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Boletim Paroquial de Em Cr Em m So Or Ca Ja Es “C e São Pedro da Cova m rescimento… m movimento... olidariedade ração antar as aneiras spaço Catequistas”

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Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

EmCrescimento… Emmovimento... Solidariedade Oração Cantar asJaneiras Espaço “Catequistas”

Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

Em Crescimento…

Em movimento...

Solidariedade

Oração

Cantar as Janeiras

Espaço “Catequistas”

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ACABAR COM A POBREZA A mensagem do Papa Bento XVI para o dia mundial da Paz (1 de Janeiro) reflecte, entre outras coisas, a relação que há entre a paz e a pobreza. Ou, como diria Paulo VI, “a justiça é o novo nome da paz”. Ao contrário do que se possa pensar, acabar com a pobreza não é um desejo de todos. Poderia aparecer como uma utopia, como um desejo entusiasmante, como um consenso global. Mas, a verdade é que a pobreza interessa a muitos: especialmente àqueles que preferem a ignorância e a dependência para continuarem a reinar, o que quer dizer que inclui os caciques de África como os administradores de algumas multinacionais. Aliás, entre eles não há muita diferença e, por isso, se reúnem de vez em quando para acertar a forma de repartir entre si o quinhão que é roubado cada dia aos mais pobres. Hoje em dia, todos vamos descobrindo, às vezes de modo muito violento, a importância da economia. Nos nossos dias, mais do que a democracia ou os direitos humanos ou a liberdade, é a economia que nos preocupa a todos e divide as opiniões dos “importantes”. Se a economia quer dizer o direito a todos poderem viver dignamente, a possuírem o suficiente para sobreviverem e se desenvolverem, e que esse direito é igual para todos, então estou de acordo que esse seja um objectivo essencial de qualquer sociedade. Mas, tanta análise económica tem servido é para promover novos cargos directivos, diminuir o emprego, arruinar muitas famílias e manter os pobres fora das decisões e longe do “bolo” que pertence a todos. A crise económica de que tanto se fala não é nova para os pobres. Só os mais ricos é que começaram a perceber que afinal, talvez não chegue para eles, para manterem os seus níveis de vida elevadíssimos e, por isso, decretaram uma crise, uma recessão, para, assim justificados, poderem ainda apertar o cinto aos que já estão habituados a não ter nada. Não fossem os pobres que mais sofressem sempre, gostava de ver uma crise a sério: que os empresários soubessem o valor dum ordenado, que os deputados soubessem o valor duma pensão mínima, que os políticos soubessem o valor duma pensão

mínima, que os políticos soubessem o que é um contrato a seis meses… Assim uma crise que eu pudesse escolher os atingidos. Talvez assim a economia fosse levada a sério: iguais oportunidades para todos, trabalho para todos, habitação para todos, alimentos para todos, cultura para todos. Sou suficientemente adulto para saber que isso não é possível, mas, também sou suficientemente atento para perceber que há muitos que se aproveitam e que uma ambição desmedida, uma concorrência selvagem e os monopólios disfarçados, esses sim, têm produzido muita desgraça. Acabar com a pobreza é um bom desejo mas, ninguém tem uma receita mágica. Contudo há medidas a tomar que são simples quando há boa vontade e têm sido impossíveis porque as riquezas têm de continuar a crescer e os tiranos têm de continuar a mandar. O que diz o Papa é muito importante e todos devíamos saber: não há paz enquanto houver pobreza. O que quer dizer que os pobres têm direito à guerra? Talvez seja exagerado mas, por vezes, parece-me que pode ser verdade. Há muitas formas de pobreza e a maior de todas é, sem dúvida, a incapacidade de alguns em construir a sua vida, em tomar a suas vidas nas próprias mãos. Havia um lema que ainda pode ser actual: ninguém é pobre senão de cabeça. É claro que não é tudo: também há algumas condições exteriores que têm muito peso. Contudo, a capacidade de iniciativa, a auto-determinação, o discernimento, a exigência de vida, a perseverança, a vontade de trabalhar… são atitudes que se cultivam desde cedo e que, depois, são tão importantes para construir a nossa vida. E isto tem a ver com as várias formar de pobreza: material, social, moral, espiritual… O que é que temos feio para mudar isto? Muito pouco, confesso-me já. Mas, não se pode falar da pobreza, como da crise, sem que nos sintamos chamados a ter um papel activo, nem que seja nos nossos vizinhos e com os que conhecemos. Mudar o mundo começa por nos mudarmos a nós mesmos; acabar com a pobreza começa por tentarmos ajudar aqueles que conhecemos. Sei que é muito difícil mas continuo a acreditar que não é impossível. Umas mãos estendidas não são um pedido, são um desafio…

Pe. Fernando Rosas

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ESCUTEIROS

Agrupamento 892 - S. Pedro da Cova

No passado dia 16 de Janeiro, realizou-se o Conselho de Agrupamento. Neste estiveram presentes todos os Dirigentes, Caminheiros e ainda o Senhor Padre Fernando Rosas.

