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2º SEMESTRE/2011 Um novo futuro depende deles Geração verde

Em Família Brasília EM ed 08

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Edição de novembro/2011 da revista Em Família - Colégio Brasília Ensino Médio

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Page 1: Em Família Brasília EM ed 08

2º SEMESTRE/2011

Um novo futuro depende deles

Geraçãoverde

Page 2: Em Família Brasília EM ed 08

Rede CI. Mais de 60 lojas em todo o país.

Cursos, estágios, trabalhos, passagens aéreas e viagens para o exterior, que fazem a vida acontecer.

Chegou a hora de você fazer um intercâmbio

ci.com.br/m iead ciona ci.com.br você aprende com o mundo

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Av. Ibirapuera, 1858Tel.: (11) 5051-0381São Paulo

CI Porto ALegre

Rua Padre Chagas, 80Tel.: (51) 3346-4654

CI Goiânia

Rua 18, 326 Salas 3/4 - Setor OesteTel.: (62) 3093-4353

CI Brasília

SCLN, 211 - Bloco B - Loja 06Tel.: (61) 3340-2040

CI Curitiba

Av. Batel, 1.398Tel.: (41) 3342-3032

CI Londrina

Av. Higienópolis, 799 - loja 02Tel.: (43) 3029-0203

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Onde: Alemanha, Austrália, EUA, Nova Zelândia, Inglaterra, Itália e muito mais.

Duração: 2 a 8 semanas

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Onde: Austrália, Canadá, EUA, Nova Zelândia e muito mais.

Duração: 1 a 2 semestres letivos

Use o leitor de QR Code do seu celular e saiba mais.

Page 3: Em Família Brasília EM ed 08

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Expediente

A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde, editorial e comunicação. A

PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Sua forma de atuação busca, por meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural,

posicionando-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.

Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social, valores humanos e cristãos é

a proposta da instituição.

Rua Imaculada Conceição, 1155Prado Velho – Curitiba – PRPrédio Administrativo PUCPR – 8º andarCEP: 80215-901Tel.: (41)3271-6500

www.marista.org.br

PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini

SUPERIOR PROVINCIAL: Ir. Davide Pedri

SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza

REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina

Michelan Azevedo, Vani Sant'ana

COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): Patrícia Fatuch,

Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S. Tateiva, Kelen Y.

Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago Ienkot

COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Finkensieper

Gonçalves, Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens ,Cláudia

Cristina Batistela Francisco, Cristiane Rufino Santos, Daliane

Anziliero Teston, Eros Augusto Asturiano Martins, Eziquiel

Machado Ramos, Fábio Silvestrini Aparício, Katia Macedo Dias

Kely Cristine de Souza, Luana Mendonça Dias dos Santos, Mayara

Amaral Haudicho, Raquel Aline Bortoloso, Renato Mobaid Pereira

Campos, Samira Damásio Dutra

CAPA:

Mirela Schreck Welter, Gabriel Weiand,

Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia,

alunos do Colégio Marista Pio XII, Novo

Hamburgo - RS

FOTO:

D'Contreras - ILEXPHOTO

BRASÍLIA • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental - SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400

Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900

CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000

CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chape-có - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332

CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma - SC - 88811-503 - (48) 3437-9122

CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário - Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR - 82200-210 (41) 3074-2500

GOIÂNIA • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440

St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875

JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313

JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC - 89600-000 - (49) 3522-1144

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600

MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224

PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carva-lho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374

RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444

Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866

Em Família | 8ª Edição | 2º Semestre 2011

A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.

Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br

EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706

– Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo

fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br

Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.

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Page 5: Em Família Brasília EM ed 08

P esquisas recentes indicam que

nosso planeta já não consegue

mais recompor os recursos naturais

consumidos pelos seres humanos.

Se continuarmos com o ritmo voraz

de consumo atual, em poucos anos

exterminaremos todas as possibilida-

des de vida no planeta.

Somos a geração de seres huma-

nos que mais consome futilidades,

ou seja, consumimos sem precisar

e, não raras vezes, por puro prazer,

hábito, vontade ou desejo. A cultura

do descartável nos leva ao consumo

inconsequente. Angustiados, busca-

mos preencher um vazio com coisas

que, na verdade, aplacam a angústia

frequentemente, não nos damos

conta, como um abraço aconchegan-

te, uma palavra de conforto, um gesto

surpreendente ou um olhar carinho-

so e terno. Este vazio se faz presente

quando não acolhemos ou não somos

acolhidos pelas pessoas que nós ama-

mos, e quando não educamos nossos

filhos para a alteridade, para a empa-

tia e para o desejo de ver o outro feliz

antes de nós mesmos. Na escravi-

dão do tempo, certos gestos custam

demais. Bauman (2001), descrevendo

nossa época, diz: “O que conta é o

tempo, mais do que o espaço que lhes

toca ocupar; espaço que, afinal, pre-

enchem apenas ‘por um momento’”.

A salvação da vida em nosso pla-

neta está nas mãos do pai, da mãe, do

professor, do educador, enfim, dos

responsáveis pelas futuras gerações.

Preencher os corações das crianças,

adolescentes e jovens, com gestos

de amor, fazendo-os perceber que,

mais importante que a própria felici-

dade, é enxergar nos olhos do outro

que sua felicidade depende de gestos

concretos de acolhida, de proteção,

de amparo e de tempo “perdido” /

investido. Assim se constróem iden-

tidades seguras e sólidas que encon-

tram a própria felicidade não nas futi-

lidades de cada esquina, mas dentro si

mesmos, a partir dos gestos de amor

vivenciados no seio da família.

momentaneamente e não nos levam

à satisfação plena.

Nosso planeta não está sendo

exterminado pelo fato de existirem

muitos seres humanos ou por estes

necessitarem cada vez mais de arte-

fatos para se manterem. A responsa-

bilidade não se deve às necessidades

básicas da modernidade, que nos

faz utilizar cada vez mais os recur-

sos naturais. A responsabilidade pelo

extermínio da vida no planeta está

no vazio existente na alma dos seres

humanos que aqui vivem.

O reflexo da sede e do vazio na

alma dos seres humanos está na

ausência dos pequenos gestos que,

Vazio que extermina, Amor que sustentaPor Ir. Paulinho Vogel

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios

Primeira impressão 5

Page 6: Em Família Brasília EM ed 08

Entrevista

Quando o lixo vira arte e vida

6

Page 7: Em Família Brasília EM ed 08

O artista plástico Vik Muniz fala sobre como o lixo pode se transformar em obra de arte apreciada no exterior e mudar a vida de toda uma comunidadePor Vivian Albuquerque

V icente José Muniz, o Vik Muniz, nasceu em São Paulo em uma família da

classe média. Seus pais, um garçom e uma telefonista, com certeza nunca

imaginaram que um dia seu filho – numa mudança para Nova York – poderia

se tornar um ícone da arte pela fotografia, com trabalhos expostos nos mais

importantes museus do mundo.

Na década de 80, Vik decidiu estudar inglês em Chicago. Foi para ficar apenas

seis meses, mas, numa visita a Nova York, se apaixonou e por lá acabou ficando

e levando com ele o nome do Brasil, com uma arte nada convencional. Usando

materiais como chocolate, açúcar, sucata e lixo, ele retrata pessoas e reproduz

conhecidas obras de arte, provando que tudo, até mesmo o que ninguém mais

quer, pode virar obra de arte “de valor”.

Este ano, o documentário que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro

com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros sanitários do

mundo concorreu ao Oscar. Apesar de toda a torcida brasileira, a estatueta não

veio. Mas Vik, mais uma vez, conseguiu sensibilizar o mundo por meio da sua

arte, trazendo à tona discussões sobre sustentabilidade e olhar solidário.

Quando começou este seu trabalho

tão diferenciado?

Quando resolvi deixar o Brasil e

viver em Nova York. Minha ideia

era abrir a mente para o mundo

artístico, mas o que acabou acon-

tecendo foi bem mais que isso.

Comecei a produzir séries fotográ-

ficas que conquistaram o público

por trabalhar com materiais nada

ortodoxos: macarrão, algodão, pó,

terra. Compúnhamos as imagens

e eu fotografava. Uma foto, assim

como uma pintura, não só mostra

um tema, mas o material com que

foi representado. Quanto mais dis-

tante o material do tema proposto,

mais inspirador será o engajamento

entre o espectador e a imagem.

Em várias de suas fotos você reproduz

obras de arte já conhecidas. Poderia

explicar o porquê desta escolha?

Procuro trabalhar com o que o

próprio espectador traz para esse

seu encontro com a imagem. Por

isso tem de ser algo que ele reco-

nheça. Os temas acabam sendo

algo já digerido e subestimado por

ele. Não raro, desenho o que que-

ro reproduzir, vou a um museu ou

faço de cabeça. Trabalho com séries

para não precisar dizer tudo de uma

só vez. Trabalho com materiais

diversos ao mesmo tempo e nunca

encerro uma série definitivamente;

elas vão se extinguindo natural-

mente.

O filme "Lixo Extraordinário" tornou

seu trabalho ainda mais conhecido

por nós, brasileiros. Ali, poderíamos

dizer que além da matéria-prima

– lixo – você ainda teve as pessoas

como grande componente de inspi-

ração?

Eu queria mudar a vida de um grupo

de pessoas usando o material com

que lidam no dia a dia. Assim sur-

giu a ideia de transformar lixo em

Page 8: Em Família Brasília EM ed 08

arte e reverter a venda das fotos em

recursos para aquela comunidade.

O aterro do Jardim Gramacho aten-

de a pelo menos 2,5 mil famílias.

Pessoas que passam o dia ali, entre

os caminhões e as pilhas de lixo,

para ganhar R$ 50,00. Eram pesso-

as que nem sequer tinham fotos

delas. E o momento mágico se deu

quando uma coisa se transformou

em outra; o lixo se transformou na

imagem delas.

Como foi o trabalho de criação des-

tas obras que acabaram ganhando o

mundo de forma tão especial?

Fiz os retratos das pessoas e depois

as convidei para trabalhar comigo

no estúdio, “pintando” suas pró-

prias fotos. Muitos nunca tinham

se visto em uma foto e, de repente,

estavam vendo seus retratos repro-

duzidos com materiais que eram,

ao mesmo tempo, o sustento do dia

a dia. Estar envolvido em projetos

sociais, para mim, é fundamental.

O lixo é uma boa matéria-prima para

a arte, afinal?

O lixo é dinheiro. A gente perde mui-

to dinheiro com ele. Quem mexe

com o lixo ou tem muito dinheiro

ou não tem nenhum. Muitas vezes,

quando convido as pessoas para

verem meu trabalho no galpão que

temos no Brasil, elas se assustam

porque entram e só veem monta-

nhas e montanhas de lixo e sucata.

Mas fotografamos com uma câmera

8X10, a uma distância de 20 metros.

Só quando se sobe na torre é que

se vê a obra no meio daquilo tudo.

Por isso é tão bacana. Conseguimos

criar o retrato de um catador que,

como o lixo que está ali, ninguém

conhece.

Você tem essa preocupação cons-

tante de aproximar a arte do maior

número de pessoas. A resposta pare-

ce óbvia, mas mesmo assim pergun-

tamos: por que?

Uma grande obra de arte deve

transcender barreiras espaciais,

temporais e linguísticas. Deve uti-

lizar a universalidade dos sentidos

e buscar, incentivar, a cumplicida-

de entre as pessoas. Não há como

manter o provincianismo intelectu-

al, no qual a arte internacional fala

um dialeto próprio e tão distante do

público, sob o risco da condenação

do popular e do culto a um produ-

to que seja fruto do isolamento. O

artista não pode dizer que faz arte

só para si. A arte deve se inspirar

em experiências pessoais, mas ter

a capacidade de transmitir essas

mesmas experiências em um âmbi-

to universal. O filme “Lixo Extraordi-

nário” foi resultado de três anos de

trabalho e tem um apelo muito for-

te com o público por causa do emo-

cional. Você vê lágrimas nos olhos

de quem assiste. E isso a arte não

pode deixar de fazer: emocionar.

Entrevista

LIXO EXTRAORDINÁRIOUm pouco sobre o documentário

premiado internacionalmente

O documentário “Lixo Extraordiná-

rio” acompanha o trabalho de Vik

Muniz em um dos maiores ater-

ros sanitários do mundo: o Jardim

Gramacho, na periferia de Duque

de Caxias, Rio de Janeiro. Lá, ele

fotografa um grupo de catadores

de materiais recicláveis, com o

objetivo inicial de retratá-los.

Segundo o dicionário, “lixo” signi-

fica qualquer material considerado

inútil, supérfluo, e/ou sem valor,

gerado pela atividade humana.

