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ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CABO FRIO -RJ PRODUTO 8 Proposições AGOSTO/2013

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ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS

PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL

DE SANEAMENTO BÁSICO DE CABO FRIO -RJ

PRODUTO 8

Proposições

AGOSTO/2013

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

DE CABO FRIO– RJ

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA

DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PRODUTO 8

Proposições

AGOSTO/2013

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AEMERJ - ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANAMMA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO AMBIENTE

ANP – AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM

CADUNICO - CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL

CEPERJ - FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS

CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

CTDR - CENTROS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

EMATER – INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

ERJ - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ETA – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

GLP – GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO

IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE

IPCA – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

LNSB - LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

PCMS - PROJETO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

PEV – PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA

PGRIND – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

PGRS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANARES – PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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PLANSAB - PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PGIRS - PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PMCF – PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO

PMSB - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PNRS – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PPA - PLANO PLURIANUAL

RAS – RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

RCC – RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RSS – RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SEA - SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE

SINMETRO - SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE

INDUSTRIAL

SISNAMA - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

SMSB – SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

SNVS -SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

SUASA - SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA

UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

UNICEF – FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL ..................................... 11

2 PREVISÕES POPULACIONAIS ADOTADAS ................................ 13

3 PROGNÓSTICOS ............................................................................ 16

3.1 Conceituação ............................................................................ 16

3.2 Metodologia Adotada................................................................. 17

3.3 Técnicas de Construção de Cenários ....................................... 19

3.4 Roteiro de Auxilio na definição dos Cenários ............................ 23

3.5 Sistematização das Informações – CDP ................................... 25

3.6 Construção dos Cenários .......................................................... 28

3.7 Definição dos Cenários ............................................................. 34

3.7.1 Produção/Redução de Resíduos Sólidos ............................ 36

3.7.2 Disposição Final .................................................................. 48

3.7.3 Gestão Integrada ................................................................. 51

3.7.4 Educação Ambiental............................................................ 54

3.8 Recomendações ....................................................................... 56

4 LIMPEZA URBANA ......................................................................... 70

4.1 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO .......... 74

5 PROGRAMAS, METAS E AÇÕES .................................................. 74

6 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................... 98

6.1 Investimentos ............................................................................ 98

6.2 Memorial de Cálculo ................................................................ 104

6.3 Custos Operacionais dos Serviços de Limpeza Urbana.......... 110

6.4 Receitas e Sustentabilidade .................................................... 113

7 ANÁLISE INSTITUCIONAL ........................................................... 121

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7.1 Análise Institucional Local ....................................................... 122

7.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento

Básico 123

7.2.1 Estrutura Organizacional Proposta .................................... 137

7.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo

Institucional Proposto .................................................................... 151

7.3 Análise Institucional Regional .................................................. 152

7.3.1 Arranjo Institucional na Região dos Lagos ........................ 152

7.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico

158

7.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços

/Regulador ..................................................................................... 161

7.3.4 Análise Jurídica ................................................................. 168

7.3.5 Proposta para criação do Consórcio Público para Gestão do

Saneamento Básico da Região dos Lagos/RJ .............................. 182

8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA......................................... 184

9 RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS........................................ 187

9.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados ....... 187

9.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos

serviços prestados ............................................................................... 188

9.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão

dos serviços de saneamento básico .................................................... 188

10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................... 190

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Integração Nacional da Legislação de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos .. 9

Figura 2 - Estruturação do trabalho ...................................................................................... 10

Figura 3-Divisão Territorial Cabo Frio .................................................................................. 16

Figura 4- Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenário .......................... 18

Figura 5 - Cenário Indutivo .................................................................................................. 22

Figura 6 – Cenário Dedutivo ................................................................................................ 22

Figura 7 - Alternativas .......................................................................................................... 35

Figura 8 - Integração das alternativas .................................................................................. 35

Figura 9 - Gráfico da projeção de geração de resíduos ....................................................... 43

Figura 10 - Itinerário ao destino final (Rota 1) ...................................................................... 49

Figura 11 - Itinerário ao destino final (Rota 2) ...................................................................... 49

Figura 12 – Itinerário ao destino final (Rota 3) ..................................................................... 50

Figura 13 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário

Tendencial ........................................................................................................................... 51

Figura 14 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos. ... 52

Figura 15 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis ............... 57

Figura 16 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais ................................... 58

Figura 17 - Disposição Integrada de Resíduos Sólidos Orgânicos ....................................... 59

Figura 18 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a

Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas .............................................. 60

Figura 19 - Modelo de ECOPONTO ..................................................................................... 61

Figura 20 - Proposta de planta de ECOPONTO ................................................................... 61

Figura 21 - Modelo de veículo de coleta de resíduos ........................................................... 67

Figura 22 - Modelo para logística reversa ............................................................................ 69

Figura 23 - Custos operacionais Manejo de RSU .............................................................. 113

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Figura 24 - Custos Operacionais X Receitas ..................................................................... 117

Figura 25 – Modelo Institucional do Saneamento Básico de Cabo Frio ............................. 123

Figura 18 - Evolução dos Munícipios que firmaram contratos de concessão. Período 1995 –

2010 (número de municípios) ............................................................................................ 127

Figura 19 - Investimentos privados em concessões de serviços de água e esgoto. Período

1995 – 2010 (em milhões de reais) .................................................................................... 128

Figura 20 – Evolução da população atendida pelas concessionárias. Período 1995 – 2010

(em milhões de habitantes) ................................................................................................ 128

Figura 21 - Arranjo Institucional Genérico .......................................................................... 134

Figura 22 - Arranjo Institucional Municipal ......................................................................... 135

Figura 23 - Arranjo Institucional Intermunicipal .................................................................. 136

Figura 24 – Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB ................................ 138

Figura 25 – UGPLAN ......................................................................................................... 140

Figura 26 – Estrutura proposta para a UGPLAN ................................................................ 145

Figura 27 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB .................................................. 151

Figura 28 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) ............................... 154

Figura 29 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) .......................................... 155

Figura 30 - Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA) ......... 156

Figura 31 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias .................. 157

Figura 31 – Mapa Geral das Agências Reguladoras no setor de saneamento Básico. ...... 161

Figura 33 – Localização do Município ................................................................................ 183

Figura 34 – Modelagem Proposta ...................................................................................... 184

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População Residente Adotada (Sede) ................................................................ 14

Tabela 2 - População Residente Adotada (Tamoios) ........................................................... 14

Tabela 3 - Total Pop. Flutuante. ........................................................................................... 15

Tabela 4 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais................................................. 15

Tabela 5 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................. 26

Tabela 6 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão. ...................................... 28

Tabela 7 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças. ............................................ 30

Tabela 8 - Gestão Integrada ................................................................................................ 32

Tabela 9 - Produção/Redução de Resíduos ........................................................................ 33

Tabela 10 - Disposição Final ................................................................................................ 33

Tabela 11 - Educação Ambiental ......................................................................................... 33

Tabela 12 - Resumo da pontuação por grupo ...................................................................... 34

Tabela 13 - Projeção da geração de resíduos ..................................................................... 37

Tabela 14 - Composição dos resíduos de Cabo Frio ........................................................... 38

Tabela 15 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível) ...................................... 39

Tabela 16 - Metas do PLANARES para Região Sudeste ..................................................... 41

Tabela 17 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo) ..................................... 42

Tabela 18 - Definição de responsabilidades ........................................................................ 63

Tabela 19 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos .............................. 98

Tabela 20 - Investimentos Programa Disposição Final ........................................................ 99

Tabela 21 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos ................................ 100

Tabela 22 - Investimentos Programa Educação Ambiental ................................................ 101

Tabela 23 - Resumo dos Investimentos ............................................................................. 101

Tabela 24 - Resumo dos Investimentos por Programa ...................................................... 102

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Tabela 25 - Investimos por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de

Resíduos ........................................................................................................................... 102

Tabela 26 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Disposição Final ........ 102

Tabela 27 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada ........ 103

Tabela 28 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental .. 103

Tabela 29 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos .......................................... 103

Tabela 30 - Memorial de Cálculo Programa 1 .................................................................... 104

Tabela 31 - Memorial de Cálculo Programa 2 .................................................................... 105

Tabela 32 - Memorial de Cálculo Programa 3 .................................................................... 106

Tabela 33 - Memorial de Cálculo Programa 4 .................................................................... 109

Tabela 34 - Média do IPCA ................................................................................................ 110

Tabela 35 - Custos operacionais de Limpeza Urbana ........................................................ 111

Tabela 36- Custos Operacionais de Manejo de RSU ......................................................... 112

Tabela 37 - Receitas Manejo de RSU ................................................................................ 116

Tabela 131 - Metas Contratuais de Atendimento da Prolagos fixadas no Edital de Licitação.

.......................................................................................................................................... 164

Tabela 132 - Estrutura Financeira ...................................................................................... 185

Tabela 133 - Recurso por serviço ...................................................................................... 186

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APRESENTAÇÃO

Em Janeiro de 2007, o Governo Federal aprovou um diploma legal o qual instituiu

em nosso País, a Universalização do Saneamento Básico, Lei Nº 11.445, 2007,

compromisso de todos os brasileiros em vencer importantes desafios. Esses

desafios requerem dos governos federal, estaduais e municipais, dos prestadores de

serviços públicos e privados, da indústria de materiais, dos agentes financeiros e da

população em geral, através de canais de participação, um grande esforço

concentrado na gestão, no planejamento, na prestação de serviços, na fiscalização,

no controle social e na regulação dos serviços de saneamento ofertados a todos. Os

desafios propostos devem consolidar as agendas nacional, estaduais e municipais

de investimentos direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC,

cujo foco principal é a promoção da saúde e a qualidade de vida da população

brasileira.

Entende-se como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e

instalações operacionais de:

a) Abastecimento de água potável;

b) Esgotamento sanitário;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de

atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta,

transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico

e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias

públicas, e,

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

O pacto pelo Saneamento Básico, firmado em 2008, foi o passo inicial do processo

participativo de elaboração do PLANSAB, Plano Nacional de Saneamento Básico,

coordenado pelo Ministério das Cidades e Secretaria Nacional de Saneamento. Na

sequência, é editado o Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2010, o qual

regulamenta a Lei Nº 11.445/2007, elaborando-se o PLANSAB, pela cooperação

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entre Universidades Brasileiras, lideradas pela UFMG, entrando em Consulta

Pública no ano de 2011.

Paralelamente, o então Presidente da República, aprovou a Lei Nº 12.305, de 02 de

agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a regulamenta

pelo Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Tendo por base esses novos

marcos legais, integrados à Política Nacional de Saneamento Básico, ficam os

municípios responsáveis por alcançar a universalização dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, devendo ser prestados com eficiência para

evitar danos à saúde pública e proteger o meio ambiente, considerando a

capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções progressivas,

articuladas, planejadas, reguladas e fiscalizadas, com a participação e o controle

social.

A mesma lei e seu decreto regulamentador impõem novas obrigações e formas de

Cooperação entre o poder público-concedente e o setor privado, definindo a

responsabilidade compartilhada, a qual abrange fabricantes, importadores,

distribuidores, comerciantes e consumidores, fazendo com que também o poder

público municipal seja responsável, mas não o único.

Complementa o marco legal anteriormente referido a Lei dos Consórcios Públicos,

Nº 11.107/2005, seu Decreto Regulamentador Nº 6.017/2007, a Lei Nacional de

Meio Ambiente, Nº 6.938/1981, a Lei da Política Nacional de Educação Ambiental

Nº9.795/1999 e a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos Nº

9.433/1997.Relativamente aos resíduos sólidos urbanos assume a Coordenação, o

Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano,

sendo editado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em sua Versão Preliminar

para Consulta Pública, em setembro de 2011. A figura a seguir, representa a

integração dos marcos legal anteriormente referida.

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Figura 1 – Integração Nacional da Legislação de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos

Fonte: SERENCO, 2012

O presente relatório COMPREENDE o PRODUTO 8 (Proposições) dos Estudos e

Projetos para Consecução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do

Município de Cabo Frio, localizado no estado do Rio de Janeiro, ABRANGENDO os

Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, conforme apresentado

na figura a seguir.

Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Tomada de Preços

TPn.º 11/2011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º

48/2012 firmado no dia 24 de Julho de 2012 entre o INEA e a empresa SERENCO.

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Figura 2 - Estruturação do trabalho

Fonte: SERENCO, 2013

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1 INTRODUÇÃO – CONTEXTO REGIONAL

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro,

os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e

São Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e dos Municípios de

Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com a Concessionária Águas de Juturnaiba –

CAJ, constituiu-se em marco referencial da despoluição da Lagoa de Araruama em

continuidade aos trabalhos até então desenvolvidos. A Região em questão, tem sua

economia dependendo substancialmente do turismo, revelando a necessidade de

investimentos contínuos na preservação de lagoas e praias dos entornos urbanos,

em busca de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ implementaram o

abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para o esgotamento

sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por sistema unitário. A

utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como rede coletora de esgotos

sanitários, a construção de cordões interceptores, estações elevatórias e estações

de tratamento, ao longo do tempo, reduziram drasticamente a poluição de lagoas e

praias, retomando-se gradativamente o ciclo econômico de desenvolvimento

turístico da Região dos Lagos. A presença do Comitê de Bacias Hidrográficas das

Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João, Una e Ostras, criado pela

Lei Estadual Nº3.239/1999, trouxe novo reforço à Região, na preservação dos

recursos hídricos. Na sequência, criou-se o Consórcio Intermunicipal para Gestão

Ambiental das Bacias Hidrográficas da Região dos Lagos, Rio São João e Zonas

Costeiras, consolidando-se ainda mais o reforço institucional na Região.

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e manejo

de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se pela

iniciativa privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da Aldeia,

passando a receber os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo, Cabo Frio,

Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e recentemente Silva

Jardim e Casimiro de Abreu ou ainda, Araruama e Saquarema no futuro.

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Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios, tendo

em vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas urbanas dentro

das bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País, programas e

metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros, dentro de cenários

futuros para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras são detalhadas e

indicadores e metas são definidas em busca da universalização do saneamento

básico para toda a população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico

praticado até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo modelo

institucional, preparando o caminho por onde os municípios deverão trilhar nos

próximos 20 (vinte) anos. A consolidação de uma nova gestão integrada deverá

ocorrer nos próximos anos mediante um forte apoio técnico e uma sólida base

financeira, supervisionados por equipes bem preparadas para os novos cenários que

se estabelecem.

O Produto ora apresentado descreve os prognósticos do sistema de limpeza urbana

e manejo de resíduos sólidos, ajustados aos cenários propostos, suas metas,

programas e ações. As propostas para os sistemas de abastecimento de água,

esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, são

apresentadas em separado, no PRODUTO 7, de acordo com o Termo de Referência

do INEA.

Ao final, descreve-se a análise do atual modelo institucional, as suas características

jurídicas e a Proposta inicial de Criação de um Consórcio Público para a Gestão do

Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ.

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Espera-se com a realização dos Seminários para apresentação das proposições,

obter valiosas contribuições para a consolidação dos prognósticos do PGIRS,

momento importante da construção dos Planos, consolidando-se os elementos da

próxima etapa dos trabalhos, a versão preliminar do Plano.

2 PREVISÕES POPULACIONAIS ADOTADAS

Na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, e Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o Produto 6 – Estudo Populacional e

Arranjos Institucionais apresenta as projeções de crescimento da população para os

próximos 20 anos, tendo como base e referência os últimos Censos do IBGE, e

informações sobre a população flutuante dos municípios da região, apresentado a

seguir.

Análises matemáticas

De acordo com o Censo IBGE, 2010, Cabo Frio possuía naquele ano as seguintes

características:

População total = 186.227 habitantes.

Área da Unidade Territorial = 410,415 km2.

Densidade Demográfica = 453,75 hab/km2.

População Urbana = 140.485 habitantes.

População Rural = 45.742 habitantes (Distrito de Tamoios).

Vários métodos para o crescimento populacional urbano e rural (Distrito de Tamoios)

foram estudados, conforme segue:

Aritmético;

Geométrico;

Planilha Excel da Microsoft:

o Ajustamento Linear;

o Curva de Potência;

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o Equação Exponencial;

o Equação Logarítmica, e,

o Equação Polinomial.

Logo, as populações residentes adotadas para a Sede foram obtidas pelo

Ajustamento Linear, conforme tabela a seguir.

Tabela 1 - População Residente Adotada (Sede)

ANO Taxa de

crescimento (%)

População Residente

(habitantes) ANO

Taxa de crescimento

(%)

População Residente

(habitantes)

-1 2.012 1,97% 142.127 10 2.023 1,62% 172.354

0 2.013 1,93% 144.875 11 2.024 1,59% 175.102

1 2.014 1,90% 147.623 12 2.025 1,57% 177.850

2 2.015 1,86% 150.371 13 2.026 1,55% 180.598

3 2.016 1,83% 153.119 14 2.027 1,52% 183.346

4 2.017 1,79% 155.867 15 2.028 1,50% 186.094

5 2.018 1,76% 158.615 16 2.029 1,48% 188.842

6 2.019 1,73% 161.363 17 2.030 1,46% 191.590

7 2.020 1,70% 164.111 18 2.031 1,43% 194.337

8 2.021 1,67% 166.858 19 2.032 1,41% 197.085

9 2.022 1,65% 169.606 20 2.033 1,39% 199.833 Fonte: SERENCO, 2013.

Para o distrito de Tamoios (rural, segundo o IBGE), as populações residentes

adotadas foram as obtidas pela Equação Polinomial, conforme tabela a seguir.

Tabela 2 - População Residente Adotada (Tamoios)

ANO Taxa de

crescimento (%)

População Residente

(habitantes) ANO

Taxa de crescimento

(%)

População Residente

(habitantes)

-1 2.012 2,10% 54.825 10 2.023 1,71% 67.239

0 2.013 2,06% 55.954 11 2.024 1,68% 68.367

1 2.014 2,02% 57.082 12 2.025 1,65% 69.496

2 2.015 1,98% 58.211 13 2.026 1,62% 70.624

3 2.016 1,94% 59.339 14 2.027 1,60% 71.753

4 2.017 1,90% 60.468 15 2.028 1,57% 72.881

5 2.018 1,87% 61.596 16 2.029 1,55% 74.010

6 2.019 1,83% 62.725 17 2.030 1,52% 75.138

7 2.020 1,80% 63.853 18 2.031 1,50% 76.267

8 2.021 1,77% 64.982 19 2.032 1,48% 77.395

9 2.022 1,74% 66.110 20 2.033 1,46% 78.524 Fonte: SERENCO, 2013.

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15

O estudo de sazonalidade apoiado no consumo de água indicou acréscimos de

81%, superior ao consumo normal da população residente para a Sede e 74% para

o Distrito de Tamoios.

A projeção da população flutuante foi efetuada considerando-se o crescimento do

percentual de domicílios de uso ocasional sobre o total de domicílios, obtendo-se

para as populações flutuantes os números apresentados na tabela a seguir:

Tabela 3 - Total Pop. Flutuante.

ANO Sede Tamoios Total ANO Sede Tamoios Total

-1 2.012 151.999 51.371 203.370 10 2.023 185.869 72.413 258.282

0 2.013 154.947 53.223 208.170 11 2.024 188.843 74.218 263.061

1 2.014 157.899 55.083 212.982 12 2.025 191.816 76.000 267.816

2 2.015 160.851 56.957 217.808 13 2.026 194.789 77.747 272.536

3 2.016 163.804 58.833 222.636 14 2.027 197.757 79.461 277.218

4 2.017 166.753 60.718 227.470 15 2.028 201.500 81.436 282.936

5 2.018 170.351 62.836 233.187 16 2.029 204.478 83.067 287.546

6 2.019 173.315 64.721 238.036 17 2.030 207.459 84.656 292.115

7 2.020 176.275 66.596 242.871 18 2.031 210.102 86.055 296.158

8 2.021 179.237 68.460 247.697 19 2.032 212.741 87.391 300.132

9 2.022 182.201 70.307 252.508 20 2.033 216.197 89.000 305.197 Fonte: SERENCO, 2013.

Apresenta-se a tabela a seguir, com as populações fixa (residente) mais a flutuante

da Sede e do Distrito de Tamoios.

Tabela 4 - Populações fixas (residentes) e flutuantes totais ANO Sede Tamoios Total ANO Sede Tamoios Total

-1 2.012 294.126 106.196 400.322 10 2.023 358.223 139.652 497.875

0 2.013 299.822 109.177 408.999 11 2.024 363.945 142.585 506.530

1 2.014 305.522 112.165 417.687 12 2.025 369.666 145.496 515.162

2 2.015 311.222 115.168 426.390 13 2.026 375.387 148.371 523.758

3 2.016 316.923 118.172 435.094 14 2.027 381.103 151.214 532.317

4 2.017 322.620 121.186 443.805 15 2.028 387.594 154.317 541.911

5 2.018 328.966 124.432 453.398 16 2.029 393.320 157.077 550.398

6 2.019 334.678 127.446 462.124 17 2.030 399.049 159.794 558.843

7 2.020 340.386 130.449 470.835 18 2.031 404.439 162.322 566.762

8 2.021 346.095 133.442 479.537 19 2.032 409.826 164.786 574.612

9 2.022 351.807 136.417 488.224 20 2.033 416.030 167.524 583.554

Fonte: SERENCO, 2013.

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16

Figura 3-Divisão Territorial Cabo Frio

Fonte: Plano Diretor de Cabo Frio, (2.006).

3 PROGNÓSTICOS

3.1 Conceituação

A construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o planejamento

e a tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o estabelecimento de

prognósticos. É importante ressaltar que a construção de cenários permite a

integração das ações que atendam às questões financeiras, ambientais, sociais e

tecnológicas, estabelecendo a percepção da evolução do presente para o futuro.

A geração dos cenários para o setor de resíduos permite antever um futuro incerto e

como este futuro pode ser influenciado pelas decisões propostas no presente. Por

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17

isso, os cenários não são previsões, mas sim tendências alternativas do futuro que

foram subsidiadas por um diagnóstico, conhecimento técnico, e demandas da

comunidade expressas no processo construtivo do planejamento.

A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco conhecida

no Brasil. Dos diversos planos municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

consultados, poucos deles abordam, mesmo que superficialmente, o tema.

Entretanto, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de

Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2003, para o

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao Ministério de

Planejamento, Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e fundamentos

metodológicos práticos muito importantes, sendo utilizados como referência na

construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários foram

interpretados da seguinte maneira:

Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo

isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PGIRS, e,

Um cenário normativo, com o PGIRS agindo como instrumento indutor

de ações planejadas e integradas entre si.

3.2 Metodologia Adotada

A técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências

imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento.

Portanto, não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com tabelas,

gráficos e fórmulas que limitem a intuição e a divagação por mais absurda que

possa parecer. Não existe uma única forma de delinear cenários devido às

peculiaridades de cada atividade ou região.

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18

Entretanto, é necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que evite a

dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A Figura 4 apresenta, de

forma sucinta, a metodologia adotada.

Figura 4- Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenário

Fonte: SERENCO, 2013

Neste contexto poderíamos resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O

Município alcançará, no futuro (indefinido e utópico), o melhor índice de

desenvolvimento humano (IDH) do país; (ii) Previsível – crescimento urbano mais

controlado do que hoje, e (iii) Normativo – crescimento urbano ordenado.

Propõe-se o seguinte roteiro, num processo de aproximações sucessivas:

a) elaboração do primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos, e

utopias);

b) listagem exaustiva e aleatória das ameaças, oportunidades e incertezas;

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19

c) análise da consistência, aglutinando semelhantes, identificando as mais

críticas;

d) formulação de esboço do cenário previsível (tendência) resultado das

ameaças e incertezas;

e) aponte de prioridades e objetivos que conduziram ao cenário normativo

(possível e planejado);

f) seleção de objetivos e ações prioritárias, e,

g) reinício do processo quantas vezes forem necessárias.

3.3 Técnicas de Construção de Cenários

A crescente geração de resíduos urbanos, consequência do aumento populacional,

da concentração urbana, da rápida industrialização e do crescimento de consumo,

contribuem para o modelo de desenvolvimento e do padrão de consumo e estilo de

vida contemporâneo disseminado pelo capital. É de fundamental importância o

planejamento da gestão de resíduos sólidos em todas as cidades, apoiando-se no

contexto de dados históricos necessários para a compreensão do seu processo de

geração. Para isso, o diagnóstico dos sistemas de gestão apoiado em uma base

histórica de dados acerca da geração e composição dos resíduos gerados pela

população é de fundamental importância.

A técnica de cenários é uma ferramenta utilizada no planejamento estratégico em

diversas áreas bem como na gestão dos resíduos sólidos urbanos. Vários autores

utilizam a técnica de cenários para projetar esta geração e sua influência no futuro.

Essa técnica de cenários consiste em um modo disciplinado para se identificarem

possíveis futuros como parte do processo de planejamento estratégico.

Para a construção dos cenários, parte-se de um modelo mental (teórico) que

interpreta as variáveis centrais e as interações entre elas, reduzindo-se a

complexidade da realidade.

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20

Constrói-se o cenário atual a partir do diagnóstico do sistema de gestão existente

projetando-se para o futuro (10 ou 20 anos), os cenários alternativos. Constroem-se

assim, os cenários alternativos futuros, em função de visões prospectivas

elaboradas.

MELO (2009), no estudo realizado para Curitiba, utilizou como fatores críticos, os

parâmetros que podem influenciar a produção de resíduos sólidos em termos de

quantidade e composição, a população e o padrão de vida conforme trabalhos

elaborados por vários autores.

O padrão de vida normalmente, nesses trabalhos, é representado pelo produto

interno bruto (PIB) per capita, obtido em órgãos oficiais como o IBGE. O PIB indica,

como hipótese, a capacidade da população de adquirir bens e produtos, podendo

ainda, ser representado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo) que mede a variação dos custos e dos gastos da população com alimentos,

bebidas, produtos residenciais, habitação, saúde, despesas pessoais, transporte,

vestuário, entre outros.

A formulação de cenários consiste no exercício do livre pensamento, portanto, é

necessário que não se perca o foco do principal objetivo contratual, que é a

elaboração do PGIRS. O excesso de preciosismo ou a abertura de um leque imenso

de alternativas e participações poderá conduzir a um estudo ficcional, sem aplicação

prática, que consumirá um tempo de formulação, discussão, e aprovação muito

maior do que o requerido para elaborar o próprio PGIRS, que é o objeto do presente

contrato. O PGIRS, em elaboração, deverá ser encarado como um instrumento

auxiliar a ser incorporado ao Plano Municipal de Saneamento Básico também em

elaboração.

A construção de cenários dentro do Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos deverá ser a mais objetiva possível, limitada a sua capacidade de

intervenção, de forma a se tornar um instrumento eficaz de prevenção e remoção de

obstáculos e, principalmente, no estabelecimento de prioridades.

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21

Em tese, o futuro é uma construção social onde a população de uma determinada

cidade ou região define o futuro desejado (ideal ou almejado). Porém, se os debates

não forem direcionados para as questões realmente relevantes, a construção de

cenários se dispersará em pequenos detalhes sem importância coletiva.

O processo inicia (em cada etapa) com uma relação aleatória de ideias, desejos,

ameaças, oportunidades e incertezas, as quais vão sendo gradativamente

organizadas, aglutinadas, excluídas e priorizadas – processo indutivo. Também

poderá seguir o caminho inverso, partindo da síntese do futuro desejado, o qual vai

sendo gradativamente detalhado – processo dedutivo.

Do documento elaborado por Sérgio C. Buarque para o IPEA, em 2003, outro trecho

explica com muita clareza a questão:

“... as metodologias de construção de cenários podem ser diferenciadas

em dois grandes conjuntos distintos segundo o tratamento analítico: (a)

Indutivo - os cenários emergem do particular para o geral e, se estruturam

pelo agrupamento das hipóteses, formando blocos consistentes que

expressam determinados futuros..., surgindo por si mesmos como

resultado da organização dos eventos, sem uma definição apriorística do

desenho do futuro; (b) Dedutivo -... saindo do geral e indo para o

particular, por meio de uma descrição do estado futuro que traduza a

natureza básica da realidade.”

A Figura 5 e Figura 6, ilustram as metodologias de construção destes dois tipos de

cenários.

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22

Figura 5 - Cenário Indutivo

Fonte: SERENCO, 2013

Figura 6 – Cenário Dedutivo

Fonte: SERENCO, 2013

Após o esboço do cenário desejado tem início a etapa mais importante, que consiste

na identificação das ameaças e incertezas que poderão dificultar ou até impedir o

alcance deste futuro desejado.

- Universalidade; - Integralidade;

- Equidade (dos Serviços de SB)

Saneamento - Direito de todo

cidadão

- Água; - Esgotos Sanitários; - Drenagem; - Resíduos Sólidos.

Saneamento Básico Integrado

- Proteção de mananciais; - Proteção ambiental; - Tarifas e subsídios transparentes; - Regras estáveis; - etc.

Regulação adequada

SALUBRIDADE

AMBIENTAL

Melhor

IDH do

país

- Crescimento Ordenado;

-Desenvolvimento

Social e Econômico;

- Salubridade Ambiental

- Oferta de serviços de SB

maior que a demanda;

- Universalidade,

Integralidade e equidade do

SB;

- Balneabilidade das praias;

- Proteção Ambiental;

- Regulação suficiente;

- Orientação por bacias

hidrográficas;

- Participação popular;

- Integração intermunicipal;

- Cooperação entre os

diversos agentes;

- etc.

- Oferta de serviços de água e esgotos

para a população, comércio e indústria;

- Reserva de oferta para atender a

população flutuante;

- Proteção de mananciais;

- Local mais indicado para disposição

final de resíduos sólidos;

- Estações de tratamento de esgotos na

sua melhor localização e disposição

final pactuada;

- Definição de áreas de risco ecológico à

inundação e as restrições à

impermeabilização;

- Educação sanitária e ambiental;

- Fluxo de recursos de financiamentos e

não onerosos compatíveis com as

necessidades de investimentos;

- etc.

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“A essência do trabalho de construção de cenários concentra-se,

portanto, em dois grandes momentos fundamentais: a identificação

das incertezas críticas e a formulação das hipóteses.”

Não basta elaborar uma lista detalhada de ameaças, é preciso compará-la com a

lista de oportunidades (regulação existente, ações e projetos em andamento,

recursos disponíveis ou contratados, alternativas já aprovadas pela população, etc.).

Deste confronto surgirá uma lista depurada de ameaças ou incertezas aglutinando

as semelhantes, eliminando as sem plausibilidade ou sem relevância. O passo

seguinte define as mais críticas e relevantes, o que é feito através de matrizes ou

tabelas, e a adoção de graus de avaliação. Sugerem-se três graus de relevância: A

– alta, M – média e, B – baixa. A partir deste ponto será possível projetar os demais

cenários, definir objetivos e prioridades.

