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ELIOMAR ANDRADE DO NASCIMENTO
A MOTIVAÇÃO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA ESCOLA MUNICIPAL
PANTALEÃO A. DE ARAÚJO
ORIENTADORA: MARIA ESTHER DE ARAÚJO OLIVEIRA
OBJETIVO GERAL: Pesquisar os fatores e/ou causas que
contribuem para que o aluno sinta-se desmotivado prejudicando assim, o desenvolvimento de sua aprendizagem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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• Identificar os fatores que causam a
desmotivação do educando e compromete a
aprendizagem;
• Desenvolver práticas de ensino que possam
levar embutido a motivação e o estímulo
fazendo com que o aluno sinta vontade de
aprender;
• Mostrar mecanismos de superação de
dificuldades causadas por fatores que
estejam ligados ao estímulo e a motivação.
Capítulo I – A MOTIVAÇÃO - Interesse e Motivação; - Motivação Intrínseca; - Motivação Extrínseca. Capítulo II – O COTIDIANO ESCOLAR COMO FATOR MOTIVADOR - O professor como motivador. Capítulo III – OUTROS ASPECTOS DO COTIDIANO QUE CONTRIBUI PARA A MOTIVAÇÃO
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- Fontes de Motivação; - A ação Educativa proporcionando a Motivação.
METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica foi realizada através de estudos teóricos, onde os principais instrumentos foram: livros, revistas, artigos de sites da internet, entre outros.
A pesquisa bibliográfica contou com a análise de vários especialistas sobre a temática pesquisada dos quais se destacam: Antunes, Celso, Coelho, Freinet, Paulo Freire, Márcio Ozório Marques, Papalia, Perrenoud, Piaget, Piletti, Tapia, Woolfolk e as Apostilas do Curso de Psicopedagogia.
INTRODUÇÃO
Este estudo tem como tema a motivação no processo ensino aprendizagem da Escola
Municipal Pantaleão Aurélio de Araújo. A idéia central do tema em estudo são os
fatores ou causas que levam o educando a sentir-se desmotivado no processo de ensino,
prejudicando, assim, o desenvolvimento de sua aprendizagem.
O processo de ensino e aquisição do saber precisa seguir um ritmo por parte do aluno
para que possa atender as expectativas de aprendizagem, esse ritmo podemos dizer que
é a vontade e a disposição de aprender significando dizer que o aluno precisa estar
motivado para aprender de forma satisfatória.
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Para que a aprendizagem aconteça não pode faltar força de vontade e o estímulo que
vão determinar o estado emocional do indivíduo, pois se este indivíduo não estiver
emocionalmente bem pode não conseguir estímulo e sentir-se desmotivado a instruir-se,
causando assim prejuízos no processo de ensino aprendizagem. Quando isso ocorre é
necessário que uma linha de atuação esteja presente para trabalhar a intervenção e, se
não for possível intervir para que o problema não aconteça, procura-se trabalhar a
superação, papel que o psicopedagogo pode desempenhar com eficácia.
Diante desta realidade e a partir da necessidade que existe dentro do processo de
ensino, no que diz respeito ao trabalho preventivo e de superação de dificuldades,
procurou-se trabalhar no desenvolvimento deste trabalho educacional a descrição
detalhada dos fatores que ocasionam a desmotivação dificultando o processo de ensino
aprendizagem do educando.
Logo, tem-se como objetivos pesquisar os fatores e/ou causas que contribuem para
que o aluno sinta-se desmotivado prejudicando assim, o desenvolvimento de sua
aprendizagem.
Especificamente procura-se identificar os fatores que causam a desmotivação do
educando e compromete a aprendizagem. Além de procurar o desenvolvimento de
práticas de ensino que possam levar embutido a motivação e o estímulo fazendo com
que o aluno sinta vontade de aprender. Mostrando dessa maneira, mecanismo de
superação de dificuldades causadas por fatores que estejam ligados ao estímulo e a
motivação.
A motivação precisa estar presente no processo ensino aprendizagem, pois uma
criança desestimulada e desmotivada pode apresentar dificuldades de aprendizagem.
A escola precisa trabalhar a motivação dos alunos, para isso precisa de profissionais
do porte do psicopedagogo que seja capaz de trabalhar a prevenção (intervenção) e
superação, adequada e capaz de detectar os motivos que levam o aluno à não motivar-
se.
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Os fatores dificultadores que se apresentam no processo de aprendizagem giram em
torno do aluno como principal responsável, no entanto esse aluno na maioria das vezes é
apenas vítima de um sistema educacional que não consegue atender as expectativas de
aprendizagem e muito menos desvelar o estado emocional que se encontra o discente.
Nesse sentido, acredita-se na importância dessa pesquisa dentro da contextualização
abordada, para que possa existir uma melhor compreensão e entendimento sobre a
motivação no contexto psicopedagógico, oportunizando ao educando suporte na sua
trajetória educacional.
CAPÍTULO I
A MOTIVAÇÃO
A educação é um processo dinâmico que ao longo dos anos vêm melhorando
paulatinamente, alcançando até mesmo as pequenas cidades do interior do Estado do
Amazonas. Pode-se citar como melhorias: o abandono da palmatória, do castigo, do
ensino fragmentado etc.
Há uma maior locação de recursos para a educação, ou seja, priorização das
políticas públicas. Mas apesar dos avanços, não se pode negar que o processo ensino-
aprendizagem passa por problemas que são verdadeiros desafios para a educação dos
dias atuais.
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Um desses problemas é a falta de motivação no processo ensino-aprendizagem que
foi objeto da presente pesquisa. Também tenta-se com a pesquisa fazer uma reflexão
sobre a importância da motivação.
A origem etimológica da palavra motivação vem do verbo latino movere, cujo tem
supino motum e o substantivo motivum, do latim tardio, deram origem ao termo
semanticamente aproximado, que é motivo.
Assim, a motivação ou o motivo é a força que coloca a pessoa em ação e que
acorda sua disponibilidade de se transformar. É aquilo que move o ser humano,
levando-o a agir e a realizar alguma coisa. Logo, motivar significa predispor-se com um
comportamento desejado para um determinado fim.
Para que as pessoas façam algo na vida precisam estar motivados, ou seja,
impulsionados a alcançar tal ou tais objetivos e esse é um pressuposto verdadeiro no
processo ensino-aprendizagem. O professor tem que está motivado a ensinar e os
alunos, a aprender.