Antes de chegar ao Jardim Gra-

macho, Vik Muniz e os diretores

do documentário não esperavam

encontrar nada muito diferente

disso, mas se surpreenderam ao

conhecer pessoas cativantes e

cheias de dignidade, como o Tião,

jovem presidente da Associação de

Catadores do Aterro Metropolitano

de Jardim Gramacho, ou o Zumbi,

catador que, resgatando os livros

do lixão, acabou montando uma

biblioteca.

"O momento quando uma coisa se transforma

em outra é o momento mais bonito. A

combinação de sons se transforma em música. E isso se aplica a tudo.”

Vik Muniz

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Capa

Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?

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Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?

Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia, Mirela Schreck

Welter, Gabriel Weiand, alunos do Colégio Marista Pio XII,

Novo Hamburgo - RS

Page 12: Em Família Brasília EM ed 08

Capa

N as compras do supermercado,

ela não utiliza mais sacolas, mas

as caixas de plástico, que sempre leva

no porta-malas. Em casa, cascas, res-

tos de produtos orgânicos e até as

folhas do quintal vão direto para o

minhocário. E os cuidados não param

por aí. “Opto por produtos sem emba-

lagens ou de refil. Quando isso não é

possível, escolho as de menor impac-

to. Um exemplo? Gosto de sabão

líquido concentrado, mas ainda opto

pela caixa de papelão, porque a emba-

lagem se degrada com mais rapidez.

Jamais levo uma bandeja de isopor

para casa, opto pelo presunto cortado

na hora e embalado apenas no plásti-

co. Além de ter mais sabor, não fico

pensando nos 450 anos – no mínimo,

que o isopor levaria para se degradar

no meio ambiente”, conta Joana Bica-

lho, de Brasília, mãe dos alunos Mar-

cela, 16, e João Pedro, 14, do colégio

Marista João Paulo II, da Rede Marista

do RIo Grande do Sul.

É pouco? Pois saiba que eles ain-

da levam as embalagens que não há

como evitar para o supermercado,

que as entrega para uma cooperativa

de reciclagem; mantém um relógio na

parede do banheiro, para administrar

o tempo e a consciência sobre o con-

sumo; e fazem compras semanais, no

lugar das mensais, para evitar o con-

sumo desnecessário. “Percebi que,

quando comprava mensalmente,

consumia muito mais e ainda perdia

muitos produtos por data de venci-

mento”, explica.

Mas estas dicas, segundo Joana,

são muito individuais. “Muitas vezes,

algo que é facilmente adaptável no

meu dia a dia, não se enquadra na

vida de uma outra pessoa”, confirma.

“O caminho é passar a observar o nos-

so excedente. Tudo o que sobra não

nos pertence e, por isto, pode passar a

não mais ser desperdiçado. Todos nós

podemos reduzir nosso consumo em

40%, sem prejuízo à nossa qualidade

de vida. O famoso menos que vale

mais”, garante.

A preocupação com a sustentabili-

dade é tanta que até o trabalho de Joa-

na tem profunda ligação com o tema.

Ela é uma das idealizadoras e consul-

toras da Empresa Responsável (www.

empresaresponsavel.com), consulto-

ria que ensina empresas a trabalha-

rem com o chamado Marketing Verde.

“Sempre trabalhei com publicidade e

propaganda e, mesmo antes de diálo-

gos sobre os impactos do consumis-

SUSTEN… O QUÊ?Veja como surgiu e se popularizou o termo sustentabilidade

Na década de 70, o chamado Clube de Roma, formado por personalida-

des interessadas em discutir temas cruciais para a sobrevivência huma-

na, encomendou ao MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – um

estudo que culminou no relatório “Os Limites do Crescimento”. O texto

tratava de problemas como energia e escassez de recursos naturais, entre

tantos outros itens importantes para nossa vida. E o que ficou comprovado

foi que nosso modo de consumo e descartabilidade era ambientalmente

inviável. Na época houve um lobby contrário à ampliação da consciência,

mas o assunto, a tal da “sustentabilidade”, aos poucos foi ganhando peso

político, econômico e social. Hoje, o tema é central em muitos encontros

globais. Exemplo disso é a Conferência Rio + 20, programada para 2012, no

Rio de Janeiro. Ela discutirá a Economia Verde, assunto que compartilha

as atenções com a Logística Reversa, que trata do uso do lixo para novas

produções, por meio da reciclagem.

12

Page 13: Em Família Brasília EM ed 08

de um ambiente para economizar

energia, devemos abrir uma grande

janela para iluminação natural.

Outro exemplo: quando optamos

pela fruta à caixa de suco, abrimos

mão daquela praticidade que

nos foi vendida, mas ganhamos

em saúde e, consequentemente,

qualidade de vida. Na verdade,

devemos vender sustentabilidade

como o conceito de saber viver,

optar pelo bom, pelo respeito a

si mesmo, numa escolha certa e

inteligente. Com certeza, estamos

num movimento importante. As

escolas e seus projetos contribuem

para isso. As empresas, forçadas

pela necessidade de se mostrarem

responsáveis socialmente, têm

mandado seus executivos para

cursos de pós-graduação em

gestão socioambiental, ampliando

o diálogo de necessidades e

possibilidades. Fala-se muito mais

em slow-life, qualidade de vida,

tempo para a família e para a saúde.

Tudo isto está virando moda e

dados mostram que as pessoas

que optam por este tipo de vida

dependem menos dos médicos

e se aproximam mais da família.

Convivem mais, gastam menos e

gastam certo, e por isto ampliam o

ser ao ter.”

mo na finitude dos recursos naturais,

já me sentia incomodada com o estí-

mulo crescente ao consumo e des-

cartabilidade. Canalizei, à época, meu

trabalho para a ‘venda de serviços’,

exatamente pela preocupação que

tinha com este tipo de propaganda.

Em 2003, decidi fazer meu mestrado

em Planejamento e Gestão Ambiental,

e estudar profundamente os ganhos

empresariais em investir no Marketing

Verde. Percebi, então, uma enorme

brecha na propaganda e no marke-

ting: convencermos os consumidores

de que os ‘produtos do bem’ fazem o

bem para todos, em cadeia.”

SUSTENTABILIDADE E ECONOMIAPara a mãe e consultora, a

sustentabilidade – termo da moda

e até já meio banalizado – tem

sido erroneamente vista como

algo inatingível, que exige fortes

mudanças, levando-nos ao menor

conforto e a altos gastos. “Mas não é

nada disto”, afirma. “Sustentabilidade

ambiental e social não devem

impactar negativamente na susten-

tabilidade econômica. Por exemplo:

ao invés de abrirmos mão da claridade

PRECISO MESMO DISSO?COMO PENSAR VERDE NO DIA A DIA

“O caminho é simples e prazeroso”, garante Joana. “É preciso ‘passar a olhar, vendo’. Ou seja, perceber nossos

hábitos de maneira sistêmica. Sair da máquina do consumis-mo, e começar a observá-la, optando em benefício próprio, e da coletividade. Não se permitir ser manipulado pela mídia, bem como aproveitar o leque de ofertas para escolher algo de fato bom para nossas vidas. Não permitir que a correria do dia a dia nos leve a viver de forma automática, sem perceber nossas relações e nos-

sas escolhas. Daí, começar a perceber e se questionar: preciso de fato disto? Hoje, 60% do volume de um carrinho cheio do su-

permercado vira lixo em apenas 15 dias. O mundo produz de lixo, por dia, o equivalente a 15 montanhas do tamanho

do morro Pão-de-Açúcar. Estamos trocando nossas paisagens verdes por montanhas de lixo.”

Page 14: Em Família Brasília EM ed 08

Capa

P ensando em contribuir não

somente com a comunidade aca-

dêmica, mas com a sociedade em

geral, a Pontifícia Universidade Cató-

lica do Paraná (PUCPR) vem traba-

lhando num projeto participativo de

transformação socioambiental, com a

criação de um Núcleo de Sustentabili-

dade. “O que queremos é concentrar

esforços no estudo de modalidades

de integração entre os conhecimen-

tos técnico-científicos e os conheci-

mentos sociais, políticos, ambientais

e gerenciais para proporcionar a todos

um ambiente mais equilibrado”, expli-

ca o professor da área de Engenharia

Ambiental e um dos idealizadores do

Núcleo, Altair Rosa.

Segundo o professor, a sustenta-

bilidade hoje está inserida em várias

disciplinas dos diferentes cursos da

universidade. Uma preocupação prin-

cipalmente quando o que se vê é o

uso saturado do tema, ou a própria

má utilização. “A sustentabilidade é

vista como moda ou marketing, mas

Educação que transformaComo as escolas e universidades podem fazer a diferença

o sentido real, o significado, ainda

é pouco conhecido pela população.

Falta compromisso da sociedade em

querer se informar, ou então por real-

mente em prática ações que possam

concretizar o emprego da teoria. Sus-

tentabilidade trata do desenvolvimen-

to que satisfaz as necessidades do

presente, sem comprometer a capa-

cidade de as futuras gerações satisfa-

zerem suas próprias necessidades. O

desenvolvimento não pode ocorrer

‘a qualquer preço’”, alerta. “Sustenta-

bilidade implica numa equação entre

demanda, necessidade e desenvolvi-

mento. Nosso planeta está apresen-

tando evidentes sinais de desequilí-

brio ambiental. O novo paradigma do

desenvolvimento sustentável sugere,

de um lado, uma reorientação deste

modelo no sentido de um uso mais

racional e responsável dos recursos

naturais e, de outro, uma ampliação

da participação da sociedade nos pro-

cessos de tomada de decisão.”

É dentro deste contexto, que o

14

Page 15: Em Família Brasília EM ed 08

professor da PUCPR traz novamente à

tona a Agenda 21, muito em voga nos

jornais tempos atrás, mas hoje mais

discreta.

“A Agenda 21 é um programa de

ação para o meio ambiente e o desen-

volvimento. É composto de 40 capítu-

los que constituem a mais abrangente

tentativa já realizada de promover, em

escala planetária, um novo padrão de

desenvolvimento, conciliando méto-

dos de proteção ambiental, justiça

social e eficiência econômica. Ela tra-

duz em ações o conceito de desenvol-

vimento sustentável. A implantação

dela não é um único acontecimento,

documento ou atividade, mas sim um

processo contínuo no qual a comuni-

dade aprende sobre suas deficiências

e identifica inovações, forças e recur-

sos próprios ao fazer as escolhas que

a levarão a se tornar uma comunidade

sustentável”, conclui.

CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA“A educação para a sustentabilida-

de é algo sempre presente na propos-

ta de Educação Infantil dos colégios

maristas”, diz Ana Lúcia Souto, asses-

sora educacional da Rede de Colégios

Maristas da Província Marista do Brasil

Centro-Sul. “Nosso currículo é divi-

dido em dimensões e uma delas é a

Consciência Planetária, que diz res-

peito a todas as formas de vida. Sou

assessora na área de Ciências da Natu-

reza. Não é um conhecimento cientí-

fico, como um fato apenas, mas algo

que tem de estar inserido na nossa

realidade diária para a sustentabilida-

de do planeta.”

Para exemplificar parte do traba-

lho feito nas escolas, Ana Lúcia fala

sobre o Congresso Virtual Interdisci-

plinar Marista, realizado no ano passa-

do, quando foi comemorado o Ano da

Biodiversidade. “Discutimos com os

alunos assuntos como as mudanças

climáticas, a escassez dos recursos

naturais, usando como base o relató-

rio da ONU, com números dos últimos

50 anos. Os alunos escolheram um

tema e, sobre ele, escreveram artigos

científicos, propondo várias ações.”

Entre os artigos, vários deles publi-

cados no endereço www.marista.org.

br/congressobio, está um que fala

sobre o uso exagerado das sacolas

plásticas, com o sugestivo nome:

"Que Saco!". Para ilustrá-lo, os alunos

fizeram fotos de árvores, nas quais as

folhas foram substituídas por sacolas

plásticas. “A proposta de Champagnat

era transformar a sociedade, tornan-

do-a mais justa para todos: pessoas,

animais, meio ambiente”, conclui Ana

Lúcia. “E isso depende de todos nós.”

Page 16: Em Família Brasília EM ed 08

Capa

QUAL A PROCEDÊNCIA DO QUE VOCÊ COMPRA?De nada adianta trocar sacolas plásticas por uma “ecobag” se ela for feita

no Vietnã. Todos os materiais têm prós e contras; o vidro, por exemplo, é 100%

reciclável, mas é pesado e a logística de reutilização exige alto consumo de água e

energia. O plástico é retirado de matérias-primas não renováveis, mas seu processo

de produção não gera resíduos. Para escolher entre produtos, é preciso adotar

um conjunto de critérios que inclua durabilidade e adequação ao uso. Design

sustentável é aquele que usa menos matéria-prima, processos industriais e energia.

