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Em Infiltração e Drenagem (veja mais 18 artigos nesta área) Fissuras e Trincas em Fachadas Atualmente os ambientes urbanos são caracterizados pela paisagem acinzentada dos prédios que circundam as cidades, sendo que esse novo meio composto de edificações tem como semblante as fachadas dessas construções. Figura 1- Exemplo de prédios com fissuras e trincas em fachadas. Essas fachadas podem apresentar uma série de problemas em sua camada superficial, que acabam por comprometendo o apelo arquitetônico dessas construções, dando um aspecto de descuido as cidades. Alguns dos problemas mais comuns dessa camada superficial de acabamento, ou seja, o reboco, são as fissuras, trincas e desplacamentos, problemas esses caracterizados como patologias estruturais da argamassa de revestimento. Por definição, patologias são modificações estruturais e ou funcionais produzidas por doença no organismo (Aurélio 2006), ou seja, tudo que promove a degradação do material ou de suas propriedades físicas e ou estruturais o qual esteja sendo solicitado. No caso de argamassas, elementos utilizados como acabamento estético, proteção e cobrimento do concreto, as fissuras, além de causarem uma degradação de caráter estético, também se tornam pontos de infiltração de água, causando transtornos e problemas à obra. As causas das fissuras são bastante diversificadas, e podem ser divididas como de origem estrutural ou origem superficial. As fissuras estruturais, geralmente mais preocupantes, são ocasionadas

Em Infiltração e Drenagem

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Construção civil

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Em Infiltração e Drenagem (veja mais 18 artigos nesta área)

Fissuras e Trincas em Fachadas

Atualmente os ambientes urbanos são caracterizados pela paisagem acinzentada

dos prédios que circundam as cidades, sendo que esse novo meio composto de

edificações tem como semblante as fachadas dessas construções. 

Figura 1- Exemplo de prédios com fissuras e trincas em fachadas. 

Essas fachadas podem apresentar uma série de problemas em sua camada

superficial, que acabam por comprometendo o apelo arquitetônico dessas

construções, dando um aspecto de descuido as cidades. 

Alguns dos problemas mais comuns dessa camada superficial de acabamento, ou

seja, o reboco, são as fissuras, trincas e desplacamentos, problemas esses

caracterizados como patologias estruturais da argamassa de revestimento. 

Por definição, patologias são modificações estruturais e ou funcionais produzidas

por doença no organismo (Aurélio 2006), ou seja, tudo que promove a degradação

do material ou de suas propriedades físicas e ou estruturais o qual esteja sendo

solicitado. 

No caso de argamassas, elementos utilizados como acabamento estético, proteção

e cobrimento do concreto, as fissuras, além de causarem uma degradação de

caráter estético, também se tornam pontos de infiltração de água, causando

transtornos e problemas à obra. 

As causas das fissuras são bastante diversificadas, e podem ser divididas como de

origem estrutural ou origem superficial. 

As fissuras estruturais, geralmente mais preocupantes, são ocasionadas por: 

- Deformação excessiva da estrutura;

- Atuação de sobrecarga além das definidas em projeto;

- Recalques do sistema de fundação;

- Movimentação de lajes e vigas de cobertura. 

Figura 2 - Movimentação de estruturas causando fissuras e trincas

estruturais.

Já as fissuras superficiais, em geral, são causadas por:

- Retração hidráulica do cimento, que é ocasionada pela perda de água durante a mistura da argamassa, ocasionando uma heterogeneidade na reação do cimento, ou seja, algumas das partículas de cimento podem acabar por não reagir pela falta da água que evaporou durante a mistura da argamassa, gerando as fissuras. 

- Retração térmica, pois devido aos diferentes comportamentos dos materiais que compõem a argamassa (cimento, areia, cal, água e aditivos), frente a diferentes níveis de temperatura (aquecimento e resfriamento), ou seja, um material tende a retrair e dilatar mais que o outro, causando a geração de fissuras no conjunto. 

Figura 3 - Fissuras em argamassa de revestimento.