Para Balancho e Coelho (1996, p. 16), “a motivação pode ser entendida como um
processo e, como tal, é aquilo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma
atividade progressiva, que canaliza essa atividade para um dado sentido”.
As pessoas têm o que podíamos chamar de recursos pessoais que são aqueles que
lhe dão condições de realizar as tarefas do dia-a-dia. Conforme Bzuneck (2000, p. 10)
“toda pessoa dispõe de certos recursos pessoais, que são tempo, energia, talentos,
conhecimentos e habilidades, que poderão ser investidos numa certa atividade”. O
mesmo autor afirma ainda que “na vida humana existe uma infinidade de áreas
diferentes e o assunto da motivação deve contemplar suas especificidades”.
1.1. Interesse e Motivação
Lembrando que há uma diferença entre interesse e motivação. As coisas que
interessam, e por isso prendem a atenção, podem ser várias, mas talvez nenhuma possua
a força suficiente para conduzir à ação, a qual exige esforço de um motivo determinante
da vontade da criança.
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O interesse mantém a atenção, no sentido de um valor que deseja. O motivo, porém,
se tem energia suficiente, vence as resistências que dificultam a execução do ato.
Segundo Huertas (2001), a motivação é um processo psicológico, ou seja, ela é
proporcionada por meio dos componentes afetivos e emocionais. No entanto, as pessoas
possuem diferentes tipos de motivação para um determinado assunto.
As pessoas criam metas em suas vidas, sua carreira profissional ou até mesmo em
viagens, e são essas metas que as motivam a continuar seus objetivos e propósitos.
Para esse teórico, a motivação é a energia psíquica do ser humano. E as metas são
desencadeadoras da conduta motivada, formam parte do núcleo imprescindível para
considerar uma ação como motivada ou não. Portanto, sem desejo e metas, não há
motivação. No entanto, para haver aprendizagem é preciso haver a motivação.
De acordo com os estudos de Fita (1999, p. 77) “a motivação é um conjunto de
variáveis que ativam a conduta e a orientam em determinado sentido para poder
alcançar um objetivo”. Assim, a motivação consiste em determinadas ações que levam
as pessoas a alcançar seus objetivos.
Huertas (2001) salienta que existem dois tipos de motivação: motivação intrínseca e
a motivação extrínseca.
A motivação intrínseca está relacionada ao interesse da própria atividade, que tem
um fim em si mesmo e não como um meio para outras metas.
Para Huertas (2001), quando uma ação se encontra regulada intrinsecamente, esta se
fundamenta principalmente em três características: autodeterminação; competência e
satisfação em fazer algo próprio e familiar.
Segundo Fita (1999, p 78), “a própria matéria de estudo desperta no indivíduo uma
atração que o impulsiona a se aprofundar nela e a vencer os obstáculos que possam ir se
apresentando ao longo do processo de aprendizagem”.
Quando a motivação é intrínseca, o aluno se mantém na tarefa pela atividade em si,
porque é interessante, envolvente e geradora de satisfação.
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Segundo Burochovitch & Bzuneck (2004) o segredo motivacional do aprendizado
escolar está em conseguir conciliar o desenvolvimento da motivação intrínseca da
criança (pela autopercepção dos avanços obtidos e o processo necessário).
1.2. Motivação Intrínseca
A motivação intrínseca refere-se à escolha e realização de determinada atividade por
sua própria causa, por esta ser interessante, atraente ou, de alguma forma, geradora de
satisfação, com o apoio da motivação extrínseca ou externa (avaliação dos adultos,
informações a respeito, elogios verdadeiros, etc.).
A motivação extrínseca tem sido definida como a motivação para trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como para a obtenção de recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências ou habilidades [...] diversos autores consideram as experiências de aprendizagem propiciadas pela escola como sendo extrinsecamente motivadas, levando alguns alunos que evadem ou concluem seus cursos a se sentirem aliviados por estarem livres da manipulação dos professores e livros (Burochovitch & Bzuneck, 2004, p. 45-46).
A teoria construtivista afirma que o desenvolvimento intelectual é determinado pela
relação do sujeito com o meio. De acordo com esse ponto de vista, a motivação não
pode ser considerada como uma conseqüência de fatores externos.
Compete principalmente à escola estimular a criatividade e o prazer por aprender,
aspectos naturais e espontâneos no aluno, mas para tanto é preciso refletir um pouco
mais sobre a prática na sala de aula.
Para que os alunos sejam críticos, questionadores e buscadores de novos
conhecimentos é imprescindível a tomada de consciência da teoria que fundamenta o
agir da escola, pois segundo Seber (1997, p. 29), "caminhar sem um respaldo teórico é
como navegar em alto-mar sem bússola. Corre-se o risco de perder o rumo e não chegar
ao destino desejado".
É o que acontece hoje, os alunos passam anos estudando conteúdos e mais conteúdos
e no final do ensino médio chegam à conclusão de que nada aprenderam.
1.3 Motivação Extrínseca
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A motivação extrínseca está relacionada às rotinas que vamos aprendendo ao longo
da vida. Segundo Huertas (2001), quando a finalidade da ação, a meta, e o propósito
têm haver com uma contingência externa, com uma promessa de um benefício tangível
e exterior, se fala de motivação extrínseca.
Pode-se dizer que a motivação extrínseca é aquela que vem de fora, e está associada
à matéria, à remuneração, ao ter. Na motivação extrínseca, o aluno executa a tarefa em
troca de recompensas externas, materiais ou sociais.
Quanto a isso, Fita (1999) explica que muitas vezes se diz que para o aluno ter
motivação em aula é importante ter um bom professor. Ouve-se dizer também, que um
bom professor é aquele que sabe motivar seu aluno.
De acordo com esse posicionamento, Huertas (2001) salienta que toda motivação
deve estar relacionada a metas e objetivos, portanto, um bom professor possui metas de
ensino, o que tornará o aluno motivado a aprender.
Ao falarmos em motivação no processo de aprendizagem escolar, é extremamente
relevante salientar a relação professor aluno, pois o modo como esse relacionamento se
dá vai dimensionar e direcionar a questão da motivação.
Um professor, consciente de seu papel, sabe que sua tarefa é orientar o aluno em seu
aprendizado, tornando-o mais crítico, buscando sempre seu êxito e não seu fracasso.
Sua relação com os alunos é uma relação profissional, que deve potencializar o
aprendizado amplo, isto é, de conteúdo moral, ético, estético e outros, que
inevitavelmente permeiam as aulas, ou como temas transversais, ou como assuntos que
transcendam os currículos.