3.4 Roteiro de Auxilio na definição dos Cenários

Isto posto, conforme já mencionado, o momento mais importante na definição de

cenários é a identificação das ameaças críticas de maior relevância e de maior

incerteza. Para tanto, é apresentado a seguir o roteiro a ser utilizado na definição

dos cenários.

a) Lista Aleatória e Exaustiva de Ameaças

Através do exercício chamado de “tempestade cerebral” ou “brainstorm”, os

membros da equipe de consultoria foram estimulados a citar qualquer ameaça ao

sucesso do PGIRS, sem preocupação com ordem ou relevância. As sugestões

foram anotadas. Ao analisarem-se as peculiaridades e as características

geográficas, ambientais e de uso e ocupação do solo do Município, constatou-se ser

mais racional focalizar os problemas (ameaças).

b) Análise de Consistência e Aglutinação

Algumas ameaças discriminadas anteriormente poderão ser inconsistentes com o

objeto do contrato - elaboração do PGIRS. Havendo consenso elas serão

eliminadas. Portanto, efetua-se uma revisão metódica da lista proposta para a

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eliminação de inconsistências conforme acima mencionado, por não serem

pertinentes ao tema. Por outro lado, pode-se ter uma aglutinação de sugestões

semelhantes.

c) Identificação de Oportunidades

A identificação de oportunidades é importante para que na próxima etapa seja

possível quantificar e qualificar as ameaças. Por exemplo: uma ameaça do tipo

“aterro sanitário com área de expansão adquirida, EIA/RIMA aprovado em Audiência

Pública e tempo de vida útil para mais 05 anos” pode ser de baixa relevância e baixa

incerteza se tiver o projeto aprovado, financiamento garantido e obras em licitação

ou andamento. Assim, é correlacionar-se para cada ameaça, as oportunidades

correspondentes. Definem-se as ameaças críticas mais relevantes e mais incertas e

consequentemente as ações prioritárias.

d) Ponderação das Ameaças Críticas – Modelo Matemático Adotado

Embora a teoria de elaboração de cenários não recomende a utilização de tabelas e

gráficos pré-definidos para não limitar a criatividade e a intuição, o modelo

matemático que será aplicado para a ponderação das ameaças críticas relativas à

Construção dos Cenários do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos do Município de Cabo Frio será utilizado. As notas adotadas para a

relevância e para a incerteza são as seguintes: 05 para Alta, 03 para Média e 01

para Baixa. A prioridade (P) é definida pela multiplicação de relevância (R)e

incerteza (I), (P=RxI).

Em vista do exposto, qual o caminho ou tipo de cenário a adotar? Indutivo ou

dedutivo é uma decisão da equipe técnica de especialistas da Consultora

SERENCO, já que isto irá se configurar somente após a realização das consultas

públicas programadas ao longo da construção do PGIRS.

A teoria de montagem de cenários tem demonstrado que o caminho adotado não se

identifica a priori sem as consultas públicas. Quando um caminho não traz os

resultados desejados, tenta-se outro. É preciso entender que Cenários são um

exercício livre de pensamento a ser ajustado a cada passo. É importante salientar

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25

que a Consultora propõe uma tecnologia de construção de cenários para alcançar os

resultados desejados, e cabe a ela, portanto, total responsabilidade no caminho

adotado. A função da Contratante INEA será o de analisar e debater os resultados

alcançados com os participantes das consultas públicas.

Desta forma, a identificação do caminho adotado somente se dará quando da

conclusão dos trabalhos relativos a Construção dos Cenários para o PGIRS do

Município de Cabo Frio, os quais serão submetidos à análise por parte dos grupos

técnicos responsáveis pelo contrato – INEA, Prefeitura Municipal, Consórcio Lagos

São João.

3.5 Sistematização das Informações – CDP

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico e por consequência no PGIRS apresenta basicamente um

método de ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de

pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e

compatível com a situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/

Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de

desenvolvimento da cidade. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento

podem ser percebidas com maior facilidade.

De acordo com esta classificação é possível estruturar a situação do Município com

referência a gestão de resíduos sólidos da seguinte maneira:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões

existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no

desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações

devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos:

rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

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Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento

do Município.

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem ser

explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da

população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características:

técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e

econômicas.

A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos levantados

nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos) nestas três

categorias, visando a montagem dos cenários, identificando as ações prioritárias e

as tomadas de decisões. A tabela s seguir apresenta a aplicação do método.

Tabela 5 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

C D P Fator

Crescimento significativo da população em épocas de veraneio e sazonal (Ano Novo e Carnaval)

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos para a Reciclagem

Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

Falta de definição da forma de entrega (condicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

Falta de projeto de remediação e monitoramento do antigo lixão

Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados,

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27

C D P Fator

concessionados Necessidade de projetar e construir uma estação de transbordo dentro

da tecnologia requerida e adequada para uma obra de tal natureza Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental

voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

Falta de programas voltados à coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para a reciclagem, envolvendo a iniciativa privada, tais como supermercados, bancos, shopping centers, escolas, faculdades, órgãos públicos, entre outros

Falta de estudo de caracterização atual dos resíduos sólidos urbanos

Necessidade de institucionalizar canais de participação e controle social para avaliação e monitoramento do Plano

Existência de aterro sanitário privado, localizado em São Pedro da Aldeia

Existência de sistema de coleta de RSS, com inertização em autoclave privado e disposição final em aterro sanitário, localizado em São Pedro da Aldeia – DOIS ARCOS

Coleta de resíduos através da empresa terceirizada LIMPATECH

Existência de área e projeto de ampliação do atual aterro sanitário DOIS ARCOS

Existência de Conselho Municipal de Meio Ambiente (em atividade)

Necessidade de alcançar a sustentabilidade financeira do sistema

Necessidade de definição e implantação de modelo institucional para gestão integrada da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos no Município

Presença da COMSECAF, Autarquia Serviço de Desenvolvimento de Cabo Frio, responsável pelos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos no Município

Existência de transbordo, estrada do Guriri, em condições precárias

Existência de Cooperativa – COOPERFORTE, operando a Central de Triagem no Bairro Guriri

Necessidade de elaboração, implantação e monitoramento de PGRS do mercado de peixes

Necessidade de projeto e implantação do sistema de coleta de biogás com aproveitamento energético do metano, no aterro sanitário DOIS ARCOS

Existência de alguns programas de coleta de resíduos especiais, tais como descarte de pilhas e baterias, pneus e óleo vegetal usado

Existência de 120 contratos terceirizados para varrição, capina, roçada e pintura de meio fio em vias e logradouros públicos.

Existência de programa bem estruturado para limpeza das praias

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28

3.6 Construção dos Cenários

A aplicação do CDP no item anterior abre o caminho para aplicação da metodologia

proposta para construção dos Cenários Futuros para Cabo Frio.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a

construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir

identificados:

I – Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;

Primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do atual

modelo de gestão de resíduos no município (Tabela 6).

II – A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica (Tabela

7).

A segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do produto das

Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Sendo os

índices de relevância e incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas.

IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do grupo que

mais pontuou, para o que menos pontuou.

Tabela 6 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão.

Item Ameaças Oportunidades

I

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

- Existência da Resolução CONAMA 307/2002

II

Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos para a Reciclagem

- Existência do Programa Coleta Seletiva Solidária, do INEA, que auxilia na implantação dos programas municipais

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA Alta = 05 Média = 03 Baixa = 01

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Item Ameaças Oportunidades

III

Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

- Existência do Programa Coleta Seletiva Solidária, do INEA, que auxilia na implantação dos programas municipais

IV Falta de definição da forma de entrega (condicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

- Existência de diversos modelos já implantados em municípios brasileiros

V

Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

- Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos - Meta do PLANARES: desvinculação da cobrança da taxa de lixo do IPTU

VI

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

- Apoio da FUNASA/MS. - Adesão ao Programa Coleta Seletiva Solidária do INEA

VII

Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

- Acordos setoriais estão sendo firmados a nível federal, com intermediação do Ministério do Meio Ambiente

VIII

Falta de projeto de remediação e monitoramento do antigo lixão

- Existência do Programa Lixão Zero, da Secretaria do Ambiente do Estado, que incentiva a recuperação e manutenção dos lixões encerrados, - Existência de pagamento de ICMS Verde pela recuperação de lixões.

IX

Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados

- Existência da AGENERSA, que está em processo de reformulação para poder regular os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

X

Necessidade de projetar e construir uma estação de transbordo dentro da tecnologia requerida e adequada para uma obra de tal natureza

- Possibilidade de obtenção de recursos junto ao MMA e Ministério das Cidades

XI

Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

- Adesão ao Programa Coleta Seletiva Solidária do INEA - Existência de Lei Federal sobre a Educação Ambiental

XII

Falta de programas voltados à coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para a reciclagem, envolvendo a iniciativa privada, tais como supermercados, bancos, shopping centers, escolas, faculdades, órgãos

- Conhecer programas em execução na Região como ECOAMPLA, Banco do Brasil, Supermercados, entre outros

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Item Ameaças Oportunidades

públicos, entre outros

XIII Falta de estudo de caracterização atual dos resíduos sólidos urbanos

- Existência de metodologia da ABNT 10.004, para quarteamento de resíduos

XIV Necessidade de institucionalizar canais de participação e controle social para avaliação e monitoramento do Plano

-Existência do Conselho Municipal de Meio Ambiente

XV Necessidade de alcançar a sustentabilidade financeira do sistema

- Lei Nº11.445/2007 que determina a necessidade da auto suficiência do sistema

XVI

Necessidade de definição e implantação de modelo institucional para gestão integrada da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos no Município

- Proposição de novo modelo institucional no PMSB/PGIRS (em elaboração)

XVII

Necessidade de elaboração, implantação e monitoramento do PGRS do mercado de peixes

- Atendimento à Lei Nº12.305/2010 e Decreto de regulamentação

XVIII

Necessidade de projeto e implantação do sistema de coleta de biogás com aproveitamento energético do metano, no aterro sanitário DOIS ARCOS

- Obtenção de créditos de carbono a serem pleiteados pela DOIS ARCOS, após ajustamento de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo)

Tabela 7 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças.

Item Ameaças Relevância (1)

Incerteza (2)

Prioridades (3)

I

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

5 3 15

II

Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos Urbanos para a Reciclagem

5 5 25

III

Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

5 3 15

IV

Falta de definição da forma de entrega (condicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

5 3 15

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31

Item Ameaças Relevância (1)

Incerteza (2)

Prioridades (3)

V

Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

5 5 25

VI

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

5 3 15

VII Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

3 3 09

VIII Falta de projeto de remediação e monitoramento do antigo lixão

5 5 25

IX Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados

5 5 25

X

Necessidade de projetar e construir uma estação de transbordo dentro da tecnologia requerida e adequada para uma obra de tal natureza

5 5 25

XI

Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

5 5 25

XII

Falta de programas voltados à coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para a reciclagem, envolvendo a iniciativa privada, tais como supermercados, bancos, shopping centers, escolas, faculdades, órgãos públicos, entre outros

5 3 15

XIII Falta de estudo de caracterização atual dos resíduos sólidos urbanos

5 3 15

XIV Necessidade de institucionalizar canais de participação e controle social para avaliação e monitoramento do Plano

5 5 25

XV Necessidade de alcançar a sustentabilidade financeira do sistema

5 5 25

XVI

Necessidade de definição e implantação de modelo institucional para gestão integrada da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos no Município

5 5 25

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Item Ameaças Relevância (1)

Incerteza (2)

Prioridades (3)

XVII

Necessidade de elaboração, implantação e monitoramento de PGRS do mercado de peixes

5 5 25

XVIII

Necessidade de projeto e implantação do sistema de coleta de biogás com aproveitamento energético do metano, no aterro sanitário DOIS ARCOS

5 3 15

Convergências das Ameaças Críticas

Após a definição dos valores de prioridades, as ameaças foram agrupadas em

quatro itens: Gestão integrada (Tabela 8), Produção/Redução de Resíduos (Tabela

9), Disposição Final (Tabela 10) e Educação Ambiental (Tabela 11).

A seguir estão apresentadas ameaças agrupadas, e ordenadas de acordo com as

que receberam maior pontuação, consideradas de maior prioridade para busca de

ações:

Tabela 8 - Gestão Integrada

Item Ameaças Prioridades

IX Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados

25

XVI Necessidade de definição e implantação de modelo institucional para gestão integrada da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos no Município

25

XIV Necessidade de institucionalizar canais de participação e controle social para avaliação e monitoramento do Plano

25

V Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

25

XV Necessidade de alcançar a sustentabilidade financeira do sistema

25

XVII Necessidade de elaboração, implantação e monitoramento de PGRS do mercado de peixes

25

I Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

15

IV Falta de definição da forma de entrega (condicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

15

III Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, 15

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Item Ameaças Prioridades

depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

VII Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

9

204

Tabela 9 - Produção/Redução de Resíduos

Item Ameaças Prioridades

II Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos Urbanos para a Reciclagem

25

X Necessidade de projetar e construir uma estação de transbordo dentro da tecnologia requerida e adequada para uma obra de tal natureza

25

XII

Falta de programas voltados à coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para a reciclagem, envolvendo a iniciativa privada, tais como supermercados, bancos, shopping centers, escolas, faculdades, órgãos públicos, entre outros

15

VI

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

15

XIII Falta de estudo de caracterização atual dos resíduos sólidos urbanos

15

95

Tabela 10 - Disposição Final

Item Ameaças Prioridades

VIII Falta de projeto de remediação e monitoramento do antigo lixão

25

XVIII Necessidade de projeto e implantação do sistema de coleta de biogás com aproveitamento energético do metano, no aterro sanitário DOIS ARCOS

15

40

Tabela 11 - Educação Ambiental

Item Ameaças Prioridades

XI Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

25

25

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34

Resumidamente as pontuações atingidas em cada grupo (

Tabela 12):

Tabela 12 - Resumo da pontuação por grupo

Programa Pontuação

Gestão Integrada 204

Produção/Redução de Resíduos 95

Disposição Final 40

Educação Ambiental 25

3.7 Definição dos Cenários

Pela hierarquização das ameaças, é possível observar que a gestão integrada

apresenta o maior número de pontos, seguida da produção de resíduos, disposição

final e educação ambiental. O modelo aplicado poderia conduzir a situações

diferenciadas, como por exemplo, disposição final ou produção de resíduos com a

maior pontuação e não a gestão integrada. Combinando-se entre si as

convergências pontuadas nos quatro setores selecionados é possível estabelecer as

seguintes estruturas básicas alternativas para a hierarquização dos cenários futuros

(Figura 7):

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35

Figura 7 - Alternativas

Fonte: SERENCO, 2013

Pela integração das alternativas desenhadas anteriormente obtém-se a Figura 8:

Figura 8 - Integração das alternativas

Fonte: SERENCO,2013.

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Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão Integrada

acrescida de Educação Ambiental alcançou 229 pontos e a pontuação de

Produção/Redução de Resíduos e a consequente Disposição Final alcançou 135

pontos. Esses números sugerem a montagem dos cenários a partir da Gestão

Integrada (204), Produção de Resíduos (95), Disposição Final (40) e Educação

Ambiental (25).

Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos cenários

(prognósticos) pesquisados optou-se pela seguinte sequência:

- Produção/Redução de Resíduos;

- Disposição Final;

- Gestão Integrada, e,

- Educação Ambiental.

3.7.1 Produção/Redução de Resíduos Sólidos

Para determinação da projeção de geração dos resíduos domésticos, foram

adotados os dados considerados no Diagnóstico.

Na Tabela 13, tem-se o cenário previsível, que representa se nada for feito ao longo

dos próximos 20 anos e o cenário normativo com o alcance das metas estabelecidas

para a Região Sudeste no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

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37

Tabela 13 - Projeção da geração de resíduos

Fonte: SERENCO,2013

3.7.1.1 Cenário Desejado

O Cenário desejado é aquele que utopicamente se define como “desperdício zero”

ou ainda “produção zero de resíduos”. Cenário este que não pode ser atingido, pois

sempre existirão resíduos a serem descartados, pois ainda não existem condições

de reciclagem/reuso.

Admite-se que a redução deverá ocorrer caso sejam adotadas medidas articuladas

de ação, porém o esforço normativo, operacional, financeiro e de planejamento

exercido sobre todos os aspectos que ligam o gerador à disposição final poderão

não ser suficientes, restando no final, resíduos sólidos, diferentemente do que se

deseja – produção zero. Pela Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº 7.404/2010, a

Orgânico

(51,4%)

Reciclável

(31,9%)

Rejeito

(16,7%)% t/ano % t/ano

2.013 200.829 0,820 60.082 30.882 19.166 10.034

2.014 204.705 0,829 61.962 31.848 19.766 10.348 25% 14.824 22% 24.842 50.014

2.015 208.582 0,839 63.870 32.829 20.374 10.666 30% 14.262 25% 24.622 49.550

2.016 212.458 0,849 65.804 33.823 20.992 10.989 32% 14.274 28% 24.353 49.616

2.017 216.335 0,858 67.767 34.832 21.618 11.317 33% 14.484 30% 24.382 50.183

2.018 220.211 0,868 69.756 35.854 22.252 11.649 35% 14.464 33% 24.022 50.136

2.019 224.088 0,878 71.773 36.891 22.895 11.986 37% 14.424 35% 23.979 50.389

2.020 227.964 0,887 73.816 37.942 23.547 12.327 38% 14.599 37% 23.903 50.830

2.021 231.840 0,897 75.887 39.006 24.208 12.673 40% 14.525 40% 23.404 50.602

2.022 235.716 0,906 77.986 40.085 24.877 13.024 41% 14.678 43% 22.848 50.550

2.023 239.593 0,916 80.112 41.177 25.556 13.379 42% 14.822 45% 22.648 50.849

2.024 243.469 0,926 82.265 42.284 26.242 13.738 42% 15.221 46% 22.833 51.792

2.025 247.346 0,935 84.445 43.405 26.938 14.102 43% 15.355 47% 23.005 52.462

2.026 251.222 0,945 86.653 44.540 27.642 14.471 44% 15.480 49% 22.715 52.666

2.027 255.099 0,955 88.888 45.688 28.355 14.844 45% 15.595 50% 22.844 53.284

2.028 258.975 0,964 91.150 46.851 29.077 15.222 46% 15.701 51% 22.957 53.881

2.029 262.852 0,974 93.440 48.028 29.807 15.604 47% 15.798 53% 22.573 53.975

2.030 266.728 0,984 95.756 49.219 30.546 15.991 49% 15.579 54% 22.641 54.211

2.031 270.604 0,993 98.100 50.424 31.294 16.383 50% 15.647 55% 22.691 54.720

2.032 274.480 1,003 100.471 51.642 32.050 16.779 52% 15.384 57% 22.206 54.369

2.033 278.357 1,013 102.870 52.875 32.816 17.179 55% 14.767 60% 21.150 53.097

Cenário Normativo

Redução de

resíduos

recicláveis

dispostos em

aterro

Redução de

resíduos

orgânicos

dispostos em

aterro

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

ANO

População

Residente

Sede +

Tamoios

(habitantes)

Cenário Previsível

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Composição (t/ano)

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38

logística reversa, a reciclagem energética e a coleta seletiva com inclusão social dos

catadores deverão estar presentes na definição desse cenário.

Da mesma forma, admite-se que sempre existirão áreas disponíveis que poderão

ser licenciadas para receber os resíduos para serem dispostos utilizando-se de

tecnologias ambientalmente satisfatórias. Também se admite que os recursos

financeiros necessários sempre sejam disponibilizados.

3.7.1.2 Cenário Previsível

Comparando-se com os valores obtidos pelo PLANARES, a respeito da

caracterização de resíduos, foi possível estabelecer os dados da Tabela 14:

Tabela 14 - Composição dos resíduos de Cabo Frio

Município Produção de resíduos (t/dia) Orgânicos Recicláveis Rejeitos

(%) (t/dia) (%) (t/dia) (%) (t/dia)

Cabo Frio 164,60 51,4% 85,10 31,9% 27,14 16,7% 4,53

Fonte: SERENCO,2013

Através da previsão populacional adotada (item 1) e com a quantificação de

resíduos dispostos diariamente no Aterro Sanitário de Dois Arcos, provenientes da

coleta domiciliar e comercial de Cabo Frio, é possível construir o cenário previsível

para o ano de 2033 (Tabela 15).

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Tabela 15 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível)

Fonte: SERENCO,2013

Logo, pelo cenário previsível para 2033, a população urbana de Cabo Frio terá um

crescimento de 200.829 habitantes para 278.357, acarretando acréscimos na

produção anual de resíduos de 60.082,00 toneladas para 102.870,00 toneladas. O

crescimento na geração de resíduos deve-se também à projeção do aumento da

geração per capita no município, estimado com um incremento de 25% até 2033,

chegando a 1,013 kg/hab.dia. Essa taxa foi estimada de acordo com o Panorama

dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2012 (ABRELPE) que demonstra um crescimento

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40

médio de 1,3% na geração de resíduos por ano. Portanto, para os próximos 20 anos

foi adotada uma taxa de 25% de crescimento.

O crescimento na geração de resíduos orgânicos será de 31.062,00 para 53.184,00

t/ano; recicláveis de 19.166,00 para 32.816,00 t/ano; e rejeitos de 10.034,00 para

17.179,00 t/ano.

Essas quantidades poderão sofrer pequenos acréscimos ou decréscimos, em função

da variação do poder aquisitivo da população sempre que o PIB (IPCA) cresça ou

diminua influenciando o poder de compra da população ou ainda diminuindo em

função de programas bem definidos de minimização da geração de resíduos.

3.7.1.3 Cenário Normativo

Na montagem do cenário normativo buscou-se apoio no planejamento para o

desenvolvimento de estratégias de gestão interferindo-se diretamente sobre os

parâmetros que determinam a produção de resíduos. Destacam-se os seguintes:

Educação ambiental da população geradora tendo em vista a mudança

de atitudes, de hábitos e de costumes;

Incentivo à reutilização de materiais, dando nova utilidade aos

materiais que são considerados inúteis;

Separação dos materiais potencialmente recicláveis (secos e

orgânicos) enviando-os/entregando-os para a coleta seletiva formal

e/ou informal;

Adoção de um conjunto articulado de ações normativas, operacionais,

financeiras e de planejamento com base em critérios sanitários,

ambientais e econômicos para coletar, transferir, transportar, tratar e

dispor os resíduos sólidos gerados;

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41

Aumento de investimento na infraestrutura de Coleta Seletiva de

Materiais Recicláveis;

Implantação de programa de Coleta Seletiva de Materiais Orgânicos

para a Compostagem, Vermicompostagem, Digestão

Anaeróbia/Bionenergia e Briquetagem, e,

Ordenamento dos resíduos a serem enviados para aterramento no

Aterro Sanitário de Dois Arcos.

A Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLANARES definiu

metas de redução de resíduos dispostos em aterros sanitários até 2031, de acordo

com as características de cada região do país (Tabela 16).

Tabela 16 - Metas do PLANARES para Região Sudeste

Metas Plano de Metas (Região Sudeste)

2015 2019 2023 2027 2031

Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

30% 37% 42% 45% 50%

Redução dos resíduos úmidos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

25% 35% 45% 50% 55%

Fonte: PLANARES, 2012

De acordo com as metas estabelecidas, na região Sudeste os municípios deverão

reduzir em 50% a quantidade de resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, e

em 55% a quantidade de resíduos úmidos (orgânicos) até 2031. Como este Plano

tem horizonte de 20 anos, portanto até 2033, as metas foram extrapoladas para 55%

e 60%, respectivamente, iniciando em 2014.

Na Tabela 17 é possível observar a redução da quantidade de resíduos com as

metas previstas no PLANARES.

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42

Tabela 17 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo)

Fonte: SERENCO, 2013

A tabela anterior apresenta a projeção da população, mantendo a estimativa de

acréscimo da geração per capita de resíduos, e com o alcance das metas do

PLANARES, chega a uma estimativa de quantidade de resíduos a ser destinada em

aterro sanitário de 53.220,00 toneladas no ano de 2033, número este próximo da

quantidade total destinada ao aterro de Dois Arcos em 2011 (58.229,00 toneladas).

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43

Essa quantia prevista pelo cenário normativo pode também ser comparada à

projeção da quantidade de resíduos produzida em 2033. Caso seja atingida a meta

do PLANARES, em 2033 serão destinados para aterro sanitário somente 51,73% do

total, ou seja, 48,27% dos resíduos produzidos no município serão reaproveitados.

Figura 9 - Gráfico da projeção de geração de resíduos

Fonte: SERENCO, 2013

Ainda pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio Ambiente, de

agosto de 2012, Capitulo 5, definem-se as metas que se espera alcançar no

horizonte temporal de 2031. Resumidamente para a Região Sudeste:

Resíduos Sólidos Urbanos

Meta 1 – Eliminação Total dos Lixões até 2014 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

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44

Meta 2 – Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para

geração de energia mediante viabilidade técnica e econômica, coleta de chorume,

drenagem pluvial, compactação da massa e cobertura vegetal). (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 50 75 100 %

Meta 3 – Redução dos Resíduos Recicláveis Secos dispostos em Aterros, com base

na caracterização Nacional 2013(%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 30 37 42 45 50 %

Meta 4 – Redução dos Resíduos Úmidos dispostos em Aterros, com base na

caracterização Nacional de 2013 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 25 35 45 50 55 %

Meta 5 – Recuperação de gases de aterro sanitário.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 100 150 200 250 MW/h

Meta 6 – Inclusão e fortalecimento da organização de catadores.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 109.564 152.607 172.172 195.650 234.780 Nº

Com relação as metas do PLANARES de Qualificação da Gestão dos Resíduos

Sólidos, elencamos apenas as relacionadas ao município.

Meta 2 – Planos Municipais e Intermunicipais elaborados até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 – Municípios com cobrança por serviços de RSU, sem vinculação ao IPTU

(%).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 44 60 72 81 95 %

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45

Metas para Resíduos de Serviços de Saúde

Meta 1 - Tratamento implementado (RDC ANVISA 306/2004 e CONAMA 358/2005).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Disposição Final ambientalmente adequada de RSS

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 3 – Lançamento de efluentes provenientes de serviços de saúde, de acordo

com os padrões CONAMA 357/2005 – 370/2006 – 397/2008 – 410/2009 – 430/2011

e Resolução CONAMA 358/2005.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 - Inserção de informações sobre quantidade média mensal de RSS gerado

por grupo e quantidade de RSS tratada no Cadastro Técnico Federal (CTF).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Resíduos de Portos, Aeroportos e Passagens de Fronteiras.

Meta 1 - Adequação do Tratamento de resíduos gerados, conforme normas

vigentes.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Coleta seletiva implementada nos pontos de entrada de resíduos e

aplicação de logística reversa, conforme legislação vigente.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 3 - Inserção das informações de quantitativo de resíduos (dados do PGRS) no

Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

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46

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Resíduos Industriais

Meta 1 – Disposição Final ambientalmente adequada de rejeitos industriais

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 – Redução da geração de rejeitos da indústria, com base no Inventário

Nacional de Resíduos Industriais de 2014

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 40 60 70 %

Resíduos Agrossilvopastoris

Meta 1 - Inventário de resíduos agrossilvopastoris

2015 2019 2023 2027 2031

Meta Favorável 100 100 100 100 100 %

Resíduos Sólidos da Mineração

Meta 1 - Levantamento de dados dos resíduos gerados pela atividade mineral (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 90 100 --- --- %

Meta 2 – Destinação Ambientalmente Adequada de resíduos da mineração (% peso)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 85 90 95 100 %

Meta 3 - Implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Mineração –

PGRMs (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 90 95 100 --- --- %

Resíduos da Construção Civil (RCC)

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47

Meta 1 - Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular até 2014. (Bota

Foras)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 2 – Destinação de RCC para Aterros Classe A licenciados em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 3 - Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 4 - Reutilização e Reciclagem de RCC em 100% dos municípios,

encaminhando os RCC para instalações de recuperação.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 70 85 100 --- %

Meta 5 - Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção,

pelos grandes geradores, e implantação de sistema declaratório dos geradores,

transportadores e áreas de destinação, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 6 - Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e

destinação dos RCC, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

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48

3.7.2 Disposição Final

Os cenários apresentados anteriormente se refletem diretamente sobre o cenário

relativo a disposição dos resíduos.

Atualmente existem várias tecnologias para o tratamento e disposição final de

resíduos. Desde os tradicionais Aterros Sanitários, Incineração de resíduos,

sistemas como a pirólise, queima na ausência de O2, usinas compactas de

separação mecânica (rejeitos + recicláveis + orgânicos) com ou sem aproveitamento

energético, entre muitos outros processos, já se encontram disponibilizados no

mercado internacional e chegando ao Brasil.

Não se pode descartar em nível de disposição final os efeitos positivos a serem

implementados por um Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Recicláveis bem

estruturado, desviados para as indústrias recicladoras que geram novos produtos.

Também os efeitos positivos causados pela Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos

desviados para a Compostagem/ Vermicompostagem, Digestão Anaeróbia

associada a produção de Bioenergia e a Briquetagem, precisam ser levados em

consideração.

Atualmente, a disposição final dos resíduos de Cabo Frio concentra-se no aterro

sanitário de Dois Arcos, localizado no município de São Pedro da Aldeia, pois é o

único local adequado para recebimento desses materiais na região. A seguir estão

apresentados os itinerários realizados pelos veículos de coleta para disposição final

dos resíduos em Dois Arcos.

Rota 1 – Via Av. Antônio Luiz da Fonseca e Estrada Boa Vista (7,7 km)

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Figura 10 - Itinerário ao destino final (Rota 1)

Rota 2 – Tamoios/Dois Arcos via Rod. Amaral Peixoto (35 km)

Figura 11 - Itinerário ao destino final (Rota 2)

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Rota 3 – Estação de Transbordo do Guriri/Dois Arcos via Av. Antônio Luiz da

Fonseca e Estrada Boa Vista (8,6 km)

Figura 12 – Itinerário ao destino final (Rota 3)

Em consonância com as Metas do PLANARES supracitadas faz parte da Política

Estadual de Resíduos Sólidos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a

erradicação dos Lixões até 2014. Um dos eixos principais de atuação para a

erradicação dos lixões municipais até 2014 (como determina a Lei da Política

Nacional de Resíduos Sólidos), é o Programa Lixão Zero, coordenado pela

Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), o qual integra o Programa Pacto pelo

Saneamento.

Foram propostos arranjos regionais para a disposição final de resíduos sólidos

urbanos em todo Estado, levando em consideração as situações regulares já

existes. Os atuais arranjos regionais encontram-se na Figura 13:

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51

Figura 13 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário Tendencial

Fonte: SEA, 2013.

Cabo Frio localiza-se no arranjo regional denominado Lagos II, com os municípios

de Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo e São

Pedro da Aldeia, que atualmente encontram-se em definição institucional. Todos

estes municípios atualmente encaminham seus resíduos domésticos/comerciais

para o aterro sanitário privado Dois Arcos, em instalado no próprio município.

3.7.3 Gestão Integrada

A gestão da Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos de Cabo Frio obedece

ao modelo apresentado na figura a seguir.

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Figura 14 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos.

Fonte: SERENCO, 2012

Em data de 22 de janeiro de 2013, a Prefeitura Municipal de Cabo Frio, pela Lei nº

2.470/2013, extingue a autarquia municipal de Serviço de Desenvolvimento de Cabo

Frio – SECAF, criando na mesma data, pela Lei nº 2.471/2013, a Companhia de

Serviços de Cabo Frio – COMSERCAF, a qual passa a executar a limpeza de vias

públicas, rodovias municipais, manutenção e a limpeza de águas pluviais,

planejamento, projeto e execução de serviços de coleta de lixo e sua destinação

final.

O Departamento de Serviços Urbanos é responsável pela coleta domiciliar, varrição

e coleta em todos os setores programados. Coordena a execução e supervisão das

tarefas e atribuições da área, acompanhando diuturnamente a execução das

mesmas.

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53

Serviços Prestados.

- Limpeza e aeração de areias das praias – uso de máquinas aeradas

revolvedoras, tracionadas por pneus;

- Coleta, remoção e transporte de resíduos sólidos domiciliares, públicos,

entulhos, volumosos inservíveis, industriais não perigosos e resíduos de

serviços de saúde;

- Limpeza mecanizada de ramais e galerias (alta pressão e/ou vácuo);

- Desobstrução de rios e canais, nas margens;

- Recuperação de logradouros púbicos;

- Encerramento e manutenção do vazadouro de Baía Formosa, e,

- Locação de máquinas, veículos e equipamentos.

A execução dos serviços de responsabilidade da COMSERCAF, é terceirizada.

- LIMPATECH – Serviços e Construções Ltda, CNPJ 35.780.956/0001-38,

Sede Rua XV de Novembro, nº73 – Sala 302 – Centro – Rio Bonito/RJ – CEP

28.800-000.

- EMPRESAS TERCEIRIZADA DE VARRIÇÃO, CAPINA E ROÇAGEM,

PINTURA DE MEIO-FIO – 120 setores = 120 empresas. Detalhes não

entregues pela SECAF.

- COOPERFORTE – opera a Central de Triagem no Bairro Guriri.

Toda a população urbana do município é atendida pelos serviços de limpeza urbana.