A solução para os problemas de natureza estrutural geralmente apresentam uma maior complexidade que os de origem superficial, pois envolvem projetos de recuperação das estruturas, demandando maior tempo e custo. 

Já as fissuras do revestimento superficial podem ser evitadas apenas incrementando-se a argamassa com fibras sintéticas.

As fibras sintéticas de polipropileno atuam no concreto em sua fase plástica, antes de seu endurecimento por completo, de modo a inibir a retração hidráulica, ou plástica, minimizando assim o problema de exsudação. 

Exsudação é a movimentação da água de amassamento da argamassa, até a superfície do revestimento, piso, ou afins, diminuindo a quantidade de água disponível para a reação com o cimento, causando assim a retração e a fissuração prematura da argamassa. 

O benefício proporcionado pela utilização das fibras de polipropileno se deve ao fato das mesmas adsorverem água, ou seja, conservarem água ao seu redor, controlando a hidratação do cimento, minimizando assim os problemas acima descritos. 

Figura 4 - Fibras de polipropileno FibroMac®.

Outro benefício das fibras de polipropileno é a redução do efeito “spalling” (efeito de explosão da argamassa ou concreto quando submetido a elevadas temperaturas, devido à vaporização da água presente nestes materiais), nestes casos, as fibras de polipropileno, quando submetidas a altas temperaturas (acima de 360°), se fundem, formando micro-canais que permitem a saída do vapor d’água. 

Na figura 5 é possível observar um micro-canal deixado no concreto pela fibra de polipropileno. 

Figura 05 - Micro-canal deixado no concreto pela fibra de polipropileno.

Quando expostas a um calor muito intenso, as argamassas tendem a sofrer com a vaporização da água e a perda de massa do material cimentício, podendo até mesmo sofrer uma ruptura imediata. 

A ocorrência deste efeito não é comum, pois geralmente as camadas de argamassa são muito mais delgadas que as peças que ela reveste, porém em situações de incêndio por exemplo, as placas de argamassa são as primeiras peças a se desprenderem, podendo gerar acidentes gravíssimos. 

Vale ressaltar que da mesma maneira como ocorre com os outros materiais componentes da argamassa, as fibras devem ser corretamente dosadas, de acordo com o traço desejado, e com um comprimento coerente com a aplicação a que a argamassa será destinada. 

Para o revestimentos de fachadas é indicado a utilização da FibroMac 6, que possui comprimento da ordem de 6,0mm, evitando assim problemas como o aparecimento de fibras á superfície garantindo a trabalhabilidade e aderência da argamassa de revestimento. 

Dessa forma, estima-se que o composto formado pela adição de fibras sintéticas de polipropileno a argamassa, possa ampliar as condições de uso deste material, melhorando assim suas propriedades internas e evitando problemas relacionados à fissuração ou trincamento do revestimento superficial, possibilitando a construção de edificações mais bem acabadas e bonitas. 

Figura 06 – Fachada com excelente acabamento arquitetônico.

Fonte: MaccaferriComentários

Trincas causadas por expansão da alvenaria 12

A parede precisa respirar. Aliás, os tijolos precisam respirar.

Durante o dia varia a umidade do ar. Ao amanhecer o ar está bastante úmido. As paredes, que possuem um efeito higroscópico, absorvem essa umidade e produzem uma expansão (se tornam maiores). Lá pelas 10 horas, com o sol, o ar se torna mais seco. As paredes perdem umidade e retraem (encolhem).

Se o revestimento das paredes não tiver condições de acompanhar esse movimento de expansão/retração, então destacam.

Veja a foto de um caso real:

  

 

Uma das finalidades da pintura é tornar a nossa casa mais bonita, agradável e gostosa de morar.

Outra finalidade da pintura (e esta é a principal) é de proteção, por que os materiais têm uma vida útil muito curta:

A madeira apodrece.A pintura retarda o envelhecimento dos

materiaisO ferro enferruja.