O papel do professor, segundo Huertas (2001), não é o de influenciar o aluno quanto
às suas habilidades, conhecimentos e atitudes, mas o de facilitar a construção por parte
deles do processo de formação. Frente a essa idéia, o professor influenciará o aluno no
desenvolvimento da motivação da aprendizagem. Para o autor, quanto mais consciente
for o professor com relação à motivação, melhor será a aprendizagem de seu aluno.
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CAPITULO II
O COTIDIANO ESCOLAR COMO FATOR MOTIVADOR
No Brasil cresce a mentalidade de que ensinar é fácil, mais educar utilizando
assuntos que interessem e que façam parte da realidade do aluno é tarefa bem mais
complexa. Entende-se a maneira como a prática pedagógica proposta pode estimular ou
motivar o aluno.
Posto que, a escola tem a grande responsabilidade de decidir que tipo de cidadão ela
que formar para o futuro, se um cidadão passivo e alienado, ou crítico reflexivo e
participativo na sociedade, neste sentido a prática da docência tem uma função especial
na educação, a de iniciar motivando a criança a despertar suas potencialidades, e está
pronta a desenvolver a aprendizagem de forma integral.
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Assim sendo, o professor precisa respeitar os conhecimentos que o aluno trás consigo
trabalhando em cima de sua experiência, visto que a criança carregar com sigo um
grande potencial que precisa ser colhido por ele, transformado e colocado para a criança
como conhecimentos importantes para a sua vida.
Essa valorização da realidade faz com que o aluno sinta-se valorizado, e de bem
com o processo de ensino aprendizagem e motivando o aluno a querer aprender cada
vez mais.
Todavia, essa deverá ser a preocupação de todo profissional que lida com a educação
de preparar o aluno para integra-se à sociedade, por isso, é de grande importância que o
professor desenvolva sua prática pedagógica com criatividade, motivando e oferecendo
condições ao discente a elaborar conhecimentos advindos do exercício ativo de papéis
sociais, conhecimentos estes, imprescindíveis ao desenvolvimento da consciência de se
mesmo e do outro.
2.1. O Professor como Motivador
O professor deverá criar situações que motive e estimule o raciocínio, despertando a
curiosidade prévia dos alunos em relação ao assunto, procurando ampliá-los e
aprofunda-los, e para tal o professor precisa estar preparado pedagogicamente para
atender as necessidades do educando.
Segundo Freinet (1979, p. 16), “o papel do educador será primeiro de despertar, ou
antes, conservar na criança suas forças vivas que condicionam a verdadeira educação,
depois colocam os alunos em condições de satisfazerem suas necessidades, fornecendo-
lhes os elementos que contribuirão pra a sua interação e educação”.
O desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais intelectuais e
emocionais, visto que, no início da escolaridade, a intervenção do professor é mais
intensiva na definição desses suportes: tempo e forma de realização das atividades,
organização dos grupos e materiais a serem utilizados na resolução de conflitos,
cuidados físicos, e estabelecimentos de etapas para a realização das atividades.
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Também é preciso considerar tanto o trabalho individual como o coletivo
cooperativo. O individual é potencializado pelas exigências feitas aos alunos para que
os mesmos se responsabilizem por suas ações, suas idéias, suas tarefas, pela
organização pessoal e coletiva, pelo envolvimento como objetivo de estudo.
Posto que, o trabalho em grupo, ao valorizar a interação como instrumento de
desenvolvimento pessoal, exige que os alunos consigam contribuições, respeitem as
regras estabelecidas, e propunham outras atividades que propiciam o desenvolvimento
da autonomia na dimensão grupal.
Para tanto, é necessário que a escola busque sua extensão aos diferentes campos de
atuação. Visto que, é necessário que decisões assumidas pelo professor motivem e
auxiliem os alunos a desenvolverem atitudes e aprendam os procedimentos adequados a
uma postura autônoma.
Percebe-se que, só será efetivamente alcançado mediante investimentos sistemáticos
ao logo de toda a escolaridade.
Desta forma, a atuação do professor em sala de aula deve levar em conta fatores
sociais, culturais e a história educativa de cada aluno como também características:
pessoais, sensoriais, motoras, psíquicas e cognitivas.
Desse modo deve-se dá atenção ao aluno que demonstrar a necessidade de resgatar a
auto- estima. Trata se de garantir condições de aprendizagem a todos os alunos, seja por
meio de incrementos na intervenção pedagógica ou de medidas extras que atendam as
necessidades individuais.
(...) Se o professor souber desempenhar esse papel catalisador e de confidente, se conseguir ajudá-la a vencer os obstáculos e a conservar o entusiasmo e a iniciativa, terá realizado aquele ideal de camaradagem que oferece à educação as maiores oportunidades de triunfo, emprestando-lhe amplitude e sutileza. (FREINET, 1979, p. 14).
Mas para que isso venha acontecer é necessário que o professor decida a forma de
organização social em cada tipo de atividades, e em cada momento do processo de
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ensino aprendizagem em função daqueles alunos específicos. Pois quando o sujeito está
aprendendo se envolve inteiramente, pois está motivado, e o processo assim, como seu
resultado, repercute de forma global.
Posto que, o aluno ao desenvolver as atividades escolares, aprende construindo uma
imagem de si como estudante, e essa imagem é também influenciada pelas
representações que o professor e seus colegas fazem deles e de uma forma ou de outra,
são explicadas nas relações inter-pessoais do convívio escolar.
Percebe-se também, que a falta de respeito é forte competitividade a ser estabelecida
na classe, podem reforçar os estímulos de inconfidência de certos alunos e contribui de
forma efetiva para consolidar o seu fracasso. No entanto, por mais que o professor, os
companheiros de classe, e os materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a
aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do aluno estimulado.
Portanto, acredita-se que o aluno modifica, enriquece e, portanto constroem novos e
mais potentes instrumentos de ação e interpretação. Observa-se que a interação
professor aluno em sala de aula, é de grande importância para que o aluno aprenda a
respeitar o professor e crie laços de amizades facilitando o desenvolvimento cognitivo
dos alunos. Visto que, é através dessa interação que o aluno aprenderá a confiar no
professor, e expor suas dificuldades de forma verdadeira.