O que varia é a frequência da coleta. De acordo com o IBGE, 2010, a população

urbana total é de 186.227 habitantes, sendo que Cabo Frio possui distrito de

Tamoios.

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54

As ameaças elencadas refletem as principais preocupações a serem atendidas pelo

ente concedente dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos – o

Município de Cabo Frio.

Este cenário atrai e envolve todos os atores públicos e/ou privados responsáveis

pela gestão dos serviços de limpeza urbana, pelo manejo de resíduos sólidos e

também, de forma direta, envolvendo todos os geradores, sejam eles domiciliares,

comerciais, prestadores de serviços, industriais, públicos e privados.

3.7.4 Educação Ambiental

Conforme definido pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Nº 9.795, de

27 de abril de 1999), “educação ambiental” são “os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

Portanto, para atingir as metas propostas neste Plano, é de fundamental importância

a definição de um programa bem estruturado de educação ambiental para que as

pessoas e instituições possam se sensibilizar e participar dos programas de coleta

seletiva de recicláveis, resíduos orgânicos, entre outros, de forma efetiva.

Acredita-se que os efeitos da educação ambiental somente apresentarão resultados

positivos quando a gestão adequada dos resíduos sólidos associada a um forte

programa de educação ambiental for materializada através de programas, projetos e

ações que apresentem resultados satisfatórios e positivos.

De nada adianta separar os materiais recicláveis para a coleta seletiva, se no dia e

hora marcados essa coleta não ocorrer. De nada adianta separar os materiais

recicláveis e os orgânicos se no final das contas tudo for parar no aterro sanitário.

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55

A ação reguladora dos governos nacional, estadual e municipal que obriguem os

fabricantes de produtos a usarem menos embalagens e a cobrança de certificação

do cumprimento (selo verde, por exemplo) podem conduzir à minimização, a qual é

uma das áreas importantes para o Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

Urbanos. Da mesma forma, ações da sociedade civil e programas como o DUAL da

Alemanha, que incentivam a compostagem, o uso de embalagens retornáveis e

fortes campanhas de educação sanitária, estimulam as populações urbanas a se

envolverem e participarem nos programas de reciclagem e

compostagem/vermicompostagem/ bioenergia e briquetagem.

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos diagnosticou uma variabilidade de formas de

atuação de ações de educação ambiental, conforme as tipologias a seguir:

Tipo 1 - Informações orientadoras e objetivas para a participação da

população ou de determinada comunidade em programas ou ações ligadas

ao tema resíduos sólidos. Normalmente está ligada a objetivos ou metas

específicas dentro do projeto ou ação em que aparece. Podemos citar

informações objetivas a respeito de como aquela população deve proceder na

segregação dos seus resíduos para uma coleta seletiva municipal ou qual o

procedimento mais adequado para o encaminhamento de determinados

resíduos, entre outras informações pertinentes.

Tipo 2 - Sensibilização/mobilização das comunidades diretamente

envolvidas. Aqui os conteúdos a serem trabalhados envolvem um

aprofundamento das causas e consequências do excesso de geração e na

dificuldade de cuidado, tratamento e destinação adequados dos resíduos

sólidos produzidos em um município, região ou país. Destaca-se ainda, neste

caso, o uso e a necessidade de utilização de instrumentos, metodologias e

tecnologias sociais de sensibilização e mobilização das populações

diretamente atingidas pelos projetos ou ações implantados. Neste caso ainda

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56

os conteúdos variam e podem incluir desde os vários aspectos ligados ao

cuidado com os recursos naturais e à minimização de resíduos (3Rs), até os

vários temas relacionados à educação para o consumo

sustentável/consciente/ responsável e às vantagens sociais e econômicas da

coleta seletiva.

Tipo 3 – Informação, sensibilização ou mobilização para o tema resíduos

sólidos desenvolvidos em ambiente escolar. Neste caso o conteúdo

desenvolvido tem claro objetivo pedagógico e normalmente o tema Resíduos

Sólidos é trabalhado para chamar a atenção e sensibilizar a comunidade

escolar para as questões ambientais de uma forma mais ampla. Podem

envolver desde informações objetivas, como as encontradas no tipo 1, até um

aprofundamento semelhante ao do tipo 2, além de tratamento pedagógico e

didático específico para cada caso, faixa etária e nível escolar.

Tipo 4 – Campanhas e Ações Pontuais de Mobilização - Neste caso os

conteúdos, instrumentos e metodologias devem ser adequados à cada caso

específico. A complexidade do tema e a necessidade premente de mudança

de hábitos e atitudes necessários à implantação dos novos princípios e

diretrizes presentes na PNRS impossibilitam que estas ações alcancem todos

os objetivos e metas propostos em um trabalho educativo. Podem, entretanto,

fazer parte de programas mais abrangentes de educação ambiental, podendo

ainda envolver um público mais amplo, a partir da utilização das várias mídias

disponíveis, inclusive aquelas com grande alcance e impacto junto á

população.

3.8 Recomendações

Várias considerações, sugestões e alternativas surgem ao final dos Cenários

anteriormente construídos. As principais delas estão apresentadas a seguir:

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57

1. Institucionalização da Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis

Implantação de infraestrutura necessária;

Definição do acondicionamento dos materiais recicláveis;

Logística de coleta porta a porta, em PEV’s e/ou ECOPONTOS;

Implantação de Associação ou Cooperativa de catadores;

Capacitação dos catadores membros das associações;

Regularizar o levantamento dos depósitos, aparistas e sucaterios;

Comercialização dos materiais recicláveis;

Figura 15 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis

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58

2. Reformulação e complementação do sistema de Acondicionamento, Coleta,

Transporte e Destinação Final de Resíduos Domésticos/Comerciais

Definição do acondicionamento dos resíduos sólidos domésticos/comerciais;

Definir detalhadamente e fiscalizar os grandes geradores.

Figura 16 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais

No caso de Cabo Frio, como os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos são terceirizados com a iniciativa privada, os pontos de apoio são definidos e

de responsabilidade das mesmas.

3. Institucionalização da Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos

Implantação de infraestrutura necessária para o programa de coleta seletiva

de materiais orgânicos;

Definição do acondicionamento dos resíduos orgânicos com prioridade aos

Grandes Geradores;

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59

Definição do modelo de veículo coletor;

Logística de coleta, em bombonas com tampa, de ponto a ponto, PEV’s e/ou

ECOPONTOS;

Definição da disposição final em conjunto ou não, com os resíduos da poda,

capina e roçagem, tendo em vista a compostagem, vermicompostagem,

digestão anaeróbia para bioenergia e/ou briquetagem, e,

Definição da comercialização dos produtos gerados.

Figura 17 - Disposição Integrada de Resíduos Sólidos Orgânicos

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Figura 18 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas

(1)

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61

4. Implantação de ECOPONTOS/ATT

Figura 19 - Modelo de ECOPONTO

Figura 20 - Proposta de planta de ECOPONTO

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62

A norma ABNT NBR 15.112/2004 estabelece as diretrizes para projeto, implantação

e operação de Áreas de transbordo e triagem para resíduos da construção civil e

resíduos volumosos. A norma também define as seguintes condições para

implantação de ATT’s:

Isolamento;

Identificação;

Equipamentos de segurança;

Sistemas de proteção ambiental, e,

Condições específicas para pontos de entrega de pequenos volumes.

Além disso, especifica condições gerais para o projeto e de operação que deverão

ser levados em conta quando da implantação destas áreas.

5. Monitoramento dos antigos lixões

Projetos de remediação dos passivos ambientais encontrados no

município, implementação e monitoramento completo da área (solo, ar,

lençol freático e águas superficiais). O principal passivo ambiental

relacionado a resíduos sólidos no município é o lixão de Baía Formosa,

referenciado em mapa no produto 5.

6. Responsabilidades pelo gerenciamento de resíduos de grandes geradores

Os geradores de resíduos incluídos no art. 20 da Lei 12.305/2010 são responsáveis

pelo gerenciamento dos seus resíduos, devendo ser definidas a implementação e

operacionalização.

Quanto ao poder público, cabe a fiscalização e orientação aos grandes geradores

para cumprirem a legislação vigente.

A tabela a seguir define as responsabilidades de implementação, operacionalização

e fiscalização para os resíduos enquadrados no art. 20:

Page 67: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

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Tabela 18 - Definição de responsabilidades

Fonte: SERENCO, 2013

7. Transporte de resíduos de grandes geradores

De acordo com a Lei 12.305/2010, os geradores de resíduos das atividades listadas

no art. 20, deverão elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Também deverão contratar, independente da coleta de resíduos domiciliares,

empresa para realizar a coleta e transporte desses resíduos para destiná-los

adequadamente.

Para o serviço de transporte de resíduos, as empresas deverão possuir

licenciamento e autorização ambiental junto ao INEA (ou órgão ambiental municipal),

que define os critérios baseados na legislação, normas e resoluções existentes.

Para os resíduos classe I, por exemplo, deverá ser atendida a seguinte legislação:

NBR 13.221 – Transporte Terrestre de Resíduos;

NBR 7500 – Transporte de Cargas Perigosa Simbologia;

Geradores Implementação/

Operacionalização Órgão

Fiscalizador Resíduos Industriais Instalações industriais Secretaria do Meio

Ambiente

Resíduo de Serviço de Saúde Prestadores de serviço de saúde Secretaria de Meio Ambiente/ Vigilância

Sanitária

Resíduo de Mineração Atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios

Secretaria de Meio Ambiente

Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de serviços

(Supermercados, Shopping Centers, Centros Comerciais e etc)

Secretaria de Meio Ambiente

Empresas de Construção Civil Atividades de construção beneficiamento de materiais para

construção

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria Municipal de Obras

Empresas de Transporte Portos, Aeroportos, Terminais Alfandegários, Rodoviárias,

Ferroviárias, Passagens de Fronteira

Secretaria de Meio Ambiente

Atividades Agrossilvopastoris Atividades Rurais, e beneficiamento de produtos agrossilvopastoris

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria

Municipal de Agricultura

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64

NBR 7501 – Transporte de Cargas Perigosas – Terminologia;

NBR 7502 – Transporte de Carga Perigosa – Classificação;

NBR 7503 – Ficha de Emergência para Transporte de Cargas Perigosas;

NBR 7504 – Envelope para Transporte de Cargas Perigosas, Dimensões

e Utilizações;

NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte

terrestre de produtos perigosos;

Decreto Federal 96.044/88 – Dispõe sobre transporte rodoviário de

produtos perigosos;

Resolução CONAMA N° 001/86 - Dispõe sobre transporte de produtos

perigosos em território nacional, e,

Resolução 420/04 da ANTT. – Declaração de Destinação do Resíduo.

O veículo deve portar placas de identificação de risco e classificação ONU e

equipamento de controle de emergência inspecionado e capacitação, em validade,

atestando a sua adequação, emitido pelo Instituto de Pesos e Medidas - IPEM ou

entidade por ele credenciada.

O condutor do veículo deve ter habilitação, certificado do curso MOPP

(Movimentação e Operação de Produtos Perigosos) com a informação:

“Transportador de Carga Perigosa”. Além disso, o condutor deve estar provido de

Equipamentos de Proteção Individual (EPI), em atendimento a NBR 9735.

Como precaução deve ser solicitado ao transportador o plano de emergência e cópia

do contrato com a empresa responsável em atendimentos de emergências para

transporte de resíduos perigosos.

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos Classe I,

é necessário verificar se:

A empresa é habilitada para realizar o transporte de resíduo perigoso de

acordo com a Resolução 420 da ANTT;

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65

A empresa possui Licença Ambiental emitida pelo INEA (ou órgão

ambiental municipal);

Os veículos estão identificados conforme determina a legislação;

Os veículos possuem a documentação necessária para o transporte de

produto perigoso, bem como plano de emergência, no caso de acidentes;

Os condutores possuem a documentação necessária exigíveis por lei

para esse tipo de transporte;

Solicitar o plano de emergência;

Encaminhar junto ao resíduo transportado o Manifesto de

Transporte/Notas fiscais, solicitando devolução de uma das vias

carimbada tanto pelo transportador quanto pelo receptor final do resíduo;

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos classe II

- A e Classe II - B, é necessário verificar se:

A empresa possui licença ambiental para transporte;

A empresa solicita ao INEA (ou órgão ambiental municipal) a autorização

de transporte quando necessário;

É encaminhado junto ao resíduo transportado o Manifesto de

Transporte/Notas Fiscais, solicitando devolução de uma das vias

carimbada tanto pelo transportador quanto pelo receptor final do resíduo.

Antes de contratar empresas prestadoras de serviços pertinentes a atividade de

tratamento e disposição final de resíduos se faz necessário verificar:

Se a empresa possui Licença de Instalação e de Operação

Se a licença permite que a empresa receba o tipo de resíduos que está

sendo destinado para tratamento

Se o Aterro está licenciado para receber os resíduos gerados durante o

processo de tratamento.

Se a empresa emite o certificado de Tratamento dos Resíduos.

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Se a empresa encaminha os relatórios de recebimento de resíduos ao

INEA.

Se a empresa está em dia com suas obrigações fiscais e trabalhistas,

solicitando, Certidão de Regularidade com o INSS – CND, Certidão de

Regularidade com o FGTS, Certidão de Regularidade com as Fazendas

Municipal, Estadual e Federal.

Em caso de resíduos encaminhados para empresas que geram insumos

provenientes do processo de tratamento, como por exemplo: cinzas do

processo de incineração, solicitar documentação ambiental do

empreendimento de destinação final dos rejeitos.

Ao encaminhar o resíduo para Tratamento/Destinação Final deve ser preenchida a

planilha de Controle de Movimentação de Resíduos, com isso os controles das

atividades propostas no PGRS ficam efetivamente monitorados.

8. Mecanismos para criação de fontes de negócio, emprego e renda

A Prefeitura Municipal deverá criar incentivos fiscais para atrair indústrias de

reciclagem e beneficiamento de materiais, para o município, criando assim fontes de

negócio, emprego e renda mediante a valorização de resíduos sólidos.

Ainda deverão ser incluídos nos incentivos as Associações e Cooperativas de

catadores de materiais recicláveis que estejam organizadas para serem beneficiadas

gerando fontes de negócio, emprego e renda.

9. Sugestões ao programa de Educação Ambiental

O Programa de Educação Ambiental proposto nesse Plano, estão baseados nos

programas já desenvolvidos pelo Estado do Rio de Janeiro, como o Programa

Coleta Seletiva Solidária, detalhados no produto 5.1.

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Sugere-se que no programa a ser implantado, além da divulgação através de

folders, cartazes e cartilhas, seja feita a divulgação do mesmo utilizando os veículos

da coleta de resíduos, assim como já é realizado em outros municípios do país.

Figura 21 - Modelo de veículo de coleta de resíduos

Fonte: SERENCO, 2013

10. Periodicidade de revisão do Plano

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá ser revisado a cada

quatro anos, observando prioritariamente o período de vigência do plano plurianual

municipal.

11. Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento

Os resíduos de serviços públicos de saneamento gerados no município são de

responsabilidade da concessionária Prolagos, que deve buscar alternativas para seu

tratamento e disposição final.

Os lodos gerados tanto nas ETE’s quanto na ETA operados pela Prolagos, são

destinados para o aterro sanitário Dois Arcos, conforme apresentado no produto 4.

O mesmo produto também apresenta as quantidades geradas.

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12. Diretrizes para Logística Reversa

A logística reversa é definida pela Lei 12.305/2010 como instrumento de

desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros

ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

O Governo Federal instalou, no dia 17 de fevereiro de 2011, o Comitê Orientador

para Implementação de Sistemas de Logística Reversa. O Comitê é formado pelos

ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem por

finalidade definir as regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor

econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento,

em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos.

O Grupo Técnico de Assessoramento (GTA), que funciona como instância de

assessoramento para instrução das matérias a serem submetidas à deliberação do

Comitê Orientador, criou cinco Grupos Técnicos Temáticos que discutem, desde o

dia 5 de maio, a Logística Reversa para cinco cadeias.

As cinco cadeias identificadas, inicialmente como prioritárias, são: descarte de

medicamentos; embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes e seus

resíduos; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, e

eletroeletrônicos.

Esses Grupos tem por finalidade elaborar propostas de modelagem da Logística

Reversa e subsídios para o edital de chamamento para o Acordo Setorial.

Os sistemas de devolução dos resíduos aos geradores serão implementados

principalmente por meio de acordos setoriais com a indústria. A lei prevê a Logística

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Reversa para as cadeias produtivas de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos

lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos.

Portanto, o município deverá acatar as regras definidas a nível federal para poder

implementar as ações de logística reversa localmente.

Figura 22 - Modelo para logística reversa

Fonte: PIRES, 2007

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4 LIMPEZA URBANA

Em Cabo Frio (incluindo o distrito de Tamoios), toda a população urbana do

município é atendida pelos serviços de limpeza urbana. O que varia é a frequência

da prestação desses serviços. De acordo com o IBGE, 2010, a população urbana

total é de 186.227 habitantes.

O principal serviço do sistema de limpeza urbana é a varrição, que deve ocorrer

regularmente nos logradouros públicos, podendo ser executado manualmente, com

emprego de mão-de-obra munida do ferramental e carrinhos auxiliares para

recolhimento dos resíduos, ou mecanicamente com emprego de equipamentos

móveis especiais de porte variado.

O serviço de varrição manual de vias e logradouros públicos pode ser executado por

equipe ou individualmente, e deve obedecer a roteiros previamente elaborados, com

itinerários, horários e frequências definidas em função da importância de cada área

na malha urbana do Município, do tipo de ocupação/uso e grau de urbanização do

logradouro. Além disso, deve haver serviços de varrição nos canteiros e áreas

gramadas, que deverão ser executados de maneira análoga ao serviço de varrição

de vias. O serviço de limpeza de logradouros públicos tem por objetivo evitar:

Problemas sanitários para a comunidade;

Interferências perigosas no trânsito de veículos;

Riscos de acidentes para pedestres;

Prejuízos ao turismo;

Inundações das ruas pelo entupimento dos ralos.

Complementando a atividade de varrição, e inseridos no sistema de limpeza urbana,

estão normalmente associados os serviços de:

Capina;

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Roçada;

Poda;

Lavagem de vias e logradouros;

Pintura de meio fio;

Raspagem de terra/areia;

Limpeza e desobstrução de caixas de ralos;

Limpeza de feiras-livres, e,

Limpeza da Orla Marítima.

Para a melhoria da eficiência dos serviços de varrição, De acordo com PGIRS de

Campo Largo/PR, 2007:

Métodos de Varrição

Apenas em algumas situações particulares recomenda-se o uso de máquinas.

A limpeza por meio de jatos de água, pelo seu alto custo, deve ser restrita a

situações especiais.

Normalmente não é preciso varrer a faixa mais central de uma via, o trânsito de

veículos basta para empurrar a sujeira para as sarjetas e estas, sim, deverão ser

varridas.

A limpeza das calçadas fica por conta dos moradores, podendo inclusive constar no

Código de Posturas ou outra legislação pertinente.

Deve ser incentivado o reuso de água para a limpeza das calçadas.

Mão-de-obra Direta para Varredura

Estudos comparativos efetuados em algumas cidades comprovaram que o serviço

executado por um só varredor é geralmente mais produtivo.

- Um só gari varrendo, recolhendo e vazando os resíduos no ponto de

acumulação;

- Dois homens, sendo um varrendo e juntando os resíduos, enquanto outro

gari coleta e vaza o material no ponto de remoção.

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Limpeza de Feiras

Após o término da feira, a retirada do resíduo deve ser rápida. É preciso desobstruir

logo o trânsito no logradouro e, acima de tudo, evitar a fermentação da matéria

orgânica (geralmente é acelerada devido ao clima).

Para diminuir os problemas, deve ser estabelecido um horário rígido para término da

feira livre. Além disso, os feirantes terão de manter, ao lado dos pontos de venda,

recipientes para resíduo.

Para executar uma limpeza eficiente é recomendado:

- Iniciar o serviço tão logo à feira termine;

- Varrer toda a área utilizada, e não, como frequentemente ocorre apenas a

faixa das sarjetas;

- Varrer o resíduo do passeio e do centro da rua para as sarjetas, de onde

será removido (feiras instaladas em ruas);

- Recolher o resíduo, à medida que for varrendo, através de equipamento

adequado (caminhão compactador, por exemplo);

- Lavar o logradouro após a varredura e remoção utilizando, de preferência,

equipamentos do tipo pipa d’água (quando o piso for pavimentado);

- Aplicar desodorizante no setor de venda de peixe.

Tipos de Varrição

Os tipos de varrição podem ser definidos como varrição normal ou de conservação:

Normal ou corrida

Pode ser executada diariamente, duas ou três vezes por semana, ou em

intervalos maiores. Tudo irá depender da mão-de-obra existente, da disponibilidade

de equipamentos e das características do logradouro, ou seja, da sua importância

para o município.

Conservação

É uma atividade em geral implantada nos locais com grande circulação de

pedestres: áreas centrais das cidades; setores de comércio mais intenso, pontos

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turísticos, etc. Neste caso, os garis terão de efetuar tantas varrições (repasses)

quantas sejam exigidas para que o logradouro se mantenha limpo.

Definido o tipo de serviço ideal para cada logradouro, deve-se então, indicar

em um mapa o nível de frequências da varrição adotado. Conforme já diagnosticado,

o município apresenta uma frequência da varrição adequada, portanto, devendo ser

mantidos.

Velocidade da varrição

A velocidade da varrição é expressa em metros lineares de sarjeta por

homem/dia, referente a uma jornada de trabalho. Antes de determinar a velocidade,

é preciso classificar os logradouros de acordo com suas características que

influenciam na produtividade do varredor, como:

tipo de pavimentação das vias e passeios;

a existência ou não de estacionamentos;

a circulação de pedestres;

fluxo de veículos no local a ser prestado o serviço.

A velocidade varia também de cidade para cidade, tendo uma média para a varrição

de meio fio de vias pavimentadas entre 180 metros / homem / hora a 350 metros /

homem / hora.

Extensão de sarjeta a ser varrida

Deve ser levantada a extensão de todas as ruas atendidas pelo serviço de varrição.

A extensão das sarjetas irá corresponder às extensões de ruas multiplicadas por

dois. Considerando-se as frequências, será possível definir a extensão linear a ser

varrida por dia.

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4.1 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Na implantação e fiscalização dos serviços de limpeza urbana é preciso fazer

ajustes e atualizações constantemente conforme as demandas e modificações que

estão sempre ocorrendo na cidade. É imprescindível uma boa fiscalização, não

apenas dos serviços executados. Infrações do gênero têm que ser previstas nos

códigos de posturas ou regulamentos de limpeza e devem ser punidas. Alguns

fatores que orientam no controle e fiscalização podem ser observados a seguir:

Peso dos resíduos;

Controle das frequências e horários dos diversos serviços;

Quantidade e tipo dos equipamentos utilizados;

Condições gerais dos equipamentos utilizados;

Adequação dos utensílios usados (carrinhos, vassouras, etc.);

Padrão de qualidade dos serviços;

Controle de absenteísmo;

Condições de trabalho dos empregados (higiene e segurança do trabalho);

Quantidade e capacitação profissional do pessoal empregado;

Aferição do volume de serviços extraordinários/emergenciais;

Forma de acondicionamento temporário do resíduo público;

Controle da coleta dos resíduos;

Identificação dos pontos críticos (locais de lançamento frequente de resíduos

pela população).

5 PROGRAMAS, METAS E AÇÕES

Apresentam-se a seguir, os programas, planos, projetos, metas e ações tendo em

vista os cenários anteriormente construídos e sugeridos, suas alternativas

concebidas, a serem compatibilizadas com os demais setores do PMSB, com seus

programas e metas imediatas, curto, médio e longo prazos em busca da

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universalização do sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Urbanos de Cabo Frio, admitindo-se soluções graduais e progressivas.

A compatibilização do atual Plano com os demais planos plurianuais e

governamentais correlatos também deverá ocorrer apoiando-se nos programas,

planos, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas previstas.

As carências atuais (ameaças) diagnosticadas, apoiam o estabelecimento das metas

indicadas, tendo em vista a tomada de decisões que os executores tais como o

poder executivo local, os prestadores de serviços e o ente regulador tenham em

mãos os indicativos necessários para o atendimento dos objetivos, metas e ações

propostas neste Plano.

Resumidamente, destacam-se os seguintes pontos referenciados ao sistema de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de Cabo Frio.

I – Programa Produção de Resíduos.

II – Programa Disposição Final.

III – Programa Gestão Integrada.

IV – Programa Educação Ambiental.

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/ve

rmic

om

po

stag

em

93.0

00,0

0-

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Re

du

ção

de

28%

de

re

síd

uo

s

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o A

terr

o

San

itár

io d

e D

ois

Arc

os

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

49%

de

re

síd

uo

s o

rgân

ico

s

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

60%

de

re

síd

uo

s o

rgân

ico

s d

isp

ost

os

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Imp

lan

tar

o S

iste

ma

de

co

leta

se

leti

va d

e m

ate

riai

s o

rgân

ico

s

FUNDAMENTAÇÃOO

sre

síd

uo

so

rgân

ico

sap

are

cem

na

cara

cte

riza

ção

do

sre

síd

uo

sco

mo

am

aio

rp

arce

la(5

1,7%

)d

aco

mp

osi

ção

tota

l.Es

sem

ate

rial

po

ssu

i

gran

de

po

ten

cial

par

aap

rove

itam

en

toco

mo

Co

mp

ost

age

me

aV

erm

ico

mp

ost

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m.P

ela

me

tad

oP

LAN

AR

ESa

Re

gião

Sud

est

ed

oP

aís

de

verá

red

uzi

re

m55

%a

qu

anti

dad

ed

ess

es

resí

du

os

dis

po

sto

se

mat

err

os

san

itár

ios

.A

mis

tura

de

sse

sm

ate

riai

so

rgân

ico

sco

mo

pro

du

tod

ap

od

ação

trit

ura

do

,ca

pin

ae

roça

gem

pe

rmit

irá

em

usi

na

de

com

po

stag

em

/ve

rmic

om

po

stag

em

red

uzi

ras

qu

anti

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es

a

sere

mat

err

adas

,au

me

nta

nd

oa

vid

til

do

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rro

san

itár

io.

Os

gran

de

sge

rad

ore

sd

eve

rão

ser

os

pri

me

iro

sa

sere

mco

nvo

cad

os

a

par

tici

par

do

Pro

gram

a.

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Q

uan

tid

ade

de

re

síd

uo

s o

rgân

ico

s d

esv

iad

os

do

ate

rram

en

to;

2. Q

uan

tid

ade

de

co

mp

ost

o/v

erm

ico

mp

ost

o p

rod

uzi

do

;

3. A

um

en

to d

o t

em

po

de

vid

a ú

til d

o A

terr

o S

anit

ário

;

4. In

dic

ado

res

do

SN

IS

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

1.2.

2Im

pla

nta

ção

do

sis

tem

a d

e c

ole

ta-

118.

602,

00--

- -

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

-M

inis

téri

o d

as

Cid

ad

es

1.2.

3Im

pla

nta

ção

da

cen

tral

de

co

mp

ost

age

m-

850.

000,

00-

Page 82: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

78

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. E

stu

do

de

car

acte

riza

ção

do

s re

síd

uo

s só

lid

os

urb

ano

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Pro

du

ção

/Re

du

ção

de

Re

síd

uo

s

Re

aliz

ar a

car

acte

riza

ção

do

s re

síd

uo

s só

lid

os

urb

ano

s ge

rad

os

no

mu

nic

ípio

FUNDAMENTAÇÃO

Cab

oFr

ion

ãop

oss

ui

um

est

ud

od

eca

ract

eri

zaçã

od

ese

us

resí

du

os,

de

mo

do

qu

ep

ara

real

izar

asp

roje

çõe

sd

oP

GIR

Sfo

i

uti

liza

da

aca

ract

eri

zaçã

on

acio

nal

,sa

be

mo

sq

ue

cad

alo

cal

tem

cult

ura

se

háb

ito

sd

ife

ren

tes

oq

ue

infl

ue

nci

ad

ire

tam

en

ten

as

cara

cte

ríst

icas

do

sre

síd

uo

sge

rad

os.

Co

nh

ece

ra

com

po

siçã

ofí

sica

egr

avim

étr

ica

do

mu

nic

ípio

éim

po

rtan

tep

ara

real

izar

as

pro

jeçõ

es

de

ge

raçã

o d

e r

esí

du

os

e a

vali

ar s

e o

s p

rogr

amas

imp

lan

tad

os

est

ão s

en

do

efi

cie

nte

s.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Elab

ora

ção

do

est

ud

o d

a

cara

cte

riza

ção

Re

visã

o d

o e

stu

do

Re

visã

o d

o e

stu

do

Re

visã

o d

o E

stu

do

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

52.5

00,0

0Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

1.3.

1C

on

trat

ação

de

est

ud

o d

e c

arac

teri

zaçã

o

52.5

00,0

052

.500

,00

52.5

00,0

0

Page 83: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

79

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l1.

4.3

Op

era

ção

da

Esta

ção

22.5

00,0

080

.000

,00

80.0

00,0

080

.000

,00

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

1.4.

2C

on

stru

ir a

est

ação

e in

icío

de

op

era

ção

-1.

200.

000,

00-

-M

inis

téri

o d

as

Cid

ad

es

1.4.

1El

abo

rarç

ão d

o p

roje

to d

a e

staç

ão d

e

tran

sbo

rdo

15

0.00

0,00

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

do

pro

jeto

C

on

stru

ção

da

Esta

ção

e

Inic

ío d

a o

pe

raçã

oO

pe

raçã

o d

o T

ran

sbo

rdo

O

pe

raçã

o d

o T

ran

sbo

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PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

on

clu

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da

ob

ra e

inic

ío d

e o

pe

raçã

o

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

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OS

SÓLI

DO

S

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A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Pro

du

ção

/Re

du

ção

de

Re

síd

uo

s

Pro

jeta

r e

Imp

lan

tar

Esta

ção

de

Tra

nsb

ord

o

FUNDAMENTAÇÃO

Aat

ual

est

ação

de

tran

sbo

rdo

uti

liza

da

par

atr

ansf

erê

nci

ad

os

resí

du

os

de

spe

jad

os

na

áre

ad

oan

tigo

bri

tad

or

da

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipal

de

Cab

oFr

io,

tem

sua

op

era

ção

bas

tan

tep

recá

ria

de

ven

do

ser

ela

bo

rad

op

roje

tod

ee

nge

nh

aria

de

ntr

od

a

Tecn

olo

gia

req

ue

rid

a p

ara

ob

ras

de

ssa

nat

ure

za.

Page 84: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

80

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l1.

5.3

Mo

nit

ora

r o

pro

gram

a-

25.0

00,0

025

.000

,00

25.0

00,0

0

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

1.5.

2Im

pla

nta

r o

pro

gram

a20

.000

,00

--

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

1.5.

1El

abo

rar

o p

rogr

ama

25.0

00,0

0-

--

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

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TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Elab

ora

ção

o p

rogr

ama

Imp

lan

tar

e m

on

ito

rar

o

pro

gram

aM

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ito

rar

o p

rogr

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Mo

nit

ora

r o

pro

gram

a

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. I

mp

lan

tar

o p

rogr

ama

e m

on

ito

rar

sua

exe

cuçã

o

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

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S

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A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

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UO

S SÓ

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Pro

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ção

/Re

du

ção

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uo

s

Imp

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tar

pro

gram

a d

e c

ole

ta s

ele

tiva

vo

ltad

o p

ara

a in

icia

tiva

pri

vad

a

FUNDAMENTAÇÃO

A in

icia

tiva

pri

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a, s

up

erm

erc

ado

s, s

ho

pp

ing

cen

ters

, esc

ola

s, f

acu

ldad

es,

un

ive

rsid

ade

s, b

anco

s, o

rgão

s p

úb

lico

s, m

un

icip

ais,

est

adu

ais

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de

rais

,e

ntr

eo

utr

os,

de

verã

ose

en

gaja

rao

pro

gram

ad

eC

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taSe

leti

vad

em

ate

riai

sre

cicl

áve

is,

ase

rem

segr

ega

do

s e

co

me

rcia

liza

do

s p

ela

CO

OP

ERFO

RT

- C

oo

pe

rati

va d

e C

atad

ore

s d

e M

ate

riai

s R

eci

cláv

eis

de

Cab

o F

rio

.