O objectivo deste Conselho é a aprovação de documentos relativos ao agrupamento e conta com a opinião de todos. Na primeira fase do Conselho, foi debatido o Relatório de Contas do ano escutista passado (2007/2008). Cada elemento teve oportunidade de esclarecer as suas dúvidas e fazer sugestões para melhoramento no futuro. Seguidamente, houve uma votação, onde o Relatório de Contas foi aprovado por unanimidade. Após o encerramento do ano escutista anterior, foi necessário debater o novo futuro. Sendo assim, foi apresentado um Orçamento, feito pelo tesoureiro do agrupamento. No documento existiam dados e perspectivas relativamente ao dinheiro que poderá vir a ser gasto. Para além deste orçamento, existia um Plano de Actividades que estava contabilizado no orçamento. Após discussão sobre alguns pontos cruciais, surgiu a votação e o Orçamento e Plano de Actividades para o ano 2008/2009 foram aprovados por maioria.

Por fim, o Senhor Padre encerrou o Conselho com umas palavras de reflexão e os escuteiros foram para suas casas.

Daniela Santos

ESCUTEIROS REALIZAM PROMESSAS

“Prometo, pela minha Honra e com a Graça de Deus…”

Será com estas e outras palavras que os noviços e aspirantes do Agrupamento da nossa Paróquia irão realizar/renovar a suas promessas de escuteiros.

A vigília está marcada para dia 21 de Fevereiro e as promessas acontecerão no dia 22, na nossa Igreja Matriz. Será com certeza um momento marcante, senão único, na vida destes jovens.

GRUPO DE ACÓLITOS Na Igreja Paroquial já iniciamos a preparação dum Grupo de Acólitos: estão inscritos oito e, em breve, começarão a exercer as suas funções. O Acólito é aquele que serve a liturgia, que está ao serviço de Deus e de todos para que a Liturgia seja bela e ordenada e possa ser uma verdadeira oração. Para isso, precisa de se preparar, conhecer bem a Liturgia e vivê-la com entusiasmo e interioridade. Para já somos oito mas, esperamos que venham a ser muitos mais para que todas as Missas possam contar com esse serviço.

NOITE DE FADOS, GUITARRADAS E MUITO MAIS…

No dia 7 de Fevereiro, sábado, haverá uma noite especial na nossa cripta com Fados e a actuação duma Tuna. Tudo para animar o frio do inverno e ajudar a angariar fundos para as nossa obras. O nosso bar também vai estar em funcionamento: quem quiser pode vir jantar a partir das 20.00 H. e ficar para o serão. Haverá bifanas, caldo verde, etc. É, portanto, um convite duplo que se faz a todos. O jantar é conforme o que cada um comer; o espectáculo custa 5,00 € (um preço de crise!). Apareçam: lá nos encontramos.

ENCONTROS SOBRE A FAMÍLIA O grupo de Pastoral da Família de S. Pedro da Cova organizou um pequeno ciclo de serões dedicados à Família, com assuntos variados que interessam a todos. Para tomar nota na agenda: 31 de Janeiro: Matrimónio e Vida Familiar (Drº Luís Martinho) às 21.30 H.; 28 de Fevereiro: Porquê casar pela Igreja ? (Drº Mário Monte) às 21.30 H.; 15 de Março: Família, fundamento da Igreja e da sociedade (Pe. Fernando Rosas) às 15.00 H. em colaboração com o grupo de Pastoral Familiar da Vigararia de Gondomar. Todos estes encontros serão na cripta e com entrada livre.

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CANTAR AS JANEIRAS

«Vamos cantar as Janeiras, vamos cantar as Janeiras...». Talvez sejam estes os versos mais relembrados quando se fala das Janeiras. Esta tradição, também conhecida como Cantar os Reis ainda tem alguns fiéis participantes em Portugal. Em Janeiro, na maior parte das vezes a 6 de Janeiro, Dia de Reis, grupos de rapazes e raparigas saem para a rua e vão cantando de porta em porta. Com a ajuda de vários instrumentos musicais e puxando pela voz, os cantadores recorrem à imaginação para criar quadras originais. Porta a porta, família a família, os grupos visitam as casas com a sua cantoria. Em troca, esperam receber uma recompensa (as janeiras) e, muitas vezes, no final da jornada de música os cantadores acabam com os «bolsos» cheios de salpicões, linguiças, castanhas, figos secos, amêndoas e vinho. No final, o total pode ser dividido por todos, entregue à Igreja ou servir de mote para a organização de uma festa. Como é evidente, o costume de cantar os Reis ou as Janeiras prende-se com a tradição Cristã do nascimento do menino Jesus e das oferendas feitas pelos Reis Magos quando estes se dirigiram à lapinha de Belém. Não obstante e à semelhança do que sucede com as demais festividades de índole cristã, também esta possui raízes bem mais profundas que remontam ao paganismo primitivo e que se relacionam com as festividades solsticiais que ocorriam precisamente na mesma altura a que foi atribuído o nascimento de Jesus. A nossa civilização cristã mais não faz do que assimilar tais costumes antiquíssimos conferindo-lhes uma nova interpretação mais consentânea com os seus ensinamentos bíblicos. Por conseguinte, o costume permanece e chega até nós, graças à tradição, atravessando gerações e sofrendo as influências de cada época. E, o que se afigura mais notável, numa altura em que a toda actividade humana é retirada a sua sacralidade que caracterizava as sociedades antigas, a espiritualidade cede o lugar aos bens materiais e outras ilusões terrenas, eis que o homem faz renascer de novo as suas velhas tradições e estas regressam cada vez com maior brilho e fulgor. É, que sob pena de um retorno à condição animal, o ser humano jamais pode abdicar da sua essência da qual faz parte integrante a sua própria dimensão espiritual. Neste sentido, e de forma a dar continuidade a esta bela tradição, os coros litúrgicos da nossa paróquia uniram esforços e andaram a cantar as Janeiras pela freguesia, entoando cantigas de Boas Festas a todos os que os quiseram ouvir. Nem mesmo o frio que se fazia sentir os fez ficar no aconchego dos seus lares.

ACÇÃO DE SOLIDARIEDADE

No passado dia 13 de Dezembro, o Grupo Coral Juvenil de São Pedro da Cova colocou em prática a iniciativa, lançada uns dias antes, intitulada: “Por um Sorriso”. Assim sendo, e depois de cada um dos seus elementos ter contribuído com algo, por exemplo roupa ou brinquedos, foram visitar uma instituição de crianças e jovens, nomeadamente a Aldeia SOS em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia. Depois de entregues as ofertas, tão carinhosamente preparadas por estes jovens, fez-se uma pequena apresentação de cânticos de natal. O Dr. Rui Dantas, pessoa responsável pela Aldeia de Gulpilhares, passou a explicar o funcionamento não só daquela aldeia, mas também das outras que existem no país. Foi então feita uma visita a todo o espaço, inclusivamente a uma das casas onde as crianças e jovens residem. Estes jovens tiveram a oportunidade de conversar, brincar e, acima de tudo, semear um pouco da sua alegria entre os residentes da Aldeia. Mas, o tempo esgotava-se e escureceria em breve. Começaram, por isso, a despedir-se e a trocar contactos para, quem sabe, futuras amizades. Rapidamente demais, chegou a hora do regresso a casa. Os rostos destes jovens, ainda há instantes transbordando alegria, por uns breves momentos transformaram-se e deixaram que a vontade de lá continuar passasse do coração para os seus olhos… Aquando das minhas palavras: “Fica a promessa de cá voltarmos…”, duas das jovens que nos acompanharam durante toda a visita, responderam quase em tom de coro: “Assim esperamos!”. Deste modo, ficou a promessa de voltar com mais tempo para lá passarmos um dia inteiro, tal como o convite que fora feito pelo Dr. Rui Dantas. Até lá, a força destes jovens em querer fazer algo de bom pela sociedade continua e com um rumo traçado.

Fernando Oliveira (Grupo Coral Juvenil)

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Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura. Imediatamente, juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados." Lc 2,1-14

Foi muito agradável, foi e é muito agradável ver como a nossa comunidade cristã rapidamente se renova e cresce. Nestas muitas pequenas coisas vemos que S. Pedro tem e sempre terá uma chama viva. Uma chama que existe, mas precisa de ser alimentada, muitas vezes abanada e revigorada. Neste novo ano que agora começa, neste novo Pároco que agora nos conduz, como o “bom Pastor que guia o seu rebanho” tudo será diferente. Quer na forma, quer no conteúdo!

No final, tal como é tradição, todos fomos prestar homenagem ao Menino acabado de nascer, ao colo de uma criança, com um beijo.

À saída, uma pequena surpresa: uma fatia de bolo-rei e um Porto para aquecer. São também estes pequenos gestos que fazem de nós mais Comunidade. Que sejamos sempre capazes de celebrar e de nos alegrarmos com o Seu nascimento, ao longo de mais um ano que agora começa e durante toda a nossa vida, segundo o Seu exemplo. Jesus Nasceu para nos Salvar, vamos deixá-lo entrar no nosso Coração.

Vítor Almeida

AS PRENDAS DE NATAL DA CATEQUESE

A nossa catequese, aproveitando o ambiente natalício, fez o convite às crianças para trazerem alguns alimentos que seriam distribuídos aos ais pobres da nossa paróquia. Assim, depois da muitas generosidade das crianças, os meninos e meninas do 6º ano estiveram a separar e a fazer alguns cabazes que distribuímos a 17 pessoas da nossa paróquia. Com isso, aliviamos as despesas de algumas famílias e partilhamos o que temos. É uma atitude que deve marcar o crescimento de todos: a alegria de partilhar e saber que é bem aproveitado pelos que precisam. Temos de fazer mais vezes.

Cantar as Janeiras, foi uma das formas que os coros encontraram de reavivar esta linda tradição que por vezes permanece esquecida no espírito das pessoas, e trazer uma mensagem de alegria às suas casas e aos seus corações. Por outro lado, é de salientar ainda, que esta iniciativa teve como principal objectivo, angariar fundos para as obras da nossa igreja que há muito tempo merecem destaque. É fundamental que se reúnam todos os esforços possíveis para uma restauração efectiva do nosso património paroquial, de modo a que possamos fazer um melhor aproveitamento do mesmo. «Além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos»(1) (1)Albert Einstein

Mara Gama

MISSA DO GALO, A MISSA DA COMUNIDADE

O Natal significa “Nascimento”, ou seja, o nascimento de Cristo que se celebra numa eucaristia próxima da meia-noite, pela convicção de que o nascimento terá ocorrido por essa hora. Não se conhece muito bem a origem desta celebração, no entanto é a primeira eucaristia que festeja a chegada do Menino Salvador. A denominação “do Galo” foi atribuída talvez porque fosse este o primeiro animal a anunciar o Seu nascimento. Não é muito claro, mas também não é o mais importante. Origens à parte, esta é uma tradição cristã que nasceu no séc. V e que chegou até aos nossos dias, sendo ainda hoje um momento de grande alegria para todos os que Acreditam. Esta é também a única celebração do calendário litúrgico que contempla três eucaristias: a da noite, a da aurora e a do dia.

Destas três celebrações, a da noite (do galo) é a que reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo e celebra o nascimento de Jesus no coração dos fiéis. E como “um Nascimento” é sempre motivo de felicidade e reunião dos amigos mais próximos, todos nos reunimos como uma grande família para comemorarmos e celebrarmos este nascimento tão especial.

Já há muitos anos que a nossa Comunidade Paroquial não se reunia para celebrar “pela hora que o Menino nasceu”. Missa de Festa, Missa de Alegria, Missa de Amor e Paz onde todos se reúnem na mesma Fé e na certeza que o Seu nascimento trouxe a Salvação ao Mundo. Por isso o visitamos, por isso o festejamos! Numa noite de muito frio, muitos foram aqueles que aqueceram a nossa igreja paroquial, entre crianças, jovens e adultos. Foram muitos os que vieram ouvir o anúncio do Anjo: "Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.

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S. PAULO FOI FAZER UMA TAC

A pedido do escultor Isaque Pinheiro, a imagem de S. Paulo foi submetida a uma TAC. O primeiro resultado é que está bem de saúde. Trata-se dos preparativos para a sua participação no Simpósio de Escultura em pedra da paróquia de Margaride (Felgueiras) que decorrerá em Maio próximo. O Escultor definiu a nossa escultura como a melhor imagem de S. Paulo da Diocese do Porto e, por isso, vai inspirar a sua participação nela. Temos muito gosto em ajudar os artistas e ficamos curiosos de ver o seu trabalho.

MISSAS DEDICADAS ÀS CRIANÇAS

Uma vez que na Igreja de Nossa Senhora das Mercês e na Igreja de Nossa Senhora de Fátima se celebra apenas uma missa ao Domingo, não se realizando nenhuma Eucaristia especialmente dedicada às crianças, acordou-se, em reunião com os catequistas, que, periodicamente, haverá uma missa centrada nos mais pequeninos. Esta proposta nasce da necessidade de envolver todos os meninos e meninas na celebração eucarística de uma forma mais dinâmica e cativante, desenvolvendo o gosto de vir à missa e nela participar de uma forma mais activa. A primeira experiência foi muito positiva. Notou-se um certo espanto por parte de alguns que não estavam habituados a serem interpelados pelo Senhor Padre durante a homilia, mas o sorriso estampou-se nos seus rostos, num claro sinal de satisfação. Curiosamente, aos adultos também agradou a experiência e, foi impressão minha, ou estávamos todos especialmente mais atentos?! Pena é que nem todos os pais tenham tempo para acompanhar os seus filhos, participando e dando o exemplo… Alguns, infelizmente, limitam-se a deixá-los à porta da igreja e voltam as costas, apressados… Que bom seria se esses pais tomassem consciência de que são eles os primeiros catequistas dos seus filhos e o que o seu exemplo é essencial ao desenvolvimento da sua Fé.

Não esqueçamos que essa Fé os ajudará a crescer e a tornarem-se cidadãos mais responsáveis, mais solidários, mais justos e atentos… As próximas missas dedicadas às crianças realizar-se-ão nos dias 25 de Janeiro, 1 de Fevereiro e 8 de Fevereiro, nas Igrejas de Nossa Senhora das Mercês, de Nossa Senhora de Fátima e Matriz, respectivamente. Esperamos muitos meninos e meninas, acompanhados pelos seus pais, para que juntos louvemos Jesus, Luz do Mundo, nascido para mostrar ao Homem o caminho da Salvação, da Alegria e do Amor.

Fernanda Albertina

FILHOS DE DEUS

No mês de Dezembro entraram para a Igreja pelo Baptismo:

• Hugo António Melo Nogueira

• Daniela Sofia Almeida Ramos

• Érica Juliana Almeida Pinto

• Luana Isabel da Costa Fatal

• Ricardo Filipe Santos Melo

• Renato Filipe Sousa Santos

• Ana Catarina Valente Pacheco

• Miguel Ângelo da Silva Ferreira

• Juliana Ferreira Pacheco

DE MÃOS DADAS

Durante o mês de Dezembro, celebraram o Matrimónio: Nuno Miguel da Silva Pinto e Sónia Raquel Santos Almeida Pinto

NAS MÃOS DE DEUS

• José Manuel Real – 76 anos

• Maria Rita Ribeiro de Almeida – 87 anos

• José Vieira Soares – 63 anos

• Ana de Oliveira – 88 anos

• Francisco dos Reis – 85 anos

• Alzira Vieira da Silva – 93 anos

• Teresa Ferreira dos Santos – 50 anos

• Maria da Conceição – 77 anos Damos graças a Deus pelas suas vidas e rezamos para que Deus, Cheio de misericórdia, os receba no calor da Sua bondade.

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Aqui vai o esqueleto da estante:

Antigo Testamento ovo Testamento

* * etc.

5 Livros do

Pentateuco Evangelhos e Actos

16 Livros Históricos 14 Cartas de Paulo

7 Livros Poéticos ou

Sapienciais 7 Cartas Católicas

18 Livros Proféticos

Apocalipse

(1 livro)

(os livros)

Proposta da Catequista, Carolina

“A MINHA MÃE NÃO TEM FAMÍLIA”

Oiço na Rádio Renascença e não quero acreditar: a quantidade de idosos abandonados nas urgências dos hospitais tem aumentado exponencialmente e tornou-se um problema muito grave. Não é a quantidade que é imoral, seria-o sempre, nem que se tratasse de apenas um idoso. É o facto de tratarmos pessoas como nos habituamos a tratar as nossas coisas: não funciona, deita-se fora. Ainda por cima, quem os coloca lá são os filhos alegando, como ouvi, incrédulo, que “a minha mãe não tem família”. Quando se fala em pobres vêm-nos à cabeça imediatamente as imagens sempre tão divulgadas dos meninos subnutridos de África. E esquecemos que na nossa rua vivem pessoas que deram tudo à vida e mereciam chegar ao fim do princípio com muito maior dignidade. Compete-nos fazer com que isso se torne realidade. E recordo a oração desta manhã ... Senhor, no começo deste dia, peço-te: corrige o nosso olhar banal sobre as situações sérias; a desvalorização causada pela frequência; o alívio que a distância dá às dores mais horrendas. Não permitas que olhemos a realidade como quem vê um filme – mesmo que, às vezes, escorram duas lágrimas no escuro sentimental da sala!...

José Armando

ESPAÇO “CATEQUISTAS” Ideias Partilhadas, Positivas e Pertinentes

Olá Catequista! Este espaço é teu! Destina-se não só à partilha de experiências e actividades, mas também de dúvidas e opiniões que possam ser úteis a todos! A ideia é dar a conhecer o que de bom e edificante se vai fazendo nos nossos grupos, com vista a uma catequese mais dinâmica e cativante! Um jogo que atingiu os objectivos propostos, uma oração colectiva, um material elaborado por ti, uma preocupação, a opinião de um pai e aquela técnica especial que utilizas para os meninos se concentrarem e que nunca falha! Enfim, tudo aquilo que consideres positivo, pertinente e possas partilhar com os outros catequistas da nossa paróquia! Envia os teus textos, devidamente identificados, para o nosso endereço [email protected], ou entrega-o a um membro da equipa do nosso boletim paroquial. Se achas que não tens vocação para a escrita, não te preocupes! Apresenta as tuas ideias que O Poço trata do resto! Todos juntos, vamos fazer correr a água do nosso Poço de uma forma cada vez mais borbulhante! Mãos à obra!

Um abraço, O Poço

À DESCOBERTA DA BÍBLIA

(A partir do 4º ano)

• Num pedaço de papel de cenário ou numa cartolina grande, desenha duas estantes encostadas, com quatro prateleiras, e afixa-a na sala de catequese.

• No topo da primeira estante, escreve em letras bem visíveis: “Antigo Testamento” e na segunda estante: “Novo Testamento”.

• A cada estante corresponderá um conjunto de livros da Bíblia cujo nome deverá estar escrito debaixo de cada prateleira

• Semanalmente, e sempre que possível consoante os temas, vai folheando a Bíblia com as tuas crianças à descoberta dos diferentes livros que se inserem em cada prateleira, ou seja, em cada parte da Bíblia (convém ter várias bíblias no grupo para que todos possam participar).

• Recorta com as crianças rectângulos de cartolina de cores diferentes onde escreverão na vertical o nome de cada um dos livros. Depois é só afixá-los ou colá-los na respectiva prateleira.

Eis uma forma diferente de fazer com que as

crianças aprendam a conhecer a organização da

Bíblia Sagrada!

* G

ÉNES

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RECEITAS

DESPESAS Saldo anterior 0,00 €

Ofertórios 8.316,09 €

Em caixa (ofertas) 845,00 €

Intenções 13.475,00 €

Despesas de habitação 3.200,00 €

Senhora de Fátima 746,91 €

Água 229,87 €

Sagrada Família 538,24 €

Electricidade 385,97 €

Secretaria Paroquial 435,00 €

Ordenados 6.722,00 €

Funerais 2.790,00

Sacristia 1.461,29 €

Ofertas Casamentos 245,00 €

Equipamento 4.423,92 €

Ofertas Baptizados 550,00 €

Facturas diversas 4.036,76 €

Caixas de esmolas 75,19 €

Obras 9.882,44 €

Bodas de Matrimónio 35,00 €

Gás 12,19 €

Catecismos 2.278,00 €

Telefones 156,04 €

Boletim O Poço 282,96 €

Tv Cabo 59,09 €

Bar 83,55 €

Seguros 90,63 €

RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS:

Despesas Bancárias 64,86 €

Resto do Tapete de flores 160,00 €

Edições Salesianas 2.241,36 €

Procissão Srª de Fátima 127,49 € Ofertas 765,00 € Oferta do Coro Juvenil 275,00 € Venda de Natal 2.795,00 € Côngrua 565,00 € Venda de Velas (D. Rosa) 60,00 € Oferta da Iluminação 181,00 €

Total 34.779,43 €

Total 33.811,42 €

Saldo Positivo: 968,01

Receitas

Despesas Saldo positivo 2.633,35

Intenções 960,00 €

Comparticipação nas flores 325,00 €

Ofertas dos altares 152,48 €

TV Cabo 92,88 €

Ofertórios 938,27 €

Água 91,68 €

Oferta ao S.S. 60,00 €

Telefone 73,74 € Reembolso do IVA

6.982,50 €

Material diverso 74,79 €

Outras ofertas 76,00 €

Restituição do IVA 6.405,00

Projectores e mat. Eléctrico

3.263,30 €

Conserto Frigorífico 30,00 €

Sacristia 220,10 €

Papelaria 36,00 €

Electricidade 104,50 €

Contabilidade (4º trim.) 180,00 €

Total

11.802,60 €

Total 10.896,99

Saldo Positivo 905,59 €

COTAS DA PARÓQUIA 13/SET. A 31/DEZ. 2008

Aqui são publicadas as nossas contas. Como podem ver, a generosidade do povo de S. Pedro da Cova é grande e o dinheiro tem chegado para tudo, até agora. Agradecemos a todos. Mas, as obras que são necessárias são tantas que precisamos de muito mais: depois de pequenas obras (pinturas, instalação sonora, iluminação), vamos começar pela cripta que será uma obra muito cara. Em breve, daremos notícias.

IGREJA PAROQUIAL

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Saldo anterior � € 8.084,16

Receitas de 01/10 a 31/12 � € 11.226,84

Despesas de 01/10 a 31/12 � € 5.521,90

Saldo positivo em 31 de dezembro de 2008 � € 13.789,10

Esta importância destina-se à manutenção e obras no centro social e igreja de nossa Senhora das Mercês( telhado, reparação de fendas, pintura, orçamentadas em cerca de €11.000,00

NOSSA SENHORA DAS MERCÊS

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Apelamos para que em 2009 haja menos crimes! Os responsáveis pela segurança das pessoas e seus bens devem meditar nestes problemas que a todos afectam e procurar atenuar as causas e seus efeitos. Tudo isto, por arrastamento, dá origem também à violência doméstica: separação dos casais, abandono de filhos recém-nascidos etc., etc. Estes factos devem-se, essencialmente, a uma acentuada depressão económica e social, ao desajustamento de culturas, a divergências de vária ordem, aos conflitos de gerações e à desmotivação que reina. Nestas circunstâncias, o crime é dos sectores que mais se desenvolve. O Governo tem que se preocupar com esta situação, no sentido de esbater a criminalidade, não podendo aparecer em actos públicos a desvalorizar este drama, com “trote de imperador e de nariz mais empinado que o da CLEÓPATRA”, ostentando “uma dose de confiança superior à do NAPOLEÃO”. (…) Todo o Homem pode ser regenerado, logo os marginais também, mas têm de lhes ser dadas oportunidades e condições para se converterem. Não esqueçamos que a vida dos Cristãos deverá ser vivida sem maldade, inveja ou avareza. (…) Claro que não podemos esquecer que o Homem tem necessidade de possuir bens materiais básicos, mas, assim que as suas necessidades essenciais estejam asseguradas, deveria considerar-se realizado e feliz. Devemos amar e estimar os nossos pais, os filhos, os amigos e a nossa terra, porque, um dia destes, como sabemos, inesperadamente ou não, e de forma misteriosa, JESUS CRISTO poderá fazer-nos um apelo: “Deixa a tua casa, a tua terra, os teus familiares, os amigos e todos os bens materiais que, ao longo da tua vida, com o teu esforço conquistaste e acompanha-me para o local que eu te indicar.” Alguém será capaz de contrariar esta ordem sagrada? Não. Não há ser humano algum que possa recusar este convite, independentemente de ser abastado ou indigente. Para que serve tanto crime? Para obter riqueza?

A REGENERAÇÃO DO HOMEM

Durante muitos anos, habituei-me a viver com dificuldades de toda a ordem, inerentes ao meu emprego e sua remuneração. Sempre intuí em mim, nos meus familiares e nas pessoas que me eram mais próximas, que a forma mais digna e fascinante de estar na vida, não era termos tudo aquilo que desejássemos porque, de certa forma, viver assim, seria uma espécie de “milagre”, como costuma dizer-se, seria quase como “sair a lotaria ou totoloto”. É vulgar observar nos vizinhos ou pessoas nossas conhecidas que esse “milagre” raramente é bem sucedido já que, no futuro, essas facilidades, obtidas através de determinados bens materiais, acabam por significar coisa pouca. Assim, esses sortudos, excessivamente devotos a um bem-estar que nunca mereceram (porque nada fizeram para o merecer), entram em disfunção afectiva relativamente a outros seres humanos. Aqueles que se dedicam de alma e coração a trabalhar nas suas profissões, vivendo exclusivamente do seu vencimento, esforço e imaginação, conseguindo uma gestão familiar eficaz, foram educados com poucos recursos e, se algo de especial lhes surgisse, esses, seguramente, saberiam preservar os bens com que “a sorte os bafejara”, porque têm a consciência e a sensibilidade de perceber como é viver com dificuldades económicas. Os excessos são sempre negativos para quem os comete. Nos pretéritos meses de Julho, Agosto e Setembro, assistimos a um assustador aumento da criminalidade violenta. Que me lembre, exceptuando os anos de 1975 a 1978, em que imperava a força das armas, empunhadas por elementos das Brigadas 25 de Abril, nunca este país foi tão fustigado com assaltos diários e violentos a instituições bancárias, farmácias, gasolineiras; joalharias e habitações. Não há memória deste género de crimes. A violência levada a cabo pelos criminosos deixa marcas profundas nas vítimas. A crise de valores está aí. A crise económica também. O desemprego é desmesurado e, em muitos casos, o desespero é a causa do desvio para o crime. A venda e o consumo de drogas são factores que determinam a adesão a grupos de malfeitores. Existe ainda o abandono escolar, o convívio com indivíduos de raças e etnias diferentes lançados à sua sorte que, por vezes, arrastam os jovens para o mundo do crime.

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CRISTO nasceu e viveu sem quaisquer bens materiais. Usava um ligeiro vestuário, que mal lhe protegia o corpo das chuvas e do sol escaldante do deserto. Fazia longas caminhadas descalço ou calçando umas simples sandálias. Não tinha pretensões. O que tinha dividia pelos pobres e, àqueles que nada tinham, fazia com que tivessem o mínimo para sobreviver. Deus não ouve só os Cristãos. Ele dá a mesma atenção a todos os seus filhos, sejam honrados ou criminosos, porém estes devem dar o primeiro passo. Este gesto é fundamental para os pecadores se regenerarem e reorganizarem as suas novas vidas.

Oliveira de Sousa

“O POÇO”? SIM! “O POÇO”!

Após a saída do primeiro número do nosso boletim paroquial, senti da parte de alguns conhecidos e amigos algum estranhamento relativamente ao nome escolhido para o mesmo: “O Poço” … Tenho tentado, por isso, perceber o porquê, já que desde o primeiro momento, o nome com o qual esta publicação foi baptizada me pareceu muito pertinente e adequado. É que esta pequenina palavra, curiosamente tão sonora e circular, tem o dom de estabelecer naturalmente uma relação estreita entre a história da nossa terra, a Bíblia Sagrada e os objectivos deste boletim, relações, aliás, que ficaram bem claras na secção “Em Princípio” da autoria do nosso pároco, não sendo por isso minha intenção voltar a enumerá-las.

Uma das razões para a não existência de uma empatia imediata com a palavra está, no meu entender, relacionada com a história de S. Pedro da Cova e o nosso inconsciente colectivo. Associámos “Poço” a perigo, a escravidão, a medo…

Curiosamente, os nossos antepassados perceberam a outra face do significado da palavra “Poço”, escolhendo o nome de um santo muito especial para o designar: “S. Vicente”!

Conta uma lenda alentejana que quando S. Vicente ainda andava pelo mundo, passou por Cuba, terra despovoada e solitária… Como estava com sede, abeirou-se de um poço e bebeu a água fresca e limpa. Era tão saborosa que predestinou: "... Quem

desta água beber, nesta terra quererá ficar…" E assim foi.

Também S. Pedro da Cova cresceu graças ao “Poço”! Também os nossos antepassados, malteses, vindos de outras terras, aqui ficaram por causa do “Poço”…

Também o “Poço” que pretendemos construir, com a ajuda de todos, é um “Poço” de “alimentos”, de nascentes e de águas vivas, que pretende contribuir para matarmos algumas sedes e crescermos na Fé e no amor ao próximo… Um “Poço” de correntes fortes, frescas e dinâmicas, sem lodos ou lamas; um “Poço” transparente, geladinho como aquela água da fonte que sabe tão bem num dia de Verão, ao entardecer! Um “Poço” onde podemos lançar o balde e retirar algo: não para mim ou para ti, mas para todos! E não esqueças que juntos puxaremos a corda mais facilmente!

“O Poço”? Sim! “O Poço”! Começa a tratá-lo por “Tu”… Vai valer a pena!

Fernanda Albertina

O NOSSO JORNAL

Com um olhar triste contemplei o jornal O Poço. Porque me fez lembrar o que aquele guindaste do poço de S. Vicente encobriu. Algumas alegrias mas, também, muitas tristezas. No fundo do poço era a miséria, era a fome e todos os mineiros martirizados pelo fascismo, pelo trabalho duro e sujo, quase descalços com os dedos dos pés todos cortados em carne viva e a cabeça sem protecção. Quantos jovens eu conheci que se casavam para ter uns dias de férias golpeavam o próprio corpo para ter direito a uns dias pelo seguro, deitando nas próprias feridas pele de bacalhau para não cicatrizarem. Quantos morreram no fundo da mina, como o meu pai que morreu com o tufo (gás que se libertava quando se abria um novo poço) e o meu tio com a griju (ignição rápida do carvão), sem que ninguém lhes pudesse valer. Quantos continuam a morrer com a doença da silicose. Quantos mineiros sofriam com o fantasma da PIDE porque a tinham sofrido na pela quando foram torturados. Alguns mineiros que ainda estão vivos conhecem esta realidade que só o poço de S. Vicente encobre…

David Ramos

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CAROS LEITORES E COLABORADORES

A equipa do boletim paroquial agradece a colaboração de todos os leitores que começam a trabalhar connosco neste projecto! Esperamos crescer sobretudo em qualidade e, para isso, contamos com a vossa preciosa ajuda!

Gostaríamos de esclarecer que os textos que nos enviam poderão estar sujeitos a uma selecção, tendo em conta os seguintes critérios:

� Espaço disponível; � Pertinência dos assuntos tratados; � Adequação ao tema mensal do

boletim. Convém ainda referir que a equipa d’ “O Poço” reserva-se o direito de:

� Fazer as correcções que julgar necessárias a nível da ortografia, acentuação e pontuação;

� Realizar pequenas correcções a nível da estrutura frásica, sem alteração do sentido original do texto, de forma a melhorá-lo e valorizá-lo;

� Retirar pequenas passagens textuais, tendo em conta as necessidades e os objectivos do boletim.

Juntos, poderemos fazer deste “Poço” de papel um espaço vivo de encontros e partilhas!

A Equipa d’ “O Poço”

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

Ferial (2ª a 6ª feira): 19.00 H na Igreja Paroquial

Dominical Sábado:

19.00 H. na Igreja Paroquial

Domingo: 8.00 H. na Igreja Paroquial

9.00 H. na Igreja da Senhora de Fátima 10.00 H. na Igreja da Senhora das Mercês

11.00 H. na Igreja Paroquial

HORÁRIO DA SECRETARIA PAROQUIAL

A Secretaria Paroquial está instalada junto da entrada lateral da Igreja do lado do Cemitério e funciona de 2ª a Sábados das 15.00 Horas às 19.00 Horas O atendimento normal do Pároco é de 3ª a 6ª feira das 16.30 Horas às 18.30 Horas. Se houver necessidade de atender noutro horário, pode-se combinar com o Pároco qualquer outra hora mais conveniente.

CONTACTOS

Igreja Paroquial de São Pedro da Cova Rua da Igreja

4510-283 SÃO PEDRO DA COVA Tel.: 938 539 139

e-mail do Pároco:

[email protected]

e-mail do Boletim Paroquial: [email protected]

EQUIPA EDITORIAL Daniela Filipa Ferreira dos Santos Fernanda Albertina Costa Correia Fernando José Teixeira Oliveira Fernando Silvestre Rosas Magalhães João Vasco Castro Rodrigues José Armando Coimbra de Pinho Vitor Damião França Almeida

Arranjo Gráfico:

Rui Pombares (www.token.pt)

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Havia uma vez um povo que vivia na mais completa escuridão. Nenhum habitante daquele lugar tinha jamais visto a claridade. Caminhavam pela vida como os cegos, apalpando tudo o que encontravam à sua volta, e na maior parte das ocasiões, quando as pessoas saíam à rua, tropeçavam no primeiro obstáculo que encontravam no caminho. Aquele povo era como se estivesse permanentemente metido numa masmorra ou numa mina sem luz. O mais curioso é que toda a gente passava o dia inteiro procurando como loucos alguma coisa que iluminasse, porque uma vez tinham ouvido alguém dizer:

-"Faço-te luz das nações. Tu és o meu povo e deves iluminar para que toda a gente veja o

caminho".

A verdade é que ninguém sabia o que buscar para que aparecesse a luz, pois ninguém a conhecia. Era curioso vê-los à procura. Agarravam-se a tudo o que encontravam e, perante qualquer coisa com que tropeçavam, sempre diziam: Para mim! Isto é meu!... porque aquilo podia ser a luz. Um dia, nasceu um menino e o povo quando o apalpava para o reconhecer, dizia: "Este menino é diferente " .Inclusive os pais chegaram a preocupar-se, porque não agia como os outros. Aquele rapaz tornou-se ainda mais estranho, e a única coisa que lhe ocorreu acrescentar foi: 'Ajudo-te". Era a primeira vez que se ouviam aquelas palavras na caverna da escuridão, e retumbaram com enorme força. A caverna ficou submersa no maior silêncio; parecia que todos tinham ficado paralisados; mas o que mais assombrou não foi o eco especial, mas que por um momento surgiu um resplendor, um clarão espantoso. As pessoas estavam admiradas e o seu coração batia a grande velocidade.

O rapaz tornou a repetir: "Queres que te ajude a procurar"?

E aquele resplendor tornou a aparecer perante o silêncio assombrado do povo. O rapaz ficou iluminado como a pequena chama da vela, e os habitantes da caverna puderam ver... que o rapaz era uma luz. Além disso, foram-se dando conta que todos eles eram luzes, só que estavam apagadas e sujas. As casas eram faróis em que não cabia ninguém porque estavam cheias de porcaria e de trastes inúteis que cada um tinha ido armazenando. A praça daquele lugar era uma tocha enorme, mas estava quase a ser sepultada no meio da desordem. Cada vez que alguém ajudava outro a retirar alguma coisa, a limpar alguma coisa; cada vez que alguém ajudava outro a caminhar, acendia-se dentro dele uma luz. E pouco a pouco aqueles faróis sujos, descompostos, foram-se convertendo na cidade da luz. O pirilampo que me contou este relato, quando lhe perguntei por aquela cidade, disse-me:

"Só sabe cada homem onde está. E para a localizar, é preciso procurar os planos dentro do

próprio coração". E acrescentou: “somente aqueles que desejarem ser luz, conseguirão encontrá-la ".

O POVO DA LUZ