CAPÍTULO III
OUTROS ASPECTOS DO COTIDIANO QUE CONTRIBUI
PARA A MOTIVAÇÃO
No processo de ensino aprendizagem outro aspecto que pode motivar se for proposto
de forma interativa é a relação professor aluno. Observa-se então que a relação de
ambas as partes, professor aluno se fortifica mais ainda, a partir do momento que o
educador valoriza seu educando e se conscientiza de que também é aprendiz, vai
interagir melhor nessa relação, criando uma confiança por parte do educando, que por
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sua vez perderá o medo, a insegurança e falta de interesse. E, em parceria, o comungar
das idéias, será relevante para que a aprendizagem aconteça com êxito.
Paro (1997, p.08) nos diz que “a interação entre professor e aluno é fundamental no
processo ensino-aprendizagem. A manutenção de um clima afetivo é fundamental. Com
ele o aluno se sente confiante e não temeroso diante o professor”.
A relação assim é harmoniosa, acontecendo à descontração na aprendizagem, o aluno
vai entender melhor o assunto dado pelo professor, tirando assim suas dúvidas sem
dificuldades na relação, havendo meios e expectativas na construção de um novo saber,
em que o professor e os alunos participarão de uma verdadeira comunicação.
O professor refletindo sobre sua ação, busca um compromisso sério, pois envolverão
ambos os partícipes do processo educacional: professor-aluno, não estando mais isolado
um do outro.
O educador passa a interagir com o aluno em sala, fazendo-o participar do contexto
em que está inserido. E o que é mais significante, a cada ensino-aprendizagem, deverá
refletir “sobre”, para agir da melhor forma possível com seus alunos. Com isto, Freire
(1979) ressalta sobre o verdadeiro compromisso como gesto solidário:
[...] o verdadeiro compromisso que é sempre solidário, não pode reduzir-se jamais a gestos de falsa generosidade, nem tão pouco ser um ato unilateral, no qual quem se compromete é o sujeito ativo do trabalho, comprometido é aquele com quem se comprometeu e a incidência de seu compromisso que sendo encontro dinâmico de homens solidários ao alcançar aqueles com os quais se compromete, volta destes para ele, abraçando a todos num único gesto amoroso (FREIRE, 1979, P.. 9).
Sendo assim, o ensinar então para o professor, não será mais um simples ensinar,
mas um envolver-se com o aluno, numa tarefa de ajudá-lo a melhor aprender. O
educador passa a ser medidor da aprendizagem e não mais um mero transmissor de
conhecimentos; e o aluno torna-se um ser participativo, construindo seus próprios
conhecimentos a partir do seu contexto em evidência, desafios, propostas, levantando
questionamentos para esclarecimentos de dúvidas.
Em fim, fazendo-se pessoa na esfera educacional e compreendendo o mundo através
do diálogo com os demais sujeitos no processo de ensino. Sobre esta tarefa, Freire
22
(1996, p.42) relata: “A tarefa coerente do educador que pensa certo é exercendo como
ser humano a irrecusável prática de interagir, desafiar o educando com quem se
comunica e produz sua compreensão do que vem sendo comunicado”.
É nesse desafio lançado também para o aluno, que o professor dará mais
oportunidade para ele aluno de si tornar mais responsável. À medida que percebe que
está sendo parte do processo de aprendizagem ao ser participante ativo, evitando dessa
forma a falta de estímulo e até, muitas vezes de evasão escolar.
Nesta concepção é que se estará percebendo a transformação acontecer. O professor
passa a ser animado, dialogando com os alunos e trabalhando pedagogicamente as
características de cada grupo, num engajar crítico de ambas as partes, partindo do ato de
conhecer, resultando numa relação horizontal.
É através do pensar e repensar de seus atos, que o educador através de seu novo
pensamento e modo de agir, constituíra como grupo (aluno) um meio constante de
trocas de aprendizagem, assim como, experiências vivenciadas e aprimoradas pelo
meio, tornando os alunos em verdadeiros “sujeitos da história”.
A educação está movida não somente pelo intelectual, mas principalmente pelo
emocional, através da alegria, entusiasmo e desejo que o educador deva ter em desejar
transforma-se e mudar seu educando.
Com isto, destaca-se um questionamento: Por que determinados docentes são
considerados como “BONS PROFESSORES” por seus pares, por seus alunos e mesmo
por quem não tem contato direto com o ensino? Seria este professor o inovador por
excelência? Ou o amigo de sempre, que conta piadas aos alunos, que se interessa por
suas vidas, e que é despido de qualquer formalidade?
É certo que o bom professor tem consigo idéias e consciência de um bom
relacionamento humano e de clima favorável e necessário a uma educação de prazer e
qualidade de ensino. Considerando Cunha (1989), existe certo consenso sobre os
comportamentos que se espera de um aluno e o mesmo acontece com relação ao
professor, pois se pode dizer que não há dúvidas de que existe entre alunos e
professores um jogo de expectativas que estão relacionados ao desempenho dos dois e
23
que o desempenho de ambos vai depender muito da relação, principalmente afetiva e de
respeito entre eles. Pois Cunha (1989) nos diz que:
Dificilmente um bom aluno apontaria um professor como BOM ou MELHOR de um curso sem que este tenha as condições básicas de conhecimento de sua matéria de ensino ou habilidades para organizar suas aulas além de manter relações positivas. Contudo, quando os alunos verbalizam o por que da escolha do professor, enfatizam os aspectos afetivos (CUNHA, 1989, P. 69).
Neste caso, entre as expressões relatadas pelo autor, algumas mais usadas foram: o
“professor é amigo, é compreensivo, é gente como a gente, se preocupa com os alunos,
é disponível mesmo fora de sala de aula, coloca-se na disposição dos alunos”, entre
outros.
É importante ressaltar que a forma como o professor se relaciona com sua própria
prática, com sua área do conhecimento e mesmo com a produção do conhecimento, sua
metodologia, é fundamental e conforme Cunha, interfere na relação professor-aluno, e
parte desta relação.
Um professor que tem um bom relacionamento com os alunos tem mais chances de
acreditar nas potencialidades, e de se preocupar com o aprendizado e com o nível de
satisfação dos alunos, tornando-os motivados e interessados naquilo que lhes for
proposto a aprender, uma vez que o professor que tem uma boa relação com seus
alunos, é natural preocuparem-se com formas dialógicas de interação com os métodos
utilizados no processo ensino aprendizagem.
Dessa forma, pode-se dizer que o professor precisa estar voltado para um trabalho
harmonioso, no qual aprender e ensinar se torne prazeroso tanto para o aluno, como para
o professor respectivamente, pois quanto maior o “senso de humor”, o “gosto de
ensinar”, do professor, entre outros, pensamentos que mais agradável e interessante se
tornarão às aulas.