Page 85: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

81

PR

OG

RA

MA

1

OB

JETI

VO

1.6

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l1.

4.1

Ap

oia

r e

dar

man

ute

nçã

o a

o P

roje

to "

Óle

o

Re

cicl

ado

, Pe

scad

or

Be

ne

fici

ado

"-

--

-

Ap

oio

e M

anu

ten

ção

A

po

io e

Man

ute

nçã

oA

po

io e

Man

ute

nçã

oA

po

io e

Man

ute

nçã

o

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

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S (R

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S FO

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S

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RTO

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A 9

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MÉD

IO P

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10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

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ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

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DE

RES

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PEZ

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RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Pro

du

ção

/Re

du

ção

de

Re

síd

uo

s

Min

imiz

ar o

de

scar

te d

e ó

leo

ve

geta

l usa

do

nas

gal

eri

as d

e á

guas

plu

viai

s e

esg

oto

s sa

nit

ário

s

FUNDAMENTAÇÃO

leo

vege

tal

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do

em

frit

ura

um

resí

du

ocu

jod

esc

arte

po

de

rep

rese

nta

rd

ano

sam

bie

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issi

gnif

icat

ivo

s,

com

po

ten

cial

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luid

or

ele

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ore

laci

on

ado

aos

amb

ien

tes

híd

rico

s,u

ma

vez

qu

e10

0m

ld

leo

éca

paz

de

po

luir

20li

tro

sd

eág

ua.

Od

esc

arte

do

óle

oso

bre

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loé

igu

alm

en

ted

ano

so,

em

esp

eci

alp

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imp

erm

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iliz

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do

solo

ep

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con

tam

inaç

ãod

ole

nço

lfre

átic

o.N

om

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icíp

iofu

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on

ao

Pro

jeto

CO

OP

CLE

AN–

Co

op

era

tiva

Ce

ntr

ald

e

Logí

stic

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Ap

oio

aN

atu

reza

.O

pro

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“Óleo

Re

cicl

ado

,P

esc

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rBeneficiad

o”,

éu

mp

roje

toe

xecu

tad

op

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G

Ce

ntr

od

eLo

gíst

ica

eA

po

ioa

Nat

ure

za–

CLE

AN

,fi

nan

ciad

op

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She

lld

oB

rasi

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ue

pro

ea

reti

rad

ad

leo

de

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nh

au

sad

od

os

Mu

nic

ípio

sd

eA

rrai

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Cab

oFr

io,

Arm

ação

de

zio

s,Ig

uab

aG

ran

de

eSã

oP

ed

rod

aA

lde

ia.

O

ob

jeti

vod

op

roje

toé

cole

tar

40.0

00li

tro

sd

leo

de

cozi

nh

au

sad

op

ara

ser

tran

sfo

rmad

oe

m36

.000

litr

os

de

bio

die

sele

be

ne

fici

aro

sp

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ado

res

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san

ais

da

Re

serv

aEx

trat

ivis

taM

arin

ha

de

Arr

aial

do

Cab

o–

RES

EXM

AR

-AC

com

um

co

mb

ust

íve

l lim

po

e b

arat

o.

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. E

stu

do

de

car

acte

riza

ção

do

s re

síd

uo

s só

lid

os

urb

ano

s

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82

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l2.

1.3

Re

aliz

ar a

nál

ise

s d

e s

olo

e á

gua

14.0

00,0

017

.500

,00

17.5

00,0

017

.500

,00

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

2.1.

2Im

pla

nta

r p

oço

s d

e m

on

ito

ram

en

to12

.000

,00

--

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

2.1.

1El

abo

rar

pro

jeto

de

re

me

dia

ção

105.

000,

00-

--

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Mo

nit

ora

me

nto

do

an

tigo

lixã

oM

on

ito

ram

en

to d

o a

nti

go

lixã

oM

on

ito

ram

en

to d

o a

nti

go li

xão

Mo

nit

ora

me

nto

do

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tigo

lixã

o

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

ole

ta d

e a

mo

stra

s d

os

po

ços

de

mo

nit

ora

me

nto

a s

ere

m im

pla

nta

do

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Dis

po

siçã

o F

inal

Pro

jeta

r a

rem

ed

iaçã

o e

mo

nit

ora

r o

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tigo

lixã

o

FUNDAMENTAÇÃOC

abo

Frio

con

taco

mu

ma

áre

aco

nsi

de

rad

aco

mo

pas

sivo

amb

ien

tal

pro

ven

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tes

de

lan

çam

en

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ere

síd

uo

ssó

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os

acé

u

abe

rto

,li

xão

.U

man

tigo

lixã

oq

ue

en

con

tra-

see

mp

roce

sso

de

recu

pe

raçã

o,

me

dia

nte

TAC

firm

ado

en

tre

om

un

icíp

ioe

Min

isté

rio

bli

co,

en

con

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seat

ual

me

nte

sen

do

uti

liza

do

com

oár

ea

de

de

scar

gad

eR

CC

ep

od

ação

.A

áre

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op

assa

do

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uti

liza

da

em

con

jun

toco

mo

Mu

nic

ipio

de

Arm

ação

do

sB

úzi

os.

Olo

cal

est

áce

rcad

o,

em

pro

cess

od

ere

cup

era

ção

fru

tod

e

aco

rdo

en

tre

Pre

feit

ura

eM

inis

téri

oP

úb

lico

.N

oe

nta

nto

,a

áre

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ãop

oss

ue

pro

jeto

de

rem

ed

iaçã

on

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mo

nit

ora

me

nto

amb

ien

tal,

o q

ual

de

verá

se

r fe

ito

me

dia

nte

co

leta

de

am

ost

ras

de

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a e

so

lo e

em

issã

o d

e la

ud

os

sob

re a

sit

uaç

ão d

o lo

cal.

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83

PR

OG

RA

MA

2

OB

JETI

VO

2.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

A c

arg

o d

a e

mp

resa

DO

IS A

RCO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. Im

pla

nta

r M

DL

(Me

can

ism

o d

e D

ese

nvo

lvim

en

to L

imp

o)

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Imp

lan

tar

MD

LA

com

pan

ham

en

toA

com

pan

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en

to

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Dis

po

siçã

o F

inal

Cré

dit

os

de

Car

bo

no

- D

OIS

AR

CO

S

FUNDAMENTAÇÃOO

Ate

rro

San

itár

iod

eD

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AR

CO

S,o

pe

rad

op

ela

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iati

vap

riva

da,

não

po

ssu

eai

nd

a,u

msi

ste

ma

de

cole

tad

eb

iogá

sp

ara

apro

veit

ame

nto

en

erg

éti

cod

om

eta

no

(CH

4)ge

rad

os

pe

lad

eco

mp

osi

ção

do

mat

eri

alo

rgân

ico

ate

rrad

o,

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laaç

ãod

e

mic

roo

rgan

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os

pro

ven

ien

tes

na

mas

sad

ere

síd

uo

sat

err

ado

s.SE

uap

rove

itam

en

to,

me

dia

nte

ae

lab

ora

ção

de

MD

L

(Me

can

ism

od

eD

Ese

nvo

lvim

en

toLi

mp

o)

po

de

ráge

rar

Cre

dit

os

de

Car

bo

no

,re

du

zin

do

cust

os

op

era

cio

nai

se

con

seq

ue

nte

me

nte

re

du

ção

do

cu

sto

de

ate

rram

en

to.

Aco

mp

anh

ame

nto

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

2.2.

1El

abo

rar

o p

roje

to e

imp

lan

tar

o M

DL

(Me

can

ism

o d

e D

ese

nvo

lvim

en

to L

imp

o)

-A

ca

rgo

da

em

pre

sa D

OIS

AR

COS

-2.

2.2

Aco

mp

anh

ar a

imp

lan

taçã

o

--

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84

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

om

par

ação

en

tre

re

ceit

a (s

) e

de

spe

sa (

s) p

ara

veri

fica

ção

do

su

pe

rávi

t o

u d

efi

cit

2. A

pro

vaçã

o d

a Le

i qu

e e

stab

ele

ce a

co

bra

nça

da

Taxa

de

Lix

o

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Sust

en

tab

ilid

ade

do

sis

tem

a d

e a

cord

o c

om

a L

ei n

º 11

.445

/200

7

FUNDAMENTAÇÃOD

eac

ord

oco

mo

pre

vist

on

aLe

in

º11

.445

/200

7e

seu

De

cre

toR

egu

lam

en

tad

or

nº7

.217

/201

0,a

bu

sca

da

sust

en

tab

ilid

ade

eco

mic

o-f

inan

ceir

ad

osi

ste

ma

de

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zau

rban

ae

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

su

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os

de

verá

ser

atin

gid

a.o

Mu

nic

ipio

não

cob

raa

Taxa

de

Serv

iço

de

Co

leta

eR

em

oçã

od

eLi

xo.

São

uti

liza

do

sre

curs

os

orç

ame

ntá

rio

sp

ara

com

ple

me

nta

ção

do

s

cust

os.

De

aco

rdo

com

oP

LAN

AR

ESa

Me

tap

ara

Re

gião

Sud

est

qu

eat

é20

15,

44m

un

icíp

ios

de

verã

ote

ra

cob

ran

çap

elo

man

ejo

do

s re

síd

uo

s só

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os

de

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cula

do

s d

o IP

TU, d

imin

uin

do

ass

im o

índ

ice

de

inad

imp

lên

cia.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Co

ntr

atar

o e

stu

do

da

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de

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ejo

de

re

síd

uo

s e

Inst

itu

cio

nal

izar

a c

ob

ran

ça

de

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cula

da

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IPTU

Co

bra

r a

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de

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jo d

e

resí

du

os

sóli

do

s u

rban

os,

de

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cula

da

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, atr

avé

s d

a

con

ta d

e á

gua

ou

co

nta

de

en

erg

ia

--

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

3.1.

1D

efi

nir

a t

axa

de

man

ejo

de

RSU

, de

svin

cula

da

do

IPTU

, atr

avé

s d

e c

on

trat

o c

om

em

pre

sa d

e E

nge

nh

aria

60.0

00,0

0-

--

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

3.1.

2In

stit

uci

on

aliz

ar a

co

bra

nça

3.1.

3

Co

bra

r a

taxa

de

man

ejo

de

re

síd

uo

s só

lid

os

urb

ano

s,

de

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cula

da

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, atr

avé

s d

a co

nta

de

águ

a o

u

con

ta d

e e

ne

rgia

- -

--

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

--

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

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PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.2

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

adas

tram

en

to d

os

gran

de

s ge

rad

ore

s e

aco

mp

anh

ame

nto

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

pe

lo M

un

icíp

io.

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

fin

ição

de

pro

ced

ime

nto

s e

spe

cífi

cos

par

a o

s gr

and

es

gera

do

res

FUNDAMENTAÇÃOO

sgr

and

es

gera

do

res

de

resí

du

os,

aqu

ele

sq

ue

pro

du

zem

mai

sd

e10

0li

tro

sp

or

dia

,d

eve

mp

agar

pe

los

serv

iço

s

pre

stad

os

atra

vés

de

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se

spe

ciai

se

pro

po

rcio

nai

sao

sre

síd

uo

sge

rad

os,

be

mco

mo

pe

lad

isp

osi

ção

no

ate

rro

san

itár

io.

De

fin

ira

ne

cess

idad

ed

ee

lab

ora

ção

eap

rova

ção

do

sP

lan

os

de

Ge

ren

ciam

en

tod

eR

esí

du

os

(PG

RS)

do

s

gran

de

s ge

rad

ore

s p

ara

ob

ten

ção

de

lice

nci

ame

nto

am

bie

nta

l.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

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SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Cri

ar L

egi

slaç

ão p

ara

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

s, c

om

de

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ição

de

gra

nd

es

gera

do

res

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

3.2.

1

Cri

ar le

gisl

ação

esp

ecí

fica

par

a o

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

s u

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os

no

mu

nic

ípio

, co

m a

de

fin

ição

de

gra

nd

es

gera

do

res

8.00

0,00

--

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PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

-P

refe

itu

ra M

un

icip

al

Esta

be

ler

con

trat

o d

e r

egu

laçã

o

com

a A

GEN

ERSA

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

3.3.

1Es

tab

ele

r co

ntr

ato

de

re

gula

ção

co

m a

AG

ENER

SA-

--

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

atis

façã

o c

om

os

serv

iço

s p

rest

ado

s;

2. S

atis

façã

o c

om

os

pre

ços

pag

os

pe

los

serv

iço

s;

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Re

gula

ção

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lei

11.4

45/2

007

ese

uD

ecr

eto

Re

gula

me

nta

do

rn

º7.2

17/2

010,

Art

.27

.Sã

o

ob

jeti

vos

da

regu

laçã

o:

I-

est

abe

lece

rp

adrõ

es

en

orm

asp

ara

aad

eq

uad

ap

rest

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do

sse

rviç

os

ep

ara

a

sati

sfaç

ãod

os

usu

ário

s;II

-ga

ran

tir

ocu

mp

rim

en

tod

asco

nd

içõ

es

em

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se

stab

ele

cid

as;I

II-

pre

ven

ire

rep

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ir

oab

uso

do

po

de

re

con

ôm

ico

,re

ssal

vad

aa

com

pe

tên

cia

do

rgão

sin

tegr

ante

sd

osi

ste

ma

nac

ion

ald

ed

efe

sad

a

con

corr

ên

cia;

eIV

-d

efi

nir

tari

fas

eo

utr

os

pre

ços

bli

cos

qu

eas

segu

rem

tan

too

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uil

íbri

oe

con

ôm

ico

-

fin

ance

iro

do

sco

ntr

ato

s,q

uan

toa

mo

dic

idad

eta

rifá

ria

ed

eo

utr

os

pre

ços

bli

cos,

me

dia

nte

me

can

ism

os

qu

e

ind

uza

ma

efi

ciê

nci

ae

efi

cáci

ad

os

serv

iço

se

qu

ep

erm

itam

aap

rop

riaç

ãoso

cial

do

sga

nh

os

de

pro

du

tivi

dad

e.

Re

cen

tem

en

tea

AG

ENER

SA-

Agê

nci

aR

egu

lad

ora

de

Ene

rgia

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

do

Esta

do

do

Rio

de

Jan

eir

o,

com

eço

ua

see

stru

tura

rp

ara

real

izar

are

gula

ção

da

cole

tae

dis

po

siçã

ofi

nal

de

resí

du

os

sóli

do

sp

rest

ado

sp

ela

s

em

pre

sas

ou

torg

adas

, co

nce

ssio

nár

ias

e p

erm

issi

on

ária

s e

po

r se

rviç

os

autô

no

mo

s d

os

mu

nic

ípio

s.

Page 91: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

87

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

INEA

Imp

lan

tar

eco

po

nto

s 3.

4.2

100.

000,

0080

.000

,00

--

3.4.

1D

efi

nir

fo

rmas

de

aco

nd

icio

nam

en

to d

e r

esí

du

os

con

ven

cio

nai

s e

re

cicl

áve

is50

.000

,00

--

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Re

du

ção

de

32%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 2

8% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o A

terr

o

San

itár

io d

e D

ois

Arc

os

Imp

lan

taçã

o d

e 1

Eco

po

nto

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e o

rgân

ico

s

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 4

9% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

55%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

e 6

0% d

e r

esí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. P

orc

en

tage

m d

e u

suár

ios

sati

sfe

ito

s co

m a

co

leta

se

par

ada

em

re

síd

uo

s se

cos

e ú

mid

os,

e,

2. P

orc

en

tage

m d

e r

ed

uçã

o d

e r

esí

du

os

seco

s e

úm

ido

s d

ire

cio

nad

os

ao D

OIS

AR

CO

S.

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Pad

ron

izaç

ão d

o A

con

dic

ion

ame

nto

de

Re

síd

uo

s D

om

icil

iare

s/C

om

erc

iais

par

a a

Co

leta

FUNDAMENTAÇÃO

Co

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ro

sre

síd

uo

ssó

lid

os

sign

ific

are

colh

er

oli

xoac

on

dic

ion

ado

po

rq

ue

mo

pro

du

zp

ara

en

cam

inh

á-lo

,

me

dia

nte

tran

spo

rte

ade

qu

ado

,e

ven

tual

trat

ame

nto

dis

po

siçã

ofi

nal

.Em

Cab

oFr

io,

aco

leta

éfe

ita

po

rta-

a-

po

rta,

com

oac

on

dic

ion

ame

nto

do

sre

síd

uo

se

msa

cos

plá

stic

os

(sac

ola

sd

esu

pe

rme

rcad

oo

usa

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de

lixo

).Em

algu

mas

regi

õe

so

sre

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ssã

oam

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toad

os,

de

no

min

and

o-s

ed

e“puxada”,n

os

mo

lde

sd

ate

rmin

olo

gia

uti

liza

da

das

“ban

deiras”.

Au

tili

zaçã

od

eb

om

bo

nas

plá

stic

as(t

amb

ore

s)ta

mb

ém

oco

rre

,co

nce

ntr

and

o-s

eo

sre

síd

uo

s

pro

ven

ien

tes

de

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las,

ruas

sem

saíd

ao

ud

ed

ifíc

ilac

ess

oco

ma

uti

liza

ção

de

veíc

ulo

sco

mp

acta

do

res

con

ven

cio

nai

s.Es

tab

ele

cer

mu

dan

ças

no

sh

ábit

os

da

po

pu

laçã

oe

stim

ula

nd

osu

aco

lab

ora

ção

par

ae

ntr

ega

ro

s

resí

du

os

de

vid

ame

nte

sep

arad

os

em

reje

ito

s,ac

on

dic

ion

ado

se

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cos

(sac

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s)p

lást

ico

sp

reto

s,re

cicl

áve

ise

m

saco

s(s

aco

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plá

stic

os

azu

is,

eo

rgân

ico

se

mb

om

bo

nas

(tam

bo

res)

plá

stic

os,

de

po

sita

nd

o-o

se

mlo

cais

de

term

inad

os,

PEV

's e

EC

OP

ON

TOS.

Page 92: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

88

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

-

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

INEA

Min

isté

rio

da

s Ci

da

de

s

- -

20.0

00,0

0-

-

450.

000,

00-

-

120.

000,

00-

-

Re

aliz

ar c

amp

anh

a d

e c

adas

tram

en

to d

e t

od

os

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

da

cid

ade

3.5.

3

Cri

ar m

ais

um

a

Ass

oci

ação

/Co

op

era

tiva

de

Cat

ado

res

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

55%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is e

60%

de

re

síd

uo

s o

rgân

ico

s d

isp

ost

os

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.5.

1

Imp

lan

tar

um

bar

racã

o c

om

o s

ed

e d

a n

ova

Ass

oci

ação

/Co

op

era

tiva

(x)

Imp

lan

tar

o p

rogr

ama

cole

ta s

ele

tiva

so

lid

ária

3.

5.2

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

cat

ado

res

incl

uíd

os

no

Pro

gram

a e

m r

ela

ção

ao

s ca

tad

ore

s ca

das

trad

os

ou

est

imad

os;

2. U

tili

zar

ind

icad

ore

s I0

31, I

032,

I033

, I03

4, I0

35, I

038,

I039

, I04

0 e

I053

(SN

IS),

e,

3. N

úm

ero

de

cat

ado

res

e q

uan

tita

tivo

s d

e m

ate

riai

s re

cicl

áve

is c

ole

tad

os

po

r G

rup

os/

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Incl

usã

o S

oci

al e

Pro

du

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do

s C

atad

ore

s e

Ap

oio

às

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

s

FUNDAMENTAÇÃOD

eac

ord

oco

mo

pre

vist

on

aLe

in

º12

.305

/201

0e

seu

De

cre

toR

egu

lam

en

tad

or

nº7

.404

/201

0,o

sist

em

ad

eco

leta

sele

tiva

de

resí

du

os

sóli

do

sp

rio

riza

ráa

par

tici

paç

ãod

eco

op

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tiva

so

ud

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utr

asfo

rmas

de

asso

ciaç

ãod

eca

tad

ore

sd

em

ate

riai

sre

uti

lizá

veis

ere

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áve

isco

nst

itu

ídas

po

rp

ess

oas

físi

cas

de

bai

xare

nd

a.A

ind

ao

PLA

NA

RES

tem

com

om

eta

ain

clu

são

efo

rtal

eci

me

nto

da

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aniz

ação

de

cata

do

res.

Cab

oFr

iop

oss

ui

um

ae

stim

ativ

ad

em

ais

de

100

cata

do

res

de

rua

autô

no

mo

s,q

ue

po

de

riam

ser

be

ne

fici

ado

s co

m a

cri

ação

de

Ass

oci

ação

ou

Co

op

era

tiva

, alé

m d

a C

OO

PER

FOR

T já

em

op

era

ção

.

Page 93: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

89

(x)

Eve

ntu

alm

en

te n

o D

istr

ito

de

Tam

oio

s.

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

50.0

00,0

0

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l20

.000

,00

50.0

00,0

050

.000

,00

12.0

00,0

0

100.

000,

00

--

-

6.00

0,00

--

-

Cri

ar a

mp

lo p

rogr

ama

de

cap

acit

ação

e d

e

alfa

be

tiza

ção

co

m m

eto

do

logi

a ap

rop

riad

a p

ara

est

e s

egm

en

to

3.5.

848

.000

,00

100.

000,

0010

0.00

0,00

Atu

aliz

ar p

eri

od

icam

en

te o

cad

astr

o d

e c

atad

ore

s

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

, de

sito

s, a

par

ista

s,

suca

teir

os

e in

sdú

stri

as r

eci

clad

ora

s

3.5.

4C

riar

no

va a

sso

ciaç

ão d

e c

atad

ore

s

Imp

lan

tar

pro

gram

a d

e a

po

io à

s o

rgan

izaç

õe

s d

e

cata

do

res,

sis

tem

átic

o e

pe

rman

en

te, i

ncl

uin

do

asse

sso

ria

técn

ica

par

a o

rie

nta

ção

do

man

use

io d

e

risc

o d

e p

rod

uto

s co

leta

do

s p

elo

s ca

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ore

s e

par

a

auxí

lio

no

tra

bal

ho

ad

min

istr

ativ

o e

ge

ren

cial

das

Ass

oci

açõ

es

e C

oo

pe

rati

vas

3.5.

7

3.5.

6

3.5.

5

An

alis

ar o

s re

gist

ros

de

CA

NIC

O p

ara

ide

nti

fica

r

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

cad

astr

ado

s

45.0

00,0

0-

--

Page 94: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

90

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.6

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

138.

000,

00Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

3.6.

1

Pro

mo

ver

e in

term

ed

iar

os

Aco

rdo

s Se

tori

ais,

est

imu

lan

do

as

em

pre

sas

par

a a

imp

lan

taçã

o d

a

logí

stic

a re

vers

a

10.0

00,0

0-

--

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

3.6.

2A

com

pan

har

e f

isca

liza

r a

imp

lan

taçã

o d

os

aco

rdo

s

seto

rias

82.8

00,0

013

8.00

0,00

138.

000,

00

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Pro

mo

ver

e In

term

ed

iar

os

Aco

rdo

s Se

tori

ais

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

Aco

mp

anh

ar e

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cali

zar

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mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. U

tili

zaçã

o d

os

ind

icad

ore

s (a

com

pan

ham

en

to)

a se

rem

fix

ado

s p

elo

Min

isté

rio

do

Me

io A

mb

ien

te;

2. P

erc

en

tual

de

re

síd

uo

s e

spe

ciai

s d

isp

ost

os

no

Ate

rro

San

itár

io;

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Esta

be

leci

me

nto

de

um

a C

ade

ia d

e R

esp

on

sab

ilid

ade

Am

bie

nta

l a p

arti

r d

a d

efi

niç

ão e

imp

lan

taçã

o d

e P

lan

os

Seto

riai

s (a

cord

os)

par

a a

Logí

stic

a R

eve

rsa

FUNDAMENTAÇÃOD

eac

ord

oco

ma

Lein

º12

.305

/201

0e

seu

De

cre

ton

º7.

404/

2010

,fi

cam

ob

riga

do

sa

est

rutu

rar

eim

pla

nta

rsi

ste

mas

de

logí

stic

are

vers

ad

os

pro

du

tos

apó

so

con

sum

o,

de

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ain

de

pe

nd

en

ted

ose

rviç

op

úb

lico

de

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pe

zau

rban

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man

ejo

de

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du

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sóli

do

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sfa

bri

can

tes,

imp

ort

ado

res,

dis

trib

uid

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se

com

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ian

tes

de

agro

tóxi

cos,

pil

has

e

bat

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a,p

ne

us,

em

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ns

de

óle

os

lub

rifi

can

tes,

lâm

pad

asfl

uro

resc

en

tes,

pro

du

tos

ele

trô

nic

os,

be

mco

mo

em

bal

age

ns

plá

stic

as,m

etá

lica

so

ud

evi

dro

,ed

em

ais

pro

du

tos

ee

mb

alag

en

sca

usa

do

ras

de

imp

acto

àsa

úd

ep

úb

lica

eao

me

ioam

bie

nte

.P

ara

tan

to,

oM

un

icíp

iod

eC

abo

Frio

,d

eve

ráp

rom

ove

re

inte

rme

dia

ro

sA

cord

os

Seto

riai

s,

de

fin

ind

oro

tas,

cen

tro

sd

ere

cep

ção

,m

eta

se

açõ

es

ne

cess

ária

sp

ara

qu

ea

logí

stic

are

vers

ase

jaim

ple

me

nta

da

em

tod

o o

te

rrit

óri

o m

un

icip

al.

Page 95: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

91

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.7

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

* C

ust

o d

a i

mp

lan

taçã

o s

erá

def

inid

o q

ua

nd

o d

a c

ria

ção

da

SM

SB

*

Tre

inam

en

to e

Cap

acit

ação

da

eq

uip

e t

écn

ica

da

SMSB

20.0

00,0

035

.000

,00

35.0

00,0

035

.000

,00

Enca

min

har

à C

âmar

a M

un

icip

al m

inu

ta d

e L

ei

par

a cr

iaçã

o d

a SM

SB8.

000,

00-

-

3.7.

3

**

*

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

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TEG

RA

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OS

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RB

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A E

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O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

fin

ição

de

mo

de

lo in

stit

uci

on

al

FUNDAMENTAÇÃO

AP

oli

tíca

Nac

ion

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,no

PLA

NSA

B,d

efi

ne

an

ece

ssid

ade

de

ela

bo

raçã

od

oP

lan

oM

un

icip

al

de

San

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en

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ásic

o,a

carg

od

os

Mu

nic

ipio

s,ti

tula

res

do

sse

rviç

os

de

san

eam

en

tob

ásic

o,p

od

en

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de

lega

ra

org

aniz

ação

,a

regu

laçã

o,

afi

scal

izaç

ãoe

ap

rest

ação

de

sse

sse

rviç

os,

no

sTe

rmo

sd

oar

t.21

1d

aC

on

stit

uiç

ão

Fed

era

led

aLe

iNº

11.1

07/2

005.

No

caso

de

Cab

oFr

io,a

fisc

aliz

ação

do

sse

rviç

os

de

lim

pe

zau

rban

ae

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

se

stão

aca

rgo

da

CO

MSE

RC

AF,

recé

mcr

iad

a.A

cria

ção

de

um

aSe

cre

tari

aM

un

icip

ald

e

San

eam

en

toB

ásic

o-

SMSB

,tr

ará

aoM

un

icíp

ioa

po

ssib

ilid

ade

de

me

lho

ro

rgan

izar

efi

scal

izar

os

sevi

ços

de

san

eam

en

to b

ásic

o d

o M

un

icíp

io.

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

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a S

ecr

eta

ria

Mu

nic

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San

eam

en

to B

ásic

o -

SM

SB

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

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OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

3.7.

2Im

pla

nta

r a

SMSB

Cri

ar a

SM

SB

Equ

ipe

da

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S

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

os

serv

iço

s p

rest

ado

s

Equ

ipe

da

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S A

com

pan

har

e

Fisc

aliz

ar o

s se

rviç

os

pre

stad

os

Equ

ipe

da

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S A

com

pan

har

e F

isca

liza

r

os

serv

iço

s p

rest

ado

s

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l3.

7.1

Page 96: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

92

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.8

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

OP

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

áre

as p

úb

lica

s e

/ou

pri

vad

as p

ara

rece

bim

en

to d

e R

CC

;

2. In

dic

ado

r I0

26 (

SNIS

).

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

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ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

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PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

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UO

S SÓ

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Ge

stão

Inte

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stin

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a d

e R

CC

FUNDAMENTAÇÃOO

Mu

nic

ípio

de

Cab

oFr

ion

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oss

ui

Pla

no

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Ge

ren

ciam

en

tod

eR

esí

du

os

da

Co

nst

ruçã

oC

ivil

.Fa

lta

de

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ire

lice

nci

ar

asár

eas

bli

cas

e/o

up

riva

das

par

are

ceb

ime

nto

ed

isp

osi

ção

de

sse

sre

síd

uo

ste

nd

oe

mvi

sta

ae

lim

inaç

ãod

os

"bo

ta

fora

"cl

and

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ino

se

não

lice

nci

ado

s.A

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nsu

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bli

cad

oP

LAN

AR

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reco

me

nd

aa

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min

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do

sB

ota

Fora

,a

imp

lan

taçã

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eA

terr

os

Cla

sse

A,

ECO

PO

NTO

S,Á

reas

de

Tria

gem

eTr

ansb

ord

o(A

TT),

até

2014

.A

reu

tili

zaçã

oe

reci

clag

em

de

100%

de

RC

D,e

min

stal

açõ

es

de

recu

pe

raçã

o,a

té20

23.T

amb

ém

reco

me

nd

aat

é20

14,a

ela

bo

raçã

od

os

Pla

no

sd

eG

ere

nci

ame

nto

pe

los

gran

de

sge

rad

ore

s,si

ste

ma

de

clar

ató

rio

do

sge

rad

ore

s,tr

ansp

ort

ado

res

eár

eas

de

de

stin

ação

até

2014

,a

cara

cte

riza

ção

do

sR

CD

ere

jeit

os

ea

ela

bo

raçã

od

ed

iagn

óst

ico

qu

anti

tati

voe

qu

alit

ativ

od

a

gera

ção

, co

leta

e d

est

inaç

ão a

té 2

014.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.8.

2

Cad

astr

ar e

lice

nci

ar á

reas

bli

cas

e/o

u

pri

vad

as p

ara

rece

bim

en

to e

dis

po

siçã

o d

os

resí

du

os

(ate

rro

cla

sse

A)

e e

lim

inaç

ão d

os

"bo

ta-f

ora

"

40.0

00,0

0-

-

3.8.

115

0.00

0,00

--

-

Elab

ora

ção

do

Pla

no

de

Ge

ren

ciam

en

to d

e R

CC

Re

uti

liza

ção

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 5

0%

Re

uti

liaz

ação

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 1

00%

Man

ute

nçã

o d

o s

iste

ma

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Elab

ora

r P

lan

o d

e G

ere

nci

ame

nto

de

Re

síd

uo

s

da

Co

nst

ruçã

o C

ivil

-

Page 97: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

93

INE

A

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

3.8.

3Im

pla

nta

r EC

OP

ON

TOS

e Á

reas

de

Tri

age

m e

Tran

sbo

rdo

(A

TT)

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8.00

0,00

-

3.8.

4C

riar

ince

nti

vos

par

a in

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tiva

pri

vad

a im

pla

nta

r

cen

tral

de

pro

cess

ame

nto

de

RC

C-

--

3.8.

528

.000

,00

--

-P

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ra M

un

icip

al

Cri

ar le

gisl

ação

esp

ecí

fica

par

a ge

ren

ciam

en

to

de

RC

C

--

Page 98: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

94

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.9

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

3.9.

