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A magia da leitura 1º SEMESTRE/2011

Em Família Paranaense ed 07

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Edição de junho/2011 da revista Em Família - Paranaense

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A magiada leitura

1º SEMESTRE/2011

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

4 Expediente

A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde,

editorial e comunicação. A PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina,

São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Sua forma de atuação busca, por

meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural, posicionan-

do-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.

Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social,

valores humanos e cristãos é a proposta da instituição.

Rua Imaculada Conceição, 1155Prado Velho – Curitiba – PRPrédio Administrativo PUCPR – 8º andarCEP: 80215-901Tel.: (41)3271-6500

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PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini

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REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina

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COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): William Strauss Fleming,

Patrícia Fatuch, Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S.

Tateiva, Kelen Y. Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago

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COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Gonçalves,

Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens, Cláudia Cristina Batistela

Francisco, Daliane Teston, Fábio Viviurka Correia, Katia Macedo Dias,

Kely C. de Souza, Luana Santos, Mayara Haudicho, Paula Kostiuk,

Raquel Bortoloso, Renato Campos, Samira Dutra, Tatiana Stoicov

A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.

Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br

CAPA:

Mateus Mera Barbosa

FOTO:

Caixa Mágica/Ribeirão Preto

(www.caixamagica.com.br)

PRODUÇÃO:

Mayara Amaral Haudicho

EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Eduardo, Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de

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CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000

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A magiada leitura

1º semestre/2011

Em Família | 7ª Edição | 1º Semestre 2011

Nesta edição do primeiro semestre

da Revista Em Família, destaca-

mos o tema da literatura: a arte de criar

e recriar textos, o exercício da eloquên-

cia e da poesia.

A literatura é um fenômeno da lin-

guagem, fruto da experiência existen-

cial, social, política e cultural de quem a

vive. Assim, um texto literário é objeto

artístico e de linguagem variada que

questiona convenções e envolve o lei-

tor num jogo de descobertas e redes-

cobertas de sentido, ajudando-o a

compreender a si próprio, as culturas e

o mundo em que vive.

Para as escolas da Rede Marista, o

estudo de textos literários é potenciali-

zador das aprendizagens que geram as

condições necessárias para proporcio-

nar inúmeras situações de compreen-

A arte da leituraPrimeira impressão por Ir. Paulinho Vogel

Prazerosa e lúdica, de início, a leitura

não é um ato solitário, mas algo a ser

socializado, mediado pelo professor e

adquirido por meio dos gêneros diver-

sos a serem aprofundados em níveis de

maior exigência intelectual. Aprender a

ler é um processo que deve ser integra-

do à produção de textos.

Em suma, a leitura deve ser uma

prática constante e processual em

todas as fases da vida do estudante

criança, jovem e adulto, potencializan-

do-os a fim de estar e intervir solidaria-

mente na realidade. Assim, e somente

assim, faz sentido orgulharmo-nos de

nossos alunos.

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede

Marista de Colégios

são e produção de conhecimentos.

A leitura possibilita ampliar as infini-

tas possibilidades de conhecer e inter-

pretar o contexto em que se insere o

principiante leitor. Mediar essa experi-

ência do conhecimento é uma questão

crucial para a aprendizagem da leitura

e para a formação dos sujeitos, bem

como para a construção de um conhe-

cimento crítico de análise e interven-

ção da realidade. As bibliotecas esco-

lares da Rede Marista de Colégios pos-

suem ações culturais e educacionais,

bem como, espaços privilegiados para

a formação de leitores artífices do seu

conhecimento.

Para nós, a leitura é uma forma

exemplar de aprendizagem, pois o apri-

moramento dessa capacidade subsidia

todo processo ensino-aprendizagem.

Os alunos João Vitor, Marcela e Mateus divertem-se na sessão fotográfica para essa edição

6 Entrevista

O (re)descobridor do Brasil

Div

ulg

ação

Em entrevista à revista Em Família, Laurentino Gomes conta como transformou a história do Brasil num delicioso sucesso de vendas

Luís Fernando Carneiro

O Brasil foi descoberto em 1500, mas, de verdade, só foi inventado como país

em 1808. Foi quando a família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro e

transformou uma colônia atrasada e ignorante em uma nação independente.

Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão pro-

fundas. Mas foi quase 200 anos anos depois que um jornalista resolveu contar

essa história direito. Em 2007, Laurentino Gomes lançou “1808”, vendeu mais de

meio milhão de livros e conquistou duas categorias do Prêmio Jabuti, Melhor Livro

Reportagem e Livro do Ano de Não-Ficção.

No ano passado foi a vez de “1822”, um relato detalhado sobre a Independên-

cia do Brasil, conquistar as prateleiras das livrarias e rapidamente os primeiros

lugares em vendas.

Mas como transformar a história do Brasil em um sucesso de público e crítica?

Você vai perceber nessa entrevista que Laurentino Gomes concedeu à Em Família

que a receita do seu sucesso gira em torno de uma grande história, um forte tra-

balho de pesquisa e uma sintonia verdadeira com o leitor.

“ESPERO, PELA

LEITURA, AJUDAR A

PROMOVER A VIDA DE

OUTRAS PESSOAS,

TANTO QUANTO

MEUS PAIS FIZERAM

POR MIM AO ME

ESTIMULAR A LER E

A ME INTERESSAR

PELA HISTÓRIA"Você sempre gostou de ler? Qual a

influência da sua família nesse seu inte-

resse por leitura?

Meus pais eram cafeicultores pobres

do interior do Paraná. Tinham pou-

cos anos de estudo. Apesar disso,

valorizavam muito a educação e,

em especial, a leitura. Meu pai, que

havia estudado só até o quinto ano

primário, era um leitor voraz. Lia

obras de História e Filosofia que

tomava emprestadas ao pároco

local, um homem bastante culto.

Mesmo vivendo em uma região dis-

tante e carente de tudo, meus pais

conseguiram criar condições para

que todos os quatro filhos comple-

tassem o curso superior. Tenho mui-

to orgulho das minhas origens, o que

também reforça em mim um gran-

de senso de missão como escritor.

Espero, pela leitura, ajudar a promo-

ver a vida de outras pessoas, tanto

quanto meus pais fizeram por mim

ao me estimular a ler e a me interes-

sar pela história.

8 Entrevista

"ESTAMOS EM UM NOVO

SÉCULO QUE PEDE

UMA NOVA LINGUAGEM

E NOVOS FORMATOS

CAPAZES DE ATINGIR

NOVAS AUDIÊNCIAS OU

NOVOS PÚBLICOS."

Algum dia nos seus sonhos você imagi-

nou ter um best-seller sobre história?

Nunca imaginei que livros de História

do Brasil pudessem ter uma repercus-

são tão grande. Ainda hoje me surpre-

endo com a reação dos leitores. Rece-

bo dezenas de e-mails todos os dias,

nos quais fazem elogios, sugerem

temas para futuras obras e pedem

que eu não pare de escrever. Um livro

tem grande poder de transformação.

E o primeiro alvo da mudança geral-

mente é o próprio autor. Minha vida

mudou bastante desde que lancei o

“1808”, em 2007. Hoje passo boa par-

te do meu tempo lendo, pesquisando

ou viajando pelo Brasil para dar aulas,

fazer palestras e participar de sessões

de autógrafos e bate-papos com os

leitores. E confesso que nunca estive

tão feliz. O reconhecimento e o con-

tato com os leitores tem funcionado

como um elixir da juventude para

mim. Sinto-me renovado e com muita

energia para me dedicar aos futuros

livros.

Conhecer a sua própria história pode

mudar o presente e o futuro de um país?

O estudo de História é fundamental para

a construção do Brasil do futuro. Uma

sociedade que não estuda História não

consegue entender a si própria, porque

desconhece as razões que a trouxeram

até aqui. E, se não consegue entender a

si mesma, provavelmente também não

estará preparada para construir o futu-

ro de forma organizada e estruturada. É

quase impossível compreender o Brasil

de hoje sem estudar a vinda da corte de

D. João para o Rio de Janeiro e a influ-

ência decisiva que esse acontecimento

teve na Independência, em 1822. Eu

diria que todas as nossas características

nacionais, todos os nossos defeitos e

virtudes, já estavam presentes lá.

Livros são também importantes para

quem já saiu da escola há bastante

tempo?

Ler é uma das formas mais agradáveis

e prazerosas de aprender. Quem lê

consegue ir além dos limites da pró-

pria vida, porque amplia seus horizon-

tes com a experiência dos outros. Ao

ler um romance de Machado de Assis,

por exemplo, nós somos transportados

para outro lugar e outro tempo, no Rio

de Janeiro do final do Século 19, distan-

te da nossa realidade de hoje. Consegui-

mos, portanto, ter uma experiência de

vida anterior à época em que nascemos.

No caso dos livros de História do Brasil,

pode haver também um benefício de

natureza psicológica relacionado à for-

ma como nos identificamos em relação

ao nosso país. Hoje os brasileiros convi-

vem com um sério problema de autoes-

tima. O estudo de História mostra que

o Brasil não é pior nem melhor do que

qualquer outro país. É apenas diferente,

porque as nossas raízes são diferentes.

O que significa que o nosso futuro pro-

vavelmente também será diferente.

Qual o segredo para tornar a história do

Brasil atrativa para o leitor comum?

Procuro sempre observar os persona-

gens e acontecimentos com os olhos

de um leitor adolescente ou um adulto

mais leigo, não habituado a ler sobre

História do Brasil. Se esse leitor conse-

guir entender o que eu tento explicar,

todos os demais também entenderão.

Eu leio muito sobre o assunto, pesqui-

so documentos e visito os locais em

que as coisas aconteceram dois sécu-

los atrás. Apesar da distância no tem-

po, esses lugares ainda guardam hoje

muita informação para quem tiver o

olhar atento. Também procuro orienta-

ção adequada logo no início do projeto.

Por fim, ao escrever, tento ser o mais

claro e didático possível na linguagem.

Também me esforço para misturar na

narrativa elementos pitorescos e bem

humorados com uma mergulho mais

profundo das situações que descrevo.

Acho que ninguém precisa sofrer para

estudar História.

Qual a melhor maneira de se olhar para

a História do Brasil?

Infelizmente, a História do Brasil é

muito contaminada por dois tipos de

deturpações. A primeira é a chama-

da História oficial, que se esforça em

fazer em celebração épica dos heróis

e acontecimentos, como se eles tives-

sem construído ou dado origem a um

Brasil melhor do que o que vemos hoje

nas ruas, esquinas, morros e favelas.

É uma visão da história que predo-

mina especialmente em período de

ditaduras, como no ensino nas disci-

plinas de Organização Social e Política

Brasileira (OSPB) e Educação Moral e

Cívica durante o regime militar de 64.