Para que o processo ensino aprendizagem para que possa fluir de forma satisfatória e
positiva precisa de motivação, o bom relacionamento entre professor-aluno propicia
24
todas as condições para o aluno se sentir estimulado, motivado, proporcionando
condições favoráveis ao desenvolvimento da aprendizagem.
Diante dessas condições o aluno passará a ver o professor como um amigo em quem
ele poderá confiar, por isso essa é a melhor forma de trabalhar as necessidades do
mesmo.
As atividades deverão se feitas sempre com a participação do professor, dialogando
com os alunos, e trocando experiências do dia-a-dia. Só assim o professor está propondo
participação ativa de ambas as partes.
Grande parte dos comportamentos e das atitudes dos alunos é provocada pelo
comportamento, pelos métodos e pelas as atitudes do professor.
O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se saudável, a imaginação criadora emerge espontaneamente e atitudes construtivistas tornam-se a tônica do comportamento da aula como grupo. (MARQUES, 1977, p. 61).
O professor deve assumir a postura de mediador, facilitando o processo de interação
dos alunos com o meio social, com os objetivos do conhecimento e entre si, sem jamais
se tornar o centro do conhecimento.
Referindo-se à motivação em sala de aula, Tapia & Fita (1999, p. 107) escrevem que
“(...) é necessário que o professor transmita valores de forma explícita. Devemos lutar
contra a tendência de deixar isso exclusivamente nas mãos dos ‘especialistas’,
professores de religião, ética. Essa tarefa deve ser assumida por todos os professores”.
Por outro lado, segundo Freire (2002, p. 36), não se pode conseguir que o aluno
passe da ingenuidade intelectual à criticidade, prescindindo de uma formação ética
aliada à estética. Isso deve interessá-lo pelo menos tanto quanto interessa ao vendedor
que visa não só não espantar seus clientes, mas até fazer com que comprem e levem
mais do que tinham a intenção de comprar.
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Para Morales (1998), o professor é um profissional como outro qualquer (do ponto
de vista meramente trabalhista), mas tem uma função, uma “missão” que é o seu
diferencial: ele exerce grande influência sobre a formação da personalidade e do caráter
de seus alunos. Seu modo de lidar com eles, de interagir com a turma durante as aulas,
vai transmitir-lhes muito mais do que o simples conteúdo das disciplinas e pode deixar
marcas para o resto de suas vidas. Essas marcas podem ter um cunho positivo ou
negativo.
Na opinião de Freire (1980, p. 73), “o professor autoritário, o professor licencioso, o
professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor
amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e
das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum desses, passa pelos alunos sem
deixar sua marca”.
O professor (conscientemente ou não) transmite valores e princípios, direciona a
atenção do aluno para seus pontos de vista, suas preferências e opiniões. Na verdade, ele
é um formador de opinião e esse é o lado político da educação.
Quando o professor de alguma das supracitadas disciplinas tem um bom trânsito com
os alunos, é notório que os mesmos queixam-se menos das aulas e até se interessam
mais em aprender, como observamos ao longo de toda a experiência em diferentes
escolas.
Isto se dá com todas as disciplinas, o que comprova o quão importante é o bom
relacionamento entre professores e alunos. Dessa forma, a boa relação entre professores
e alunos já é um fator de motivação.
Se o aluno não se interessa pela disciplina – seja pela pessoa do professor ou pela
exposição das aulas – ele sente grande dificuldade em aprender e esta dificuldade o
desmotiva.
Segundo Torre (1999, p. 09), “a motivação escolar é algo complexo, processual e
contextual, mas alguma coisa se pode fazer para que os alunos recuperem ou
mantenham seu interesse em aprender”.
Seu desinteresse e a sua repulsa pela matéria, e até pela pessoa do professor,
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crescem. Acaba por se criar um ciclo vicioso envolvendo a desmotivação e o não-
aprendizado, o que é difícil de se romper.
Segundo Woolfolk (2000, p. 331) “seria maravilhoso se todos os alunos viessem a
nós cheios de motivação para aprender, mas eles não vêm. E, mesmo que viessem o
trabalho na escola ainda poderia parecer aborrecido ou sem importância para alguns
deles”.
Como seria bom se todos que chegam à escola quisessem aprender, isso tornaria a
tarefa do professor muito simples e fácil. Mas, infelizmente, a escola recebe um número
cada vez mais crescente de alunos desmotivados que encaram a sala de aula e os
conteúdos como uma prisão sem nenhum atrativo ou valor.
Em meio ao problema apresentado, o professor é quem tem a responsabilidade de
fazer com que o aluno aprenda, a despeito de todas as dificuldades. Assim sendo, ele
precisa estar motivado para então tentar motivar o aluno.
Para Piletti (2003, p. 19) “O professor que tem entusiasmos, que é otimista, que
acredita nas possibilidades do aluno é capaz de exercer uma influência benéfica na
classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e
provocadora de comportamentos ajustados [...]”.
Já percebemos que o professor vai ser responsabilizando muito mais que o aluno pelo
fracasso do processo ensino aprendizagem, pois ele é visto como modelo e aquele que é
capaz de influenciar o aluno a querer aprender.
Muitos problemas na educação como evasão escolar e repetência seriam resolvidas
facilmente se houvesse motivação em todos os sujeitos envolvidos no processo. E isso
seria possível porque, na opinião de Devries (1998, p. 90), “um comportamento
motivado se caracteriza pela energia relativamente forte nele dispendida e por estar
dirigido para um objetivo ou meta [...]”, e nesse caso o fim seria ensinar e aprender com
qualidade.
O ambiente escolar é outro fator importantíssimo para a propiciação e obtenção de
comportamentos motivados.
27
De acordo com Antunes (2002, p. 16) [...] “Um ambiente afetuoso e uma educação
rica em estímulos ajudam a superar muitas das privações e atenuar os efeitos de
conseqüências emocionais”. O jogo, em seu sentido integral, “é o mais eficiente meio
estimulador das inteligências”.
Percebemos que o material humano é o mais importante, mas o didático tem seu
papel em despertar o interesse e a criatividade do aluno. O autor cita o jogo como
“estimulador das inteligências” e ele é somente um dos muitos meios disponíveis para
levar o aluno a querer aprender.