Você gasta um tempão para escolher o tipo de tinta, a cor da tinta, gasta um dinheirão para comprar e aplicar a tinta mas o resultado nem sempre é satisfatório.

Veja onde pode estar o problema:

O problema pode estar no ambiente que é muito agressivo. Muita chuva, muito sol, chuva ácida, umidade excessiva, pouca luz,

pouca ventilação, infiltrações.

O problema pode estar na pintura. Tinta errada, mal aplicada, pouco poder de cobertura, demão muito grossa, sem selante,

camada muito fina.

O problema pode estar no reboco que foi mal preparado. Nos prédios antigos, o reboco pode estar envelhecido e acabado.

O problema pode estar no prédio. Esqueceram de instalar pingadeiras, soleiras e outros elementos de proteção.

O problema pode estar no prédio.

Muitos arquitetos e engenheiros, principalmente aqueles que estão no início da carreira, não têm ainda a experiência suficiente para projetar todos os detalhes importantes de um prédio.

Assim, não colocam certos elementos importantíssimos para a proteção e o bom funcionamento do prédio.

Veja nesta páginas os erros mais comuns:

 

Manchas sob janelas são produzidas pela poeira acumulada no peitoril e que é transportada pela chuva. Vejo como ocorre:

Em dias ensolarados, poeiras são transportadas pelo vento. Essas poeiras irão depositar-se nos peitoris de janelas e topos de muros.

Quando vem a chuva, as primeiras gotas irão acumular-se nos peitoris misturando-se à poeira depositada formando um caldo. Este caldo escorre pela parede. Ocorre que a parede está seca e, como um mata-borrão, absorve esse caldo.

A poeira irá fixar-se firmemente no revestimento da parede formando manchas difíceis de serem removidas.

Uma solução seria a instalação de pingadeiras para o caso de peitoris de janelas, ou de rufos no caso de muros.

IMPORTANTE Alguns cuidados devem ser tomados para que uma solução não venha a criar um outro problema.

ERROS MAIS COMUNS: 

1 – Há infiltração de água pela abertura existente entre a placa de impermeabilização e o caixilho (caso 1 no desenho acima). Muitas pessoas colocam borracha de silicone nessa abertuera, achando que a borracha de siliconte vai impedir a penetração de água. Não adianta colocar borracha de silicone pois o silicone não adere (não gruda) na madeira (esquadria de madeira) e também não adere no alumínio (caixilho de alumínio).

2 – Há infiltração de água por dentro do caixilho, pois o caixilho de alumínio é fabrficado com peças ôcas que permitem que a água da chuva infiltrada corra por dentro do caixilho.

3 – A Placa de Impermeabilização não apresenta caimento suficiente para que a água da chuva consiga carregar o pó acumulado no peitoril.

4 – A Placa de Impermeabilização é reta na parte de baixo e não consegue “jogar para fora” a água que está escoando. A água da chuva escoa pela parede produzindo manchas escuras. Para funcionar como pingadeira, a placa precisa ter uma saliência de pelo menos 4 centímetros para fora da parede.

5 – Há infiltração de água pelos furos de ganchos e parafusos de fixação de Telas de Proteção.

Estamos chamando de Placa de Impermeabilização, qualquer componente instalado no peitoril como placas cerâmicas, placa de mármore, placa de granito, etc.

O QUE DEVE SER FEITO:

1 – A Placa de Impermeabilização deve ser inteiriça pegando toda a largura da parede, até a parte

interna. Na parte interna ela deve ficar por cima do revestimento interno. Para fazer o acabamento

interno, aplicar uma guarnição.

2 – A Placa de Impermeabilização deve ter um caimento MÍNIMO de 2% (dois porcento). Esse

caimento é importante para que a água da chuva consiga carregar a poeira acumulada na peitoril. Com um caimento menor que 2% a água vai mas a poeira

fica.

3 – A Placa de Impermeabilização deve ter, na parte inferior, um rasgo ou um sulco chamado pingadeira.

Isso é importante para que a água que está escoando não seja atraída pela parede.

