais (Nova Frontei-ra, 2005). É autora do artigo “Polifonia e implícito como recursosargumentativos em textos midiáticos” (Pauliukonis & Gavazzi (Orgs.), 2003).

Rosane Santos Monnerat – Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ, Pro-fessora Adjunta IV de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras Clássi-cas e Vernáculas da UFF. Tem feito pesquisas em Lingüística do Texto, Lingüís-tica Aplicada ao ensino de Língua Materna e Análise do Discurso. Possui váriostrabalhos publicados nessas áreas de interesse, dentre os quais o livro A publi-cidade pelo avesso (EDUFF, 2003).

Sigrid Gavazzi – Doutora em Língua Portuguesa pela UFRJ, Professora Ad-junta IV de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras Clássicas eVernáculas da UFF. Desenvolve sua reflexão teórica na interface linguagem /mídia, linguagem / sociedade. Publicou sua Tese de Doutorado, Fechamentosem entrevistas (EDUFF, 1998), Marcas morfossintáticas na interação prefeito /eleitor(res) (EDUFF, 1999) e Polidez mediática: uma questão discursiva (EDUFF,2001). Organizou, com Maria Aparecida L. Pauliukonis, os livros Texto e dis-curso: mídia, literarura e ensino (Lucerna, 2003) e Da língua ao discurso: refle-xões para o ensino (Lucerna, 2005).

Tânia Reis Cunha – Doutora em Letras Neolatinas pela UFRJ e ProfessoraAdjunta de Língua e Literatura Francesas na mesma universidade. Desenvol-ve pesquisas na área de Tradução e de Leitura. Publicações recentes: “Reflexõessobre o processo tradutório de alunos de FLE”. IN: Gragoatá – Revista doInstituto de Letras da UFF (2003); “Estratégias discursivas envolvidas na tra-dução” (Pauliukonis & Gavazzi (Orgs.), 2003); “Coesão e coerência textual”(Pauliukonis & Gavazzi (Orgs.), 2005).