150

.000

,00

--

-

3.9.

2-

--

3.9.

316

5.60

0,00

276.

000,

0027

6.00

0,00

276.

000,

00

3.9.

4-

--

-P

ree

nch

ime

nto

e e

nvi

o d

os

dad

os

de

Lim

pe

za

Urb

ana

e M

ane

jo d

e R

esí

du

os

Sóli

do

s ao

SN

ISP

refe

itu

ra M

un

icip

al

Cri

ar u

ma

Ce

ntr

al d

e A

ten

dim

en

to e

Info

rmaç

õe

sP

refe

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ra M

un

icip

al

Cri

ar D

isq

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-de

nci

a, p

ara

dim

inu

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s d

esp

ejo

s

ind

iscr

imin

ado

s d

e r

esí

du

os

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

Me

lho

ria

da

Fisc

aliz

ação

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l

DIG

OD

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AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

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$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

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IMED

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- 4

A 9

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MÉD

IO P

RA

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10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Cri

ar C

en

tral

de

Ate

nd

ime

nto

e

Info

rmaç

õe

s; C

riar

Dis

qu

e-

De

nci

a e

Me

lho

rar

Fisc

aliz

ação

Fisc

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e a

utu

açõ

es

Fisc

aliz

ação

e A

utu

açõ

es

Fisc

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ação

e A

utu

açõ

es

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

afis

façã

o d

a p

op

ula

ção

co

m o

s se

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os

de

Lim

pe

za U

rban

a;

2. P

on

tos

de

de

scar

te ir

regu

lare

s n

o m

un

icíp

io

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

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DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

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S

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A U

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AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Ge

ren

ciam

en

to d

os

serv

iço

s d

e L

imp

eza

Urb

ana

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lei

11.4

45/2

007

ese

uD

ecr

eto

Re

gula

me

nta

do

rn

º7.2

17/2

010,

os

serv

iço

sp

úb

lico

sd

e

san

eam

en

tob

ásic

op

oss

ue

mn

atu

reza

ess

en

cial

ed

eve

rão

ser

pre

stad

os

com

bas

ee

mal

gun

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rin

cíp

ios,

sen

do

os

pri

nci

pai

sa

un

ive

rsal

izaç

ãod

oac

ess

o;

inte

gral

idad

e,

com

pre

en

did

aco

mo

oco

nju

nto

de

tod

asas

ativ

idad

es

e

com

po

ne

nte

sd

eca

da

um

do

sd

ive

rso

sse

rviç

os

de

san

eam

en

tob

ásic

o,

pro

pic

ian

do

àp

op

ula

ção

oac

ess

on

a

con

form

idad

ed

esu

asn

ece

ssid

ade

se

max

imiz

and

oa

efi

cáci

ad

asaç

õe

se

resu

ltad

os

ese

gura

nça

,q

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ee

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lari

dad

e.

Atu

alm

en

teo

sse

rviç

os

de

Lim

pe

zaU

rban

asã

oe

xecu

tad

os

po

re

mp

resa

ste

rce

iriz

adas

,n

ãoh

ave

nd

o

regi

stro

sd

efi

scal

izaç

ãoe

con

tro

led

os

serv

iço

sp

rest

ado

s.P

ara

me

lho

rar

aq

ual

idad

ed

os

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iço

s,d

eve

ráse

rcr

iad

a

um

aC

en

tral

de

Ate

nd

ime

nto

eIn

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açõ

es,

pe

rmit

ind

oo

ate

nd

ime

nto

da

de

man

da

de

info

rmaç

õe

se

soli

cita

çõe

sd

a

po

pu

laçã

o,

ee

scla

reci

me

nto

de

eve

ntu

ais

vid

as.A

lém

dis

so,t

amb

ém

de

verá

ser

cria

do

um

Dis

qu

e-D

en

ún

cia,

par

a

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inu

iro

sd

esp

ejo

sin

dis

crim

inad

os

de

resí

du

os.

Co

mas

info

rmaç

õe

s,o

sfi

scai

sir

ãoat

rás

do

infr

ato

r,q

ue

tem

po

r

ob

riga

ção

pag

arm

ult

aso

ure

tira

ro

resí

du

otr

ansp

ort

and

op

ara

um

loca

lad

eq

uad

o.

As

recl

amaç

õe

sfe

itas

fora

do

ho

rári

oco

me

rcia

ld

eve

rão

ser

regi

stra

das

em

um

ase

cre

tári

ae

letr

ôn

ica,

eap

ura

das

pe

los

fisc

ais

do

seto

rd

ura

nte

a

sem

ana.

Page 99: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

95

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.10

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

3.10

.130

.000

,00

--

-

3.10

.220

.000

,00

--

-

310.

316

.000

,00

20.0

00,0

020

.000

,00

20.0

00,0

0

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. V

igil

ânci

a Sa

nit

ária

co

ntí

nu

a

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

CA

BO

FR

IO -

PLA

NO

MU

NIC

IPA

L D

E G

ESTÃ

O IN

TEG

RA

DA

DE

RES

ÍDU

OS

SÓLI

DO

S

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

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Page 100: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

96

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Page 101: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

97

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Page 102: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

98

6 ESTUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO PARA O SISTEMA DE LIMPEZA

URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

6.1 Investimentos

A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível estabelecer um

cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos, divididas em imediato, curto, médio e longo prazos.

A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por programas:

Tabela 19 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 93.000,00R$ - - -

1.1.2 486.000,00R$ - -R$ -R$

soma 579.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

1.2.1 93.000,00R$ - - -

1.2.2 - 118.602,00R$ - -

1.2.3 - 850.000,00R$ - -

soma 93.000,00R$ 968.602,00R$ -R$ -R$

total

1.3.1 52.500,00R$ 52.500,00R$ 52.500,00R$ 52.500,00R$

soma 52.500,00R$ 52.500,00R$ 52.500,00R$ 52.500,00R$

total

1.4.1 150.000,00R$ - - -

1.4.2 - 1.200.000,00R$ - -

1.4.3 22.500,00R$ 80.000,00R$ 80.000,00R$ 80.000,00R$

soma 172.500,00R$ 1.280.000,00R$ 80.000,00R$ 80.000,00R$

total

1.5.1 25.000,00R$ - - -

1.5.2 20.000,00R$ - - -

1.5.3 - 25.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$

soma 45.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$ 25.000,00R$

total

1.6.1 -R$ - - -

soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

soma 942.000,00R$ 2.326.102,00R$ 157.500,00R$ 157.500,00R$

total

1.3 Realizar a caracterização

dos resíduos sólidos urbanos

gerados no município

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

1.1 Implantar Sistema de

Coleta Seletiva de Materiais

Recicláveis

1.5 Implantar programa de

coleta seletiva voltado para a

iniciativa privada

1.6 Minimizar o descarte de

óleo vegetal usado nas

galerias de águas pluviais e

esgotos sanitários

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1.4 Projetar e Implantar

Estação de Transbordo

120.000,00R$

579.000,00R$

1.061.602,00R$

1.2 Implantar sistema de

coleta seletiva de materiais

orgânicos

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

3.583.102,00R$

210.000,00R$

1.612.500,00R$

Page 103: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

99

Tabela 20 - Investimentos Programa Disposição Final

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 105.000,00R$ - - -

2.1.2 12.000,00R$ - -

2.1.3 14.000,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$

soma 131.000,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$

2.2.1 - - - -

2.2.2 - - - -

2.2.3 - - - -

Soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

soma 131.000,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$

total

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

2.1 Projetar a remediação e

monitorar o antigo lixão

2. D

isp

osi

ção

Fin

al

2.2 Crédito de Carbono - DOIS

ARCOS

183.500,00R$

-R$

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

Page 104: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

100

Tabela 21 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 60.000,00R$ - - -

3.1.2 -R$ - - -

3.1.3 - -R$ -R$ -R$

soma 60.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.2.1 8.000,00R$ - - -

soma 8.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.3.1 -R$ - - -

soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

3.4.1 50.000,00R$ - - -

3.4.2 100.000,00R$ 80.000,00R$ - -

soma 150.000,00R$ 80.000,00R$ -R$ -R$

total

3.5.1 20.000,00R$ - - -

3.5.2 120.000,00R$ - - -

3.5.3 450.000,00R$

3.5.4 45.000,00R$

3.5.5 12.000,00R$

3.5.6 6.000,00R$

3.5.7 20.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$

3.5.8 48.000,00R$ 100.000,00R$ 100.000,00R$ 100.000,00R$

soma 721.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$

total

3.6.1 10.000,00R$ - - -

3.6.2 82.800,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$

soma 92.800,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$

total

3.7.1 8.000,00R$ - - -

3.7.2 - - - -

3.7.3 20.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

soma 28.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

total

3.8.1 150.000,00R$ - - -

3.8.2 40.000,00R$ - - -

3.8.3 - 598.000,00R$ - -

3.8.4 - - - -

3.8.5 28.000,00R$ - - -

soma 218.000,00R$ 598.000,00R$ -R$ -R$

total

3.9.1 50.000,00R$ - - -

3.9.2 - -R$ - -

3.9.3 165.600,00R$ 276.000,00R$ 276.000,00R$ 276.000,00R$

3.9.4 -R$ -R$ -R$ -R$

soma 215.600,00R$ 276.000,00R$ 276.000,00R$ 276.000,00R$

total

3.10.1 30.000,00R$ - - -

3.10.2 20.000,00R$ -R$ - -

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total

3.11.1 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

soma 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

soma 1.725.000,00R$ 1.628.200,00R$ 950.200,00R$ 895.000,00R$

total

3. G

est

ão In

tegr

ada

3.9 Gerenciamento dos

serviços de Limpeza Urbana

1.104.000,00R$

3.11 Fiscalizar os geradores de

Resíduos de Serviço de Saúde -

RSS

3.10 Regularizar a situação de

residuos sólidos do Mercado

de Peixes

126.000,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS

PROGRAMA OBJETIVO

506.800,00R$

3.5 Inclusão Social e Produtiva

dos Catadores e Apoio às

Associações/Cooperativas

133.000,00R$

3.6 Estabelecimento de uma

Cadeia de Responsabilidade

Ambiental a partir da definição

e implantação de Planos

Setoriais (acordos) para a

Logística Reversa

3.7 Definição de modelo

institucional

3.8 Destinação adequada de

RCC

5.198.400,00R$

8.000,00R$

-R$

230.000,00R$

1.171.000,00R$

816.000,00R$

CÓD.PRAZOS

3.1 Sustentabilidade do

sistema de acordo com a Lei nº

11.445/2007

60.000,00R$

3.2 Definição de

procedimentos específicos

para os grandes geradores

1.043.600,00R$

3.3 Regulação dos serviços

prestados

3.4 Padronização do

Acondicionamento de Resíduos

Domicil iares/Comerciais para a

Coleta

Page 105: ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA … · ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM ... atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

101

Tabela 22 - Investimentos Programa Educação Ambiental

Tabela 23 - Resumo dos Investimentos

Nota-se pela Tabela 23, que os investimentos para Limpeza Urbana e Manejo de

RSU estão diluídos entre os 20 anos do Plano, considerando imediato, curto, médio

e longo prazos.

Na Tabela 24, a seguir, pode-se observar que os investimentos estão concentrados

no Programa de Gestão Integrada. O valor médio anual foi feito pela divisão do

custo total pelos 20 anos.

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.1.1 150.000,00R$ - - -

4.1.2 2.541.998,55R$ 5.389.036,93R$ 5.389.036,93R$ 5.389.036,93R$

4.1.3 75.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$

soma 2.766.998,55R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$

total

soma 2.766.998,55R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$

total

4.1 Elaborar e Implementar de

Programa de Educação

Ambiental

19.384.109,34R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 19.384.109,34R$

4. E

du

caçã

o

Am

bie

nta

l

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1. Produção/Redução de

Resíduos942.000,00R$ 2.326.102,00R$ 157.500,00R$ 157.500,00R$

2. Disposição final 131.000,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$ 17.500,00R$

3. Gestão Integrada 1.725.000,00R$ 1.628.200,00R$ 950.200,00R$ 895.000,00R$

4. Educação Ambiental 2.766.998,55R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$ 5.539.036,93R$

Soma 5.564.998,55R$ 9.510.838,93R$ 6.664.236,93R$ 6.609.036,93R$

TOTAL

QUADRO-RESUMO DO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMAPRAZOS

28.349.111,34R$

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102

Tabela 24 - Resumo dos Investimentos por Programa

Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de recursos,

sendo elas Prefeitura Municipal, INEA e Ministério das Cidades.

As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis fontes de

recursos:

Tabela 25 - Investimos por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de Resíduos

Tabela 26 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Disposição Final

1. Produção/Redução de

Resíduos3.583.102,00R$ 179.155,10R$

2. Destinação Final 183.500,00R$ 9.175,00R$

3. Gestão Integrada 5.198.400,00R$ 259.920,00R$

4. Educação Ambiental 19.384.109,34R$ 969.205,47R$

TOTAL 28.349.111,34R$ 1.417.455,57R$

INVESTIMENTOS POR PROGRAMA

PROGRAMATOTAL DE

INVESTIMENTOSVALOR MÉDIO ANUAL

Programa 1. Produção/

Redução de ResíduosValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 1.533.102,00R$ 76.655,10R$

INEA - -

Ministério das Cidades 2.050.000,00R$ 102.500,00R$

TOTAL 3.583.102,00R$ 179.155,10R$

INVESTIMENTOS ESTIMADOS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 2. Disposição Final Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 183.500,00R$ 9.175,00R$

INEA - -

Ministério das Cidades -R$ -R$

TOTAL 183.500,00R$ 9.175,00R$

INVESTIMENTOS ESTIMADOS POR FONTE DE RECURSOS

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103

Tabela 27 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada

Tabela 28 - Investimentos por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental

Portanto, pode-se concluir que os investimentos necessários para os próximos 20

anos na área de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no município Cabo

Frio, estarão concentrados no orçamento da Prefeitura Municipal (Tabela 29).

Tabela 29 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos

Programa 3. Gestão Integrada Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 3.850.400,00R$ 192.520,00R$

INEA 898.000,00R$ 44.900,00R$

Ministério das Cidades 450.000,00R$ 22.500,00R$

TOTAL 5.198.400,00R$ 259.920,00R$

INVESTIMENTOS ESTIMADOS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 4. Educação

AmbientalValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 19.384.109,34R$ 969.205,47R$

INEA - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL 19.384.109,34R$ 969.205,47R$

INVESTIMENTOS ESTIMADOS POR FONTE DE RECURSOS

Despesa Total Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 24.951.111,34R$ 1.247.555,57R$

INEA 898.000,00R$ 44.900,00R$

Ministério das Cidades 2.500.000,00R$ 125.000,00R$

TOTAL 28.349.111,34R$ 1.417.455,57R$

INVESTIMENTOS ESTIMADOS POR FONTE DE RECURSOS

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104

6.2 Memorial de Cálculo

Tabela 30 - Memorial de Cálculo Programa 1

1.1.1

1.1.2

1.2.1

1.2.2

1.2.3

1.3.1

1.4.1

1.4.2

1.4.3

1.5.1

1.5.2

1.5.3

1.6.1

OBJETIVO 1.6 Minimizar o descarte de óleo vegetal usado nas galerias de águas pluviais e esgotos sanitários

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Apoiar e dar manutenção ao

Projeto "Óleo Reciclado, Pescador

Beneficiado"

-

Monitorar o programa Valor Estimado em R$ 5.000,00/ano

Implementar o Programa Valor estimado R$ 20.000,00

OBJETIVO 1.5 Implantar programa de Coleta Seletiva voltado para a iniciativa privada

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Elaboração do Programa com

pessoal da Prefeitura Municipal de

Cabo Frio

Valor estimado R$ 25.000,00

Construção de estação e inicío de

operação

Valor estimado em função de outros projetos semelhantes - Colombo/PR

e Araucária/PR - R$ 1.200.000,00

Operação da Estação Valor estimado anual R$ 16.000,00

OBJETIVO 1.4 Projetar e Implantar estação de Transbordo

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Elaborar o projeto da estação de

transbordo

Contratação de empresa de Consultoria - 1.000 horas de engenheiro a R$

150,00/hora= R$ 150.000,00

Contratação de estudo de

caracterização

Contratação de consultoria especializada para elaboração do estudo de

Caracterização Gravimétrica de resíduos 350 horas de trabalho a R$

150,00/hora = R$ 52.500,00

Elaboração do Plano de coleta

seletiva de materiais orgânicos

para a compostagem/

vermicompostagem

Implantação do sistema

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Plano de

Coleta Seletiva Resíduos Sólidos Orgânicos para

Compostagem/Vermicompostagem/ Bioenergia/Briquetagem 620 horas

de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 93.000,00

Aquisição, por parte da empressa concessionária, dos caminhões para

transporte de bombonas de plásticos com tampa; aquisição de 40

bombonas por caminhão + 40 bombonas de reposição (total = 80

tambores). 80 bombonas de plástico com tampa (200 l) Tipo Azeitona

Tampa Rosca = R$ 55,00 (unitário) = R$ 4.400,00

1 Caminhão Iveco Daily Chassi 35S14 CS 3450, ou similar = R$ 99.202,00

1 carrocerias adaptada para transporte de tambores, com plataforma

elevatória Serro Carrocerias ou similar = R$ 15.000,00

OBJETIVO 1.3 Realizar a caracterização dos resíduos sólidos urbanos gerados no município

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Elaborar Plano de Coleta Seletiva

para materiais recicláveis

Contratação de consultoria especializada para elaboração do Plano de

Coleta Seletiva para materiais recicláveis

620 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$ 93.000,00

Implantação da central de

compostagem

Custo com aquisição de equipamentos para uma unidade de

compostagem com capacidade de 18 t/dia = R$ 850.000,00

PROGRAMA 1 - PRODUÇÃO DE RESÍDUOS

OBJETIVO 1.1 Implantar Sistema de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Adquirir veículo com carroceria

apropriada Caminhão Baú WV 7100 ou similar = R$ 162.000,00 x 3 = R$ 486.000,00

OBJETIVO 1.2 Implantar do sistema de coleta seletiva de materiais orgânicos

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

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105

Tabela 31 - Memorial de Cálculo Programa 2

2.1.1

2.1.2

2.1.3 Realizar análises de solo e água Valores de análises da amostra dos poços de

monitoramento, valor estimado R$ 3.500,00/ano

Contratação de Empresa de engenharia - 700

horas de consultoria a R$ 150,00/hora = R$

105.000,00

Elaborar o projeto de remediação

Implantar poços de monitoramento Custo estimado - R$ 2.000,00/poço x 6 poços = R$

12.000,00

PROGRAMA 2 - DISPOSIÇÃO FINAL

OBJETIVO 2.1 Recuperação ambiental do Barreiros

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

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106

Tabela 32 - Memorial de Cálculo Programa 3

PROGRAMA 3 - GESTÃO INTEGRADAOBJETIVO 3.1 Sustentabilidade do sistema de acordo com a Lei nº 11.445/2007

CÓD.

3.1.1Definir a nova taxa de lixo, desvinculada do IPTU,

através de contrato com empresa de Engenharia

3.1.2 Institucionalizar a cobrança desvinculada do IPTU

3.1.3

Cobrar a taxa de manjo de resíduos sólidos

urbanos, desvinculada do IPTU, através da conta

de água ou conta de energia

DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Contratação de consultoria especializada para

elaboração de estudo para definir nova taxa de

manejo de RSU 400 horas de trabalho a R$ 150,00/hora

= R$ 60.000,00

-

-

OBJETIVO 3.3 Regulação dos serviços prestados

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.3.1 Estabeler contrato de regulação com a AGENERSA -

OBJETIVO 3.2 Definição de procedimentos específicos para os grandes geradores

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.2.1

Criar legislação específica para o manejo de

resíduos sólidos urbanos no município, com a

definição de grandes geradores

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado para

contratação de assessoria jurídica = R$8.000,00

3.4.2

Definir formas de acondicionamento de resíduos

convencionais e recicláveis

Implantar ecopontos

Valor estimado - R$ 50.000,00

Valor estimado = 100.000,00/imediato - 80.000,00/

curto prazo

OBJETIVO 3.4 Padronização do Acondicionamento de Resíduos Domiciliares/Comerciais para a Coleta

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.4.1

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107

3.5.2

3.5.3

3.5.4

Implantar o programa coleta seletiva solidária

Implantar um barracão como sede da nova

Associação/Cooperativa

Criar associação de catadores

Valor estimado para elaboração de materiais de

divulgação = R$ 120.000,00

OBJETIVO 3.5 Inclusão Social e Produtiva dos Catadores e Apoio às Associações/Cooperativas

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.5.1Realizar campanha de cadastramento de todos os

catadores de materiais recicláveis da cidade

Valor estimado para contratação de técnico para

levantamento dos catadores do município = R$

20.000,00

OBJETIVO 3.6 Estabelecimento de uma Cadeia de Responsabilidade Ambiental a partir da definição e

implantação de Planos Setoriais (acordos) para a Logística Reversa

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.6.1

Aquisição de equipamentos (balança, prensa, esteira,

baias, tambores, carrinhos para transporte,

empilhadeira, material de informática e escritório) =

R$ 450.000,00

Contratação de 1 equipe com 3 técnicos para auxiliar

na criação da associação de catadores. Valor estimado

= R$ 3.000,00 x 3 = R$ 7.500,00/mês x 6 meses = R$

45.000,00

Contratação de 1 equipe com 2 técnicos para

atualização cadastramento. Valor estimado = R$

2.000,00 x 2 = R$ 4.000,00/mês x 3 meses = R$ 12.000,00

Valor estimativo = R$ 6.000,00 para contratação de um

técnico

Reunir técnicos das entidades representativas do

setor para definição do programa. Valor estimado = R$

20.000,00, no prazo imediato. Nos seguintes, valor

estimado R$ 50.000,00

3.5.8

Criar amplo programa de capacitação e de

alfabetização com metodologia apropriada para

este segmento

Contratação de equipe especializada (1 pedagogo)

para alfabetização e capacitação de catadores. Valor

estimado = R$ 4.000,00/mês = R$ 48.000,00/ano.

Acréscimo para curto, médio e longo prazos.

3.5.5

3.5.6

3.5.7

Atualizar periodicamente o cadastro de catadores

de materiais recicláveis, depósitos, aparistas,

sucateiros e insdústrias recicladoras

Analisar os registros de CADÚNICO para identificar

os catadores de materiais recicláveis cadastrados

Implantar programa de apoio às organizações de

catadores, sistemático e permanente, incluindo

assessoria técnica para orientação do manuseio

de risco de produtos coletados pelos catadores e

para auxílio no trabalho administrativo e gerencial

das Associações e Cooperativas

OBJETIVO 3.7 Definição de modelo institucional

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.7.1

3.6.2

Promover e intermediar os Acordos Setoriais,

estimulando as empresas para a implantação da

logística reversa

Acompanhar e fiscalizar a implantação dos

acordos setorias

Valor estimado= R$ 10.000,00 para contratação de um

técnico para assessoria à PMCF

Contratação de equipe de fiscalização dos acordos

setoriais da logística reversa, constituída por 1 técnico.

R$ 2.300,00/mês ou R$ 27.600,00/ano

3.7.2

3.7.3

Encaminhar à Câmara Municipal minuta de Lei

para criação da SMSB

Implantar a SMSB e manutenção

Treinamento e Capacitação da equipe técnica da

SMSB

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado para

contratação de assessoria jurídica = R$8.000,00

Valores a serem definidos quando da criação da SMSB

Treinamento de 20 técnicos, curso de 16hrs,

R$1.000/técnico, 20.000,00

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108

3.9.1

3.9.2

3.9.3

3.9.4

OBJETIVO 3.8 Destinação adequada de RCC

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.8.1

Contratação de consultoria especializada para

elaboração do PGRCC 1.000 horas de trabalho a R$

150,00/hora = R$ 150.000,00

Elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos da

Construção Civil- PGRCC

Cadastrar e licenciar áreas públicas e/ou privadas

para recebimento e disposição dos resíduos

(aterro classe A) e eliminação dos "bota-fora"

Implantar ECOPONTO e Áreas de Triagem e

Transbordo (ATT)

Criar incentivos para iniciativa privada implantar

central de processamento de RCC

Criar legislação específica para gerenciamento de

RCC

3.8.2

3.8.3

3.8.4

Valor estimado inicial - R$ 40.000,00 para realizar o

licenciamento destas áreas

Aquisição de 1 terreno com área aproximada de 450

m² com valor médio de R$ 430,00/m² = R$ 193.500,00

Cercamento da área, portão e guarita = R$ 4.500,00

(unitário) Construção Civil, valor estimado

R$400.000,00

Sem estimativa de custo

Criar uma Central de Atendimento e Informações,

eficiente entre o cidadão e a Prefeitura,

permitindo o atendimento da demanda de

informações e solicitações da população,

e esclarecimento de eventuais dúvidas da

população.

Criar Disque-denúncia, para diminuir os despejos

indiscriminados de resíduos. Com as informações,

os fiscais vão atrás do infrator, que tem por

obrigação a pagar multa ou retirar o resíduo para

um destino final adequado. As reclamações feitas

fora do horário comercial são registradas em uma

secretaria eletrônica, e apuradas pelos fiscais do

setor durante a semana.

Melhoria da Fiscalização

Valor estimado = R$50.000,00

Sem estimativa de custo

Aquisição de 1 carro (Gol VW) = R$ 32.000,00

Contratação de 2 técnicos, R$2.300,00/mês X 2 ou

R$55.200,00/ano

Elaboração de minuta de lei. Valor estimado = R$

28.000,00

OBJETIVO 3.9 Gerenciamento dos serviços de Limpeza Urbana

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

3.8.5

Preenchimento e envio dos dados do Sistema ao

SnisSem estimativa de custo

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109

Tabela 33 - Memorial de Cálculo Programa 4

3.10.1

3.10.2

3.10.3

3.11.1

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Fiscalizar

Contratação de equipe de fiscalização dos geradores

de RSS, constituída por 2 técnicos. R$ 4.600,00/mês ou

R$ 55.200,00/ano

Monitorar o sistema implantado Valor estimado R$ 4.000,00/ano

OBJETIVO 3.10 Regularizar a situação de residuos sólidos do Mercado de Peixes

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

Elaborar o PGRS do Mercado ods PeixesContratação de empresa de consultoria para elaborar

o PGRS - 200 horas a R$ 150,00 = R$ 30.000,00

Equipar o Mercado de Peixes com Conteiners

Aquisição de 20 conteineres de 240 litros com tampa e

rodas ao preço de R$ 800,00/conteiner = R$ 16.000,00,

mais 20 bombonas de plástico de 20 litros ao preço de

R$ 200,00/cada = R$ 4.000,00, total = R$ 20.000,00

4.1.3 Formação de Educadores AmbientaisTreinamento de 30 educadores ambientais,

curso de 32hrs, R$2.500/técnico, R$75.000,00

4.1.2

Elaborar o Programa

Implantar o Programa ( Comunição

para Ed. Ambiental, oficinas, fóruns,

Contratação de consultoria especializada para

elaboração Programa de Educação Ambiental

1000 horas de trabalho a R$ 150,00/hora = R$

150.000,0

Valor estimado= R$ 13,65/hab.ano

4.1.1

PROGRAMA 4 - EDUCAÇÃO AMBIENTALOBJETIVO 4.1 Elaborar e Implementar de Programa de Educação Ambiental

CÓD. DESCRIÇÃO Memorial de cálculo detalhado

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110

6.3 Custos Operacionais dos Serviços de Limpeza Urbana

Com base nos custos operacionais levantados no Diagnóstico do Plano (PRODUTO

5), foram projetados os custos operacionais da prestação de serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos.

Foi considerado na projeção dos custos a correção monetária de 6% ao ano, com

base na média do IPCA dos anos de 2010, 2011 e 2012 (Tabela 34). Cabe observar

que estes custos estarão sujeitos a variações decorrentes do processo de licitação a

que serão submetidos.

Tabela 34 - Média do IPCA

Fonte: IBGE, 2013

Os custos operacionais dos serviços de limpeza urbana foram estimados, de acordo

com os seguintes parâmetros:

- Para os serviços de varrição, capina, roçagem e poda, atualmente

realizados por 120 empresas terceirizadas. (Tabela 34).

ANO IPCA (%)

2010 5,79

2011 6,55

2012 5,77

Média 6,04

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111

Tabela 35 - Custos operacionais de Limpeza Urbana

Fonte: SERENCO, 2013

Os custos operacionais dos serviços de manejo de resíduos sólidos foram

estimados, de acordo com os seguintes parâmetros:

- Coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos domiciliares/comerciais e

RSS, atualmente realizado pela empresa LIMPATECH;

- Disposição em aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, atualmente

dispostos no Aterro Sanitário Dois Arcos.

A projeção dos custos de Aterramento de Resíduos foi realizada considerando a

projeção da geração de resíduos descrita no item 2.7.1, e o valor cobrado pela

tonelada de resíduos, com a correção monetária de 6% ao ano (Tabela 36).

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112

Tabela 36- Custos Operacionais de Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

Analisando a composição dos custos, é possível perceber que a coleta e o

transporte de resíduos tem um custo bem mais elevado que o aterramento dos

resíduos (Figura 23), otimizar esta atividade poderá contribuir com a redução destes

valores.

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113

Figura 23 - Custos operacionais Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

6.4 Receitas e Sustentabilidade

Em termos da remuneração dos serviços, o sistema pode ser dividido em serviços

de limpeza urbana (capina, roçada, poda e varrição) e em manejo de resíduos

sólidos, considerando os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final

de resíduos sólidos domiciliares/comerciais.

Os serviços de limpeza urbana não podem ser cobrados dos munícipes por serem

serviços indivisíveis. Já os serviços de manejo de resíduos sólidos podem ser

cobrados através de taxa, conforme proposto no presente Plano.

De acordo com o Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou

pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato

gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou

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114

potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou

posto à sua disposição.

Parágrafo único . A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos

aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das

empresas. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967)

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,

limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato

ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança,

à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao

exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização

do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos

direitos individuais ou coletivos. ( Redação dada pelo Ato Complementar nº 31,

de 28.12.1966 )

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando

desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com

observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como

discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua

disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de

intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de

cada um dos seus usuários.

Os outros serviços relativos à limpeza urbana como a retirada de entulhos em geral,

resíduos da construção civil, e etc. são considerados serviços esporádicos. De

acordo com a proposta apresentada neste plano, os pequenos geradores de

resíduos são aqueles que geram até 100L/dia, portanto a coleta será incluída no

sistema limpeza urbana. É preciso que a prefeitura garanta, por meios políticos, as

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115

dotações orçamentárias que sustentem adequadamente o custeio e os

investimentos no sistema.

O Município de Cabo Frio não possui arrecadação de Taxa de Coleta de Lixo e

Limpeza Urbana. Pela Meta proposta neste plano deverá ser criada uma taxa de

manejo de RSU e esta não deverá ser vinculada ao IPTU. Sugere-se que seja

cobrada junto a conta de água ou de luz, como já ocorre em outros municípios

brasileiros com o objetivo de aumentar a arrecadação, devido a inadimplência. No

caso da cobrança pela conta de água ou luz, a concessionária repassaria os valores

da taxa de resíduos sólidos diretamente à Prefeitura.

Para o custeio dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, as

alternativas de recursos são a cobrança de uma taxa, ou subsídio (proveniente do

ICMS Verde, ou de recursos orçamentários). Investimentos de ampliação do

sistema, deverão ser custeados com recursos orçamentários ou recursos externos

(INEA/FECAM, governo federal, e outras fontes de financiamento).

No Estado do Rio de Janeiro o ICMS Verde, criado pela Lei 5.100/2007 e

regulamentado pelo Decreto 41.844/2009, é um esforço do Estado para incentivar

ações de conservação ambiental, contemplando os municípios que desenvolvem

melhorias nesse âmbito com uma maior parcela de repasse do ICMS,

proporcionalmente ao desempenho de cada um.