A segunda deturpação é marcada por

uma tentativa de desconstrução des-

sa História oficial. São livros, filmes e

minisséries que banalizam os fatos e

personagens, como se pertencessem

a um Brasil viralatas indigno do seu

passado. É o que se vê, por exemplo,

no filme “Carlota Joaquina, Princesa do

Brasil”, de Carla Camurati, e na série de

televisão “Quinto dos Infernos”. A ver-

dade, como sempre, está no meio. O

que procuro mostrar nos meus livros

é que a História do Brasil tem, sim,

personagens engraçados, pitorescos

e caricatos, como D. João VI e Carlota

Joaquina, mas não se resume a isso.

Você acredita que por conta de "Harry

Potter", "Crepúsculo", "Lua Nova" os

jovens acabam sendo portas de entrada

interessantes para livros mais densos?

Eu não tenho qualquer preconceito

contra esses livros. Ao contrário, acho

que uma forma de estimular a leitura

numa faixa etária que, aparentemente,

não está lendo tanto quanto deveria. A

melhor forma de criar novos leitores é

associar a leitura a uma atividade pra-

zerosa. Por isso, melhor começar com

Harry Potter do que forçar uma criança

ou um adolescente a ler obras como as

de Machado de Assis mediante o risco

de passar ou reprovar num exame. O

risco, nesse caso, é afastá-la para sem-

pre dos livros. Se o estudante entender

que ler é sinônimo de prazer, no futuro

provavelmente se interessará também

por essas obras mais complexas e sofis-

ticadas do ponto de vista literário.

Você deu um passo à frente ao enten-

der que os leitores precisavam de uma

nova linguagem. Qual é o papel da

escola diante dessa nova realidade?

Tenho observado uma mudança na ati-

tude dos professores e das escolas em

geral. Estão mais empenhados em usar

uma linguagem acessível aos estudan-

tes e, no caso da História, uma narrativa

mais equilibrada dos acontecimentos

do passado. Isso é muito bom. O Brasil

vive um momento de mudanças com

a redução do números de pessoas que

viviam na pobreza absoluta e o cresci-

mento das classes “B” e “C”. Significa

que estamos, finalmente, conseguin-

do distribuir renda, emprego, saúde,

educação e outras oportunidades. Há

novos consumidores, novos leitores e

novos estudantes participando desse

processo de ascensão social. Temos

de ser generosos com eles produzindo

livros, aulas e material didático aces-

síveis na linguagem. O uso de uma

linguagem mais didática e acessível é

uma forma de democratizar e ampliar

o conhecimento no Brasil.

O que pensa dos e-books? Os escrito-

res têm de estar atentos a novos for-

matos?

O futuro do livro e o futuro do papel

são coisas diferentes. O formato papel

parece estar mesmo com seus dias

contados, mas o conteúdo dos livros

continuará a ser tão relevante quan-

to sempre foi. A República, de Platão,

que já foi uma obra prima no perga-

minho, permanece relevante hoje no

papel e continuará a ser nos meios

digitais. Nosso desafio, portanto, não

é a mudança nos formatos, mas a

qualidade do conteúdo. Estamos em

um novo século, que pede uma nova

linguagem e novos formatos capazes

de atingir novas audiências ou novos

públicos. Há um público jovem que,

aparentemente, não está lendo mui-

to no papel, mas passa boa parte do

tempo surfando na internet e é muito

seduzido pela linguagem audiovisual.

Por essa razão, daqui para frente nós

– jornalistas, escritores, professores,

historiadores, produtores de conhe-

cimento de forma geral – precisamos

ter estratégias multimídia para atingir

diferentes públicos.

Div

ulg

ação

10 Capa

Uma boa notícia. Os livros não vão acabar justamente porque só eles permitem a adultos e crianças recriar histórias, viajar por mundos reais e imaginários e serem protagonistas em um mundo que insiste em colocá-los como espectadores

A magiada leitura

Marcela e João Vitor

Cai

xa M

ágic

a/R

ibei

rão

Pre

to

"À s vezes, antes do café da manhã, eu já acredi-

tei em mais de seis coisas impossíveis.” A fra-

se é de Alice e a invenção linguística está no famoso

clássico de Lewis Carroll. Entretanto, o que se apre-

senta de uma forma simples e despretensiosa, talvez

seja a grande chave para definirmos a magia da leitu-

ra. Ler nos dá a possibilidade de acreditar no impos-

sível, de encontrar nas histórias de Monteiro Lobato

um caminho para uma vida melhor, com bonecas

que ganham vida, num ambiente que alimenta as

travessuras das crianças de todas as idades.

Entrevistamos muitos alunos maristas para com-

por essa reportagem e o melhor foi perceber que

a maioria deles sabe muito bem o que quer quan-

do toma um livro nas mãos: viajar. Curiosamente,

essa geração cercada de tecnologia tem as mesmas

expectativas que nossos avós quando o assunto é

literatura. Eles querem embarcar em um mundo de

sonhos, de conhecimentos reais e imaginários, de

fantasia; desejam dar um tempo no corre-corre diá-

rio que violenta a criatividade e a paz. Em resumo:

para Mateus Mera Barbosa, João Vitor Zeviani Montei-

ro de Barros e Marcela Marques Cilento, que apare-

cem nas fotos desta matéria, ler é uma forma incrível

de se relacionarem com autores de todas as épocas

e de construírem em suas mentes os cenários e os

detalhes de cada obra. Num filme isso não é possível.

Ali, tudo já vem processado, os vestidos têm cores

certas e as expressões são fruto do talento dos atores

e diretores. Quem lê um livro é livre para (re)criar.

A escola é, portanto, um ambiente que deve

investir em espaço adequado, em acervo que conta

com obras literárias clássicas, modernas e contem-

porâneas, de modo a se tornar a estação ideal para

que esse embarque aconteça.

A família é outra estação fundamental. Por esse

motivo, convidamos para um bate-papo a escritora e

mãe de aluno marista, Liana de Camargo Leão, tam-

bém professora de Literaturas de Língua Inglesa na

Universidade Federal do Paraná, doutora pela USP e

mestre pela UFPR e pela UFRJ. Ela aposta que a leitura

em voz alta e a conversa em torno do livro são funda-

mentais para construir pontes entre pais e filhos. “A

leitura compartilhada desenvolve a arte da conversa-

ção em família, é momento propício para se discutir

valores, desenvolver o vocabulário e o pensamento

abstrato”, explica. Confira trechos dessa conversa

com a escritora.

12 Capa

A INFÂNCIA FOI ENCURTADA?A infância é um período curto, hoje

ainda mais encurtado por um “ado-

lescer” precoce: as crianças são muito

cedo intimadas a entrar no mundo do

erotismo e do consumo. Mais do que

nunca é preciso recuperar a magia das

rimas, das cantigas de roda, dos con-

tos de fada e da literatura.

LINGUAGEM COMO FORÇA CRIADORAÉ no periodo da infância que a criança

vive a linguagem como força criado-

ra: “Mãe, tô apertada. Quero ir ao vaso

solitário.” O mesmo tipo de invenção

linguística está em Lewis Carroll (1832-

1898), o autor de "Alice no País Das

Maravilhas": “Às vezes, antes do café

da manhã, eu já acreditei em mais de

seis coisas impossíveis.” Carroll propôs

deliciosos neologismos: “Me deram

como presente de des-aniversário".

[em inglês, “un-birthday present”.]

Na abertura de Alice, Carroll convida

o leitor a passar ao mundo do faz-de-

conta: Alice segue o Coelho Branco

que carrega um relógio no bolso do

colete e está muito atrasado: “Ai, ai,

ai! Vou chegar atrasado demais!” Hoje,

somos como o Coelho Branco de Alice:

atrasados, apressados, correndo atrás

do tempo, um tempo que nos esca-

pa, um tempo do qual nos queixamos

sempre e que não nos permite ler.

FALANDO EM TEMPO, QUAL É O TEM-PO PARA A LEITURA? Entre as mais frequentes queixas das

mães quanto à educação dos filhos

está a de que eles preferem vídeo-

-games e televisão ao livro. A ausência

do livro na vida das crianças reflete a

ausência do livro na vida dos pais. Os

pais alegam falta de tempo para leitu-

ra. Ler requer tempo, requer disponi-

billidade, mental e emocional. E tempo

é questão de prioridade.

Em uma época de excesso de informa-

ção e excesso de oferta de produtos, o

ser humano passa a ser definido como

“espectador” e “consumidor”. São rou-

pas, ipods, ipads, celulares, aparelhos

eletrônicos que nos atraem com a pro-

messa de definir nossa subjetividade e

suprir nossas insatisfações. Entramos

no mundo do descartável, dos obje-

tos-símbolos que terminam por criar

em nós um vazio permanente.

O tempo do consumo é contínuo; e

nos consome. É um tempo acelerado

que nos atropela: consome a nossa

noção de identidade, nos encolhe,

nos diminui. O tempo da leitura é, ao

contrário, um tempo que expande o

ser humano. É também um tempo

de recolhimento, de introspecção, de

mergulho para dentro, de diálogo con-

sigo mesmo, um tempo de formação

do acervo pessoal, de nossa biblioteca

interna.

"A LEITURA PERMITE QUE NOSSAS

EXPERIÊNCIAS DE VIDA SEJAM

COMPARTILHADAS E É FUNDAMENTAL

PARA QUE AS CRIANÇAS PERCEBAM

QUE AS SUAS EXPERIÊNCIAS,

COMO CRESCER, SE APAIXONAR E

ENFRENTAR DIFICULDADES TAMBÉM

PODEM SER PARTILHADAS."

A LEITURA É UMA PROTEÇÃO CONTRA O EXCESSO DE ESTÍMULOS? Com certeza. Freud sugere que a

proteção contra estímulos é uma

função quase mais importante do que

a recepção dos estímulos. Desenvolver

a linguagem, a capacidade linguística

de expressar o pensamento e assim

possibilitar a criação de uma ponte

entre a experiência intelectual e a

experiência emocional para poder

construir linguisticamente a própria

história, o próprio relato e refazê-

lo a cada baque, quando a vida for

nos marcando, nos torcendo: isso

me parece essencial à formação de

uma subjetividade sadia, capaz de

superar conflitos e de auxiliar o outro

no enfrentamento e na superação

de etapas. Desenvolver a empatia e

aprender o caminho entre emoção

e intelecto são efeitos colaterais

da leitura. A leitura permite que

nossas experiências de vida sejam

compartilhadas e é fundamental

para que as crianças percebam que

as suas experiências, como crescer,

se apaixonar e enfrentar dificuldades

também podem ser partilhadas.

EDUCAR NÃO É TERCEIRIZARAdministrar é delegar tarefas e cobrar

resultados. Não sei se o modelo é ade-

quado quando se trata de criança, de

afeto, de leitura, de educação. Como

Liana Leão: “O livro é a casa que abriga a cabeça da gente”

"O TEMPO DA LEITURA É UM TEMPO DE RECOLHIMENTO, DE

INTROSPECÇÃO, DE MERGULHO PARA DENTRO, DE DIÁLOGO

CONSIGO MESMO, UM TEMPO DE FORMAÇÃO DO ACERVO

PESSOAL, DE NOSSA BIBLIOTECA INTERNA."