 

 

4 – A distância entre o sulco e a parede deve ser de no mínimo 4 centímetros. Essa medida é entre a parede e

a borda interna do sulco.

5 – Não colocar borracha de silicone ou outro tipo de vedante na parte de baixo da janela, no vão entre a janela e a Placa de Impermeabilização. A água que

corre por dentro dos perfis precisa de um lugar para sair. Se você colocar vedante nessa abertura a água

vai começar a sair pela parte interna do quarto.

6 – Ao instalar Rede de Proteção, não esqueça de fazer uma boa impermeabilização em todos os furos. Um bom produto é aplicar borracha de silicone nos furos

antes de introduzir a bucha de nylon.

 

Nos muros e muretas, aplicar um rufo metálico do tipo chapa galvanizada com o seguinte perfil:

 

NOTA: Bolar um bom sistema de fixação do rufo, de preferência uma forma em que o rufo é apenas

encaixado sob pressão.

Não furar, nem colocar pregos ou parafusos na parte de cima do rufo.

 

Na parte de baixo do rufo, deixar uma dobra que fique pelo menos a 3 centímetros da parede. Isso é importante para que a água da chuva não corra pela parede produzindo manchas

escuras.

 

 

PARTES AINDA EM CONSTRUÇÃO ......

1 - Parapeito de Janela sem revestimento.

FOTO COM TRINCA NOS CANTOS

2 - Revestimento de proteção sem pingadeira:

FOTO COM MANCHAS NA PAREDE SOB JANELA

3 - PAREDE LISA FORMA TORRENCIAL QUE ACUMULA NO PEITORIL DA JANELA

FOTO COM COBERTURA SALIENTE.

3 - FECHADURA ELETRICA NO LADO DO PORTÃO

FOTO MOSTRANDO FIOS 

O substrato é o material que vai "segurar" a pintura.Pode ser a parede, alvenaria, o emboço, o reboque, o revestimento, a porta, a janela, etc. Veja alguns componentes que podem fazer parte do revestimento de uma parede:

Os problemas no substrato, que repercutem na pintura, podem ter diversas causas, sendo as mais comuns:

1 - Problemas causados pela má preparação do substrato:

1. Presença de pó, graxa ou gordura no ato da aplicação da pintura. A superfície a ser pintada deve ser cuidadosamente escovada para remover todo o pó;

2. Presença de umidade. Na pressa de entregar o serviço, a tinta é aplicada com a parede ainda úmida.

3. Aplicação de selante, impermeabilizante, massa corrida, etc. incompatível com a tinta.

2 - Problemas causados por defeitos no substrato:

1. Substrato não totalmente curado. O motivo pode ser a pressa. Entretanto, constatamos que uma boa parte dos casos decorre do desconhecimento do processo de cura do hidróxido de cálcio;

2. Substrato excessivamente poroso absorveu o veículo da tinta;

3. Aplicação de selante; impermeabilizante, massa corrida, etc. incompatível com o substrato;

4. Superfície do substrato excessivamente lisa;5. Presença de agentes aditivos como

aceleradores de cura, facilitadores de desforma, etc;

6. Surgimento de umidade devido a infiltrações por falha da impermeabilização da laje ou da parede;

7. Presença de alga, bolor ou fungo em substratos velhos;

8. Umidade na parede por ascensão da umidade do solo;

3 - Problemas causados pelo substrato que ficou ruim depois de um certo tempo:

1. Infiltração de umidade através de trincas;2. Infiltração de umidade pela junta de dilatação

térmica onde o mata-junta pifou;3. Desagregação do material como tijolo mal

queimado; bloco com insuficiência de cura, etc;

4. Exposição excessiva às intempéries (sol e chuva);

5. O emboço foi pró brejo pois teve a sua vida útil esgotada.

 

VEJA ALGUNS EXEMPLOS ILUSTRATIVOS:Infiltração de UMIDADE com a instalação de COLÔNIAS DE

MICROORGANISMOS (mofo, bolor, fungo ou alga). Como um câncer, a colônia vai penetrando na pintura, depois no restimento e depois da

alvenaria.