O repasse é realizado de acordo com o Índice de Conservação Ambiental. Para o

cálculo dos índices percentuais por município, o critério de conservação ambiental é

desmembrado em 3 componentes, e a cada um desses componentes é atribuído um

peso percentual para a composição final do índice: 45% para a existência e a

implantação de reservas ambientais, 30% para a qualidade ambiental dos recursos

hídricos e 25% para a coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos.

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116

Em 2012, em relação ao componente de coleta e disposição final de resíduos Cabo

Frio recebeu de ICMS Verde R$ 865.431,00.

Para as receitas também foi aplicado a correção monetária de 6% ao ano. A

estimativa de receitas feitas para o município considerando o cenário atual,

apresenta-se na Tabela 37:

Tabela 37 - Receitas Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2013

Comparando-se a projeção das receitas com os custos operacionais do manejo de

RSU, na Figura 24 é possível perceber que sempre haverá um déficit, se o cenário

permanecer como está.

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117

Figura 24 - Custos Operacionais X Receitas

Fonte: SERENCO, 2013

De acordo com a Lei nº 11.445/2007, Art. 29, a sustentabilidade econômica dos

serviços de saneamento precisa ser assegurada, sempre que possível, mediante

remuneração pela cobrança dos serviços.

§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e

localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica

suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.

Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta

a adequada destinação dos resíduos coletados e poderão considerar:

I - o nível de renda da população da área atendida;

II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles

edificadas;

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118

III - o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

Conforme apresentado no Produto 5, item 3.12 Sustentabilidade do Sistema, o custo

dos serviços de manejo de resíduos (coleta, transporte e disposição final) por

habitante por ano é de R$103,47 no município de Cabo Frio, sem levar em

consideração o subsídio do ICMS Verde. Levando em consideração o ICMS Verde

recebido atualmente pelo município em relação a resíduos, o custo ficaria em

R$98,82/ hab.ano.

De acordo com o IBGE, 2010, a média de moradores em domicílios particulares

ocupados em Cabo Frio é de 3,12.

Portanto, admitindo-se 3,12 habitantes por domicílio, a taxa de manejo de resíduos a

ser cobrada de cada domicílio, será de R$308,31/ano ou R$25,69/mês, mantidas as

condições contratuais vigentes com as empresas prestadoras dos serviços.

Todavia, esse valor pode ser adequado às peculiaridades dos diferentes bairros da

cidade, levando em consideração alguns fatores, tais como os sociais (buscando

uma tarifação socialmente justa) e os operacionais. Para tanto, faz-se necessário um

estudo detalhado, que deverá ser contratado pela Prefeitura Municipal.

Com a implantação dos programas como Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis,

Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos, Remediação do antigo lixão, desvincular do

IPTU e recalcular a taxa de Manejo de RSU este cenário pode ser modificado, para

garantir a sustentabilidade do sistema como preconiza a Lei nº 11.445/2007 e seu

Decreto Regulamentador nº 7.217/2010.

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119

Os custos poderão ser reduzidos pois, a quantia de materiais a serem aterrados

deverá diminuir significativamente e as receitas poderão ser aumentadas, com uma

maior arrecadação através da taxa desvinculada do IPTU e com o aumento do

repasse do ICMS Verde ao município.

O Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA), que indica o percentual do ICMS

Verde que cabe a cada município, é composto por seis subíndices temáticos com

pesos diferenciados, sendo 20% para a Destinação de Lixo (IDL) e 5% para

Remediação de Vazadouros (IRV).

Cada subíndice temático possui uma fórmula matemática que pondera e/ou soma

indicadores. Após o cálculo do seu valor, o subíndice temático do município é

comparado ao dos demais municípios, sendo transformado em subíndice temático

relativo pela divisão do valor encontrado para o município pela soma dos índices de

todos os municípios do Estado.

O Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA) é recalculado a cada ano, dando

uma oportunidade para os municípios que investiram em conservação ambiental de

aumentar sua arrecadação de ICMS. Para aumentar seu IFCA, o município

precisará saber como o IFCA é calculado e, principalmente, quais variáveis são

consideradas.

Destinação do lixo (IDL) é avaliado o local onde os resíduos gerados no município

são depositados:

Vazadouro/lixão não recebe nada (peso 0);

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Aterros controlados somente se houver tratamento do percolado (peso: 1). Se

também for feita captação e queima dos gases, recebe peso 1,5.

Os aterros sanitários licenciados são os grandes beneficiados. Iniciam a

contagem com peso 3 e adicionam 1 ponto para cada um dos seguintes itens:

tratamento avançado de percolado, geração de energia/biogás. Para

coprocessamento ou incineração em usina de geração de energia: 5 pontos.

Caso se trate de consórcio intermunicipal, o município-sede acrescenta de 1 a

4 pontos em sua avaliação. Também são beneficiados municípios que

realizam prévia coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos gerados em seu

território, com a adição de 1 a 6 pontos em sua avaliação.

Coleta Seletiva: Participa da avaliação da destinação e pode acrescentar de 1

a 6 pontos na avaliação. Sendo o percentual da coleta seletiva maior ou igual

a 1% e menor que 3%, acrescenta-se 1 ponto; maior ou igual a 3% e menor

do que 5%, 2 pontos; maior ou igual a 5% e menor que10%, 3 pontos; e caso

o percentual seja maior ou igual a 10%, acrescentam-se 4 pontos.

Se no município ocorre coleta seletiva domiciliar porta a porta, abrangendo

pelo menos 50% dos domicílios localizados na área urbana do município,

mais 1 ponto. No entanto, se o município dispõe de programa municipal de

Coleta Seletiva Solidária consolidado, assim atestado pelo Instituto Estadual

do Ambiente (INEA), terá 1 ponto a mais em sua avaliação.

Remediação de vazadouros/lixão (IRV):

Municípios que possuam vazadouros remediados recebem peso 2; se fizer

captação e queima de gases, recebe peso 3. Municípios que estão tomando

medidas concretas para a completa remediação de seus vazadouros recebem

peso 1.

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121

7 ANÁLISE INSTITUCIONAL

Apresenta-se a seguir, um primeiro ensaio sobre os modelos institucionais

existentes e os possíveis arranjos a serem implementados na Região dos Lagos São

João, Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a Gestão dos Sistemas de

Saneamento Básico, referenciados na Lei Nº 11.445/2007, a qual institui a Política

Nacional de Saneamento Básico no País, e regulamentada pelo Decreto N.º

7.217/2010.

Define a Política Nacional de Saneamento Básico o conjunto de serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de:

a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a

captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final

adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu

lançamento final no meio ambiente;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e

limpeza de logradouros e vias públicas;

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas

pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de

vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas

nas áreas urbanas.

A referida Lei e seu Decreto Regulamentador detalham o inter-relacionamento entre

o Poder Concedente, no caso os Municípios da Região dos Lagos, os Prestadores

de Serviços e o Ente Regulador. As combinações e acordos possíveis entre as três

partes envolvidas formatará os arranjos institucionais a serem apresentados e

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122

debatidos em consultas públicas e implementadas, caso aprovadas, em audiências

públicas quando da conclusão do Plano Municipal de Saneamento Básico do

Município de Cabo Frio.

7.1 Análise Institucional Local

No início deste documento – Produto 8, foram elencadas e descritas as instituições

envolvidas pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos São João.

Detalham-se a seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de Estudo

Inicial, uma vez que a Proposta Final será obtida após os debates que irão

acontecer no Seminário, após a Consulta Pública e finalmente após a Audiência

Pública.

Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se a:

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário são operados em regime de

concessão pela Prolagos, destacando-se que os esgotos sanitários, em sua

grande maioria são coletados pelo sistema de drenagem urbana da Prefeitura

Municipal de Cabo Frio, pelo chamado “tomada em tempo seco”. Os serviços

prestados são fiscalizados pelo Consórcio Intermunicipal para Gestão

Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zonas

Costeiras (Consórcio Intermunicipal Lagos São João/CILSJ) e regulados pela

Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento – AGENERSA.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são administrados pela

Companhia de Serviços de Cabo Frio (COMSERCAF), a qual terceiriza os

serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos

domésticos/comerciais/de serviços de saúde/limpeza pública. Não sofre

fiscalização da Consórcio e nem Regulação por parte da AGENERSA.

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, é administrada pela

Secretaria Municipal de Obras. A Defesa Civil opera em parceria direta com a

Secretaria Municipal de Obras.

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123

Figura 25 – Modelo Institucional do Saneamento Básico de Cabo Frio

Fonte: SERENCO, 2013

7.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento

Básico

A história do saneamento básico em nosso país registra diferentes momentos

relacionados aos modelos institucionais utilizados na prestação dos serviços de

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124

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Historicamente, de forma resumida, os modelos institucionais utilizados partem dos

antigos Departamentos/Serviços de Água e Esgotos e dos Departamentos /Serviços/

Superintendências de Limpeza Urbana e/ou de Lixo.

O Ministério da Saúde, através da Fundação Serviços de Saúde Pública,

inicialmente Serviços de Saúde Pública, (1942), do Ministério da Saúde, hoje

FUNASA, investiu nos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE’s) e também

nos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgotos (SAMAE’s) implantando os

modelos na década de 1950, difundindo-os pelo país a fora, atingindo mais de mil

cidades. DAE’s/SAAE’s e SAMAE’s, constituíram-se nos modelos institucionais

municipais escolhidos por vários Munícipios, buscando a implantação/ampliação dos

sistemas de abastecimento de água, cujos índices de atendimento em termos de

quantidade e qualidade eram muito baixos.

A partir daí, segundo NIEBUHR, 2009, o arcabouço legal brasileiro disponibiliza à

Administração Municipal, enquanto titular dos serviços públicos de saneamento

básico, uma série de modelos para sua gestão. A prestação de serviços passa a ser

gerenciada pelo setor público, pelo setor privado, ou por ambos. Essa prestação é

eminentemente pública quando: (a) o próprio titular da atividade, o município,

executa os serviços através da administração direta, ou de autarquia, ou empresa

municipal, através de empresas públicas estaduais, as Companhias de Saneamento,

por intermédio de contratos e/ou convênios, e ainda através de empresas regionais,

cujo modelo reúne um conjunto de municípios interligados pela figura dos

consórcios.

A terceirização dos serviços com empresas privadas, principalmente na gestão do

lixo (resíduos sólidos urbanos) acontece, e ainda, se materializa e se diversifica

através de Concessões Privadas Plenas ou de Parcerias Público-Privadas.

Paralelamente a esse panorama de modelos institucionais, cresce nos dias atuais, a

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125

prestação indireta dos serviços de saneamento básico, por empresas privadas,

tendo em vista que elas realizam o aporte de capital necessário para a expansão

das atividades. As leis N°8.987/92, 9.074/95 e 11.445/07 viabilizam juridicamente a

prestação exclusiva por empresas privadas através de concessão/subconcessão

autorizadas pelo poder concedente - o município. A concessão outorga ao particular,

o exercício da prestação dos serviços de saneamento básico, retendo, para si, o

município, a titularidade dos mesmos. O concessionário encarrega-se, com recursos

próprios ou captados em seu nome, em ampliar e melhorar a prestação dos serviços

contratados.

O contrato deverá prever metas e padrões de desempenho, obrigando-se a

concessionária/subconcessionária a manter os serviços públicos delegados de

forma adequada aos termos do contrato, atendendo as metas quantitativas (número

de usuários atendidos-universalização dos serviços), bem como as qualitativas

(padrões e normas vigentes, aferidos por indicadores setoriais do saneamento

básico).

A combinação de fatores melhor técnica e menor taxa/tarifa define a autorga dos

serviços licitados pela Administração Municipal. A Associação Brasileira de

Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – ABCON,

contabiliza mais de 200 contratos de concessão no território nacional. Ainda

segundo NIEBUHR, 2009, no período 2000/2005 os investimentos médios, por

habitante, registraram:

Concessionárias/subconcessionárias-------------------------- R$ 39,08

Empresas públicas estaduais--------------------------------------R$ 21,55

Empresas públicas municipais ------------------------------------R$ 10,21

O outro modelo de gestão referenciado anteriormente é o sistema misto, ou público-

privado disciplinado pela Lei N°11.079/2004, ou seja, as parcerias público-privadas,

onde o Estado/Município participa, integral ou parcialmente, da remuneração da

concessionária/ subconcessionária.

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126

Ainda, em concessões patrocinadas, a administração pública paga ao

concessionário/subconcessionário a contraprestação pecuniária ao lado das

tarifas/taxas cobradas dos usuários dos serviços públicos, de modo a complementar

a remuneração do particular.

Já nas concessões/subconcessões administrativas, a Administração Pública

remunera integralmente a parceria privada. Este modelo se aplica para atividades

que não comportam cobrança direta de taxas/tarifas dos usuários, seja pela

impossibilidade de se identificar uma relação contratual entre o tomador e o

prestador do serviço, ou pelos interesses sociais envolvidos na questão.

A participação privada nos serviços de água e esgoto teve início em 1995 com o

primeiro contrato de concessão assinado no município de Limeira, interior de São

Paulo. Desde então tem crescido gradativamente. Em 2004 com a promulgação da

Lei 11.079/04 que regulamentou as Parcerias Público- Privadas e mais

recentemente em 2007, com a promulgação da Lei 11.445/2007 que estabeleceu as

diretrizes nacionais para o saneamento básico, regulamentada pelo Decreto 7.217

de 21.06.2010, a participação privada foi fortalecida, baseada em regras claras e

segurança jurídica para os investidores.

Em 2010 eram 214 contratos, entre eles concessões plenas, parciais, BOT´s(1) e

PPP´s(2) em 229 municípios, 13 estados brasileiros, atingindo direta ou indiretamente

o atendimento de 16,30 milhões de habitantes, correspondendo a 11,3% da

população urbana. Estavam previstos investimentos de R$ 8,04 bilhões nesses

contratos. A projeção para 2017, 10 anos após a promulgação da Lei é atender 30%

do mercado nacional.

(1) Build, Operate and Transfer) (2) Parceria Público – Privada).

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127

Figura 26 - Evolução dos Munícipios que firmaram contratos de concessão. Período

1995 – 2010 (número de municípios)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

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128

Figura 27 - Investimentos privados em concessões de serviços de água e esgoto.

Período 1995 – 2010 (em milhões de reais)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

Figura 28 – Evolução da população atendida pelas concessionárias. Período 1995 –

2010 (em milhões de habitantes)

Fonte: SIDCON – Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de

Água e Esgoto, 2010.

Enfim, a consolidação do saneamento básico impulsionada por toda a legislação

vigente possibilita a escolha de modelos de gestão distintos. A opção menos

onerosa para os municípios é a concessão comum (privada e plena), dado que nela

todos os investimentos são realizados pela empresa privada, que presta o serviço

por conta e risco, sem necessidade de aporte público. Já na parceria público-

privada, quer na modalidade concessão patrocinada, quer na modalidade concessão

administrativa, há, ao menos, a possibilidade de os municípios remunerarem

diretamente a empresa privada, além da tarifa já cobrada dos munícipes. Para que a

retomada do serviço traduza ganho em eficiência é imperativo que os municípios

cotejem as alternativas disponíveis, considerando suas especificidades locais e

regionais.

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129

Resumidamente tem-se:

Modelos Institucionais para a prestação dos Serviços de Saneamento Básico

(i)

- Administração direta pela Municipalidade (Centralizada) por órgãos e servidores públicos – Secretaria, Divisão, Serviço ou Departamento.

(ii)

- Administração direta descentralizada (outorga) por pessoa com personalidade jurídica distinta do Município:

(iia) - Autarquia Municipal

(iib) - Empresa de Economia Mista

(iic) - Empresa Pública

(iid) - Fundação

(iii) Administração indireta (delegação) através de licitação:

(iiia) - Empresas Privadas – Terceirização por Autorização, Permissão ou Concessão.

(iiib) - Por Concessão Privada Plena

(iiic)

- Por Parceria Público – Privada (PPP) em forma de Concessão Patrocinada ou Administrativa.

(iv)

- Gestão Associada através de Consórcio Público Intermunicipal ou Convênio de Cooperação, mediante contrato de programa, e

(iva) - Companhia Estadual de Saneamento. Fonte: SERENCO, 2013.

Segundo VARGAS, 2004, mais importante do que a existência de posições

favoráveis ao aumento da participação privada na prestações dos serviços de

saneamento, é a baixa capacidade de investimento na expansão deste setor

demonstrada pela União, favorecendo o crescimento das concessões ao setor

privado. É possível observar que o Governo Federal, Estadual e Municipal

apresentam baixa capacidade de investimento no setor saneamento básico. Neste

contexto, parece improvável que o setor público possa garantir sozinho, os recursos

necessários para universalizar o atendimento da população urbana com serviços

adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, tendo

em vista os déficits de cobertura acumulados e as estimativas de investimentos para

superá-los.

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130

Ainda segundo VARGAS, 2004, dentro do panorama atual percebe-se que a

participação privada na prestação dos serviços de saneamento básico é ainda

bastante restrita, o que contrasta muito com o potencial do nosso mercado para a

chamada “indústria da água”. Afinal, considerando o tamanho e a concentração da

população brasileira nas cidades, a magnitude dos déficits de atendimento, o baixo

desempenho operacional de boa parte dos operadores estaduais e municipais, e as

limitações do investimento público, o Brasil representa um imenso mercado para as

companhias transnacionais que atuam na área de saneamento e serviços urbanos.

Aliás, multinacionais francesas, norte-americanas e da península ibérica já estão

prestando serviços de saneamento entre nós, através de consórcios com empresas

nacionais.

O que explica a fraca participação de concessionárias privadas, sejam de capital

nacional ou estrangeiro, na prestação de serviços neste setor, não é tanto a

resistência política organizada das corporações envolvidas e seus aliados na

sociedade civil, mas principalmente alguns obstáculos jurídico-legais presentes no

seu ordenamento institucional.

As considerações sobre a organização administrativa e institucional do saneamento

na atual conjuntura política e econômica indicam que o envolvimento privado na

prestação dos serviços de água e esgotos tende a continuar crescendo em nosso

país.

Começando pelas oportunidades, a possibilidade de atrair capital privado para

investir na melhoria e ampliação da infraestrutura, numa época de recursos públicos

escassos e comprometidos com o pagamento de dívidas, é sem dúvida a principal

vantagem potencial da concessão dos serviços para companhias privadas nacionais

ou estrangeiras. Para assegurar que este objetivo seja cumprido satisfatoriamente,

no entanto, é preciso contar com um aparato regulatório consistente, envolvendo

contratos de concessão equilibrados, nos quais os direitos e obrigações do poder

concedente e da concessionária sejam plenamente assegurados, nos moldes do

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131

que prevê a Lei de Concessões, além de entidades reguladoras dotadas de

qualificação técnica e de autonomia decisória e financeira para fiscalizar o seu

cumprimento. Resta saber se estas condições estão sendo ou não asseguradas nas

concessões que vêm sendo realizadas pulverizadamente no país

Além do investimento, outra vantagem de uma ampliação da participação privada na

prestação dos serviços de saneamento bastante citada na literatura diz respeito ao

aumento da eficiência global do setor que seria incentivada pelo aumento da

competição entre operadores públicos e privados.

Neste caso, uma participação de companhias privadas transnacionais no contexto

brasileiro, ainda que minoritária diante das enormes disparidades sociais e regionais

do país, é vista como vantajosa por incentivar a busca de maior eficiência e

competitividade por parte das CESBs, além de possibilitar transferência de

tecnologia avançada para o setor.

A literatura especializada também aponta vários riscos potenciais do crescente

envolvimento privado na prestação de serviços de água e esgotamento sanitário.

SILVA e BRITTO, 2002, por exemplo, tecem as seguintes considerações a este

respeito:

a regulação política do saneamento deixaria de ser baseada na lógica dos

direitos sociais, mas antes subordinada à lógica econômica do mercado. Os

principais prejudicados seriam as populações mais pobres que vivem em

favelas e assentamentos urbanos irregulares nas periferias das cidades, cuja

exclusão seria mantida ou aprofundada, na medida que o atendimento a

essas áreas demanda complexas intervenções integradas nos planos

urbanístico e social, que fogem à capacidade gerencial e aos interesses do

setor privado;

é imperativa a necessidade de regulação deste setor, não apenas por ser

essencial à saúde pública e à qualidade do meio ambiente, mas também por

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132

envolver serviços prestados em regime de monopólio. A regulação seria

imprescindível para garantir a permanente expansão, melhoria e

universalização dos serviços, bem como para evitar preços abusivos e a

exclusão das camadas de baixa renda;

a ênfase na prestação privada dos serviços através de novas concessões

poderia resultar no aviltamento da noção de saneamento ambiental,

agravando a falta de integração entre as infraestruturas e os serviços de

abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos

sólidos, especialmente nas áreas pobres e desprovidas destes equipamentos

e serviços.

Além das considerações acima, uma ênfase acentuada na prestação privada levaria

a uma fragmentação da oferta de serviços outrora integrados em sistemas mais

abrangentes, que garantiam a viabilidade econômica dos sistemas menores e o

acesso da população de baixa renda através de subsídio cruzado e tarifação

progressiva ou social. Haveria, portanto, um risco de abafamento social que se

associa ao interesse exclusivo do capital privado pelas regiões e segmentos mais

rentáveis, deixando para os governos o ônus de arcarem sozinhos com o

atendimento das áreas e populações mais pobres.

Outro risco mais amplo citado na literatura é a possibilidade de captura do regulador

pelo regulado, devido à assimetria de poder e informação que resulta de concessões

de serviços municipais a grandes corporações transnacionais, as quais agem

orientadas por comportamento estratégico destinado a privilegiar os interesses dos

acionistas em detrimento dos interesses dos usuários e do poder público. Esse risco

favoreceria a manipulação de informações contábeis e renegociações contratuais

visando obter lucros e aumentos tarifários excedentes, ou ainda a renovação

automática, através de esquemas fraudulentos e/ou corrupção ativa de funcionários

e autoridades públicas.

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133

Contudo, não se pode prever um comportamento padrão dos operadores privados

em nenhum dos aspectos citados, até porque sua atuação depende de outros

fatores como a qualidade da legislação que enquadra a concessão, do contrato, da

autonomia e independência das entidades reguladoras e, sobretudo, do capital

social presente no município ou região na forma de entidades da sociedade civil

mobilizadas para exigir transparência na administração dos assuntos de interesse

público.

Assim, concluindo, segundo VARGAS, 2004, nada impede a priori que operadores

privados possam atuar de forma articulada com as prefeituras e entidades

comunitárias em intervenções urbanas integradas, visando atender populações

desfavoráveis em áreas de sub-habitação; a necessidade de regulação e as

assimetrias de informação e poder entre reguladores e regulados não são menos

importantes em relação aos operadores públicos, da mesma forma que as

dificuldades de integração entre as infraestruturas e serviços de saneamento

ambiental; enfim, a gestão pública não é menos sujeita à corrupção, e nem toda

concessão ao setor privado implica necessariamente aumentos extraordinários de

tarifas ou o fim de subsídios cruzados. Há evidências empíricas contraditórias de

todos estes aspectos, podendo ser citados casos de fracasso e sucesso tanto da

gestão pública quanto da gestão privada em cada um deles.

Resumidamente apresentam-se as três Figuras a seguir, as quais ilustram o

anteriormente detalhado: A) Arranjo Institucional Genérico, B) Arranjo Institucional

Municipal, C) Arranjo Institucional Intermunicipal.

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Figura 29 - Arranjo Institucional Genérico

Fonte: SERENCO, 2013.

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Figura 30 - Arranjo Institucional Municipal

Fonte: SERENCO, 2013.

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136

Figura 31 - Arranjo Institucional Intermunicipal Fonte: SERENCO, 2013.

Relativamente à modelagem da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo

de resíduos sólidos, pode ser semelhante aos serviços de abastecimento de água es

esgotamento sanitário tendo em vista que vários municípios já possuem arranjo

institucional responsável pela gestão dos três serviços e alguns como Santo

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André/SP, Gaspar/SC, Rio Negrinho/SC e Colatina/ES, os quatro serviços, cobrando

uma só taxa de saneamento a qual representa a soma das taxas/tarifas de cada

serviço prestado.

7.2.1 Estrutura Organizacional Proposta

A definição das diretrizes de ação, projetos e intervenções prioritárias no horizonte

de planejamento já consiste em grande avanço. Entretanto, tais definições poderão

se tornar inócuas, caso não venham acopladas a um mecanismo institucional e

operativo robusto e eficiente de operacionalização das mesmas. Tal mecanismo tem

que ser capaz de garantir o fortalecimento e estruturação do arranjo institucional

específico para viabilização dos Planos Municipais, adequação normativa e

regularização legal dos sistemas, estruturação, desenvolvimento e aplicação de

ferramentas operacionais e de planejamento.

Dentro desta lógica, os PGIRS estão sendo concebidos como um tripé composto de

elementos fundamentais: estruturais, normativo e gestão. Tal configuração é

mostrada na Figura a seguir.

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138

Figura 32 – Esquema do tripé de elementos fundamentais do PMSB

Fonte: SERENCO, 2013

Para responder aos desafios e para alcançar o sucesso do PMSB e PGIRS, o

presente documento preliminar propõe, além do conjunto de programas estruturais

nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos

sólidos urbanos e manejo de drenagem urbana, a implantação de um programa

estruturante na área de gestão. Nessa perspectiva, o programa proposto procura

sistematizar as articulações entre a operação, ampliação e modernização da

infraestrutura setorial e a gestão integrada sob o ponto de vista político-institucional,

técnico e financeiro do Plano. Dentro da lógica atual do planejamento público em

qualquer setor, tais objetivos não deverão estar dissociados da busca, em nível

macro, da sustentabilidade ambiental e da melhoria de qualidade de vida da

população.

Vale lembrar que as questões ambientais e seus desdobramentos legais e

normativos são suscitados quando se pensa nas relações de apropriação dos

recursos naturais (água em especial), empreendidas por determinada sociedade em

seu respectivo espaço geográfico. Essas relações de apropriação, relacionadas a

esforços e iniciativas para a promoção do desenvolvimento e provimento de serviços

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139

essenciais à infraestrutura urbana, geram impactos sobre os espaços da própria

malha urbana e sobre o tecido social, na medida em que os problemas de

disponibilidade quantitativa e qualitativa dos recursos hídricos estarão relacionados,

como vantagem competitiva ou como fator limitante, às demandas da produção e do

consumo regional e/ou a aspectos de conservação/preservação do meio ambiente.

Os desafios de implementar um Plano da magnitude do PMSB mediante uma

perspectiva integrada não são triviais e requerem uma base institucional e legal

consistente e inovadora, em termos de sua instrumentalização e da forma como atua

o poder público. Neste sentido, o setor de saneamento básico no âmbito das

Prefeituras Municipais da Região dos Lagos parece reunir alguma vantagem relativa,

em decorrência da existência do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ),

do Comitê da Bacia Hidrográfica da Região dos Lagos São João e Quatro

Subcomitês: Rio São João, Lagoa de Araruama, Lagoa de Saquarema e Rio Una e

recentemente o Consórcio Público Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da

Região dos Lagos - com arcabouços técnicos, administrativos, financeiros e jurídicos

próprios. Apesar da existência das estruturas citadas já representaram um grande

avanço em termos institucionais é necessário atentar para o fato de que apesar de

bem estruturadas, já contam com grande demanda de serviços, sendo que o

acúmulo das atribuições atuais somadas àquelas que serão decorrentes da

implementação dos Planos, poderá, ao invés de trazer melhorias ao setor, resultar

na geração de ineficiências.

Assim sendo, um dos principais aspectos a serem incorporados no Plano, no bojo do

Programa de Gestão a ser proposto, é a reestruturação e ampliação da capacidade

funcional das Estruturas Regionais existentes, por meio da estruturação de um

arranjo institucional que contemple em cada Município uma Unidade de Gestão do

Plano – UGPLAN. A criação desta Unidade, de forma centralizada (regional) e

descentralizada (nos Municípios) e adequada junto às atuais atribuições distribuídas

em várias Secretarias Municipais, permitirá às Prefeituras criarem condições

estruturais de governabilidade e de governança, ambas essas condições

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140

contemplando um modelo institucional que se vislumbra com potencial elevado

focando-se a modelagem proposta na criação de Secretarias Municipais de

Saneamento em cada Município, interligadas em um Consórcio Público para Gestão

do Saneamento Básico da Região dos Lagos/RJ, a ser criado ou ainda a ser

adaptado e/ou ajustado nos atuais Consórcios existentes.

Figura 33 – UGPLAN Fonte: SERENCO, 2013.

Pelo exposto, as principais diretrizes que regem a estruturação do Programa de

Gestão são:

Ênfase no estabelecimento de mecanismos de gestão (aspectos legais,

institucionais, de planejamento e da base de informações), apoiado em

estudos e projetos consistentes sob o ponto de vista técnico;

Proposição de arranjo institucional, a fim de promover o fortalecimento

institucional das Estruturas Municipais e Regionais Existentes;

Organização, monitoramento e avaliação da operação e manutenção

dos sistemas existentes, de modo a evitar a perda de patrimônio público

e o desempenho inadequado das infraestruturas já instaladas;

Ampliação progressiva das infraestruturas, de modo a otimizar os

recursos disponíveis e evitar dispersões, conferindo prioridade às obras

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141

para o atendimento de demandas mais urgentes e para a viabilização

dos benefícios esperados pelos Planos;

Estruturação de um sistema de informações capaz de ordenar o fluxo,

acesso e disponibilização das informações inerentes aos setores e aos

Planos, que se configure não apenas como banco de dados, mas como

sistema de apoio à decisão, e,

Atenção com os encargos relativos ao gerenciamento da implementação

do Programa de Gestão, para o qual dever-se-á contar com o apoio de

consultores especializados e estruturar um conjunto de indicadores de

acompanhamento da execução que explicitem avanços nas obras

físicas, nas metas de qualidade dos serviços e ambiental e nos objetivos

de natureza institucional, além de contemplar aspectos relevantes de

comunicação social e de educação sanitária e ambiental, nesta e em

fases de extensão futura do Plano.

O Programa de Gestão do PMSB tem por objetivo principal criar condições

gerenciais para a consecução das metas estabelecidas no conjunto de programas

estruturais, a implementação de um sistema integrado de informações e a constante

avaliação dos resultados com vistas à eficiência e à sustentabilidade dos sistemas e

serviços integrantes do setor de saneamento básico nos Municípios da Região dos

Lagos.

Para a consecução do objetivo geral do Programa, em decorrência das diretrizes

expostas anteriormente, destacam-se os seguintes objetivos específicos:

regularizar os serviços de saneamento;

adequar o arcabouço legal vigente, quando necessário;

criar em cada Município uma estrutura institucional especifica para o

Saneamento Básico, fortalecendo as ações do Poder Concedente – as

Prefeituras locais;

implementar o cadastro dos sistemas.

implantar rede integrada de monitoramento e avaliação;

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142

implantar sistema integrado de informações.

A lógica empregada para o estabelecimento e ordenamento das metas deste

Programa de Gestão são o gerenciamento, regularização e operacionalização

voltada à efetivação do PMSB.

A efetividade deste Programa de gestão estará associada aos respectivos

Programas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e

manejo de resíduos sólidos urbanos, e drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, tendo como substrato fundamental a abordagem dos aspectos normativos

intervenientes. Para tanto, torna-se essencial criar em cada Município uma estrutura

institucional especifica para aumentar a eficiência e eficácia dos Serviços de

Saneamento, conferindo-lhe condições de atuação respaldada pelo devido aparato

em termos de recursos humanos, tecnológicos, operacionais e financeiros.

Assim sendo, este programa deve estar voltado ao Planejamento Institucional

Estratégico e a estruturação organizacional da Secretaria Municipal de Saneamento

Básico a ser criada, incluindo o estudo de funções, gestão das pessoas (plano de

cargos e salários e funções gratificadas) e programas de capacitação e treinamento,

além de reforço institucional em termos de instalações e equipamentos básicos.