Entre os livros de Liana Leão

estão: "Shakespeare, Sua

Época e Sua Obra"; "O Livro

das Casas"; "O Livro dos Pés";

"Dona Salete de Copacabana

e Seus Amigos de Estimação",

em co-autoria com Luiz Otávio

Leão; “Julieta de Bicicleta";

"Diferentes: pensando

conceitos e preconceitos";

"A caixinha de narizes", em

co-autoria com sua filha

Anna Beatriz.

delegar a tarefa de compartilhar o

dia-a-dia com os filhos? Será que só

os professores, psicólogos, babás,

personagens de tevê e de videoga-

me podem popular a vida dos nossos

filhos? A principal “conversa” de uma

criança será com a televisão?

A leitura em voz alta e a conversa em

torno do livro constroem pontes entre

pais e filhos. A leitura compartilhada

desenvolve a arte da conversação em

família, é momento propício para se

discutir valores, se desenvolver o voca-

bulário e o pensamento abstrato.

E O FUTURO DO LIVRO?Vivemos uma mudança nos hábitos

de leitura: o livro digital, mais fácil de

produzir e distribuir, ecologicamente

correto, e, em breve, também mais

barato. Na escola isso significará mui-

to menos peso na mochila! E dá para

fazer anotações, apagar anotações,

aumentar a letra, etc. Quando a gente

fala em futuro do livro, pensa em futu-

ro do livro de papel. Mas o livro eletrô-

nico é o futuro do livro. O que importa

é o conteúdo e, é claro, a possibilidade

de acesso. O livro eletrônico traz aces-

so instantâneo.

Mais: Confira no blog da Revista Em Família uma

reportagem completa sobre o futuro da literatura

e os livros digitais. www.emfamiliamarista.com.br

14 Perfil

Como você descreve a magia de ler?

Para mim, ler é sempre uma viagem.

Conheço muitos lugares em diferentes

partes do mundo, não apenas porque

sempre viajei, mas porque leio bas-

tante. Para mim, ler é viajar sem sair

do lugar. A leitura proporciona à nos-

sa mente a possibilidade de estar em

todos os lugares descritos nos livros.

E a magia está quando visitamos fisica-

mente um lugar descrito em um livro

que já lemos! Isso acontece sempre

comigo. Essa relação do livro com a rea-

lidade é encantadora e cativante!

De onde vem sua paixão pelos livros?

Aprendi a amar os livros com a minha

mãe e meu avô. Aprendi com eles o

prazer da leitura e não a obrigação de

ler. Isso muda tudo na vida da gente!

A criança ou adolescente que só lê por

obrigação imposta pela escola nunca

vai desenvolver o gosto pela leitura.

Por isso, nós – pais, tios e avós – temos

a grande tarefa de mediar a leitura

com nossos filhos, sobrinhos e netos,

desenvolvendo neles o gosto pela lei-

Brilho nos olhos

tura. Na minha época, a internet e a

televisão não competiam com a leitura

no quesito entretenimento, o que tor-

nava mais fácil essa tarefa para minha

mãe e meu avô. Hoje, creio que o nos-

so maior desafio nessa área é orientar

crianças e adolescentes a buscar bom

conteúdo na internet. O meio pode ter

mudado, mas a mediação da leitura

ainda se faz necessária dentro de casa.

No ano passado, ainda como deputa-

do federal, você solicitou ao ministro

da Educação, Fernando Haddad, que a

leitura fosse incluída na pauta de priori-

dades de ações do ministério para este

ano. O que falta para o Brasil investir

mais em leitura?

Falta muita coisa! Mas, na área educa-

cional, o primeiro passo tem que ser

dado com os professores e não com

os alunos. Temos que fazer com que

os nossos professores sejam, primeiro,

leitores para depois pedir para que eles

estimulem a leitura em seus alunos. Nos

últimos anos, em razão das atividades

que promovo de leitura, tenho encon-

trado muitos professores que não leem,

que declaram publicamente que não

gostam de ler. Como um profissional

desses poderá formar novos leitores?

Nos tempos de Marista você lembra de

alguma obra ou atividade que o mar-

cou nesse sentido da literatura?

O colégio era como a extensão da minha

casa. Morava quase do lado! Éramos

adolescentes agitados pela idade e pela

mudança do ginásio para o científico.

Não lembro mais o nome dela, mas

tinha uma professora de Português que

quando falava sobre um livro, seus olhos

brilhavam! Esse era o mesmo encanta-

mento que eu via no meu avô, em casa.

Não tenho lembrança específica sobre

algum momento marcante, mas essa

sensação de estar em casa, de encontrar

na escola o mesmo ambiente que eu

tinha em casa, no que se referia à leitura,

é uma sensação que guardo até hoje!

Mais: Quer conhecer o programa conversa entre amigos? Então acesse o site www.conversaentre-amigos.com.br

O ex-aluno marista Marcelo Beltrão de Almeida é um devorador de livros. For-

mado pela PUCPR em Engenharia Civil, acionista do Grupo CR Almeida - um

dos maiores grupos empresariais brasileiros - é ex-deputado federal. Com uma

carreira tão extensa, apesar de ter apenas 44 anos, Almeida é mais conhecido por

ser um grande incentivador da leitura. Na Câmara dos Deputados, foi o criador e

presidente por três anos da Frente Parlamentar Mista da Leitura, que colocou os

assuntos de incentivo ao livro e à leitura na pauta política nacional. Em Curitiba

(PR), criou o programa “Conversa entre amigos”, no qual mais de mil participan-

tes leem uma mesma obra e depois participam de encontros para discutir o livro.

O programa já contou com as participações de escritores importantes, como

Laurentino Gomes, Caco Barcellos, Cristóvão Tezza, Domingos Pellegrini, Miguel

Sanches Neto e Roberto da Matta.

16 Dia a dia

Até para as supermulheres, elasticidade tem limiteComo a elástica Senhora Incrível, as mulheres se desdobram para cumprir vários papéis. Mas é preciso cuidado: sabemos o que acontece quando esticamos demais um elástico...

Maria Sandra Gonçalves

Helena é mulher bonita, dedicada a

cuidar da casa, dos três filhos e do

marido Roberto, que vive se queixan-

do dos problemas de trabalho. Você

certamente já foi apresentado à histó-

ria dessa heroína. Como? Não achou a

vida dela muito heróica? Pois Helena é

ninguém menos que a Mulher Elástica,

aquela que no filme “Os Incríveis” se vê

forçada a abrir mão da vida pacata e da

superproteção das crianças para salvar

o marido e o planeta das armas do mal-

vado Síndrome.

Na vida real a mudança de papéis

não é assim tão visível. As Helenas do

nosso dia a dia vão usando suas habili-

dades sem fazer muito alarde. Mesmo

que não estejam de uniforme vermelho

e máscara no rosto, as mulheres preci-

sam mesmo de muita elasticidade para

conciliar a vida doméstica, os cuidados

pessoais, a atenção aos filhos e – em

muitos casos – a dedicação ao trabalho.

Cada uma tem seus segredinhos

para dar conta de tudo. E, ao contrá-

rio do que aconteceria no cinema, nós

podemos revelá-los. Eles se resumem à

busca do equilíbrio.

Equilíbrio no trabalho, pois, mais

que presentes materiais, os filhos que-

Div

ulg

ação

Números incríveisA presença feminina na população econo-micamente ativa (PEA) é maior que a dos Homens, 17% comparando com os 13% masculinos. Já a participação feminina com nível superior ultrapassou a masculina e é de um pouco mais de 54%.Em 2010 a taxa de mulheres que trabalham com carteira assinada aumentou para 44%, em 2000 essa taxa era de 33%.As mulheres ocupam quase 22% dos cargos elevados (presidência, gerência...) no Brasil.A participação das mulheres no mercado de trabalho desde a década de 70 ao ano 2000 subiu de 17 para 35%.Fonte: IBGE (ibge.gov.br) e Rede Brasil Atual (www.redebra-silatual.com.br)

"AS HEROÍNAS TAMBÉM FALHAM. DÊ A SI MESMA O DIREITO DE APRENDER E PROGREDIR COM SEUS ERROS."

rem – e merecem atenção – com essa

máxima em mente, fica mais fácil deci-

dir entre assumir tarefas extras ou vol-

tar mais cedo para casa. Afinal, a pro-

moção que permite comprar uma casa

na praia também rouba muitas horas

de convivência familiar. Ponha tudo na

balança e veja o que vale mais a pena.

Os sábios alertam: “dinheiro perdido dá

para recuperar; tempo perdido jamais”.

Equilíbrio na divisão de tarefas.

Toda Mulher-Elástico pode atuar

melhor com o apoio do Sr. Incrível. Ou

seja, as mulheres podem – e devem

– compartilhar as tarefas com seus

companheiros. Quando os dois estão

sobrecarregados, é preciso encontrar

soluções simples para que toda a famí-

lia viva em harmonia. Quer um exem-

plo? Você adora levar as crianças para

a escola, mas, para isso, enfrenta um

estresse diário e deixa o trabalho atra-

sado. De quebra, vive se perguntando

por que essa tarefa cabe somente a

você. Resultado: a ida para a esco-

la (ou a volta) se transforma em um

momento de tensão. Que tal mandar

seus filhos de transporte escolar e se

organizar melhor para dar atenção a

eles em casa? Sem a pressão do trân-

sito e dos horários, as chances de boa

convivência entre pais e filhos aumen-

tam muito.

Na vida pessoal, o bom senso tam-

bém deve ditar as regras. É muito sau-

dável cuidar da aparência e da saúde,

mas se as visitas ao salão de beleza são

sempre mais sagradas do que as situa-

ções em que sua presença é requisita-

da na família, alguma coisa está errada.

O equilíbrio também se aplica a

autoavaliação. A autoindulgência exa-

gerada é um erro, mas culpar-se por

tudo traz resultados ainda piores.

Sabemos bem o que acontece se o elás-

tico for esticado demais. Não deu para

ir à reunião do colégio? Paciência. Mar-

que um horário particular com a pro-

fessora. Exagerou na dose ao chamar

atenção dos filhos? Peça desculpas. As

heroínas também falham. Dê a si mes-

ma o direito de aprender e progredir

com seus erros. Se a angústia aparecer,

esqueça as soluções incríveis e vá pelo

caminho certeiro: procure alguém com

um ombro amigo e disponibilidade

para ouvir um desabafo.

Maria Sandra Gonçalves é jornalista e mãe dos

alunos maristas Daniel e Mariana.

18 Olhar por Fabrício Carpinejar

Felicidade não tem fim, tristeza simQuando não era pai, o riso pedia um motivo. Uma função. Uma explicação. A piada tinha que ser muito engraçada. Hoje a vida é mais engraçada do que a piada

M eus filhos nunca perguntam: por

que está triste? Eles me fazem

feliz antes de perguntar. Só passei a rir à

toa depois da paternidade. Rir por nada

mesmo. Rir porque vejo meu filho dese-

nhando uma casa com pernas ou reparo

no modo como ele segura o garfo, igual

à avó. Ou observando a concentração da

filha diante da televisão ou seu bocejo

esquecendo a proteção das mãos. Quan-

do não era pai, o riso pedia um motivo.

Uma função. Uma explicação. A piada

tinha que ser muito engraçada. Hoje a

vida é mais engraçada do que a piada.

Ao largar a pasta do trabalho, há um alí-

vio de que serei abraçado pelos filhos

até ser derrubado. Levantarei as pernas

para cima, desistindo das reservas. Meu

riso dá cambalhotas sem colchão.

Eu recebo diariamente pilhas de

livros. Poderia confessar que felicidade

é permitir que o Vicente abra os paco-

tes e me conte os títulos. Ele fica aluci-

nado em ajudar. Mas os livros foram se

espalhando, tomando os corredores. A

esposa me advertia do avanço do escri-

tório pelas peças. Tomei jeito e resolvi

pedir novas estantes. Garantiria folga

momentânea do problema e o filhote

seguiria rasgando os envelopes.

O marceneiro chegou, amaciado

de sotaque espanhol. Expliquei o que

desejava e fui para minhas atividades.

Não cessava de falar enquanto encaixa-

va os parafusos.

– Em que você trabalha?

– Sou escritor e professor.

– Professor de onde?

– Da Unisinos...

– Ah, a Unisinos, minha filha estuda lá, no

curso de Letras, ela é aplicada.

(Neste momento, vi que ele apenas

encontrava um motivo para falar da

filha. Achou o sinal do petróleo e não

cessaria sua perfuração.)

– Que bom, parabéns...

– Não, parabéns para ela, que não puxou

o pai e se dedicou a estudar. Quando olho

para minha filha, me sinto realizado. Tudo

o que passei na vida não teve borracha.

– Não teve borracha?

– Pai não apaga nada que viveu depois dos

filhos. Não põe fora nem um desenho...

Eu freei uma gargalhada desavisada.

Na última semana, fui ao lançamento de

um livro de alunos da Unisinos. Quando

me escorei para pedir um autógrafo,

Teresa, uma das autoras, me encarou:

– Põe esse livro na sua estante.

– Sim, vou colocar.

– Na estante de meu pai.

– Como?

– Ele fez sua biblioteca. Tenho orgulho

dele. Me ensinou a escrever e nem sabe.

O lápis que ele usava na orelha para

medir a altura das paredes, sua filha

pegou para escrever e alargar as pala-

vras. Felicidade é quando o filho coinci-

de com o pai e a mãe – e nenhum deles

precisa ter consciência disso.

Fabrício Carpinejar é poeta, autor de Meu Filho, Minha Filha (Ed. Bertrand Brasil, 2007), entre outros livros

Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo

exclusivo do Marista Paranaense. A revista Em Família

é uma excelente oportunidade de reforçarmos o nosso

compromisso com uma educação de excelência, pauta-

da em valores. Aqui trazemos algumas histórias, proje-

tos e principalmente um pouco das ideias que refletimos

juntos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em

cada momento ou experiência partilhada, há um pou-

co de luz e de inspiração para fazer de cada criança ou

jovem um ser humano melhor, mais capacitado e mais

sensível às necessidades do mundo que está à sua volta.

Enfim, uma pessoa mais feliz.

Inspirar é preciso

20 Com a palavra Elemar Menegati - Diretor Geral

Na hora dos conflitos e diferenças Na Escola, como organização aber-

ta, constituída por indivíduos

com formas de pensar e com normas

e valores diferenciados, é compreensí-

vel que surjam divergências e conflitos

nas relações interpessoais. Estes cons-

tituem preciosas oportunidades de

crescimento, quando compreendidos

e geridos com afeto e eficácia na Insti-

tuição de ensino e na família.

Urge interagir com as pessoas, conci-

liar vontades, respeitar diferenças e não

apenas tolerá-las. Entendemos que a

escola é lugar privilegiado para isso; por-

tanto cumpre exercer a boa mediação,

com intervenção preventiva, com defi-

nição clara de limites, de maneira segura,

justa e adequada na solução de conflitos,

visando garantir os direitos individuais e

as responsabilidades pessoais e coletivas.

As crianças e jovens facilmente atu-

am conforme aquilo que observam, e

agem consoante os estímulos do meio,

sejam eles bons ou ruins. Esta perspec-

tiva nos chama à responsabilidade; haja

vista que a escola pode criar ambiente

facilitador das relações sociais, com

função formadora da personalidade

dos educandos. Criança e adolescen-

te não podem ter ainda correta noção

dos limites que só a disciplina familiar e

escolar poderão proporcionar-lhes.

No ambiente escolar, além da sua

função educacional e formativa, o

papel da disciplina é de harmonizar as

atividades discentes, a fim de que se

possa criar um ambiente escolar que

favoreça a aprendizagem e enseje rela-

ções humanas equilibradas.

O princípio que norteia a criança e o

jovem é o de liberdade e justiça, que se

apresenta por meio de um desejo per-

manente de transformar a realidade; por

isso, muitas vezes, eles entram em cho-

que com a disciplina escolar. Há neces-

sidade de tratar o fato com naturaliade

e diálogo, respeitando sua opinião, é

verdade; porém sem abrir mão dos prin-

cípios que eles mais do que ninguém,

defendem, especialmente porque eles

se tornam os primeiros beneficiários.

A disciplina deve existir na perspectiva

da busca de equilíbrio na relação social,

familiar e escolar. Desse modo, a escola é

necessariamente aliada da família.

Consequentemente, de direito e de

dever moral, cabe à Escola definir com

clareza aquilo a que visa e, na prática, com

paciência e constância, perseguir esses

objetivos, em nome da própria coerência

e do respeito pelas pessoas que lhe con-

fiam a alta e estratégica missão de com-

pletar a educação de crianças e jovens,

para o bem deles e da sociedade.

O princípiO que

nOrteia a criança

e O jOvem é O de

liberdade e justiça,

que se apresenta

pOr meiO de um

desejO permanente

de transfOrmar a

realidade

Tornar possível uma aprendizagem

significativa tem sido o desafio da

escola no contexto contemporâneo.

Neste cenário, a Pedagogia de Projetos

visa à ressignificação do espaço esco-

lar, com seus tempos, rotinas e proces-

sos voltados para a formação de sujei-

tos ativos, reflexivos, pesquisadores,

comunicadores e solidários.

É nessa perspectiva que os alunos

mergulham nos projetos de investiga-

ção, como o desenvolvido pela turma

do Infantil 5 D, em 2010.

Tudo começou com o interesse

da turma por uma grande concha,

trazida por um dos alunos. Intriga-

dos com o objeto e suas caracterís-

ticas, surgiu a pergunta: "De onde

vêm as conchas?" As respostas foram

diversificadas: "São os homens que

fabricam e jogam no mar!" ou ainda

“Foi Deus quem fez as conchas!” Foi

então que algumas crianças sugeri-

ram uma pesquisa para encontrarem

todas as respostas.

Já nas primeiras pesquisas, nos

livros disponíveis na biblioteca do Colé-

gio, as crianças encontraram a resposta

para a pergunta inicial: "As conchas são

formadas pelos moluscos, para prote-

ger seu corpo mole de predadores e

que utilizam principalmente o carbo-

nato de cálcio para tal." O entusiasmo

tomou conta da turma.

Todos se encantaram com as infor-

mações e, de forma especial, com

fotos de outros seres que encontraram

durante esta investigação. Novas per-

guntas e hipóteses surgiram: "Como

vivem as tartarugas?" "Como nascem

seus filhotes?" "Os tubarões e as baleias

são peixes?" "As estrelas do mar são

animais?" Mediados pela professora,

os alunos decidiram dar continuidade

à pesquisa que foi intitulada: “Mistérios

do Fundo do Mar".

Diversas metodologias foram utili-

zadas durante o processo investigativo

e tudo foi devidamente registrado. As

famílias se envolveram nas pesquisas

e na busca de materiais; as professoras

de biologia, de arte, de música e outras

contribuíram na exploração de obras

de artistas que retrataram o fundo

do mar e suas releituras; na busca de

informações ou vivência de momentos

de leitura de obras literárias de varia-

dos gêneros; no laboratório de ciên-

cias e no museu fixo; no contato com

compositores, que utilizaram o mar

como tema das suas canções. Desen-

volvemos ainda diversas atividades e

intensas discussões nas assembleias

realizadas em sala, ensejando a parti-

lha de conhecimentos significativos

para as crianças.

Foi organizado um telejornal para

apresentar as informações pesquisa-

das pelos alunos e uma entrevista com

a assistente do laboratório, formada

em Biologia, socializando-se assim os

novos conhecimentos. As crianças,

então, orgulhosamente apresentaram

às famílias e outros alunos o "Telejor-

nal Marista Paranaense", e a música

"Os peixinhos do mar", de Pixinguinha

(assista ao vídeo no Youtube; Mistérios

do Fundo do Mar - Infantil 5D ou pelo

endereço http://www.youtube.com/

watch?v=GlhQhuCRGqc).

No final do projeto, vimos crianças

com olhar de admiração em face dos

"mistérios do fundo do mar". Houve

ainda a compreensão de diversos pro-

cessos naturais e importantes, para a

continuidade desse sistema de vida.

Mas, mais importante do que isso,

percebe-se o interesse pela busca do

conhecimento, o prazer em investigar,

dialogar e aprender.

22 Educa� Educação Infantil

Descobertas sem fimProjetos de investigação incentivam o prazer pela aprendizagemFabiana Armacollo, Profª Educação Infantil

a pedagOgia de prOjetOs visa à

fOrmaçãO de sujeitOs ativOs,

reflexivOs, pesquisadOres,

cOmunicadOres e sOlidáriOs.

Mistérios do Fundo do Mar - Infantil 5D

http://www.youtube.com/watch?v=GlhQhuCRGqc

O tempo condiciona, em grande par-

te, a vida humana. Essa sucessão

de acontecimentos nos permite perce-

ber a vida de um modo particular: pas-

sado, presente e futuro. Porém, certas

experiências se tornam perenes quan-

do ultrapassam a barreira cronológica.

O V Missão Solidária Marista foi

uma dessas experiências. Durante uma

semana, 90 jovens maristas deixaram

suas férias de lado e doaram boa par-

te de seu tempo e de si mesmos para

outras pessoas. A comunidade do Jar-

dim Zanelatto, em São José/SC, viveu

dias diferentes com a presença desses

jovens, que visitaram as famílias, reali-

zaram oficinas educativas e recreativas

com as crianças e auxiliaram na refor-

ma de uma creche da comunidade. Mas

o que tornou o MSM uma experiência

duradoura foram as marcas deixadas

nessa juventude que se despojou e

assumiu esse compromisso: “É linda

e indizível a experiência de olhar para

baixo e ver uma criança de braços aber-

tos, levantados, e olhos brilhando para

você. E não importa se ela está suja ou

mal cuidada, a única vontade é de pegá-

-la no colo; dar um abraço forte; colocá-

-la nos ombros; não soltá-la mais.”, con-

ta o ex-aluno Guilherme Perotta.

É certo que a PJM (Pastoral Juve-

nil Marista), por meio dessa atividade,

selou o coração de muitos jovens, que

retornaram diferentes para suas casas:

“O Missão Solidária Marista mudou a

minha vida. Meus pontos de vista e

minhas concepções sobre as comu-

nidades e as pessoas que lá moram

mudaram completamente. Após uma

semana de obras, visitas e oficinas com

as crianças, volto com um gosto de

‘quero mais’. Fui para lá achando que

ajudaria e voltei tendo a certeza de que

fui ajudado.”, destaca o ex-aluno Pedro

Augusto de Oliveira.

Os dias de missão se encerraram e

cada um voltou para seu trabalho, para

a faculdade... Mas levaram um pouco

(ou muito) do que viveram naque-

les dias, o que se perpetuará em suas

memórias e ações. “Entendi que o ato

de se doar completamente é quase

sempre a própria recompensa”, conta a

ex-aluna Ana Gabriela Fioravanti.

24 Ser melhor

Experiência únicaParticipantes contam sua impressão ao participarem da Missão Solidária Marista Diogo Marangon Pessotto e Josemar Baldo Mandira, Agentes de Pastoral

meus pOntOs de

vista e minhas

cOncepções sObre

as cOmunidades e

as pessOas que lá

mOram mudaram

cOmpletamente.

após uma semana

de Obras, visitas

e Oficinas cOm as

crianças, vOltO cOm

um gOstO de ‘querO

mais’

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26 Caleidoscópi�

Trotes do Terceirão; todo sábado,

um tema diferente para descontrair.

O idealizador do Marista Music

Awards, professor Tony Serur, com o

troféu que os vencedores receberam.

Nova fachada e cobertura

da Educação Infantil

Recreios da PJM; todo mês

animando os alunos da manhã.

Nova sala de arte e música

no parque infantil

A banda de alunos animou o Music

Awards durante a contagem dos votos.

27Destaque

PEquENo caMPEão Destaque também para Guilherme

Lunardon Trevisan, da 5ª série A do Ensi-

no Fundamental II, que em 2010 disputou

alguns campeonatos de judô e teve colo-

cações muito expressivas.

• 3º colocado Campeonato Brasileiro

Interclubes (Budokan), disputado em

São Paulo-SP.

• Vice-campeão Paranaense, disputado

em Ponta Grossa-PR.

• 3º colocado no Campeonato Sul-Bra-

sileiro, disputado em Florianópolis-SC.

Um dos sonhos mais comuns entre

garotos em idade escolar é ser um

atleta de sucesso e, através disso, con-

quistar fama e prestígio. O que muitos

não sabem é que, para chegar ao topo,

é necessário muito treino e disciplina,

além de dedicação; o que não é tarefa

expedita para uma faixa etária acostuma-

da com a rapidez dos acontecimentos.

No caso de Daniel Nicola Martinez,

da 3ª série do Ensino Médio do Maris-

ta Paranaense, o esporte nunca foi um

problema. Desde pequeno, participou

de diversas modalidades no Colégio;

mas foi no judô que começaram suas

primeiras conquistas. Por oito anos

praticou a arte marcial, até que conhe-

ceu o basquete, graças a um colega que

treinava com ele e praticava a outra ati-

vidade na sequência. Os treinos para a

sua categoria eram apenas na sexta à

tarde, mas com o seu bom desempe-

nho, o técnico de basquete da época

o chamou para treinar com os mais

velhos no período da noite, nas segun-

das, quartas e sextas, o que lhe rendeu

o troféu de atleta revelação em 2006.

A partir daí, Daniel também come-

çou a jogar pelo Thalia, tradicional clu-

be curitibano, em que os atletas têm a

chance de ser federados, ou seja, jogar

pela Federação Paranaense de Basque-

te. O aluno marista participou de um

campeonato estadual, no qual o seu

time se destacou, assegurando-lhe uma

vaga na Seleção Paranaense sub 17 para

disputar o Campeonato Brasileiro de

Basquetebol Masculino, divisão espe-

cial. "A sua convocação é a recompen-

sa pelos anos de treinamento; além de

bom atleta, é um excelente aluno", con-

forme o professor terceirizado de bas-

quete do Marista Paranaense e Técnico

da Seleção do Paraná, Fábio Pellanda.

Daniel vai para Atlanta-EUA em

julho, em viagem de intercâmbio. Seu

maior sonho é conseguir uma bolsa de

estudos em uma boa faculdade esta-

dunidense, jogando basquete. Com o

seu potencial, este sonho pode tornar-

-se realidade. Esta é a torcida de todos

no Marista Paranaense.

DoS TaTaMESPaRa aS quaDRaSDestaque no Paraná, Daniel sonha com o basquete norte-americano

28 Diz aí

Eu fico o dia todo na internet. Diariamen-

te entro no Facebook, Orkut e Twitter, o

que dificulta o estudo. Quando sento

em frente aos livros, paro para pensar se

alguém me respondeu em alguma das

redes sociais. Aí vou verificar, achando

que vou ficar rapidinho; mas, quando

vejo, já estou há três horas. Para mim

atrapalha, mas ao mesmo tempo ajuda.

É impossível hoje alguém não ter acesso

à internet, todo o mundo tem que ter,

ainda mais adolescentes. É um tempo

para se relacionar com os amigos, não só

pessoalmente, mas virtualmente tam-

bém; é uma diversão a mais, mas é pre-

ciso saber conciliar com os estudos. O

celular é outra mania. Às vezes, na aula,

fico mandando mensagem para ami-

gas que estudam em outros colégios e

não presto atenção direito. Ipod eu uso

todos os dias; ouço música, fazendo

lição e até secando o cabelo, mas o meu

vício maior ainda é o computador.

Bianca Schemberk Chamma, 2ª série B do Ensino

Médio

Agora que estou no Terceirão, está

mais difícil ficar o tempo todo ligado

nas tecnologias, mas antes, eu chega-

va em casa e ia direto para o compu-

tador conferir as redes sociais, como

o Twitter, Orkut, Myspace, Msn etc.

Gosto muito de música, mas não sou

de ficar o tempo todo carregando MP3

para onde eu vou e o meu celular uso

mais para coisas sérias. Esses jogos e

aplicativos para telefone não sou mui-

to chegado. Neste ano, a Internet virou

uma ferramenta de estudo para mim.

Acredito que ela ajuda bastante, des-

de que seja usada conscientemente e

que se saiba administrar o tempo, para

não deixar acumular conteúdo. Uma

das melhores coisas da rede é poder

fazer trabalho em grupo sem sair de

casa. Desde pequenos temos aulas de

informática no Marista, e acredito que

esse incentivo do colégio colabora com

a inserção dos alunos no meio digital.

Tiago Galastri, 3ª série C do Ensino Médio

Quando preciso ler um livro, acabo

ficando entediada e caio na monoto-

nia. Hoje em dia, você encontra a mes-

ma leitura na internet, muitas vezes

comentada ou resumida. Para mim é

mais fácil assimilar uma informação

desta maneira. Eu me considero viciada

em tecnologia, ela traz muitos benefí-

cios, porém, se não houver a dose cer-

ta, pode atrapalhar. Ao estudar, acabo

perdendo tempo vendo outras coisas

que não são relacionadas ao conteúdo,

por isso, é preciso sempre se policiar

para buscar coisas na rede que real-

mente envolvam os estudos. A internet

nos ajuda a ter informações instantâne-

as, é ótimo para tirar dúvidas e buscar

novas fontes de pesquisa. Como estou

no Terceirão, tenho que ficar mais liga-

da nas dicas de sites indicados pelos

professores e nos exercícios extras que

eles colocam no portal do colégio para

ajudar no aprendizado.

Rhaiana Ferreira, 3ª série A do Ensino Médio

A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade

e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos

com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se

ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!

Tecnologia ajuda ou atrapalha?

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03544-AnBETEL_SOHO_CURITIBA_210x280-RF.pdf 1 4/5/11 12:59 PM

As crianças, como sujeitos dos atos

linguísticos, são falantes, ouvin-

tes, leitores e produtores de textos

(orais ou escritos) de vários tipos. Entre

estes textos se recortam, pela sua

peculiaridade, os textos literários e o

trabalho com eles persegue a realiza-

ção dos objetivos que enquadram os

conhecimentos a serem alcançados.

Estes são: valorizar as manifestações

literárias, procurando formar um leitor

/ ouvinte competente, crítico e sensí-

vel, e produzir textos do tipo literário,

para que explorem as possibilidades

expressivas da linguagem e coloquem

em jogo suas capacidades criativas.

Por reconhecer a importância da

literatura, a formação do leitor-produ-

tor no Colégio Marista Paranaense e

a delicada tarefa de seleção de textos

e ações didáticas nesse processo (os

diferentes gêneros literários, as diver-

sas obras de distintos autores nacionais

e internacionais, da Literatura Clássica

e contemporânea), segue um plane-

jamento gradativo, com critérios de

complexidade, qualidade literária e de

conteúdo, desde o Infantil 2 até o Ensi-

no Médio.

Desde a Educação Infantil, é fun-

damental o vínculo das crianças com

a literatura. Verdade que elas chegam

à escola com diferentes experiências

e conhecimentos de literatura (canti-

gas de ninar, brincadeiras baseadas em

poesias, contos que lhes tenham lido

ou narrado, livros que tenham explo-

rado). Cada grupo familiar lhes pro-

piciou isso em maior ou menor grau,

configurando uma bagagem muito

heterogênea com a qual os professo-

res se encontram e não devem rejeitar.

Tem de preservá-la e enriquecê-la e,

principalmente, trabalhar de maneira

sistemática, para garantir uma apren-

dizagem que resulte uma real iniciação

literária, que se aprofunda ao longo do

Ensino Fundamental.

Para o trabalho do primeiro semes-

tre de 2011, nas diferentes escolas da

Província Marista Centro Sul, por meio

do Projeto Biblioconexões, entra em

cena Monteiro Lobato, escritor brasi-

leiro imortalizado pela grandiosidade

de suas obras. Em contato com as lei-

turas, os alunos se encantam com as

histórias de Dona Benta, as irreverên-

cias da boneca Emília, o conhecimen-

to do Visconde no famoso cenário do

sítio do Pica-pau Amarelo. Quanto ao

Saci, não podemos nem comentar... só

peraltices! E tudo isso contextualizado

nos anos da I e II Guerra Mundial e com

30

Projeto Biblioconexões oferece aos alunos a oportunidade de explorar e adquirir práticas de leitura

Ler é uma delícia

Educa� Ensino Fundamental

repercussão em escritores como Ana

Clara Machado, Ruth Rocha, Érico Verís-

simo. Marina Colasanti... .

Neste projeto, em que diferentes

áreas se entrelaçam num trabalho inter-

disciplinar (Arte, Tecnologia, interação

família-escola), além de ressignificar o

espaço tempo das nossas bibliotecas,

nossos alunos têm a oportunidade de

explorar e adquirir práticas de leitura,

seja de forma autônoma ou mediada,

exercendo as tarefas que todo o leitor

põe em jogo.

"O desenvOlvimentO

de interesses

e hábitOs

permanentes

de leitura é um

prOcessO cOnstante,

que principia nO

lar, aperfeiçOa-se

sistematicamente na

escOla e cOntinua

pela vida afOra"Bamberger

A realidade dos tempos atuais exi-

ge nova postura educacional no

que se refere à preparação do jovem

para o ingresso no trabalho. A grande

maioria não tem noção do significado

abrangente de ter um objetivo de vida

conscientemente definido.

A escolha dos objetivos pessoais e

sua compatibilização com a primeira

“âncora” profissional, não constitui fácil

tarefa aos 16 ou 17 anos. Exige grande

autoconhecimento, informações sobre

a realidade do mundo ocupacional,

capacidade de análise e julgamento,

entre outras habilidades.

O processo de formação da iden-

tidade profissional, portanto, deverá

ser um momento de síntese, de evo-

lução e de amadurecimento. Mas, para

que esta aquisição se complete com

sucesso, o adolescente deverá passar

necessariamente por duas etapas. Em

uma primeira, ele deverá vivenciar um

momento de “crise” em que ocorre a

ruptura com os modelos familiares,

consegue fazer questionamentos, e

sente-se atraído por várias possibilida-

des. Diante de tantas perspectivas, fica

indeciso e muda de opinião tão logo se

sinta atraído por nova opção. Procu-

rar conhecer-se melhor: seus gostos,

interesses, habilidades e valores serão

essenciais neste momento de crise.

Justamente nesta fase de confli-

tos e de amadurecimento, ao longo

de todo o ensino médio, a escola e a

família deverão ter participação efeti-

va no processo: a escola proporciona

palestras, visitas, feiras de profissões;

o professor, por sua vez, tem a sua

disciplina e o diálogo próximo como

ferramenta para a contextualização

com a prática do trabalho. A família

pode-se dizer que escolhe junto com

o filho, com as mesmas ansiedades e

angústias. Deverá participar, conver-

sando sobre as mais diferentes áreas e

carreiras. Também é fundamental que

os pais percebam que os filhos devem

fazer a escolha adequada em face dos

seus próprios desejos e habilidades, ao

invés de projetar sonhos e frustrações

na escolha de alguém que tem uma

vida pela frente!

Em uma segunda etapa, o jovem

deverá ter atingido um nível de maturi-

dade para localizar uma área da realida-

de profissional, conseguir diferenciá-la

entre tantas possibilidades e assumi-la,

fazendo a escolha: é o que se denomina

de engajamento e comprometimento.

Assim, o melhor caminho será sem-

pre aquele que melhor consulta a nos-

sa liberdade de escolha, no processo de

crescimento e amadurecimento que

exprimem a grandeza da voz interior e

da nossa MISSÃO nesta vida.

32 Educa� Ensino Médio

Em nome do futuroEscola e família formam o alicerce importante da escolha profissional

Selena Maria Garcia Greca, Psicóloga. Especialista em Orientação Profissional e Desenvolvimento de Carreira.

O melhOr caminhO

será sempre

aquele que melhOr

cOnsulta a nOssa

liberdade de

escOlha

34 Gente noss�

A vida escolar é uma das melhores

fases da vida, na qual temos expe-

riências que serão lembradas para sem-

pre. Os primeiros rabiscos, as primeiras

amizades, as brincadeiras, os profes-

sores, os irmãos, os valores; tudo isso

fica guardado na memória de manei-

ra indelével, carinhosa e saudosista.

Quem estudou no Marista sabe bem

como é isso. Um lugar indescritível, em

que se quer estar 24 horas por dia, devi-

do ao clima familiar que proporciona.

Quem nunca reclamou de alguma aula

ou atividade que foi proposta? Naque-

le momento, pode-se não entender o

real objetivo; mas, com certeza, isto

fará diferença no futuro. É certo que

existem fases da adolescência em que

se quer estar longe; mas só depois de

estar distante é que o verdadeiro sen-

timento nostálgico aparece. Não é fácil

desprender-se deste elo que o Parana-

ense cria; a vida é muito mais que os

muros da escola; vem então a faculda-

de e com ela, o mercado de trabalho.

O sentimento de pertença à ins-

tituição Marista é enorme, tanto que

após terminar o período escolar, ex-

-alunos retornam para rever professo-

res e espaços que ficaram marcados.

Outros ainda acabam voltando como

funcionários, nas mais diversas áre-

as de atuação. É o caso dos ex-alunos

e agora colaboradores: Aline Barato,

professora terceirizada de iniciação

esportiva; Angelo Carnieri, Professor

Educação Física; Bruno Pucci, estagiá-

rio de Educação Física; Bruno Tocchio,

estagiário de Matemática; Bruno Bona-

migo, Departamento de Marketing; Eric

Bartnik, Núcleo de Atividades Comple-

mentares; João Guilherme Bendlin,

professor terceirizado de karatê; Lucas

Scorsin, professor terceirizado de Han-

debol; Maíra Prata, estagiária Educação

Infantil; Renato Baggio, professor de

Inglês; Rita Bermel, estagiária Educa-

ção Infantil; Rodrigo Zanin, professor

auxiliar; Sibele Dal’Col, Assistente Psi-

copedagógica Educação Infantil; Tean-

dra Farias, professora auxiliar; e Thais

Bueno, Departamento de TI.

No Marista, todo o funcionário é con-

siderado educador e deve ter inserto na

sua rotina de trabalho, independente

da função que exerce, o ideal proposto

por São Marcelino Champagnat: formar

bons cristãos e virtuosos cidadãos. Para

quem estudou e agora trabalha neste

ambiente, esta missão é ainda mais for-

te, pois desperta o desejo de que os atu-

ais alunos tenham no Colégio, as boas

experiências que um dia tiveram.

Sempre MaristaEx-alunos continuam sua história com o Paranaense agora como educadoresBruno Bonamigo

36 Vestibular

É preciso aprender a lidar com o problema da tensão pré-vestibularFabíola Almeida

Abaixo a TPV!

“Foi a melhor sensação do mun-

do!”. É assim que a ex-aluna

Marista, Iana Dornelas Fonte Boa, des-

creve o que sentiu ao ver o nome na

lista dos aprovados. Mas a caloura em

Direito lembra que a preparação não

foi fácil e no 3º ano chegou a recorrer

a acompanhamento psicológico para

controlar a ansiedade pelo vestibular.

Assim como Iana, vários estudan-

tes sofrem com a tensão pré-vesti-

bular (TPV). Um levantamento feito

com 1.046 vestibulandos verificou

que 56,3% apresentaram sintomas de

ansiedade, considerando os níveis de

intensidade leve, moderado e grave.

Dentre os estudantes que apresenta-

ram transtorno depressivo, destacou-

-se a prevalência mais elevada em

meninas (59,3%) do que em meninos

(28,4%). De todos os participantes da

amostra, 947 (90,5%) responderam

ainda que o vestibular alterou seus

hábitos de vida, sendo as principais

modificações na vida social com ami-

gos, no relacionamento familiar, no

sono, na atividade física e na alimenta-

ção. O estudo foi comandado pelo psi-

quiatra Daniel Guzinski Rodrigues, da

Universidade Luterana do Brasil (Ulbra),

e pela psicóloga Cátula Pelisoli, da Uni-

versidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS)*.

“ESTUDAR DEMAIS POR OBRIGAÇÃO PODE ATRAPALHAR MAIS DO QUE AJUDAR, PORQUE VOCÊ ACABA SE SOBRECARREGANDO E NÃO FIXA DIREITO O QUE APRENDEU. ACHO IMPORTANTE TER UM TEMPO PARA SE DIVERTIR E PENSAR EM OUTRAS COISAS, SENÃO FICA DIFÍCIL AGUENTAR A PRESSÃO DO VESTIBULAR.”Andre Luis Tavares

O ex-aluno Andre Luis Tavares, apro-

vado no Programa de Avaliação Seriada

(PAS), da UnB, e na Unicamp para o cur-

so de Ciência da Computação, reforça

a ideia de que a tranquilidade pode ser

um diferencial na hora de realizar as

provas. “Estudar demais por obrigação

pode atrapalhar mais do que ajudar,

porque você acaba se sobrecarregan-

do e não fixa direito o que aprendeu.

Acho importante ter um tempo para

se divertir e pensar em outras coisas,

senão fica difícil aguentar a pressão do

vestibular.”

TENSÃO PRÉ-VESTIBULAR Conhecida como TPV, a tensão pré-

-vestibular é quase inerente à vida dos

estudantes. Dificuldade de concentra-

ção, inquietação, dores de cabeça e

musculares, além de tonturas, são sin-

tomas típicos da TPV, de acordo com

a pesquisa. O medo da reprovação, as

incertezas relacionadas ao desempe-

nho no dia da prova, a forte cobrança

da família e de amigos, são situações

que acabam contribuindo para o sur-

gimento da ansiedade que, em muitos

casos, pode ultrapassar os limites da

normalidade e prejudicar o desempe-

nho.

A ex-aluna Fernanda de Carvalho,

recém-aprovada no PAS e no vestibu-

lar para o curso de Nutrição, conta que

com ela não foi diferente: “No último

ano procurei ficar mais calma e encarar

a prova com menos pressão, acho que

isso pode ter ajudado”.

A professora de Física Samara Mei-

ra acompanha os alunos na Central de

Vestibulares do Maristão, em Brasília, e

sugere que os jovens não mudem mui-

to a rotina: diversão, atividades físicas e

alimentação saudável ajudam a manter

o equilíbrio. “Exercite o pensar, exer-

cite a capacidade de crítica, exercite

o hábito da leitura”, destaca. Em resu-

mo, a TPV não mata, mas impede viver

intensamente um dos períodos mais

bonitos da vida.

* Para ler o artigo "Ansiedade em vestibulandos:

um estudo exploratório", de Daniel Guzinski Ro-

drigues e Cátula Pelisoli, disponível na biblioteca

on-line SciELO (Bireme/Fapesp).

Estamos acostumados a ouvir diversas recomendações sobre bons hábitos de estudo, como esco-

lher um local silencioso, manter uma rotina para fazer tarefas, estabelecer metas e limites, entre

tantas outras. Mas como sabemos se esses hábitos são realmente bons?

38 Como fazer

Ricardo Marchesan

Esqueça o que você sabe sobre hábitos de

Cérebro vivo é cérebro ativo!

“Pesquisas indicam que o cérebro inicia

um processo de declínio cognitivo já a

partir dos 25 anos de idade. É possível,

contudo, manter o cérebro afiado, adiar o

declínio das suas funções e habilidades, e

minimizar esse declínio, com atitudes ao

alcance de todos. Engajar-se em ativida-

des regulares de exercícios físicos e men-

tais, ajudam na estimulação do cérebro.”

Suzana Herculano, neurocientista, desde 2008 é

apresentadora e roteirista do quadro Neurológi-

ca, do Fantástico, e autora de seis livros, “Pílulas

de Neurociência para uma Vida Melhor”

DICA ESPECIAL

Uma excelente matéria publicada

no jornal "The New York Times" anali-

sou as descobertas mais recentes em

hábitos de aprendizado e descobriu

muitos resultados surpreendentes que

podem ajudar qualquer pessoa, desde

uma criança aprendendo a fazer con-

tas, a um idoso aprendendo um novo

idioma. Muitas destas descobertas con-

tradizem a sabedoria popular, como

por exemplo, ao invés de manter ape-

nas um local de estudo, simplesmente

alternar a sala onde a pessoa estuda

aumenta a retenção.