Assim, é mister que todos os sujeitos do processo estejam envolvidos e com o
mesmo objetivo, professor, aluno, material e ambiente integrados numa educação de
qualidade. Ainda falando no interesse, principalmente do aluno, Dolle (1987, p. 10) é
incisiva ao afirmar que “o fato de querer aprender garante à criança um maior sucesso
na aquisição de conhecimentos, habilidades ou técnicas. O interesse é, portanto a mola
propulsora na aprendizagem”.
O tema motivação ligado à aprendizagem está sempre em evidência nos ambientes
escolares, impedindo professores a se superar ou fazendo-os recuar, chegando à
desistência nos casos mais complexos. Segundo Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 20)
“não se pode contar ainda com uma teoria geral compreensiva nem da motivação
humana nem mesmo da motivação do aluno”. Porém, ela tem um papel muito
importante nos resultados que os professores e alunos almejam.
Hoje já se sabe que a motivação é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou não se
tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas consigam
vivenciá-la.
Conforme Bzuneck (2000, p. 10) “toda pessoa dispõe de certos recursos pessoais,
que são tempo, energia, talentos, conhecimentos e habilidades, que poderão ser
investidos numa certa atividade”. O mesmo autor afirmam ainda que “na vida humana
existe uma infinidade de áreas diferentes e o assunto da motivação deve contemplar
suas especificidades”.
O interesse mantém a atenção, no sentido de um valor que deseja. O motivo, porém,
se tem energia suficiente, vence as resistências que dificultam a execução do ato.
28
Quando se considera o contexto específico de sala de aula, as atividades do aluno,
para cuja execução e persistência deve estar motivado, têm características peculiares
que as diferenciam de outras atividades humanas igualmente dependentes de motivação,
como esporte, lazer ou trabalho profissional.
Quantas vezes o professor prepara uma atividade que ele achou que prenderia a
atenção de seus alunos, que os levaria adiante, que os faria buscar as informações que
eram necessárias, porém, ao executá-la, não conseguiu o envolvimento que esperava
deles.
A motivação do aluno, portanto, está relacionada com trabalho mental situado no contexto específico das salas de aula. Surge daí a conclusão de que seu estudo não pode restringir-se à aplicação direta dos princípios gerais da motivação humana, mas deve contemplar e integrar os componentes próprios de seu contexto (BROPHY, 1983 apud Bzuneck 2000, p. 11)
Nem sempre os alunos percebem o valor dos trabalhos escolares, pois, muitas vezes,
não conseguem compreender a relação existente entre a aprendizagem e uma aspiração
de valor para a sua vida. O que faz com que eles não se envolvam no trabalho.
Para Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 13) “a motivação tornou-se um problema de
ponta em educação, pela simples constatação de que, em paridade de outras condições,
sua ausência representa queda de investimento pessoal de qualidade nas tarefas de
aprendizagem”. E, ainda, “à medida que as crianças sobem de série, cai o interesse e
facilmente, e se instalam dúvidas quanto à capacidade de aprender certas matérias”.
Quanto mais avançada as séries, os problemas tendem a ser mais complexos e
profundos, por terem raízes naqueles que se originaram nas séries iniciais e por
sofrerem influência das novas exigências dos diferentes tipos de disciplinas, aliadas às
características evolutivas do aluno.
Do ponto de vista humanístico, motivar os alunos significa encorajar seus recursos
interiores, seu senso de competência, de auto-estima, de autonomia e de auto-realização.
Na motivação aqui vista, competência não é atributo de quem faz bem feito, mas sim de
quem consegue despertar, nos outros a vontade de fazer bem feito.
29
Competência relaciona a habilidade técnica (melhor maneira de fazer o seu trabalho)
e a habilidade comportamental.
A desmotivação gera graves conseqüências como a repetência e a evasão escolar.
Nas escolas públicas, muitas crianças, por repetirem várias vezes a mesma série, optam
por sair da escola e ingressar no mundo do trabalho, o qual traz um retorno financeiro,
causando assim a evasão nas escolas.
Nas escolas particulares a repetência está relacionada ao desinteresse dos alunos, o
que Pozo (2002, p. 139) afirma estar muito relacionado a motivação, ou a falta de.
Explica que, “normalmente, não é que não estejam motivados, que não se movam em
absoluto, mas sim que se movem para coisas diferentes e em direções diferentes das que
pretendem seus professores”.
Os níveis excessivamente elevados de motivação rapidamente acarretam fadiga.
Complementa ainda que em termos quantitativos, a motivação ideal no contexto das
tarefas escolares não pode ser fraca, mas também não deve ser absolutamente a mais
alta.
Segundo Piaget (1976, 78), “toda atividade mental, em particular cognitiva, procede
de uma tendência à satisfação de uma necessidade, consistindo esta, ela própria, num
desequilíbrio momentâneo e sua satisfação numa reequilibração”, isto quer dizer, que a
assimilação está centrada na motivação, pois é ela que ativa o comportamento para
buscar soluções quando nos sentimos em desequilíbrio diante de uma situação
desafiadora.
3.1 Fontes de Motivação
Segundo a teoria de Piaget (1992), a maior fonte de motivação, no que se refere ao
desenvolvimento intelectual, é o desequilíbrio, visto que ativa o processo de
equilibração.
Uma vez motivado, o aluno pode aprender, até mesmo sem professor, sem livros,
sem escola e sem quaisquer recursos que promovam a aprendizagem. No entanto,
30
mesmo estando cercado de recursos, se não existir alguma motivação não há ação, e
ação, significa aprendizagem.
Estar disposto para aprender não implica, necessariamente, que irá ocorrer
aprendizagem significativa. É fundamental, para que isso ocorra, a presença da
motivação no aluno.
A motivação na aprendizagem é de interesse de todos que se preocupam com o
sucesso de crianças, adolescentes e jovens em nossa educação brasileira, mas parece que
fica apenas aí, não passa da preocupação, pois não há uma real mudança na postura
pedagógica dos professores.
Em vista disso, pensamos que uma das causas da desmotivação dos alunos em querer
aprender, é a própria escola, que ainda não se conscientizou de que é preciso mudar sua
prática e, assim, motivar o aluno a querer aprender.
Na verdade, o ensino tradicional não leva em conta o desenvolvimento cognitivo do
aluno, nem seus conhecimentos prévios, ao contrário disso, impõe conteúdos
aleatoriamente de modo totalmente descontextualizados e fragmentados.
