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RELAÇÕES JUSTAS COM A CRIAÇÃO O CARISMA DA COMPANHIA DE JESUS INCENTIVA A RENOVAÇÃO DAS RELAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE especial pág. 12 Em EDIÇÃO 15 ANO 2 JUNHO 2015 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL DOM OSCAR ROMERO É BEATIFICADO pág. 10 JESUÍTAS RELATAM SITUAÇÃO NO NEPAL pág. 18 ENCONTRO DOS PROVINCIAIS DA PAN-AMAZÔNIA pág. 20

Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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15ª Edição | Junho 2015

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  • RELAES JUSTAS COM A CRIAO

    O CARISMA DA COMPANHIA DE JESUS INCENTIVA A RENOVAO DAS RELAES COM O MEIO AMBIENTE

    especial pg. 12

    JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 15ANO 2JUNHO 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    DOM OSCAR ROMERO BEATIFICADO

    pg. 10

    JESUTAS RELATAM SITUAO NO NEPAL

    pg. 18

    ENCONTRO DOS PROVINCIAISDA PAN-AMAZNIA

    pg. 20

  • 4 Em

    SUMRIO EDIO 15 | ANO 2 | JUNHO 2015

    EDITORIAL Mstica Inaciana e Ecologia

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Construindo o Reino com os Jovens

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S Beatificao de dom Oscar Romero Santas rabe-palestinas

    ESPECIAL Cuidado com o Meio Ambiente

    MUNDO CRIA GERAL Grupo de imigrao na fronteira ganha prmio Documentrio sobre pintor jesuta Jesutas enfrentam os terremotos no Nepal

    AMRICA LATINA CPAL Chamados ao risco e inovao Encontro com os Provinciais da Pan-Amaznia Aes conjuntas

    GOVERNO Frum de Gesto Apostlica rene-se em Itaici

    SERVIO DA F So Jos de Anchieta:

    Apstolo e Padroeiro do Brasil

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  • 5Em

    EmJESUTAS BRASIL

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de Co-

    municao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    Dimas Oliveira

    COLABORADORES DA 15 EDIOEvenice Neta, Pe. Jair Barbosa Carneiro, Ma-

    theus Kiesling, Pedro Risaffi, Valria Machado,

    Pe. Valrio Sartor, Vincius Soares Pinto e Ana

    Ziccardi (reviso). Um agradecimento especial a

    todos que colaboraram com a matria especial

    dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    Ollivier Girard para o Centro para Pesquisa Flo-

    restal Internacional - cifor.org (capa)

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Colgio Loyola oferece cursos para alunos de baixa renda Crianas e jovens do Projeto Vida com Arte realizam

    apresentaes

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Padre Incio Spohr lana terceiro livro da srie Histria das Casas Jesutas sero tema de filme de Scorcese

    EDUCAO Rede Jesuta de Educao promove encontros sobre a PEC Carta de Einstein ao Colgio Anchieta

    ETE FMC realizar Feira Estadual de Cincias e Tecnologia Sistema de Qualidade na Gesto Escolar apresentado no

    Medianeira

    SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES Casa Inaciana da Juventude promove atividades Novios iniciam retiro de 30 dias Jesuta ser ordenado presbtero em julho

    CUIDADO DA AMAZNIA Via Sacra do Xingu

    NA PAZ DO SENHOR

    JUBILEUS E AGENDA

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  • 6 Em

    Todos os grandes msticos demonstram sensibilidade ecolgica em relao

    natureza. Santo Incio no foge regra. Ribadeneira, seu contemporneo e bigra-

    fo, afirma que ao ver uma planta, uma pequena erva, uma flor, uma fruta, um pe-

    queno verme ou qualquer outro animal, Incio contemplava e levantava os olhos

    aos cus, penetrando no mais interior e no mais remoto dos sentidos. Em outro

    lugar, diz-se que Incio, um dia, parou ante uma flor e dando-lhe, com a ponta da

    bengala, pancadinhas leves, com amor, com um sorriso e com lgrima lhe fala:

    No diga mais, minha florzinha! Cale-se! Entendo, envergonhado, esta lio: na

    corola florida de seu clice h mais vozes de Deus do que num sermo.

    Como Geral, em Roma, a maior consolao para Incio era contemplar o cu

    estrelado, porque isso o animava no amor e servio a Deus. A contemplao da

    presena divina nas realidades da natureza est expressa na Contemplao para

    Alcanar Amor, na qual apontado o critrio de maturidade espiritual: encon-

    trar a Deus em todas as coisas e todas nEle. Nesse sentido, pode-se dizer que a

    espiritualidade inaciana tem profunda senda ecolgica, no tanto como temti-

    ca, mas como perspectiva, porque se trata de encontrar Deus agindo no seu am-

    biente e entorno de vida.

    Hoje, a questo ambiental e a ecologia, como cultura, so um profundo desafio

    para o modo de vida dos jesutas e para a misso da Companhia. A sensibilidade

    ecolgica demonstra-se no estilo de vida pessoal e comunitrio, expresso pelos

    comportamentos do dia a dia, desde o comer at o viajar. A preocupao com o

    meio ambiente torna-se uma dimenso transversal da misso da Companhia de

    Jesus, concretizando-se nas diferentes obras e atividades apostlicas. Se a for-

    mulao atual da misso da companhia o servio da f e a promoo da justia,

    como a questo ambiental encontra nela a sua expresso?

    A pedagogia da f, na trilha dos exerccios espirituais, so um caminho privi-

    legiado para despertar sensibilidade ecolgica. A preocupao pela integridade da

    criao precisa tornar-se compromisso para os cristos. A justia assume a forma

    socioambiental, porque se trata de tomar conscincia e denunciar os danos am-

    bientais que os processos econmicos, industriais e agrcolas provocam no meio

    ambiente, desestruturando os ecossistemas e destruindo os meios de subsistncia

    de populaes que habitavam esses territrios desde sempre. A luta pela justia

    significa preservar as condies socioambientais que permitem a reproduo da

    vida em todos seus sentidos.

    Para essa preservao, importante resgatar a sabedoria ecolgica dessas po-

    pulaes, em dilogo com as suas tradies culturais e religiosas, portadoras de

    uma viso ecocntrica da natureza, entendida como casa (Oikos), onde todos os

    seres vivos, o prprio ser humano, convivem harmonicamente com o restante da

    criao. Aqui, a justia socioambiental enriquecida pela espiritualidade ecolgi-

    ca e pelo ecocentrismo das tradies culturais e religiosas.

    Boa leitura!

    EDITORIAL

    MSTICA INACIANA E ECOLOGIA

    Pe. Jos Roque Junges, SJProfessor e pesquisador do Programa de Ps-Graduao em Sade Coletiva da UNISINOS e em Biotica, da UnB (Universidade de Braslia).

    A PREOCUPAO COM O MEIO AMBIENTE TORNA-SE UMA DIMENSO TRANSVERSAL DA MISSO DA COMPANHIA DE JESUS, CONCRETIZANDO-SE NAS DIFERENTES OBRAS E ATIVIDADES APOSTLICAS.

  • 7Em

    CALENDRIO LITRGICO

    calendrio litrgico Prprio da Companhia de Jesus

    JUNHO

    DIA 8 | So Tiago Berthieu

    DIA 9 | So Jos de Anchieta

    DIA 21 | So Lus Gonzaga

    So Jos de Anchieta So Lus Gonzaga

    So Tiago Berthieu

  • 8 Em

    mas sem esquecer a histria, o caminho j realizado. Tudo o que

    foi construdo at o momento tem seu valor e pode nos ensinar

    a avanar. Agora, com mais nfase e clareza, trabalhamos com

    foco na Juventude, buscando formar homens e mulheres para os

    demais, bons lderes cristos para a sociedade. Claro que, se com

    o trabalho com jovens, alguns se sentirem inquietos vocacional-

    mente e desejarem viver como ns, como Companheiros de Je-

    sus, faremos o acompanhamento prprio da Companhia de Jesus,

    como servio essencial do nosso Plano Apostlico.

    Quais so os prximos passos do Programa MAGIS Brasil?

    O passo seguinte dar continuao implementao do Pro-

    grama MAGIS Brasil. Temos a equipe nacional - formada por mim,

    Pe. Agnaldo Duarte, Pe. Edison Tom, Pe. Alexandre Raimundo de

    Souza e Pe. Reginaldo Sarto - que vai marcando os passos e fazen-

    do a conexo do MAGIS Brasil, nome da Rede Inaciana de Jovens.

    No momento, estamos trabalhando para recompor e reforar as

    equipes de jesutas nos Centros MAGIS (So Paulo, Goinia, For-

    taleza e Belm). Cada Centro est responsvel por refletir e apre-

    sentar propostas de misso para os quatro eixos do Programa:

    Metodologia, Exerccios Espirituais, Voluntariado Jovem e Socio-

    ambiental. Depois do I Frum MAGIS em abril, formamos sube-

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Quais foram os principais pontos abor-

    dados no I Frum do Programa MAGIS

    Brasil, realizado em abril?

    Os principais pontos abordados no

    encontro foram: apresentao do Pro-

    grama MAGIS Brasil para os jesutas que

    trabalham com Juventude e Vocaes e

    o alinhamento da linguagem na misso

    com os jovens. O Frum foi a oportunida-

    de para esclarecer a misso, a viso e as es-

    tratgias que englobam objetivos e metas

    para servirmos melhor as juventudes.

    Qual a importncia desse encontro

    para a atuao da Companhia de Jesus

    com os jovens?

    Com a criao da Provncia dos Jesu-

    tas do Brasil (BRA), criou-se tambm a

    oportunidade de iniciarmos algo novo,

    um modo novo de trabalhar com Juventu-

    de e Vocaes. A proposta pensar o novo,

    CONSTRUINDOO REINO COMOS JOVENS

    Pe. Jonas Elias Caprini, SJ

    Este ms, o informativo Em Companhia traz

    uma entrevista especial com o padre Jonas

    Caprini, secretrio de Juventudes e Vocaes

    e coordenador nacional do Programa MAGIS

    Brasil. O jesuta conta como esse trabalho est

    sendo construdo em rede e quais os avanos

    j obtidos. Lembra que h muitos desafios,

    mas ressalta que o bonito da caminhada

    perceber que no estamos sozinhos.

  • 9Em

    quipes de trabalho com jesutas e jovens para pensar e apresentar

    tais propostas de misso que contemplem os eixos. Com a reali-

    zao do I Frum MAGIS Brasil, demos passos significantes para

    a elaborao do Estatuto do Programa, que ser apresentado para

    avaliao na Reunio da Equipe Nacional, em agosto.

    Quando e onde foi realizado o Encontro dos Delegados de Ju-

    ventude e Vocaes da Amrica Latina Companhia de Jesus,

    organizado anualmente pela Conferncia dos Provinciais da

    Amrica Latina (CPAL)?

    Este ano, o encontro foi acolhido pela ARU Provncia Argen-

    tina-Uruguai. A reunio realizou-se de 18 a 22 de maio no Novi-

    ciado Santo Incio, na cidade de Crdoba, na Argentina. E contou

    com 32 jesutas, representando todas as Provncias da Companhia

    de Jesus na Amrica Latina.

    O que foi discutido durante o encontro?

    Os assuntos discutidos foram a implementao do PAC Pro-

    jeto Comum para a Companhia de Jesus na Amrica Latina, a

    criao do observatrio juvenil latino-americano e a articulao

    da Rede Inaciana de Juventude. Destaco tambm a convivncia

    de muitos jesutas que trabalham com jovens, a partilha dos de-

    safios e fortalezas, assim como dos programas, dos projetos e das

    atividades futuras de cada Provncia jesutica. Tambm gostaria

    de ressaltar dois momentos importantes: primeiro, o momen-

    to formativo sobre a Vida consagrada e os jovens chaves para

    compreender a cultura juvenil; e segundo, a participao de trs

    jovens da Rede Inaciana da ARU que partilharam os trabalhos

    do Centro Manresa de Juventude, em Crdoba, e a experincia de

    viver a espiritualidade inaciana como jovens. A Companhia de

    Jesus um Corpo Apostlico em misso. Sempre motivador en-

    contrar companheiros jesutas e jovens nas diversas regies en-

    tregues na misso de Cristo. Encontrar-se, rezar juntos, partilhar,

    aprofundar a reflexo, organizar-se e sonhar aquece o corao e

    recupera as foras para lanar-se de novo na misso em Busca de

    construir o Reino com os jovens.

    Qual a importncia desse encontro?

    Vejo que muito importante caminhar juntos. Ns, jesutas,

    somos convidados ao MAGIS. Esse convite nos faz olhar a misso

    de maneira ampla, que ultrapassa fronteiras de raas e lnguas. En-

    contrar outros jesutas que esto envolvidos no mundo juvenil, par-

    tilhar as dores e esperana de cada pas, de cada Provncia, muito

    consolador e formativo. A caminhada como corpo em misso fa-

    cilita a abertura dos olhos e do corao para que cada um compre-

    enda como ser MAGIS, sendo MENOS. Menos

    egostas, menos preconceituosos, menos arro-

    gantes... Trabalhar em conjunto cria laos que

    ajudam a ter conscincia de que necessitamos

    uns dos outros.

    O senhor atua em duas funes (Secre-

    trio de Juventudes e Vocaes e coorde-

    nador nacional do Programa MAGIS Bra-

    sil). Como est sendo esse trabalho?

    Ser destinado para coordenar o Programa

    MAGIS Brasil, que nossa misso principal com

    as Juventudes na BRA, e integrar o secretariado

    de Articulao e Capacitao para a misso (Ju-

    ventude e Vocaes) facilita-me a compreender

    a misso com o mundo juvenil e a atuar com

    os jovens diretamente (MAGIS Brasil) e, assim,

    ajudar com mais propriedade a Provncia a ar-

    ticular e capacitar os seus para a misso. Os de-

    safios so muitos! Neste incio de caminhada

    como BRA, vamos aos poucos compreendendo

    o caminho e dando os passos necessrios para

    que o novo da misso no Brasil desponte. A

    BRA vai crescendo aos poucos e, como uma

    criana, ganhando corpo na medida em que a

    alimentamos de sonhos e esperanas. A organi-

    zao necessria, mas, se ela no embalada

    de sonhos e utopias, torna-se fria e sem vida.

    Estar com os jovens rejuvenesce-nos a cada dia

    e, diante dos desafios e erros, faz-nos capazes

    de rir de si mesmo e continuar a caminhada

    apostando no futuro. As distncias do Brasil

    so imensas, cada vez somos menos jesutas e

    a misso mais exigente. Mas a Graa de Deus

    maior, a misso Dele e, se Ele nos chama, tam-

    bm nos d a Graa, isso basta! O bonito da ca-

    minhada perceber que no estamos sozinhos,

    o trabalho em parceria, em rede, faz somar na

    misso dos jesutas milhes de sonhadores

    que, como Incio, desejam mudar o mundo. Os

    jovens ajudam a Igreja a sonhar, a se reinventar

    para continuar a misso de Jesus nos tempos

    hodiernos. O Esprito de Deus sopra sempre e os

    jovens so a expresso mais ntida desse sopro.

    Onde os jovens esto, est tambm a movimen-

    tao, a alegria, a esperana... Est a VIDA, dom

    e sopro do Esprito de Deus!

  • 10 Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    BEATIFICAO DE DOM OSCAR ROMERO

    Mais de 200 mil pessoas par-ticiparam em San Salvador (El Salvador), no dia 23 de maio, da cerimnia de beatificao de

    dom Oscar Arnulfo Romero. O arcebis-

    po salvadorenho foi assassinado por

    um franco-atirador, em 24 de maro

    de 1980, enquanto celebrava a missa

    na capela do Hospital da Divina Provi-

    dncia, na capital do pas.

    Dom Oscar Romero foi um defen-

    sor dos direitos humanos em meio

    guerra civil que assolou El Salvador

    por 12 anos, deixando mais de 70 mil

    mortos. Um homem de f profunda

    e esperana inquebrantvel, disse o

    prefeito da Congregao das Causas

    dos Santos, cardeal Angelo Amato, que

    presidiu a missa de beatificao.

    FOTO

    : EPA

    UM HOMEM DE F PROFUNDA E ESPERANA INQUEBRANTVELCardeal Angelo Amato

    Durante a celebrao, o cardeal Ama-

    to recordou que o martrio de Romero

    no foi uma improvisao, mas o pice

    de um caminho espiritual. Como regis-

    trou, ainda seminarista, Romero em seu

    dirio: Com o seu tudo e com o meu

    nada, faremos muito.

    A reviravolta na vida de pastor

    manso e quase tmido de dom Oscar

    Romero aconteceu com a morte de pa-

    dre Rutilio Grande, em 12 de maro de

    1977, jesuta salvadorenho, proco dos

    campesinos oprimidos e marginaliza-

    dos. A partir daquele momento, ele

    recebeu do Esprito Santo o dom da

    fortaleza que o tornou cada vez mais

    explcito na defesa do povo oprimido

    e dos sacerdotes perseguidos, disse

    cardeal Amato.

    Depois da beatificao, dom Oscar

    Romero, o Mrtir da Paz, como est sen-

    do chamado, dever ser canonizado ou

    proclamado santo, em breve, com dis-

    pensa de comprovao de um milagre,

    atribudo sua intercesso, pelo fato de

    ter sido martirizado pela f catlica.

    Fonte: News.VA | jornal O Estado de S. Paulo |

    Critas Brasileira

  • 11Em

    FOTO

    : EPA

    Santas rabe-palestinas

    Uma delegao de mais de 2 mil pessoas da Terra Santa participou, no domingo 17 de maio, na Praa So Pedro (Vatica-

    no), da missa de canonizao das be-

    atas palestinas irm Maria Alfonsina

    Danil Ghattas e irm Maria Baouardy.

    O grupo foi guiado pelo Patriarca La-

    tino de Jerusalm, Dom Fouad Twal.

    O presidente do Estado da Palestina,

    Mammoud Abbas, tambm esteve

    presente na celebrao, assim como

    uma delegao de Israel e represen-

    tantes muulmanos.

    As duas religiosas foram proclama-

    das santas pelo Papa Francisco junto

    com as beatas Joana Emilia De Ville-

    neuve e Maria Cristina Brando. Fran-

    cisco definiu as novas santas como

    quatro mulheres que so modelos de

    santidade e que a Igreja convida a imi-

    tar. Segundo o diretor da Sala de Im-

    prensa da Santa S, Pe. Federico Lom-

    bardi, a cerimnia de canonizao foi

    transmitida via satlite a vrias locali-

    dades do Estado da Palestina, onde os

    cristos representam 2% da sociedade.

    Pela intercesso das novas santas

    rabe-palestinas, foram curados mi-

    lagrosamente um engenheiro na Ga-

    lileia (Israel) e um menino da Siclia

    (Itlia), que estiveram presentes na

    Praa So Pedro. Irm Maria Alfonsina

    Danil Ghattas, fundadora da Congre-

    gao das Irms do Rosrio de Jeru-

    salm, nasceu em 1843 e morreu 1927.

    Irm Maria Baouardy, monja da Ordem

    dos Carmelitas Descalos, nasceu em

    1846 e faleceu em 1878.

    O diretor do Centro Catlico de Es-

    tudos e Mdia de Am, na Jordnia, Pe.

    Rifat Bader, apresentou as duas novas

    santas na coletiva de imprensa, em 15

    de maio, no Vaticano. Ele disse: em

    uma regio em que somos circun-

    dados por guerra e morte, Deus nos

    manda duas mulheres santas para nos

    guiar e o Papa Francisco, no Ano da

    Vida Consagrada e no ms de maio, de-

    dicado a Maria, nos prope essas duas

    figuras femininas que nos convidam a

    rezar para que Deus torne as mentes, as

    almas e os coraes mais mansos.

    Fonte: Rdio Vaticano

    PELA INTERCESSO DAS NOVAS SANTAS RABE-PALESTINAS, FORAM CURADOS MILAGROSAMENTE UM ENGENHEIRO NA GALILEIA (ISRAEL) E UM MENINO DA SICLIA (ITLIA), QUE ESTIVERAM PRESENTES NA PRAA SO PEDRO.

  • 12 Em

    ESPECIAL

    O MEIO AMBIENTE O CUIDADO COM

    A harmonia entre crescimento econmico e sustentabilidade ecolgica est entre os grandes desafios da humanidade no s-culo XXI. Repensar nossas aes um dos caminhos para mudar hbitos que impactam de forma negativa o mundo em que vivemos

  • 13Em

    na natureza, entupir o encanamento

    da pia de dona Sandra e de muitos ou-

    tros lares onde o descarte correto do

    produto no observado.

    Na correria do dia a dia, muitas ve-

    zes, ns tambm nem percebemos o

    impacto que pequenas atitudes como

    essas podem representar para o meio

    ambiente. Com o intuito de convidar a

    sociedade para refletir sobre a questo

    ambiental, o Papa Francisco publicou,

    no dia 18 de junho, a primeira encclica

    dedicada ao tema do meio ambiente.

    Para o padre Jos Ivo Follmann, Secre-

    trio para a Justia Social e Ecologia

    da Provncia BRA, os problemas rela-

    cionados ao meio ambiente so gra-

    vssimos e fundamental que grandes

    vozes, como a do Papa Francisco, se

    levantem em um momento como esse,

    de inutilizar o leo de cozinha, a dona

    de casa no tem dvida, joga o lquido

    no ralinho da pia.

    Esses casos so fictcios, mas ilus-

    tram alguns costumes de milhes de

    pessoas que descartam seus resduos

    de forma inadequada e despreocupada.

    a embalagem de salgadinho, o papel

    de bala, a lata de bebida... Pequenas

    atitudes que tm grandes impactos no

    meio ambiente. Segundo o Instituto

    Akatu, so necessrios cerca de 540 li-

    tros de gua para produzir um quilo de

    papel. E, quando esse material no re-

    ciclado e vai para o lixo, aumenta ainda

    mais seu impacto ambiental ao lotar os

    aterros sanitrios. J o leo de cozinha,

    quando mal descartado, pode contami-

    nar rios, crregos e o solo. Sem contar

    que, alm de provocar todo esse estrago

    A vida de Adriano agitada e sua agenda lotada de compromis-sos. O escritor acorda cedo, leva os filhos para a escola e, depois, inicia

    seu trabalho. Ele passa o dia escreven-

    do e reescrevendo textos. Adriano no

    gosta de fazer a reviso do contedo no

    computador, por isso sempre imprime

    seus textos. Na sua mesa, h papel para

    todos os lados e, aps concluir o traba-

    lho de um dia inteiro, todo esse mate-

    rial vai para o lixo, pois o escritor no

    tem o hbito de reciclar ou reutilizar as

    folhas de papel usadas.

    A dona de casa Sandra Regina uma

    me exemplar, carinhosa e dedicada e

    uma das coisas que lhe d mais prazer

    cozinhar para os filhos. Ela prepara as

    refeies com muito cuidado e presta

    ateno em cada detalhe. Mas, na hora

  • 14 Em

    ESPECIAL

    pois isso ajuda a sacudir as conscincias

    adormecidas e desencantadas.

    Para escrever o documento, traduzido

    para vrios idiomas, o Pontfice consul-

    tou telogos e especialistas no assunto.

    Com o ttulo Laudato Si - em portugus,

    Louvado Seja-, a encclica aborda temas

    como Ecologia humana e O cuidado com

    a criao. De acordo com o IHU Unisinos,

    a expresso foi tirada de uma orao de

    So Francisco de Assis que louva a Deus

    pela criao das diferentes criaturas e dos

    elementos da Terra.

    A harmonia entre crescimento eco-

    nmico e sustentabilidade ecolgica est

    entre os grandes desafios da humanidade

    no sculo XXI. Repensar nossas aes

    um dos caminhos para mudar hbitos que

    impactam de forma negativa o mundo em

    que vivemos. Em 2015, o Dia Mundial do

    Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho,

    com o tema Consumo Sustentvel, teve

    como slogan Sete bilhes de sonhos. Um

    planeta. Consuma com moderao. A data,

    estabelecida pela ONU (Organizao das

    Naes Unidas), em 1972, tem como obje-

    tivo divulgar mensagens sobre a questo

    ambiental. Neste ano, o consumismo des-

    freado foi o foco da campanha.

    Nesse contexto, a Companhia de Jesus

    tem a preocupao constante de estabele-

    cer relaes justas com a criao. Segundo

    a 35 CG (Congregao Geral), o cuidado

    com o meio ambiente afeta a qualidade das

    nossas relaes com Deus, com os outros

    seres humanos e com a prpria Criao.

    Ainda segundo o documento, Santo Incio

    de Loyola nos ensina esse cuidado com o

    meio ambiente no Princpio e Fundamen-

    to, porta de entrada dos Exerccios Espiri-

    tuais. Por isso, a misso da Ordem religio-

    sa tem como eixo central o Servio da F e a

    Promoo da Justia, que envolve tambm

    as questes de justia ambiental.

    ABRIR OS OLHOS E VER ASCOISAS NOVAS

    A Ecologia a cincia responsvel

    por estudar as relaes entre os seres vi-

    vos e o meio em que habitam. Para que

    esse relacionamento seja harmonioso,

    fundamental conhecer as diferentes for-

    mas em que a vida se manifesta. O meio

    ambiente a casa de todos ns, fazemos

    parte dele. Cuidar de ns e de nossa casa

    fazer justia socioambiental. A Ecologia

    no s uma cincia, mas um conhecer e

    reconhecer profundo da casa comum. Ela

    nos ajuda a entender melhor o conceito

    de justia socioambiental e nos compro-

    meter com ele, afirma padre Jos Ivo.

    Nas ltimas dcadas, o interesse

    pela ecologia cresceu na Companhia de

    Jesus. Segundo o padre Jos Ivo, duran-

    te a preparao da 34 CG, em 1995, apa-

    receram vrias propostas (postulados)

    para que os jesutas se manifestassem e

    assumissem claramente um posiciona-

    mento sobre a questo ecolgica. A te-

    mtica no conseguiu ser atendida por

    limitao de tempo e preparo, mas o

    padre Peter Hans Kolvenbach, na poca

    Superior Geral, fez redigir o documento

    Vivemos em um mundo roto: reflexes

    sobre ecologia (Revista: Promotio Iusti-

    tiae, n. 70, abril de 1999).

    Em 2008, na 35 Congregao Geral, a

    questo ecolgica reapareceu com muita

    fora. Com o intuito de ajudar os mem-

    bros da CG a compreender as questes

    ambientais, uma srie de fichas informa-

    tivas sobre o tema foi preparada. Ento,

    um grupo de trabalho ficou responsvel

    por refletir sobre as questes ambien-

    tais. Depois, essa equipe apresentou suas

    consideraes para a Congregao, que

    decidiu que o tema ambiental deveria

    SANTO INCIO DE LOYOLA NOS ENSINA ESSE CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE

    NO PRINCPIO E FUNDAMENTO,

    PORTA DE ENTRADA DOS EXERCCIOS

    ESPIRITUAIS

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  • 15Em

    ser tratado como parte do decreto sobre a

    Misso da Companhia de Jesus.

    Assim, dois anos depois, em 2010, o

    atual Superior Geral da Companhia de

    Jesus, padre Adolfo Nicols, nomeou

    uma fora tarefa que seria responsvel

    por refletir sobre o meio ambiente. Esse

    trabalho contou com a colaborao de

    especialistas jesutas e leigos dos cinco

    continentes. Essa equipe, liderada pelo

    Secretrio mundial para a Justia Social

    e Ecologia, padre Patxi lvarez, con-

    cluiu o seu trabalho com a publicao

    do documento Curar um Mundo Ferido:

    Relatrio Especial sobre Ecologia (Re-

    vista Promotio Iustitiae, 2011). Trata-se

    de um texto muito rico e bem documen-

    tado, com conhecimentos de alcance

    mundial e que serve como material de

    reflexo para toda a Companhia de Je-

    sus, explica padre Jos Ivo.

    Na carta de apresentao do docu-

    mento, o padre Adolfo Nicols afirma que

    o instrumento resultado do trabalho de

    pessoas que se dedicaram durante meses.

    Segundo ele, na publicao, h propostas

    que nos levam a examinar aspectos de

    nossa vida pessoal, estilos comunitrios e

    prticas institucionais. Esse documento

    pode ser um instrumento til para con-

    cretizar as palavras em nossa vida e mis-

    so e, deste modo, todos os aspectos de

    nossa vida contribuiro para a sustentabi-

    lidade do planeta, ressalta.

    AMAZNIA: DOM PARA O MUNDO

    Nos ltimos dois anos, a regio su-

    deste do Brasil est passando por grave

    crise hdrica, causada pela falta de chuva.

    Muitos especialistas acreditam que essa

    estiagem est relacionada com o desma-

    tamento e a explorao da Amaznia.

    Segundo o relatrio de avaliao cient-

    fica O Futuro Climtico da Amaznia, do

    pesquisador Antonio Donato Nobre, at

    2013 o desmatamento total acumulado

    na Amaznia j chegava a 762.979 km,

    o que equivale a cerca de trs estados de

    So Paulo, ou duas Alemanhas.

    Alm de afetar regies mais distantes,

    o desmatamento gera impacto direto nas

    populaes locais, como os indgenas e os

    ribeirinhos. Segundo o padre Aloir Pacini,

    que atua na UFMT (Universidade Federal

    do Mato Grosso) e na Pastoral Indgena,

    um nmero significativo de indgenas

    est migrando para os centros urbanos.

    Nas cidades, os ndios vivem um dra-

    ma, pois so encarados como algum que

    abandonou sua cultura e deixou de ser

    ndio. Muitos usam internet, falam portu-

    gus, mas nem por isso perdem a identi-

    dade, afirma o jesuta.

    No Brasil, de acordo com o Censo

    Demogrfico 2010 do IBGE (Instituto Bra-

    sileiro de Geografia e Estticas), a popu-

    lao de indgenas de 817 mil pessoas,

    sendo que mais de 315 mil vivem em cen-

    tros urbanos. Essa aparente urbanizao

    deve-se a maior autodeclarao nas regi-

    es sudeste e nordeste, que tm menor

    nmero de terras indgenas homologadas

    e onde ocorreram, nas ltimas dcadas,

    importantes movimentos de mapeamen-

    to, explica padre Aloir.

    O jesuta trabalha como antroplogo e

    etnlogo e procura compreender as socie-

    dades indgenas na sua realidade, atuando

    junto s suas necessidades. Contudo, se-

    gundo ele, atuar localmente a forma mais

    efetiva de conseguir realizar trabalhos con-

    cretos. No h porque esparramar-se por

    todo o canto e no ter resultado em lugar

    nenhum. Por isso, a atuao focada nos

    Chiquitanos, grupo indgena localizado

    entre Mato Grosso e a fronteira da Bolvia,

    tem iniciativas concretas, como a criao

    da escola local ou a obteno de gua pot-

    vel, conclui padre Aloir.

    Devido importncia da Amaznia

    para o planeta Terra, a Companhia de Jesus

    817 milPopulao

    indgena no Brasil

    315 milvivem em

    centros urbanos

    Fonte: Senso Demogrfico 2010

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  • 16 Em

    ESPECIAL

    CONSCINCIA AMBIENTAL

    As obras da Companhia de Jesus man-

    tm iniciativas que promovem a cons-

    cincia ambiental e que atuam na busca

    por relaes mais sustentveis com o

    meio ambiente. Conhea algumas delas:

    SISTEMA DE GESTO AMBIENTAL

    O Sistema de Gesto Ambiental da

    Unisinos teve origem no projeto Verde

    Campus, aprovado em 1997. A iniciativa

    comeou quando um grupo de funcio-

    nrios da universidade levantou ques-

    tes ambientais como a da coleta de

    lixo. A partir da, diversos projetos sur-

    giram, sendo o primeiro deles a coleta

    seletiva de papel. Em pouco tempo, as

    atividades da equipe passaram a envol-

    ver todas as rotinas de gesto ambiental

    realizadas na universidade. Em 2004, a

    universidade recebeu a certificao ISO

    14001. Dessa forma, a Unisinos consa-

    grou-se como a primeira universidade

    da Amrica Latina a obter o certificado.

    NCLEO INTERDISCIPLINAR DE

    MEIO AMBIENTE

    O Ncleo Interdisciplinar de Meio Am-

    biente NIMA foi fundado, em 1999, com

    o objetivo de ser o local de discusses in-

    terdisciplinares sobre as questes socio-

    ambientais dentro da PUC-Rio. O NIMA

    realiza projetos em parceria com escolas,

    empresas, municpios e instituies na-

    cionais e internacionais. O compromisso

    assumido desde a sua fundao com a

    tica ambiental e com a formao da cons-

    cientizao das pessoas. A iniciativa acre-

    dita na possibilidade de criar novos cen-

    rios a partir da comunho do ser humano

    com o ambiente.

    PROJETO PAN-AMAZNICO

    A Pan-amaznia uma regio que englo-

    ba noves pases: Brasil, Colmbia, Peru,

    Venezuela, Equador, Bolvia, Suriname

    e as Guianas Inglesa e Francesa. Inicia-

    do em 2014, o Projeto Pan-amaznico da

    CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesu-

    tas da Amrica Latina) tem por objetivo

    defender e promover a vida e o meio

    ambiente na regio. O trabalho rea-

    lizado em parceria com outros atores

    presentes na regio, permitindo, as-

    sim, qualificar e articular a presena

    e a misso da Igreja e da Companhia

    de Jesus. Coordenador do Projeto, pa-

    dre Alfredo Ferro Medina conta ainda

    com a colaborao do padre Valrio

    Paulo Sartor, ambos jesutas.

    NCLEO DE PESQUISAS EM CIN-

    CIAS AMBIENTAIS

    O Ncleo de Pesquisas em Cincias

    Ambientais da Unicap foi inaugurado

    em 1998. A iniciativa atua como parte

    da estrutura de pesquisa experimental

    da Pr-reitoria de Pesquisa e Ps-gra-

    duao da instituio. O Ncleo integra

    grupos de pesquisa e desenvolve pes-

    quisas multidisciplinares em Cincias

    Ambientais. A misso viabilizar so-

    lues cientficas e tecnolgicas para a

    gerao de conhecimento e para o uso

    sustentvel dos recursos naturais.

    elegeu a regio como uma de suas prioridades apostlicas. Alm

    de dar a nossa contribuio com aes em prol da Amaznia, pre-

    cisamos sempre ter presente que o cuidado com a Amaznia deve

    acontecer, tambm, no nosso dia a dia, pois a Amaznia est em

    ns e est em nosso entorno. Todos os pequenos e grandes cuida-

    dos que eu tenho com a natureza e com os meus irmos so, tam-

    bm, cuidados com a Amaznia, afirma padre Jos Ivo, Secretrio

    para a Justia Social e Ecologia da Provncia BRA.

    Como ressaltou padre Jos Ivo, cada um tem seu papel e suas

    responsabilidades no cuidado com a Amaznia, com o meio onde

    vive e com a natureza. Por isso, importante repensar atitudes e

    comportamentos que prejudiquem o meio ambiente e nosso se-

    melhante. A questo ecolgica ou do compromisso com o meio

    ambiente, a justia socioambiental e o cuidado com a vida em

    todas as suas expresses devem comear, em primeiro lugar, na

    nossa maneira de viver, no nosso pequeno dia a dia. So os nossos

    O CUIDADO COM A AMAZNIA DEVE ACONTECER, TAMBM, NO NOSSO DIA A DIA, POIS A AMAZNIA EST EM NS E EST EM NOSSO ENTORNOPadre Jos Ivo, Secretrio para a Justia Social e Ecologia da Provncia BRA

    pequenos gestos de cuidado que, somados, faro a diferena para

    o futuro da humanidade e do ecossistema que ns integramos.

    Somos chamados em nosso Servio da F a sermos agentes da

    Promoo da Justia Socioambiental, diz o jesuta.

    O documento Curar um Mundo Ferido faz apontamentos

    pertinentes sobre as questes ecolgicas e apresenta o pano-

    rama atual do impacto da ao humana no meio ambiente

    e como isso afeta a vida de milhes de pessoas ao redor do

    mundo. Alm disso, oferece recomendaes para que as pro-

    vncias, obras e instituies ligadas Companhia de Jesus

    possam repensar atitudes com relao ao meio ambiente. O

    documento alerta que, se as pessoas fecharem-se na pequenez

    de suas vidas e recusarem-se a agir com convico, o mundo

    correr real perigo de destruio. Por isso, todos so convida-

    dos a repensar suas atitudes para que, assim, possamos esta-

    belecer relaes justas com a criao.

  • 17Em

    A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL

    GRUPO DE IMIGRAO NA FRONTEIRA GANHA PRMIO

    O Kino Border Iniciativa, um mi-nistrio jesuta no limite de Arizona-Sonora, na divisa dos Estados Unidos e do Mxico, recebeu re-

    centemente da Rede Inaciana de Solida-

    riedade o prmio El Legado de los Mrti-

    res. Segundo comunicado da imprensa,

    a organizao recebeu o reconhecimen-

    to pela sua contnua dedicao em

    defesa da dignidade dos imigrantes

    atravs do acompanhamento, da ajuda

    e da educao. Alm de solucionar as

    necessidades imediatas dos imigrantes,

    a iniciativa pretende encontrar o modo

    de gerar uma mudana sistmica to

    importante em nosso pas que enfrenta

    a necessidade de uma reforma integral

    da imigrao, disse Christopher Kerr,

    diretor-executivo da Rede Inaciana de

    Solidariedade. Esse reconhecimento

    aumenta a motivao para seguir mar-

    cando presena na fronteira dos Estados

    Unidos e Mxico e na promoo da du-

    pla solidariedade nacional no problema

    da imigrao, atravs do apoio humani-

    trio, da educao e da pesquisa, disse

    o padre Sean Carrol, diretor-executivo

    da Kino Border Iniciativa.

    Documentrio sobre pintor jesutaNo final de semana de 10 de abril, mais de 360 milhes de especta-dores acessaram a primeira parte do documentrio sobre a vida do jesuta e

    pintor italiano Giuseppe Castiglione (1688-

    1766), que chegou a ser um dos maiores e

    mais admirados artistas na histria da pin-

    tura chinesa. Dividido em trs partes, o do-

    cumentrio uma coproduo de Kuangchi

    Program Service, em Taipei, e Jiangsu TV,

    tendo sido transmitido pelo canal 10 da gi-

    gante Rede TV Network da China Nacional.

    Por causa do protagonista do tema, sab-

    amos que o documentrio teria xito. Mas

    no contvamos com nmero to expres-

    sivo de espectadores, dizem os produtores

    da obra, os padres jesutas Jerry Martinson

    e Emlio Zaetti. O documentrio ter sua es-

    treia na Europa na segunda metade de 2015,

    comeando pela Itlia, em 30 de setembro.

  • 18 Em

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    Dezesseis dias se passaram do de-vastador terremoto que afetou Tipling e muitas outras partes do Nepal. A situao est, at certo ponto, sob

    controle. As pessoas aceitam estoicamente

    a sua situao e j comearam a recons-

    truir suas casas e suas vidas. As primeiras

    notcias recebidas afirmam que h nove

    distritos na vizinhana, com um total de

    547 casas e mais de 3.229 habitantes, sendo

    que 1.179 esto fora do povoado por motivo

    de trabalho ou estudo. Morreram nove pes-

    soas e 11 esto feridas. O terremoto causou

    tambm a morte de muitos animais.

    Todos os habitantes esto em tendas

    de campanha porque as casas foram seria-

    mente afetadas. E no h as condies ne-

    cessrias para morar nelas. A destruio

    afeta no apenas as casas, mas tambm o

    acesso aldeia. O nico modo de chegar

    ao local de helicptero, ou expondo-se

    aos perigos de deslizamentos de terra,

    alm de dois ou trs dias de caminhar ar-

    riscado. Levar material til por mais leve

    que seja quase impossvel.

    Nove dias depois do terremoto, aps

    vrias tentativas e com a ajuda de vo-

    luntrios, eu consegui chegar at a Mis-

    so. At esse momento, o Pe. Norberto

    DSouza, com a ajuda de alguns amigos,

    recolheu dados e foi capaz de salvar mui-

    tas coisas teis da comunidade e das pes-

    soas. Alm disso, o religioso inspecionou

    os nove distritos para ajudar as vtimas e

    recolher informao. Somente no dia 10

    de maio, foi possvel levar uma tenda de

    campanha para os jesutas de Tipling.

    totalmente impossvel habitar a velha

    residncia. Os padres encontravam-se

    muito ocupados tratando de ajudar a po-

    pulao de vrios modos.

    O tempo ainda est frio e chuvoso.

    Chove quase todas as tardes. As tendas

    de campanha podero servir apenas al-

    guns meses... Essa a nossa esperana...

    A estao das chuvas se aproxima. Nesta

    Jesutas enfrentam os terremotos no Nepal

    regio, ela dura at outubro. Em conse-

    quncia, precisamos de qualquer tipo

    de refgio que possa resistir s copiosas

    chuvas e granitos. Reconstruir as casas

    no ser possvel quando as chuvas ini-

    ciarem. Em comparao com outros lu-

    gares, aqui tudo anda muito devagar. No

    temos engenheiros, pedreiros, operrios,

    nem acesso material de construo. Os

    recursos alimentcios esgotam-se rapi-

    damente. As vendas, que antes tinham

    reservas abundantes, esto vazias: as

    trilhas por onde as mulas traziam os ali-

    mentos no existem. A gente tenta re-

    colher qualquer coisa que possa servir.

    A ajuda que recebem insuficiente de

    qualquer jeito. A vinda de um helicpte-

    ro particular pode custar at 1.500.000

    Rupees (US$785). Algumas organizaes

    tentaram enviar-nos alimentos, porm

    s podem traz-los at o ponto a partir do

    qual os veculos no conseguem passar.

    Habitantes de certos vilarejos foram at

    esses pontos, mas s conseguem carregar

    pequenas quantidades. Alm disso, esto

    ocupados com o conserto de suas casas,

    cuidando dos animais, trabalhando no

    campo... Precisamos de toda a assistncia

    possvel, com urgncia.

    Seu em Cristo,

    Samuel Simick, SJ

    Outro tremor de magnitude 7,3 fez-se

    sentir na tarde de 12 de maio, por volta

    das 12h25. Segundo informao rece-

    bida, 30 pessoas morreram e os feridos

    passam de 1.000. Pelo menos 4 pessoas

    morreram em Chautara, no distrito de

    Sindhupalchok, ao norte de capital Kat-

    mandu (Nepal), onde vrios edifcios

    desabaram. O Servio Geolgico dos Es-

    tados Unidos declarou que o epicentro

    do terremoto estava a 68 km a oeste da

    cidade de Namche Bazar, perto do Monte

    Everest. O terremoto foi sentido at em

    Nova Dlhi (ndia) e Dhaka (Bangladesh).

    Habitantes de Katmandu, ainda assus-

    tados com o terremoto de 25 de abril,

    apressaram-se em sair de suas casas.

    Podiam ser vistos pais e mes corren-

    do abraados fortemente a seus filhos e

    centenas de pessoas que, por telefones

    celulares, tentavam se conectar com pa-

    rentes. O comrcio fechou e as ruas en-

    traram em colapso por causa das pessoas

    que procuravam seus parentes.

    O novo terremoto semeou mais

    uma vez a intranquilidade entre a po-

    pulao. A vida comeava a se reorgani-

    zar aps o terremoto no qual morreram

    mais de 8.000 e ficaram feridos mais

    de 18.000. As instituies educativas

    esperavam abrir as suas portas esta se-

    mana. As pessoas comeavam a voltar

    para suas casas. Porm, depois do novo

    terremoto, foram levadas novamente

    para albergues provisrios.

    No momento, todos ns estamos bem.

    Jomon Jos Kanniattukunnel, SJ

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  • 19Em

    A Companhia de Jesus prepara-se para nova Congregao Geral. Ser a 36 de nossa histria. A convoca-o nasce da necessidade de escolher um

    novo Superior Geral; a prtica generali-

    zada na Igreja de uma substituio na li-

    derana ao chegar a certa idade. A Compa-

    nhia apresenta-nos hoje a pergunta sobre

    que tipo de liderana queremos para este

    momento da histria e da Igreja. A busca

    por um novo Geral exige-nos definir qual

    queremos que seja sua tarefa principal, es-

    colhendo a pessoa adequada para a misso

    que queremos entregar-lhe.

    O Pe. Adolfo Nicols encaminhou-nos

    nesse discernimento ao pedir-nos para

    refletir sobre quais so os trs desafios

    fundamentais que enfrenta a Companhia

    neste momento. Em uma ordem apost-

    lica como somos, os desafios nascem do

    contexto de nossa misso. Contudo, esses

    desafios sempre exigem renovao, ade-

    quao, converso do corpo apostlico

    para poder cumprir a misso.

    No Conclio Vaticano II, a Igreja deixou

    questionar-se por um mundo que, em um

    sculo, mudou mais do que em todo o mi-

    lnio anterior. Isso exigiu a converso da

    prpria Igreja. Foi um processo difcil, que

    despertou resistncias empedernidas, en-

    tusiasmo s vezes pouco prudente, confu-

    so por momentos Um processo doloro-

    so de poda que somente agora, cinquenta

    anos depois, comea a sentir a satisfao

    dos novos brotos que florescem com fres-

    cor e vitalidade renovados.

    E, para essa primavera eclesial, que

    Geral e que estilo e rumo ns, jesutas,

    necessitamos?

    importante levar a srio a pergunta

    CHAMADOS AO RISCO E INOVAO

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    que nos faz o Pe. Nicols. Necessitamos

    sensibilidade para a escuta atenta dos si-

    nais dos tempos. Deus nos fala, nos marca

    o caminho desde esses sinais. Por isso, te-

    mos de aproximar-nos at que a pele entre

    em contato com a realidade e as vozes mais

    apagadas deixem-se escutar e sentir com

    nitidez. Ser desde a proximidade com o

    pobre e com sua dor que poderemos escu-

    tar a voz de Deus. Mais do que nunca, neste

    tempo, temos de buscar essa proximidade

    como composio de lugar de nossa orao.

    E escutar atentamente.

    Deixemos, pois, que ressoe esse mur-

    mrio nascido da realidade no profundo

    de nossa f. Que invada nosso interior

    como pergunta e desafio at remover

    nossas razes. Deixemos que essas vozes

    percorram os campos de nosso conheci-

    mento para que se vistam de informao

    abundante, da reflexo e da pesquisa que

    buscam compreender, at que encontrem

    os caminhos de sada por onde devemos

    andar. Que nosso olhar ilumine-se pela

    penetrante profundidade intelectual e es-

    piritual que constitui nossa f.

    E se nossa espiritualidade nasce da re-

    alidade que nos interpela, ela orienta-se

    transformao dessa realidade. uma

    espiritualidade para a misso no mundo.

    Por isso, pea-chave o discernimento da

    vontade de Deus sobre o mundo que nos

    toca transformar com nossa ao. Nossa

    espiritualidade leva-nos ao compromisso

    de nossa vida. A misso nasce do olhar so-

    bre o mundo com a inteno de salvar, com

    o olhar trinitrio que nos prope Incio na

    contemplao da encarnao.

    Mas, na Companhia, o compromisso

    da comunidade, que partilha uma misso

    comum. O discernimento sobre a misso e

    a ao apostlica so tarefas do corpo que se

    reuniu sob a bandeira de Cristo para colabo-

    rar com Ele na misso. Se o que nos une a

    misso, o chamado de Cristo, o Rei Eterno,

    o que nos manter unidos ser o aprender

    a partilhar a misso, coloc-la em comum,

    rez-la, discerni-la juntos, assumi-la como

    equipe, sentir que ela nos une. uma mis-

    so de corpo que nos d identidade e nos

    leva ao sentido de pertena a um corpo para

    uma misso. A comunidade apostlica que

    formamos com nossos irmos jesutas e

    com todas as demais pessoas, companhei-

    ros e companheiras nesta misso, com

    quem a discernimos e vivemos.

    nossa vocao Companhia a que

    nos leva a colaborar nessa misso comum,

    superando gostos e interesses pessoais ou

    grupais. Uma misso que ultrapassa fron-

    teiras nacionais, religiosas, ideolgicas ou

    de qualquer ndole. Que nos faz um ns

    para a misso, rompendo as barreiras que

    nos definem como estranhos.

    Tal como Nicodemos, temos de nascer

    de novo, percorrer novas aprendizagens,

    desconstruir estruturas mentais e fsicas

    que nos impeam de responder s novas

    realidades, desandar muitos caminhos

    para saber comear de novo com o mpeto

    da juventude. Necessitamos formar-nos

    constantemente para uma tarefa que muda

    sem cessar, surpreendendo-nos com novas

    oportunidades e tecnologias para a misso.

    Necessitamos reinventar nossas for-

    mas de governo para, mantendo a fide-

    lidade ao nosso chamado fundamental,

    agilizar nossas respostas, nascidas do

    discernimento comunitrio, mas cons-

    trudas desde a criatividade que nos per-

    mitem as novas tecnologias e culturas.

    Necessitamos da liberdade que nos ca-

    pacita para assumir riscos, para ter a co-

    ragem de comear de novo quando seja

    necessrio, para no nos deixar afundar

    pelo lastro das instituies pesadas, sem

    sermos capazes de permitir-lhes voar

    para novas fronteiras.

    Teremos de renovar nossas formas

    de governo, nossas alianas para a cola-

    borao na misso, nossas maneiras de

    fortalecer a comunidade, nossos estilos

    de trabalho, nossa maneira de aprender

    ao longo da vida.

    E devemos comear por juntos atrever-

    -nos a propor, prxima Congregao, ca-

    minhos para entrar na novidade do Evange-

    lho nos novos tempos e contextos.

  • 20 Em

    AES CONJUNTAS

    Encontro com os Provinciaisda Pan-Amaznia A convite do Pe. Jorge Cela, presi-dente da CPAL (Conferncia dos Provinciais Jesutas da Amrica

    Aps a participao na Assembleia da CPAL, em Bogot (Colmbia), o Pe. Alfredo Ferro encontrou-se com o Pe. Hugo Alexis Moreno, presiden-

    te da FLACSI (Federao Latino-americana

    de Colgios da Companhia de Jesus) e rei-

    tor do Colgio de San Bartolom Mayor, e

    com Lus Felipe Carrillo, secretrio execu-

    tivo da FLACSI, com o intuito de estudar

    possveis aes conjuntas com os Col-

    gios da Companhia na Amrica Latina,

    para sensibilizar sobre as questes da

    Amaznia (elaborao de materiais pe-

    daggicos, campanhas e experincia de

    campo na realidade amaznica).

    O Pe. Ferro conversou ainda com o

    Pe. Ignacio Suol, coordenador da F e

    Alegria Internacional, sobre alguns pas-

    sos necessrios para viabilizar, a partir

    do Projeto PAM SJ, a construo de uma

    Rede de Centros de FyA na Amaznia,

    voltada para a educao inculturada. Por

    ltimo, o jesuta teve um dilogo mui-

    to proveitoso com alguns vice-reitores

    e decanos da Universidade Javeriana de

    Bogot, com o objetivo de socializar a

    misso do Projeto PAM SJ e consult-los

    sobre as possibilidades de convnios que

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    Latina), o coordenador do Projeto PAM SJ

    (Projeto Pan-Amaznico da CPAL), Pe. Al-

    fredo Ferro, reuniu-se com os Provinciais

    da Pan-Amaznia e, depois, teve um mo-

    mento com todos os Superiores maiores

    que participam da Assembleia da CPAL,

    realizada em maio, em Bogot (Colmbia).

    Em seu dilogo com os Provinciais,

    Pe. Alfredo Ferro centrou-se na avalia-

    o global do andamento do Projeto

    PAM SJ, que busca responder prio-

    ridade do PAC Plano Apostlico Co-

    mum; nos avanos alcanados com a

    reformulao do Projeto; e no incio

    da construo da Comunidade Jesu-

    ta interprovincial em Leticia (trplice

    fronteira). Os Provinciais manifestaram

    suas opinies sobre o desenvolvimento

    do Projeto PAM SJ, fazendo observaes

    a respeito e ratificando seu apoio.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 15 Maio 2015

    Acesse o link (http://bit.ly/1M4NRjo) do Portal Jesutas Brasil e faa o download da edio completa

    da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal

    permitam a realizao de aes conjun-

    tas da Universidade e do Projeto, princi-

    palmente nos campos da investigao,

    da educao/formao e da extenso.

    Esse dilogo visa a uma possvel aliana

    de carter global do Projeto PAM SJ com

    a AUSJAL (Associao de Universida-

    des Confiadas Companhia de Jesus na

    Amrica Latina).

  • 21Em

    FRUM DE GESTO APOSTLICA RENE-SE EM ITAICI

    COMPANHIA DE JESUS GOVERNO

    o que deve permanecer, o que precisa ser

    mudado e o que precisa ser descontinu-

    ado?, ressalta Pe. Joo Renato Eidt. So

    perguntas que nos ajudaro a encon-

    trar as opes para que cada Plataforma

    Apostlica e toda a Provncia possam re-

    alizar os seus Planos de Ao Apostlica.

    O Provincial lembra, porm, que

    todo esse trabalho est no incio. Es-

    tamos estudando e comeando as dis-

    cusses para encontrar as primeiras

    diretrizes, que, depois, devem ser dis-

    cernidas, refletidas, estudadas e apro-

    fundadas, para ver se, de fato, devem

    ou no entrar nos Planos de Ao Apos-

    tlica das Plataformas e da Provncia,

    observa. Por isso, nesse momento, no

    temos decises tomadas.

    Outros dois pontos importantes dis-

    cutidos durante o Frum foram os tra-

    balhos em rede e articulados. Devemos

    comear a aprender a trabalhar em rede

    e, para isso, a misso e as opes apos-

    tlicas devem estar articuladas. Hoje, al-

    gumas aes acontecem apenas em uma

    Plataforma Apostlica, enquanto outras

    acontecem de forma transversal e pre-

    cisam ser articuladas nacionalmente ou

    entre as demais Plataformas, logicamen-

    te, dependendo do contexto apostlico

    de misso em cada regio, observa Pe.

    Joo Renato Eidt.

    Entre os dias 11 e 13 de junho, rea-lizou-se a 2 reunio do Frum de Gesto Apostlica na Casa de Re-tiro Vila Kostka, em Itaici (Indaiatuba/

    SP), com a presena de 22 jesutas que

    tm funes de liderana na estrutura da

    Provncia do Brasil. A importncia desse

    encontro foi a reflexo e o incio de uma

    discusso sobre a vida e a misso que

    queremos para a Provncia do Brasil, des-

    taca o Provincial do Brasil, Pe. Joo Renato

    Eidt. Para isso, durante o Frum, nosso

    objetivo foi, luz do Plano Apostlico e de

    suas Preferncias e Fronteiras Apostli-

    cas, discernir sobre as opes que devem

    entrar nos Planos de Ao Apostlica das

    Plataformas Apostlicas e da Provncia.

    De acordo com o Estatuto da Provncia

    do Brasil, o Frum de Gesto Apostlica

    tem por finalidade ajudar o Governo Pro-

    vincial em sua funo de acompanhar, ar-

    ticular e discernir os diversos aspectos da

    Misso nas Plataformas Apostlicas e na

    Provncia como um todo, como o processo

    de planejamento, a formao dos jesutas

    em vista da Misso e a execuo do Plano

    Apostlico em todo territrio nacional.

    Desse modo, os temas discutidos

    durante o Frum giraram em torno dos

    trabalhos do Secretariado de Articulao

    e Capacitao para a Misso da Provncia

    do Brasil, composto pelas seguintes op-

    es preferenciais:

    Com base nisso, fizemos um apa-

    nhado do que j funciona em cada uma

    das Plataformas, como atividades apos-

    tlicas e pastorais, para, comearmos, a

    partir desse contedo, o discernimento

    olhando para as Preferncias Apostlicas

    da Provncia do Brasil. O passo seguinte

    foi nos perguntar: o que devemos fazer,

    Servio da f e espiritualidade;

    Justia social e ecologia;

    Colaborao com outros

    Juventudes e vocaes.

  • 22 Em

    SO JOS DE ANCHIETA:APSTOLO E PADROEIRO DO BRASIL No dia 9 de junho, a Companhia de Jesus e a Igreja Catlica celebra-ram o dia de So Jos de Anchie-ta, apstolo e padroeiro do Brasil. H um

    ano, mais precisamente no dia 3 de abril

    de 2014, o jesuta foi proclamado santo

    pelo Papa Francisco. Um momento hist-

    rico e importante para todos os fiis.

    No dia 24 de abril deste ano, outro

    momento histrico, a CNBB (Confern-

    cia Nacional dos Bispos do Brasil), por

    decreto, outorgou a So Jos de Anchieta

    o ttulo de padroeiro secundrio do Bra-

    sil, junto de Nossa Senhora Aparecida.

    Alm disso, conferiu ao Santurio de

    So Jos de Anchieta, em Anchieta (ES),

    o ttulo de Santurio Nacional.

    Personagem importante na constru-

    o da histria do Brasil,Anchieta nasceu

    em So Cristovo de Laguna, nas Ilhas

    Canrias, arquiplago pertencente Es-

    panha, em 19 de maro de 1534. Com o

    objetivo de estudar, foi enviado, aos 14

    anos, a Coimbra, Portugal, onde, aos 17

    anos, ingressou na Companhia de Jesus.

    Mesmo com sade frgil, inspirando

    cuidados, o ento novio Anchieta solici-

    tou partir em misso para o Novo Mundo,

    para dedicar-se catequese dos indgenas

    locais. Aos 19 anos, desembarcou com a

    comitiva do segundo governador-geral,

    Duarte da Costa, e outros seis jesutas em

    Salvador, na Bahia, em 13 de julho de 1553.

    Em terras brasileiras, Anchieta no

    s trabalhou como catequista, mas tam-

    bm se tornou dramaturgo, poeta, gra-

    mtico e linguista. Vale ressaltar que o

    jesuta foi o autor da primeira gramtica

    brasileira, A Arte da Gramtica da Lngua

    Mais Usada na Costa do Brasil. Nessa

    obra, o religioso descreveu e sistemati-

    zou o tupi, lngua que passou a dominar

    em menos de um ano vivendo no pas.

    A p ou de barco, o jesuta viajou pelo

    Brasil, inaugurando misses, com aulas de

    catequese, gramtica e conhecimentos ge-

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    rais. Em janeiro de 1554, participou da mis-

    sa de inaugurao do Colgio de So Paulo

    de Piratininga, hoje o Pateo do Collegio, lo-

    cal que deu origem cidade de So Paulo.

    Entre as caractersticas marcantes da

    atuao de Anchieta, esto a dissemina-

    o dos preceitos cristos utilizando par-

    ticularidades locais como missas ao ritmo

    de tambores e aulas ao ar livre e, como os

    demais jesutas, a oposio ferrenha aos

    abusos cometidos pelos colonizadores

    portugueses contra os indgenas.

    Em 1566, aos 32 anos , Anchieta foi

    ordenado sacerdote. Trs anos depois,

    fundou o povoado de Reritiba, atual

    Anchieta, no Esprito Santo. E, em 1577,

    foi nomeado Provincial da Companhia

    de Jesus no Brasil, funo que exerceu

    at 1585, sendo substitudo a seu pedi-

    do. Em 1595, Anchieta retirou-se para

    Reritiba, onde permaneceu at seu fale-

    cimento, aos 63 anos de idade, em 9 de

    junho de 1597.

    Saiba mais sobre So Jos de

    Anchieta no portal:

    www.jesuitasbrasil.com/anchieta

  • 23Em

    Colgio Loyola oferece cursos para alunos de baixa renda O Colgio Loyola, por meio da ASIA (Associao de Antigos Alunos do Loyola), promove dois cursos para alunos de baixa ren-

    da: o Free Idiomas, que oferece aulas

    de ingls e espanhol, e o Cursinho ASIA

    Loyola, destinado ao preparo de candi-

    datos ao ENEM (Exame Nacional do En-

    sino Mdio) e aos demais vestibulares.

    O Free Idiomas oferece as modali-

    dades de ensino para o ENEM e o cur-

    so de Sobrevivncia, esse ltimo com

    durao de trs anos, com dois profes-

    sores por sala e foco na conversao. O

    valor do curso simblico e varia en-

    tre R$ 10 e 30. O candidato dever estar

    cursando o Ensino Mdio em qualquer

    instituio pblica ou particular e pre-

    cisa comprovar baixa renda.

    O curso conta com professores vo-

    luntrios, sendo seis antigos alunos, duas

    alunas e uma me de aluna. Alm disso, o

    Free Idiomas conta tambm com uma co-

    ordenadora e com o consultor pedaggico.

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    Crianas e jovens do Projeto Vida com Arte realizam apresentaes

    Cada turma assistida por dois professo-

    res em sala, possibilitando a diviso dos

    alunos em grupos menores, o que aumen-

    ta a possibilidade dos estudantes se solta-

    rem e falarem mais, explica o professor

    Carlos Andr Gomes, integrante da ASIA.

    O Cursinho ASIA Loyola foi criado

    por iniciativa de uma ex-aluna, em 2008.

    Depois disso, outros ex-alunos interessa-

    ram-se pela iniciativa. Assim como o Free

    Idiomas, os professores, coordenadores

    e monitores que trabalham no cursinho

    so voluntrios. Embora no seja necess-

    rio ter nenhum vnculo com o Loyola para

    participar do projeto, alguns voluntrios

    so ex-alunos, pais de alunos e professores

    do Loyola. Alguns tm muita experincia

    como professor, j outros tm no cursinho

    sua primeira oportunidade de contato com

    a sala de aula, afirma Carlos.

    Histria, Qumica, Fsica e lgebra

    so algumas das disciplinas oferecidas

    na iniciativa. Ao longo do ano, volunt-

    rios de outras reas tambm colaboram

    com palestras, aulas especiais, orienta-

    o vocacional, etc. H tambm algu-

    mas atividades extraclasse. Em 2014, re-

    alizamos uma visita ao Museu das Minas

    e do Metal e uma trilha ecolgica em Ita-

    birito (MG), acrescenta Carlos.

    O cursinho destinado a pessoas que

    queiram preparar-se para o ENEM e vesti-

    bulares, mas que no tenham condies de

    frequentar um cursinho particular. A cada

    ano, cerca de 70 pessoas participam do

    curso e os alunos contribuem mensalmen-

    te com uma taxa de R$20, que utilizada

    para ressarcir os gastos dos voluntrios

    com preparao de material para as aulas.

    Em 2014, o Cursinho ASIA Loyo-

    la iniciou uma parceria com o Centro

    Zanmi, que encaminha alguns imi-

    grantes para participarem do curso.

    No ano passado, um haitiano conse-

    guiu aprovao para cursar Medicina

    em uma instituio federal. Nesse ano,

    temos uma famlia de alunos do Lba-

    no, conclui Carlos.

    A Orquestra Vida com Arte reali-zou um concerto didtico para alunos das Escolas Municipais de Ensino Fundamental de So Leo-

    poldo (RS), nos dias 28 de abril e 15 de

    maio. Alm de tocar os clssicos, se-

    guimos um roteiro, semelhante a uma

    pea de teatro, para explicar como fun-

    cionam os instrumentos, comentou a

    regente, Daiana Flber.

    A apresentao uniu msicas clssi-

    cas, como Beethoven, e msicas contem-

    porneas, como o do grupo O Rappa, para

    mostrar a versatilidade da msica de or-

    questra e corresponder s expectativas

    da faixa etria do pblico presente.

    Para Anita Coronel, professora da

    Trupe Teatro Escola, de So Leopoldo,

    que participou pela primeira vez de

    uma apresentao do Vida com Arte,

    a surpresa foi grande: O trabalho que

    se faz aqui lindo e merece ganhar o

    mundo. Da mesma forma, pensa Tiar-

    les Fontes, membro da Orquestra desde

    2012. De acordo com ele, que hoje toca

    contrabaixo, concertos assim so im-

    portantes para introduzir uma nova

    cultura musical na vida das crianas.

    O projeto Vida com Arte uma ini-

    ciativa da Unisinos e do Colgio An-

    chieta de Porto Alegre (RS), em parceria

    com a Prefeitura Municipal de So Leo-

    poldo, atravs da Secretaria de Educa-

    o. O projeto atende crianas e jovens,

    entre 6 e 15 anos de idade, da rede p-

    blica de ensino.

  • 24 Em

    Padre Incio Spohr lana terceiro livro da srie Histria das Casas

    Jesutas sero tema de filme de Scorcese

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    O padre Incio Spohr lanou o ter-ceiro livro da coleo Histria das Casas, no dia 3 de maio. A obra conta, em detalhes, as memrias de

    dois dos mais importantes locais da cida-

    de de Cerro Largo (RS): a Parquia Sagrada

    Famlia e o Seminrio So Jos.

    O lanamento do livro aconteceu

    na Parquia Sagrada Famlia, logo aps

    a missa, presidida pelo bispo de San-

    to ngelo, dom Liro Meurer. Entre as

    autoridades presentes, estavam o pre-

    feito de Cerro Largo, Ren Nedel, e a

    secretria da Educao do municpio,

    Neiva Fogolari.

    No evento, padre Incio Spohr ci-

    tou as diversas etapas da histria da

    Parquia, desde a chegada do fundador,

    padre Max Von Lassberg, bem como

    dos primeiros colonizadores. O jesuta

    salientou as dificuldades enfrentadas

    para se chegar regio no incio do s-

    culo XX. Dom Joo Pimenta, primeiro

    bispo a visitar Serro Azul (antigo nome

    de Cerro Largo), em 1909, teve de en-

    frentar um temporal no lombo do cava-

    SERVIO

    LivrariaPadreReus

    Endereo Rua Duque de Caxias,

    805 - Porto Alegre (RS)

    Telefone (51) 3224-0250

    E-mail

    [email protected]

    lo e na charrete, disse padre Incio.

    O pblico presente adquiriu todos

    os exemplares disponveis e as obras

    acabaram antes mesmo da sesso de

    autgrafos terminar. Aps a distribui-

    o das dedicatrias, o professor Egon

    Roque Frhlich citou a importncia

    dos livros Salvador do Sul e So Pedro

    da Serra, que pertencem coleo His-

    tria das Casas.

    Ambientado no sculo 17, o filme Silence retratar a histria de dois padres jesutas portugueses que viajam para o Japo para procurar seu con-

    selheiro e difundir os ensinamentos do

    Cristianismo, ao mesmo tempo em que so

    perseguidos. O longa ser dirigido pelo di-

    retor americano Martin Scorcese.

    Baseado no livro homnimo, do

    japons Shusaku End, publicado em

    1966, o filme protagonizado por An-

    drew Garfield, no papel do padre Se-

    bastio Rodrigues, Adam Driver como

    padre Francisco Garrpe, e Liam Nee-

    son, que atuar como padre Ferreira.

    Durante uma coletiva de imprensa,

    Scorcese revelou que conheceu o livro

    em 1988 e que, em 1991, fez um esbo-

    o malsucedido de um roteiro para um

    filme, acrescentando que esse teve de

    se desenvolver ou evoluir dentro de

    si antes que pudesse tentar adapt-

    -lo para as grandes telas. Sem data de

    estreia definida, a produo, da Para-

    mount Pictures, tem o lanamento nos

    cinemas previsto para 2016.

    Andrew Garfield e Martin Scorcese(da esq. p/ dir.)

  • 25Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Rede Jesuta de Educao promove encontros sobre a PEC

    A RJE (Rede Jesuta de Educa-o) promoveu dois semin-rios sobre o desenvolvimen-to do PEC (Plano Educativo Comum).

    Nos dias 16 e 17 de abril, o seminrio

    discutiu a dimenso acadmica, e,

    nos dias 11 e 12 de maio, as dimen-

    ses administrativa e pastoral do

    PEC. No total, os encontros reuniram

    cerca de 180 educadores e profissio-

    nais das unidades da Rede Jesuta de

    Educao. importante destacar que

    os seminrios foram divididos ape-

    nas por uma questo de logstica, j

    que o PEC contemplar as sugestes

    e discusses apresentadas nas di-

    menses acadmica, administrativa

    e pastoral.

    O Delegado para a Educao, padre

    Mrio Sndermann, acolheu os partici-

    pantes e apontou os rumos desenhados

    para a Educao Bsica da Companhia

    de Jesus no Brasil. A diretora do Colgio

    So Lus, Snia Magalhes, apresentou o

    histrico da misso educativa da Com-

    panhia de Jesus no mundo e problema-

    tizou os principais desafios que os col-

    gios jesutas enfrentam no pas hoje e as

    possibilidades que surgem com o con-

    texto da BRA (Provncia do Brasil).

    Ao final dos encontros, o GT (Gru-

    po de Trabalho) responsvel pela

    organizao dos seminrios apre-

    sentou o resultado das plenrias

    fazendo uma sntese do que esteve

    mais presente. Para a coordenado-

    ra do GT e professora Colgio Cata-

    rinense, Louisa Schrter, o legado

    de educao deve ser garantido de

    forma criativa. Segundo ela, ne-

    cessrio olhar para o futuro, para

    os novos contextos, para os alunos,

    dessa forma ser possvel nos orga-

    nizarmos de uma maneira diferente.

    O PEC est sendo essa oportunidade

    de traar algumas referncias e dese-

    jos comuns, pensados de forma cole-

    tiva pela RJE, tendo como horizonte

    a aprendizagem integral em todos os

    mbitos de crescimento de um cida-

    do, afirmou.

    Os profissionais presentes foram

    desafiados a disseminar, em suas

    instituies, as reflexes apresenta-

    das nos encontros. O intuito que se

    possa ampliar o debate realizado nos

    seminrios, que representam o pas-

    so inicial para construo do PEC. A

    estimativa que, at o final de 2015,

    seja apresentada uma proposta prvia

    do documento definitivo. Os semi-

    nrios marcaram um momento im-

    portante do PEC, pois foi o primeiro

    trabalho integrado entre os profissio-

    nais das unidades educativas da Rede

    Jesuta de Educao.

    OS SEMINRIOS MARCARAM UM MOMENTO IMPORTANTE DO PEC, POIS FOI O PRIMEIRO TRABALHO INTEGRADO ENTRE OS PROFISSIONAIS DAS UNIDADES EDUCATIVAS DA REDE JESUTA DE EDUCAO.

  • 26 Em

    Carta de Einstein aoColgio Anchieta N

    o dia 22 de maio, o Colgio

    Anchieta de Porto Alegre (RS)

    tornou pblica uma carta es-

    crita pelo cientista Albert Einstein, em

    1951. A mensagem, que estava guarda-

    da em um cofre h 64 anos, direcio-

    nada aos alunos da instituio.

    H muitos anos, ouviam-se rumo-

    res de que o cientista tinha mandado

    uma carta para o Colgio Anchieta, mas

    ningum sabia onde estava essa rarida-

    de. Ento, um professor decidiu inves-

    tigar o paradeiro da carta e a encontrou

    no arquivo da escola, em um cofre.

    A carta veio acompanhada de uma

    foto exclusiva, feita pelo fotgrafo Mar-

    cel Sternberger. A origem dos documen-

    tos est ligada ao padre Gaspar Dutra,

    que, em um encontro com Einstein, em

    Nova York, teria pedido um recado espe-

    cial aos alunos do Colgio Anchieta.

    Para atestar sua veracidade, a men-

    sagem e a foto passaram pela anlise

    da perita judicial Liane Pereira, que

    realizou o estudo comparando assina-

    turas de Einstein em diferentes docu-

    mentos pesquisados. Passar por essa

    experincia foi muito significativo,

    j que geralmente no trato com not-

    cias muito boas. Essa foi uma surpresa

    para mim, conta Liane.

    O diretor geral do colgio, padre

    Joo Claudio Rhoden, diz que a men-

    sagem e a foto so muito significativas

    para a instituio. Alm de qualquer

    valor histrico ou comercial, na men-

    sagem que est ali, h a lembrana que

    ele deixou para os alunos, diz.

    O coordenador da unidade de ensi-

    no, Dario Schneider, explica que o ma-

    terial tem significado muito impor-

    tante para a instituio, que completa

    125 anos em 2015. uma mensagem

    que motiva no s nossos alunos, mas

    os pais, os professores e a comunidade

    educativa, pois incentiva a promoo

    do conhecimento como um passo im-

    portante na mudana de realidades,

    diz ele. A notcia da descoberta da car-

    ta foi destaque nos principais veculos

    de comunicao do pas.

    Leia a mensagem do cientista que desenvolveu a Teoria

    da Relatividade Geral, um dos pilares da fsica moderna:

    QUEM CONHECEU A ALEGRIA DA

    COMPREENSO CONQUISTOU UM AMIGO

    INFALVEL PARA A VIDA. O PENSAR , PARA

    O HOMEM, O QUE VOAR PARA OS PSSAROS.

    NO TOMA COMO EXEMPLO A GALINHA

    QUANDO PODES SER UMA COTOVIA

    Para os estudantes do Colgio Anchieta, Brasil.A. Einstein

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

  • 27Em

    Sistema de Qualidade na Gesto Escolar apresentado no Medianeira

    A ETE FMC (Escola Tcnica de Eletrnica Francisco Moreira da Costa) realizar a primeira edio da FECETE (Feira Estadual de

    Cincias e Tecnologia), entre os dias 7

    e 9 de outubro. O objetivo do evento

    promover o intercmbio de conheci-

    Em maio, o Colgio Medianeira apresentou o Sistema de Quali-dade na Gesto Escolar para sua comunidade educativa. A ferramenta

    de autoavaliao foi desenvolvida pe-

    las instituies jesutas Universidad

    Catlica (Uruguai) e Universidad Al-

    berto Hurtado (Chile). O objetivo do

    sistema desenvolver novas compe-

    tncias e nova cultura de gesto esco-

    lar, promovendo, assim, profunda re-

    flexo sobre a identidade e misso dos

    colgios da Companhia de Jesus.

    ETE FMC realizar Feira Estadual de Cincias e Tecnologia

    mento, incentivar a pesquisa cientfica

    e divulgar novas tecnologias.

    A FECETE voltada para alunos do

    8 e 9 ano do Ensino Fundamental,

    do Ensino Mdio e do Ensino Tcnico

    do Estado de Minas Gerais. O evento

    acontecer simultaneamente a Projete,

    tradicional Feira de Projetos Futuristas,

    que, em 2015, chega 35 edio.

    Os projetos inscritos devero ser

    submetidos anlise de uma comisso

    julgadora e os vencedores recebero

    prmios e certificados. Os interessados

    em participar da FECETE devem aces-

    sar o site etefmc.com.br at o dia 20 de

    junho e realizar a inscrio de seus tra-

    balhos. A divulgao dos selecionados,

    em primeira prvia, acontecer no dia

    5 de agosto.

    A FECETE oferecer hospedagem

    e transporte (trajeto entre sua cidade

    e Santa Rita do Sapuca/MG) gratuitos

    para parte dos estudantes. Os interes-

    sados devem realizar a solicitao, no

    momento da inscrio. A comisso

    organizadora da FECETE analisar os

    pedidos e os contemplados sero co-

    municados, juntamente com a lista de

    trabalhos selecionados para partici-

    pao na feira.

    O sistema uma estratgia em

    rede, desenvolvida pela Federao

    Latino-Americana de Colgios Jesutas

    (FLACSI). Em 2014, a ferramenta co-

    meou a ser implantada no Brasil. Os

    colgios Catarinense, em Florianpo-

    lis (SC), So Lus, em So Paulo (SP), e

    Diocesano, em Teresina (PI), foram os

    primeiros a utilizar a ferramenta. Nes-

    te ano, alm do Colgio Medianeira, o

    sistema ser implantado nos colgios

    Antnio Vieira, Salvador (BA), e Santo

    Incio, no Rio de Janeiro (RJ).

    O Sistema de Qualidade ajudar o

    Medianeira a avaliar seus processos.

    Depois, possibilitar repensar proce-

    dimentos, projetos e aes no sentido

    de melhorar a aprendizagem. Forma-

    remos novas competncias de lideran-

    a e teremos elementos para revitali-

    zar nossa cultura institucional. Para

    um colgio jesuta, esse olhar comum

    em todas as unidades vai fortalecer a

    Rede Jesuta de Educao, afirma pa-

    dre Carlos Jahn, diretor geral do Col-

    gio Medianeira.

  • 28 Em

    Casa Inaciana da Juventude promove atividades

    A CIJ (Casa Inaciana da Juventude) promoveu dois even-tos no ms de maio: o Momento Mariano, que acon-tece anualmente, e o Caf com Cultura, realizado mensalmente. As atividades reuniram os jovens da regio de

    Fortaleza (CE), entre os dias 16 e 17.

    No primeiro dia, a CIJ realizou o Momento Mariano, ati-

    vidade que prope aos jovens um perodo de silncio para

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO S JUVENTUDES E VOCAES

    contemplao do exemplo de Nossa Senhora, modelo de amor

    ao Cristo amigo e ao seu projeto para a humanidade. O Caf

    com Cultura, organizado pelo Grupo de Universitrios da CIJ,

    foi realizado no dia 17 e teve como objetivo a promoo do

    dilogo inter-religioso, acerca do ecumenismo e da tolern-

    cia religiosa. Representantes da Igreja Evanglica Pentecostal

    Betesda, da Igreja Catlica, do Budismo, do Espiritismo e do

    Candombl participaram do encontro.

    Os jovens ouviram atentamente as falas e participaram do

    debate por meio de perguntas que indicaram o desejo de quebrar

    fronteiras atravs do conhecimento e do respeito diversidade.

    Enquanto todos apresentavam sua vivncia espiritual, percebi

    que o dilogo desenvolvido pelos convidados sobre a manifestao

    do sagrado, em seu cotidiano, superava as diferenas entre esses

    movimentos religiosos. A monja budista completava a fala do pas-

    tor, este, por sua vez, completava a fala do esprita, a leiga catlica

    utilizou-se dos seus estudos bblicos para explicar o movimento

    ecumnico e o sacerdote da Umbanda manifestou seu desejo por

    mais respeito entre as religies, afirmou a jovem Beatriz Perote.

    Encontros do Momento Mariano e do Caf com Cultura reuniram jovens em Fortaleza

    Jesuta ser ordenadopresbtero em julho

    Novios iniciamretiro de 30 dias

    Os novios do 1 ano da Companhia de Jesus iniciaram os Exerccios Espirituais de 30 dias, no dia 20 de ju-nho, em Vila Kostka Itaici, em Indaiatuba (SP). Os novios Alan Cavalcante, Diego Carriel, Klebson Dantas, Lu-

    cas Pedro, Mrcio Danilo e Thiago Augusto produziram um

    vdeo pedindo a orao de todos durante o perodo do retiro.

    Na foto (esq. p/ dir.), os novios Alan, Diego, Klebson, Lucas, Mrcio e Thiago

    O dicono Antnio Ronilson Braga de Sousa ser ordenado presbtero no dia 25 de julho, em ce-rimnia presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta de Pedras (Maraj/PA). A ceri-

    mnia acontecer s 16h, na Catedral de Santa Maria de

    Belm (Igreja da S).

    Confira no link

    https://youtu.be/F1OR2SAZafU.

  • 29Em

    COMPANHIA DE JESUS CUIDADO DA AMAZNIA

    Via Sacra do Xingu

    Dia 3 de abril, Sexta-feira Santa, o rio Xingu, localizado entre os estados de Mato Grosso e Par, foi senten-ciado morte, est sendo cortado e agoni-

    za... Sua indmita e fecunda liberdade mi-

    lenria acorrentada pela Hidroeltrica de

    Belo Monte, feio monstro apelido dado

    pelo povo... Com ele, morrem culturas mi-

    lenrias, locais e simbologias sagradas, fon-

    tes espirituais de vida, ilhas e vrzeas, iga-

    raps e florestas, plantas e animais. Todas

    essas formas de vida esto sendo violadas e

    feridas. Os habitantes da regio tambm so-

    frem: indgenas e ribeirinhos, populaes

    urbanas e vilas, todos os povos banhados

    e alimentados pelas guas do Xingu e seus

    afluentes desde tempos imemoriais. Toda a

    vida da regio se empobrece.

    A Via Sacra em Altamira comeou cedo.

    Na manh, ao raiar do sol, um rio de gente

    firme e de cabea erguida avana pelas ruas

    da cidade. o povo simples, povo de Deus,

    que caminha valente rezando e denuncian-

    do a injustia, o abuso e a morte imposta pe-

    los poderosos. O bispo da Prelazia do Xingu,

    dom Erwin Krutler, encabea a Via Sacra.

    Vai frente, como pastor ao servio da Ama-

    znia e seus povos, defendendo sua gente,

    rios e florestas, cuidando de toda a vida da

    Criao, da Me Terra que a todos amamen-

    ta e sustenta. Juntos, como membros de

    um mesmo corpo que tem Cristo por cabe-

    a (1 Cor 12), bispo e povo sofrem e choram,

    amam e lutam, denunciam e anunciam,

    rezam e cantam com teimosia e profecia a

    vitria da Cruz e da Justia, da Ressurreio

    e da Vida sobre todo tipo de morte.

    Muitas pessoas j tombaram e foram

    crucificadas na Via Sacra do Xingu. A Ir.

    Dorothy Stang (12/02/2005), missionria

    norte-americana, que atuava junto aos cam-

    poneses do Projeto de Desenvolvimento

    Sustentvel Esperana (PDS Esperana), no

    municpio de Anapu, no Par. Segundo o Jor-

    Por Pe. Juan FernandoLpez Prez*

    nal Correio Braziliense (12/02/2015), nos 10

    anos que se seguiram morte de Irm Doro-

    thy a situao permanece praticamente inal-

    terada. De 2005 a 2014, o nmero total de as-

    sassinatos no campo diminuiu. Foram 334.

    O Par, porm, concentrou 118 das mortes,

    35,3%. Das 548 tentativas de assassinato, 165

    aconteceram no Par. Das 2.118 das pessoas

    ameaadas de morte, 617 viviam no Par.

    Vrias lideranas ribeirinhas, camponesas

    e indgenas continuam hoje ameaadas e

    marcadas para morrer na regio do Xingu.

    SINAIS DE ESPERANAMuitos so os sinais de morte na Ama-

    znia. Mas muito mais fortes so as semen-

    tes de vida que continuam germinando no

    meio das ruas, florestas e rios da Amaznia.

    No nvel local, os povos continuam em p,

    com a cabea erguida, pintados e enfeita-

    dos, bailando ao som dos maracs a dana

    da vida. No nvel global, a conscincia eco-

    lgica vai crescendo e tambm o enfrenta-

    mento ao sistema econmico capitalista

    imposto, que semeia a destruio e a morte

    por toda a redondeza da terra.

    No nvel eclesial, tambm h fortes si-

    nais de esperana. A Encclica sobre Ecolo-

    gia, lanada pelo Papa Francisco, denuncia e

    anuncia profeticamente a responsabilidade

    humana com a defesa da vida e o cuidado

    de toda a Criao. Tambm, em setembro

    de 2009, foi oficializada a Rede Eclesial Pan

    Amaznica (REPAM), com o firme apoio do

    Papa: A misso da Igreja deve ser incentiva-

    da e relanada na Amaznia.

    Um sinal forte dessa capacidade de ser-

    vio e incidncia da REPAM a audincia

    que recentemente teve na Corte Interame-

    ricana de Direitos Humanos (CIDH), em

    Washington-DC (19/03/2015). Ali, foi de-

    nunciada a violao dos direitos humanos

    e ambientais que sofrem as comunidades

    indgenas e camponesas afetadas pelas in-

    dstrias extrativas. O bispo Pedro Barreto,

    presidente do Departamento de Justia e

    Solidariedade do Conselho Episcopal La-

    tino-Americano (CELAM), ameaado tam-

    bm de morte por denunciar a violncia

    da minerao no Peru, afirmou no CIDH:

    Queremos testemunhar a angstia e o

    sofrimento de muitos irmos e irms que

    vivem as consequncias da devastadora e

    cada vez mais ameaante atividade extrati-

    vista sem rosto humano e sem tica.

    Os povos indgenas, com seus projetos

    de Bom Viver, so caminhos de ressurrei-

    o e vida para a humanidade e o planeta.

    Essa nossa fora e esperana: O Bom Vi-

    ver, a Ressurreio e a Vida vencem a mor-

    te! Dando um toque amaznico s palavras

    profticas de So Romero da Amrica: Se

    me matam, ressuscitarei na vida do meu

    povo, se nos plantam, germinaremos e

    nos multiplicaremos na vida das florestas,

    rios e povos da Amaznia!.

    *Pe. Juan Fernando Lpez Prez atua na

    Pastoral Indgena em colaborao com o CIMI

    (Conselho Indigenista Missionrio)

    Bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Krutler, com a comunidade local

  • 30 Em

    NA PAZ DO SENHORIR. LUIGI CREMONESEPor Ir. Eudson Ramos

    Ir. Luigi Cremonese nasceu em Lo-nigo, regio de Vicenza na Itlia, em 7 de novembro de 1928, em uma famlia de gente simples: o pai

    era pedreiro e a me, costureira. Os ir-

    mos eram quatro: um homem e trs

    mulheres. At a idade de 19 anos, vi-

    veu com a famlia, em sua terra natal.

    Perto de sua casa, ficava o Noviciado

    dos Jesutas e isso favoreceu o surgi-

    mento de sua vocao missionria, a

    partir do contato, sobretudo, com os

    juniores e novios.

    Depois de vrios encontros e reu-

    nies, ingressou no Noviciado, como

    Irmo, a 21 de abril de 1947. Dois anos

    depois, fez os votos do binio e re-

    cebeu o ofcio de cozinheiro, funo

    que exerceu por longos anos, tanto a

    como, mais tarde, na Residncia San

    Fedele, em Milo. Fez os ltimos vo-

    tos a 2 de fevereiro de 1959.

    Sua vida continuava aparentemen-

    te sem novidades, mas, em seu cora-

    o, crescia o desejo missionrio que

    o tinha movido a entrar na Companhia

    de Jesus. Em 1968, os Superiores apro-

    varam seu pedido, vrias vezes formu-

    lado, e, no ano seguinte, partia para o

    Brasil, desembarcando em Salvador

    (BA), no dia 27 de maio de 1969.

    De 1970 a 1972, vamos encontr-lo

    no Centro de Estudos e Ao Social

    I

    (CEAS), ainda em sua antiga sede no

    Largo da Graa. Da passa ao Colgio

    Antonio Vieira, onde permanecer

    pelo perodo de 17 anos, auxiliando

    na administrao. Na casa, por vrias

    vezes, foi ministro e consultor da co-

    munidade, sendo tambm respons-

    vel pelo Stio Loyola e integrante da

    equipe de Administrao do Colgio.

    Em seguida, na dcada de 1980, foi

    transferido para Manaus (AM), onde

    comps a Comunidade da Compensa II,

    morando numa casa e bairro muito po-

    bres. Exerceu a funo de administra-

    dor da casa e tambm realizava traba-

    lhos pastorais na parquia. No ano de

    1995, retornou a Salvador e, desta vez,

    colaborou na formao dos vocaciona-

    dos Companhia de Jesus na Comuni-

    dade Vocacional, no bairro de Vale dos

    Lagos, alm de regressar ao trabalho no

    CEAS e tornar-se o diretor da obra Se-

    mentes do Amanh, que acolhia crian-

    as em risco social ou que eram aban-

    donadas por suas famlias.

    De 1997 at 2001, Ir. Cremonese co-

    laborou na funo de administrador na

    Organizao de Auxlio Fraterno (OAF),

    uma obra de apoio ao menor e ao ado-

    lescente em situao de risco, na poca

    sob a direo do Pe. Piazza. Acompa-

    nhava as atividades do setor contbil

    no Economato da Provncia. A partir de

    2002, foi transferido para Teresina (PI),

    assumindo a funo de Diretor do Cen-

    tro Social Pedro Arrupe e ministro da

    residncia do Colgio Diocesano. De l,

    veio para a Residncia de Santo Antnio

    da Barra, no ano de 2010, onde era res-

    ponsvel pelos funcionrios da comu-

    nidade, alm de colaborar nos trabalhos

    sociais da Igreja de Santo Antnio.

    Com o passar dos anos, suas for-

    as foram naturalmente diminuindo

    e, por isso, foi transferido Casa de

    Sade So Lus Gonzaga, em Fortaleza

    (CE). No final de 2013, tinha planeja-

    do uma visita aos parentes na Itlia

    e, l estando, sofreu um acidente que

    o levou Casa de Sade em Gallara-

    te, no retornando mais ao pas que

    escolhera para ser missionrio e que

    tanto amava.

    Ir. Cremonese deixou marcas pro-

    fundas no trato atencioso com os

    funcionrios, o que, at hoje, recor-

    dado com saudades. Era uma pessoa

    muito comunicativa e alegre e sabia

    cultivar as amizades. Tinha especial

    ateno aos colaboradores e, sempre

    que podia, visitava a casa e participa-

    va das festas familiares (aniversrios,

    batizados, casamentos, entre outros).

    Quando chegava, a todos contagiava

    com sua simpatia e generosidade, in-

    teressando-se pelos seus problemas

    e participando de suas alegrias. Fa-

    leceu em Gallarate, Itlia, no dia 4 de

    maio de 2015. Tinha 86 anos de idade

    e 68 anos de Companhia de Jesus.

    QUANDO CHEGAVA,A TODOS CONTAGIAVA COM SUA SIMPATIA E GENEROSIDADE, INTERESSANDO-SE PELOS SEUS PROBLEMAS E PARTICIPANDO DE SUAS ALEGRIAS.

  • 31Em

    JUBILEUS

    AGENDA

    70 ANOS DE COMPANHIA Em 7 de junho

    Pe. Pedro Biondan Maione

    60 ANOS DE COMPANHIA Em 14 de junho

    Ir. Bruno Kuntzler

    Ir. Affonso Wobeto

    50 ANOS DE COMPANHIA Em 31 de julho

    Ir. Hlio Birck

    Ir. Valdir Jac Vanzella

    60 ANOS DE SACERDCIO Em 10 de julho

    Pe. Gino Raisa

    Pe. Angelo Luigi Imperiali

    50 ANOS DE SACERDCIO Em 3 de julho

    Pe. Johan M. Herman Jozef Konings

    25 ANOS DE SACERDCIO Em 30 de junho

    Pe. Jos Maria Fernandes Machado

    Tema | Pe. Alfredo Sampaio, SJLocal | CARPA (Casa de Retiros Padre Anchieta) Rio de Janeiro (RJ)Inscries | www.clfc.puc-rio.br/inscricao-de-retiros

    JULHO

    Orientador | Pe. Mieczyslaw Smyda, SJLocal | Casa de Retiros Itaici - Vila KostkaInscries | www.itaici.org.br

    1 A 9EXERCCIOS ESPIRITUAIS COM COLOCAES - EECC

    13 A 21

    EXERCCIOS ESPIRITUAIS