De acordo com o autor da pesquisa,

o cérebro faz associações sutis entre o

que se está estudando e as sensações

exteriores naquele momento, indepen-

dentemente dessas percepções serem

conscientes. Forçar o cérebro a fazer

Cientistas descobriram que o estu-

do espaçado de um assunto – uma hora

hoje, uma hora no final de semana e

uma hora daqui a uma semana – melho-

ra a capacidade de recordar esse assun-

to. Uma explicação é que o cérebro,

quando volta naquele material num

outro dia, precisa reaprender um pouco

daquilo que ele havia esquecido e esse

processo, em si, reforça o aprendizado.

Essa é uma razão pela qual os cien-

tistas julgam que os testes – ou provas

simuladas – são ferramentas podero-

sas de aprendizagem, além de mera-

mente ferramentas de avaliação. O

processo de se extrair uma ideia pare-

ce fundamentalmente alterar a forma

com que a informação é armazenada

subsequentemente, tornando-a bem

mais acessível no futuro.

Nada sugere que somente essas

técnicas – alternar ambientes de estu-

do, misturar conteúdo, espaçar as ses-

sões de estudo, fazer testes – resol-

verão os problemas de aprendizado,

pois a motivação também importa

muito. Mas, pelo menos, essas técni-

cas oferecem aos pais e estudantes

um plano de estudo baseado em evi-

dências, e não em sabedoria popular

ou teorias vazias.

Vale lembrar que a forma como

aprendemos importa não só para

retermos eficientemente algumas

informações para as diversas tarefas

que executamos todos os dias, mas

também porque o aprendizado induz

mudanças neuroplásticas no cére-

bro que, consequentemente, podem

aumentar nossas reservas funcionais

e nossa saúde.

* Ricardo Marchesan é sócio fundador do Cérebro

Melhor, empresa especializada em treinamento

cerebral por meio de jogos online.

múltiplas associações com o mesmo

material pode, na verdade, dar a essa

informação mais relevância neural.

Variar o tipo de material estudado

numa única sessão de estudos – alter-

nando, por exemplo, entre vocabulário,

leitura e conversação de um novo idio-

ma – parece deixar uma impressão mais

profunda no cérebro do que se concen-

trar apenas em uma coisa de cada vez.

Muitos atletas também costumam tam-

bém misturar seus treinos com séries

de força, velocidade e habilidade.

40 Como fazer

ALTERNE O AMBIENTE

Variar o ambiente onde se

estuda aumenta a retenção

da memória. Quando se tro-

ca de local, o cérebro faz associações

sutis entre o que se está estudando e

as sensações externas, sendo percep-

ções conscientes ou não. Quando for-

çamos o cérebro a praticar múltiplas

associações com o mesmo material,

essa informação passa a ganhar maior

relevância neural.

VARIE O MATERIAL A SER

ESTUDADO

Mesclar o tipo de material

numa mesma sessão de

estudos pode deixar uma impressão

mais profunda no cérebro do que se

concentrar apenas em um assunto de

cada vez. Assim como esportistas pos-

suem treinos alternados, poderíamos,

por exemplo, ter uma sequência que

passasse por vocabulário, leitura e con-

versação de um novo idioma.

ESTUDE ESPAÇADAMENTE

Quando montamos um cro-

nograma espaçado para a

aprendizagem de um deter-

minado assunto, como por exemplo,

uma hora hoje, uma hora no final de

semana e uma hora daqui a uma semana,

melhoramos nossa capacidade de recor-

dar esse tema. Ao voltar no material tra-

balho em um curto período de tempo,

nosso cérebro acaba reaprendendo uma

parte daquilo que ele havia esquecido,

dessa forma, se tornando um processo

de reforço de aprendizado.Alterar para:

“ ao voltar ao material trabalhado em um

curto período de tempo, nosso cérebro

acaba reaprendendo uma parte daquilo

que ele havia esquecido, dessa forma,

se tornando um processo de reforço de

aprendizado.

TESTES SÃO BEM VINDOS

As provas simuladas ou exer-

cícios são ótimas ferramen-

tas de aprendizagem e não

uma simples forma de avaliação. O

processo de se extrair o conhecimento

absorvido na resolução desses testes

acaba alterando a forma como essas

informações são armazenadas e, sub-

sequentemente, torna o acesso mais

fácil no futuro.

MOTIVE-SE

Assim como a prática, a moti-

vação é fundamental para o

aprendizado. Quanto mais

se pratica, mais chance o cérebro tem

de reforçar as modificações sinápti-

cas que constituem o que está sendo

aprendido. Quanto mais motivação se

tem, mais se pratica, mais importância

se dá ao aprendizado e, portanto, mais

facilmente acontecem as modificações

sinápticas do aprendizado.

Fonte: Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br)

Confira algumas estratégias que podem contribuir com os melhores hábitos de estudo, todas baseadas em pesquisas científicas:

hábitos de estudo campeões

OsEstreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

As coleções são apresentadas em embalagens bem atrativas!

O Kit do Aluno é composto de:

• 6 livros • 1 DVD

0800 772 2300

[email protected]

www.ftd.com.br

An_TECA.indd 1 10/05/11 11:11

Estreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

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42 Compartilhar

Não é preciso destacar o quanto a

rede mundial de computadores

revolucionou o dia a dia das pessoas e

transformou a sociedade. O que assus-

ta, ainda, é que por ser uma novidade

não há normas e leis específicas para

coibir os crimes praticados por meio

dos computadores. São fraudes finan-

ceiras, envio de vírus, roubo de senhas,

crimes contra a honra, calúnia, injúria,

difamação, cyberbullying (humilhação

de pessoas por meio de postagens na

Internet) e, talvez o crime mais preocu-

pante, a pedofilia.

“A despeito de terem sido criadas

delegacias especializadas, é importan-

te que todos os usuários da Internet

saibam que existem meios mais segu-

ros de usar a rede mundial, a partir da

adoção de alguns medidas práticas”,

destaca Luiz Flávio Borges D’Urso, Pre-

sidente da OAB SP, que organizou a

1 Lembre-se de que as relações esta-belecidas na Internet são relações inter-pessoais e, por isso, é importante ter os mesmos cuidados tomados no contato pessoal do dia a dia: não revele a estra-nhos informações pessoais que possam comprometê-lo ou comprometê-la, tais como: endereço, telefone, seu nome completo, nome de familiares, local de trabalho, nome da escola onde estuda, dados que indiquem sua rotina

2 Preserve sua intimidade: não divul-gue informações, contatos, fotos ou vídeos pessoais e tenha cuidado ao rea-lizar negócios e manter relacionamentos via Internet

3 Tome cuidado com novas amizades, procurando referências antes de consi-derá-las como conhecidas

4 Antes de publicar algo, lembre-se de que não são apenas os seus amigos e pessoas honestas que utilizam a Inter-net. Desconfie das pessoas e dos sites que desrespeitam as leis e promovem a intolerância ou se manifestam em desa-cordo com a ética

5 Utilize em seu computador um pro-grama firewall, um software antivírus e aplique mensalmente as atualizações mais recentes fornecidas pelo fabrican-te do sistema operacional e do software antivírus

6 Não clique em links da web pre-sentes em e-mails, nem abra arquivos anexos enviados por pessoas desco-nhecidas. Em caso de dúvidas entre em contato com o remetente da mensagem antes de clicar em um link ou abrir um arquivo anexo

A internet pode ser seguraPresença e diálogo são as grandes armas dos pais também no ambiente virtual

6 CUIDADOS PARA NÃO CAIR EM ARMADILHAS DA REDE

cartilha “Recomendações e boas práti-

cas para o uso seguro da Internet para

toda a família”.

SEM BARREIRASOs especialistas destacam que é

importante que a barreira digital que

separa os pais de seus filhos seja rom-

pida, já que muitos pais ficam alheios

à conduta de seus filhos no ambiente

virtual em razão do próprio desco-

nhecimento que têm a respeito da

informática. Respeitar a privacidade

dos filhos não pode ser sinônimo de

ausência de supervisão, de vigilância,

o que deve ser feito em consonância

com o respeito aos valores da pró-

pria família. É também essencial que

os filhos saibam que seus pais têm

conhecimento do que ocorre na Inter-

net e que podem confiar neles caso

sofram alguma agressão no meio vir-

tual. Além disso, é necessário que os

pais expliquem sobre a importância

do uso consciente da Internet e das

consequências que atitudes irrespon-

sáveis podem causar.

SERVIÇO: A Cartilha pode ser acessada no site

da OABSP, pelo link: www.oabsp.org.br/comisso-

es2010/crimes-alta-tecnologia/cartilhas/carti-

lha_internet.pdf

Jean-Dominique Bauby (Mathieu

Amalric) tem 43 anos, é editor da

revista Elle e um apaixonado pela

vida. Mas, subitamente, tem um

derrame cerebral. Vinte dias depois,

ele acorda. Ainda está lúcido, mas

sofre de uma rara paralisia: o único

movimento que lhe resta no corpo

é o do olho esquerdo. Bauby se

recusa a aceitar seu destino. Apren-

de a se comunicar piscando letras

do alfabeto, e forma palavras, fra-

ses e até parágrafos. Cria um mun-

do próprio, contando com aquilo

que não se paralisou: sua imagina-

ção e sua memória. Um livro para

refletir sobre a nossa mania de

autossuficiência.

QUEM INDICA: Cristiane Mazolla

Vieira, Assessora Psicopedagógica

(Ensino Fundamental II) do Colégio

Marista Santa Maria

"GERAÇÃO Y"Sidnei de Oliveira, Editora IntegrareO autor apresenta de forma sutil as

eras em que vivemos como sociedade:

era da terra (do feudo), era da força do

trabalho, industrial, da informação e a

que vivemos hoje, a era das conexões.

O livro situa as pessoas no tempo em

que vivemos e dá um "toque" de que

precisamos aprender a nos relacio-

narmos respeitando essa diferença de

contexto (essa conexão é de se relacio-

nar). Especialmente entre pais e filhos,

afinal, os pais devem entender que a

era de seus filhos é bem diferente da

qual viveram antes.

O AMOR FECUNDA O UNIVERSOMarcelo Barros e Frei Betto, Editora AgirDiz Leonardo Boff que “o propósito da

vida não é só a simples sobrevivência,

mas a realização das potencialidades

presentes no Universo e que querem se

expressar”. Este livro, cheio de poesia e

mística, quer nos convocar ao cuidado

com a vida, com a espiritualidade que dá

sentido a todas as expressões de vida.

Com tantas versões catastróficas sobre o

nosso planeta e sobre o nosso papel no

mundo, buscar caminhos de compro-

misso ecológico e espiritual torna-nos

ainda mais vinculados com a transfor-

mação da realidade, integrando-nos à

grande sinfonia da Vida.

QUEM INDICA: Marize

Mazzoli Rufino, Diretora

Educacional do Colégio

Marista de Londrina

Prateleira ídeo

QUEM INDICA: Ascânio

João Sedrez, Diretor

Educacional do Colégio

Marista Arquidiocesano

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

44 Solidariedade

“Um mundo melhor é o que todos

nós queremos para nossos filhos

e para todas as crianças e adolescen-

tes. Um mundo digno, que respeite

nossa liberdade e a diversidade ide-

ológica, religiosa, étnica e de gêne-

ro, e que respeite também nossa

integridade humana. E é por esse

mundo que devemos trabalhar”,

afirma Jimena Djauara N. C. Grigna-

ni, assessora da Rede Marista de Soli-

dariedade.

Mais que caridade, o comprome-

timento de todos com a construção

de uma sociedade mais justa é que

define a cultura da solidariedade,

tão discutida e aplicada em cada

uma das unidades Maristas. Afinal,

se você é incentivado a pensar e agir

por um mundo melhor, sua posição

sobre a vida e as demais pessoas

será diferente daquela de alguém

que aprendeu apenas a buscar o

primeiro lugar num mundo compe-

Em que mundo você deseja viver?Proposta Marista nos convida a fazer parte da cultura da solidariedade

titivo. Essa maneira de pensar vai

além da postura de ajuda ao outro e

busca uma interação de pessoas de

realidades sociais distintas numa via

de mão dupla onde todos ganham. É

como afirmava João Paulo II: ser soli-

dário implica uma “determinação fir-

me e perseverante de se empenhar

pelo bem comum” em busca da jus-

tiça social e da fraternidade.

Em resumo, a cultura da solida-

riedade vem para inverter a lógica de

um mundo regido pela competição.

“Só quando nos aproximamos de

outras realidades sociais e econômi-

cas é que podemos exercitar a coo-

peração. Este é um movimento com-

plexo, uma nova maneira de ver as

coisas, mas à medida que essa cultu-

ra for sendo compreendida e viven-

ciada pelas pessoas, naturalmente a

realidade do país se transformará”,

finaliza Jimena.

A partir do que indica a Missão Educativa Marista, educa-se na e para a solidariedade, pois

essa missão apresenta a Boa Nova, não apenas em termos pessoais, mas também a partir de

uma visão comunitária. Tal visão segue a lógica de Jesus Cristo, alcançando os mais empo-

brecidos, buscando o bem comum e assumindo a responsabilidade pelo presente e o futuro

da humanidade, assim como por toda a Criação.

Fonte: "Termos, Expressões e Valores Institucionais – Diretrizes para comunicação da Província Marista Brasil

Centro Sul – N°1".

BOA NOVA

A Rede Marista de Solidariedade acredita que a cultura e a arte transformam as realidades de pessoas e comunidades.

Novosjuventudes

cenáriosparaasinfâncias&

www.solmarista.org.br

Essência

A última grande Assembleia Geral do Instituto dos Irmãos

Maristas, ocorrida em Roma há dois anos, acentuou a

figura de Maria, mãe de Deus, como grande inspiradora e

protetora da obra marista no mundo.

Nos documentos publicados depois da Assembleia,

o exemplo de Maria e exaltação de suas virtudes foram

destacados, o que despertou a União Marista do Brasil

(UMBRASIL) a estabelecer um Ano Mariano. Com o tema

Maria no coração da Igreja e o lema Com Maria, para uma

nova terra, o Ano tem a perspectiva de reavivar a presença

de Maria na vida Marista e da Igreja Católica, contribuin-

do também como preparação para a comemoração dos

200 anos de nascimento do Instituto dos Irmãos Maristas

(1817-2017).

A celebração do Ano Mariano, no período de 25 de mar-

ço a 8 de dezembro de 2011, acontece em todas as Uni-

dades Maristas do Brasil por meio de atividades e eventos

nacionais. As ações propostas mostram que, sob diversos

títulos e matizes, Maria é retratada nas diversas culturas,

comunidades e povos como companheira, modelo de ins-

piração, força para acolher a realidade da vida e lutar para

sua transformação. Maria é a mulher plena de Deus, a mãe,

a irmã, a amiga, a intercessora junto a Cristo, solidária com

os pobres e humildes.

À Mãe,com carinhoMaristas do Brasil dedicam 2011 a Maria

TUDO POR MARIAInspirados em Maria, o marista se deixa transformar por ela para ser presença de qua-lidade na vida das pessoas, em especial dos que mais necessitam. Somos convidados a descobri-la como peregrina na fé. Como Jesus......ir ao encontro daqueles que estão à margem, fazê-los “avançar para águas mais pro-fundas” (Cf. Lc 5,1-4);...servir, escutando a voz serena e presente da Mãe: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5); ...celebrar a vida, processando a conversão do coração: “não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho?” (Lc 24,32); ...reafirmar a vocação e o desejo de ser filho e filha de Maria: “eis tua mãe!” (Jo 19,27).

Fonte: Documento de Orientações do Ano Mariano

“PARECE-ME QUE, ÀS VEZES, INCLUSIVE SEM DAR-NOS CONTA, SIMPLESMENTE

POR NOSSO MODO DE FAZER, POR NOSSAS OPÇÕES, POR NOSSA MANEIRA

DE RELACIONAR-NOS, MOSTRAMOS O ROSTO MARIANO DA IGREJA, QUE

REALMENTE QUEREMOS”Ir. Emili Turú, Superior-Geral dos Irmãos Maristas

Maria no coração da Igreja.

48 Inspiração

Uma célebre frase de Albert Einstein

ensina que “só há duas manei-

ras de viver a vida: a primeira é vivê-la

como se os milagres não existissem; a

segunda é vivê-la como se tudo fosse

um milagre”. De fato, entre o nasci-

mento e a morte, cada momento deve

ser vivido como um milagre. E nossa

medida de felicidade certamente será

proporcional à nossa sensibilidade para

enxergar cada um destes pequenos

dons que recebemos ao longo da vida.

Com apenas 18 anos, logo após a

conclusão da 3ª série do Ensino Médio

no Marista, Pauline Becker Zacaron ini-

ciou uma batalha pela própria vida e

precisou rapidamente rever esses con-

ceitos. Com dores fortes, descobriu

que possuía um tumor em um dos ová-

rios e, então, fez a primeira operação.

Mesmo depois da cirurgia, as dores

não só continuaram, mas aumentaram

ainda mais. Vários exames foram reali-

zados e constataram-se algumas man-

chas na coluna. A jovem submeteu-se a

mais uma cirurgia para retirada de um

fragmento da coluna para biópsia e foi

descoberto que o problema na coluna

era consequência de uma das células

que havia se deslocado do ovário. “Na

hora da notícia, o desespero tomou

conta de mim ao saber que estava com

câncer. Segurei firme na mão do médi-

co e de meus familiares e disse: “façam

tudo que tiver que ser feito com a ajuda

de Deus, mas não me deixem morrer”,

relembra Pauline.

Foi realizada, então, a terceira cirur-

gia; dessa vez, porém, para retirada da

vértebra onde o tumor se alojara. Após

o procedimento cirúrgico de 12 horas,

Pauline iniciou as sessões de quimio-

terapia, momento em que sofreu bas-

tante com os sintomas: enjoo, falta de

apetite e queda dos cabelos, entretan-

to, jamais perdeu o desejo de viver.

Hoje, três anos depois da descoberta

da doença, Pauline faz faculdade

de Administração, está plenamente

curada e, acima de tudo, muito feliz.

A doença lhe trouxe muitas lições e a

principal delas é de que cada momento

deve ser vivido em sua plenitude,

algo que todos sabem, mas poucos

colocam em prática verdadeiramente.

“Como o hospital em Criciúma fica

em frente ao Marista, o colégio foi a

primeira imagem que tive após levan-

tar da cama do hospital. Com a ajuda de

meus familiares, dei os primeiros pas-

sos até a janela e não consegui segurar

as lágrimas. O Marista abriu as portas de

uma educação de qualidade e a virtude

como família. Os amigos que formei

e os funcionários sempre estarão em

meu coração”, conta. Como para cada

um de nós, também para Pauline o

colégio estava associado às amizades,

aos valores universais e às coisas mais

significativas que constroem a nossa

vida. Ali ela havia sido feliz e presen-

ciado todos os milagres diários que só

uma criança é capaz de enxergar.

Por isso, fica a dica: nos momentos

de dificuldades, que tal lembrar dos

tempos de colégio? Pode ser que a for-

ça daquela criança seja tudo o que o

homem ou a mulher de hoje precisem

para vencer os problemas e continuar a

enxergar os milagres diários.

Você acredita em milagres?A ex-aluna marista, Pauline Becker Zacaron, venceu o câncer e encontrou novas maneiras de ser feliz

INFORME PUBLICITÁRIO

DIVERSÃO E CONHECIMENTO JUNTOS

É num cenário especial, que inte-

gra diversão com conhecimento,

que os alunos dos colégios maristas

de Londrina, Criciúma, Paranaense e

Santa Maria (Curitiba) estão aprenden-

do a fazer a diferença. Com modernas

ferramentas de eletrônica, informática

e mecânica, crianças a partir de cinco

anos constroem e desenvolvem proje-

tos incríveis com a orientação de pro-

fessores. É a L.A. Robótica Educacional,

uma rede de franquias presente em

quatro unidades do Marista e com pla-

nos de expansão.

Segundo o idealizador do proje-

to, o matemático Leandro Augusto,

a idéia principal do curso é propor ao

aluno o projeto e a construção de um

experimento investigatório e explo-

ratório que seja "divertido fazer". A

partir daí as crianças trabalham con-

DESENVOLVIMENTO

Confira o que a L.A Robótica Educacional

estimula e desperta nos alunos:

1. A curiosidade na criação e planeja-

mento de projetos

2. O interesse pelo estudo e análise de

mecanismos existentes

3. A compreensão dos conceitos físicos

presentes no cotidiano e as habilida-

des cognitivas, motoras e perceptivas

4. O curso amplia a visão de mundo

deles e estimula o sociabilizar do

aluno. Trabalho em equipe, a criati-

vidade e organização

INFORMAÇÕES:

www.laroboticaeducacional.com.br

ceitos e práticas de disciplinas como

matemática, física, eletrônica, infor-

mática, tudo isto com aplicação da

qualidade total. “Procuramos estimu-

lar o desenvolvimento e as habilida-

des do aluno na interação do uso de

novas tecnologias sempre de manei-

ra crítica e investigativa”, destaca o

professor.

Um dos pontos mais importantes

da robótica é o aprendizado conquis-

tado através do trabalho realizado

em grupo, desde a etapa de estudo.

Princípios de trabalho em equipe e

cooperação, que são exigidos na atu-

ação profissional, são desenvolvidos

nos alunos a partir de cada um dos

projetos. “O resultado é uma pessoa

muito mais preparada para enfrentar

os desafios educacionais e profissio-

nais”, finaliza Leandro Augusto.

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