De nada adiantará o professor ditar regras e mais regras, preparar uma aula
"maravilhosa", trazer para sala de aula diferentes recursos didáticos (vídeo, TV, som,
computador, etc.), se o aluno não estiver intrinsecamente motivado para querer
aprender.
E mais, esses recursos podem até chamar a atenção dos alunos, num primeiro
momento, por serem novidades para eles e, pelo computador ser uma máquina
interessante, com certeza irão querer olhar, mexer, manipular.
Entretanto, caso não vejam um sentido real naquilo que estão fazendo, logo em
seguida, podem perder o interesse e sentirão momentos de desânimo quando
descobrirem que as atividades são monótonas e repetitivas.
Dentro de uma concepção construtivista, a apropriação tecnológica é também um
processo de construção de conhecimento, desde que o aluno sinta-se desafiado a buscar
esses conhecimentos.
31
Esses procedimentos foram verificados nos alunos envolvidos no projeto de
aprendizagem, onde, apesar, de terem um novo ambiente de aprendizagem, com novos
recursos, no caso o computador e a Internet, que era novidade para eles, alguns grupos
mostraram-se desmotivados, por não se sentirem intrinsecamente motivados para
construírem conhecimentos a partir daquelas ferramentas.
Por isso, não basta somente a utilização de novos recursos. O professor tem que
saber como fazer para despertar a curiosidade e o interesse dos alunos e assim irem mais
fundo em busca de novos conhecimentos.
O professor precisa saber orientar seus alunos, no sentido de como eles podem
utilizar esses recursos para adquirirem novos conhecimentos, pois os estímulos,
quaisquer que sejam não têm significação própria, dependem sempre de que alguém, no
caso os alunos, os interpretem e ajam sobre eles.
Em outras palavras, um estímulo só desencadeia uma reação no aluno se integrado a
uma ação passível de ser provocada por ele. Os reconhecimentos indicam significados
atribuídos pelo aluno e as significações nunca são dadas gratuitamente por nenhum
estímulo. Conhecimento não é ato de benevolência, mas de construção própria, por
causa disso as significações emanam das atividades realizadas pelo aluno.
Infelizmente, não é isso que acontece em nossas escolas. Muitas vezes com a
desculpa de ganhar tempo, o aluno é desrespeitado em seus processos de construção de
conhecimentos, porque em vez de verificar o modo como ele raciocina sobre o que ouve
em sala de aula alguns professores se preocupam mais com o cumprimento dos
conteúdos em detrimento da capacidade de compreensão do mesmo.
Outra coisa muito importante é o professor saber de que maneira o aluno aprende,
como seu raciocínio progride e em que ponto está em seu desenvolvimento.
Conhecendo seu aluno, o professor terá melhores condições de favorecer a
aprendizagem, e assim, terá também a oportunidade de entender como ajustar as
atividades às características evolutivas dos processos de desenvolvimento do aluno.
Mas o que vemos nas escolas é um enorme descompasso entre as situações propostas
pelo professor e as características dos processos de desenvolvimento, ou seja, o
32
professor quer ensinar certo conteúdo, mas o aluno ainda não tem seus esquemas
mentais desenvolvidos para assimilar aquele conteúdo, pois os mesmos não se inserem
na sua organização cognitiva, por isso, não há entendimento.
Existe a necessidade de que o aluno tenha habilidades para aprender, ou seja, ele
precisa ter suas estruturas cognitivas "abertas" para assimilar novos conceitos. Papert
(1994), já afirmava que a habilidade competitiva mais importante no futuro será a
habilidade de aprender.
Se não existir compatibilidade entre o que o professor pretende transmitir e o nível
de desenvolvimento do aluno, a menos que essa condição seja preenchida, ele não terá
condições intelectuais para assimilar e acomodar essas informações.
Apesar de Piaget apud. Seber (1997), nos ensinar que o referencial deve ser sempre o
aluno, ou seja, o nível de sua organização cognitiva, o que se vê nas escolas, com
raríssimas exceções, são professores enchendo os alunos de conteúdos e mais
conteúdos, sem nenhuma significação e sem que eles tenham condições de compreendê-
los.
Por mais que se esforcem não conseguem entender, o resultado disso é total falta de
prazer em querer aprender, para eles, aprender é algo "penoso" e difícil.
Além dos infindáveis conteúdos sem sentido para o aluno, outras atividades na sala
de aula causam desmotivação: a cópia, a repetição de certas atividades (treinos
mecânicos), como se os alunos fossem animais que precisassem ser treinados.
E, não ocorrendo aprendizagem, o professor reclama de falta de interesse, da apatia e
da indisciplina dos estudantes, justificando esses procedimentos dizendo que "os alunos
não aprendem porque não querem".
Professores, que agem desse modo não percebem que, em vez de desinteresse ou
desleixo do aluno, trata-se pura e simplesmente da falta de possibilidade deles fazerem
uma interpretação significativa do que estão tentando transmitir.
Com efeito, Piaget (1973, 15), já nos afirmava que "conhecer não consiste em copiar
o real, mas em agir sobre ele e transformá-lo", resgatando assim a importância do
33
sujeito no seu processo de desenvolvimento.
A esse respeito, Seber (1997) afirma que:
Sem terem desenvolvido os mecanismos de raciocínio que lhes permitem interpretar significativamente os conteúdos escolares propostos, algumas crianças acabam aprendendo, muitas vezes, precocemente, a repetir como papagaio as instruções recebidas, tudo se reduz ao saber por saber, saber para passar de ano, saber para agradar ao adulto - exceto para adquirir conhecimentos novos. (SEBER, 1997, P. 22, 23)
Este pode ser o ponto principal da enorme falta de motivação nos alunos: a escola
não se preocupa em desenvolver o raciocínio lógico, não se preocupa em desenvolver a
capacidade reflexiva dos alunos desde as séries iniciais. Ao contrário, desde cedo a
criança é exposta a exercícios mecânicos e repetitivos sem nenhum sentido para ela.
Sem estímulo para desenvolver essas capacidades, o aluno vai se deparando com
problemas que se avolumam rapidamente, tornando-se difícil a compreensão dos
conteúdos mínimos.
Isso aos poucos vai minando o prazer de estudar no aluno e, sem prazer não há
aprendizagem, prova disso é o enorme índice de repetência e principalmente, nas séries
iniciais do ensino fundamental.
Por isso, em vez de impor conteúdos, o professor deve propor atividades que
estimulem o desenvolvimento intelectual do aluno. Atividades que estimulem o aluno a
agir sobre elas, onde cada um encontrará um lugar onde se sinta competente e autor.