O desenvolvimento de Regularização tem como substrato fundamental a abordagem

dos aspectos legais intervenientes. Para tanto, torna-se essencial averiguar a

legalidade jurídica dos sistemas implantados, especialmente em termos de

licenciamento ambiental e atendimento à legislação de recursos hídricos, dentre

outras, de modo a garantir o funcionamento dos mesmos em consonância com a lei,

reduzindo a fragilidade existente frente a ações judiciais, multas e embargos.

Em adição, na gestão do PMSB será necessário acrescentar preocupações relativas

à operacionalização e à sistemática de monitoramento e avaliação dos resultados

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143

pretendidos, por meio de indicadores relativos à execução física e financeira, às

metas previstas e aos objetivos de cunho institucional.

Para tanto, a Operacionalização demanda o desenvolvimento de ferramentas de

apoio ao planejamento e decisão. Partindo de uma visão abrangente e estratégica

na perspectiva da gestão integrada de todo o mosaico de obras, projetos e sistemas

que compõem os PMSB, este componente contempla:

o desenvolvimento e implantação de um sistema integrado de informações

capaz de congregar informações técnicas, operacionais, financeiras e

gerenciais de todos os sistemas que integram o PMSB;

a elaboração de cadastro dos sistemas de cada setor;

implantação de uma rede de monitoramento e avaliação, e,

elaboração de planos de contingência para o enfrentamento de situações de

calamidades, especialmente inundações.

Além deste conjunto de ações, torna-se relevante, na interlocução junto aos atores e

setores sociais diversos, o desenvolvimento de ações de comunicação social. Tendo

em vista ainda que o saneamento básico não deve ser visto apenas como

infraestrutura, mas como elemento de saúde pública, torna-se fundamental

transcender as proposições e a atuação do PMSB à questão do controle social.

Desta forma é fundamental o desenvolvimento e implementação permanente de

ações de informação ao usuário, por meio de um Sistema de Informações de

Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico com a

ampla variedade de ações é necessário que seja montada uma estrutura

organizacional que, ao mesmo tempo: (i) possua legitimidade institucional, no bojo

da organização da administração pública municipal; (ii) tenha condições de agilidade

e eficiência necessárias à implantação de Planos desta natureza.

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144

Neste sentido, este documento tem por objetivo apresentar uma primeira proposta

para a modelagem do arranjo institucional para a execução do PMSB, delineado

fundamentalmente a partir da criação e estruturação da Secretaria Municipal de

Saneamento Básico em cada Município da Região e as suas respectivas

integrações.

A estrutura proposta é composta de dois elementos principais, uma instância

participativa e de controle social, representada por um Conselho Deliberativo e uma

instância executiva e operacional representada por uma Unidade de Gerenciamento

do Plano – UGPLAN, a ser criada ou adaptada no âmbito municipal e regional das

estruturas já existentes ou a serem criadas.

Sugere-se portanto, a implantação em cada Município de uma Unidade de

Gerenciamento do Plano – UGPLAN/PMSB. Serão as unidades de planejamento e

execução dos PMSB’s, criadas no âmbito das Prefeituras Municipais, subordinadas

às Secretarias de Saneamento Básico a serem criadas. A proposição da criação

desta unidade se justifica uma vez que o PMSB representa toda uma reestruturação

na lógica de pensar e gerir o saneamento básico em âmbito municipal, com o

estabelecimento de metas a serem cumpridas, com indicadores de desempenho. A

criação desta nova concepção integrada que irá perpassar toda a estrutura gerencial

e operacional das Secretarias a serem criadas, demandará uma estrutura de

pessoal e de equipamentos adicional, a fim de não sobrecarregar as estruturas hoje

existentes, o que poderá tornar toda a proposta ineficiente, prejudicando, inclusive,

as tarefas já hoje desenvolvidas.

Assim sendo, apresenta-se um primeiro esboço da estrutura necessária à UGPLAN,

cabendo, posteriormente, a definição em conjunto com a Secretaria de Saneamento

Básico, da necessidade de adequação em função das atuais estruturas existentes.

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145

A Unidade de Gerenciamento do PMSB - UGPLAN será responsável pelo

gerenciamento, coordenação e execução dos estudos, planos, e projetos integrantes

do plano, bem como do monitoramento e avaliação dos mesmos.

A estrutura proposta para a UGPLAN, responsável pelo gerenciamento e

operacionalização do PMSB é composta das seguintes Unidades, apresentadas no

organograma a seguir:

Figura 34 – Estrutura proposta para a UGPLAN

Fonte: SERENCO, 2013

A UGPLAN tem por objetivo geral executar as atividades de gerenciamento e a

coordenação da implementação das ações do PMSB, devendo, no âmbito de suas

competências, desempenhar as seguintes funções:

• realizar, com apoio de auditorias independentes, a supervisão física das

ações em execução;

• preparar, em conjunto, as Diretrizes para Elaboração do Plano Operativo

Anual – POA com vistas a aprovação prévia pelo Conselho Municipal de

Saneamento Básico;

• coordenar e supervisionar a execução dos estudos, projetos e obras

integrantes do PMSB;

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146

• realizar o acompanhamento e gestão administrativa e financeira das ações

integrantes do PMSB aprovadas no respectivo POA;

• realizar o acompanhamento físico-financeiro das atividades integrantes do

PMSB;

• solicitar a mobilização de recursos e preparar propostas orçamentárias para

os exercícios financeiros anuais;

• encaminhar os procedimentos para autorização de pagamento direto pela

Prefeitura Municipal, e

• manter documentação técnica, jurídica e financeira em sistema de informação

automatizado, com vistas a permitir maior transparência na atuação pública.

A seguir serão apresentadas, em linhas gerais, as atribuições da UGPLAN, que

deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para atender as demandas de

atribuições assim estabelecidas.

Coordenação Executiva da UGPLAN

• Coordenar a implementação do PMSB;

• Revisar e preparar os POA’s para apresentação ao Conselho Municipal de

Saneamento Básico;

• Assessorar o Secretário de Saneamento Básico nas ações relacionadas ao

PMSB;

• Propor orçamento anual para implementação dos POA’s.

Superintendência de Planejamento, Administração e Finanças

A Superintendência de Planejamento, Administração e Finanças é composta por três

gerências técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para

atender estas atividades estabelecidas.

• Gerência de Planejamento

• Gerência de Acompanhamento Técnico

• Gerência de Administração e Finanças

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147

Superintendência de Implementação de Programas e Projetos

A Superintendência de Implementação de Programas e Projetos é composta por

duas gerências técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para

atender estas atividades estabelecidas.

• Gerência de Controle Técnico de Estudos e Projetos

• Gerência de Controle Técnico de Obras

Superintendência de Monitoramento e Informação

A Superintendência de Monitoramento e Informação é composta por duas gerências

técnicas e deve ser estruturada com pessoal técnico qualificado para atender estas

atividades estabelecidas.

• Gerência de Monitoramento Geral.

• Gerência de Informações.

Tendo em vista o complexo arcabouço legal referente aos temas recursos hídricos,

saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente, tanto no nível federal, quanto

estadual e municipal, e, tendo em vista que os sistemas integrantes do PMSB

podem ter sido implantados em momentos distintos sem muitas vezes se adequar à

legislação vigente à época ou superveniente, torna-se necessário avaliar o conjunto

dos sistemas à luz da legislação atual, de modo a permitir o planejamento para

regularização dos mesmos.

A regularização dos sistemas poderá passar pela adequação ao arcabouço hoje

existente ou pela proposição da institucionalização de novos instrumentos e

diplomas legais, em nível Municipal, de modo a conferir condições para a efetiva

gestão dos elementos constituintes do Saneamento Básico no âmbito dos

Municípios da Região dos Lagos.

O objetivo geral é, portanto, o de empreender a adequação da infraestrutura

existente e/ou do arcabouço legal municipal, de modo a remover entraves e

inconsistências, cobrir lacunas e proceder às complementações necessárias à

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148

regulamentação da organização institucional e da operacionalização dos

instrumentos de gestão, formalizando práticas e encaminhamentos identificados

como adequados à promoção de novos e significativos avanços na implementação

do PMSB.

Sempre tendo em vista uma perspectiva integrada e integradora, os encargos de

adequação da legislação municipal e, mais especificamente, a cobertura das

lacunas e complementações, acima referidas, não deve esquecer as indispensáveis

interfaces com outros setores intervenientes com os da gestão do meio ambiente e

de recursos hídricos.

Deve-se reforçar que os recursos hídricos não integram os serviços públicos de

saneamento básico, porém o PMSB deverá ser compatível com os planos de

recursos hídricos e com enquadramento dos corpos de água e seu programa para

efetivação, tudo de acordo com o Comitê de Bacias existente.

Para tanto, deverá ser elaborado estudo visando a implementação de ato normativo

para a regulação do setor de saneamento básico no Município, de forma a disciplinar

ou organizar este serviço público. O estudo deve considerar as características,

padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e

dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de taxas e

tarifas e outros preços públicos. Em função da natureza e complexidade, o estudo

deve contemplar a elaboração de normas de regulamentação especifica para cada

setor de saneamento, devendo ser editadas por legislação.

Tornam-se necessários Estudos Específicos de Avaliação da legislação municipal,

do Plano Diretor do Município e do conjunto de decretos, resoluções e portarias que

compõem a sua regulamentação, com identificação de lacunas ainda não

regulamentadas, inconsistências internas e das complementações necessárias. Os

estudos devem propor a elaboração de propostas para as adequações legais,

mediante minutas de projetos de lei, de decretos ou de simples resoluções e

portarias de âmbito municipal.

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No âmbito da gestão associada, os municípios da Região dos Lagos, titulares dos

serviços de saneamento básico, devem firmar Contratos de Programa com as

concessionárias de Abastecimento de Água e Esgoto, sendo esses Contratos

subordinados aos Planos de Saneamento Básico, e, finalmente, deverá ocorrer a

revisão periódica dos planos de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário,

Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, e Drenagem e Manejo de Águas

Pluviais Urbanas, em prazo não superior a 4(quatro) anos, anteriormente à

elaboração dos Planos Plurianuais. A revisão dos planos de saneamento básico

deverá efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação da comunidade, dos

movimentos e das entidades da sociedade civil.

Para a efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico é

necessário aparelhar a Secretaria Municipal de Saneamento Básico, de uma série

de ferramentas gerenciais e de planejamento, de modo a permitir a efetiva gestão

eficiente e eficaz do conjunto de propostas, planos e projetos contidos no PMSB.

Esta proposta remete à elaboração e implantação de Sistema de Informações de

Saneamento Básico no Município. Este Sistema deverá assegurar aos usuários de

serviços públicos de saneamento básico, no mínimo, o conhecimento dos seus

direitos e deveres e das penalidades a que pode estar sujeito; o acesso as

informações sobre os serviços prestados; ao manual de prestação dos serviços e de

atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva

entidade de regulação e ao relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos

serviços. Deverá conter de forma sistematizada os dados relativos às condições da

prestação dos serviços públicos de saneamento básico; disponibilizar estatísticas,

indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da

oferta de serviços públicos de saneamento básico; permitir e facilitar o

monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de

saneamento básico e permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos

do PMSB. Estas informações deverão ser públicas e acessíveis a todos,

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independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por

meio da internet.

Deverá também, ser implementado um cadastro municipal georeferrenciado

integrado para o setor de saneamento básico. Este cadastro será alimentado pelos

responsáveis de cada serviço, sendo coordenado pela Secretaria Municipal de

Saneamento Básico, permitindo a avaliação periódica do PMSB. Logo, na

sequência, apresenta-se o modelo inicial de debate sobre a proposta de modelo

(arranjo) institucional para a gestão dos PMSB’s da Região dos Lagos.

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151

Figura 35 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB

Fonte: SERENCO, 2013.

7.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional

Proposto

Na sequência da construção do PGIRS serão inseridas as complementações ao

Arranjo Institucional Proposto, superadas a consulta e a audiência pública. Porém,

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152

as modificações, adaptações e complementações que vierem a ser propostas após

a condução do PGIRS deverão obedecer os trâmites institucionais, legais e jurídico-

administrativos, correspondentes à cada instância especifica.

7.3 Análise Institucional Regional

7.3.1 Arranjo Institucional na Região dos Lagos

Tendo como referência o complexo quadro estrutural que hoje caracteriza a

estruturação e operacionalização dos serviços públicos de saneamento básico dos

municípios da Região dos Lagos, compreendendo os serviços de abastecimento de

água, de esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos nos municípios da Região,

por serem serviços públicos que possuem natureza essencial, buscou-se formular a

proposição de ferramentas organizacionais e de planejamento capazes de aparelhar

os Municípios da Região para o efetivo enfrentamento destas questões, gestão

efetiva do PMSB e construção dos alicerces para um cenário futuro de

sustentabilidade ambiental e do Setor Saneamento Básico.

Para problemas dessa natureza o administrador enfrenta dificuldades institucionais e

financeiras, na medida em que as ações requeridas exigem forte cooperação entre

organizações públicas diversas, e dessas com a sociedade civil, como também, em

muitos casos, com agentes privados. A multiplicidade de demandas, que na grande

maioria das vezes vem capitaneadas por grupos de interesses políticos, econômicos

e setoriais diversos, finda muitas vezes por influenciar diretamente na definição da

alocação de recursos, imobilizando a administração pública, que se torna uma

instância meramente executora de uma “política” e não definidora da política.

Os Planos Municipais de Saneamento Básico dos Municípios da Região dos Lagos

estão sendo concebidos e construídos no sentido de se tornarem o marco lógico e

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153

executivo do efetivo planejamento para o Setor, estabelecendo as diretrizes,

programas e ações prioritárias no horizonte de 20 anos, envolvendo os quatro eixos

Isto posto, os fluxogramas a seguir, detalham os arranjos institucionais existentes

sobre os quais deverão ser lançados os novos cenários para a gestão do

saneamento básico da Região dos Lagos São João.

Detalham-se a seguir as instituições envolvidas na Região:

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154

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos – São João (Lei Estadual Nº3.239/1999).

Figura 36 - Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013

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155

Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos

Lagos, do Rio São João e Zonas Costeiras (CILSJ)

Figura 37 - Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)

Fonte: SERENCO, 2.013

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Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA)

Figura 38 - Agência Estadual Reguladora de Energia e Saneamento (AGENERSA)

Fonte: SERENCO, 2013

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Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência Reguladora,

Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Figura 39 - Fluxograma - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Municípios, Agência

Reguladora, Consórcios Intermunicipais, Comitê da Bacia e Concessionárias

Fonte: SERENCO, 2013.

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158

7.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico

Outro aspecto do modelo institucional para gestão dos serviços de saneamento

básico, de fundamental importância, refere-se à regulação, fiscalização e controle

dos serviços prestados. São condições para a regulação:

Existência de plano de saneamento básico;

Existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-

financeira da prestação universal e integral dos serviços;

A existência de normas de regulação que prevejam os meios para o

cumprimento das diretrizes estabelecidas na Lei N°11.445/2007 e seu

Decreto N° 7.217/2010, incluindo a designação da entidade de regulação e

fiscalização;

A realização prévia de audiência e de consultas públicas sobre o edital de

licitação, no caso de concessão, e sobre a minuta do contrato;

Indicação dos respectivos prazos e metas a serem atendidas;

Definição de metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de

qualidade, de eficiência de uso dos recursos naturais;

Diferença das condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro

dos serviços incluindo: o sistema de cobrança, a composição de taxas e

tarifas e a sistemática de reajustes e de revisões, e a política de subsídios, e,

Definição dos mecanismos de controle social e as hipóteses de intervenção e

de retomada dos serviços.

Destaca-se ainda que no caso em que mais de um prestador execute atividade

interdependente com outra, a relação entre eles deverá ser regulada por contrato e

haverá entidade única encarregada das funções de regulação, fiscalização e

controle. O conteúdo mínimo desse contrato, similares às do contrato de concessão,

além das garantias de pagamento recíproco, que inclui a obrigação de destacar nas

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contas dos usuários os valores devidos a cada prestador, e a impossibilidade de

alteração e rescisão administrativa unilateral.

O exercício da função de regulação deverá atender aos seguintes princípios:

Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e

financeira;

Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões;

Edição de normas relativas às dimensões técnicas, econômicas e sociais de

prestação dos serviços tais como:

o Padrões e indicadores de qualidade;

o Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

o Medição, faturamento, cobrança e monitoramento dos custos, e,

o Aplicação das regras relativas a estrutura, reajuste e revisão de taxas

e tarifas e de auditoria e certificação dos investimentos.

Segundo a publicação Valor Econômico, de 22/08/2012, a regulação dos serviços de

saneamento alcançou 2.296 municípios em junho de 2012, crescimento de 19% em

relação ao número daqueles que possuíam regras definidas para o segmento em

2011. Apesar do avanço, a normatização chegou a apenas 41,3% dos municípios do

país, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Agências de

Regulação (ABAR).

A Lei 11.445/2007 estabelece que todos os serviços de saneamento básico

(abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e

drenagem de águas pluviais) devem ser regulados, sob pena de terem seus

contratos invalidados, de não serem autorizados a praticar reajustes ou revisões

tarifárias e, até mesmo, de não terem acesso a recursos da União, uma vez que os

planos municipais de saneamento básico devem ter sua execução acompanhada

por agências reguladoras.

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A mesma fonte revela que, os municípios também têm tido dificuldade de avançar na

implementação de planos de saneamento básico, requisito obrigatório para o acesso

aos recursos da União a partir de janeiro de 2014. Dos 2.296 municípios com

regulação, somente 26% dispõem de planos de saneamento.

Modelos Institucionais para a Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços de Saneamento Básico

(i) Abrangência Estadual------------------------------------------------- 23 (xx)

(ii) Abrangência Distrital ------------------------------------------------- 01

(iii) Abrangência Municipal ----------------------------------------------- 19

(iv) Abrangência Intermunicipal------------------------------------------ 01

(v) Consórcios--------------------------------------------------------------- 03

TOTAL 47 (x) (x) Segundo a ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação, 2012. Número de delegações reguladas = 2.296 (2012), representando 41,3% dos municípios brasileiros. (xx) AGENERSA – Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro – Águas de Juturnaiba (Araruama, Silva Jardim e Saquarema) e Prolagos (Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia).

Ver figura a seguir.

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161

Figura 40 – Mapa Geral das Agências Reguladoras no setor de saneamento Básico.

Fonte: ABAR, 2012.

7.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços /Regulador

No estudo comparativo entre Limeira (SP), Niterói (RJ) e a Prolagos (RJ), VARGAS,

2004, tece algumas considerações sobre o modelo de concessão na escala micro

regional, que julga-se de grande importância para o estabelecimento dos debates

que irão advir quando das consultas e audiências públicas a serem ora realizadas na

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162

Região dos Lagos, orientando a busca de propostas de arranjos institucionais para a

gestão do saneamento básico na Região.

Segundo VARGAS, 2004, a concessão envolvendo a companhia Prolagos apresenta

diversos aspectos originais e relevantes para o tema da privatização/regulação do

setor de saneamento, a começar pelas características da então concessionária:

tratava-se de empresa controlada 100% pelo grupo Águas de Portugal, que se

caracterizava como um conglomerado de “empresas privadas de capital público”

controlado pelo Estado português. Por outro lado, era uma das únicas concessões

multi-municipais do país na qual o poder concedente foi compartilhado entre os

cinco municípios envolvidos (Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio,

Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) e o Estado do Rio de Janeiro, revelando que

o conflito sobre a titularidade dos serviços de saneamento em áreas urbanas

interdependentes (regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões)

pode ser equacionado através de soluções negociadas e cooperação

intergovernamental. Enfim, a concessão é regulada e fiscalizada por uma agência

reguladora estadual multi-setorial, a ASEP, hoje a AGENERSA, dotada de um grau

relativamente elevado de autonomia financeira e decisória, além de independência

em relação aos poderes concedentes e às concessionárias.

A concessão da Prolagos e a da Concessionária Águas de Juturnaiba - CAJfaz parte

de um processo mais amplo de privatização do saneamento na Região dos Lagos

fluminense, que envolveu oito municípios previamente atendidos pela

concessionária estadual do Rio de Janeiro, a CEDAE, através de um sistema

integrado de abastecimento de água, tendo a represa de Juturnaíba como manancial

único. É uma região turística cuja população residente totalizava pouco mais de 400

mil habitantes em 2000, de acordo com o censo do IBGE, mas cuja demanda de

água quase triplica no verão dado o elevado afluxo de turistas e de pessoas

domiciliadas noutros municípios que aí possuem residências secundárias.

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163

Diante da má qualidade dos serviços, com racionamento de água e rede de esgotos

praticamente inexistente, devido à falta de investimentos da CEDAE, que

apresentava prejuízos na região, os oito municípios, juntamente com o Estado,

firmaram em meados de 1996 um convênio para preparar a concessão dos serviços

de saneamento dos oito municípios à iniciativa privada, com apoio da própria

CEDAE. Conforme este convênio, posteriormente reforçado pela criação da micro-

região dos Lagos, coube ao Estado preparar o edital e conduzir o processo

licitatório, com participação assegurada aos municípios em todas as etapas. A

região foi dividida em duas áreas de concessão: a área 1, que viria a ser atendida

pela Prolagos, abrangendo os cinco municípios mencionados, cuja população atingia

quase 250 mil habitantes em 2000; e a área 2, envolvendo os municípios de

Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com pouco mais de 150 mil habitantes no

mesmo período, cujos serviços foram concedidos em 1998 ao mesmo consórcio

formado por empresas nacionais que venceu a licitação em Niterói, Aguas de

Juturnaíba(CAJ).

Através de contrato firmado em abril de 1998 entre a Prolagos, o governo estadual e

os municipais envolvidos, a empresa assumiu a concessão dos serviços de

produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos da área urbana de

Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do

Cabo (somente água) por um período de 25 anos. Tratando-se de uma concessão

onerosa precedida de obras públicas, o principal critério para selecionar o vencedor

da licitação foi o da maior oferta a ser paga pelo direito de exploração dos serviços

(outorga). O valor da outorga atingiu o montante de R$ 34,3 milhões de reais, cujo

pagamento foi escalonado da seguinte maneira: dois milhões de reais pagos a vista

ao Estado, na data em que a nova concessionária assumiu a operação dos serviços,

acrescidos de 24 parcelas anuais de R$1.346.800,00. Destas parcelas, cujo valor é

reajustado anualmente junto com as tarifas, metade fica com o Estado, enquanto

a outra metade é dividida com os municípios, proporcionalmente à população de

cada um.

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O edital de licitação previu um conjunto abrangente de obras e serviços a serem

realizados pela nova concessionária ao longo da concessão, especialmente nos

primeiros anos. Para o abastecimento de água, a lista incluía a implantação de um

novo sistema produtor (captação, adutoras, estação elevatória e estação de

tratamento); construção de novos reservatórios; ampliação e substituição da rede

distribuidora; implantação de novas ligações e de sistemas de micro e

macromedição. Para o esgotamento sanitário, além da implantação e substituição da

rede coletora, incluindo novas ligações e estações elevatórias, o edital previu a

construção de estações de tratamento em todos os municípios. De acordo com o

edital, “por razões de ordem econômica”, caberia à concessionária atingir, ao longo

do período de concessão, as “metas mínimas de atendimento às populações

residente e flutuante” estabelecidas na tabela a seguir.

Tabela 38 - Metas Contratuais de Atendimento da Prolagos fixadas no Edital de Licitação.

Ano Sistema de Água Sistema de Esgotos

03 80% 30%

08 83% 40%

10 85% 50%

13 85% 65%

15 90% 70% Fonte: Vargas, 2002.

Conforme especificado no edital, as metas mínimas acima deveriam ser atingidas

“nos períodos de pico da demanda”, enquanto a área de atendimento da concessão

ficaria limitada à cota 90, ou seja, a população residente em áreas urbanas situadas

acima de 90 metros de altitude não precisaria ser atendida pela concessionária.

Para financiar o conjunto das obras e serviços necessários ao cumprimento das

metas do edital, foram previstos investimentos da ordem de R$ 160 milhões ao

longo da concessão, dos quais cerca de 90% seriam concentrados nos primeiros

cinco anos de vigência desta. Calculado como uma projeção das receitas a serem

auferidas ao longo da concessão, o valor global do contrato foi estimado em R$ 667

milhões no edital. Passados cinco anos do início da concessão, o balanço desta

não é dos mais favoráveis, quando se considera que as metas de atendimento, seja

para água ou para esgotos, não foram plenamente cumpridas dentro dos prazos

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165

estabelecidos. Porém, a produção de água foi ampliada em 120% ao final dos

primeiros seis meses de concessão, enquanto os investimentos em esgotamento

sanitário foram antecipados, de modo que as estações de tratamento já se

encontravam em construção ou prestes a serem inauguradas em todos os

municípios. Além disso, a concessionária foi devidamente multada pela agência

reguladora, que intermediou a negociação de uma revisão contratual equilibrada

com o poder concedente, na qual evitou-se aumentos significativos de tarifa,

compensando antecipações de investimentos e outros aumentos de custos devidos

a alterações contratuais determinadas pela agência com descontos na taxa de

outorga.

Portanto, em que pesem as deficiências do contrato e as dificuldades encontradas

nas concessões (problemas estruturais de rentabilidade, altos índices de

inadimplência e roubo de água), podia-se dizer que as concessionárias estariam

exibido um desempenho favorável, especialmente quando comparado ao

desempenho prévio da CEDAE, na Região. Todavia, é preocupante a ausência por

parte da empresa de qualquer tipo de atuação voltada para garantir o acesso das

populações de baixa renda aos serviços (tarifa social, descontos nas taxas de

ligação, uso de tecnologia apropriada, intervenções integradas com as prefeituras,

etc.), as quais vinham aumentando a um ritmo bastante acelerado na região via

migrações e assentamentos irregulares fora das áreas urbanas.

Na Região dos Lagos, a CEDAE nada investiu em esgotamento sanitário, que era

praticamente inexistente nos oito municípios envolvidos; por outro lado, o

abastecimento de água também era altamente deficiente, pois a rede distribuidora

não atingia as áreas urbanas mais altas e afastadas, enquanto a área central das

cidades sofria interrupções no abastecimento, especialmente durante as temporadas

de verão, quando a população quase triplica com o afluxo de turistas e visitantes.

Em ambos os casos, as operadoras privadas investiram pesadamente na expansão

e melhoria dos serviços, majoritária ou exclusivamente com recursos próprios

(aportes dos acionistas), apresentando resultados visíveis, especialmente no

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abastecimento de água, inclusive com antecipação das metas contratuais. Apesar

das dificuldades iniciais da Prolagos, parcialmente superadas com a repactuação do

contrato, a sustentabilidade econômica foi amplamente assegurada.

Na realidade, apesar do aumento da tarifa média registrada nos anos 2004 nas

concessões privadas do Estado do Rio de Janeiro, que ficaram acima da tarifa

média da CEDAE, ou mesmo das alterações promovidas na estrutura tarifária, com

possíveis efeitos perversos sobre determinadas famílias de baixa renda,

especialmente na área de concessão da Prolagos, onde as tarifas correspondentes

ao consumo mínimo da operadora privada permaneceu abaixo da praticada pela

concessionária estadual na faixa correspondente. Contudo, como os déficits de

cobertura se concentram na população de baixa renda, que vive em moradias

precárias em assentamentos urbanos irregulares, a busca de universalização do

atendimento envolve necessariamente esquemas de tarifação social, entre outras

medidas, como descontos nas taxas de ligação e/ou intervenções urbanas

integradas nestes assentamentos, mediante parceria com as prefeituras e a própria

comunidade.

Entretanto, a questão das estratégias para garantir o acesso da população mais

pobre aos serviços de saneamento é um problema que está mais na esfera do poder

concedente, ou da própria entidade reguladora, do que na esfera das

concessionárias, cabendo aos primeiros definir objetivos e metas sociais a serem

atingidos pelas últimas de maneira articulada com as prefeituras e as comunidades

afetadas. No que tange à sustentabilidade ambiental, em que pese a falta de

informações mais detalhadas sobre esta dimensão antes e depois da privatização, é

evidente que a necessidade de investimentos pesados em tratamento de esgotos

representou um dos principais motivos alegados para a concessão analisada. Na

Região dos Lagos, cuja economia depende substancialmente do turismo, a

necessidade de investir na despoluição de lagoas e praias dizia respeito não apenas

à recuperação de sua qualidade ambiental, mas também à maximização das

oportunidades de desenvolvimento socioeconômico local e regional. De qualquer

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modo, os contratos de concessão revelaram-se relativamente deficientes na fixação

de metas neste aspecto, uma vez que os parâmetros de qualidade dos efluentes

tratados e outros aspectos relacionados aos impactos ambientais dos serviços foram

fixados com base numa perspectiva estritamente setorial e local, sem qualquer

articulação elaborada com os sistemas de recursos hídricos e meio ambiente na

escala regional.

Finalmente, no que diz respeito à dimensão político-institucional, que envolve a

regulação pública e o controle social sobre os aspectos mais amplos da prestação

dos serviços, trata-se, sem dúvida, do aspecto mais problemático do conjunto das

concessões analisadas.

No caso da Prolagos e CAJ, como a regulação é exercida por uma agência estatal

multi-setorial, dotada de autonomia financeira e administrativa criada

especificamente para este fim, cujo quadro de pessoal vem sendo ampliado e

qualificado através de atividades de treinamento adequadas, os riscos de captura do

regulador pelo regulado parecem afastados. Aliás, a agência vem demonstrando sua

independência em diversas deliberações sobre tarifas ou ajustes contratuais em

todos os setores que regula. Mas ainda precisa desenvolver uma regulação proativa

do setor, em sinergia com os sistemas de limpeza pública e manejo de resíduos

sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

De qualquer modo, há problemas de falta de transparência em aspectos

significativos da concessão (taxa de retorno, fórmula que traduz o equilíbrio

econômico financeiro dos contratos, etc.) e ausência de qualquer instância

formalizada de caráter consultivo ou fiscalizatório que envolva a participação de

usuários ou entidades autônomas da sociedade civil. Trata-se do reconhecimento da

necessidade de se criar instâncias de controle social mais amplo sobre os serviços,

que sejam autônomas em relação ao Estado e envolvam a participação dos

usuários, cuja função não se confunda com as atividades reguladoras propriamente

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ditas, sendo exercida igualmente sobre a prestação dos serviços, o financiamento e

a própria regulação do setor.

Mas não se trata de propor que a gestão privada seja sempre e necessariamente

mais eficiente em termos técnicos e econômicos, ou mais transparente e melhor

regulada que a gestão pública, pois a primeira apresenta dificuldades específicas no

que se refere ao alcance social e à regulação dos serviços. Na realidade, há

exemplos de desvios, tanto quanto de eficiência e ineficiência em ambos os campos,

de modo que a retomada da gestão pública também pode ser, como o foi no

passado, uma estratégia para superar gargalos no financiamento e expansão dos

serviços enfrentados por operadores privados. Sugere-se a necessidade de se

manter um quadro institucional e regulatório ao mesmo tempo abrangente e flexível

para a prestação dos serviços de saneamento no país, que não feche as portas à

iniciativa privada, nem tampouco a coloque como eixo principal da política nacional

de saneamento. Há que reconhecer, como foi feito no âmbito dos primeiros estudos

do PMSS (1995), que a participação da gestão privada no âmbito da política

nacional de saneamento, embora crescente, deverá ser sempre minoritária, dadas

as desigualdades estruturais de distribuição de renda entre os grupos sociais, os

Estados e os Municípios do país. Não se pode deixar de observar que a Prolagos, e

a CAJ, onde a iniciativa privada vem desempenhando um papel globalmente

positivo, a despeito dos aspectos problemáticos apresentados, estão concentrados

na região sudeste, a mais rica do país.

7.3.4 Análise Jurídica

O modelo jurídico a ser adotado deve contemplar todos os municípios que fazem

parte da Região dos Lagos/RJ, em especial, aqueles consagrados no contrato

INEA/SERENCO, assegurando a efetiva execução do plano de saneamento com a

precaução em manter ininterrupta, a prestação dos serviços de distribuição de água

potável e coleta, transporte, tratamento e disposição dos efluentes de esgotos

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sanitários atualmente prestados pelas concessionárias Águas de Juturnaíba S/A e

Prolagos.

O Estado do Rio de Janeiro participa diretamente dos contratos de concessão de

prestação dos serviços públicos mencionados, seja através da colaboração direta de

suas secretarias, seja através do repasse da outorga de subsídios.

O Estado detém convênio administrativo com os municípios desta região e

compartilha a função de poder concedente dos serviços de saneamento básico

delegados para as concessionárias citadas.

Em dezembro de 1999, instalou-se na Região, o Consórcio Intermunicipal para

Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira,

formado pelos municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Araruama, Cabo

Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São

Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim (Consórcio Intermunicipal Lagos São

João - CILSJ).

A área de atuação do Consórcio abrange a parcela do território dos Municípios que o

compõem, situada nas bacias hidrográficas da Região dos Lagos, dos Rios Una,

São João e Zona Costeira adjacente, podendo atuar como entidade delegatória de

Comitês de Bacias em outras Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro.

O Consórcio representa o conjunto de associados que o integram em assuntos de

interesse comum e de caráter ambiental, perante quaisquer entidades de direito

público e privado, nacionais ou internacionais. Tem por objetivo planejar, adotar e

executar planos, programas e projetos destinados a promover e acelerar o

desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental, além de outras ações

previstas em seu Estatuto.

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Desde sua instalação, em 1999, o Consórcio Lagos São João, desempenhou um

importante papel nas ações relacionadas à política pública e ao meio ambiente, com

foco na preservação ambiental das bacias hidrográficas e na recuperação das lagoas e

praias da Região.

O Consórcio conta com uma equipe altamente qualificada, com grande capacidade

de gerenciamento e desde sua fundação participa de atividades como a criação do

Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em 2004, e do Consórcio

Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região dos Lagos, em 2011, entre

outros projetos e iniciativas ambientais, que são de suma importância para a Região.

O Consórcio foi constituído sob a forma jurídica de Associação Civil, sem fins

lucrativos e regido pelas disposições do Código Civil Brasileiro, pela legislação

pertinente e pelo seu Estatuto, desempenhando seu papel como principal ator de

agregação dos municípios membros, na busca por melhores soluções para a gestão

ambiental da Região.

Dentro das diversas conquistas do Consórcio, ressalta-se a opção pelo sistema

conhecido como “Tomada em Tempo Seco” para coleta de esgoto sanitário em

conjunto com as águas pluviais, para os oito municípios objeto deste Plano. Esta

inovação garantiu em um curto prazo, a recuperação da Lagoa de Araruama e de

algumas praias, principais atrativos da região que caracteriza-se como polo turístico

do Estado do Rio de Janeiro e do País.

Isto posto, a partir da Lei Federal 11.107/05 (que regulamenta a criação de

consórcios públicos), iniciaram-se debates a respeito do modelo adotado na Região

dos Lagos, pois o Consórcio Intermunicipal Lagos São João não foi criado

especificamente para a gestão do saneamento básico, mas sim, para um objetivo

maior e que envolve toda a gestão ambiental da Região.

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171

Desta forma, resta saber, como reunir todos esses entes da Federação e atingir o

objetivo de assegurar a execução coletiva das diretrizes previstas nos planos de

saneamento, garantindo o desenvolvimento das cidades, a continuidade da

prestação dos serviços públicos de água e esgoto, sem, contudo, ferir os contratos e

compromissos até então assumidos pelos diversos municípios que compõe o

Consórcio, e, ainda, permitir a participação do Estado do Rio de Janeiro, peça

extremamente importante para o desenvolvimento conjunto e ordenado da

Microrregião em questão.

O Estado do Rio de Janeiro já participa dos contratos de concessão dos serviços de

água e esgoto, firmando-os juntamente com municípios e concessionárias,

utilizando-se de sua agência reguladora, AGENERSA, para normatizar e fiscalizar a

prestação destes serviços.

Recentemente, uma nova decisão veio nortear a região metropolitana do Rio de

Janeiro e a Região dos Lagos. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, quando

do julgamento da ADI 1842 ingressada pelo Partido Democrático Trabalhista – PDT,

que a gestão dos serviços de saneamento deve ser compartilhada entre Estados e

Municípios em regiões metropolitanas e microrregiões. O objetivo da decisão é

impedir a transferência da legitimidade, do âmbito municipal para o âmbito estadual,

das competências administrativas e normativas próprias dos municípios, que dizem

respeito aos serviços de saneamento básico consolidando o Poder Concedente

(Município (s) e Estado) nessas Regiões de interesse comum.

A ideia é assegurar a participação decisória dos municípios proporcionalmente ao

seu peso específico do ponto de vista político, econômico, social e orçamentário,

sem, contudo, excluir a participação estatal, de suma importância para os interesses

regionais como um todo.

Nesta decisão, não se descarta a participação das entidades civis, uma vez que os

Ministros entendem correto delegar a execução das funções públicas de interesse

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172

comum a uma autarquia territorial intergovernamental e plurifuncional, desde que a

lei complementar instituidora da entidade regional lhe confira personalidade jurídica

própria, bem como, o poder concedente quanto aos serviços de interesse comum. O

STF procurou evitar, com esta decisão, que a má prestação do serviço em uma

cidade não prejudique as demais, havendo, portanto, decisões conjuntas quando

dos interesses comuns.

A decisão do STF é recente e o município que esteja nesta situação irá precisar de

tempo para se adequar a nova realidade. Analisando a situação dos envolvidos,

pode-se concluir que a gestão compartilhada é uma forma compatível e eficaz de

solucionar o problema da Região. Para tanto é preciso formar um novo consórcio,

desta vez, público, entre os municípios e o Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista

a Responsabilidade compartilhada entre os Municípios e o Estado do Rio de Janeiro

na gestão (sustentabilidade) do saneamento básico da Região.

Com o advento da Lei n. 11.107/05, criou-se uma nova figura, que embora seja

instituída por intermédio de um procedimento que culmina com a celebração de um

instrumento contratual, tem identidade diversa da desse instrumento. Não se trata de

um contrato destinado a regulamentar relação jurídica entre dois sujeitos de direitos

que se mantêm autônomos enquanto partes signatárias do contrato. Trata-se de um

instrumento contratual que objetiva criar uma nova pessoa jurídica, um novo sujeito

de direitos e deveres, por intermédio da cooperação entre os contratantes

(consorciados).

Entretanto, há duas espécies distintas de consórcios no Direito brasileiro. A primeira

é um tipo de relação jurídica entre entes federativos de mesma espécie objetivando

atender a interesses comuns e a segunda modalidade de pessoa jurídica criada por

intermédio da associação de entes federativos que objetivam prestar serviços

públicos de modo conjunto. Vale lembrar, que anteriormente à edição da Lei n.

11.107/05, os consórcios públicos não tinham personalidade jurídica própria.

Diferenciavam-se dos convênios em virtude dos sujeitos participantes do ajuste.

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173

Atualmente é seguro dizer que, após a edição da Lei Nº 11.107/05, os consórcios

não mais se confundem com os convênios.

Pode-se conceituar os consórcios públicos como pessoas jurídicas com

personalidade de Direito Público ou Privado, formadas exclusivamente por entes

federativos, criadas por lei ou por intermédio de autorização legislativa dos entes

federados, que desejam associar-se, para, sem objetivar lucros, atender a serviços

públicos de interesse comum dos consorciados.

Desta forma, repita-se, somente podem participar dos consórcios públicos os entes

federados. É o que se extrai do disposto no art. 241 da Constituição Federal e do

caput do art. 1º da Lei n. 11.107/05. Isso significa dizer que somente podem ser

sujeitos de um consórcio público a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

Não podem participar do consórcio, portanto, entidades privadas ou da

administração indireta. Há também restrições expressas e implícitas na lei quanto à

formação dos consórcios pelos entes federativos.

O objeto dos consórcios é a prestação de serviços públicos de modo associado. Os

objetivos devem ser de interesse comum. O consórcio público deverá ter sempre por

objeto principal a prestação de um serviço público em sentido estrito. Não se podem

realizar por intermédio de consórcio simples aquisições de bens ou a realização de

obras.

Tampouco se pode delegar o poder de polícia, atos políticos ou atividades inerentes

aos poderes Legislativo e Judiciário.

A razão para essas afirmações consiste na redação do art. 241 da Constituição

Federal que admite apenas a gestão associada de serviços públicos.

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174

Somente pode o consórcio adquirir bens, realizar obras ou exercer atividades de

polícia administrativa quando estas atividades forem instrumentais à prestação dos

serviços.

São vantagens da cooperação: 1) racionalização do uso dos recursos existentes,

destinados ao planejamento, programação e execução de objetivos de interesses

comuns; 2) a criação de vínculos ou o fortalecimento dos vínculos preexistentes,

com a formação ou consolidação de uma identidade regional; 3) a

instrumentalização da promoção do desenvolvimento local, regional e nacional; 4) a

conjugação de esforços para atender as necessidades da população, as quais não

poderiam ser atendidas de outro modo diante de um quadro de escassez de

recursos, e etc...

Os consórcios públicos possuem competência para a prática de todos os atos que

visem atender a sua finalidade de acordo com os termos do protocolo de intenções e

das leis que os ratificaram.

Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá firmar convênios,

contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e

subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo,

promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de

utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público,

ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação

consorciados, dispensada a licitação.

Os consórcios públicos, segundo o § 2º do artigo 2º da Lei 11.107/05, poderão emitir

documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros

preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens

públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da

Federação consorciado. Já o parágrafo 3º do art. 2º da Lei n. 11.107/05 confere,

ainda, aos consórcios públicos competência para outorgar concessão, permissão ou

autorização de obras e serviços públicos. Para isso, no entanto, exige-se prévia

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175

autorização no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma precisa o

objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições que estas deverão

atender além do respeito às normas gerais em vigor.

A contratação de pessoal poderá ser realizada de três maneiras: através de cessão

de servidores feita ao consórcio pelos entes consorciados (§ 4º do artigo 4º da Lei

11.107/05); por processo de contratação a ser celebrado pelo próprio consórcio por

intermédio de concurso público e por fim, pela nomeação para cargos em comissão.

É necessário ressaltar que cargos e empregos públicos somente podem ser criados

por lei. Os consórcios não fogem a essa regra. Esse requisito é satisfeito mediante a

previsão no protocolo de intenções dos cargos a serem criados e posterior edição da

lei ratificadora de cada um dos entes federados.

A Lei Nº 11.107/05 não prevê expressamente a existência de cargos em comissão.

É possível, contudo, a criação de tais cargos eis que expressamente previstos na

Constituição Federal. A peculiaridade existente em relação a esses cargos consiste

na forma de provimento dos mesmos. No protocolo de intenção deverá constar a

quem compete indicar as pessoas que deverão exercer os cargos comissionados.

O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar, as

atribuições administrativas, hierarquia, avaliação de eficiência, lotação, jornada de

trabalho e denominação dos cargos, em relação aos empregados do consórcio

público. Tudo deve constar previamente no protocolo de intenções, o qual deve ser

subscrito por todos os pretendentes, devendo conter aquelas cláusulas previstas no

artigo 4º da Lei 11.107/05 e no artigo 5º do Decreto Nº 6.017/07, em especial,

previsão de que o consórcio público é associação pública e que a instância máxima

do consórcio público é a assembleia geral.

Lembrando que o protocolo de intenções nada mais é que um contrato preliminar,

que deverá ser ratificado pelos entes da Federação interessados, convertendo-se ao

final em contrato de consórcio público. O protocolo de intenções deverá definir o

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176

número de votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembleia

geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.

O protocolo de intenções deverá ser publicado resumidamente, desde que a

publicação indique o local e o sítio da rede mundial de computadores em que se

poderá obter seu texto integral. O consórcio público será organizado por estatutos

cujas disposições, sob pena de nulidade, deverão atender a todas as cláusulas do

seu contrato constitutivo, devendo ser aprovado pela assembleia geral. Com a

formação deste novo consórcio público, será constituída uma nova personalidade

jurídica, que fará a gestão compartilhada dos serviços públicos de água e esgoto,

colocando em prática o plano de saneamento básico ora formulado.

Este novo modelo de gestão, uma vez autorizado por lei, assume a posição de

poder concedente, podendo dar continuidade aos contratos vigentes, com suas

necessárias adaptações ou então optar pela extinção e uma nova concessão, o que

talvez não seria a melhor opção. Desta forma, tanto a concessionária Águas de

Juturnaíba, quanto a Prolagos, poderão manter-se na operação dos sistemas,

também em forma de consórcio de empresas ou isoladamente. O cumprimento do

prazo contratual é de suma importância para todas as partes, em razão da

continuidade da prestação dos serviços, da segurança jurídica e economicidade.

Para tanto, haverá necessidade de algumas adaptações, justamente para que as

concessionárias se mantenham na prestação dos serviços de água e esgoto,

evitando a extinção da concessão e a consequente indenização prevista em lei.

Deve-se levar em conta o prazo elastecido destes contratos de concessão e seus

respectivos termos aditivos, que além de fixarem novo prazo para o término da

concessão, também preveem novas obrigações, investimentos e principalmente

metas a serem cumpridas no transcorrer deste período, as quais são

importantíssimas para o poder concedente, sendo que muitas destas metas já foram

alcançadas ou estão em andamento.

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177

Assim, é importante observar, caso seja optado pela formação de um consórcio

público, a melhor forma de dar continuidade a prestação dos serviços e como as

concessionárias irão operar a partir de então. É importante frisar que não há

impedimento que duas prestadoras de serviços operem simultaneamente em

regiões distintas, contudo, o plano de saneamento deverá ser cumprido,

independentemente de quem esteja operando o sistema. É possível a divisão de

áreas entre as duas concessionárias que atualmente estão responsabilizadas pela

prestação dos serviços, desde que, o plano de saneamento seja respeitado e

colocado em prática.

A participação do Estado do Rio de Janeiro no consórcio público é de fundamental

importância para o controle do desenvolvimento ordenado e simultâneo dos

municípios que comporão o consórcio, podendo a AGENERSA, continuar como a

agência reguladora responsável pela fiscalização e regulação da prestação do

serviços ou ainda, ser criada nova Agencia Reguladora Intermunicipal.

A estrutura organizacional do consórcio público exige a existência de uma

assembleia geral que será integrada pelos diferentes entes federativos

consorciados. Não há obrigatoriedade de que os consorciados tenham participação

igualitária na assembleia. Admite-se que o número de votos de cada ente seja

diverso em virtude do que dispõe o §2º do art. 4º da Lei Nº 11.107/05.

Compete à assembleia eleger o representante legal do consórcio público que deverá

ser obrigatoriamente o chefe do Poder Executivo de algum dos entes federados.

As condições de administração e atuação do consórcio deverão constar no protocolo

de intenções prévio ou ser objeto de aprovação por lei específica de cada um dos

entes consorciados. Além da assembleia geral, o consórcio normalmente terá outros

órgãos. A criação desses órgãos e a competência de cada um deles devem estar

previstos no protocolo de intenções. A assembleia geral deverá elaborar um estatuto

que discipline a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos integrantes

do consórcio. Vale frisar que é possível a participação de representantes da

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178

sociedade civil ou de representantes dos entes consorciados nos órgãos colegiados

do consórcio.

Já o estatuto do consórcio deverá ser elaborado pela assembleia geral, conforme

dispõe o inciso VI do art. 4º da Lei Nº 11.107/05, devendo dispor originariamente

acerca da organização e funcionamento dos órgãos que compõe o consórcio

público, conforme prevê o art. 7º da Lei Nº 11.107/05.

Há algumas regras previstas no Código Civil Brasileiro que são aplicadas sobre a

forma de condução da associação e não são incompatíveis com as regras de Direito

Público em geral, podendo ser aplicadas a ambas as espécies de consórcio, ou seja,

tanto público quanto privado.

A título de exemplo, destacam-se as seguintes regras do novo Código Civil a serem

seguidas pelo consórcio público:

a) os atos dos administradores desde que praticados nos limites dos poderes

definidos nos atos constitutivos obrigam o consórcio (art. 47);

b) na ausência de disposição acerca do quórum, as decisões serão tomadas

pela maioria dos votos dos presentes quando a administração for coletiva (art.

48);

c) o conteúdo do estatuto sob pena de nulidade deverá conter os elementos

estabelecidos no art. 54;

d) a possibilidade de instituir categorias de associados com vantagens especiais

(art. 55);

e) as hipóteses de justa causa para a exclusão de consorciado e o procedimento

a ser seguido, que deve assegurar o direito de defesa e o direito de recurso

(art. 57);

f) o direito de o consorciado exercer por intermédio de seu representante legal

as funções que lhe tenham sido atribuídas (art. 580);

g) a competência da assembleia geral para destituir administradores e alterar o

estatuto (art. 59);

h) a exigência de convocação de assembleia específica para a destituição de

administradores ou alteração do estatuto (parágrafo único do art. 59);

i) previsão da forma de convocação dos órgãos deliberativos assegurando-se a

convocação desde que 1/5 dos consorciados tenha interesse em promovê-la

(art. 60).

Referente à constituição de consórcios públicos, pode-se dizer que o art. 3º da Lei

11.107/05, dispõe que o consórcio será constituído por intermédio de um contrato.

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179

Já o procedimento de formação, envolve as seguintes fases:

a) subscrição de protocolo de intenções (art. 3º);

b) publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º §5º);

c) lei promulgada por cada um dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente,

o protocolo de intenções (art. 5º) ou disciplinando a matéria (art. 5º §4º);

d) celebração do contrato (art. 3º);

e) atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar de consórcio

com personalidade de Direito Privado (art. 6º, II).

Vale ressaltar que há possibilidade expressa em lei para o ingresso de novos

consorciados. Ela consiste na hipótese prevista no § 1º do art. 5º da Lei n.

11.107/05, que permite a constituição do consórcio sem a assinatura de todos os

entes subscritores do protocolo de intenções.

O protocolo de intenções deve, nessa hipótese, estabelecer qual o número mínimo

de consorciados necessário para a formação do consórcio. Atingido o número

mínimo o consórcio tem início.

Sendo assim, os municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio,

Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Araruama e Silva Jardim podem

formar um novo Consórcio, desta vez Público, e posteriormente agregar mais

municípios que tenham interesse de participar.

Como esses municípios, juntamente com o Estado do Rio de Janeiro, tem

concessão de serviço público em andamento, a continuidade da prestação dos

serviços deve ser observada, mantendo-se as duas concessionárias, cujos contratos

ainda estão vigentes.

Para tanto, deverá haver a adequação, através de termo aditivo, de seus contratos,

com previsão destas adequações no protocolo de intenções, como também a divisão

mais conveniente das áreas de atuações de ambas as concessionárias, tudo

conforme previsto no Plano de Saneamento.

Acrescenta-se ao exposto, um resumo do Parecer Nº010/2012/MPMA –

ASJUR/SEA, Processo Nº E-07/000.636/2012, relativamente ao Projeto de Lei, sem

número, de 2012, o qual autoriza a outorga de subsidio pelo Estado na concessão

pública dos serviços de água, de coleta e tratamento de esgotos de Armação dos

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Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, e distribuição de água

potável para o Município de Arraial do Cabo, visando a transposição dos efluentes

das estações de tratamento de esgotos de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia da

Lagoa de Araruama para o Rio Uma, firmado em 26/12/2012, pelo Procurador do

Estado Raul Teixeira, Assessor Chefe da ASJUR/SEA.

Da transferência de Recursos Públicos para a Concessionária dos Serviços

de Saneamento Básico da Região dos Lagos.

Dos serviços de Saneamento da Região dos Lagos: Desafios e Superações

da Gestão – Parecer/RT/ASJUR/SEAN/Nº , Processo Nº E-07/000-009/2012:

não há como negar que existe certa margem de insegurança na relação

travada entre o Estado do Rio de Janeiro e os Municípios dessa Região, pois,

calçados em um mero convênio administrativo, compartilham a função de

Poder Concedente dos Serviços de Saneamento Básico delegados para as

concessionárias Águas de Juturnaiba S/A e Prolagos S/A.

Isto posto, é o Parecer:

“a) por razões de segurança jurídica é recomendável a constituição

de consórcio público, na forma de associação pública, nos termos

da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, a ser formado pelo Estado do

Rio de Janeiro e pelos Municípios de Araruama, Saquarema e Silva

Jardim, devendo o referido consórcio, por sucessão contratual,

figurar no polo ativo da concessão, como poder concedente, que

tem no polo passivo a concessionária ÁGUAS DE JUTURNAÍBA S/A.

b) mediante contrato de rateio a ser celebrado entre o Estado do Rio de

Janeiro e o Consórcio Público a ser constituído, poderão ser repassados

os recursos do FECAM para contratação das obras de esgotamento

sanitário em Praia Seca.

c) o Protocolo de Intenções, a ser subscrito por todos os entes

consorciados deverá prever expressamente a autorização para a gestão

associada de serviços públicos de saneamento básico, nos termos do

artigo 4º, inciso XI, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei nº 11.107/05” (g. n.).

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181

Outrossim, é forçoso concluir, no lastro do PARECER/RT/ASJUR/ SEA/N.º002/2012,

que o Estado do Rio de Janeiro junto com os Municípios de Arraial do Cabo,

Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia devem evoluir

para a via do consorciamento, a fim de promover a transferência da função de Poder

Concedente para este consórcio público, que, assim, promoverá, de per si, a gestão

associada dos serviços de saneamento básico concedidos para a concessionária

PROLAGOS S.A; o que, certamente, conferirá segurança jurídica e institucional para

o setor.

Afora isso, é recomendável que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São

Pedro da Aldeia busquem a contratação de consórcio público, que assuma, de per

si, o papel de Poder Concedente com vista à conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A.

Conclusão:

“Aprovo, em seus termos, o Parecer n.º010/2012/MPMA-ASJUR/SEA que opinou

pela legalidade do Projeto de Lei, sem número de 2012, que constitui medida geral

de outorga de subsídio indireto para a concessionária, PROLAGOS S.A., a ser

concedido pelo Poder Concedente, do qual o Estado faz parte, para assegurar a

modicidade de tarifa com a realização do reequilíbrio econômico-financeiro do

contrato de concessão, desde que (i) haja a comprovação que a prestação dos

serviços de saneamento básico da região – que é essencial por excelência – é

economicamente inviável e, ainda, (ii) sejam cumpridos os requisitos legais

constantes nos incs. I até IV, do art. 11, da Lei Estadual n.º2.831/1997.

O Parecer n.º010/2012/MPMA-ASJUR/SEA opina, ainda, com lastro no

PARECER/RT/ASJUR/SEA/N.º002/2012 exarado em sede do Processo n.ºE-

07/000.009/2012 (fls. 45/85), que o Estado do Rio de Janeiro juntamente com os

Municípios de Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São

Pedro da Aldeia devem buscar a contratação de consórcio público, que assume, de

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182

per si, o papel de Poder Concedente com vista a conferir segurança jurídica e

institucional para a gestão associada dos serviços de saneamento básico

concedidos para a concessionária PRÓLAGOS S.A.” Raul Teixeira, 26/12/2012.

7.3.5 Proposta para criação do Consórcio Público para Gestão do Saneamento

Básico da Região dos Lagos/RJ

A proposta ora detalhada, busca orientar as intervenções e a gestão do saneamento

básico instituído para Lei N°11.445/2007, nos municípios da Região dos Lagos/RJ,

estimulando as parte interessadas em buscar uma solução integrada e consorciada

aos problemas e conflitos inerentes ao saneamento básico. Fazem parte do

contexto, a Lei Nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei Nº

9.705/1999 (Educação Ambiental) e a Lei Nº 11.107/2007 dos Consórcios Públicos.

Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado do Rio de

Janeiro, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de se garantir a

viabilidade da gestão do saneamento básico, e, portanto, o Plano Municipal de

Saneamento Básico do Município de Cabo Frio, aqui em construção, é uma

ferramenta importante do planejamento constante. Como os laços de união entre os

Municípios da Região dos Lagos, representados pelo atual arranjo institucional, bem

como pelas estruturas operacionais compartilhadas tais como captação,

potabilização, adução e reservação de água, esgotamento sanitário, e aterramento

de resíduos sólidos, sobram poucas proposições institucionais, destacando-se a

criação do Consórcio Público Intermunicipal para a Gestão do Saneamento Básico

da Região dos Lagos/RJ e caracterizando-se como um acordo entre os municípios

de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São

Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim e o Estado do Rio de Janeiro com o

objetivo de alcançar metas comuns previamente estabelecidas afim de viabilizar a

implantação dos programas, ações e projetos detalhados e propostos no presente

PGIRS.

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183

A viabilidade de recursos, sejam técnicos ou financeiros dos municípios integrantes,

serão reunidos sob a forma de um Consórcio Público, a ser gerido pela Lei Federal

Nº 11.107/200, Lei dos Consórcio Públicos e seu Decreto Regulamentador Nº

6.017/2007.

A área abrangida pela Consórcio Público é representada pela Figura a seguir.

Figura 41 – Localização do Município

Fonte: SERENCO, 2013.

Os Municípios integrantes do futuro Consórcio, foram detalhados nos Produtos 3 –

Caracterização, 4 e 5, Diagnósticos e 6 – Estudo Populacional. O produto 8 ora

apresentado, representa a elaboração das proposições.

A reunião do Governo do Estado do Rio de Janeiro e as Prefeituras da Região dos

Lagos, cada qual com seu Conselho Municipal de Saneamento Básico e suas

respectivas Secretarias Municipais de Saneamento Básico, devidamente

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184

estruturadas, cada qual com sua Unidade de Gerenciamento do PMSB – UGPLAN,

serão responsáveis pela Gestão do Saneamento Básico apoiando-se na estrutura de

um Consórcio Intermunicipal Público, a ser criado na Região, ou ainda, pela

conversão dos Consórcios existentes.

A proposta também se apoia no ponto central discutido na Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) 1842 do STF para questionar normas que tratam da

região metropolitana do Rio de Janeiro e da microrregião dos Lagos e disciplinam a

administração de serviços públicos, conforme figura a seguir.

(X) UGPLAN – Unidades de Gestão dos PMSB’s

Figura 42 – Modelagem Proposta

Fonte: SERENCO, 2013.

8 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de saneamento básico na

Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente detalhados. Esses modelos

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demonstraram as interligações do Poder Concedente (Estado do Rio de Janeiro e

Municípios) aos Prestadores de Serviços (Concessionárias Prolagos e CAJ), aos

Consórcios existentes, ao Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas

(LIMPATECH, SELLIX, MEGA ENGENHARIA, DOIS ARCOS, entre muitas outras) e

à Agência Reguladora (AGENERSA).

Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão e a

aprovação do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na busca e geração de recursos

financeiros para custear a execução dos serviços para a universalização dos

mesmos.

O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade da prestação

dos serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos, serviços,

provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa, Econômica Federal,

BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e internacionais (BID, BIRD e

bancos de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.

Pelo diagnóstico apresentado (Produto 4) e pelos elementos analisados nas

proposições (Produto 7 e Produto 8) foi possível verificar a seguinte situação atual.

Tabela 39 - Estrutura Financeira

Recursos Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduo Sólidos

1 Não Sim (todos) Sim (maior parte)

2 Prolagos (x) Não Não

3 FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA)

4 Sim (ao Município) Não Sim (ao Município) Fonte: SERENCO, 2013

(x) Valores detalhados nos Produtos 4 e 7.

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186

Isto posto, é possível ainda, detalhar o total dos investimentos que serão

necessários para atender os diferentes programas elencados nos próximos 20

(vinte) anos.

Tabela 40 - Recurso por serviço

SERVIÇOS VALOR TOTAL

ABASTECIMENTO DE ÁGUA R$ 252.015.924,00

ESGOTAMENTO SANITÁRIO R$ 666.677.167,05

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

R$ 287.638.000,00

LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

R$ 28.349.111,34

TOTAL R$ 1.234.680.202,39

Fonte: SERENCO, 2013.

Logo, é possível concluir que:

O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas;

O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos;

Não são cobradas taxas de drenagem e resíduos sólidos;

A Prolagos arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e

esgotamento sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para

remuneração dos serviços prestados, investindo ainda, os recursos

programados pelo Termo Aditivo em vigor;

O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos

quatro sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal, e,

O Município recebe recursos, do ICMS Verde (Esgotamento sanitário e

resíduos sólidos) e os incorpora ao Orçamento Municipal.

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187

9 RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS

Tendo em vista a elaboração dos Produtos 9.1 e 9.2 – Versão Preliminar do Plano

Municipal de Saneamento Básico e do Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos, a serem disponibilizadas a todos os interessados e aos Municípios, em

Consulta Pública, com o objetivo de colher contribuições dirigidas à construção dos

mesmos e consequentemente na Construção das Versões Finais, destacam-se as

recomendações a seguir listadas.

9.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados

Para a racionalização e sistematização dos serviços prestados:

- abastecimento de água;

- esgotamento sanitário;

- limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e,

- drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, recomenda-se às futuras

Secretarias Municipais de Saneamento Básico implantação de Procedimentos

(Regulamentos) Normativos para todos os serviços prestados pela iniciativa

pública e/ou privada nas quatro áreas anteriormente relacionadas, sugerindo-

se os seguintes procedimentos:

Administrativos – leitura e emissão de contas, verificação e

afeição de medidores, suspensão/religação do fornecimento de

água, execução de novas ligações de água e/ou conexão de

esgotamento sanitário, entre outros;

Técnicos – qualidade da água distribuída, qualidade dos

efluentes tratados de esgoto sanitário, entre outros;

Operacionais – de ETA’s, estações elevatórias, adutoras,

reservatórios, redes, perdas e água, de ETE’s, estações

elevatórias, tomadas em tempo seco, micro e macrodrenagem

urbana, entre outros, e,

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Atendimento aos usuários pelos meios de comunicação

disponíveis ou pessoalmente.

9.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços

prestados

As avaliações sistemáticas para aferição da efetividade, eficiência e eficácia dos

serviços prestados deverão ser implementadas através de indicadores. Os

indicadores para abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos já estão consagrados em nosso País, obedecendo ao

disposto pelo Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento, Sistema

Nacional de Informações em Saneamento Ambiental (Básico), SNIS. Deverão ser

instituídos em todos os Municípios da Região, sugerindo os trâmites oficiais para seu

encaminhamento. Quanto aos indicadores de drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, ainda não estão disponibilizados, mas em breve serão instituídos.

Essas avaliações ficam a cargo das Secretarias Municipais de Saneamento Básico a

serem criadas e seus dados armazenados em um banco de dados junto às

UGPLAN’s.

9.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão dos

serviços de saneamento básico

O Plano deverá ter ampla divulgação por todos os meios de comunicação

disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio. Recomenda-se a criação de

um Portal Saneamento, com acesso via Internet, tendo em vista manter grande parte

da população notificada das ações em desenvolvimento. Cópias dos PMSB e do

PGIRS deverão ser disponibilizadas aos Centros de Ensino e Cultura do Município,

às Bibliotecas, Associações de Classe, entre outras. O processo tem por objetivo

divulgar as características, critérios e procedimentos recomendados pelo Plano, bem

como, em fases posteriores, os resultados de desempenho físico-financeiro e de

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gestão para subsidiar um nova etapa de planejamento, quando das revisões do

Plano.

Quanto aos mecanismos de participação e controle social na gestão dos serviços de

saneamento básico, o PMSB e o PGIRS remete às Conferências Anuais de

Saneamento Básico a serem realizadas anualmente, ao Conselho Municipal de

Saneamento Básico, à Secretaria Municipal de Saneamento Básico (Ouvidoria), ao

Consórcio Público para Gestão do Saneamento Básico, a ser instituído, aos

Prestadores de Serviços (Ouvidoria), à Agência Reguladora, ao PROCON e em

última instancia à Promotoria Pública.

Essas recomendações e outras que poderão ser acrescentadas serão inseridas no

Produto 9.2 (Versão Preliminar do PGIRS)

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