Infiltação de ÁGUA atravé sde uma TRINCA NA LAJE. As melhores impermeabilizações, quando

submetidas a violentas variações térmicas, não resistem e trincam,

deixando a água passar.

Tijojo cerâmico MAL QUEIMADO. Se torna expansível, perde aderência e deixa o revestimento se destacar.

A UMIDADE DO SOLO sobe pela parede por falta de impermeabilização do baldrame.

Infiltração de UMIDADE pela JUNTA DE

DILATAÇÃO TÉRMICA de lajes e paredes que

geralmente não recebem fita

bloqueadora de água (fugen band).

O EMBOSSO foi "PRÓ-BREJO", isto é, perdeu a coesão interna. A chuva "lavou" a cal do

revestimento, sobrando só areia.

Elemento MATA-JUNTA da junta de dilatação térmica expirou sua vida útil. A água da chuva passou a entrar através da junta de dilatação térmica.

Essa água que infiltra é rica em carbonatos e vai provocar MANCHAS NOS CARROS (se a laje for de garagem) que não saem com facilidade.

Em todos esses casos é imprescindível a eliminação total das causas. Uma pintura feita sem a eliminação

das causas é uma pintura perdida.

ALVENARIA: Parede feita de materiais que se coloca um a um, um sobre o outro, como numa pilha, amarrados (ou colados) com uma argamassa. Os materiais mais comuns são: tijolo de barro, pedras e blocos de concreto. A pessoa que confeciona a alvenaria é conhecida como alvanel ou pedreiro.

CHAPISCO: Argamassa rica em cimento que vai formar em superfícies lisas um contato áspero para que o emboço tenha uma melhor condição de aderência.

ARGAMASSA: Material (ou produto) aglutinate, pegajoso, preparado para o assentamento de tijolos ou revestimento de paredes. Na construção civil, as

argamassas são misturas de areia com algum aglomerante. O aglomerante mais empregado é a Cal e o Cimento.

DESAGREGAÇÃO: Falência do poder coesivo de materiais agregados. No caso de argamassas, a mistura feita com pouco cal ou o revestimento exposto às intempéries, fazem com que a argamassa tenha baixo poder coesivo deixando a areia solta. A areia se solta simplesmente passando a mão sobre ela.

EFLORESCÊNCIA: Formação de depósito de sais.Algumas impuresas contidas na areia, por exemplo, podem provocar reações químicas indesejáveis. Impuresas mais comuns: ferrugem, mica, pirita e materiais orgânicos.Estas impuresas reagem com sulfatos e hidróxidos da cal ou do cimento, produzindo sais avermelhados, amarelados ou escuros.

EMBOÇO: Primeira camada de argamassa que torna plana a superfície irregular formada pelos tijolos e que serve de base para o revestimento.

MASSA CORRIDA: Massa compatível com a tinta que vai formar uma superfície lisa. MASSA FINA: Argamassa de cal e areia que dá o acabamento final, liso, em paredes

que serão pintadas. PULVERULÊNCIA: Estado do que é pulverulento, isto é, coberto ou cheio de pó.

Certos componentes como a massa corrida, reagem com a umidade, resultando em um pó branco sem coesão. A aparência é como se alguém tivesse jogado um punhado de farinha sobre a parede.

REBOCO: Camada de argamassa que serve de acabamento. Conhecido também como REBOQUE.

SELANTE: Espécie de tinta que vai vedar (tampar) os poros de um reboco ou massa fina para que a tinta não seja toda absorvida pelo reboco.

SUBSTRATO: O material a ser protegido pela tinta. Pode ser a parede, a porta, a janela, o revestimento, etc.

TINTA: O material que se aplica sobre o substrato com a finalidade de oferecer uma proteção. As tintas, em geral, são líquidas mas podem ser do tipo pó como nas pinturas eletrostáticas.

A tinta, antes de ser um elemento estético que vai decorar aquele ambiente, é um elemento protetor que vai proteger o material (revestimento, madeira, aço, etc.) da agressão dos agentes externos.