Pois, o interesse do aluno será maior se lhe for dada a oportunidade de pesquisar, de
interagir, de intervir em seu próprio processo educativo, resgatando assim, sua
consciência de sujeito inteligente.
Só assim, com estruturas mentais em contínuo desenvolvimento, o aluno terá
condições de incorporar, entender e assimilar novos conhecimentos. E, claro, com
condições de compreender o que o professor fala, ele não perderá a motivação para
aprender, pois o grande causador da desmotivação dos alunos é que não entende o que o
34
professor tenta ensinar.
Até que tentam e, quando não conseguem apelam para o famoso "decoreba" para
tirar boa nota na prova. Terminadas as avaliações quase nada permanece, e isso faz com
que eles, cada vez mais, percam a auto-estima e o prazer de aprender, já que aprender
para eles significa sofrimento.
Hoje há uma concepção estática do conhecimento, ignora-se que uma aprendizagem
significativa só ocorre quando aquilo que se ensina relaciona-se aos conhecimentos
prévios dos alunos. Estes devem ser interpretados como sujeitos pensantes e portadores
de visões de mundo e padrões socioculturais específicos.
Infelizmente a maioria das escolas ainda acredita na história de que o
desenvolvimento do conhecimento tem como fonte única as aprendizagens impostas de
fora para dentro, quando é justamente o contrário disso, é o desenvolvimento que
explica a aprendizagem, pois cada elemento da aprendizagem depende desse
desenvolvimento.
O desenvolvimento, então, constitui condição preliminar evidente e necessária para
as aprendizagens. Piaget (1976), coloca que o conhecimento, então, na sua origem, não
vem dos objetos nem dos sujeitos, mas das interações, isto é, o conhecimento é
construído pelo aluno no decorrer das trocas com o meio e pelas suas ações.
O professor precisa colocar o aluno diante de situações-problemas, fazer com que ele
entre na "espessura do problema", principalmente os das séries iniciais, para que possa
construir instrumentos de raciocínio, caso contrário, ele chega até a repetir informações
transmitidas, mas, com certeza, sem entendê-las.
Não podemos esquecer também que o "entrar na espessura do problema" sugere por
parte de aluno e professor a adoção de pesquisa como instrumento fundamental na
aquisição dos conhecimentos, pois um dos objetivos da escola é a formação de cidadãos
críticos e com capacidade de resolver problemas, então a postura do professor e suas
intervenções devem ser direcionadas para que isso aconteça.
3.2. Ação Educativa Proporcionando a Motivação
35
Caso houvesse uma ação educativa que priorizasse o desenvolvimento do raciocínio,
poderiam ser procurados os procedimentos pedagógicos que permitissem aos
professores realizar ajustamentos recíprocos entre conteúdos e construções de
estruturas.
A inteligência elabora e utiliza tais construções, só que durante muito tempo as
estruturas não são pensadas. As estruturas dirigem de dentro para fora as condutas da
criança; no entanto, ela não toma consciência dessa direção.
A ação educativa deveria então, propiciar a tomada de consciência das estruturas,
favorecendo a passagem de uma utilização não-pensada para uma utilização refletida
consciente, visto que nada é assimilado quando não há atividade, quando não há ações
concretamente realizadas que possibilitem maneiras originais e criativas de lidar com o
que pode ser abstraído das interações.
Todo ato de conhecimento se dá entre um sujeito que busca conhecer e os objetos
que se tornam significativos para ele em virtude dessa busca.
Não podemos esquecer também que a construção do conhecimento não está isolada
do desenvolvimento da inteligência, que é a atividade do sujeito, que pouco a pouco se
torna capaz de conhecer as coisas próprias do seu meio mediante várias construções
sucessivas.
Toda criança é estimulada pelo sucesso e inibida pelo fracasso, ela aprende mais
quando se sente segura. A motivação completa-se apenas quando o aluno encontra razão
suficiente para o trabalho que realiza, quando lhe aprecia o valor e percebe que seus
esforços o levam à realização da sua tarefa. Por isso o professor deve criar situações de
sucesso, isto é de aprendizagens significativas para o aluno, levando-os a superar os
fracassos.
É imprescindível que no ambiente escolar, haja um comportamento motivador, tanto
por parte dos professores quanto dos alunos, só assim terá um bom andamento o
processo ensino-aprendizagem.
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CONCLUSÃO
No contexto do processo ensino aprendizagem existe problemas e dificuldades, no
entanto os envolvidos precisam viabilizar meios e mecanismos que possa proporcionar
condições favoráveis para aquisição da aprendizagem.
Entre estes mecanismos está à situação que se encontra o professor no momento da
sua prática e o aluno no momento da aprendizagem, essa situação podemos chamar de
estimulado ou motivado, pois quando as pessoas estão bem certamente elas tem maiores
condições de desenvolverem uma atividade com mais satisfação, isso poderá dá um
retorno positivo.
Na sala de aula o professor precisa não está, mas, viver estimulado, alegre e feliz
diante dos seus alunos, essa condição de alegria e de bem-estar ajuda na aprendizagem
dos alunos e faz com que eles sintam-se bem e confie no professor.
O professor cumprindo com o seu papel e a escola com o seu, ajudando a eles e sua
família que nem sempre pode contribuir como deveria ou como gostaria facilita o
processo da motivação do aluno e conseqüentemente a aprendizagem.
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Recomenda-se que no processo ensino aprendizagem, exista motivação, e para isso
ocorrer é preciso que professor, escola, sistema de ensino e família façam sua parte,
além do comprometimento e da responsabilidade que ambos têm que ter, o aluno mais
do que nunca tem que entrar com sua parcela de colaboração o querer aprender.
O professor precisa está motivado para isso é preciso que tenha amor e vocação
profissional, se não dificilmente conseguirá proporcionar um ensino com qualidade.
A escola que às vezes está presa pelo sistema de ensino precisa atender bem o aluno,
ter material didático, merenda escolar de boa qualidade enfim condições de ensino.
Já o aluno tem uma infinidade de situações desestimuladoras como já vimos, mas
situações motivadoras justificáveis no meu ponto de vista existem poucas, é partindo
desse entendimento que a psicopedagogia procura proporcionar o estímulo para que
além de existir a aquisição do saber, exista também transformação e a melhoria de vida,
que se o aluno tiver consciência já é muito para que ele se empenhe e se esforce em
aprender.
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