TUDO BEM DEIXAR O CARRO EM CASA ÀS VEZES?Manter o carro em ordem para evitar emissões desnecessárias de dióxido de

carbono é lei. Deixá-lo em casa nos trajetos servidos por transporte coletivo, ainda

que apenas fora dos horários de pico, é melhor ainda, pois o ônibus e o metrô já

circulam regularmente.

XÔ, DESCARTÁVEIS!Coador de pano, sacola de pano. Introduzi-los em sua rotina não requer nenhu-

ma grande mudança. Melhor, você produz menor quantidade de lixo. E no trabalho,

desconsidere os copos descartáveis. Vá de caneca. É muito mais charmoso e bem

menos nocivo para o meio ambiente. No Colégio Marista de Brasília todos os alunos

adotaram essa ideia com muito sucesso.

É POSSÍVEL REDUZIR O CONSUMORegrinhas fáceis para reduzir o consumo de luz e água em casa: mantenha

as instalações elétricas em dia; escolha eletrodomésticos certificados; use ferro a

vapor e acumule roupas para passar de uma vez só; instale a geladeira longe de

fontes de calor, como o fogão, que a fazem trabalhar mais; pinte as paredes de

cores claras, que refletem luz; mantenha luminárias e lustres limpos para evitar a

perda de luminosidade; use lâmpadas fluorescentes ou de vapor de sódio; desligue

o monitor do computador quando parar de trabalhar; ensaboe toda a louça antes

de ligar a torneira elétrica.

Na práticaComo fazer a sua parte no dia a dia por um planeta melhor

16

Page 17: Em Família Brasília EM ed 08

FRUTA DA ESTAÇÃO: A ESCOLHA MAIS SÁBIATransportar alimentos por longas distâncias gera mais poluição do que trazê-

los de perto; manter comidas em freezer ou estufa consome mais energia do que

conservar alimentos frescos por poucos dias. Logo, dar preferência aos frutos da

época e alimentos produzidos no cinturão de sua cidade são maneiras simples de

contribuir para a redução da poluição atmosférica. De quebra, você ajuda a garantir

a sobrevivência de pequenos produtores e comerciantes, que perderam espaço nas

últimas décadas para as grandes redes do varejo.

EXPERIMENTE CONSERTAR, TROCAR OU DOARPense bem: é mesmo necessário trocar o celular porque um modelo novo che-

gou ao mercado? É importante ser eficiente no uso das coisas, consertando-as

quando preciso. Antes de se desfazer de algo, considere alternativas como feiras e

sites de troca. Ou destine a quem precisa: de livros e móveis a eletrônicos, sempre

há uma instituição disposta a receber doações.

DÊ UMA CHANCE PARA OS ALIMENTOS ORGÂNICOSSim, eles são, por enquanto, mais caros e, em alguns casos, mais difíceis de achar

do que o fruto da agricultura e da indústria regulares. Mas vale a pena desembolsar

mais e sair em busca de feiras e mercados que comercializem produtos naturais. O

cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou pesticidas envolve um manejo mais racio-

nal dos ciclos da terra e de resíduos; alimentos não processados – açúcar mascavo,

sal marinho, arroz e farinhas integrais – poupam a energia do processo industrial.

SERÁ QUE EU PRECISO MESMO DISSO?Você precisa mesmo de mais uma saia preta? E de uma calça jeans? Cultivar uma

atitude racional diante do ato da compra é a primeira lição. É isso o que ensina o Ins-

tituto Akatu, ONG voltada à difusão da ideia de consumo consciente. Uma simples

lista feita em casa previne compras desnecessárias no supermercado. E um exame

honesto do armário mostra se você precisa mesmo de mais um sapato.

Fonte: Revista Vida Simples e Instituto Akatu / Ilustrações: João Gabriel Vanz

Na prática

Page 18: Em Família Brasília EM ed 08

Olhar

Em caso de despressurizaçãoCuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se fazPor Martha Medeiros | Ilustração Mariana Poczapski

E u estava dentro de um avião, pres-

tes a decolar, e pela milionésima vez

na vida escutava a orientação da comis-

sária: "Em caso de despressurização da

cabine, máscaras cairão automatica-

mente à sua frente. Coloque primeiro

a sua e só então auxilie quem estiver

ao seu lado". E a imagem no monitor

mostrava justamente isso, uma mãe

colocando a máscara no filho pequeno,

estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva,

porque a tendência de todas as mães

é primeiro salvar o filho e depois pen-

sar em si mesma. Um instinto natural

da fêmea que há em nós. Mas a orien-

tação dentro dos aviões tem lógica:

como poderíamos ajudar quem quer

que seja estando desmaiadas, sufoca-

das, despressurizadas?

Isso vem ao encontro de algo que

sempre defendi, por mais que pare-

ça egoísmo: se quer colaborar com o

mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discur-

so pela ordem e reclamando em nome

dos outros, mas mantém a própria

vida desarrumada. Trabalham naqui-

lo que não gostam, não se esforçam

para manter uma relação de amor pra-

zerosa, não cuidam da própria saúde,

não se interessam por cultura e infor-

mação e estão mais propensos a ros-

nar do que a aprender. Com a cabeça

assim minada, vão passar que tipo de

tranquilidade adiante? Que espécie

de exemplo? E vão reinvindicar o quê?

Quer uma cidade mais limpa,

comece pelo seu quarto, seu banheiro

e seu jardim. Quer mais justiça social,

respeite os direitos da empregada

que trabalha na sua casa. Um trânsi-

to menos violento, é simples: avalie

como você mesmo dirige. E uma vida

melhor para todos? Pô, ajudaria bas-

tante colocar um sorriso nesse rosto,

encontrar soluções viáveis para seus

problemas, dar uma melhorada em

você mesmo.

Parece simplório, mas é apenas

simples. Não sei se este é o tal "segre-

do" que andou circulando pelos cine-

mas e sendo publicado em livro, mas

o fato é que dar um jeito em si mesmo

já é uma boa contribuição para salvar

o mundo, esta missão tão heróica e

tão utópica.

Claro que não é preciso estar com

a vida ganha para ser solidário. A expe-

riência mostra que as pessoas que

mais se sensibilizam com os dilemas

alheios são aquelas que ainda têm

muito a resolver na sua vida pessoal.

Mas elas não praguejam, não gastam

seu latim à toa: agem. A generosidade

é seu oxigênio.

Tudo o que nos acontece é res-

ponsabilidade nossa, tanto a parte

boa como a parte ruim da nossa his-

tória, salvo fatalidades do destino e

abandonos sociais. E, mesmo entre os

menos afortunados, há os que viram

o jogo, ao contrário daqueles que ape-

nas viram uns chatos. Portanto, fazer

nossa parte é o mínimo que se espera.

Antes de falar mal da Caras, pen-

se se você mesmo não anda fazendo

muita fofoca. Coloque sua camiseta

pró-ecologia, mas antes lembre-se de

não jogar lixo na rua e nem de usar o

carro desnecessariamente. Reduza

o desperdício na sua casa. Uma coisa

está relacionada com a outra: você

e o universo. Quer mesmo salvá-lo?

Analise seu próprio comportamento.

Não se sinta culpado por pensar em si

próprio. Cuide do seu espírito, do seu

humor. Arrume seu cotidiano. Agora

sim, estando quite consigo mesmo,

vá em frente e mostre aos outros

como se faz.

Car

los

Con

trer

as

Martha Medeiros é escritora e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo.

18

Page 19: Em Família Brasília EM ed 08

BRASÍLIA - EM

Nesta edição reforçamos o compromisso com uma edu-

cação planetária, focada nas necessidades globais, mas

principalmente voltada para uma atuação local de nos-

sos alunos e suas famílias. Da mesma forma, a Em Família

é uma revista que circula em todos os colégios da Rede

Marista, mas tem como grande diferencial a apresenta-

ção deste caderno exclusivo. Nas próximas páginas você

encontra as histórias, personagens, projetos e ideias do

Colégio Marista de Brasília. Divirta-se e participe com seu

filho desta grande aventura do conhecimento.

Feita para você

Page 20: Em Família Brasília EM ed 08

Com a palavra José Leão da Cunha Filho - Diretor Educacional

Cada vez melhorQuando se amplia o olhar sobre o

que seja educação de excelência,

o Maristão é, sem dúvida, a melhor

escola de ensino médio de Brasília. E

está melhorando.

Vem aprovando mais e melhor nos

últimos vestibulares. Há maior oferta

de eventos acadêmicos que colabo-

ram para alargar os horizontes intelec-

tuais de nossos alunos.

Há também melhoria da qualidade

das atividades que aportam os estu-

dos e incrementam o desempenho

escolar dos alunos.

Nesta edição da revista Em Famí-

lia, duas matérias versam sobre ini-

ciativas que fazem parte de uma das

estratégias decisivas para o futuro de

nossos estudantes: a internacionalida-

de. Vamos apontar brevemente esses

rumos.

Em 2011, três eventos acadêmicos

sinalizam os rumos que o Maristão

está tomando em relação à interna-

cionalidade. Em primeiro lugar, a II

SIM (Simulação Internationali Marista).

Este ano a SIM contou com a participa-

ção de alunos do 9º Ano do Maristinha,

estendendo o interesse por assuntos

internacionais aos futuros alunos.

Em segundo lugar, em outubro, o

Maristão sediou o MIB (Modelo Inter-

colegial do Brasil) com participação

dos melhores alunos das Simulações

dos Colégios de Brasília.

Por fim, em novembro, o Colégio

também será sede do TEDx Asa Sul,

importante evento sobre inovação

e futuro, inspirado e licenciado pelo

TED, evento internacional bastante

conhecido.

Em abril de 2012 terá início um

projeto de pesquisa sobre recursos

hídricos no Brasil a na Nova Zelândia.

O estudo será realizado por professo-

res e alunos do Maristão e da Newlan-

ds College, de Wellington. Esse estudo

envolverá as disciplinas de Geografia

e Biologia, no Maristão, e Geografia e

Ecologia, na Newlands College. Nos

meses de abril a junho, um de nossos

professores e dois alunos estarão na

Nova Zelândia para a primeira etapa do

projeto. Nos meses seguintes, os estu-

dos serão desenvolvidos com apoio da

internet e por videoconferência. Em

outubro será a vez de recebermos os

colegas da Newlands College.

Ainda no primeiro semestre de

2012, um professor e alguns alunos

irão conhecer os programas e proje-

tos das engenharias da Universidade

de Kyoto, no Japão. Essa iniciativa está

sendo definida com a participação de

um pesquisador brasileiro vinculado

àquela Universidade.

Nesta mesma perspectiva, conta-

tos já estão sendo feitos com o objeti-

vo de ampliar o intercâmbio científico

para os EUA e para a Espanha, prova-

velmente.

Iniciativas como essas certamente

colaboram para elevar ainda mais a

excelência acadêmica do Maristão.

MULTIPLICAMOS BOAS NOTÍCIAS

Revistas são a nossa especialidade. Com uma equipe talentosa e comprometida com os seus resultados, editamos a sua publicação de forma objetiva, ágil e com muita qualidade.

Conheça o nosso portfólio no site ww.editoraruah.com.br e entre em contato conosco.

Pensou revista,

pensou Ruah

Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar 15 dias em uma comunidade carente no sertão do Piauí

abril 2011nº 204

Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar

Saia do quadrado

E x i s t E u m j E i t o E s p E c i a l d E c o n h E c E r n o v o s l u g a r E s

E x i s t E u m j E i t o i n t E l i g E n t E d E s E h o s p E d a rO Clube Bancorbrás é o maior clube de turismo da América Latina. Com ele, você tem até 35 diárias por ano*, para usar em mais de 4.000 hotéis conveniados no Brasil e no exterior. E ainda conta com a assistência em viagens, 24h por dia, com o Clube de Vantagens, que oferece benefícios em uma ampla rede de estabelecimentos credenciados em todo o País, e com o Seguro Super 20, um seguro de acidentes pessoais garantido pela SulAmérica Seguros, que proporciona ao cliente em dia com as mensalidades do título de turismo a oportunidade de concorrer a 20 mil reais todo mês**.

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20

Page 21: Em Família Brasília EM ed 08

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Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar 15 dias em uma comunidade carente no sertão do Piauí

abril 2011nº 204

Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar

Saia do quadrado

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Page 22: Em Família Brasília EM ed 08

Educa�

No ano de 2010, foi realizada no

Maristão, a primeira Simulação das

Nações Unidas para os estudantes do

ensino médio, intitulada de SIM (Simu-

lação Internationali Marista). O proje-

to contou com a participação de 150

estudantes do ensino médio, discutin-

do questões ligadas ao meio ambiente,

energia nuclear e à cidadania, integran-

do, sobretudo, os componentes das

ciências sociais. Os estudantes foram

selecionados por áreas de interesse,

ligados a temáticas preestabelecidas,

dentro das matrizes educacionais e

dos comitês da ONU.

Nessa simulação cada estudante se

torna o delegado de um país, função

em que se torna o instrumento por

meio do qual os chefes de estado se

comunicam, negociam, estabelecem

Nilson Caetano é professor de Geografia

A ‘ONU’ é aquiMaristão investe em simulações de organismos nacionais e internacionais Por Nilson Caetano

acordos. Ou se criam quaisquer outras

medidas em defesa de seu território

tornando pública e oficial a posição

do Estado em relação à temática sob

discussão, e, criando-se ao fim do pro-

cesso um documento oficial intitulado

de resolução final. O encerramento do

evento ocorre com a Festa das Nações,

uma atividade cultural, na qual os

estudantes, então delegados, apre-

sentam elementos da cultura do país

que representa, como música, dança,

informações geográficas e comidas

típicas, dentre outros. No ano de 2011,

o colégio inovou com a proposta de

integrar estudantes do ensino médio

e fundamental no mesmo evento cul-

tural e educacional e ampliou o núme-

ro de comitês, instaurando o Jovem

Executivo, ligado à área empresarial e

comercial e à Câmara dos Deputados.

Este ano o evento contou com a parti-

cipação de 260 estudantes. O próximo

passo da SIM é ampliar a participação

com estudantes de outros colégios da

Rede Marista.

O Maristão reconhece e põe em

prática as exigências de uma nova

estrutura de ensino e aprendizagem

contemplando cada vez mais o desen-

volvimento de projetos de pesquisa e a

integração cultural global, e iniciativas

como a Simulação das Nações Unidas

para estudantes do ensino médio, se

tornam uma ferramenta à comple-

mentação do estudo das diversas áreas

das ciências possibilitando aprimorar a

pesquisa, a oratória e o debate, no cam-

po da política, ciência e tecnologia.

22

Page 23: Em Família Brasília EM ed 08

Modelo intercolegial do BrasilPor Emiliano Amorim

Em outubro de 2011 o Colégio Marista de Brasília – Ensino Médio sediou o Modelo Intercolegial do Brasil (MIB). Trata-se de uma conferência de organismos internacionais (ONU, OMS, etc.) e nacionais (STF, Câmara dos Deputados) exclusiva para alunos que obtiveram ótimo desempenho em simulações internas como a Simulação Internationali Marista (SIM). O objetivo é desenvolver uma consciência coletiva voltada para desafios contemporâneos e o trabalho de duas habilidades específicas: uma acadêmica e outra prática. Na primeira, objetiva-se desenvolver conhecimento mais aprofundado da agenda internacional que influencia o dia a dia de nossa sociedade, assim como estudar de forma aplicada e diferenciada assuntos de vestibular relacionados com saúde, tecnologia e humanidades.

Quanto à parte prática, a meta é aguçar a aptidão do aluno – delegado – para a negociação e a oratória. Ao simular debates e rodadas de negociações, desenvolve-se a percepção de quais são as reações mais adequadas para determinados comportamentos como raiva, ciúmes e anseios apresentados por outros negocia-dores e como lidar com sentimentos durante a formulação de acordos.

O MIB faz parte de um clube de exclusividade administrado pela Internationali. Atualmente congrega alunos das principais esco-las do Distrito Federal, Goiás, Amazonas, Maranhão e Piauí. Den-tro das conferências realizadas pela instituição nesses estados, trinta a quarenta por cento dos melhores participantes dessas conferências são convidados para o MIB. Este se divide em eta-pas regionais, como o MIB DF sediado esse ano no Maristão, que convertem em uma etapa final, quando participam os melhores delegados selecionados nos MIBs regionais. Dessa forma, a cada boa performance nas conferências o aluno recebe o melhor dos prêmios: a oportunidade de conviver com outros alunos que se interessam em ter um comprometimento especial com ativida-des acadêmicas e de desenvolver habilidades requeridas a um representante de uma nação.

O MIB é mais um símbolo de como o Colégio Marista de Brasília – Ensino Médio e a Internationali buscam a melhoria dos sistemas educacionais de sua comunidade e do Brasil. Foram classificados para participarem do MIB 14 estudantes do 9º ano do Maristinha e 58 estudantes do Maristão.

Emiliano Amorim é Secretário Geral – Internationali Negotia

Page 24: Em Família Brasília EM ed 08

Ser melhor

A igreja católica do Brasil organi-

za anualmente, no período da

quaresma, a Campanha da Frater-

nidade. Seu objetivo é despertar a

solidariedade em todas as comuni-

dades em relação a um problema

concreto que envolve a sociedade

brasileira, buscando caminhos e

soluções.

A cada ano é escolhido um tema,

que define a realidade concreta a

ser transformada, e um lema, que

explicita em que direção se busca

a transformação. Em 2011 o tema

escolhido foi Fraternidade e vida no

planeta. E o lema: A criação geme

com dores de parto (Rm 8, 22). Em

comunhão com a Igreja do Brasil, a

Província Marista do Brasil Centro-

-Sul realiza o Projeto Campanha da

Fraternidade em todas as unidades.

Atendendo a uma preocupação

latente das famílias e uma demanda

que se apresenta em todas as reali-

dades escolares do país, o Núcleo

Pastoral do Maristão optou em dire-

cionar o projeto para o cuidado com

a vida contra as drogas. Atrelamos

esse projeto à manhã de formação, e

Contra as drogas Parceria entre família, igreja e escola sinaliza um novo caminho para enfrentar esse mal

assim todos os alunos da escola foram

envolvidos.

A estratégia foi construída em par-

ceria com o Centro de Convivência e

Atenção Psicossocial – Mansão Vida,

localizada no Recanto das Emas. Cada

turma teve a possibilidade de conhe-

cer a estrutura do local, as caracterís-

ticas do tratamento. Mas a culminân-

cia ocorreu no momento de partilha

entre nossos alunos e os jovens em

tratamento.

Nesse momento, nossos alunos

tiveram a oportunidade de entender

alguns aspectos pouco edificantes

da dependência química, como o

sofrimento causado pelas drogas no

seio familiar; a perda dos valores e da

confiança da família; álcool, cigarro

e maconha como a porta de entrada

para as drogas pesadas; e principal-

mente a dificuldade de se livrar da

dependência.

Sabemos que o desafio de comba-

ter as drogas é grande, mas a parceria

entre família, igreja e escola sinaliza

um novo caminho para enfrentar esse

mal. A sociedade só tem a ganhar com

a interação entre essas instituições.

NA PRÁTICA

Seguem alguns relatos dos nos-sos alunos:

Dianna Caixeta 3º I: “A realidade dos usuários nos fez perceber o quanto devemos valorizar o bem mais precioso: A vida!”

Thayssa Victória de Souza Alves 3ºJ: “Percebemos o nível do sofrimento das famílias dos dependentes e como o apoio delas é primordial na recupera-ção”.

Luiza Silva La Rocca de Freitas 3ºB: “Desde pequenos aprende-mos na escola sobre os efeitos que a droga tem no nosso corpo, mas na clínica, tivemos a opor-tunidade de ver as reais conse-quências e a degradação do ser humano”.

Marcelo Coutinho é Coordenador de Pastoral

Por Marcelo Coutinho

24

Page 25: Em Família Brasília EM ed 08
Page 26: Em Família Brasília EM ed 08

Caleidoscópi�

Aula da Inquietação - UnB , abril 2011.

Pensadores da atualidade são convidados

a despertar o inconformismo intelectual

e a rebeldia transformadora, por meio da

troca de saberes entre grandes mestres e

jovens acadêmicos. Convidados pelo Reitor,

alunos do Maristão prestigiaram o evento.

Ação social vinculada à Semana Champagnat.

Doações à Escola Maria Teixeira, localizada

no Jardim Ingá – GO. Junho 2011.

A equipe do Maristão apresenta os projetos

do ENSINO MÉDIO para as turmas de 9º

ano do Maristinha. Junho 2011.

Palestra de abertura do Seminário de Profissões:

o futuro você é quem faz, com o Master

Coach, Mestre em Educação e Especialista

em RH, Homero Reis. Agosto 2011.

Acolhida aos alunos novos, matriculados

no 2º semestre. Julho 2011.

Semana CHAMPAGNAT, em Junho.

26

Page 27: Em Família Brasília EM ed 08

Destaque

É preciso se entregar de corpo e alma, com comprometimento, concentração e muita disciplinaPor Said Félix

Paixão pelo hipismo

Aos cinco anos de idade, o hipismo

entrou em minha vida, quando

comecei a frequentar o 1º Regimen-

to Dragões da Independência para

acompanhar meu pai, que praticava

o esporte, em seus treinos diários. De

modo semelhante ao carinho que a

maioria das crianças demonstra pelos

cães, afeiçoei-me a este maravilhoso

animal – o cavalo. Observando crescer

em mim a paixão pelo hipismo, meus

pais jamais tentaram impor sua von-

tade e deixaram fluir naturalmente

minha escolha pelo esporte. Ao cons-

tatar que essa era minha vocação, me

apoiaram incondicionalmente. Meu

pai abandonou as competições e pas-

sou a ser meu mestre e treinador.

Desde o início da minha carreira,

meu pai teve participação especial.

Em decorrência de seu apoio – aulas,

orientações, críticas e elogios –, fui

aprimorando meu desempenho e,

com a graça de Deus, consegui me

destacar em diversas provas e tor-

neios dos quais participei. Os mais

significativos foram: Campeão Bra-

siliense de Hipismo (2006) na cate-

goria; Bicampeão da Copa JK (2007);

Vice-Campeão Brasileiro por equipe

(2007); Campeão da XIX Copa Bra-

sília de Hipismo (2008); Campeão

Brasiliense (2009) na categoria; Vice-

-Campeão de Jubileu de Diamante da

Copa Santo Amaro/SP (2010); Vice-

-Campeão da Prova de Potência com

1,80 m; e Tricampeão Brasiliense de

Salto (2011) na categoria.

Como qualquer esporte, a prática

do hipismo só é possível pela dedi-

cação e vontade do atleta. Não basta

gostar, é preciso se entregar de cor-

po e alma, com comprometimen-

to, concentração e muita disciplina.

Mesmo com a pesada carga horária

dos treinos, tento levar uma vida nor-

mal, dividindo meu tempo entre os

treinos, o colégio e as aulas de inglês.

Hoje, curso o 1º ano do ensino médio

no Maristão, colégio que muito tem

me incentivado, tanto nos estudos,

com a qualidade do ensino, como no

apoio que proporcionam ao esporte

que pratico. O hipismo me ajuda a

conquistar novos amigos e conhecer

novos lugares. Me faz crescer como

pessoa e acho que isso é umas de

suas vantagens. Para mim, o melhor

do hipismo é a emoção que as com-

petições proporcionam e os ensina-

mentos para a vida. No momento de

decisão de um desempate, o coração

dispara, e a adrenalina vai a mil.

Sou muito grato a todos os que

me ajudaram. Aproveito para regis-

trar meu amor e gratidão ao meu pai,

o principal responsável pelas conquis-

tas que, embora com apenas 15 anos,

obtive em minha vida.

Said Félix é aluno do 1º ano

27

Page 28: Em Família Brasília EM ed 08

Diz aí

Maristão globalizadoPor Anderson Matias

Nos últimos anos, assistiu-se a

transformações no mundo, as

quais englobam o campo da ciência,

o da cultura e o da tecnologia, resul-

tando na era da informação. Por isso

tornou-se necessário repensar a edu-

cação, pois a sociedade exige cida-

dãos críticos, da realidade em que

estão inseridos em uma perspectiva

globalizada.

Por essa razão, desde 2010, foram

iniciadas ações para internacionalizar o

Maristão. O objetivo é preparar alunos

e professores para uma sociedade que

criou novos espaços do conhecimen-

to. Agora, além da escola, também a

empresa, o espaço domiciliar e o espa-

ço social tornaram-se educativos. Por

essa razão conhecer outras culturas

é indispensável para entender como

global e local se fundem nessa nova

realidade.

Dessa forma, em junho deste ano,

tive a oportunidade de acompanhar

um grupo de 22 alunos em um inter-

câmbio cultural em Vancouver, no

Canadá. Além de estudar inglês, con-

viver com outras culturas e conhecer

belos lugares, a viagem nos proporcio-

nou entender a necessidade de equipar

o Brasil. Ao vivenciarmos como o país

que ocupa a 8ª posição no ranking do

Relatório de Desenvolvimento Huma-

no do Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (PNUD) ofe-

rece, por exemplo, serviços públicos,

constatamos que é necessário mudar

o Brasil. Isso exigirá material humano

qualificado, formado a partir de uma

nova maneira de aprender e ensinar:

é preciso pensar a realidade, o já dito e

o já feito. É preciso pensar também o

novo para preparar o futuro.

Assim é possível formar um cidadão

que enxerga o Brasil numa perspectiva

globalizada. Nos próximos anos, caso

se repita o crescimento econômico

constatado na última década, o Brasil

poderá reverter o quadro de estagna-

ção social vigente. Isso exigirá profis-

sionais qualificados, formados numa

perspectiva integral: inteligência, sen-

sibilidade, sentido ético e estético, res-

ponsabilidade pessoal, espiritualidade,

pensamento autônomo e crítico, ima-

ginação, criatividade e iniciativa.

Nesse sentido, o Maristão tem

avançado: enviou, também para inter-

câmbio, em 2010, um professor para a

Inglaterra e, em 2012, teremos docen-

tes na Nova Zelândia e no Japão. Os

próximos passos são organizar a escola

para receber intercambistas, mostran-

do como o Brasil será uma das potên-

cias mundiais, e fortalecer a formação

que permite aos nossos estudantes

ingressar nas maiores universidades

do mundo.

Anderson Matias é Professor de Língua Portuguesa

28

Page 29: Em Família Brasília EM ed 08
Page 30: Em Família Brasília EM ed 08

Educa�

Depende de nósConvidamos os alunos Lucas Ramos (1º ano), Johanna Santos (2º ano) e Gabriel Castellano (3º ano) para falar um pouco sobre sustentabilidade e futuro.

1) Você sabe o que é

sustentabilidade?(Lucas) Sim. Sustentabilidade é, basicamente, a característica de toda ação e atitude humana que visa suprir necessidades humanas do presente, mas sem comprometer as gerações do futuro. Apesar de haver várias aplicações para esse conceito, o que se mais fala hoje é o chamado desenvol-vimento sustentável: a industrialização e desenvolvimento de tecnologia e da economia sem causar danos à nature-za, que é a maior herança que pode-mos deixar para as futuras gerações, já que nossa vivência depende dela.(Johanna) É a utilização dos recursos naturais de forma equilibrada, para que o futuro das próximas gerações seja garantido. É a busca pelo progres-so econômico e material que visa não agredir o meio ambiente, conservan-do-o para o futuro.

(Gabriel) Para mim, é a característica que uma sociedade sustentável deve-ria ter. Ou seja, a nossa sociedade seria sustentável se, da forma como existe, tivesse a possibilidade de se manter por tempo indeterminado.

2) No dia a dia você pratica o princípio da sustentabilidade? Em qual aspecto?

(L) Sim. Em várias pequenas ações no

cotidiano. Tendo em vista que a práti-

ca da sustentabilidade atualmente está

intimamente associada com a ideia

de preservação ambiental, atos, por

menores que sejam, que procuram

diminuir os danos ao meio ambiente

estão seguindo esse princípio. Entre

eles, podemos citar: separação do lixo

para a coleta seletiva; tomar banhos

curtos, para economizar água e ener-

gia; fechar a torneira enquanto se esco-

va os dentes; reutilizar o maior número

de vezes produtos que demorem a

se decompor, como sacolas plásticas,

antes de mandá-los para a reciclagem

ou, preferivelmente, evitar o seu uso

em primeiro lugar; e muitas outras.

(J) Existem pequenas ações que fazem

do nosso meio um lugar mais susten-

tável. Dentre elas podemos destacar o

consumo controlado de água e ener-

gia, a reciclagem de resíduos sólidos e

o consumo de alimentos orgânicos. No

dia a dia tento fazer o possível para eco-

nomizar água e energia, confesso que

ainda há muito que melhorar. Já para a

reciclagem é preciso que haja uma coo-

peração e disposição de todos da casa,

o que torna o projeto mais difícil para

a minha família. A alimentação mais

30

Page 31: Em Família Brasília EM ed 08

Gabriel

(J) Os jovens do mundo contemporâ-

neo têm se preocupado bastante com

o meio ambiente. Esse pensamento

provavelmente vai render novas pes-

quisas, estudos e, com certeza, uma

utilização mais consciente da biodiver-

sidade e dos ecossistemas naturais.

(G) Por mais que não pareça, eu acre-

dito que um dia as pessoas, inclusive

eu, vão entender que o mundo não vai

aguentar o modo de vida que temos

hoje. Assim, poderemos evoluir e

adaptar os nossos hábitos de forma a

transformar a nossa sociedade em uma

sustentável.

4) Acredita que a sua geração é mais consciente com relação ao

meio ambiente? Por quê?

(L) De uma forma, sim, somos mais

conscientes, pois a mídia está sempre

repleta de informações sobre a situação

do mundo, uma incansável campanha

de conscientização sobre sustentabi-

lidade, mudanças climáticas, e como

combatê-las. Sabemos o que acontece

no mundo, sabemos que temos quase

que o dever de mudar isso e sabemos

também como fazê-lo, com pequenas

e grandes ações, que só requerem von-

tade e dedicação. Porém muitos jovens

não têm essa preocupação. Não se

preocupam em economizar recursos,

reutilizar, reciclar. Tudo parece muito

trabalhoso, e há coisas que parecem

mais significativas e importantes no

"agora" do que no "depois". Existem

todos os recursos necessários para

essa conscientização em massa, mas

mesmo assim, não há a preocupação

por parte dos jovens em entender o

que tudo isso significa e formar uma

consciência ecológica. Talvez, com o

tempo e o amadurecimento, tudo isso

mude, pois certamente quando as con-

sequências dos nossos atos afetarem

o cotidiano haverá uma mudança da

perspectiva de nossa geração.

(J) A minha geração já tem uma cons-

cientização ecológica muito maior do

que as gerações anteriores, pois desde

novos fomos alertados dos perigos que

a má utilização dos recursos naturais

pode trazer. Aprendemos a não des-

perdiçar água e energia, a proteger o

meio ambiente e entender o impacto

e a importância da natureza em nossa

vida

(G) Sem dúvida, de maneira geral a

minha geração sabe um pouco mais

sobre o tema do que as gerações pas-

sadas, pelo maior acesso que temos à

informação e porque essa é uma dis-

cussão relativamente nova no mundo.

Além disso, nós mesmos sofremos as

consequências dos nossos hábitos de

consumo excessivo e desperdício.

natural, mesmo sendo um pouco mais

cara, é uma ótima opção, pois além de

ajudar o meio ambiente, é mais saudá-

vel.

(G) Devo admitir que não pratico mui-

to, apesar de a minha mãe insistir ten-

tando me ensinar a agir dessa maneira.

Nunca deixar uma lâmpada que não

esteja sendo usada acesa, não des-

perdiçar água, fazer a coleta seletiva

do lixo, entre outras práticas, e faz de

tudo para que o resto da família siga o

exemplo.

3) Você é otimista com relação

ao futuro?

(L) Sim. Apesar de que já estamos come-

çando a sentir os efeitos de nossas más

atitudes dos últimos séculos, como a

falta de recursos e as tão comentadas

mudanças climáticas, tenho esperança

de que logo a humanidade abrirá os

olhos de vez. Quando nós percebermos

as mudanças em nosso modo de vida e

nos sentirmos ameaçados, finalmente

resolveremos de vez todos os proble-

mas relacionados à natureza. Acredito

nisso pela capacidade criativa humana,

que já mostramos desde os primórdios

de nossa existência e nos permitiu che-

gar ao que somos hoje; e também pela

preguiça do homem moderno, que

espera até o último momento possível

para mudar nosso estilo de vida.

JohannaLucas

Page 32: Em Família Brasília EM ed 08

Todos juntosConsiderando que as ações sustentáveis afetam a sociedade de maneira coletiva, nada mais justo do que os indivíduos participarem dos esforços coletivos para o estabelecimento e a manutenção da sustentabilidade.Por Lucio Bravin

A sustentabilidade pode ser defini-

da como a capacidade que um sis-

tema possui de manter-se ao longo de

um determinado período. Pauta atual-

mente global e preocupação nascida

com a Conferência das Nações Unidas

sobre o Meio Ambiente Humano (Uni-

ted Nations Conference on the Human

Environment - UNCHE), realizada em

Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972,

a sutentabilidade tem como desa-

fio satisfazer as atuais necessidades

humanas garantindo que as futuras

gerações também terão suas necessi-

dades satisfeitas. Para ser eficiente, a

sustentabilidade deve ser articulada

em três grandes níveis: o público, o pri-

vado coletivo e o privado individual.

Os governos são estratégicos agen-

tes na mudança da conduta de uma

sociedade. Representando a popu-

lação que os legitimou, os governos

devem agir como instituidores, exe-

cutores e fiscalizadores de normas

gerais de sustentabilidade. Em relação

ao meio ambiente devem legislar de

maneira responsável e favorecer políti-

cas que garantam o bem-estar presen-

te e futuro da população. À medida que

se articulam globalmente, os governos

devem discutir, também de modo glo-

bal, como devem agir para garantir a

sustentabilidade do planeta, haja vista

que nenhuma conduta governamental

é isolada. Atuando dessa forma, con-

tribuem não apenas para o bem-estar

daqueles que representam, mas tam-

bém do coletivo em um mundo cada

vez mais globalizado.

As organizações coletivas privadas,

entendidas como as grandes empresas

ou agremiações de pessoas, podem

contribuir de maneira significativa para

o estabelecimento de uma consciência

sustentável. Adotando padrões e con-

dutas que visam a economia de recur-

sos, ganham a credibilidade da socie-

dade e estabelecem um vínculo com os

empregados na defesa de uma condu-

ta mais ecológica. Um exemplo ilustra-

tivo são as instituições que adotaram

o reuso da água em suas instalações.

Nessas empresas a água consumida

para serviços gerais é a que já serviu a

outros fins e, após determinados tra-

tamentos, retornam às torneiras para

limpeza ou refrigeração de máquinas.

Há também exemplos interessantes

como o Bahrain World Trade Center

Tower que instalou usinas eólicas em

sua estrutura, garantido assim o supri-

mento de parte de suas necessidades

energéticas. Além de reduzir seus gas-

tos, esse empreendimento demons-

trou comprometimento com o meio

ambiente, o que está conduzindo seus

usuários e funcionários a praticarem

condutas semelhantes.

Considerando que as ações susten-

táveis afetam a sociedade de maneira

coletiva e possuem reflexos na vida

individual, nada mais justo do que os

indivíduos participarem dos esfor-

ços coletivos para o estabelecimento

e a manutenção da sustentabilidade.

Em alguns casos até, é dessa conduta

individual que nasce a consciência da

coletividade para a questão ambiental.

Construir, por exemplo, uma residência

que aproveita a água das chuvas ou uti-

lizar telhas transparentes para o apro-

veitamento da luz natural, são ações

individuais que, além de se integrarem

aos esforços coletivos para a sustenta-

bilidade, podem irradiar na coletivida-

de um comportamento semelhante.

Ações de âmbito local contribuem para

uma mudança de conduta mais gene-

ralizada, levando todos os membros

da sociedade a se beneficiarem de uma

relação mais harmoniosa com o plane-

ta, o que traz expectativas promissoras

para as futuras gerações.

Hoje no Arqui temos jovens do

Ensino Médio decidindo candidatar-se

a essas profissões novas. Esses alunos

visam em primeiro lugar à realização de

seus projetos de vida e estão conscien-

temente conectados com as modernas

tendências do mercado de trabalho.

Educa� Ensino Médio

Lucio Bravin é Professor de Biologia

Estreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

As coleções são apresentadas em embalagens bem atrativas!

O Kit do Aluno é composto de:

• 6 livros • 1 DVD

0800 772 2300

[email protected]

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Page 33: Em Família Brasília EM ed 08

Estreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

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Page 34: Em Família Brasília EM ed 08

Gente noss�

Obrigado, Marista!Aprendi a ser dinâmica, disciplinada, comunicativa e aproveitar ao máximo cada segundo disponívelPor Luciana Babilônia

F alar sobre minha experiência no

Maristão é uma tarefa fácil. Me

encantei pelo colégio desde o primei-

ro dia que entrei, durante a entrevista

para matrícula. A coordenadora esta-

va me entrevistando e perguntou por

que eu queria entrar no Marista e eu

disse que tinha sido indicação de um

amigo. Ela perguntou o nome, eu falei

e na hora ela se lembrou de quem

ele era e do que ele gostava de fazer.

Para quem estava saindo de uma

escola pequena onde os professores

conheciam todos os alunos como

eu, isso foi muito importante, e des-

de aquele momento percebi que não

seria apenas um número da chamada

que pagava o colégio todo mês, mas

sim no mínimo a Luciana da Camar.

Entrei sem conhecer muitas pesso-

as, mas logo no primeiro semestre

de 2003 (ano que entrei no colégio)

fiz o encontro de jovens Camar e foi

nesse grupo que conheci grande par-

te dos meus amigos que até hoje são

presença constante na minha vida.

Juntos trabalhamos para melhorar o

encontro, realizamos ações sociais,

estudamos para passar no vestibular,

construímos o foguete para aula de

Física, organizamos os tão divertidos

Luciana Babilônia é Ex- aluna Marista

recreios festivos, torcemos um pelo

outro quando estávamos disputando

o Festimar e/ou competindo com os

times de futebol, vôlei e handebol,

crescemos na fé, compartilhamos

segredos, saímos, participamos de

gincanas, viajamos, e até hoje, com

alguns já casados, esse grupo perma-

nece unido e pronto para o que der e

vier sempre com a presença e amor

de Deus guiando as nossas relações.

Um dos momentos mais marcantes

na minha trajetória no Maristão foi a via-

gem que fizemos, quando alunos, ex-

-alunos e alguns professores foram até

o Município de Ruy Barbosa, na Bahia,

entregar cisternas para os trabalhado-

res rurais da região que sofriam muito

com a seca e não tinham água sequer

para beber. A gratidão e bondade com

que fomos recebidos e a experiência

de conhecer e ver a forma como eles

viviam me fizeram enxergar a vida com

outros olhos. Desde então, faço tudo

que posso para ajudar os que precisam,

e o colégio sempre me proporcionou

formas de colocar isso em prática.

Como estudante me preocupava

com as notas e era dedicada, nunca

tirei nota por sorte, mas sim por mui-

to esforço; aproveitava os momentos

de monitoria e aulas extras. Em alguns

momentos cheguei a me questionar

se as atividades em que estava envol-

vida no colégio poderiam atrapalhar os

meus estudos, mas hoje vejo que foi

justamente o contrário. Aprendi a ser

dinâmica, disciplinada, comunicativa

(aprendi a lidar com a minha timidez)

e aproveitar ao máximo cada segundo

disponível. Filosofia que utilizo bastan-

te na minha vida até hoje.

O fato de ter gostado de trabalhar

com a gestão dos encontros me ajudou

bastante na escolha do curso. Estudei

e passei para Administração de Empre-

sas na Universidade de Brasília. Hoje

tenho 23 anos, sou administradora e

trabalho com gerenciamento de pro-

jetos. Recentemente tirei a certificação

PMP (Project Management Professio-

nal), afinal pretendo continuar nessa

carreira. Continuo participando da

Camar como ex-membro e sou Jovem

Dirigente do Segue-me da Paróquia São

Camilo de Lélis. Ambos são trabalhos

voluntários que me consomem um

bom tempo, mas que eu AMO fazer.

Sendo assim, só me resta dizer:

MUITO OBRIGADA FAMÍLIA MARISTA!!!!

34

Page 35: Em Família Brasília EM ed 08
Page 36: Em Família Brasília EM ed 08

Defesa

Educadores concordam que o ato de

brincar é uma das principais formas

de expressão e atividade essencial das

crianças. Assim, garantir espaço e

tempo para que elas brinquem com os

amigos, familiares ou sozinhas, é con-

dição básica e fundamental para o seu

desenvolvimento.

Dentro da visão Marista de edu-

car e formar cidadãos, as brincadeiras

estimulam a criatividade nas crianças

e contribuem para o desenvolvimen-

to integral. O tempo legítimo do brin-

car está diretamente ligado à Infância,

momento da vida no qual a fantasia, o

faz de conta e o “era uma vez” ganham

força. A Declaração Universal dos Direi-

tos da Criança (aprovada na Assembleia

Geral das Nações Unidas, em 1959), no

artigo 7º, junto ao direito à Educação,

enfatiza o direito ao brincar: Toda crian-

ça terá direito a brincar e a se divertir,

cabendo à sociedade e às autoridades

públicas garantir a ela o exercício ple-

no desse direito. Educadores, famílias e

autoridades públicas devem se atentar

e reconhecer nessa evidência social a

responsabilidade de garantir espaços e

condições para que as crianças exerçam

as linguagens da criatividade e da alegria

vivenciadas pela prática do brincar.

O brincar faz parte da essência da

infância e o ato de brincar se faz presen-

te desde o seu nascimento. Esse direi-

to, uma das marcas inconfundíveis da

criança cidadã, é sempre garantido nos

espaços Maristas. Em nossa proposta

socioeducativa, diariamente, os educa-

dores organizam brinquedos e mate-

riais não estruturados, como tecidos,

potes, garrafas e caixas vazias, para as

crianças inventarem suas brincadeiras.

A Rede Marista de Solidariedade,

mantém 27 Unidades Sociais em ativi-

dade nos estados do Paraná, Santa Cata-

rina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no

Distrito Federal.

E é para fortalecer o direito ao brin-

car, que a Rede Marista de Solidariedade

promove a Campanha pelo Direito ao

Brincar, que tem por objetivo fomen-

tar uma série de atividades envolven-

do crianças, educadores e familiares

na garantia desse direito. Desenvolvida

com o apoio do Fundo das Nações Uni-

das para a Infância (Unicef), a campanha

Campanha do Marista tem o apoio do Unicef e prevê dez iniciativas para contribuir com o direito ao brincar

36

Page 37: Em Família Brasília EM ed 08

prevê a divulgação de dez iniciativas que devem

ser consideradas por todos que se almejam con-

tribuir para a efetivação deste direito.

Crianças que brincam e vivem plenamente

sua infância certamente terão uma vida mais

saudável e feliz.

Brincar é a essência de ser criança. Incentive a criança a brincar, em diferentes espaços, em todos os momentos. Brinque junto! Você vai aprender muito com ela. Brincar em um espaço adequado e seguro é um direito. As crianças têm direito a ter uma escola, um bairro e uma cidade apropriados para brincar, como está garantido no artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Brincar permite que a criança expresse as fantasias, desejos, imaginação e criatividade. Incentive a brincadeira espontânea, com materiais diversificados e alternativos, pois eles permitem a invenção de novas formas de brincar. Brinquedos comprados prontos podem limitar as possibilidades da criação e incentivar ao consumismo infantil. Brincar oportuniza à criança vivenciar a ludicidade, descobrir a si mesma, desenvolver suas potencialidades e habilidades, aprender a relacionar-se e construir identidade. Participe do brincar. Aproxime-se da cultura lúdica da criança. Interaja com ela na brincadeira. Isso a fará sentir-se segura, respeitada e amada. Brincar é muito importante para as crianças com deficiência.Incentive a criação de espaços acessíveis e materiais adequados para a interação, criação e expressão das crianças com deficiência com outras crianças. A riqueza dessa experiência contribui para o desenvolvimento de atitudes de valorização, acolhida e respeito às diferenças. Brincar não é perder tempo! Respeite quando uma criança estiver brincando. Ela precisa de concentração e dedicação para construir a experiência do brincar. Se precisar interromper essa atividade, justifique sua atitude e combine o momento para a dar continuidade à brincadeira. Brincar é uma forma de aprender princípios da solidariedade e de colaboração. Promova a convivência da criança com outras crianças e adultos, em atividades lúdicas que favoreçam o contato com a diversidade e a partilha. É uma forma de aprender com as diferenças e exercitar a solidariedade desde cedo.

Brincar possibilita a transmissão de tradições e da cultura para as novas gerações. Proporcione para as crianças os encontros geracionais para vivências brincantes entre adultos e crianças: é uma possibilidade de integrar-se ao meio físico e cultural. Incentive brincadeiras entre meninos e meninas: essa atitude ensina a respeitar as diferenças. Brincar ensina a cuidar do meio ambiente, a descobrir como as coisas são feitas e a valorizar o que é simples. Incentive a criação e o conserto de brinquedos. Materiais alternativos podem ser utilizados para fabricar brinquedos. A criança não precisa necessariamente de brinquedos sofisticados, mas de brinquedos desafiadores e interativos. Brincar de corpo inteiro é substituir a televisão, o computador e o videogame. Equilibre o tempo da criança, cuide para que o tempo da infância não seja tomado pelo consumismo e pela dedicação excessiva aos produtos eletrônicos. Incentive o brincar e a interação entre amigos.

10 iniciativas para o Brincar

1

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4

5

6

7

8

9

10

• Centros Sociais Maristas Itaquera, Irmão Justino e

Robru, em São Paulo;

• Centro Social Marista Lar Feliz, em Santos;

• Centro Social Marista Santa Mônica, em Ponta

Grossa;

• Centro Educacional Marista Curitiba;

• Centro Social Marista Champagnat, em Cascavel;

• Centro Social Marista Irmão Rivat, em

Samambaia/Distrito Federal;

• Pró-Ação (Programa de Ação Comunitária e

Ambiental) Irmã Eunice Benato, também em

Curitiba;

• 1200 crianças atendidas nas unidades sociais.

Unidades Sociais que trabalham com Educação Infantil:

Page 38: Em Família Brasília EM ed 08

Como fazer

Dinheiro não dá em árvoreComo educar nossos filhos para um consumo consciente?Por Vivian de Albuquerque

38

Page 39: Em Família Brasília EM ed 08

Éde Angola, na África, que Cássia

D’Aquino nos atende. O que ela

faz por lá? Colabora na criação de um

programa financeiro, coordenado

pelo Banco Central Africano, como

consultora do Governo Americano.

Autora de artigos e livros sobre o

tema, educadora, e uma das primei-

ras pessoas a usar o termo Educação

Financeira em Português, ela fala com

propriedade sobre o assunto.

“Trabalho há 17 anos com esco-

las”, comenta. “E a preocupação com

o consumismo faz muito sentido. É

parte da educação financeira não ape-

nas gastar menos do que se ganha,

mas aprender a fazer escolhas, pon-

derar. A escola tem papel importante

nisso tudo, não como fonte de infor-

mações financeiras, mas como prepa-

radora das crianças para o desenvolvi-

mento do espírito crítico com relação

ao consumo, para que na vida adulta

possam lidar melhor com isso.”

A FORÇA DO EXEMPLOCássia explica que o passatempo

dos filhos é observar pai e mãe. Obser-

var inclusive como eles compram e

pagam as coisas gostosas, coloridas

e divertidas que ganham. Por isso

não é de se surpreender quando eles

pedem uma coisa e dizem aos pais

frases como: “pai, paga com o che-

que”, “pai, você não tem dinheiro ago-

ra? Então paga com o cartão.” Mas afi-

nal, quando devemos falar com eles

sobre esse assunto tão importante?

“Quem decide o momento é a

criança”, garante Cássia. “Mas é bom

saber que é um momento que vai

levar pelo menos vinte anos. Com

dois anos, dois anos e oito meses, as

crianças já falam sobre isso natural-

mente. Já demonstram que entende-

ram o que é o dinheiro e para o que

ele serve: comprar as coisas colori-

das, gostosas e divertidas, das quais

elas tanto gostam. Por isso é preci-

so pensar numa forma didática de

falar com elas. Ter clareza de que os

pequenos são absurdamente ‘con-

cretos’. Um caminho interessante é

mostrar cédulas e moedas, fazendo

com que eles usem lupas para achar

os elementos de segurança. Falar

que dinheiro é algo que não se deve

molhar, rasgar ou estragar. Tudo isso

é uma maneira de construir o edifício

de 20 anos, mas na realidade delas.”

NA ESCOLAA escola ajuda; em casa também

se ensina, mas e quando há discor-

dâncias entre pais e mães na relação

com o dinheiro? Um permite e outro

não. Um compra sempre presentes e

outro “regula”... É preciso saber que as

crianças são muito hábeis para desco-

brir como explorar um ou outro para

conseguir o que querem. E grande

parte das famílias vive o problema.

Para Cássia, escola e pais têm de

estar muito atentos sobre o que que-

rem com a educação financeira de

suas crianças. Simular um supermer-

cado em sala de aula não é educação

financeira. “A escola pode ajudar mui-

to se trabalhar com elas, por exemplo,

a crítica da publicidade. Se despertar

o espírito crítico dos alunos, pen-

sando em formas criativas de resol-

ver problemas e também desejos.

Eu quero muita coisa: um triplex em

Paris, por exemplo. As crianças tam-

bém querem. O fato de verem coisas

CÁSSIA D´AQUINO: “É

PARTE DA EDUCAÇÃO

FINANCEIRA APRENDER

A FAZER ESCOLHAS,

PONDERAR”.

Page 40: Em Família Brasília EM ed 08

Como fazer

na televisão e pedirem não faz delas

consumistas. É preciso saber inter-

pretar isso da forma correta”, destaca.

COMO LIDARSegundo Cássia, uma criança com

menos de nove anos que consome

demais, provavelmente enfrenta difi-

culdades emocionais. Quer chamar a

atenção e faz isso através do consu-

mo exagerado. Após os nove, começa

a entrar nos chamados grupos sociais

e, uma vez neles, quer os chamados

“pontos de contato” – uma mochila de

marca, um tênis, um celular.

“Atendo pais que me dizem que

a filha de quatro anos só usa roupas

de determinada marca e que quando

não usa fica muito irritada. O que cos-

tumo fazer é perguntar como ela vai

ao shopping para comprá-las? De car-

ro? Dirigindo? Antes dos nove anos,

a criança normalmente mimetiza o

comportamento dos próprios pais.

Por isso outra frase comum é aquela

‘essa menina é consumista como a

mãe’. Quando a criança pede, os pais

atendem e confirmam o destino que

eles mesmos previram. A única for-

ma de prepará-las para o consumo

consciente é com o desenvolvimento

do espírito crítico e, principalmente,

observando o nosso próprio com-

portamento de consumo, enquanto

pais”, conclui.

Mais informações no site

www.educacaofinanceira.com.br.

Ensine seu filho a distinguir as coisas que compramos porque “queremos” daquelas que “precisamos”.

Desde cedo, faça seu filho entender a importância de não desperdiçar e cuidar do dinheiro.

Ensine a criança a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista de compras e obedecê-la no supermercado.

Explique aos filhos qual é o seu trabalho. Isso ajudará a criança a estabelecer relação entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso.

Mostre as diferenças entre coisas “caras” e “baratas” em diferentes ambientes (padaria, farmácia, papelaria, etc.).

Assuma as próprias deficiências com relação ao dinheiro. Use o bom senso e não dê lições de moral.

Estimule a criança a participar do orçamento doméstico, incentivando-a a dar sugestões sobre modos de reduzir despesas.

Dê mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que em pequena escala.

Não sinta-se desanimado se a criança gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros é normal e vai ensiná-la a evitar erros maiores no futuro.

Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro.

Extraído do livro Educação Financeira - 20 dicas

para ajudar você a educar o seu filho, da educado-

ra Cássia D’Aquino.

123

4

5

67

8

9

10

10 Dicas para crescer na economia

40

Page 41: Em Família Brasília EM ed 08

Um interessante movimento inci-

diu sobre a Europa, no mês de

agosto. Aproximadamente 2 milhões

de pessoas do mundo inteiro deixa-

ram o conforto de seus lares e os seus

afazeres pessoais e profissionais,

para migrarem até a Espanha, perma-

necendo por lá durante 2 semanas. A

cidade espanhola de Madri foi palco

da tão aguardada Jornada Mundial da

Juventude (JMJ), evento organizado

pela Igreja Católica, a cada dois ou

três anos, e que é considerada uma

grande festa da fé, composta por

diferentes culturas, porém todas em

consonância com Aquele que é cami-

nho, verdade e vida: Jesus Cristo.

Para se falar em JMJ, é preciso

retornar à história de alguém que

esteve muito à frente de seu tem-

po: o Papa João Paulo II. Já na década

de 80, e percebendo a importância

da relação entre juventude e Igre-

ja, ousou elaborar um encontro que

reunisse os jovens de todo o mundo,

com a intenção de professarem a fé

católica. Diversos países já tiveram a

oportunidade de acolhê-la. Embora

sua programação varie conforme as

especificidades locais e as demandas

de cada época, um fator é comum a

elas: a presença do Papa, líder da Igre-

ja Católica e sinal de união entre seus

fiéis.

Motivados pela maravilhosa expe-

riência vivenciada por seus 40 peregri-

nos na Jornada de 2008, na Austrália,

os Maristas do Brasil organizaram-se

para estarem presentes ainda em

maior número na edição de Madri.

Ao todo, 81 pessoas compuseram a

delegação Marista do Brasil, sendo 68

membros da Província Marista do Bra-

sil Centro-Sul, 6 da Província Marista

do Brasil Centro-Norte, 6 da Província

Marista do Rio Grande do Sul e 1 repre-

sentante da União Marista do Brasil

(UMBRASIL).

Para que ela fosse aproveitada da

melhor maneira possível, um grande

processo preparatório foi realizado,

com atividades locais, regionais, pro-

vinciais e nacionais.

VIGÍLIAA vigília merece um destaque à

parte: do inicial calor escaldante da

tarde até a tempestade inesperada

surgida no meio da noite, ela foi uma

prova de resistência para toda e qual-

quer pessoa. No momento em que o

Papa iria discursar à juventude, uma

torrencial chuva fez com que todos

fossem pegos de surpresa. Ao invés

de se retirar para um local seco, o

Pontífice resolveu permanecer no pal-

co, alegando depois que “se os jovens

poderiam ficar ali, ele também pode-

ria”. Durante a missa de envio, Bento

XVI convocou a todos a colocarem

Cristo no centro da vida, dizendo que

o seguimento a Cristo só é possível

com a inserção nas comunidades, a

participação na Eucaristia, o sacra-

mento do perdão e o cultivo da oração

da Palavra de Deus.

Brasil!Coroando o encerramento da Jor-

nada Mundial, o Papa anunciou que a

próxima edição acontecerá na cidade

do Rio de Janeiro, em 2013. Uma gran-

de festa tomou conta dos corações

brasileiros, que, enquanto agitavam

fervorosamente suas bandeiras, já

conseguiam imaginar aquela grande

massa juvenil celebrando em terras

brasileiras.

Ao retornarem ao Brasil, além

das roupas sujas e dos souvenires

espanhóis, sentimentos de alegria,

responsabilidade em levar a missão

adiante e certa nostalgia quase cau-

saram excesso de peso na bagagem

dos peregrinos. Quase! Felizmente,

o avião conseguiu comportar os 81

corações Maristas repletos de sonhos,

carregados de esperança, edificados

em Cristo e mais firmes do que nunca

na fé.

Setor Provincial de Pastoral

Firmes na féA saga da Jornada Mundial da Juventude

Page 42: Em Família Brasília EM ed 08

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TURMA DO INFINITO, Editora Cosac NaifyO livro conta a história de

quatro crianças que se

conhecem na escola e

percebem que juntas podem

fazer a diferença no mundo

ao seu redor.

D epois de tornar conhecido inter-

nacionalmente seu trabalho so-

cial com crianças na Fundação Gol de

Letra, o ex-jogador Raí se aventura

pelo mundo da literatura. O livro

“Turma do Infinito” marca sua estreia

como autor de literatura infanto-

juvenil.

Nesta entrevista exclusiva para a

Revista Em Família, o craque con-

ta um pouco sobre o livro e como o

Marista fez a diferença na sua vida.

Como surgiu a ideia de escrever o

livro?

A inspiração nasceu após ler uma

redação escrita por minha neta, Nai-

ra, de 12 anos. O livro trata de espi-

ritualidade, de solidariedade. É uma

coisa antiga que eu tenho comigo.

A criança nasce pensando que é o

centro das atenções e depois ela des-

cobre que não é bem assim. Precisa

aprender a compartilhar e a ter inte-

resses comuns. O ser humano tem

tendência a ser individualista. Então,

esse livro tem a proposta de pensar

em um mundo melhor juntos.

De onde vieram esses valores trata-

dos no livro?

Valores fortes, tanto em casa como

na escola, marcaram minha infância

saudável de interior. Posso dizer que

o colégio Marista é o segundo fator

Turma do InfinitoEx-aluno Marista, Raí lança livro sobre valores Por Sandra Santos

mais importante da minha formação.

Estudei lá desde a Educação Infantil

até o Ensino Médio. Só saí quando fui

para a Faculdade. O Marista sempre

incentivou questões lúdicas, música,

arte e esportes. Isso também ajudou

muito na minha carreira. Eu passava

quase todo o dia no colégio; partici-

pava da banda, do time de basquete

e de futebol. Posso dizer que o meu

primeiro time de futebol foi o do

Marista.

Um dos momentos mais marcantes

no Colégio?

Eu devia ter entre 9 e 10 anos, foi

quando perguntei a um irmão o que

era pecado. Ele me respondeu: “peca-

do é aquilo que você sabe que está

errado mas você insiste em fazer”. Foi

uma resposta diferente daquela que

eu esperava. Não foi uma resposta

religiosa, foi para a vida. Só depois de

algum tempo é que fui entender real-

mente o que ele quis dizer. Isso me

marcou muito.

Relembrando seu tempo de criança,

que mensagem você deixa aos alu-

nos maristas?

Que sejam curiosos em relação às

questões da vida, dos valores. Que

encarem sempre o aprendizado den-

tro de casa, na escola, como cresci-

mento pessoal.

42

Page 43: Em Família Brasília EM ed 08

Turma do InfinitoADOLESCENTES: QUEM AMA, EDUCA!Içami TibaEditora IntegrareNão está nada fácil para os pais e educadores lidarem com

os adolescentes de hoje, muito mais informatizados, globa-

lizados e independentes que os do passado, mesmo recen-

te. Adolescentes precoces (tweens) e tardios (caronas) são

produtos dessa galopante evolução tecnológica e social. A

educação dos filhos é um projeto de vida com a finalidade de

prepará-los para a ética e a felicidade, a autonomia compor-

tamental e a independência financeira.

QUEM INDICA: Mário José Pykocz, Diretor Educacional do

Colégio Marista Paranaense

QUAL É A TUA OBRA? Mário Sergio Cortella

Editora VozesDepois do sucesso de "Não Nascemos Prontos" e "Não

espere pelo epitáfio", Mário Sergio Cortella publica um texto

envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo.

Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e

define o líder espiritualizado, como aquele que reconhece

a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessante-

mente o significado das coisas.

QUEM INDICA: Tânia Serafim Búrigo ,

Diretora Educacional do Colégio Marista de Cascavel

Prateleira

A CARTA DA TERRA A Carta da Terra é um documento que traz um conjunto de princípios e valores que nor-

tearão a construção de uma sociedade global mais justa, sustentável e pacífica. Trans-

formado em vídeo, ganha acesso ao público maior em várias versões.

QUEM INDICA: Ana Lúcia Souto, Assessora Educacional da DERC – Diretoria Executiva da

Rede de Colégios da PMBCS

Page 44: Em Família Brasília EM ed 08

Solidariedade

“Minha trajetória no Centro Social

Marista Ecológica foi muito boa. No

primeiro dia de aula a primeira impres-

são que tive foi: Que escola bonita!

Mas, a partir daí, eu percebi que não

era só uma escola bonita, e sim uma

escola que se preocupava ao máximo

com seus alunos. Como era essa pre-

ocupação? Quando a gente precisava

de ajuda em algumas matérias, sem-

pre tinha alguém pra nos auxiliar, tirar

nossas dúvidas, e a equipe pedagó-

gica é maravilhosa! (...). Mas a gente

não aprendeu só história, geografia

etc. Aprendemos também a filosofia

marista, os valores, competências,

que, com certeza nos preparou para

enfrentar a sociedade. Com nossas

habilidades adquiridas, com nossos

valores, vamos exercer na sociedade

uma solidariedade, uma amizade, que

com certeza vamos levar para o resto

da vida.”

Você faz parte desta históriaConheça o trabalho da Rede Marista de Solidariedade na promoção e defesa dos direitos de crianças e jovens

MS

PR

SP

GO

DF

SC

44

Estados de atuação da Rede Marista de Solidariedade

PR: 7 Centros Educacionais e Sociais, 4 ProAção e 1 Centro de Defesa;

DF: 1 Centro Social;

MS: 1 Centro Social;

SC: 7 Centros Sociais.

SP: 7 Centros Sociais;

Page 45: Em Família Brasília EM ed 08

Quem conta essa experiência é

Matheus Henrique Alves, ex-aluno

do Centro Social Marista Ecológica,

em Almirante Tamandaré, região

metropolitana de Curitiba, Paraná.

Hoje, Matheus já terminou o Ensi-

no Fundamental, mas continua

ligado ao Marista. Por meio de um

projeto em parceria com a organi-

zação internacional King Baudouin

Foundation, ele recebe uma bolsa

de estudos para dar continuidade à

sua trajetória de estudante.

Histórias parecidas acontecem

em diversos espaços onde atua

a Rede Marista de Solidariedade,

seja nas capitais como Curitiba, São

Paulo, Florianópolis, Brasília, ou em

cidades das regiões metropolitanas

e do interior dos estados de São

Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato

Grosso do Sul e no Distrito Federal.

O comprometimento do Maris-

ta com as crianças e jovens está

expresso no depoimento de

Matheus. A proposta social e edu-

cativa prioriza a qualidade do

aprendizado e as relações huma-

nas. Para que isso aconteça no dia a

dia, a Rede Marista de Solidariedade

investe na formação dos profissio-

nais e na produção e socialização

do conhecimento, com vistas a

favorecer processos de participa-

ção infantil e juvenil, o envolvimen-

to da família e a cidadania, para a

geração de oportunidades e vivên-

cia da solidariedade.

A PROMOÇÃO DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidariedade

atua na promoção dos direitos das

crianças e jovens, oportunizando

acesso à educação de qualidade,

seja na educação infantil, no ensino

fundamental, na qualificação pro-

fissional, no apoio socioeducativo

(oficinas de arte educação desen-

volvidos no contraturno escolar),

ou por meio de projetos da Biblio-

teca Interativa e ações voltadas

para as famílias.

São 23 Centros Educacionais

e Sociais Maristas e 4 Programas

de Ação Comunitária e Ambiental

(ProAção), oportunizando o atendi-

Orientação Sociofamiliar e Socioeconomia

Solidária

Qualificação Profissional

Ensino Fundamental

Educação Infantil

Biblioteca Interativa

Apoio Socioeducativo

Vida Feliz

Atendimento indireto216 mil adolescentes,

jovens e famílias

Atendimento direto10,5 mil adolescentes,

jovens e famílias.

Page 46: Em Família Brasília EM ed 08

mento direto às crianças e jovens.

Em outras frentes de atuação

Marista, como na universidade e

nos colégios, a promoção se efetiva

por meio das bolsas de estudo.

A DEFESA DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidarieda-

de atua na defesa dos direitos das

crianças e jovens, ou seja, busca

dar visibilidade às situações de

violação desses direitos. Exemplo

disso é o Centro Marista de Defesa

da Infância, que desenvolve pro-

jetos com foco no controle social,

produzindo informações sobre as

realidades das crianças e jovens do

Paraná, divulgando-as e realizando

capacitações dos agentes que tra-

balham com esse público.

Além disso, a rede desenvolve

projetos de advocacy. A partir de

suas práticas, avalia e sistematiza

seus conhecimentos, participa e

fortalece redes das áreas da edu-

cação, assistência social e direi-

tos, desenvolve campanhas e bus-

ca incidir nas políticas públicas.

Para isso, participa de conselhos

e fóruns municipais, estaduais e

nacionais, com o objetivo de con-

tribuir para mudanças que propi-

ciem a crianças e jovens o exercício

de seus direitos.

PRESENÇA SOLIDÁRIA MUNDIALA Rede Marista de Solidariedade

compartilha das diretrizes da Fun-

dação Marista para a Solidariedade

Internacional (FMSI), que possui o

status de organização consultiva

das Nações Unidas (ONU). Por meio

do FMSI, a Rede Marista de Solida-

riedade contribui com subsídios

aos temas pautados pela ONU.

REDE MARISTA DE COLÉGIOS E PAR-CEIROS

Em quase todas as cidades

onde há um Colégio Marista, existe

também um Centro Educacional e

Social. Parte da receita gerada pelos

colégios por meio das mensalida-

des é aplicada na Rede Marista de

Solidariedade. Além disso, a rede

de colégios e rede de solidarieda-

de realizam ações em parceria no

campo educacional e campanhas

que contribuem para a promoção

e defesa dos direitos de todas as

crianças e jovens.

Além dos recursos provenientes

das mensalidades para potenciali-

zar e inovar projetos, a rede conta

com parcerias com empresas, orga-

nizações da sociedade civil, Poder

Público e pessoas físicas.

VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR ISSO

As transformações promovidas

por educadores, crianças e jovens

que integram a Rede Marista de

Solidariedade geram protagonis-

mo, oportunidade e solidariedade.

Você, pai e mãe de aluno ou alu-

na dos colégios Maristas, também

fomenta e favorece essas transfor-

mações.

Acesse www.solmarista.org.br

e conheça os projetos maristas de

solidariedade.

Solidariedade46

Page 47: Em Família Brasília EM ed 08

Essência

Ir. Franki destaca que, Irmãos, colaboradores e leigos, somos todos corresponsáveis pela obra iniciada por Champagnat

Herdeiros de um sonho

O País responde por 32% da pre-

sença Marista no mundo, atuando

nas áreas de educação, saúde, soli-

dariedade e comunicação. Leigos,

colaboradores e Irmãos, são mais

de 24 mil pessoas, que atuam como

herdeiros de um sonho, o sonho

de Champagnat, atendendo a mais

de 200 mil crianças, adolescentes e

jovens. “Viver isso é estar em total

conexão com o sonho”, explica Ir.

Franki Kleberson Kucher, Diretor do

Setor de Comunicação e Imagem

Institucional da Província Marista do

Brasil Centro-Sul, em um bate-papo

com a Revista Em Família. Confira a

seguir alguns trechos dessa conver-

sa.

CONECTADOS COM O SONHO É como se fosse a experiência

do primeiro amor de nossas vidas, o

tempo passa, mas você não a esque-

T ransformar a realidade a partir do que há de melhor nos corações e men-

tes das pessoas comprometidas com os valores humano-cristãos. Foi

com esta missão em vista que os Maristas deram início a uma história que

agora se aproxima dos 200 anos. Em 1817, Marcelino Champagnat fundava

o Instituto Marista. Um visionário para a época, ele já tinha a certeza de que

seria um árduo, mas gratificante trabalho. Os resultados de tanta dedicação

ao longo de toda a sua vida hoje estão distribuídos pelo mundo e, como não

poderia deixar de ser, em várias regiões do Brasil.

ce. Seria como um ponto de partida,

que te apaixona, move e dá sentido

a tudo o que você faz. Quando você

se perde ou, por vezes, perverte o

sonho, você precisa voltar e focar

novamente os seus esforços para a

perpetuidade. Champagnat sonhou

infâncias e juventudes cidadãs, pro-

-tagonistas e felizes; não podemos

traí-lo – temos de dar continuidade

a obra por ele iniciada.

PORTA-VOZES DA MENSAGEM MARISTA

Nossos esforços caminham no

sentido de encantar pessoas para

compartir dos mesmos propósi-

tos. Esse princípio da transparência

requer cuidados apurados para que

sejamos fidedignos à causa Maris-

-ta sonhada por São Marcelino. Por

meio da comunicação, traduzimos

e ressignificamos para nossos diver-

sos públicos de relacionamento o

que nos identifica enquanto conti-

nuadores desse legado. Em todas as

nossas frentes apostólicas, somos

portadores e porta-vozes da mensa-

gem Marista.

SOMOS CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO

No meu entendimento, o sonho

de Champagnat é um projeto de

Humanidade. São corações ao alto,

em total sintonia com a dádiva divi-

na; e corações nas mãos, em dispo-

sição de oferta do melhor que pode-

mos dar. Ser herdeiro é sentir-se

parte e corresponsável pela constru-

ção desta obra de Deus, cuja neces-

sidade ainda é premente em nossas

realidades. Temos muito o que fazer

para que o sonho continue lindo,

encantador e transformador. Cora-

ções nas mãos, então.

47

Page 48: Em Família Brasília EM ed 08

Inspiração

W illian Seide Arake,

o Seidi, como é

conhecido e gosta de ser

chamado pelos amigos e

professores do Colégio

Marista de Cascavel, é aluno

Marista desde 2006. Hoje,

com 10 anos, está no 5º ano

do ensino fundamental.

“Quando eu cheguei no

Marista ninguém me conhecia,

mas eu não fiquei com medo

não. Hoje todo mundo aqui no

colégio me conhece”, explica.

Com nove meses de idade,

Seidi teve o diagnóstico do

neurologista de paralisia cere-

bral. O médico relatou à família

que ele poderia apresentar

uma deficiência mental, não

falar e não andar. A partir desse

diagnóstico foi iniciado um

longo e contínuo tratamento

multidisciplinar que dura até

hoje.

Para alegria de todos, Seidi

se desenvolveu e continua

em pleno desenvolvimento,

superando a cada dia as dificul-

dades que aparecem. Embora

possua dificuldade para se

locomover, é uma criança

como qualquer outra, adora

brincar, correr e se divertir. “Eu

não consigo jogar futebol com

meus amigos, então às vezes

eles jogam basquete comigo,

porque eu aprendi esse jogo. Na

sala, durante as atividades, eu

sempre me atraso para copiar

e fazer as atividades, mas os

meus amigos e as minhas pro-

fessoras me ajudam e eu consi-

go terminar”, conta.

O Colégio Marista de Casca-

vel realiza um evento esportivo

todos os anos, a OLIMAR, onde

as crianças competem em dife-

rentes atividades, e Seidi é um

dos orgulhosos participantes:

“Eu me sinto muito feliz na

OLIMAR porque tem várias

competições e todos os pais

e as mães vêm torcer para os

filhos. Eu também gosto mui-

to de ganhar a medalha de

participação. Eu não sou mui-

to bom em alguns esportes,

mas eu gosto de participar

mesmo assim, porque todo

mundo torce por mim."

No último mês de julho,

Seidi foi ao estado de Minas

Gerais para realizar um novo

exame em virtude de sua

dificuldade visual e foi diag-

nosticado que ele possui a

SINDROME DE IRLEN, que é

caracterizada por sintomas de

pressão nos olhos, dores de

cabeça e distorção da imagem

durante a leitura. A família

dele já providenciou um ócu-

los que foi enviado aos Esta-

dos Unidos para receber um

tratamento especial nas len-

tes e permitir que ele possa

superar mais essa dificuldade.

Além disso, ele precisa ir pelo

menos uma vez ao ano até

Curitiba para fazer aplicação

de botox nas pernas para que

consiga movimentá-las.

A escola é muito impor-

tante para qualquer criança,

mas é ainda mais importante

para a criança com deficiên-

cia. É na escola que a criança

aprende a confiar em si mes-

ma, percebendo que é capaz

de realizar a maioria das ati-

vidades, mesmo levando um

pouco mais de tempo.

SUPERSEIDIPara ele, superação é

uma tarefa diária Por Kely Cristine de Souza

Kely Cristine de Souza é assistente de marketing do Marista de Cascavel

48

Page 49: Em Família Brasília EM ed 08
Page 50: Em Família Brasília EM ed 08

Diversão

Brincando juntos

Em tempos de tantas mudanças virtuais, fica

cada vez mais difícil acompanhar nossos filhos.

Muitas vezes lembramos que, na “nossa época”, as

famílias passavam mais tempo juntas porque ain-

da podiam participar dos jogos e brincadeiras das

crianças. Hoje, ao tentar levá-las a uma das nos-

sas brincadeiras, passamos por “antiquados”. Até

mesmo ouvimos que é “chato” ou que “não tem

graça”.

Eles gostam de transformar, mudar, criar e recriar

mundos fictícios, avatares, entre outros. Pensando

nisso e nas dificuldades com os jogos preferidos

dos nossos filhos, acabamos buscando na memória

experiências ou brincadeiras que conhecemos e que

possam despertar o interesse deles.

Neste novo espaço da Revista Em Família, apre-

sentaremos algumas atividades que podemos fazer

junto com nossos filhos. Serão experiências ou jogos

que fazíamos quando tínhamos a idade deles, pro-

porcionando um momento de integração familiar e

com muita diversão, é claro.

A receita é básica e todos os materiais podem ser

comprados em mercados ou farmácias.

Esperamos que tenham gostado da nossa dica.

Até a próxima!

Ensinamos uma experiência que você pode compartilhar em família. Garantia de diversão!

CRIANDO CRISTAISEstamos vivenciando nos colégios o Ano

Internacional da Química. Com isso, tiramos

do “baú” uma interessante experiência de

transformação. Afinal, vamos ver quem

consegue transformar pedras comuns em

cristais? Vamos à receita para que vocês

vivam juntos esta experiência:

10g de sulfato duplo de alumínio e

potássio (alume);

Um copo de vidro;

Um palito de sorvete (limpo);

Água morna;

Linha;

Pedrinhas pequenas e irregulares.

Método: lave as pedras cuidadosamente

em água corrente. Coloque no copo água

morna suficiente para cobrir as pedras

(mais ou menos 1/3 do copo). Junte o

alume e mexa com o palito até o produto

parar de se dissolver facilmente. Podem

sobrar alguns grãos no fundo. Coloque as

pedras no copo ou amarre como na figura.

Você pode acrescentar corante e criar

cristais coloridos.

50

Page 51: Em Família Brasília EM ed 08

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Page 52: Em Família Brasília EM ed 08

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