A escolha e a aplicação das tintas deve ser feita com muito critério. Veja algumas recomendações básicas:

1. Escolher o tipo de tinta em função do material que compõe o substrato e não por razões estéticas ou subjetivas;

2. Seguir à risca as recomendações feitas nas embalagens.3. Quando o conteúdo das embalagens não for

suficientemente claros, solicitar maiores esclarecimentos ao vendedor.;

4. Compre sempre a tinta em lojas especializadas onde você poderá obter as orientações corretas;

5. Definir os procedimentos, número de camadas, prazos de cura, etc. com a supervisão de um técnico experiente (pintor habilitado);

6. Definir a vida útil da tinta. Nenhuma tinta é para sempre;

7. A nova pintura deve ser providenciada antes que a pintura atual esteja totalmnte deteriorada. Quando isso acontece há alteração do substrato ocasionando a necessidade de tratamento de recuperação do substrato.

Veja alguns problemas mais comuns:

1. Falta de resistência à agressão dos raios solares. Perda do brilho e pulverulência;

2. Baixa flexibiliade, não acompanha os movimentos do substrato e ocasiona fissura e trincas;

3. Baixa resistência a álcalis e outras substâncias do substrato. Película fica pegajosa e com sinais de bolhas;

4. Aplicação prematura das camadas devido à pressa. Aparência enrugada;

5. Camada de tinta muito grossa. Enrugamento.

PULVERULÊNCIA TINTA ENVELHECIDA

Lei N0 11.762 que entra em vigor em 31/01/2009 estabelece que as tintas não poderão ter em sua fórmula chumbo em concentração igual

ou superior a 0,06% em peso.

O ambiente exerce uma influência muito grande na eficiência da tinta assim como na sua durabilidade.

Áreas externas sujeitas a sol forte, chuvas e variações bruscas de temperaturas,

Áreas internas com presença de ácidos e álcalis como em laboratórios, produtos orgânicos como em cozinhas ou a falta ou insuficiência de renovação de ar.

Veja alguns casos mais comuns:

1. Alta agressividade dos raios solares devido a poucas nuvens ou paredes voltadas diretamente para a direção do sol. Perda de brilho e pulverulência;

2. Ambiente escuro e úmido (sem ventilação) favorece a instalação de agentes biológicos agressivos como bolor e fungos;Ambiente agressivo (laboratórios) devido a presença de ácidos e álcalis;

3. Compartimento sem ventilação ou que não permita a renovação do ar como em caixas d'água. Isso é um erro de projeto, mas é um erro muito comum;

4. Secagem muito rápida pela presença do sol ou vento. Não há cura completa da tinta e a superfície fica enrugada e com fissuras;

5. Surgimento de mina d'água, vazamento de esgoto, vazamento de água pluvial;

6. Falha ou falta de manutenção adequada nas instalações;7. Manchas na parede por falta de pingadeira.

INFILTRAÇÃO DE ÁGUA POR FALHA DA IMPERMEABILIZAÇÃO

DA LAJE

INFILTRAÇÃO DE UMIDADE NA PAREDE

POR FALHA DA IMPERMEABILIZAÇÃO

EXTERNA.

SOL E CHUVA

MANCHAS NA PAREDE DEVIDO À FALTA DE PINGADEIRA

FALTA DE RESPIRO NA CAIXA D'ÁGUA.

FALTA DE RESPIRO NA CAIXA D'ÁGUA. A UMIDADE CONDENSA.

FALTA DE RESPIRO NA CAIXA D'ÁGUA

FALTA DE MANUTENÇÃOANTES DEPOIS

MINA D'ÁGUA

Fissuras por Retração 34Todos os materiais retraem (diminuem de tamanho) quando secam.

Quanto mais água na argamassa, maior a retração.

  

Quanto mais fresco o cimento, maior a retração.

Quanto mais quantidade de cimento na argamassa, maior a retração.

Veja a foto de um caso real: