32
PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 37 MÍN.: 26 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. DENÚNCIAS • FLAGRANTES 981163529 O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.951 DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO Incorporada à mesa do amazonen- se há décadas, a tapioca é sempre a predileta no café da manhã. Quenti- nha, ela pode ser recheada até com tucumã. Dia a dia C4 e C5 Tapioca, a queridinha no café da manhã No café da manhã do amazonense, a tapioca é um dos itens preferidos EMPREGO Profissão Papai Noel PÃO DA AMAZÔNIA IONE MORENO MÁRCIO MELO Na pele de Papai Noel, ama- zonenses chegam a faturar até R$ 231 mil para representar o “bom velhinho”, no período do Natal. Economia B1 Plano vai transformar Manaus 1 Com previsão de investimentos estimados em R$ 2,6 bilhões, o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob-Manaus) é considerado por especialistas em engenharia de trânsito um projeto de alta complexidade e grandiosidade. 2 Dividido em dois volumes de 442 páginas, o PlanMob-Manaus contempla o alargamento e a duplicação das principais vias da capital, pretende adotar o sistema BRT (Bus Rapid Transit) e prevê a ampliação e construção de novos terminais de integração. 3 O PlanMob, que já está tramitando na Câmara Municipal, também vai implantar corredores preferenciais, novos pontos de embarques e desem- barques de passageiros e ciclovias, desde a implantação do estacionamento do bicicletário até a construção das próprias vias exclusivas. Política A5 RETIFICAÇÃO DIVULGAÇÃO IONE MORENO O real motivo da licença do juiz Luís Carlos Valois Ao contrário do que foi publicado na capa do EM TEMPO, o TJAM autorizou o afastamento do juiz Luís Carlos Valois, a pedido do próprio magistrado, para conclu- são de sua tese de doutorado na USP. Tal afastamento foi deferido há seis meses, portanto, antes da série de matérias envolvendo o nome do juiz. Última hora A2 Valois já está licenciado há seis meses, o que descarta qualquer medida punitiva Noel faz a festa nos shoppings MOBILIDADE URBANA Novos pontos de embarque e desembarque de passageiros – hoje feito com muita dificuldade em Manaus – estão incluídos no projeto de Plano de Mobilidade Urbana

EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

Citation preview

Page 1: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 37 MÍN.: 26TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

DENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116�3529

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.951 � DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

Incorporada à mesa do amazonen-se há décadas, a tapioca é sempre a predileta no café da manhã. Quenti-nha, ela pode ser recheada até com tucumã. Dia a dia C4 e C5

Tapioca, a queridinha no café da manhã

No café da manhã do amazonense, a tapioca é um dos itens preferidos

EMPREGO

Profi ssão Papai Noel

PÃO DA AMAZÔNIA

ION

E M

ORE

NO

MÁR

CIO

MEL

O

Na pele de Papai Noel, ama-zonenses chegam a faturar até R$ 231 mil para representar o “bom velhinho”, no período do Natal. Economia B1

Plano vaitransformarManaus1Com previsão de investimentos estimados em R$ 2,6 bilhões, o

Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob-Manaus) é considerado por especialistas em engenharia de trânsito um projeto de alta complexidade e grandiosidade.

2Dividido em dois volumes de 442 páginas, o PlanMob-Manaus contempla o alargamento e a duplicação das principais vias da

capital, pretende adotar o sistema BRT (Bus Rapid Transit) e prevê a ampliação e construção de novos terminais de integração.

3O PlanMob, que já está tramitando na Câmara Municipal, também vai implantar corredores preferenciais, novos pontos de embarques e desem-

barques de passageiros e ciclovias, desde a implantação do estacionamento do bicicletário até a construção das próprias vias exclusivas. Política A5

RETIFICAÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

ION

E M

ORE

NO

O real motivo da licençado juiz Luís Carlos Valois

Ao contrário do que foi publicado na capa do EM TEMPO, o TJAM autorizou o afastamento do juiz Luís Carlos Valois, a pedido do próprio magistrado, para conclu-são de sua tese de doutorado na USP. Tal afastamento foi deferido há seis meses, portanto, antes da série de matérias envolvendo o nome do juiz. Última hora A2

Valois já está licenciado há seis meses, o que descarta qualquer medida punitiva

Noel faz a festa nos shoppings

MOBILIDADE URBANA

Novos pontos de embarque e desembarque de passageiros – hoje

feito com muita difi culdade em Manaus – estão incluídos no projeto

de Plano de Mobilidade Urbana

DOMINGO 29_11.indd 3 28/11/2015 14:33:57

Page 2: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A2 Ultima horaUltima hora

DROGAS

Tráfi co executa quatro pessoasA capital amazonense viveu

mais uma noite de violência com quatro homicídios regis-trados, inclusive de um jovem de 15 anos. De acordo com a polícia, as mortes têm relação com o tráfi co de drogas.

Dois homens foram execu-tados enquanto jogavam bola no bairro Cidade de Deus, Zona Norte. O autônomo Jo-senildo Lima da Silva, 22, levou três tiros na cabeça e o ajudante de pedreiro, Wele-son Lucas Ribeiro Duque, 19,

recebeu um tiro enquanto participavam de uma parti-

da de futebol no campo da Chácara do Joca, na travessa Amapá, por volta das 21h30 da sexta-feira (27).

De acordo com informa-ções repassadas pela polí-cia, quatro pessoas em duas motos entraram na chácara já a procura de Josenildo. Dois homens desceram da moto, invadiram o campo e efetuaram os disparos contra da dupla. Agentes da polícia acreditam que o alvo era Josenildo, mas que durante a

ação, houve corre-corre e um projetil atingiu o ajudante de pedreiro Weleson.

Os assassinos não foram identifi cados. O caso foi registrado no 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS) acredi-tam que a ação foi motivada por disputa pelo comando do tráfi co de drogas no local.

Na Zona Sul, o autônomo Egleson Evelym da Silva Gros-so, 33, foi assassinado com sete tiros por volta das 2h da

madrugada de ontem (28).De acordo com informa-

ções repassadas pela DEHS, Egleson estava próximo de casa, na rua Boa Sorte, no bairro Matinha, quando foi abordado por dois homens em uma moto. A dupla teria disparado contra o autônomo que não resistiu aos ferimen-tos e morreu no local.

No bairro São José, 2, na Zona Leste, um adolescente de 15 anos foi assassinado com quatro tiros na cabeça quando saiu de casa para encontrar a namorada.

ELEIÇÕES 2016

PMN terá candidato a prefeitoO Partido da Mobilização

Nacional (PMN) afi rmou on-tem (28), durante encontro com a militância, que terá candidato próprio para dis-putar a Prefeitura de Ma-naus nas Eleições de 2016.

O diretório conta com pelo menos três nomes disponí-veis para a pré-candidatura, sendo que o de maior des-taque é Bruno Rafael.

Segundo o presidente do diretório estadual do PMN, Chico Preto, o encontro também discutiu as apre-sentações de todas as pré-candidaturas para vereador e também possíveis coliga-ções com o partido Rede Sustentabilidade, Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Socialismo e Li-berdade (PSOL).

“O partido ainda analisa e não será feito o anúncio de pré-candidato a prefeito,

neste momento. A gen-te sabe que o processo

vem amadurecendo e, no momento certo, o partido tomará a decisão quanto ao nome. Todos estão não só alinhados com a ideolo-gia, mas com o projeto que o partido defende para a cidade de Manaus”, disse.

WorkshopO Partido Popular Socia-

lista (PPS) realizou ontem o workshop “Um Novo Ca-minho” com 150 afi liados da Região Metropolitana de Manaus (RMM). “Tentaram esvaziar o nosso partido, mas estamos respondendo com um partido renovado, que vem se revigorando”, explicou o presidente esta-dual do PPS, Guto Rodrigues. Participaram do evento o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (ES), e os deputa-dos federais Hissa Abraão (AM) e Marcos Abrão (GO).

A pedido do próprio juiz Luís Carlos Valois, o Tribunal de Justiça do Ama-

zonas (TJAM) autorizou o afastamento do magistra-do de seu cargo na Vara de Execuções Penais (VEP) para que ele possa concluir sua tese de doutorado.

Em nota, enviada pela Associação dos Magistra-dos do Amazonas (Ama-zon), a entidade reitera que o presidente interino do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desem-bargador Aristóteles Lima Thury, concedeu o afas-tamento do magistrado para que Valois pudesse concluir sua tese de dou-torado em Direito Penal na Universidade de São Paulo (USP).

O documento explica ainda que o afastamen-to autorizado no último dia 24, e publicado pela portaria 1.969/2015, no último dia 27, na edição do Diário Oficial do TJAM, foi deferido antes mesmo da publicação na mídia de supostas conversas entre líderes crimino-sos sobre a permanência do titular da VEP.

Na portaria, o afasta-mento de Valois teve início ainda no último dia 20 de outubro. O magistra-do deve ficar de licença por seis meses. Segun-do o próprio juiz da VEP, o afastamento de suas funções para concluir a tese de doutorado já está sendo cumprido.

“Pedi o afastamento (das funções) em agosto deste ano. Eu já estou afastado há duas semanas, desde que soube que ele (desem-bargador Aristóteles Thury) tinha autorizado. Isso (pu-blicação no Diário Ofi cial do TJAM) é só a publicação e foi coincidência (com a publicação da matéria jor-nalística)”, disse Valois.

InterpretaçãoEm declarações concedi-

das à imprensa, Valois des-tacou que tem trabalhado para preservar os direitos de todos os presos do siste-ma penitenciário do Estado. Essas afi rmações levaram a uma má interpretação de que o juiz estaria favo-recendo presos, entre eles, membros da FDN, o que foi negado reiteradamente pelo magistrado.

ION

E M

ORE

NO

ARQ

UIV

O E

M T

EMPO

Além do PMN, PPS também fez ontem reunião com sua militância

Juiz Luís Carlos Valois solicitou afastamento para concluir sua tese de doutorado em São Paulo, pedido que foi concedido pelo TJAM

Por três votos a dois uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu parecer contrário a um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff com base na reprovação das contas de 2014 do governo federal pelo Tribunal de Con-tas da União (TCU). O parecer terá que ser submetido ao Conselho Federal da OAB, que, na próxima quarta-feira (2), decidirá se segue ou não a recomendação da comissão.

Na avaliação da comissão, formada por cinco conselhei-ros federais da OAB, cada um representando uma região do país, por se tratar de práticas ocorridas em mandato ante-rior, as irregularidades nas contas não podem justifi car o processo político do impe-achment. “Por mais impor-tante que seja o acórdão da Corte de Contas”, observa o documento, “não é bastante

para fi rmar um juízo defi nitivo sobre irregularidades admi-nistrativas ou de execução fi nanceira e orçamentária, a ponto de sustentar, autono-mamente, a recepção de um pedido de impeachment, sem a aprovação do parecer pelo Congresso Nacional”.

“A sociedade espera que a OAB tenha uma posição fundamentada sobre o im-peachment da presidente. De forma técnica e imparcial, a OAB vai adotar uma posição e divulgá-la à nação. A Cons-tituição prevê o impeachment e apresenta seus requisitos.

O plenário da OAB irá dizer se estão ou não presentes tais pressupostos”, afi rmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Co-êlho. Segundo ele, a Ordem poderá analisar eventuais fatos novos que venham a aparecer e embasar novos pedidos de impeachment.

SEM JUSTIFICATIVA

Comissão da OAB é contra o impeachment de Dilma

CECÍLIA SIQUEIRA

IVE RYLO

O real motivo da licença do juiz Luís Carlos ValoisAfastamento por seis meses foi concedido pelo TJAM a pedido do próprio magistrado, que vai concluir tese do doutorado

Na sexta-feira, 27, este jornal, Amazonas Em Tempo, divulgou que o afastamento do juiz Luís Carlos Valois, foi uma medida disciplinar por conta do suposto envolvimento com uma facção criminosa.

Entretanto, o presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Amazonas autorizou o afastamento do juiz, a pedido do próprio juiz, para conclusão da tese de seu doutorado na USP. Tal afastamento foi deferido antes da série de matérias que tentava desqualificar o colega. Tanto que Valois já está licenciado há algum tempo.

A portaria faz menção a fi nalidade do afastamento e ao fato de que foi deferida a pedido do juiz.Não é crível que o jornalista, que apurou e escreveu a matéria, tenha cometido um equivoco. Daí, outra não pode ser a conclusão: houve ma-fé na

produção deste material, pois, sob o manto do direito de informar, se maculou a imagem de uma pessoa.Não atacamos a liberdade de expressão. O que fazemos, como entidade, que representa os magistrados do Amazonas, é vir a público afi rmar que

esta matéria falta com a verdade. O repórter não soube interpretar uma portaria de uma lauda. Ao colega, juiz Luis Carlos Valois, prestamos nossa solidariedade e colocamos a sua disposição o corpo jurídico da Amazon para as providências

jurídicas pertinentes.

Nota de Esclarecimento

Cássio André Borges dos Santos Presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon)

A02 - ÚLTIMA HORA.indd 2 28/11/2015 13:45:37

Page 3: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

A prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em pleno exercício do mandato é, em princípio, um ponto fora da curva. Primeiro, porque é a primeira prisão de um par-lamentar federal no cumprimento do mandato. Segundo, porque a prisão de poderosos é, por tradição, a exceção à lei e não a regra da norma. Na cultura política partidária do Brasil o crime de colarinho branco é apenas um simples desvio de conduta, punível quase sempre com um puxão de orelha, e a prisão de um senador pode ser encarada também como um aviso de que não há soberanos no Estado de direito. Todos estão sujeitos à ser responsabilizados perante a lei.

A detenção de Delcídio seguiu o rito policial e judicial da investigação da Polícia Federal (PF) que reuniu as provas necessárias para a Justiça autorizar a prisão. Um caso raro, também, porque a história política está cheia de exemplos de caciques do colarinho branco que são pegos com a boca na botija, mas se valem da posição política para escapar da lei.

No atual cenário de acabar, ou reduzir ao mínimo possível, a impunidade de políti-cos e empresários flagrados no crime e, até então, com reputação acima de qualquer suspeita, o caso Delcídio representa, em princípio, um basta à impunidade. Não se deve, conduto, comemorar. O amplo direito de defesa costuma ser mais amplo do que manda a lei e os advogados sabem utilizá-los com maestria quando se trata de clientes com alto poder aquisitivo.

De qualquer forma, o episódio é mais um divisor de águas na história da República, já abalada por outras prisões nos escândalos do mensalão e petrolão. O caso Delcídio serve para renovar as esperanças de uma sociedade em que a lei vale para todos, independentemente de ser uma autoridade ou um cidadão comum.

Braga citado

“São eles, o atual minis-tro de Minas e Energia, ex-senador e governador pelo Amazonas, Eduardo Braga; e o ex-governador do Distrito Federal, Ag-nelo Queiroz”, escreveu o colunista.

Vem chumbo grosso

O raciocínio é lógico. Foi a Andrade Gutierrez que construiu a Arena da Amazônia?

Então preparem–se que podem jogar lama no ven-tilador. A empresa assumiu ter pago propina em troca de contratos com a Petro-bras e também em obras da Copa do Mundo.

Só para lembrar

Na Copa do Mundo, a Andrade Gutierrez atuou em diversas obras, tanto sozinha quanto em con-sórcio, fi nanciada com recursos públicos. Alguns exemplos são a reforma do estádio Mané Garrincha, em Brasília, e a construção da Arena Amazonas, em Manaus (AM).

Além da reforma do estádio do Maracanã, no Rio, onde dividiu a obra com a Odebrecht, tam-bém acusada na operação Lava Jato.

Olha nós aí

Acabou aquele papo fura-do de que o Amazonas não desmata.

Os Estados do Amazonas (54%), Rondônia (41%) e Mato Grosso (40%) impul-sionaram o aumento da taxa de desmatamento.

E isso num ano em que o governo aumentou os recursos para controlar o desmatamento ilegal.

Árvores no chão

É o que aponta o relató-rio do Ministério do Meio Ambiente, divulgado ontem;

Ficamos mal na fi ta, por-que o Brasil, que quer elimi-nar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, re-gistrou um aumento de 16% da derrubada de árvores no último ano.

Vexame em Paris

Os dados foram divulga-dos às vésperas da Con-ferência do Clima de Paris (COP-21), para onde o Brasil leva a meta de reduzir as emissões de gases poluen-tes em 37% até 2025 e 43% até 2030, em comparação aos níveis de 2005.

Então, tá!

O Brasil também chega a Paris com a promessa de

eliminar o desmatamento ilegal na Amazônia.

Isso não basta?

A operação Lava Jato já fez 360 buscas e apreen-sões, 116 mandados de pri-são, 35 acordos de delação premiada, pedido de resti-tuição de R$ 14,5 bilhões – sendo que R$ 1,8 bilhão já foram recuperados –, 75 condenações que somam penas de 626 anos, 5 meses e 15 dias.

Todos estão surdos

Isso seria sufi ciente para despertar na sociedade e no Brasil de que alguma coisa está mudando.

Mas, apesar dessas reve-lações e de todo o impacto desse processo, parece que o país continua adormecido.

Voz no deserto

O juiz Sérgio Moro, que comanda a Lava Jato, pare-ce que a operação é “uma voz pregando no deserto.”

— Apesar dessas revela-ções e de todo o impacto desse processo, não assisti a respostas institucionais relevantes por parte do nosso Congresso e do nos-so governo. Parece que a operação Lava Jato é uma voz pregando no deserto – desabafa o grande juiz.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, além dos nomes de Sérgio Cabral e Edison Lobão, conforme publicado pela “Folha de S. Paulo” de hoje, outros dois políticos têm que botar as barbas de molho agora que os 11 executivos (e ex-executivos) da Andrade Gutierrez fecharam suas delações premiadas na Lava Jato.

Barbas de molho

O simbolismo da ‘lei é para todos’[email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIASAPLAUSOS

Para pichadores que estão sujando os viadutos de Manaus, construído em concreto aparente. Alguns podem até ser chamados de “grafi te” , mas, na maioria das vezes são bor-rões com frases que evidenciam o besteirol.

Viadutos pichadosDIVULGAÇÃO

Para a nova tecnologia Li-Fi, abreviação para “Light Fidelity” (Fidelidade da Luz, em tradução literal), que vai transmitir 1GB de dados por segundo. Isto representa uma velocidade 100 vezes maior que o atual Wi-Fi. Os testes estão sendo realizados em laboratórios na Universidade de Oxford.

Internet super-rápidaDIVULGAÇÃO

[email protected]

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOTamanha tem sido a divulgação do desastre que ora assola Minas Gerais e o Espírito Santo, que talvez seja supérfl uo, inócuo e puramente repetitivo um esforço no sentido de explicitar os fatos num artigo que, por natureza, mais do que um relatório factual, busca ser uma análise e uma crítica do acontecido.

Mesmo assim, nunca será demais manter vivos, na memória e na retina, os seres humanos mortos na tragédia, os animais, capital vivo dos homens do campo, dizimados e perdidos como sustentação e como riqueza, as casas e todas as benfeitorias arrasadas, o meio ambiente físico, com toda a fl ora e a fauna que o constituíam, agora degradado a um ponto em que já não é meio para nada e nem ambiente adequado para receber e alimentar qualquer tipo de vida.

Disso, todo o mundo já sabe e com todos os detalhes e as minudências que os jornais, as rádios e as televi-sões têm sido capazes de transmitir.

Agora, o que realmente interessa é identificar e entender as causas que levaram à ocorrência de tamanha catástrofe.

Numa sub-região em que o solo todo se constitui numa enorme reserva de minério de ferro, exatamente em função dela, instala-se uma poderosa companhia mineradora, a Samarco, resultante da junção de uma multi-nacional e da nossa bem conhecida Vale de Rio Doce, criada no Governo Getúlio Vargas e Estatal até a sua privatização em 1977.

Como pôde, então uma empresa com tamanha experiência no ramo da mineração e com toda a tradição das suas raízes nacionais, pelo menos pelo lado da Vale, incorrer, ou no mínimo permitir, que um desastre de tama-nhas proporções viesse a acontecer nas suas barbas e com a aparência de inaceitável imprevisibilidade?

Muito simples. O descaso foi total,

chegando ao ponto de voltar as costas e negligenciar até os evidentes sinais que, segundo muita gente do lugar, as represas dos dejetos davam, de que seus limites de segurança já se tinham esgotado.

Como teria dito o poeta Camões, um valor mais alto se alevantava, e esse valor não eram as vidas humanas, nem a ambiência, nem os animais e plantas, nem o rio em si.

O valor que ditava as regras e tudo decidia era exclusivamente o valor do faturamento que a Samarco poderia ter, a qualquer custo, pela produção e venda do minério de ferro, pura “commodity” a alimentar os fornos do grande e insaciável Dragão Chinês. Ironicamente, tal-vez, o Dragão depois até devolveria boa parte desse minério, então já manufaturado e a um preço muito mais alto, que pagaríamos com a simploriedade dos incautos.

Um Estado que não cuida da sua gente, que gasta, de modo irrespon-sável, mais do que arrecada, que, para manter um grupo no poder, é insaciável na sua fome de recursos, que não fi scaliza o capital que a nada respeita, inevitavelmente será um Estado permissivo e indigno da sua própria gente.

Se a atividade mineradora da Sa-marco fosse pautada pela responsa-bilidade social que a nenhuma empre-sa honesta pode faltar e, ainda mais, se os órgãos do Estado, responsáveis pela fi scalização, em nome da nação e da sociedade, tipo DNPM, Ibama etc., cumprissem seus papeis, o desastre não teria ocorrido e a lama estaria contida, para oportunamente receber o tratamento que lhe conviesse.

Ali não aconteceu um acidente, ines-perado e inevitável, e sim um crime doloso que a boa responsabilidade poderia ter evitado. Quem o diz, não sou eu apenas, mas a própria Orga-nização das Nações Unidas.

A lama que [email protected]

João Bosco Araújo

Um Esta-do que não cuida da sua gente, que gasta, de modo irres-ponsável, mais do que arrecada, que, para manter um grupo no poder, é insaciável na sua fome de recursos, que não fi scaliza o capital que a nada res-peita, inevita-velmente será um Estado permissivo e indigno da sua própria gente

Editorial [email protected]

A03 - CONTEXTO + OPINIÃO.indd 3 28/11/2015 14:21:02

Page 4: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

ManausHoje na Igreja matriz, como é cari-nhosamente chamada pelo povo, tem início a novena de preparação da festa da padroeira, a Imaculada Conceição. Neste ano, este começo de festividades coincide com o primeiro domingo do Advento, tempo litúrgico nos prepara para a celebração do Natal, primeira vinda do Senhor, nos lembrando que um dia, na plenitude dos tempos, ele vai voltar e recordando que ele vem continuamente a nós.

A virtude que se espera de quem tem fé é a vigilância que possibilita discernir a presença do Senhor e a sua manifes-tação nos acontecimentos da vida e da história que sempre é de salvação.

Vivemos um momento dramático des-ta história. A humanidade parece estar sendo chamada a prestar contas de erros cometidos pelas gerações que nos antecederam e pela nossa que continuou nos mesmos caminhos e comportamen-tos que levam à destruição e à morte.

O terror com todos os seus tentá-culos que se revelam nos atentados irracionais, mas também na violência difusa e na banalização da vida pro-vocando medo e desesperança, é fruto de opções políticas que tiveram como critério o lucro desenfreado e a domi-nação que levou a humilhação, a raiva e ao ressentimento que hoje alimentam grupos extremistas que parecem ter prazer em matar e destruir.

A única resposta que parece ser pos-sível é mais violência. O perdão e a reconciliação, condição para a paz, saiu do horizonte das possibilidades e a eli-minação do diferente parece ser o único caminho. Corrupção, mentira, engano dominam o cenário.

Quando olhamos para a casa comum,

a terra, fi camos impressionados com a degradação da natureza e a ciência nos alerta que a ação humana, o nosso estilo de vida provoca mudanças climáticas em ritmo acelerado colocando em risco a própria continuidade da espécie humana no planeta. Sentimos todos que chegou a hora de reagir. É agora a hora. A res-ponsabilidade desta geração é imensa.

Em Paris, no mês que vem, as nações reunir-se-ão para tratar do assunto, tra-çar metas, fi xar objetivos e estratégias. Mas será preciso uma mudança de rota.

Não haverá cuidado pela casa co-mum enquanto a guerra for o caminho da resolução de confl itos, o lucro for critério absoluto, a vida humana for um detalhe, as culturas forem vistas como entrave, as desigualdades so-ciais crescentes um mal necessário.

Necessitamos de um novo marco civili-zatório, uma outra noção de progresso e de desenvolvimento, enfi m de uma nova visão do que é o ser humano.

Por coincidência combinamos para a celebração deste domingo a adesão da Arquidiocese a uma campanha de inicia-tiva popular que quer uma Manaus mais verde e como ação concreta propõem que plantemos árvores.

No final da celebração serão dis-tribuídas mudas para os que deseja-rem. Parece pouco, mas não é. Oxalá este gesto nos leve a mudar hábitos, produzindo menos lixo, gastando me-nos energia, usando menos o carro e assim por diante.

Para quem tem fé a criação é dom de Deus e consequência do Amor. Cuidar da criação é uma exigência da fé. Recusar toda forma de violência, respeitando o outro e cuidando dele, é apressar a vinda do Reino, é viver o Natal.

Clima [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Vivemos um momento dramático desta história. A humanidade parece estar sendo chama-da a prestar contas de er-ros cometidos pelas gerações que nos an-tecederam e pela nossa que continuou nos mesmos caminhos e comportamen-tos que levam à destruição e à morte

Frase

MÁRCIO MELO

OLHO DA [email protected]

Claro, todos devemos atravessar na faixa de pedestres ou na passarela. É uma questão de segurança muito cobrada pelas autoridades, via mídia. Mas vamos observar essa ima-gem. Em muitos bairros de Manaus, a realidade é essa: o cidadão precisa se arriscar para atravessar a rua. Fica a dica: a cidade não se restringe aos bairros centrais

Frase

DO GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

Os artigos assinados nesta página são de responsabilidade de seus autores e não refl etem necessariamente a opinião do jornal.

CENTRAL DE RELACIONAMENTOAtendimento ao leitor e assinante

ASSINATURA e

[email protected]

CLASSIFICADOS

3090-1031classifi [email protected]

www.emtempo.com.br @emtempo_online

[email protected]

REDAÇÃO

[email protected]

CIRCULAÇÃO

3090-1001

3090-1010

/amazonasemtempo /tvemtempo/tvemtempo

Presidente: Otávio Raman NevesDiretor-Executivo: João Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário [email protected]

Editoras-ExecutivasJeane Glay — MTB 001/[email protected]

Michele Gouvêa — MTB [email protected]

Chefe de ReportagemCleber Oliveira — MTB 00146/ [email protected]

Diretor AdministrativoLeandro [email protected]

Gerente ComercialGibson Araú[email protected]

Gerente de MarketingAline [email protected]

EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected]

De Delcídio Amaral, em depoimento à Polícia Federal, quando afirmou que o vice-presidente Michel Temer tem “relação próxima” com Jorge Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras que é acusado de receber pro-

pina e teria chegado ao cargo com apoio do PMDB de Minas

O Michel conversou com o Gilmar também. Porque o Michel tá muito preocupado com o Zelada

A04 - OPINIÃO.indd 4 28/11/2015 12:59:42

Page 5: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

Polí[email protected]

A5

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Plano de Mobilidade Urbana, entre o sonho e a realidadeTramitando na CMM, projeto estima investimentos de R$ 2,6 bilhões, mas discussões e votação devem durar apenas 18 dias

ROB

ERVA

LDO

RO

CHA/

DIR

COM

/CM

M

O superintendente municipal de Transportes Urbanos, Pedro Carvalho, apresentando ofi cialmente o PlanMob-Manaus na última semana aos vereadores e entidades civis, no plenário da Câmara Municipal de Manaus

Com previsão de inves-timentos estimados em R$ 2,6 bilhões, o Plano de Mobilidade

Urbana (PlanMob-Manaus) é considerado por especialistas em engenharia de trânsito um projeto de alta complexidade e grandiosidade. O projeto já começou a tramitar na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e a meta da Comissão Especial que analisa o projeto é aprová-lo dentro de 18 dias.

Dividido em dois volumes de 442 páginas, o Planmob-Ma-naus contempla o alargamento e a duplicação das principais vias da capital, pretende ado-tar o sistema BRT (Bus Rapid Transit), prevê a ampliação e construção de novos terminais de integração, a construção de corredores preferenciais, novos pontos de embarques e desem-barques de passageiros e ciclo-vias, desde a implantação do estacionamento do bicicletário até a construção das próprias vias exclusivas.

Entretanto, com toda essa “di-mensão”, surgiu a dúvida entre especialista e engenheiros de trânsito consultados pela repor-tagem sobre o valor estimado pela Prefeitura de Manaus para a implantação do projeto.

Para o ex-presidente do Con-selho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-AM), o en-genheiro civil Marco Aurélio de Mendonça, o PlanMob elabora-do pela prefeitura não condiz ao valor de investimento de R$ 2,6 bilhões. Segundo o diretor administrativo do conselho, que representa o Crea-AM nas dis-cussões do Plano na Câmara, apesar da dimensão do projeto, possivelmente os recursos para

a concretização sejam empeci-lhos maiores, tanto pela crise econômica que o país enfren-ta quanto pelo valor que será destinado para sua construção.

“Esse valor não corresponde nem à quantia que deverá ser aplicado em desapropriação. Talvez o maior custo seja pela desapropriação, pois o proje-to prevê alargamento de vias importantes. Na estrada dos Franceses está prevista a du-plicação. Dessa forma, quan-tos imóveis não serão atingidos para que isso aconteça?”, ques-tionou Marco Aurélio.

Procurado pela reportagem, o prefeito Arthur Neto (PSDB) reconhece que os valores pre-vistos na minuta do PlanMob são uma estimativa e que poderá, sim, faltar recursos. Segundo ele, para o grande su-cesso do projeto, a prefeitura vai depender da colaboração do governo federal.

Prazo curtoMarco Aurélio conta que

outras audiências públicas já haviam acontecido para tratar sobre o Plano de Mobilidade Urbana. Entretanto, a estrutura do plano em si não havia sido debatida, uma vez que o projeto foi entregue há pouco tempo o que inviabilizou o acesso. A oposição da Câmara também critica o pouco tempo para aná-lise e votação da matéria, pre-vista para entrar em pauta no plenário no dia 18 de dezembro.

Conforme o engenheiro, os próprios vereadores reclama-ram durante audiência pública que aconteceu na sede da CMM, na tarde da última quarta-fei-ra durante a apresentação do Plano pelo superintendente da SMTU, Pedro Carvalho, sobre a falta do projeto.

Marco Aurélio conta que o PlanMob é bastante comple-xo e tem uma plenitude muito grande e criticou o curto prazo entre as audiências públicas e a votação fi nal da matéria.

Discordando do engenheiro, Arthur Neto explicou que o pro-jeto foi elaborado em meio a muitas discussões e consultas técnicas e que agora o que é primordial é dar celeridade para aprovação e implantação do Plano de Mobilidade Urbana.

Entretanto, o engenheiro Marco Aurélio explica que o projeto é de uma engenharia complexa e que precisava ser

debatido com um maior tempo. Segundo ele, o PlanMob será um processo de sobrevivência para a cidade de Manaus e se o poder público não tiver o cuidado de seguir o que o plano estabelece, Manaus pode parar, uma vez que o número de veículos não diminui e que as difi culdades no transporte de massa continuam aumentando cada vez mais.

AtrasoAo ser questionado sobre

Manaus andar na contramão de outras capitais brasileiras que já dispõem de um Plano de Mobilidade, Arthur Neto explica que a cidade não está completa-

mente atrasada quando se fala em mobilidade urbana e que outras capitais tiveram investi-mentos federais maiores, como o Rio de Janeiro e São Paulo, isso devido a estas regiões te-rem sido sedes da Copa 2014 e também das Olimpíadas.

Para o líder do prefeito na CMM, vereador Elias Emanuel (PSDB), das 27 capitais brasi-leiras apenas nove tem o Plano de Mobilidade e Manaus preci-sava de um estudo detalhado e de um projeto abrangente que pensasse bem os próximos 25 anos da cidade. Ele afi rma que não deu para cumprir o prazo que era em abril, mas que a prefeitura pretende vencer esse debate ainda em 2015.

“O PlanMob é uma necessi-dade não apenas de Manaus, mas do país como um todo. Ele obedece a preceitos do Plano Diretor de 2014 e também da Lei de Política Nacional da Mo-bilidade Urbana, a lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. A cidade tem que planejar o seu futuro e ver o que quer em relação ao modal do transporte coleti-vo, qualifi car as suas calçadas, estabelecer um critério de res-peito e construção de ciclovias e também, temos que perceber que essa é uma capital com 2,3 milhões de habitantes, mas que tem uma frota de veículos partículas com quase de 700 mil carros. Se não abrimos novas vias, a cidade para em pouco tempo”, disse Elias.

O vereador explicou que a Faixa Azul é o primeiro passo para o BRT, que por meio de estudos foi constatado que onde o transporte coletivo trafega em faixa exclusiva, a velocidade do ônibus aumenta 60%, com isso, a satisfação do passageiro será maior.

BRT

O sistema Bus Ra-pid Transit (BRT) foi criado em Curitiba na década de 70, mas já foi implantado em mais de 80 cidades do mundo. O Brasil pos-sui 32 desses proje-tos, 20 fi zeram parte do PlanMob da Copa

HENDERSON MARTINS

Preocupado com o de-sinteresse da população e entidades em discutir o PlanMob, o Crea-AM resol-veu criar uma comissão para discutir e apresentar propos-tas de emendas e propor algumas mudanças dentro o projeto de mobilidade.

Marco Aurélio observou que no projeto apresentado pela prefeitura ainda exis-tem pontos que precisam ser contemplados, como o entroncamento da avenida São Jorge com o início da estrada da Ponta Negra e o entroncamento da avenida Pedro Teixeira e toda a região da avenida Temário Pinto da Costa, que é prolongamento da Darcy Vargas e também na avenida Coronel Cirilo. “Todos esses trechos devem surtir uma intervenção mu-nicipal para proporcionar o acesso à ponte Rio Negro, uma vez que para chegar até lá, a população faz manobras pouco recomendadas”, expli-cou o engenheiro.

Ele antecipou que o con-selho também vai propor um alargamento da avenida Torquato Tapajós. O último alargamento aconteceu na gestão do ex-governador Eduardo Braga (PMDB), há mais de 10 anos. “Temos que ganhar lá de uma a duas faixas de tráfego para cada lado da via, isso desde o trecho do terminal rodoviário até o entroncamento com a BR-174”, disse.

O engenheiro chamou atenção para a ruptura que

existe entre a prefeitura e o Estado quando se trata em estrutura viária. Segundo ele, os dois entes não deveriam trabalhar de forma indepen-dente e citou como exemplo a avenida das Torres, em que, segundo ele, em uma falta de entendimento, acabou por se criar um caos no trânsito em horas de pico na avenida.

“O projeto é bom, o que ele precisa apenas é ser apri-morado e ser mostrado para a sociedade de forma mais aberta no que se pretende fazer”, disse.

NúcleosO PlanMob prevê também

no prazo de 12 meses, a criação de três instituições dentro do município que vão organizar o plano. Essas vêm por meio de uma Câmara Temática de Mobilidade Ur-bana, que vai reunir apenas órgãos da administração municipal, entre secretarias, autarquias e ela terá o poder decisório o poder de voto, isso apenas com órgãos da própria prefeitura.

Já o Conselho de Mobilida-de Urbana de Manaus, que abre o espaço para que ou-tras entidades participem, é apenas um órgão consultivo e por último, um observa-tório da mobilidade urbana de Manaus, vai envolver as entidades técnicas, as uni-versidades, possivelmente o conselho de engenharia, mas isso sem poder de de-cisão, vai ser um órgão apenas consultivo.

Crea vai apresentar emendas

TCE�AM

Moutinho promete boa gestão

Política A8

MÁR

CIO

MEL

LO

A05 - POLÍTICA.indd 5 28/11/2015 13:35:05

Page 6: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A6 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

do petrolão. E que R$2 milhões eram para a nora de Lula. E Lula não é considerado suspeito?

Lenço no bolsoA nota livrando o PT até de so-

lidariedade ao senador Delcídio, preso por obstruir investigações da Lava Jato, fez com que sena-dores se irritassem muito com o presidente do PT, Rui Falcão. Tinha senador tão nervoso que recorreu a lenço branco para aplacar o suor na sessão.

Tributação abusivaA Comissão de Trabalho da

Câmara aprovou projeto do de-putado Laércio Oliveira (SD-SE), que propõe a anistia da cobran-ça de multas para contabilistas. Contrário, o governo alegava perda de arrecadação.

Rombo pode piorarO TCU questionou a Infraero

sobre se a empresa já avaliou o impacto econômico provocado pelos leilões dos aeroportos de Florianópolis, Salvador, Fortale-za e Porto Alegre. O prazo para resposta é dia 1º.

GalhofeirosUma rodinha de deputados

ironizava a ação da Polícia Fede-ral no Senado e não na Câmara, outro palco de escândalos. Di-ziam que ‘a cada senador preso, a PF terá que prender outros seis deputados’.

Longo alcanceDois membros da CPI dos

Fundos de Pensão, que ouviria o agora encarcerado André Este-ves (BTG Pactual), foram benefi -ciados com grana do banqueiro na campanha eleitoral: Paulo Teixeira (PT-SP) levou R$ 47,5 mil e Índio da Costa (PSD-RJ) outros R$ 200 mil.

Pensando bem......o governo anunciou “contin-

genciamento” para não quebrar em 2016, mas não explicou como R$ 10 bi cobrem um rombo de R$ 120 bilhões.

PODER SEM PUDOR

Caixa inventa fraude de apenas 25% de licitação

Conta outraVirou piada no mercado a

decisão da Caixa de considerar que houve fraude somente na parte da Borghi. Mas a licitação foi única.

A ‘licitação’ que valiaCondenado por Sergio Moro

a 14 anos e 4 meses, o ex-de-putado petista André Vargas é acusado de escolher agências para a Caixa.

Infl uência políticaConsta na denúncia do Minis-

tério Público Federal que André Vargas teria indicado o diretor de Marketing da Caixa, Clauir dos Santos.

Mudou de nomeCom um dos seus princi-

pais executivos condenados à prisão, a Borghi Lowe Pro-paganda foi rebatizada para Mullen Lowe Brasil.

Líder de Dilma não tem data para sair da cadeia

Preso por tentar subornar o ex-diretor da Petrobras Nes-tor Cerveró a não citá-lo em delação, além de propor fuga para a Espanha, o líder do go-verno Dilma, senador Delcídio do Amaral (PT) não tem prazo para sair da cadeia. Para Luis Henrique Cesar Prata, perito em direito penal, é caso clássico de prisão preventiva por obstrução da “instrução criminal” e o pe-tista pode fi car preso até o fi m das investigações da Lava Jato.

‘Cumpanhêros’A prisão de Delcídio pode

ser renovada inúmeras vezes. Ocorre a Marcelo Odebrecht, preso há cinco meses, e José Dirceu, há três.

Todos temos gravadorBernardo Cerveró, fi lho do

ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que está preso na Lava Jato, gravou a trama usando o próprio celular.

O mesmo de sempreQuem conhece o líder do go-

verno não se surpreendeu: a gravação mostra um Delcídio malandro, fanfarrão, arrotando vantagens.

Doutor em malandragemO líder do governo sempre

foi metido a malandro, e os senadores não gostavam disso. Sobretudo Renan Calheiros, em cujo colo Delcídio tentou colocar o protegido Nestor Cerveró, no início do escândalo.

Sem garantiaA vitória apertada do veto

ao reajuste do Judiciário - por só 6 votos – acendeu o alerta vermelho no Palácio do Planalto. Há dúvidas sobre a solidez da base aliada para segurar um processo de impeachment.

Lula, o inimputávelFernando Baiano diz que

Bumlai cobrou R$ 3 milhões para o então presidente Lula receber o gestor da Sete Brasil,

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Distribuiu ministérios como sedistribui bananas vencidas”

PRESIDENTE DO PSDB, AÉCIO NEVES,sobre a “terceirização” do governo Dilma

Consumidor distraídoParticipando de uma excursão parlamentar a

Nova York, o deputado Germano Rigotto (PMDB-RS) chamou os colegas para acompanhá-lo à conhecida loja Macy’s. Queria comprar umas roupas. Vaidoso, Rigotto acabou impacientando os deputados com a demora na escolha. Decidiu ir embora. Já de saída, ele se voltou para o atônito vendedor, cheio de roupas penduradas nos braços, e gritou em bom sotaque gaúcho:

- Guarda tudo que volto amanhã, tchê!O vendedor nada entendeu, nem os colegas de Rigotto, que até hoje não sabem se

ele brincava ou esqueceu que ali o idioma era outro.

A Caixa cancelou contrato da agência Borghi Lowe Propaganda, após a condenação do seu diretor Ricardo Hoffmann a 12 anos e 10 meses de prisão, na Lava Jato. A empresa foi acusada de fraudar a licitação que declarou vencedoras mais três agências – a Artplan, a Nova SB e Heads. As quatro dividiam a verba anual para publicidade da Caixa, de R$ 400 milhões. A Borghi detinha algo como 25% do contrato global.

FAMETRO

MP tranca a pauta do SenadoA pauta do plenário do Se-

nado desta terça-feira (1º) está trancada pela medida provisória (MP) 697/2015, que libera R$ 950,2 milhões a cinco ministérios.

A MP liberou R$ 610 mi-lhões para o Ministério da Integração Nacional para atendimento a vítimas de desastres naturais.

Ao Ministério das Rela-ções Exteriores, foram des-tinados R$ 300 milhões para pagar aluguéis de imóveis e auxílio-moradia. Ao Minis-tério da Justiça, foram des-

tinados R$ 15 milhões, para assistência a refugiados. Ao Ministério dos Transportes foram destinados R$ 19 mi-lhões para obras emergen-ciais em terminais fl uviais no Amazonas.

Ao Ministério da Defesa foram destinados R$ 6,2 mi-lhões, para a manutenção da ordem em municípios do Mato Grosso do Sul.

Depois de destrancada a pauta, o plenário poderá vo-tar o projeto de lei da Câmara (PLC) 77/2015 que promove uma série de ações para o

incentivo à pesquisa, à ino-vação e ao desenvolvimento científi co e tecnológico. O texto tramita em regime de urgência e, se aprovado, irá à sanção presidencial.

Além de regulamentar parcerias de longo prazo entre os setores público e privado, o projeto abre, por exemplo, a possibilidade de dispensa de licitação, pela administração pública, nas contratações de serviços ou produtos inovadores de em-presas de micro, pequeno e médio portes.

DIV

ULG

AÇÃO

/ SE

NAD

O

Oito parlamentares afirmaram, na última sexta-feira (27), serem favoráveis à apresentação

Parlamentares devem se reunir na próxima terça-feira (1º) para decidir se apresentam o relatório fi nal da comissão

Senadores decidirão sobre relatório da CPI do HSBC

VOTAÇÃO

A Comissão Parlamen-tar de Inquérito (CPI) do HSBC fará reunião na próxima terça-fei-

ra, para votar um pedido de imediata apresentação do re-latório fi nal. O prazo fi nal de funcionamento da CPI é até 30 de abril do ano que vem.

O pedido para antecipar foi apresentado por oito senado-res: Acir Gurgacz (PDT-RO), Sérgio Petecão (PSD-AC), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Blairo Ma-ggi (PMDB-MT), Otto Alencar (PSD-BA), Paulo Bauer (PSDB), e Regina Sousa (PT-PI). Eles argumentam que não se justi-fi ca estender por tanto tempo os trabalhos, já que a CPI

não conseguiu receber das autoridades francesas a lista ofi cial dos clientes que teriam se benefi ciado das vantagens ofertadas pelo HSBC para a abertura de contas irregulares.

Além disso, de acordo com os parlamentares, a comissão não consegue mais ter acesso a Hervé Falciani, o funcionário da HSBC cujas denúncias deram origem ao caso. Hervé chegou a participar de uma videocon-ferência com os integrantes da CPI, mas desde agosto não é mais localizado.

Há ainda a alegação de que a Câmara dos Deputados já aprovou — e está em análise na Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania (CCJ)

do Senado - o projeto (PLC 186/2015) que cria o Regi-me Especial de Regularização Cambial e Tributária. Outra justifi cativa apresentada pe-los defensores da antecipação do relatório fi nal é que o Minis-tério Público Federal, a Polícia Federal e a Receita Federal estão investigando o caso.

“E, considerando que a CPI do HSBC não consegue avan-çar nos trabalhos a que se propôs por absoluta impos-sibilidade material [ausência dos dados], é que requeremos seja apresentado imediata-mente o relatório fi nal dos trabalhos da presente comis-são parlamentar de inquérito”, pedem os oito senadores.

A06 - POLÍTICA.indd 6 28/11/2015 13:03:34

Page 7: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

Deputados driblam governo e legalizam ‘supersalários’Proposta aprovada na CCJ da Câmara prevê que servidores recebam até mais que o dobro do teto do funcionalismo

DIV

ULG

AÇÃO

Um substitutivo apresentado na CCJ legaliza os chamados supersalários para o funcionalismo público

A Comissão de Consti-tuição e Justiça (CCJ) da Câmara driblou a proposta do governo

federal que impedia que a remuneração dos servidores públicos ultrapassasse o teto do funcionalismo público, que é a remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente R$ 33.763.

Um substitutivo apresenta-do pelo deputado André Fufuca (PEN-MA) ao projeto de lei 3.123/15, do Executivo, legali-za os chamados supersalários, valores muito além do limite constitucional. O projeto do go-verno, que faz parte do ajuste fi scal, está na pauta do plenário da Câmara dos Deputados, da próxima semana.

Caso a versão aprovada pela CCJ seja referendada pelos de-mais deputados federais, um servidor de alta função, como um magistrado, por exemplo, poderá receber até mais que o dobro do teto, ou seja, mais de R$ 67,5 mil mensais.

Isso porque o substitutivo prevê que, além do vencimento permanente do servidor, será estabelecido o mesmo teto para as chamadas parcelas transitórias, como cargos co-missionados e outros paga-mentos circunstanciais.

Esse valor ainda poderá ser acrescido de verbas indeni-zatórias, montante sobre o qual o limite constitucional não incidirá. Além disso, pelo substitutivo, um servidor poderá acumular até dois tetos originários da mesma fonte de recursos – prática hoje proibida.

A proposta original foi al-terada na CCJ após pressão de magistrados, integrantes do Ministério Público e ser-vidores do Legislativo, ca-tegorias que tendem a ser benefi ciadas com as novas regras. O substitutivo prevê a remuneração de cargos co-missionados como parcelas de caráter transitório, ou seja, poderão se somar ao teto da remuneração permanente.

A manobra, aprovada pelos membros da comissão, con-traria decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Em 2013, a corte de contas de-terminou que valores pagos para remunerar horas extras e cargos de comissão deve-riam ser somados à remune-ração permanente e, juntos, não poderiam superar o teto constitucional. O acórdão foi publicado para encerrar as discussões sobre o assunto.

VotaçãoO Plenário da Câmara dos

Deputados pode votar, a partir de terça-feira (1º), o projeto de lei sobre a regulamentação do teto de remuneração do servi-ço público. Com urgência cons-titucional desde o começo do mês, o PL 3.123/15 tranca os trabalhos e fi xa novas normas para o cálculo do teto, tanto para o servidor público quanto para os agentes políticos.

O projeto determina que a União, os Estados, o Distri-to Federal e os municípios instituam sistema integrado de dados relativos às remu-nerações, proventos e pen-sões pagos aos servidores e militares (ativos e inativos) e pensionistas, para fi ns de controle do teto.

MANOBRA

Câmara dos Depu-tados pode votar, a partir de terça-fei-ra(1º), o projeto de lei sobre a remuneraççao do serviço público. Com urgência consti-tucional, projeto pode trancar a pauta de votação da casa

A07 - POLÍTICA.indd 7 28/11/2015 13:04:46

Page 8: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015A8 Com a Palavra

EM TEMPO – Tão novo, o senhor ingressou na car-reira pública, ao se eleger vereador aos 19 anos. Ago-ra, aos 43, o senhor é eleito presidente do Tribunal de Contas. Como recebe esse novo desafi o?

Ari Moutinho - Eu recebo isso com responsabilidade e compartilhando com toda essa corte de contas. A nossa presi-dência vai ser uma presidência cidadã, onde eu vou precisar da colaboração dos setes conse-lheiros, dos dez procuradores, dos dois auditores e de todos os funcionários dessa corte. Nós temos, acima de tudo, boa vontade e respeito ao Estado do Amazonas. Entendemos que estamos num momento de refl exão em que a crise econômica bate à porta de todos e temos que fazer com que os recursos rendam, e como que os recursos podem render? Isso, com uma boa aplicação. Nós temos os 61 municípios, temos as secreta-rias do Estado, a Prefeitura de Manaus e nós queremos fazer parcerias por meio da Escola de Contas para melhor qualifi car os servidores. Isso, com relação aos processos licitatórios e à gestão pública, estendendo essa parceria aos vereadores, às associações de bairros, aos Conselhos Tutelares, para que o cidadão saiba o direito que ele tem, para que saibam o que é um orçamento, saibam os recursos alocados nesse orçamento, para que assim possam cobrar dos seus ges-

“Eu me achava um vocacionado para a política quando venci minha primeira eleição, isso com 19 anos”. O trecho é parte da entrevista concedida ao EM TEMPO pelo novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Ari Moutinho da Costa Júnior, 43, eleito na semana passada ao cargo e cuja posse está marcada para o dia 22 de dezembro. Se Moutinho foi um “garoto prodígio” ao se eleger vereador, cujo mandato perdurou por 16 anos em quatro legislaturas, ele agora está sendo considerado o mais jovem presidente de um Tribunal de Contas do país. Em sua trajetória na carreira pública, ele já exerceu a função de secretário de Estado até ser escolhido conselheiro do TCE, em 2008, na cota pessoal do ex-governador Eduardo Braga (PMDB). Atual vice-presidente do TCE, Moutinho também já foi ouvidor-geral e corregedor-geral da instituição.

‘Vai ser UMAPRESIDÊNCIA cidadã’

Ari MOUTINHO

tores uma boa aplicação dos recursos públicos.

EM TEMPO – O senhor vai suceder gestões exitosas. Qual vai ser o diferencial em seu mandato?

AM - Eu vejo que o TCE se modernizou muito. Quando eu cheguei aqui eram 56 mil processos por julgamento. Hoje nós não temos 10 mil processos. Houve o avanço da votação eletrônica, houveram contratações de uma mão de obra para repor vagas por meio do concurso público e isso fez com que uma boa re-muneração e as datas-bases fossem repostas aos servido-res. Tudo isso incentivou ao servidor, para que tenham os bons resultados que essa cor-te de contas precisa. Graças a Deus, vem surtindo efeito. Mas sabemos que tem de melhorar e vamos correr atrás dessas melhorias.

EM TEMPO – E o que tem de ser melhorado?

AM - Nós vamos estreitar parcerias com o Ministério Pú-blico Federal (MPF). Traremos para cá, para nosso controle interno, um delegado federal. Inclusive, já estamos solicitan-do ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que nós possamos dar uma nova roupa-gem ao nosso controle externo e usarmos técnicas modernas na boa gestão e fi scalização dos recursos públicos.

EM TEMPO – E quanto a processos pendentes no TCE, qual tática o senhor

HENDERSON MARTINS

FOTO

S: M

ÁRCI

O M

ELLO

vai utilizar para agilizar esses julgamentos?

AM - Hoje nós não temos mais aqueles processos que se arrastavam por anos. Essa semana (dia 25) nós julgamos a conta da Prefeitura de Iran-duba de 2014 e estamos em 2015, ou seja, estamos julgan-do sempre um ano anterior. Eu vejo de forma muito clara que não existem processos nas gavetas na corte de contas. Atualmente, nós estamos jul-gando sempre do ano anterior.

EM TEMPO – O TCE é uma das poucas instituições públicas do Amazonas que ainda têm “gordurinha” fi-nanceira em tempos de crise econômica. Como o senhor pretende fazer para que essa crise não afete o órgão?

AM - Essa “gordurinha” vai ter que fazer frente a deman-das dessa corte, que está a cada dia tendo um repasse menor por parte do governo

do Estado, que também está recolhendo menos. Nós vive-mos à custa dos duodécimos. A situação fi nanceira da corte de contas é melhor do que de outros, sim, mas não nos da-mos direito a extravagâncias. Hoje em dia temos um nível de funcionários e de despesas muito equilibrados e essas re-servas vão fazer frente a esse custeio nos anos seguintes. Nós estamos concluindo 2015. Quando concluímos 2014, todo mundo dizia que seria um ano difícil, que o Brasil iria encolher de 1,5% a 2% e a realidade é que estamos diminuindo quase 4%. Para 2016, o governo já anuncia que o PIB já será ne-gativo em mais de 2%. Então eu pergunto? Quem é que sabe quando se passa essa crise? Será que em 2017 ou 2018? E esse cenário nos sinaliza para termos muita cautela para que não tenhamos ne-nhuma redução e possamos continuar prestando um ser-viço satisfatório a todos os nossos jurisdicionados.

EM TEMPO – Para manter o equilíbrio, há previsão de cortes no TCE?

AM - Nós vamos suceder a um grande gestor, que é o conselheiro Josué Cláudio de Souza Filho, um homem testa-do por onde passou e deixando uma marca de austeridade. Ele passou pela presidência da Assembleia Legislativa, pela Seduc, como secretário. O Josué é um grande gestor, que conseguiu reduzir custos de xerox, custos de passa-gens, custos da luz. Ou seja, se nós mantivermos esse nível de austeridade, iremos com toda certeza atravessar todas as adversidades e passaremos com tranquilidade por esse momento de readequação que o Brasil está vivendo.

EM TEMPO – Há planos em

sua gestão de realizar um concurso público no tribunal?

AM - Eu entendo que há necessidade de concurso pú-blico. Existe um alto nível de aposentadoria dos servidores dessa corte e nós temos que repor essas vagas em aberto até para que possamos fazer frente às necessidades do Tri-bunal de Contas.

EM TEMPO – Com uma trajetória na vida pública, no Legislativo e no Exe-cutivo e, agora à frente do TCE, como o senhor vai conduzir o papel de agente fiscalizador?

AM - Eu fui vereador por 16 anos, em quatro mandatos. Fui secretário de Governo e estamos na corte de Contas há 7 anos. Aqui, passamos pela ouvidoria, pelas Câma-ras, pelas corregedorias, pela vice-presidência. E se Deus quiser, a partir do dia 22 de dezembro, estaremos na presidência. Eu já estive dos dois lados da mesa e isso nos dá uma visão, primeiro de co-nhecer a realidade do interior do Amazonas. Nós vivemos em um Estado continental, de 1,5 milhão de quilômetros quadrados. Isso é um conti-nente e não um Estado. Nós entendemos que a realidade do Purus é diferente da re-alidade do Alto Solimões; a realidade do Juruá é diferente da Prefeitura de Manaus. En-tão, eu conheço praticamente os 61 municípios e sei das difi culdades enfrentadas, sei das necessidades da popula-ção e vou tentar colocar essa nossa experiência de vida a serviço de uma presidência cidadã, que tenha a sensibi-lidade de ter ações pedagó-gicas por meio da Escola de Contas, mas também tenha o compromisso e o respeito na cobrança da boa aplicação dos recursos públicos.

Eu recebo isso com responsabili-dade e comparti-lhando com toda essa corte de contas. A nossa presidência vai ser uma presidên-cia cidadã, onde eu vou precisar da colaboração dos sete conse-lheiros, dos dez procuradores, dos dois auditores e de todos os fun-cionários dessa corte. Nós temos, acima de tudo, boa vontade e respeito ao Esta-do do Amazonas”

A08 - POLÍTICA.indd 8 28/11/2015 13:09:30

Page 9: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

[email protected]

B1

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

CAPACITAÇÃO

Curso forma pizzaiolos em Manaus

DIV

ULG

AÇÃO

[email protected], DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Amazonenses chegam a embolsar até R$ 21 mil para representar o “bom velhinho” durante o período natalino

‘gordo’ Nesta época do ano,

além de distribuir brinquedos para as crianças, amazo-

nenses que trabalham como Papai-Noel também ga-

nham um “gordo” pre-sente em Manaus. Para

representar o “bom velhinho” com o seu “barrigão”,

barba e roupa v e r m e l h a ,

eles che-gam a

f a t u -r a r

até R$ 21 mil em um período aproximado de até 40 dias.

Em Manaus, a atividade é muito requisitada por sho-ppings e grupos de lojas para atrair a clientela. Alguns centros de compras chegam a fazer contratos de exclu-sividade e incluem cláusulas que mantêm em segredo o valor pago pelo serviço.

Quando não conseguem encontrar mão de obra local, shoppings da capital chegam a importar o Papai-Noel de outros Estados.

DemandaSegundo a empresária Ana

Nogueira, responsável pela agência AC Promoções & Eventos, neste ano, grandes centros requisitaram paco-tes com a presença de servi-

ços com três Papais-Noéis, além das famosas ajudan-tes de um dos principais símbolos natalinos, as “noeletes”. “O mercado

está bom neste perí-odo. É bem difícil

os shoppings não inves-

tirem nesse tipo de ação. Eles atuam principalmente na captação de clientes e stands de trocas. Geral-mente, o Papai-Noel inicia o período de contrato no dia 15 de novembro e fi ca no centro até 24 de dezembro”,explicou Ana.

No Amazonas Shopping, um amazonense de 42 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, encarna o papel do “bom velhinho” há pelo menos 15 anos. Segundo ele, quando começou, encarnava a fi gura natalina com barba de verdade.

Ele conta que iniciou a vida alegrando crianças e adultos ainda jovem. “Minha primeira roupa de Papai-Noel foi com 21 anos, quando eu trabalhava em uma escola particular, onde trabalhei e fazia vários eventos com os jovens. Tinha uma pessoa que ganhava dinheiro co-migo, quando eu era aquele Papai-Noel. Eu nunca ganhei, só queria alegrar o pessoal e meu objetivo é esse até hoje”, revela o “Santa Claus baré”.

CECÍLIA SIQUEIRA

Amazonenses chegam a ganhar grandes somas para representar o Papai-Noel

Para incorporar o Pa-pai-Noel, o amazonense afi rma que conseguiu o primeiro contrato com uma marca de refri-gerantes, antes de ser contratado pelo Amazo-nas Shopping. Ele frisa que a maratona de até sete horas não é fácil e que sempre procura inovar em suas ações com aperfeiçoamentos para fi car mais parecido com o personagem.

“Trouxe uma indu-mentária dos Estados Unidos, revestida e própria de frio, origi-nal. Estou acostumado com os trajes, mas é muito calor. Hoje os Pa-pais-Noéis que vêm de outros Estados não têm todos esses adereços”, pondera.

ImportaçãoO Shopping Ponta

Negra fez uma seletiva no primeiro semestre e acabou trazendo um Pa-pai-Noel do Rio de Janei-ro para trabalhar sete horas por dia. Após esse período, o contratado, que ganha mais de R$ 10 mil, deve posar para fotos e conversar com os frequentadores por até nove horas por conta do fl uxo de clientes.

Investimento para comprar roupa original

MÁR

CIO

MEL

O

Economia B4

para o Papai-Noel

Um Natal

B01 - ECONOMIA.indd 1 27/11/2015 21:46:21

Page 10: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015B2 Economia

Consultor de Empresas, diretor

da MB Consultoria e Conselheiro de

Administração

Apesar do Brasil e do Mun-do gerarem assuntos negativos todo o tempo, ainda continua imbatível a liderança da “crise” como o mais falado e discutido no mundo empresarial. E não é para menos. Ontem mesmo tivemos uma reunião do Copom aonde apesar de termos a taxa de juros mantida, já temos pers-pectiva de aumento da mesma na próxima reunião, o que signifi ca o agravamento da recessão.

Acredito que, porém, o que mais assusta aos empresários, executi-vos e a todos nós, é a enorme incer-teza deste momento. Não sabemos se o fundo do poço está perto, se ainda demora e se vamos conseguir em algum momento sair do poço. E esta enorme incerteza tem uma consequência nefasta: a paralisia. Hoje temos o mundo produtivo, de forma geral em uma espécie de letargia completa, esperando que, por um milagre, a economia possa melhorar à curto e médio prazos. Sabemos que isso não vai acontecer. Todos os indicadores econômicos atuais e de tendências apontam para um 2016 (e 2017) com infl ação alta (e taxa de juros) e recessão econômica, a perversa equação que petismo construiu.

Esta incerteza é legítima. Mas esta paralisia tem que fi ndar. Uma crise política e econômica é terrível e causa desemprego, perda de riqueza, fechamento de empresas, etc. Mas há si-tuações muito piores, como a guerra. Será que há algo mais incerto, inseguro e imponderável que viver num país em guerra? Pessoalmente acredito que não.

E mesmo nas piores situações, a história nos mostra que as pes-

soas seguiram suas vidas. Hoje temos guerras no Oriente Médio, África e praticamente situações de confl itos armados em todos os recantos do planeta. Imagina se todos fi cassem esperando me-lhorar .... esperando a paz para poder seguir. Na faixa de Gaza os comerciantes fecham e abrem seus negócios todo o tempo porque precisam sobreviver. Israel vive sob contínua ameaça e continua criando conhecimento, produzindo e vivendo. Na Síria, Líbia, Afega-nistão a situação não é diferente. As indústrias, comércio e serviço, funcionam, mesmo sob o pavor de mais uma bomba.

Durante cem anos a Europa es-teve envolvida numa guerra. De 1337 a 1453, Inglaterra e França estiveram em uma guerra que matou milhares dos seus cida-dãos. Estamos falando de quase quatro gerações com seus países em guerra! E mesmo com este cenário de horror que a guerra mergulhou suas vidas, ingleses e franceses continuaram a em-preender, produzir, trabalhar e gerar trabalho e riqueza.

A crise brasileira é seríssima. Mas fi car esperando que ela passe não vai salvar empresas e empregos. Precisamos ter mais coragem e força emocional para acreditar que temos capacidade de sair deste buraco que nos colocaram. E a partir desta nova atitude, forte, fi rme e corajosa, unir nossas equi-pes para buscarmos encontrar so-luções aonde todos só enxergam problemas. Precisamos de criativi-dade, força de vontade, trabalho e muita resiliência.

Estamos numa crise, não numa guerra, graças à Deus.

[email protected]

Marx Alexandre Corrêa Gabriel

Uma crise po-lítica e econô-mica é terrível e causa de-semprego, per-da de riqueza, fechamento de empresas, etc. Mas há situ-ações muito piores, como a guerra. Será que há algo mais incerto, inseguro e imponderável que viver num país em guer-ra? Pessoal-mente acredi-to que não”

Crise, valores e atitudes

Pão de frutos amazônicos é a nova aposta do setorFeita à base da fi bra do caroço do açaí e do ouriço da castanha, a produção do pão amazônico tem apoio da Fapeam

DIV

ULG

AÇÃO

Dono da Sabores de Tradição diz que o produto despertou interesse de empresas de São Paulo e da Inglaterra

Já imaginou um pão com seis meses de valida-de, sem glúten, açúcar, lactose ou gorduras, e

que conta com um sabor irresistível de açaí ou casta-nha? O produto já existe. E é produzido no Amazonas, com apoio do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Ama-zonas (Fapeam) pela empresa Sabores de Tradição.

Os pães são feitos a partir das fi bras do caroço do açaí e do ouriço da castanha e são ideais para dietas alimentares de pessoas com restrição a glúten, lactose ou gordura. De acordo com o empresário Jorge Carlos Neves, a empresa não pretende criar simples-mente pães integrais ou lights. Ele trabalha em novas formu-lações com processos para desenvolver alimentos natu-rais, saudáveis, funcionais, sem glúten, açúcar, lactose ou gorduras.

“Queremos novos sabores, mas que sejam naturalmente nutritivos com novos ingre-dientes. Iniciamos com o de açaí e castanha, mas preten-demos utilizar o caroço do cupuaçu para produção de fi -bras e outros frutos da Amazô-nia também”, diz o empresário.

Com os pães, a empresa aten-de uma carência do mercado que ainda não conta com uma variedade de produtos nesse segmento. “Nos últimos anos, o número de pessoas que pos-suem algum tipo de restrição a determinados alimentos au-mentou, por isso, é importante pensar nesse público. Os produ-

tos vão atender esses nichos de mercado”, afi rma Neves.

Atualmente, os pães à base de frutos amazônicos são comercializados com um prazo de validade de quatro dias. O desafi o da Sabores de Tradição, segundo Neves, é aumentar a validade para seis meses, que possibilita-rá a exportação do produto amazônico para o mercado nacional e internacional.

O empresário informou que os pães são resultado do projeto de pesquisa “Pães Inovadores com Insumos Ama-zônicos”, que conta com re-cursos da Fapeam, por meio do Programa de Subvenção Econômica à Inovação (Tec-nova/AM). A empresa expôs os produtos durante a 8ª Fei-ra Internacional da Amazônia (Fiam), que ocorreu entre os dias 18 e 21 de novembro. A empresa recebeu propostas de empresários de São Paulo, da Inglaterra e das cidades de Orlando e Dubai.

“Oito lojas de São Paulo se interessaram pelo ‘Bolo Ama-zônico’ e já trocamos os con-tatos. A feira nos proporciona a possibilidade de conhecer novos contatos. Nas rodadas de negócios realizamos reuni-ões com novos compradores e temos boas perspectivas. Estamos dando um passo de cada vez e o próximo é a ex-portação”, aponta Neves.

De acordo com ele, a empre-sa agora busca de certifi cação ISO, para dar mais garantias ao comprador dos seus pro-dutos amazônicos. “Temos um caminho a percorrer, mas a expectativa é que a atividade comece entre os meses de março e abril de 2016”, diz.

TECNOVA

O Tecnova apoia pro-jetos de inovação tec-nológica, associados às oportunidades de mercado, na busca de desenvolver produtos (bens ou serviços) e processos inovadores para setores econômi-cos estratégicos

B02 - ECONOMIA.indd 2 27/11/2015 21:48:28

Page 11: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015B3Economia

Quem sofre com a cri-se vai beber e quem vende bebida não tem crise. Mesmo irônica, a

afi rmação é uma das lógicas do mercado cervejeiro, que cresce em Manaus, tanto na indústria quanto no campo artesanal. No Brasil, conforme dados do Sin-dicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindcerv), o brasileiro consome em média 70 litros de cerveja por ano. E apesar de mais cara, pela sofi sticação, a cerveja artesanal no país é um mercado que cresce em média 10% ao ano, enquanto em Manaus a expectativa de crescimento é de 50%.

O setor cervejeiro tende a se expandir durante os próxi-mos anos na capital e interior do Estado. De acordo com o proprietário da cervejaria Rio Negro, José Pereira Lima, o mercado da cerveja artesanal ainda “engatinha” em Manaus. Contudo, as possibilidades es-tão abertas para que haja um grande crescimento em produ-ção e vendas da “boa cerveja”.

Segundo Lima, mesmo que a cerveja artesanal tenha um va-lor mais alto que a tradicional, os amantes da bebida continu-am comprando e aquecendo o mercado. “O consumidor de cerveja passou a não gostar mais daquela industrializada, pois ela mudou completamen-te. Por isso que surgiu a tal da ‘original’”, comenta. “O cer-vejeiro passou a produzir em panelas na própria residência, da mesma forma como come-çou na Europa, passou pelos Estados Unidos da América (EUA) e somente depois chegou ao Brasil”, conta.

O empresário explica que o grupo de pessoas que que-

Mercado cervejeiro cresce no campo artesanal no AMBebida que o brasileiro consome, aproximadamente, 70 litros por ano, ganhou ares de sofi sticação na produção caseira

ASAFE AUGUSTO

rem beber a boa cerveja foi crescendo, e a falta de tempo para produzir também. Segun-do ele, foi nessa falta de tempo que surgiu uma forma melhor de se fazer a boa cerveja. “Os equipamentos são industriais, porém o processo é o mesmo de antigamente. Tempo de fer-mentação, de maturação - que é de 30 dias -, não misturando produtos químicos. Usamos apenas produto natural, por isso a cerveja artesanal tem um preço mais elevado, pois o tempo de preparo e a qua-lidade é maior”, observa.

Para atestar o crescimento da cerveja artesanal em Ma-naus, Lima afi rma que vê o exemplo na própria empresa. Hoje a cervejaria Rio Negro já abastece 25 casas de be-bidas em Manaus e uma em Manacapuru. A capacidade de produção é de 150 mil litros por mês, e o empresário pre-tende chegar aos 300 mil litros ao mês.

Segundo o empresário, a crise não existe no setor cervejeiro, e por essa segurança neste setor, Lima conta que pretende expandir ainda mais o negócio

e projeta trabalhar também com engarrafados especiais, além de estar ampliando o es-paço que começou pequeno. Segundo ele, além da cerveja artesanal o cliente poderá ouvir a boa música, comer uma boa comida e até levar a família para a cervejaria que, segundo ele, preza pelo fator amazônico, dando ênfase no que é da terra.

BeerA cerveja artesanal não traz

resultados apenas para quem há muito tempo já trabalha com bebidas. O médico Thiago

Miranda Corrêa e o sócio, o farmacêutico David Noronha, fi zeram um investimento de médio porte, abrindo a Cent Beer, e já conseguem ver bons resultados obtidos com a cer-veja artesanal. Os sócios ape-nas comercializam, porém, a intenção é expandir e fabricar uma cerveja com a própria logomarca. Para o médico, o crescimento do mercado de cerveja artesanal em Manaus é de 50% em 2 anos. A cer-veja artesanal cresce tanto em Manaus que em dois me-ses de funcionamento a Cent

Beer tem dobrado seu fatura-mento a cada semana. Além da renda extra aos sócios, o negócio gerou empregos para14 funcionários.

Segundo Thiago Corrêa, independente do período de crise, o interesse pelo que é gourmet já alcançou a culi-nária, passou pelo vinho e começa a invadir o universo das cervejas. “Hoje, o cliente quer experimentar os sabores, as texturas, os aromas e co-meçam a perceber que cerveja também pode ser harmoniza-da com bons pratos”, destaca.

São inúmeras as marcas de cer-vejas artesanais consumidas em Manaus, inclusive de produção local

Os empresários Thiago Corrêa e David Noronha investiram num bar e pensam na produção da própria cerveja

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

B03 - ECONOMIA.indd 3 27/11/2015 21:49:37

Page 12: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015B4 EconomiaCom a mão na massa, de olho no mercado de pizzasComo terapia ocupacional, o centro de reabilitação em dependência química formou 15 pacientes em pizzaiolos

DIV

ULG

ÃO

Após 60 horas/aula, pacientes do centro de reabilitação já planejam até mesmo montar a própria pizzaria

Na busca pela qualifi -cação profi ssional e reinserção no mer-cado de trabalho, o

centro de reabilitação em dependência química Ismael Abdel Aziz concluiu com seus pacientes o curso de pizzaio-lo. A unidade de tratamento vinculada à Secretaria de Es-tado de Saúde (Susam) ofere-ce também mais nove cursos profi ssionalizantes.

Pelo menos 15 pacientes, que estão concluindo o tra-tamento, se formaram em pizzaiolo, na última quarta-feira (25), por meio do curso de panifi cação e confeitaria do centro de reabilitação. “Já estou pensando em montar a minha pizzaria. Vejo que é possível iniciar a atividade com pouco recurso fi nanceiro e aproveitar o espaço que tenho em minha casa e inaugurar minha pizzaria”, diz o paciente Thiago da Costa Queiroz, 36.

Ele percebeu que no bairro onde reside, no município de rio Preto da Eva (a 88 quilôme-tros de Manaus), existe uma carência de comércios desta iguaria. “Não terei concorren-tes neste início do meu em-preendimento, pois não existe pizzarias aqui no bairro e com isso poderei fazer sucesso com

minhas pizzas”, fi nalizou o fu-turo empreendedor.

No curso que teve dura-ção de 60 horas, os alunos aprenderam a produzir, além do carro-chefe, que é a mas-sa, vários sabores. Entre elas estão as pizzas com bordas recheadas, tradicionais como portuguesa, calabresa, mus-

sarela, e as especiais como a de frango com catupiry, palmito, bacon com cheddar.

O diretor do centro, Pablo Gnutzmann, destaca que o mercado para pizzaiolos é promissor e é de olho nele que a unidade de tratamento passou a oferecer a formação aos seus pacientes. “O curso de panifi cação e confeitaria com ênfase em produção de pizzas propõe ao paciente uma

maneira de ter uma profi ssão e também uma geração de rendada”, avalia.

Panifi caçãoAlém de receberem a forma-

ção em pizzaiolo, os pacientes também terão a oportunidade de aprender a fazer pães do-ces, salgados, bolos, tortas e outras iguarias da culinária local. Outra novidade da ofi -cina é que os pacientes, ao fi nalizarem o curso, receberão dois certifi cados, sendo um de pizzaiolo e outro de panifi ca-ção e confeitaria.

O conteúdo programático do primeiro curso de panifi cação e confeitaria com ênfase em piz-zaiolo dará ao residente, tam-bém noções sobre o mercado de trabalho na área da culinária de pizzas. Participaram do curso pacientes com tempo mínimo de internação de 70 dias.

Todos os pacientes são incentivados a participar da atividade terapêutica. “É im-portante mostrar aos alunos, além do processo de produção, a visão de mercado, como eles podem atuar e até investir como autônomo nesse mer-cado que está em expansão”, explica a professora do centro de reabilitação, Dulcirene Ro-drigues dos Santos.

RECOMEÇO

O titular da Susam, Pedro Elias, explica que o centro tem um leque de ofi cinas tera-pêuticas, cujo objetivo é mostrar aos resi-dentes que existem oportunidades para começar uma nova etapa em suas vidas

B04 - ECONOMIA.indd 4 27/11/2015 21:50:37

Page 13: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015B5Economia

B05 - ECONOMIA.indd 5 27/11/2015 21:51:27

Page 14: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

Paí[email protected]

B6

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

AVANÇO

Tratamento de Aids aumenta

Mundo B8

DIV

ULG

AÇÃO

Amazônia tem aumento de 16% no desmatamentoMedido entre agosto de 2014 e julho de 2015, índice apresentou um crescimento em relação ao ano anterior

DIV

ULG

AÇÃO

O anúncio do aumento do desmatamento acontece às vésperar da Conferência do Clima da ONU

O Ministério do Meio Ambiente divulgou os dados ofi ciais do desmatamento da

Amazônia do sistemas Prodes, medidos entre agosto de 2014 e julho de 2015 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe). Houve aumento de 16% em comparação ao ano anterior (crescimento de 5.012 quilômetros quadrados para 5.831 quilômetros quadrados), e os Estados de Amazonas (54%), Rondônia (41%) e Mato Grosso (40% de aumento) fo-ram os que mais puxaram para cima esse aumento.

Segundo a ministra Izabella Teixeira, há ilegalidades acon-tecendo em determinadas re-giões do Amazonas e a pasta estuda a criação de novas uni-dades de conservação para conter as derrubadas.

O Pará, que é o Estado que mais desmata a Amazônia em números absolutos, manteve seu índice estável em relação ao ano anterior, ainda que em um patamar alto (1881

quilômetros quadrados). A ministra disse que notifi cará os governos de MT, AM e RO para darem explicações sobre o que está acontecendo.

O anúncio do aumento do desmatamento acontece às vésperas da Conferência do

Clima da ONU, a COP-21, em Paris, onde o Brasil par-ticipará das negociações por um acordo global de redu-ção das emissões dos gases de efeito estufa. O desma-tamento, historicamente, é o maior fator causador de

emissões no Brasil. Somente este ano anunciou-se que a geração de energia pode ter chegado ao mesmo patamar da devastação.

Existem diferentes siste-mas de monitoramento do desmatamento da Amazônia. Todos eles são feitos por téc-nicos que observam imagens de satélite seguindo diferen-tes metodologias. O Prodes, divulgado nesta quinta, é o dado ofi cial anual, mais preci-so. O Deter (Detecção de Des-matamento em Tempo Real) é produzido mensalmente pelo Inpe e, como é mais rápido, não se destina a medir áre-as, mas detectar focos de derrubadas de fl oresta para que as autoridades sejam acionadas a tempo.

Na semana passada, foram divulgados pelo governo os dados do Terraclass Cerrado 2013, projeto destinado ao mapeamento do uso da terra e da cobertura vegetal desse outro bioma, também com dados coletados pelo Inpe.

ÍNDICE

O Pará é o Estado que mais desmata a Ama-zônia em números absolutos, e manteve seu índice estável em relação ao ano ante-rior. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe)

B06 - PAÍS.indd 6 27/11/2015 22:32:53

Page 15: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015B7PaísPaís

Brasil pode ganhar em breve 30 novos santosArcebispo de Natal esteve em encontro com o papa Francisco para pedir a canonização de dois padres e 28 fi éis

DIV

ULG

AÇÃO

Papa teria demonstrado interesse na canonização, que poderá ser feita por decreto, sem exigência de milagre, segundo arcebispo de Natal

O Brasil deverá ganhar em breve 30 novos santos de uma vez só. O arcebispo de Natal,

dom Jaime Vieira Rocha, pediu ao papa Francisco que canonize logo dois padres e 28 fi éis que foram massacrados em Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, por tropas a serviço dos calvinistas em 1645, durante a ocupação holandesa.

“O papa manifestou interesse na canonização, que poderá ser feita por decreto, sem exigência de milagres, porque os mártires foram mortos por confessarem a fé católica”, disse dom Jaime após uma audiência com Fran-cisco em Roma. O arcebispo informou que o papa confi rmou seu interesse em conversa com o cardeal d om Cláudio Hummes, prefeito emérito da Congrega-ção para o Clero.

Os mártires de Cunhaú e Uru-açu foram beatifi cados por João Paulo 2º em 2000, na praça de São Pedro, no Vaticano, com a presença de cerca de mil brasileiros. O papa chamou os novos beatos de protomártires e afi rmou que eles eram um exemplo de fé cristã.

“Consta, pelos relatos da época, que foram assassinadas mais umas 70 pessoas, mas a Congregação para as Cau-

sas dos Santos só reconhece o martírio daqueles cujos nomes foram identifi cados”, disse o arcebispo de Natal.

Os massacres ocorreram em 15 de julho de 1845 em Cunhaú, atualmente município de Canguaretama, e no dia 3 de outubro, em Uruaçu, município de São Gonçalo do Amarante. Além dos padres André de San-doval e Ambrósio Ferro, foram massacrados 28 leigos, cujos nomes são conhecidos.

Os massacres foram execu-tados por índios tapuias e poti-guares e tropas holandesas, sob o comando de Jacob Rabbi, um alemão violento e sanguinário contratado pela Companhia das Índias Ocidentais Holandesas. Os mártires de Cunhaú foram mortos num domingo durante a missa celebrada pelo padre Ambrósio Ferro. Após a consa-gração da hóstia e do vinho, os soldados holandeses trancaram as portas da igreja e, a um si-nal de Rabbi, os índios tapuias chacinaram os fi éis.

Com a notícia das atrocidades em Cunhaú, o medo se espalhou pelo território do Rio Grande do Norte e capitanias vizinhas. Com razão, porque outra vez sob as ordens de Jacob Rabbi um grupo calculado em 80 pessoas, entre as quais padre André de Sove-

ral, foi massacrado. Emissários do governo holandês enviados para investigar os massacres constataram a prática de vio-lência, atrocidade e crueldade.

A história dos massacres foi pesquisada na Torre do Tom-bo, em Portugal, e no Museu de Ajax, na Holanda. “Segundo documentos sobre o episódio, os holandeses sob o comando

de Jacob Rabbi ofereceram aos católicos a opção de salvar a vida, se eles se convertessem aos calvinismo, mas eles se recusaram”, disse o padre Júlio César Souza Cavalcante, da Ar-quidiocese de Natal.

Os relatos são contraditórios e parciais, o que difi cultou a apuração da história para a beatifi cação e canonização. O

martírio dos católicos coincidiu com uma de revolta de brasi-leiros e portugueses contra a ocupação holandesa. O papa recomendou que a Congrega-ção para as Causas dos Santos dê andamento ao processo para depois ele assinar o decreto que vai declarar santos os 30 már-tires do Rio Grande do Norte.

Dom Jaime levanta a hipóte-

se de a canonização ser feita em outubro de 2017, quando Francisco pretende vir ao Brasil por ocasião da comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Apa-recida nas águas do rio Paraíba. Se o papa não puder ir ao Rio Grande do Norte, como seria de-sejável, a cerimônia poderia ser feita no Vaticano, em outra data.

B07 - PAÍS.indd 7 27/11/2015 22:34:54

Page 16: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

[email protected]

B8

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

TRAGÉDIA

DIV

ULG

AÇÃO

Tratamento contra HIV mais que dobrou no mundoOrganização das Nações Unidas (ONU) destaca avanços na meta de acabar com a epidemia de Aids até fi m de 2030

Às vésperas do Dia Mun-dial de Luta contra a Aids, lembrado no pró-ximo 1º de dezembro,

a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a doença, Unaids, divulgou um relatório que destaca os avan-ços no seu combate nos últimos anos rumo ao objetivo de acabar com a epidemia até 2030, uma das Metas de Desenvolvimento Sustentável estabelecidas pela instituição multilateral interna-cional. Segundo a Unaids, as últimas estimativas indicam que até junho deste ano 15,8 milhões de pessoas em todo mundo contavam com acesso a terapias antirretrovirais, mais do dobro das 7,5 milhões regis-tradas em 2010 e sete vezes as 2,2 milhões atendidas em 2005. Além disso, até o fi m do ano passado a Unaids calcula que o número de novas infecções pelo HIV, o vírus causador da Aids, caiu 35% desde o pico registrado em 2000 para cerca de dois milhões, enquanto as mortes relacionadas à doença recuaram 42% do auge obser-vado em 2004 para aproxima-damente 1,2 milhão.

“A cada 5 anos, mais que do-bramos o número de pessoas que recebem tratamentos que salvam suas vidas”, comemo-rou Michel Sidibé, diretor-exe-cutivo da Unaids. “Precisamos fazer isso apenas mais uma vez para interromper a epide-mia de Aids e evitar que ela retorne”, completou.

Ainda de acordo com a Unaids, os avanços no acesso a trata-mentos antirretrovirais estão fazendo com que os soropositi-vos tenham vidas mais longas e saudáveis, o que contribuiu para o aumento no número total de pessoas que convivem com o HIV. Também até o fi m do ano passado, a agência estima que

36,9 milhões tinham o vírus. Isso, no entanto, signifi ca que, mesmo com o maior acesso às terapias, atualmente menos da metade dos infectados com o HIV estão recebendo os remé-dios necessários para manter a doença sob controle.

Para mudar este quadro e novamente dobrar o número de pessoas contaminadas que recebem os antirretrovirais até 2020, a Unaids aposta numa estratégia apelidada de 90-90-90, segundo a qual pelo me-nos 90% das pessoas vivendo com o HIV sejam diagnostica-das e saibam que têm o vírus, ao menos 90% destas tenham

acesso ao tratamento e, em razão disso, 90% delas tenham sua carga viral praticamente suprimida. Assim, o relatório da agência destaca diversas iniciativas bem-sucedidas em vários países, inclusive o Brasil, neste sentido.

Segundo a Unaids, o Brasil exibe um “forte compromisso” com a estratégia 90-90-90, tendo sido um dos primeiros países do mundo a implemen-tar a distribuição de antirre-trovirais a todos contamina-dos pelo HIV a despeito de sua contagem de um tipo de célula de defesa do organismo, bati-zada CD4, usada para avaliar a gravidade da infecção.

ESTATÍSTICAS

Segundo a Unaids, as últimas estima-tivas indicam que até junho deste ano 15,8 milhões de pessoas em todo o mundo contavam com acesso a tera-pias antirretrovirais

Segundo estatísticas, o número de novas infecções pelo HIV, vírus causador da Aids, caiu 35% desde o pico da doença registrado em 2000

DIV

ULG

AÇÃO

A família do menino sírio Aylan Kurdi, cuja foto depois de morrer afogado em uma praia turca provocou comoção no mundo, recebeu asilo no Canadá. A família da criança comoveu o mundo ao ten-tar entrar no Canadá como migrantes. Além de Aylan, outros dois irmãos morreram.

B08 - MUNDO.indd 8 27/11/2015 22:36:51

Page 17: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

Dia a [email protected]

C1

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

TAPIOCA

Iguaria versátil e saborosa

Dia a dia C4 e C5

ION

E M

ORE

NO

Da frota de 829.341 ve-ículos registrados em Manaus, 1.609 foram retirados de circulação

somente este ano por apresen-tar mal estado de conservação, conforme o Departamento Es-tadual de Trânsito (Detran–AM). No mesmo período do ano pas-sado, 1.094 veículos inaptos a trafegar foram retirados das ruas. Levantamento da autar-quia dá conta de que a cada cem veículos parados nas blitze, de 15% a 20% dos carros apre-sentam algum tipo de irregula-ridade em relação às condições físicas ideais para circulação.

De acordo com o diretor-pre-sidente do Detran-AM, Leonel Feitoza, pneus carecas, mecâni-ca, lataria e sistema de sinaliza-ções são alguns dos problemas frequentemente encontrados nos veículos automotivos abor-dados pelos agentes de trânsito. “O parqueamento está lotado desses carros, que na maioria dos casos chegam a ser leiloa-dos. Sempre realizamos campa-nhas educacionais informando o risco de circular com veículos em condições precárias. Só que falta a conscientização do con-dutor em contribuir no combate à redução de acidente de trân-sito”, comenta.

Para combater a circulação dos veículos que não apresen-tam condições físicas de circu-lação, a autarquia vem realizan-do diariamente operações em pontos estratégicos da cidade, segundo Feitoza. “Estamos in-tensifi cando essas ações para garantir a segurança, tanto do condutor do veículo como a dos pedestres. Esses automó-veis que circulam em péssimas condições são riscos constantes à população, uma espécie de bomba-relógio, pronta para pro-vocar um acidente a qualquer momento”, observa.

Conforme a resolução 558/1980, do Conselho Nacio-

nal de Trânsito (Contran), o arti-go 230 dá conta de que conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segu-rança e de emissão de poluentes e ruído, gera multa grave de R$ 127,69 e retenção do veículo para regularização. Além da perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Orçamento apertadoO feirante Aldemir Santos,

45, que possui uma Kombi, com ano de fabricação de 1982, em condições físicas não muito adequadas para circular nas ruas de Manaus, afi rma que a maior difi culdade de manter o veículo dentro das normas de segurança determinadas pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT) é a questão fi nanceira. “Para deixar o carro adequado, que para mim serve como instru-mento de trabalho, eu precisaria ter no mínimo uns R$ 3 mil. Esse valor para um feirante é consi-derado alto demais. Ou trabalho para sustentar a família ou tra-balho para reformar o carro, que neste momento não é priorida-de, mesmo sabendo que estou andado irregular pelas ruas. Sei que posso ser penalizado, mas esse é o preço que qualquer cidadão na minha situação está exposto a pagar”, avalia.

O vendedor de frutas Fran-cisco Pereira compartilha da mesma situação do feirante. Ele afirma que comprar um novo carro neste momento de crise é quase impossível e que a manutenção da sua Chevy, modelo 1980, cus-ta mais caro que manter um filho. “Quando conser-to uma coisa, quebra outra. Não posso todo mês ficar investindo em manutenção, carro novo então, está fora dos planos. Já desisti de ar-rumar o carro e quando apre-enderem ficarei sem meu trabalho”, declara.

Mal conservados, veículos comprometem o trânsitoPneus carecas e sistema de sinalização comprometido são alguns dos problemas verifi cados e que podem oferecer riscos

GERSON FREITAS

Projeto vetado resolveria problemaAprovado em maio do ano

passado pelo plenário da Câ-mara Municipal de Manaus (CMM), o projeto de lei (PL) 225/2013 de autoria da vere-adora Rosi Matos (PT) prevê a retirada dos veículos em condições físicas precárias e que por algum motivo foram abandonados em via pública.

Entretanto, ao ser enviado à sanção do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), o mes-mo foi vetado pelo executivo municipal. Na época, a ale-gação dada pelo prefeito de Manaus foi a de que medida que seria executada pelo mu-nicípio acarretaria despesas aos cofres municipais.

O referido PL estabelece a retirada da via pública dos veículos abandonados por mais de 30 dias, além de notifi car o proprietário para remover o veículo no prazo de cinco dias ou, justifi car o motivo de não fazê-lo. Caso não haja motivo justo para a permanência do veículo na

rua, o mesmo será removi-do e o proprietário arcará com os custos de multas e remoção. Transcorrido o prazo de 90 dias da apre-ensão e o proprietário não tenha apresentado justifi ca-tivas, o veículo irá a leilão público, pregão eletrônico ou o equivalente.

Veículos pesados e em mau estado de conservação também são comuns circulando e já causaram acidentes em algumas ocasiões

FOTO

S: G

ERSO

N F

REIT

AS

Falta de recursos para realizar os reparos necessários é o principal argumento apresentado pelos donos de carros mal conservados e que, eventualmente, acabam abandonados na rua, atrapalhando o trânsito

C01 - DIA A DIA.indd 1 27/11/2015 23:07:45

Page 18: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015C2 Dia a diaÁreas do Prosamim em estado de degradaçãoFalta de manutenção, limpeza e segurança são algumas das reclamações dos moradores do Centro e Alvorada

MÁR

CIO

MEL

O

Ferrugem corrói estrutura metálica na ponte do Prosamim da Alvorada, que padece com lixo e escuridão

Concebido para servir de modelo de urbanização em áreas de ocupação no leito dos igarapés, o

Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Pro-samim) dá sinais de abandono. Os conjuntos de apartamentos, antes referência de organiza-ção arquitetônica de espaços, agora apresentam indícios de degradação. Na área conheci-da como “Sapolândia”, no bairro Alvorada, Zona Oeste, e no Parque Residencial Manaus, no Centro, as praças e quadras esportivas estão sem ilumina-ção e esburacadas, além das estruturas de ferro compro-metidas. O lixo se acumula, o mato cresce nas calçadas e os moradores se queixam da falta de segurança.

A dona de casa Cleidilene Ferreira, 47, diz que pelo menos uma vez por mês a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) passa no local e retira o lixo acumulado. “Já teve um tempo que tivemos que pagar para que a área fosse capinada e o lixo retirado. Eu acredito que se a prefeitura enviasse mais de uma vez no mês o serviço de limpeza pública, a situação seria melhor. Mas, como isso

não acontece, o igarapé e a praça fi cam assim, cheios de mato e lixo”, declara, apontan-do para o igarapé.

Morador do Alvorada há 8 anos, Júlio da Silva, 27, reclama da falta de manutenção na iluminação. Segundo ele, há pelo menos cinco meses as lâmpadas estão queimadas e à

noite o local fi ca muito escuro. “É complicado, porque a gente tem que fi car andando na rua escura, não consegue enxergar algum buraco, pedra ou objetos cortantes e pode acabar se machucando”, observa.

Também morador da área, André Souza Bezerra, 39, cha-ma a atenção para o fato de que as lâmpadas eram novas, mas foram furtadas junto com os fi os. Ele conta que os mo-

radores já teriam entrado em contato com a prefeitura para resolver a situação, mas não tiveram retorno. “As lâmpadas estavam todas certinhas, não tinham defeito nenhum. Mas, devido a esse problema de furto, a gente acabou fi cado às escuras”, salienta.

A falta de segurança é outra queixa dos moradores. Eles ale-gam que as viaturas da Polícia Militar não passam mais com frequência no local. “A gente não gosta muito de falar so-bre isso, porque tem sempre alguém que acaba descobrindo quem fez a denúncia. Então, a gente prefere fi ngir que não está acontecendo nada. Aqui na área tem bastante assalto e algumas pessoas que ven-dem droga descaradamente”, informa uma moradora, que prefere não se identifi car, por temer represálias.

Tráfi coNo Parque Residência Ma-

naus, moradores ouvidos pelo EM TEMPO dizem viver com medo. Alegam que o tráfi co de drogas corre livremente no local. Os moradores falam re-ceosos sobre o assunto, mas preferem não se identifi car. “Aqui, o trabalhador tem que fi -car calado, não pode falar nada

SÃO RAIMUNDO

Em 2012, iniciou a terceira etapa do Pro-samim, com a execu-ção de obras na Bacia do São Raimundo, na Zona Oeste. A primei-ra fase de entrega dos apartamentos do local ocorreu em junho do ano passado

porque tem sempre alguém que conta para os vendedores de drogas o que estamos falando ou pensando em fazer. Gostaria que a polícia passasse mais vezes por aqui e tomasse uma providência”, disse uma mora-dora, que preferiu o anonimato.

A aposentada Araci Vieira da Costa, 70, reclama apenas da sujeira nas ruas. O local é bom para morar, mas tem muito lixo, o que deixa a área com um as-

pecto desagradável. “Antes eu mesma limpava aqui perto de casa, mas agora estou doente eu não tenho mais forças. Às vezes, eu pago alguém para fazer esse trabalho, já que a limpeza pública não vem sem-pre por aqui”, comenta.

ProvidênciasA Casa Civil do governo do Es-

tado informou que uma equipe da Unidade Gestora de Abas-

tecimento de Energia Elétrica (UGPM- Energia) irá, esta se-mana, verifi car a iluminação pública do Prosamim/Alvorada. A manutenção será feita assim que for detectado o problema. A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e com a Se-cretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) sobre a falta de patrulhamento e o acúmulo o lixo, respectivamente, mas não obteve resposta.

MICHELLE FREITAS

C02 - DIA A DIA.indd 2 27/11/2015 23:25:09

Page 19: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015C3Dia a dia

nanceira. O rádio, por sua vez, é o único meio que preenche essa defi ciência, entrando dia-riamente nas nossas casas sem cobrar um centavo. É triste ver que milhares de pessoas fo-ram vetadas de terem essa oportunidade”, observa.

EsclarecimentosProcurado pela reportagem

do EM TEMPO, o Ministério das Comunicações não infor-mou o motivo da exclusão do

Amazonas no último edital, mas enviou uma nota informando que um total de 11 municípios do Estado será contemplado no 3º Edital de Seleção Pública do Plano Nacional de Outorgas (PNO) de Radiodifusão Comu-nitária. A publicação no DOU está prevista para ocorrer em fevereiro de 2016.

O órgão ressaltou que, a partir da publicação do DOU, as enti-dades dos municípios benefi cia-dos terão o prazo de 60 dias para

encaminhar a documentação necessária para a habilitação no processo seletivo.

O ministério informou ainda que os interessados no processo poderão acessar o site do Mini-com http://www.comunicacoes.gov.br/espaco-do-radiodifusor/radio-comunitaria/plano-na-cional-de-outorga para obter o Plano Nacional de Outorgas, com todas as informações sobre os municípios contemplados e a data de publicação dos editais.

IVAN

BRI

TO/D

IVU

LGAÇ

ÃO

Mantidas por meio de doações, as rádios comunitárias são veículos essenciais nas áreas de periferia

A importância das rádios comunitárias no Ama-zonas volta a ser discu-tida por profi ssionais da

área, após o Ministério das Co-municações excluir o Estado do novo processo de regularização, realizado na primeira quinzena deste mês, que disponibilizou concessões a 86 municípios das regiões Norte e Nordeste. Dados do órgão dão conta de que no Amazonas pelo menos 44 entidades estão autorizadas a funcionar, distribuídas entre capital e interior.

De acordo com o edital que estabelece a implantação de novas rádios comunitárias, as disputas nas regiões Norte e Nordeste fi caram abertas ape-nas para os Estados de Per-nambuco (38), Piauí (33), Rio Grande do Norte (8), Amapá (1), Rondônia (5) e Roraima (1).

Para o apresentador do pro-grama “Fala Caboclo”, da pri-meira rádio comunitária legali-zada do Brasil e do Amazonas, A voz das Comunidades, Ivan Brito, 32, a decisão do Ministério das Comunicações impede o desenvolvimento deste meio de comunicação em alguns muni-cípios do Amazonas, inclusive em Manaus, onde já existe há

alguns meses solicitações de análise para a implantação de novas rádios comunitárias. Ele ressalta que a decisão chega a afetar uma estrutura que serve de apoio à população.

“É lamentável que um Estado como o Amazonas ainda sofra com esse tipo de exclusão. Não sei se a motivação é política ou apenas tecnicista, para a exclu-são do nosso Estado do edital. Seja qual for o motivo, quem sai perdendo nessa tomada de decisão são os cidadãos. E no que pese a democratização da informação, que é fundamental para fugirmos dos oligopólios midiáticos existente, este edital é um passo atrás”, avalia.

O industriário José Alberto Pereira chama a atenção para o fato de que o impedimento do Ministério das Comunica-ções, que tirou da disputa o Amazonas, prejudica não so-mente um meio de comuni-cação que vem crescendo nas periferias das principais cidades do país, mas afeta principal-mente uma classe da população menos favorecida.

“Sabemos que ainda é grande o número de pessoas que não consegue ter acesso à infor-mação por meio da internet e até mesmo pelo jornal im-presso, devido à condição fi -

AM não tem licença para novas rádios comunitáriasEdital divulgado pelo Ministério das Comunicações deixou o Estado de fora das 86 concessões que serão concedidas

Ivan destaca que esse meio de comunicação, além de proporcionar uma interatividade dire-ta com a sociedade, é um suporte de voz da popula-ção aos poderes públicos. Para ele, a importância da rádio se dá pela caracte-rística que é intrínseca a ela: ser comunitária. “Não é comunitária apenas pelo fato de ter comuni-dade específi ca em sua abrangência. É comuni-tária por permitir que a comunidade deixe de ser mera ouvinte e passe, mediante capacitação, a ser produtora de conteú-do. Essa produção refl ete sua cultura, tradições e hábitos”, frisa. Sobre a manutenção do veículo, ele destaca que as rádios comunitárias sobrevivem por meio de doações de pessoas física e jurídicas e de apoios culturais.

Interação direta com a comunidade

GERSON FREITAS

C03 - DIA A DIA.indd 3 27/11/2015 23:21:10

Page 20: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

C5MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

C4 Dia a dia

Incorporada à mesa do amazonense há décadas, a goma de tapioca é sempre a pedida predileta para o café da manhã ou lanche da tarde. Quentinha, ela pode ser recheada com vários ingredientes, já que a iguaria regional tem o sabor da Amazônia

Pão’da Amazônia

Quentinha, não há quem resista ao sabor que produz. Simples mes-mo, só com manteiga

e um pouco de sal ela já é saborosa, mas pode fi car ainda melhor se estiver envolvendo outros ingredientes amazôni-cos. Tucumã e queijo coalho quase sempre são a pedida mais frequente, mas pode-se acres-centar ainda banana frita e uma infi nidade de outros ingre-dientes para deixá-la com mais “sustância” ou ainda torná–la doce. Se o desejo for de deixar a goma de tapioca ainda mais gostosa e um tanto crocante, pode-se acrescentar também castanha da Amazônia.

Um dos mais tradicionais e conhecidos cafés regionais do Estado, o café da Priscila possui em seu cardápio 35 recheios diferentes de goma de tapioca, dentre os quais estão: queijo e fi lé; carne de sol; queijo, ovo e fi lé; fi lé, queijo e banana frita; jabá e queijo; queijo, banana

frita e leite condensado; lei-te condensado e coco,

entre outros. Diante de tantas possibili-

dades de sabores, o cliente pode pedir ainda que a tapioca seja re-cheada com dois sabores, metade-metade. Filha de

agricultores e hoje empresária, Presci-

la Silva Carvalho,44, é uma das pioneiras na

exploração comercial de goma de tapioca na Região Metropo-litana de Manaus.

Residente no Rio Preto da

Eva (distante 78 quilômetros de Manaus), Priscila deu início à atividade que sustenta irmãos, fi lhos e pais em 1993 na feira municipal do município. “Tinha uma casa de farinha na feira que estava inutilizada e como eu e minha mãe não tínhamos banca para expor nossa produção agrí-cola, pedimos para usar o local. Começamos a fazer farinha no local e depois comecei a fazer tapioca, mas por encomenda. Fazia tapiocas grandes e bem recheadas para viagem, só que algumas pessoas começaram a pedir para comer na hora. Aí coloquei uma mesa e umas cadeiras, depois veio o café com leite, depois mais mesas e cadeiras e os novos recheios a pedido dos clientes”, recorda.

Com o passar do tempo o improviso precisou dar lugar a algo mais organizado e amplo. Foi então que um ponto foi alugado e a família começou a ajudar no que viria a se trans-formar no projeto fi nanceiro de todos. Com o nome patenteado, o empreendimento cresceu ain-da mais e hoje os cinco irmãos e a fi lha mais velha de Priscila trabalham com café regional. Somente na sede do Rio Preto da Eva estão empregados 14 funcionários.

“Foi pelo trabalho com a goma de tapioca, juntamente com os demais produtos regionais, que a minha e a história da minha família ganhou um novo rumo. Sou muito grata por ter en-contrado no fruto da terra um caminho promissor para todos nós. Além da tapioca temos diversos outros produtos à dis-posição do cliente e isso nos enche de orgulho e felicidade. Os produtos da fl oresta nos fi zeram prosperar”, afi rma.

em diversos sabores

fécula de mandioca como se fosse goma de tapioca. “Tem muita gente que vende a fécula de mandioca dizendo que é a nossa goma original. Mas, essa fécula que vem principalmente de Estados do Sul do país, como o Paraná, é meio sem graça”, avalia.

Amazonense nascido na co-munidade do rio Curarizinho, município Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus), Raimundo diz que a goma re-gional tem um cheiro e um gosto muito peculiar amazôni-co. “A original tem o gostinho e o cheiro do nosso tucupi. Com todas aquelas misturas que colocam numa tapioca vendida

em bancas de cafés da manhã, a pessoa já não sabe mais identifi car se é realmente a goma regional”, comenta.

Ele observa que entre a ori-ginal e a fécula, há dois pesos e duas medidas. A primeira é a cor da fécula, que é “mais branquinha”, e o tom mais creme da goma. “A original

vem mais molhadinha”, aponta Raimundo. Mas, é no preço do quilo das concorrentes que é mais fácil identifi car a principal diferença entre elas. Enquanto a goma original custa de R$ 4 a R$ 5, a fécula é vendida por R$ 3, em média, explica ele.

Para a dona de casa Dalva Carvalho Coimbra, 52, o preço não é problema se a pessoa quer realmente o sabor ori-ginal da verdadeira goma de tapioca. “Já comprei fécula de mandioca achando que era a nossa goma. Não é o mesmo gosto. Agora eu tomo todo o cuidado do mundo para não ser mais enganada”, diz.

Pessoas como dona Dalva

fazem com que o permissioná-rio venda em média 700 quilos de goma por semana. Ele conta que o seu produto chega nos dias de segunda e sexta-feira direto do Lago do Janauacá, no Careiro Castanho (a 102 quilômetros de Manaus). Nas suas contas, geralmente ele vende um saco de 70 quilos por dia, mas aos sábados chega a vender até 200 quilos.

Filho de dona Raimunda Mendonça, 75, moradora de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), Dilo do Queijo afi r-ma que ela faz tapioca com a goma que ele manda para ela praticamente todos os dias. Mas, é na sua casa, no bairro Santo Antônio, Zona Oeste da cidade, que ao lado da sua esposa Marluce Monteiro, 50, que ele guarda uma receita secreta, que aprendeu em um barco regional, há 7 anos, com um carpinteiro do município de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).

‘Goma regional original’ é a preferidaFamoso pelo queijo coalho,

que há 25 anos comercializa no Mercado Municipal Adol-pho Lisboa, Centro, o fei-rante Raimundo Mendonça da Silva, 49, reconhece que o “rei” da banca perdeu a majestade. “Comecei na fei-ra com queijo e tucupi. Com o tempo passei a vender a goma e a farinha de tapioca. E depois que saiu na TV que ela (a goma) era melhor que o pão no café da manhã e que servia para dieta porque não engorda, as vendas aumen-taram consideravelmente. E aqui no mercado a venda cresceu principalmente para turistas brasileiros, que vêm a Manaus a passeio e apro-veitam para levar a nossa goma regional original”, con-ta Dilo do Queijo.

O termo “goma regio-nal original” é usado pelo permissionário do Merca-do Municipal por conta da concorrência sulista que, segundo ele, comercializa a

A nutricionista Eliana aconselha para uma

boa dieta, sem passar fome, uma concha de goma e uma colher de fibras, principalmente no café da manhã. Como acompanhamento

ela sugere ainda o tucumã, que é rico em fibras e tem

alto valor nutricional.

CURIOSIDADE

EMERSON QUARESMA EMICHELE GOUVÊA

Para quem busca na goma de tapioca um forte aliado para a dieta ali-mentar não basta fazer estoque em casa e trocar o pãozinho francês no café da manhã, por exemplo. A nutricionista Eliana Fer-reira alerta para alguns cuidados como evitar as “bombas calóricas” que, costumeiramente, a culi-nária amazonense elabo-ra com a tapioca. Ela aponta ainda os riscos do consumo da tapioca, sem acompanhamentos, que pode fazer dela uma bela de uma vilã.

Segundo Eliana, sozi-nha, a tapioca “branqui-nha” com um “salzinho” e uma “manteiguinha”, já é um “veneno” para quem quer emagrecer. “Ela não tem glúten, mas tudo que é branco e refinado tem um certo índice de carga glicêmica, uma vez que o seu consumo no orga-nismo se torna açúcar no sangue, o que não é bom para o diabético”, explica. “Comer uma ta-pioca branca é como se estivesse consumindo um pão francês que, dentro do organismo, com o alto índice glicêmico, au tomat i camente fará a pessoa sentir mais fome logo em seguida”, observou.

A tradicional tapio-ca com queijo coalho, tucumã, banana frita ou ovo somam até 1,2 mil calorias e ainda com um

café com leite ou suco de polpa de fruta pode chegar a 1,5 mil calorias num café da manhã, de acordo com a nutricionis-ta. “Essa bomba calórica é de alto risco, princi-palmente para pessoas sedentárias”, comenta.

A especialista suge-re a goma de tapioca para a dieta alimentar se for acompanhada de sementes como girassol, gergelim e chia, ou até mesmo com a castanha do Amazônia ralada. Se-gundo ela, estes itens são fontes de vitaminas do complexo B, cálcio, vi-taminas A, E, ômega 3 e 6 e fibra. Com esses acompanhamentos, Elia-na diz que o processo di-gestivo é mais lento, além de o organismo absorver mais nutrientes. “O esva-ziamento gástrico é mais lento e por ser mais lento é mais saudável, uma vez que a pessoa está saciada com as fibras”, afirma.

Tapioca na dieta alimentar

bom para o diabético”, explica. “Comer uma ta-pioca branca é como se estivesse consumindo um pão francês que, dentro do organismo, com o

A tradicional tapio-ca com queijo coalho, tucumã, banana frita ou ovo somam até 1,2 mil calorias e ainda com um

A goma peneirada, aliada ao queijo coalho em pe-

quenos cubos e à castanha do Brasil amassada, fi ca uma delícia. Depois é

só colocar a mistura numa frigi-deira quente com um pouco de

manteiga. Atenção para não queimar e bom apetite.

VOCÊ SABIA?

FOTO

S: I

ON

E M

ORE

NO

Veja outras imagensdeste evento aqui

Patrocínio

GALERIA

C04 e 05 - DIA A DIA.indd Todas as páginas 27/11/2015 23:03:40

Page 21: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

C5MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

C4 Dia a dia

Incorporada à mesa do amazonense há décadas, a goma de tapioca é sempre a pedida predileta para o café da manhã ou lanche da tarde. Quentinha, ela pode ser recheada com vários ingredientes, já que a iguaria regional tem o sabor da Amazônia

Pão’da Amazônia

Quentinha, não há quem resista ao sabor que produz. Simples mes-mo, só com manteiga

e um pouco de sal ela já é saborosa, mas pode fi car ainda melhor se estiver envolvendo outros ingredientes amazôni-cos. Tucumã e queijo coalho quase sempre são a pedida mais frequente, mas pode-se acres-centar ainda banana frita e uma infi nidade de outros ingre-dientes para deixá-la com mais “sustância” ou ainda torná–la doce. Se o desejo for de deixar a goma de tapioca ainda mais gostosa e um tanto crocante, pode-se acrescentar também castanha da Amazônia.

Um dos mais tradicionais e conhecidos cafés regionais do Estado, o café da Priscila possui em seu cardápio 35 recheios diferentes de goma de tapioca, dentre os quais estão: queijo e fi lé; carne de sol; queijo, ovo e fi lé; fi lé, queijo e banana frita; jabá e queijo; queijo, banana

frita e leite condensado; lei-te condensado e coco,

entre outros. Diante de tantas possibili-

dades de sabores, o cliente pode pedir ainda que a tapioca seja re-cheada com dois sabores, metade-metade. Filha de

agricultores e hoje empresária, Presci-

la Silva Carvalho,44, é uma das pioneiras na

exploração comercial de goma de tapioca na Região Metropo-litana de Manaus.

Residente no Rio Preto da

Eva (distante 78 quilômetros de Manaus), Priscila deu início à atividade que sustenta irmãos, fi lhos e pais em 1993 na feira municipal do município. “Tinha uma casa de farinha na feira que estava inutilizada e como eu e minha mãe não tínhamos banca para expor nossa produção agrí-cola, pedimos para usar o local. Começamos a fazer farinha no local e depois comecei a fazer tapioca, mas por encomenda. Fazia tapiocas grandes e bem recheadas para viagem, só que algumas pessoas começaram a pedir para comer na hora. Aí coloquei uma mesa e umas cadeiras, depois veio o café com leite, depois mais mesas e cadeiras e os novos recheios a pedido dos clientes”, recorda.

Com o passar do tempo o improviso precisou dar lugar a algo mais organizado e amplo. Foi então que um ponto foi alugado e a família começou a ajudar no que viria a se trans-formar no projeto fi nanceiro de todos. Com o nome patenteado, o empreendimento cresceu ain-da mais e hoje os cinco irmãos e a fi lha mais velha de Priscila trabalham com café regional. Somente na sede do Rio Preto da Eva estão empregados 14 funcionários.

“Foi pelo trabalho com a goma de tapioca, juntamente com os demais produtos regionais, que a minha e a história da minha família ganhou um novo rumo. Sou muito grata por ter en-contrado no fruto da terra um caminho promissor para todos nós. Além da tapioca temos diversos outros produtos à dis-posição do cliente e isso nos enche de orgulho e felicidade. Os produtos da fl oresta nos fi zeram prosperar”, afi rma.

em diversos sabores

fécula de mandioca como se fosse goma de tapioca. “Tem muita gente que vende a fécula de mandioca dizendo que é a nossa goma original. Mas, essa fécula que vem principalmente de Estados do Sul do país, como o Paraná, é meio sem graça”, avalia.

Amazonense nascido na co-munidade do rio Curarizinho, município Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus), Raimundo diz que a goma re-gional tem um cheiro e um gosto muito peculiar amazôni-co. “A original tem o gostinho e o cheiro do nosso tucupi. Com todas aquelas misturas que colocam numa tapioca vendida

em bancas de cafés da manhã, a pessoa já não sabe mais identifi car se é realmente a goma regional”, comenta.

Ele observa que entre a ori-ginal e a fécula, há dois pesos e duas medidas. A primeira é a cor da fécula, que é “mais branquinha”, e o tom mais creme da goma. “A original

vem mais molhadinha”, aponta Raimundo. Mas, é no preço do quilo das concorrentes que é mais fácil identifi car a principal diferença entre elas. Enquanto a goma original custa de R$ 4 a R$ 5, a fécula é vendida por R$ 3, em média, explica ele.

Para a dona de casa Dalva Carvalho Coimbra, 52, o preço não é problema se a pessoa quer realmente o sabor ori-ginal da verdadeira goma de tapioca. “Já comprei fécula de mandioca achando que era a nossa goma. Não é o mesmo gosto. Agora eu tomo todo o cuidado do mundo para não ser mais enganada”, diz.

Pessoas como dona Dalva

fazem com que o permissioná-rio venda em média 700 quilos de goma por semana. Ele conta que o seu produto chega nos dias de segunda e sexta-feira direto do Lago do Janauacá, no Careiro Castanho (a 102 quilômetros de Manaus). Nas suas contas, geralmente ele vende um saco de 70 quilos por dia, mas aos sábados chega a vender até 200 quilos.

Filho de dona Raimunda Mendonça, 75, moradora de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), Dilo do Queijo afi r-ma que ela faz tapioca com a goma que ele manda para ela praticamente todos os dias. Mas, é na sua casa, no bairro Santo Antônio, Zona Oeste da cidade, que ao lado da sua esposa Marluce Monteiro, 50, que ele guarda uma receita secreta, que aprendeu em um barco regional, há 7 anos, com um carpinteiro do município de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).

‘Goma regional original’ é a preferidaFamoso pelo queijo coalho,

que há 25 anos comercializa no Mercado Municipal Adol-pho Lisboa, Centro, o fei-rante Raimundo Mendonça da Silva, 49, reconhece que o “rei” da banca perdeu a majestade. “Comecei na fei-ra com queijo e tucupi. Com o tempo passei a vender a goma e a farinha de tapioca. E depois que saiu na TV que ela (a goma) era melhor que o pão no café da manhã e que servia para dieta porque não engorda, as vendas aumen-taram consideravelmente. E aqui no mercado a venda cresceu principalmente para turistas brasileiros, que vêm a Manaus a passeio e apro-veitam para levar a nossa goma regional original”, con-ta Dilo do Queijo.

O termo “goma regio-nal original” é usado pelo permissionário do Merca-do Municipal por conta da concorrência sulista que, segundo ele, comercializa a

A nutricionista Eliana aconselha para uma

boa dieta, sem passar fome, uma concha de goma e uma colher de fibras, principalmente no café da manhã. Como acompanhamento

ela sugere ainda o tucumã, que é rico em fibras e tem

alto valor nutricional.

CURIOSIDADE

EMERSON QUARESMA EMICHELE GOUVÊA

Para quem busca na goma de tapioca um forte aliado para a dieta ali-mentar não basta fazer estoque em casa e trocar o pãozinho francês no café da manhã, por exemplo. A nutricionista Eliana Fer-reira alerta para alguns cuidados como evitar as “bombas calóricas” que, costumeiramente, a culi-nária amazonense elabo-ra com a tapioca. Ela aponta ainda os riscos do consumo da tapioca, sem acompanhamentos, que pode fazer dela uma bela de uma vilã.

Segundo Eliana, sozi-nha, a tapioca “branqui-nha” com um “salzinho” e uma “manteiguinha”, já é um “veneno” para quem quer emagrecer. “Ela não tem glúten, mas tudo que é branco e refinado tem um certo índice de carga glicêmica, uma vez que o seu consumo no orga-nismo se torna açúcar no sangue, o que não é bom para o diabético”, explica. “Comer uma ta-pioca branca é como se estivesse consumindo um pão francês que, dentro do organismo, com o alto índice glicêmico, au tomat i camente fará a pessoa sentir mais fome logo em seguida”, observou.

A tradicional tapio-ca com queijo coalho, tucumã, banana frita ou ovo somam até 1,2 mil calorias e ainda com um

café com leite ou suco de polpa de fruta pode chegar a 1,5 mil calorias num café da manhã, de acordo com a nutricionis-ta. “Essa bomba calórica é de alto risco, princi-palmente para pessoas sedentárias”, comenta.

A especialista suge-re a goma de tapioca para a dieta alimentar se for acompanhada de sementes como girassol, gergelim e chia, ou até mesmo com a castanha do Amazônia ralada. Se-gundo ela, estes itens são fontes de vitaminas do complexo B, cálcio, vi-taminas A, E, ômega 3 e 6 e fibra. Com esses acompanhamentos, Elia-na diz que o processo di-gestivo é mais lento, além de o organismo absorver mais nutrientes. “O esva-ziamento gástrico é mais lento e por ser mais lento é mais saudável, uma vez que a pessoa está saciada com as fibras”, afirma.

Tapioca na dieta alimentar

bom para o diabético”, explica. “Comer uma ta-pioca branca é como se estivesse consumindo um pão francês que, dentro do organismo, com o

A tradicional tapio-ca com queijo coalho, tucumã, banana frita ou ovo somam até 1,2 mil calorias e ainda com um

A goma peneirada, aliada ao queijo coalho em pe-

quenos cubos e à castanha do Brasil amassada, fi ca uma delícia. Depois é

só colocar a mistura numa frigi-deira quente com um pouco de

manteiga. Atenção para não queimar e bom apetite.

VOCÊ SABIA?FO

TOS:

IO

NE

MO

REN

O

Veja outras imagensdeste evento aqui

Patrocínio

GALERIA

C04 e 05 - DIA A DIA.indd Todas as páginas 27/11/2015 23:03:40

Page 22: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015C6 Dia a diaProjeto poderá auxiliar os paratletas visuaisO “Meu Guia” utiliza sistema de vibração para orientar o indivíduo a se locomover sem o auxílio de orientadores

FOTO

S: R

ICAR

DO

OLI

VEIR

A

Sistema é testado por portadora de deficiência visual, durante exposição do projeto, no estande da UEA, na 12ª SNCT do Amazonas

Autonomia é o desejo de qualquer ser hu-mano. Andar, nadar, correr, pular, realizar

qualquer atividade, a qual-quer momento, sem depen-der de nada ou ninguém. Pensando nisso o Centro de Inovação em Controle e Automação em Robótica Industrial (Cicari) está de-senvolvendo o projeto “Meu Guia”, inicialmente voltado para atletas com defi ciência visual que disputam compe-tições atléticas.

De acordo com o engenhei-ro de controle e de automa-ção, Renan Baima, a ideia surgiu a partir de pesquisas que revelam altos índices de erros envolvendo guia e atle-tas cegos durante provas de atletismo. Como são unidos apenas por uma corda, o de-sempenho em competições acaba fi cando comprometido por eventuais “queimadas” ou até mesmo quedas du-rante o trajeto do percurso.

O Cicari vem desenvolven-do um sistema que orienta o atleta cego durante a execu-ção da prova ou treinamen-to por meio de vibrações. Esse sistema é costurado com tecnologia especial na roupa do atleta com defi ci-ência visual, permitindo que ele possa correr sozinho, sem a necessidade do guia ao seu lado. “Nossa proposta é fazer com que o atleta cego tenha uma maior autonomia durante o desenvolvimento da corrida”, informa Baima.

Segundo o engenheiro, o principal objetivo do projeto é garantir autonomia aos atletas defi cientes visuais do atletismo, que com os sen-sores espalhados pela roupa de sua preferência poderão disputar qualquer prova sem guia. A princípio, o mecanis-mo seria utilizado somente em atividades desportivas, treinamento, provas olímpi-cas e paralímpicas de corrida.

“Desenvolvemos uma rou-pa com um dispositivo adap-tável em qualquer traje. Du-rante a corrida nós vamos

passar, por meio de sistemas de triangulação, onde o atle-ta está, consequentemente saberemos onde ele deve ir e nós vamos dar essa infor-mação por meio do nosso sistema. São vibrações, con-troles que o atleta vai ter uma noção de saber onde ele está e onde tem que ir”, explica o engenheiro de controle e de automação.

TestesA equipe de reportagem do

EM TEMPO pôde testar um pouco da nova tecnologia. Com dois braceletes vibrató-rios (um em cada braço) e os olhos vendados, foi montado um minipercurso dentro do estande da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), durante a exposição do proje-to “Meu Guia”, na 12ª Semana Nacional de Ciência e Tecno-logia (SNCT). As vibrações emitidas para cada bracelete indicavam que direção deve-ria ser seguida. Desta forma, o trajeto de pouco mais de dez metros foi completa-do em, aproximadamente, cinco minutos.

Conforme Baima, o protóti-po está pronto para a encarar um nova fase do projeto, contudo, ainda aguarda a resolução de algumas buro-cracias. “Estamos esperando a aprovação do comitê de ética de pesquisa. A partir desse momento, nós levare-mos o estudo para pesquisa humana, aplicar e testar o sistema que foi desenvolvido no atleta defi ciente visual ou de baixa visão”, pontua.

ANDRÉ TOBIAS

A princípio, o projeto tem o objetivo de assistir atletas de-fi cientes visuais de atletismo. Contudo, o engenheiro admite que a intensão é contemplar não só os corredores, como também levar a tecnologia para o dia a dia daqueles que não enxergam. “Essa proposta é o passo 1, como a gente diz. Quando a gente concluir isso poderemos dizer que temos um produto e pensar no pró-ximo passo”, avalia.

Limitados por conta do recurso, Baima destaca que Cicari possui uma gama de projetos que contemplam to-das as áreas da sociedade. “Nós temos propostas de levar para outros esportes, quem sabe até para a segurança, para resgate de pessoas pe-los bombeiros quando entram num prédio. Então, tudo isso são opções que nós podemos trabalhar a partir desse prin-cípio”, destaca.

Para a socióloga Emília Leal, seria maravilhoso caso o pro-jeto pudesse ser implantado e utilizado pelos cegos no dia a dia, mas para isso seria necessário todo um plano ar-quitetônico diferente, já que o percurso seria mais amplo, neste caso o espaço urbano. Para este primeiro passo, ela afi rma que o recurso vai pre-cisar de uma linguagem que será passada ao atleta, com o desenvolvimento de um có-

digo linguístico para que seja feita a interpretação.

“Ele vai receber uma vibra-ção. Essa vibração vai ser pro-jetada tipo um alfabetizado. Então, ele vai aprender toda essa sequência para ter um domínio desse percurso. Você já imaginou um atleta desde criança praticando isso, o do-mínio que ele vai ter enquanto adulto. Quando ele tiver nos jogos não vai precisar de um guia”, aposta Emília.

Além das pistas de paratletismo

Equipe comemora a conquista do prêmio Santander Universidades como o melhor na categoria “Tecnologia da informação, comunicação e educação”

Veja outras imagensdeste evento aqui

Patrocínio

GALERIA

C06 - DIA A DIA.indd 6 27/11/2015 23:02:47

Page 23: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015C7Dia a dia

Novenário contará comdistribuição de mudas Abertura das celebrações em honra à padroeira do Amazonas, Nossa Senhora da Conceição, terá ação ambiental

DIV

ULG

AÇÃO

Mudas frutíferas e ornamentais distribuídas aos fi éis neste domingo foram produzidas no viveiro municipal

Quem participar do tradicional nove-nário em honra à Nossa Senhora da

Conceição, padroeira do Amazonas, que será aberto oficialmente a partir des-te domingo, às 7h30, na Catedral Metropolitana de Manaus, no Centro, com mis-sa celebrada pelo arcebispo metropolitano de Manaus, dom Sérgio Castriani, con-tará com um ingrediente extra: mudas de plantas or-namentais e frutíferas se-rão distribuídas aos fiéis. A proposta pretende incenti-vá-los a participar do grande movimento em favor de uma cidade mais verde, coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabili-dade (Semmas), com participa-ção da sociedade civil.

Aproximadamente 300 mudas de plantas produzi-das pelo programa Manaus Verde e Viva estarão disponí-veis para doação ao público. “A prefeitura vem realizando um trabalho intenso de dis-tribuição de mudas, em toda a cidade, por acreditar que o envolvimento da população é fundamental para ampliar os índices de arborização. Com o apoio de movimentos

sociais, acreditamos que po-deremos promover o incre-mento da cobertura vegetal da nossa área urbana, seja nas áreas públicas seja nos quintais das residências”, afirma o secretário muni-cipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Itamar de Oliveira Mar.

De janeiro de 2013 a se-tembro deste ano, a Semmas já distribuiu 283,5 mil mudas em todas as zonas da cidade, como parte da estratégia do programa Manaus Verde e Viva. Com isso, é pos-sível intensificar o plantio de espécies, principalmente frutíferas e ornamentais. As espécies arbóreas são desti-nadas à arborização urbana, com plantio em canteiros

centrais, passeios públicos, praças e logradouros públi-cos. As mudas são produ-zidas no Viveiro Municipal instalado, provisoriamente, em área cedida pelo Ins-tituto Federal de Educa-ção do Amazonas (Ifam), no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste.

Mobilização mundialA celebração de abertu-

ra do novenário de Nossa Senhora da Conceição será voltada a temas ambientais defendidos pelo papa Fran-cisco na Encíclica Laudato Si, aproveitando que nesse mes-mo dia haverá a Mobilização Mundial pelo Clima, que tem por objetivo pressionar os líderes mundiais a adotar medidas mais ambiciosas no combate ao aumento da temperatura global.

A mobilização acontece dias antes da 21ª Confe-rência Pelo Clima (COP - 21), em Paris, que pretende cos-turar um novo acordo entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo o aque-cimento global e, em conse-quência, limitando o aumen-to da temperatura global em 2° C até 2100.

REPOSIÇÃO

No último dia 12, a Semmas iniciou o trabalho de repo-sição de mudas, ao longo da avenida Djalma Batista, onde estão plan-tadas e em cresci-mento, aproximada-mente, mil árvores

C07 - DIA A DIA.indd 7 27/11/2015 23:00:27

Page 24: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015C8 Dia a dia

C08 - DIA A DIA.indd 8 27/11/2015 23:02:57

Page 25: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

[email protected], DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015

Plateia D1

Doze montagens tea-trais e nove números musicais, com banda ao vivo, compõem a

programação da Mostra Ar-tecena, cuja oitava edição será apresentada de 1º a 4 de de-zembro, no Teatro Manauara. Os diretores gerais do even-to, Kamila e Roger Barbosa, avisam que a plateia poderá conferir produções para todos os gostos e públicos, incluin-do adaptações do dramaturgo inglês William Shakespeare e musicais inspirados em espe-táculos da Broadway.

Realizada de seis em seis meses, a Mostra Artecena é o momento de exibir ao público de Manaus o trabalho de con-clusão de curso das turmas da escola de interpretação. Kamila Barbosa lembra que os dois meses que antece-dem o evento são de ensaios intensos e o resultado é um esforço de todos os envolvidos nas produções.

“Na escola desenvolvemos um trabalho em conjunto. O professor ensina o conteúdo pré-estabelecido, mas existe uma troca com o aluno, que pode levar uma sugestão para estudo e, se a turma e o pro-fessor abraçam essa ideia, é colocada em prática”, explica a diretora executiva.

O ator e diretor Roger Bar-bosa destaca o aprimora-men-to das turmas e, no pal-co, durante a mostra, todos os alunos têm o seu momento para colocar em prática o que aprenderam nos cursos. E, es-pecifi camente nesta edição, a turma de adultos partici-pará de uma adaptação que exige bastante esforço dra-mático. Trata-se de “Sonho de uma noite de verão”, de William Shakespeare.

“É uma dramaturgia difícil e fi zemos a adaptação de um texto grande para meia hora”, observa Roger. “A mostra tem esse ponto positivo, que é levar para o público conhecer uma obra de Shakespeare em 30 minutos”. Além de “Sonho de uma noite de verão”, o ator assina também a direção de “Boletim de Ocorrência”.

Outro destaque na prepa-ração da mostra citado por Roger é o interesse dos alu-nos em participar de todo o pro-cesso que envolve as montagens. “Como são mais de dez cenários, temos que usar nos espetáculos o máxi-mo de criatividade, com uma verba restrita e a ajuda de amigos”, comenta. A maioria dos cenários foi desenhada pelo próprio ator e diretor.

Desafi osDa primeira edição da

Mostra Artecena até a atual, Ro-ger Barbosa cita entre os obstáculos superados a ques-tão do uso do espaço para

as encenações. “Nós temos poucos teatros adequados na cidade. Já apresentamos o evento no Teatro Jorge Bo-nates e o Teatro Manauara foi o que mais nos acolheu”. Outro desafi o que a equipe precisou enfrentar foi a questão da acústica do teatro.

“A partir da sexta edição fi zemos uma pesquisa para descobrir como superar esse problema, já que participam da mostra crianças a partir de 5 anos, e criança não fala alto”, conta o diretor. “Realizamos um estudo do teatro e, em parceria com uma empresa de som, foi colocada uma caixa de acrílico em cada microfone para o som não reverberar”.

A equipe da 8ª Mostra Ar-tecena é formada por 30 profi ssionais entre técnicos, maquiadores, cenógrafo, aderecista, equipe de som e luz especializada. Kamila Barbosa diz que o elenco traz uma média de 190 pessoas – cerca de 180 alunos e alguns atores convidados. A diretora executiva revela que, no pró-ximo ano, o evento passará a ser anual, pois a cada edição o nível artístico das montagens cresce. “A mostra se tornou um evento grande e, de forma anual, vamos conseguir tra-balhar mais detalhadamente questões como, por exemplo, a cenografi a”.

IncentivoA Artecena Produções existe

há 11 anos e a escola com-pletou 3 anos. Kamila atribui o sucesso dessa inciativa – inserida num mercado em crescimento, que é o mer-cado cultural de Manaus – a fatores como o treinamento do corpo docente e o incen-tivo à carreira artística dos alunos. “E como trabalhamos com sonhos e melhoria de vida, a base desse sucesso é o amor de todos os envolvidos à profi ssão”, destaca.

A escola de interpretação Artecena oferece os cursos “Teatro musical”, “Canto”, Vivência teatral para de-senvolvimento pessoal e profi ssional”, “Curso livre de interpretação em TV e Cine-ma”, “Interpretação em tea-tro” e “Teatro para crianças”. O telefone para informações é o (92) 3342-2425.

SERVIÇO

QUANDO: dias 1º, 2, 3 e 4/12, sempre às 19hONDE: Teatro Manauara (Piso Buriti do Manauara Shopping)QUANTO: convites em nú-mero limitado disponíveis na secretaria da Escola Artecena (avenida Tancredo Neves, 619, Par-que 10)

8ª MOSTRA ARTECENA

APOIO

Filme educativo em 3D fi ca para 2017 Plateia D3

DIV

ULG

AÇÃO

Segundo a diretora geral do evento, Kamila Barbosa, a equipe de profi ssionais para fazer funcionar a mostra é composta por 30 pessoas

Mostra funciona como incentivo ao surgimento de novas produções culturais

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

Mostra de teatro e música traz diversidade artísticaOitava edição da Mostra Artecena será realizada a partir da próxima terça-feira, com montagens infantis e adultasLUIZ OTAVIO MARTINS

PROGRAMAÇÃO:

1º/12“Macaco Malaquias” (teatro infantil) – dir. Aline Cassiano“O nascer do dia” (teatro infantil) – dir. Hellen Bessa“Operação fl úor” (teatro infantil) – dir. Aline Cassiano“No fi nal tudo dá certo” (teatro infantil) – dir. Hellen Bessa

2/12“Piquinique no front” (teatro do absurdo) – dir. Aline Cassia-no“Os Saltimbancos” (teatro adolescente adaptado do texto de Chico Buarque) – dir. Emillie Nóbrega“Lei é lei e está acabado” (teatro adulto) – dir. Leonel Worton

3/12“One thousand years” (música) – dir. Davy Chaves“For the fi rst time and forever” (Lívia, música) – dir. Patrícia Botelho “Defying gravity” (Renata, música) – dir. Patrícia Botelho“Sonho de uma noite de verão” (teatro) – dir. Roger Barbosa“Cinderela” (Fernanda, Mirna e João, música) – dir. Patrícia Botelho“Como vai a loucura?” (teatro) – dir. Leonel Worton“All about jazz” (Heide, música) – dir. Patrícia Botelho“All about that bass” (música) – dir. Davy Chaves“Mary Poppins” (Thalita, música) – dir. Patrícia Botelho

4/12“A revolução das notas musicais” (adaptação do texto de Alessandra Bourdot) – dir. Emille Nóbrega“Mania de explicação” (teatro adolescente) – dir. Aline Vasconcelos“Boletim de ocorrência” (teatro adulto) – dir. Roger Barbosa

D01 - PLATEIA.indd 1 27/11/2015 21:27:38

Page 26: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D2 Plateia

Show de Leonardo e Eduardo Costa chega a Manaus no dia 12 de dezembro, com direito a corpo de baileD

IVU

LGAÇ

ÃO

‘Cabaré’ oferece espaços com mordomia na capitalO camarote exclusivo para 15 pessoas é uma novidade para este show no Studio 5, com lugares limitados e exclusivos

No dia 12 de dezembro, Leonardo e Eduardo Costa prometem levar os manauenses a um

passeio nostálgico entre as canções que marcaram as dé-cadas de 1980 e 1990. A turnê assinada pelos cantores leva o nome de “Cabaré” que, desde o ano passado, é sucesso de público em todo o Brasil. No show, uma estrutura impecável e mordomias que só a Fábrica de Eventos oferece.

Toda essa mistura não po-deria resultar em outra coisa senão em um espetáculo belíssimo e inesquecível. Os cantores se apresentam no pavilhão do Studio 5 Festival Mall, na festa que encerra o calendário de eventos da Fábrica, que volta em 2016 com novas propostas e ou-tros desafios.

EstruturaEntre os diferenciais deste

show no Studio 5, a produto-ra investiu na montagem dos espaços privilegiados. Além da pista, o “Cabaré de Leonardo & Eduardo Costa” conta ainda com uma Área Vip cheia de regalias. O front stage “de lei” soma-se a um lounge exclusi-vo e climatizado, com telões que transmitirão, além do me-

gashow dos sertanejos, a luta do campeão amazonense José Aldo contra Conor McGregor, no UFC 194. O famoso open bar também não poderia faltar na Área Vip, com água, refri-gerante, caipirinha, caipiroska e cerveja liberada até as 3h. Entradas diferenciadas, bares e banheiros exclusivos também são obrigações desse espaço.

No palco, a cenografi a carre-

ga os tons de vermelho, letrei-ros luminosos, o que lembra os cabarés dos fi lmes antigos de Hollywood. O Cabaré de Leo-nardo & Eduardo Costa conta ainda com um bailado fi xo de seis bailarinas e coreografi a assinada por Andréa Santos, com danças são bem sensuais, inspiradas nas apresentações de dançarinas dos mais famo-sos cabarés do mundo, como

o Moulin Rouge.

Novos setoresO camarote exclusivo para

15 pessoas é uma novidade para este show no Studio 5. Com lugares limitados e exclu-sivos, o espaço ainda oferece entrada diferenciada, banhei-ros exclusivos e bares.

Divididas em três categorias (Ouro, Prata e Bronze), mesas

para quatro pessoas também foram disponibilizadas para vendas. Limitadas, o espaço das mesas vai contar com um open bar exclusivo de cerveja, Whisky 8 anos, água e refrige-rante até o fi m do show.

Os ingressos já estão sen-do vendidos no Stand da Fábrica de Eventos, no Ama-zonas Shopping e, a partir do dia 1º de dezembro, estarão disponíveis na bilheteria do Studio 5. Consulte o mapa e escolha o melhor lugar para curtir o Cabaré.

Muita irreverênciaReferências do sertanejo

de raiz, Leonardo e Eduar-do Costa criaram o projeto Cabaré. A turnê que reú-ne músicas românticas dos anos de 1980 e 1990 já é sucesso em todo o Bra-sil, com shows esgotados e premiações em vendas. No Cabaré, Leonardo e Eduardo Costa conquistam o público pela simpatia. Conhecidos pela irreverência, os serta-nejos conversam e contam piadas durante toda a noite.

SERVIÇO

QUANDO: dia 12 de dezembro (sábado)ONDE: pavilhão do Studio 5 (avenida General Rodrigo Otá-vio - Distrito Industrial)QUANTO: Pista 1° Lote R$ 60; Área Vip 2° Lote R$ 220 com Open Bar de água, refrigerante, cerveja, caipirinha e caipiroska até às 3h. Entrada diferenciada. Bares e banhei-ros exclusivos. Acesso ao Front Stage. Vendas somente para maiores de 18 anos; MESAS: OURO, PRATA e BRONZE. Para 4 pessoas. Espaço diferenciado. Open Bar de água, refrige-rante, cerveja, caipi-rinha e caipiroska até o fi m do show. Entrada diferenciada. Bares e banheiros exclusivos. Pre-ços sob consulta. (preços de meia-entrada)CENTRAIS DE VENDA: Stand da Fábrica de Eventos no Amazonas Shopping e Lojas da Fábrica do Shopping Cidade Leste e Sumaúma Park Shopping.VENDAS ONLINE: www.fabricaingressos.com.INFORMAÇÕES: 3303-0100

CABARÉ � COM LEONARDO E EDUARDO COSTA

D02 - PLATEIA.indd 2 27/11/2015 21:31:50

Page 27: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D3Plateia

‘Birdman’ é destaque na tela do Telecine Pipoca

HOJE

Michael Keaton protagoniza longa vencedor de quatro Oscars

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

Filme educativo aposta em tecnologia de alta resolução, adequada para telas “gigantes” e somente deve ser lançado em agosto de 2017

EDUCATIVO

SEC apoia produção de fi lme 3DCom exibição destinada a

percorrer 300 museus de todo o mundo, a produção com tecnologia Imax tem apoio dos Ministérios da Cultura e do Turismo e da Agência Brasileira de Cinema.

Um documentário educati-vo, com objetivo de mostrar ao mundo imagens fantás-ticas da Amazônia relacio-nadas ao mimetismo dos animais e ao processo de evolução da vida é a proposta de “Amazon Adventure 3D”, fi lme que receberá o apoio de produção do governo do Amazonas/Secretaria de Es-tado de Cultura.

Durante encontro realiza-do com a secretária execu-tiva da Secretaria de Es-tado de Cultura, Elizabeth Cantanhede, na tarde desta sexta-feira (27), os produ-tores Yuri Sanada, da em-

presa Aventuras Produções e Edições Educativas, e Jo-nathan Barker exibiram a proposta de execu-ção do fi lme, sua importância para a região bem como para o Brasil e solicitaram apoio ao governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura. “Amazon Adventure 3D” é uma coprodução Bra-sil – Inglaterra – Cana-dá que retratará os 11 anos de aventuras, no Amazonas, do inglês Henry Walter Bates (1825-1892), um dos mais importantes cientistas da biologia evolutiva. O fi lme é uma fi cção, com previsão de lançamento para agosto de 2017. Na região amazônica, as gravações deverão ter início em fevereiro de 2016, com apoio técnico-logístico da Amazonas Film Commis-sion da Secretaria de Estado

de Cultura. “É uma proposta fascinante poder unir educa-ção à arte cinematográfi ca e com a ampliação dessas exibições para museus, o que signifi ca um grande ganho para as novas gerações. Uma verdadeira experiência imer-siva no conhecimento”, de-clarou o secretário de Estado de Cultura, Robério Braga.

A obra trará para a região a tecnologia Imax, formato de fi lme de altíssima resolução, próprio para imagens proje-tadas em telas “gigantes”.

O “Amazon Adventure 3D”O documentário contará

as aventures do naturalista inglês Henry Walter Bates, na Amazônia Brasileira, no período de 1848 a 1859 e os registros realizados por ele: 14 mil espécies, das quais 8 mil eram desconhecidas,

com duração de 45 minutos.Bates teve como mérito

a descoberta do fenôme-no natural da camufl agem e do mimetismo, adaptação na qual um organismo possui características que o confun-dem com um indivíduo de outra espécie, que propiciou a Charles Darwin criar a Teo-ria da Evolução das Espécies por meio da seleção natural.

Para Yuri Sanada, o filme possui conteúdo que alia ciência, entretenimento e alta tecnologia para edu-cação. “Além de percorrer museus ao redor do mundo, o filme percorrerá escolas e projetará uma importante imagem do Brasil para apro-ximadamente 50 milhões de pessoas.

Dessa forma, temos a inten-ção de aproveitar ao máximo os talentos locais”, ressaltou.

Atriz Andréa Nóbrega interpreta a “nova-rica” sempre acompanhada “Gigi” é o personagem de Kleber Lopes, que dá pinta de homossexual

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

Andréa Nóbrega e Kleber Lopes divertem n’A PraçaAtor e bailarino fala sobre a experiência de atuar ao lado de seus ídolos e como conseguiu vaga no humorístico do SBT

SÃO PAULO, SP (FO-LHAPRESS) - Aos 33 anos, o ator e bailarino Kleber Lopes está co-

lhendo os frutos de sua dedi-cação à vida artística. Ele tem sido elogiado por dar vida a Gigi, o personal faz-tudo da Nova Rica (Andréa Nóbrega), no humorístico “A Praça É Nos-sa” (SBT). “Entrei na “Praça” em 2005 para fazer parte do grupo de bailarinos. Foi quando o seu Carlos [Alberto de Nóbre-ga, apresentador] me chamou para coreografar a valsa de 15 anos da fi lha dele e, durante os ensaios, me convidou para fazer o Gigi no programa”.

No quadro, o ajudante tem que aturar as excentricidades da patroa, quando não embar-ca nos delírios dela. “O Gigi é o companheiro dela 24 horas por dia. O seu Carlos queria um personagem gay na “Pra-ça”, que teve tipos memoráveis como a Vera Verão”, fala ele, referindo-se ao personagem de Jorge Lafond (1952-2003). “Mas o Gigi é menos espa-lhafatoso e, às vezes, dá em cima do seu Carlos”.

Lopes encara como uma grande responsabilidade estar em um programa tão querido pelo público e diante de feras do humor. “Teve um dia em

que o Moacyr Franco elogiou o meu trabalho. O próprio seu Carlos diz que está contente com minha atuação. Fui muito bem acolhido”, comenta ele.

A sintonia com Andréa também deu certo. “Ela é muito divertida e é do po-vão. Nos demos bem logo na primeira gravação”.

Lopes se recorda do quanto era fã do humorístico. Em Guarulhos (Grande SP), aos 13 anos, ele montava peças de teatro na escola e, em uma delas, fez homenagem à “Praça”. “Eu era o Carlos Al-berto. Sempre gostei de teatro e, mesmo sendo na escola, levava muito a sério”, lembra ele, que é apaixonado por musicais. “É algo que, assim como novelas e cinema, tenho muita vontade de fazer”.

Embora seja um rosto novo na TV, Lopes tem 15 anos de carreira. Ele começou dan-çando em uma turnê do can-tor Leonardo, em 1999. “Em casa, sempre recebi apoio para seguir na carreira, tanto que, com a dança, cheguei a participar de turnês in-ternacionais. Hoje, além de trabalhar na televisão, tenho minha produtora, e meus pais trabalham comigo”, fala.

Lopes também é sortudo,

pois realizou o sonho de co-nhecer seus grandes ídolos: os apresentadores Silvio Santos e Xuxa. “Eu paralisei diante do Silvio. Eu o vi pela

primeira vez no programa “Rei Majestade” [2006-2007] e, na época, não conseguia olhá-lo de frente. Depois, par-ticipei de um concurso no pro-

grama dele e quase desabei quando ele falou comigo”, lembra. “Conheci a Xuxa na época em que trabalhei como dançarino da cantora Wanes-

sa. Ela foi muito carinhosa. Sou sortudo por ter conhecido meus ídolos”, complementa.

Por Alex Francisco

SÃO PAULO, SP (FO-LHAPRESS) - Qualquer um se identifi ca à ques-tão posta por Riggan (Mi-chael Keaton) em “Bird-man ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” (2014, 16 anos, TC Pi-poca, 18h), ganhador de quatro Oscars, como me-lhor fi lme e direção (Ale-jandro González Iñárritu).

No entanto, o centro é o ator: a estrela de Hollywood que deve fa-zer uma peça em Nova York para provar que é mais que uma “celebri-dade”. Talvez falte origi-nalidade à proposta ou

Iñárritu tenha querido compensar essa falta com uma “mise-em-scè-ne” pernóstica, que bus-ca se sobrepor com uma série de efeitos.

O que não falta a “Bird-man” são admiradores. Pergunto se daqui a dez anos eles serão tão fi éis quanto os fãs de, diga-mos, de “Vampiros de John Carpenter” (1998, 16 anos, MaxPrime, 10h35) ou “Chinatown” (1974, 12 anos, TCM, 1h35 da segunda), de Roman Polanski.

POR INÁCIO ARAUJO

D03 - PLATEIA.indd 3 27/11/2015 21:35:39

Page 28: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D4 PlateiaBoni e amigos mortos em primeiro livro de ficçãoPara dialogar com seus amigos mortos, o autor mata a si mesmo em um acidente de carro, na nova obra literária

DIV

ULG

AÇÃO

Boni aproveita para cri-ticar o conteúdo atual da

televisão brasileiraSÃO PAULO, SP - Boni, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, é ateu. Se acreditasse

em vida após a morte, porém, o paraíso seria algo parecido com um desfi le de escola na samba no Carnaval.

Pela “avenida” do ex-vice-pre-sidente de operações da TV Glo-bo, todo poderoso da emissora por mais de 30 anos, desfi lariam personalidades como Roberto Marinho, Chacrinha, Dercy Gon-çalves, Janete Clair, Ayrton Sen-na, Chico Anysio. Em resumo, são grandes amigos com quem Boni busca acertar as contas no livro “Unidos do Outro Mundo”, que lança no início de dezembro.

Escrito em dois meses, o título reúne uma coleção de diálogos em reencontros, ao percorrer os capítulos como quem atravessa um bloco de Carnaval. Houve tempo de in-cluir o diretor Carlos Manga, que morreu em setembro, e Luiz Carlos Miele e Yoná Magalhães, que partiram em outubro.

“Perdi meus companheiros. Fiquei com vontade de encon-trar com eles e, como eles não podem vir para cá, eu fui para lá”, diz o autor. Para tanto, ele mata a si mesmo, na fi cção, em um acidente de carro.

Do lado de cá, no entanto,

Boni segue vivinho da Silva e recebe a reportagem em sua cobertura duplex nos Jardins, bairro nobre paulistano.

Preparava-se para começar, a série de comemorações de seus 80 anos, a se cumprirem na se-gunda-feira (30). “Quero tomar um vinhozinho hoje”, planejava.

Sentado com a coluna ereta em um amplo sofá de couro, ele conta que a vocação literária, iniciada com a autobiografi a “O

Livro do Boni” (2011), deve se estender a um romance policial sobre um publicitário. Também tem conversado com a apresen-tadora Ana Maria Braga sobre um potencial livro de receitas.

Fora da Globo desde 1997, ele comanda desde 2003 a TV Van-guarda -transmissora do canal dos Marinho no Vale do Paraíba.

Dialogando no alémEm “Unidos de Outro Mundo”

ele quis esclarecer desenten-dimentos, como os que teve com Walter Clark, com quem ditou os parâmetros que a Globo equilibra jornalismo, produção e entretenimento até hoje.

Ele dá sua versão para a saída de Walter Clark (1936-1997) da emissora nos anos 1970, que aconteceu após um desenten-dimento envolvendo o contrato com uma afi liada no Paraná.

No livro, o autor relata que Roberto Marinho “preferia perder a Globo” a fi car com Clark. Já Clark encerra o papo na fi cção dizendo “não haver, no mundo, melhor produtor de televisão” do que Boni.

Ele aproveita os encontros para dar seus pitacos na pro-gramação: em conversa com a novelista Janete Clair, critica a falta de boas histórias e o excesso de violência das novelas contemporâneas. “O público sente quando estão querendo pegar pela violên-cia, pelo sexo”, diz Boni.

Ele alude ao caso de “Babilô-nia”, que exibiu um beijo entre mulheres no primeiro episódio, em março. “Duas velhinhas se beijando no primeiro capítulo é apelação. O público tem que sa-ber as razões psicológicas para aquilo acontecer”.

Por Gabriela Sá Pessoa

SERVIÇO

AUTOR BoniEDITORA Estação BrasilQUANTO 288 págs. (R$ 39,90)

UNIDOS DO OUTRO MUNDO

D04 - PLATEIA.indd 4 27/11/2015 21:41:30

Page 29: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D5Plateia

TV TudoArremate O fato é que a dupla

Otaviano Costa e Monica Iozzi funcionou muito bem desde o início e houve in-clusive o reconhecimento do público quanto a isso. O problema é que daqui a pouco o “Vídeo Show” vai ter que remar tudo de novo. Complicado.

Vento a favorA coluna já havia noticia-

do que, por causa da boa fase de “Cúmplices de Um Resgate”, o SBT prolongou o contrato do elenco até junho de 2016. Pois bem, agora surge a informação que o vínculo poderá ser estendido mais um mês.

Ibope“Cúmplices”, vale desta-

car, não ganhou nem per-deu, após a Record encer-rar a exibição de “Os Dez Mandamentos”. A noveli-nha de Larissa Manoela, como se observa, possui um público fi el.

Sem pararTiago Leifert vai com a

atual edição do “The Voice Brasil” até 25 de dezem-bro. Há o intervalo entre o “TVB” e o “The Voice Kids”, que também terá sua apresentação, será bem pequeno. A versão

infantil irá de 3 de janeiro a 20 de março.

Festival Cauã ReymondAs fãs de Cauã Reymond

certamente vão curtir esta: entre 12 e 15 de janeiro, a Globo exibirá o longa “Alemão”, no qual ele faz um trafi cante.

Dose dupla, portanto, uma vez que ele ainda estará no ar, em “A Regra do Jogo”.

A Globo possui também um outro trabalho inédito do ator, a série “Dois Ir-mãos”, sem data de estreia marcada.

Segue o jogoApesar do silêncio em

torno do novo projeto de

Christiane Pelajo, falado após sua saída da banca-da do “Jornal Globo”, ganha força o seu retorno à Glo-boNews, em 2016.

Em relação ao “projeto”, há o comentário de que se trata de um novo formato de telejornal. Sobre a questão, apresentadora e canal não se pronunciam.

Convidados André Marques, Chris Vian-

na e Paolla Oliveira participa-ram das primeiras gravações da nova temporada de “Amor & Sexo” na Globo.

O programa, mais uma vez comandado por Fer-nanda Lima, voltará ao ar em 23 de janeiro.

Bate – Rebate• A direção da Globo está

muito satisfeita com os resul-tados da novela “Totalmente Demais”...

• ...E também porque alguns tipos caíram rapidamente nas graças do público...

• São os casos dos persona-gens de Felipe Simas, Marina Ruy Barbosa, Orã Figueiredo e Juliana Paiva...

• ...Juliana, a Paiva, que vai ganhar bastante destaque na história, como vilã atrapalhada e ingênua.

• Caio Castro não estará em “Haja Coração”, a substituta de “Totalmente Demais”...

• ...O ator já foi comunicado oficialmente pela Globo e fica-rá no aguardo de um próximo convite...

• ...Entendeu-se que não tinha muito sentido em ele fazer dois vilões seguidos.

Despedida de Mônica Iozzi do ‘Vídeo Show’

GLO

BO

/DIV

ULG

AÇÃO

O especial “Isso Eu Faço”, no ar em 16 de dezembro na Record, sob o comando de Rodrigo Faro, vai reunir Marcos Mion, Pérola Fa-ria, Ricky Tavares, Sérgio Loroza, Israel Novaes, Scheila Carvalho, Fabíola Gadelha e Nathalia Gui-marães. Esse é o time.

Faro que viajou a Nova York quinta-feira para uma sequência de gravações do seu programa de domingo. Só volta ao Brasil dia 1º e grava o último da temporada no dia 3.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

MusicalPaula Fernandes será uma das atrações do “Festeja

Brasil”, especial que a Globo vai exibir no dia 16 de de-zembro, uma quarta-feira. Também estarão no programa Luan Santana, Bruno e Marrone, Jads e Jadson, Henrique e Juliano, além de outros nomes da música sertaneja.

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

A Globo trabalha com a data de 29 de janeiro, uma sexta-feira, para a despe-dida de Monica Iozzi do “Vídeo Show”, que deixará a atração por causa das novelas, fi lmes e teatro. Esta é a infor-mação transmitida há poucos dias para o pessoal do programa e, caso não haja uma outra alteração, a nova companheira de bancada de Otaviano Costa deverá ser conhecida em 1º de fevereiro.

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

Com o presente título o soci-ólogo espanhol Manuel Castells pretende sugerir que além das configurações político-espa-ciais existentes e formuladas sobre o mundo - mundo dos países ricos, mundo dos países em desenvolvimento e mundo dos países pobres – houve, no último quarto do milênio pas-sado, importantes transforma-ções de ordem tecnológica e informacionais que obrigaram os países socialistas e capita-listas a adaptarem-se às novas tendências da chamada “Nova Era” o que acabou culminando naquilo que ele chama de “Quarto Mundo”. O autor pretende anali-sar as conseqüências ad-vindas deste novo mundo, o mundo do informacionalismo, da Era da Informação, onde, já de cara nos deixa uma advertência: “(...) as novas condições tecnológicas e organizacionais da Era da Infor-mação (...) provocam uma grande reviravolta no velho modelo da procura do lucro como substituto da procura da alma ou do divino”.

É importante pensarmos o Quarto Mundo como um espaço de incluídos e excluídos. Quem não estiver “conectado” de forma global com as diferentes ativi-dades humanas, naturalmente se encontrará excluído da nova or-dem. A exclusão não se limita apenas a indivíduos; espaços e territórios também se encontram no jogo macabro de vencedores e perdedores.

A titulo de exemplo vejamos o caso da África. É contraditório e ao mesmo tempo fascinante pensarmos em como a região que “pariu” a humanidade é hoje o território mais pobre e “desco-nectado” do mundo. A falta de mão-de-obra qualificada além

das redes de telecomunicações serem parcas e de tecnologia precária é um exemplo claro da falta de atrativos que a região exerce em outros países do pon-to de vista de investimentos. Portanto, se as políticas públi-cas locais e internacionais não oferecem interesse na solução desses e de outros problemas, os indivíduos fazem de tudo para incluírem-se na Nova Era. Ditadores, pequenos grupos polí-ticos regionais e “alguns nós de gestão financeira e internacio-nal” procuram se aproveitar ao máximo das vantagens ofere-cidas pelo poder e acabam por fazer parte de redes de conexão como o caso das redes do cri-me, das drogas, dos grupos de extermínio etc. Segundo alguns dados de especialistas, mais da metade da população africana não tem acesso à internet. O domínio do computador se res-tringe a pequenas atividades de rotina burocrática; a quantidade de energia consumida na região é pequena o que acaba por não favorecer a rede elétrica e sem eletricidade como fazer parte da revolução informacional?

Embora hajam países como a África do Sul que se destaca substancialmente dos seus vi-zinhos, porém, este acaba por sofrer o estigma e o preconceito de ser “africano”, essa gente exótica, pobre e em extremo estado de beligerância. O que não se difere muito das ideias sobre a Amazônia, condenada a ser uma região eminente-mente “primitiva”.

Como o próprio autor afirma, a humanidade produz seus pró-prios anjos e demônios, portanto, já podemos imaginar quando e como o nosso lado mau ataca.

O surgimento do quarto [email protected]

Márcio Braz

A exclusão não se limi-ta apenas a indivíduos; espaços e territórios também se encontram no jogo macabro de vencedores e perdedores”

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

D05 - PLATEIA.indd 5 27/11/2015 21:45:11

Page 30: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D6 Plateia

DIV

ULG

AÇÃO

A série “Arqueiro” ganha destaque na programação do SBT aos domingos, com cenas de ação e aventura

ÁRIES - 21/3 a 19/4O dia favorece as questões amorosas e afetivas. Mas, se quiser mes-mo aproveitar esse astral ro-mântico com a companheira, será preciso se abrir para os imprevistos, o amor não vem com bula é preciso ir ta-teando e acertando, esqueça a teoria é hora de viver na pratica. Dedi-que-se de corpo e alma à arte de amar e terá bons motivos para fi car orgulhoso.

TOURO - 20/4 a 20/5O dia pode começar com alguns mal-entendidos que precisam ser es-clarecido, seja o mais verdadeiro possível, e acima de tudo preste atenção no que está atrás de toda esta situação. Não acredite intei-ramente nas boas intenções de algumas pessoas que se esforçam de-mais para te agradar. Tire o dia para ter contato com a natureza, abrace uma árvore, deixe que teus pés tenha contato com a terra. A noite se entregue ao romance.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6Compartilhe o que acontece no seu interior, antes que a emoção fale de por si e você fale demais, escolha bem a pessoa para confi denciar suas necessidades. Assuma seus desejos com arte e se-dução crie condições favoráveis para que aconteça o que quer. Saiba colocar seus sentimentos com suavidade, mas também fi rmeza. Se desconhecer o coração por muito tempo, a emoção suas origens e com emoções im-portantes do seu passado.

CÂNCER - 22/6 a 22/7Neste momento a sua necessidade de segurança material e emocional tende a crescer. Estará mais impulsivo (a) com relação aos gastos, e este pode ser o seu calcanhar de àqueles. Nos assuntos do coração, a sua generosidade pode vir à tona. É tempo de se comprometer a viver de acordo com seus valores, com o que você descobriu ser valioso. Evite exageros, seja simples.

LEÃO - 23/7 a 22/8Mudanças são necessárias, livre-se de suas pre-ocupações tomando atitudes positivas para so-lucioná-las. O período se apresenta positivo para os negócios arriscados e às empresas precipita-das. Viagens, con-tatos com pessoas de lugares distantes e tudo o que estiver relacio-nado com novidades, estará favorecido para você neste dia. Reveja amigos e fi que mais tempo ao lado da pessoa amada

VIRGEM - 23/8 a 22/9Quanto mais otimista for, mais fácil será, para que supere o mau hu-mor, assim, evitará atritos, que poderiam terminar em discussões inú-teis. Evite isso, porque muitas serão suas chances de sucesso, no fi -nanceiro. Necessidade de ser mais amado e mais compreendido se mostra neste dia. A expectativa e a ansiedade estarão invadindo o seu interior, controle-se!

LIBRA - 23/9 a 22/10Enormes probabilidades de realizar suas mais an-tigas esperanças e desejos se apresentarão neste dia. Terá também, aumentos de lucros e muito progresso profi ssional. Ótimo às novas amizades e ao amor. Aproveite as vibrações dos astros para reforçar seus contatos pesso-ais.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Ótimo período para tratar de questões fi nanceiras, profi ssionais e as-sociativas. Fluxo benéfi co para os exames, os concursos, os testes vo-cacionais e os assuntos amorosos, estão protegidos pelos astros. Evi-te ambientes e pessoas com quem você não se sinta bem, pois estará sensível a muitas coisas e o fl uxo de energia é alto.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Não tenha medo de avançar na vida, é preciso mes-mo necessário! Se houver obstáculos, não lhes dê

atenção exagerada, simplesmente siga em frente, pule se for necessário. Faça o mínimo para con-torná-los, mas não os enfrente. Quanto mais lutar, mais sua energia se transfe-rirá e mais se perderá. Invista na pessoa amada, carinho, gera carinho

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1O dia tende a ser intenso com muito trabalho e atividades não pro-gramadas, coisa que irá te aborrecer, não esqueça que tem um com-promisso no fi m do dia poderá retê-lo além do expediente na rua. Em um encontro com amigos poderá ser surpreendido (a) com uma nova paquera e se você se permitir poderá ser muito mais. Dedique um pouco mais de tempo para a família.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Os problemas de saúde, que vem ocorrendo podem ser resolvidos com medicina alternativa, para re-laxar, faça uma sessão de “Refl exologia”. Um bom momento está para começar, a poupar, não se importe com a quantidade e sim com o resultado fi nal. Aja com sabedoria deve rapi-damente pôr fi m as situações duvidosas que envolvam sócios, ou par-ceiros. O Cultivo da harmonia deve fazer parte do seu dia a dia!

PEIXES - 19/2 a 20/3É dia de inspiração mental e o resultado será bom, aproveite para es-crever textos profi ssionais ou colocar a correspondência em dia. Terá um bom desempenho em reuniões. Gaste as suas energias com exercí-cios físicos. Uma mudança no visual virá bem, levante a autoestima com um novo corte e cor nos cabelos. A pessoa amada evita assumir compromissos e isso pode te aborrecer, tenha uma conversa séria.

SBT GLOBO3H45 JORNAL DA SEMANA SBT

5H BRASIL CAMINHONEIRO

5H30 TURISMO & AVENTURA

6H15 ACELERADOS

7H CHAVES

9H15 PEQUENOS CAMPEÕES

10H MUNDO DISNEY

11H DOMINGO LEGAL

13H ELIANA

17H RODA A RODA JEQUITI

17H45 SORTEIO DA TELESENA

18H PROGRAMA SILVIO SANTOS

22H CONEXÃO REPÓRTER

23H SÉRIE: ARQUEIRO

0H15 SÉRIE: TRUE BLOOD

1H BIG BANG

2H30 IGREJA UNIVERSAL

4H SANTO CULTO EM SEU LAR

4H30 DESENHOS BÍBLICOS

5H55 DESENHOS BÍBLICOS

6H55 RECORD KIDS · SÉRIE:

TODO MUNDO ODEIA O CHRIS

9H DOMINGO SHOW

13H30 HORA DO FARO

17H30 DOMINGO ESPETACULAR

21H A FAZENDA

21H45 REPÓRTER EM AÇÃO

22H30 ROBERTO JUSTUS +

23H15 PROGRAMAÇÃO IURD

4H07 SANTA MISSA5H08 AMAZÔNIA RURAL5H36 PEQUENAS EMPRESAS, GRAN·DES NEGÓCIOS6H12 GLOBO RURAL7H09 AUTO ESPORTE7H45 ESPORTE ESPETACULAR9H FÓRMULA 1: GRANDE PRÊMIO DE ABU DHABI10H54 ESPORTE ESPETACULAR ¾CON·TINUAÇÃO¿11H20 ESQUENTA12H50 CINEMA ESPECIAL. FILME: A LENDA DO TESOURO PERDIDO15H FUTEBOL 2015: CAMPEONATO BRASILEIRO À VASCO DA GAMA X SANTOS17H TEMPERATURA MÁXIMA. FILME: O APRENDIZ DE FEITICEIRO18H52 DOMINGÃO DO FAUSTÃO20H52 FANTÁSTICO23H10 DOMINGO MAIOR. FILME: COWBOYS & ALIENS0H46 SESSÃO DE GALA. FILME: BONS COSTUMES2H23 CORUJÃO. FILME: QUERO3H49 MENTES CRIMINOSAS4H11 SÉRIE

RECORD

Programação de TV

Cruzadinhas

Cinema

Horóscopo

Bem Casados: BRA. 10 anos. Heitor (Alexandre Borges) é um solteirão convicto que ganha a vida fi lmando festas de casamento. Durante os prepa-rativos para cobrir mais um casamento ele conhece Penélope (Camila Morgado), uma mulher sensual e independente que está determinada a acabar com a festa antes mesmo que ela comece. A missão de Heitor é garantir que o casamento saia exatamente como os noivos querem. Já para Penélope, a ceri-mônia é a oportunidade perfeita para executar o seu plano. Juntos, essa dupla surpreendente, e um tanto atrapalhada, dará aos noivos muito mais emoção do que eles jamais imaginaram. Afi nal, bem casados só os doces. Cinépolis Millennium 2 – 19h40, 21h45 (somente quarta-feira), Cinépo-lis Millennium 7 – 22h20 (somente quarta-feira); Cinépolis Plaza 7 – 18h45, 20h50 (somente quarta-feira); Kinoplex 2 – 18h50 (somente quarta-feira); Playarte 2 – 19h15, 21h15 (somente quarta-feira).

Victor Frankes-tein: EUA. 12 anos. O cientista Vic-tor Frankenstein e seu brilhante assistente, Igor Strausman, dividem a nobre ideia de aju-dar a humanidade com uma recente desco-berta sobre imorta-lidade. Entretanto, o experimento de Victor passa dos limites e sua obsessão gera consequências horríveis. Apenas Igor conseguirá trazer seu amigo de volta a sanidade e salvá-lo de sua criação monstruosa. Cinépolis Millennium 5 – 14h20, 16h50, 19h20 (dub/diariamente), 22h (leg/diariamente), Cinépolis Plaza 6 – 13h50, 16h30, 19h, 21h45 (dub/diariamente; Kinoplex 1 – 16h45, 19h05, 21h30 (dub/diariamente); Playarte 6 – 14h45, 17h, 19h15, 21h35 (dub/diariamente), 21h30 (leg/diariamente).

A Visita: EUA. 14 anos. O fi lme retrata a história perturbadora de dois irmãos que vão passar férias na fazenda de seus avós e, assim que descobrem que o casal de idosos está envolvido em algo assustador, percebem que as chances de voltar para a casa e à vida normal estão cada vez menores. Cinépolis Plaza 8 – 15h15, 17h30, 19h45 (diariamente); Kinoplex 2 – 14h30 (dub/diariamente), Kinoplex 4 – 16h55, 21h55 (dub/diariamente); Playarte 3 – 14h, 19h (dub/diariamente); Playarte 7 – 16h30 (dub/diariamente), 21h25 (leg/diariamente).

PR�ESTREIA

ESTREIASJogos Vorazes: A Esperança –

O Final: EUA. 14 anos. Cinépolis Millennium 1 – 14h45, 17h45, 20h45 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Mil-lennium 3 – 15h30, 18h30, 21h30 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Mil-lennium 4 – 14h, 17h (dub/diariamen-te), 20h (leg/diariamente), Cinépo-lis Millennium 8 – 19h10 (3D/dub/diariamente), 16h15, 22h15 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 13h15, 16h15, 19h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 14h45, 17h45, 20h40 (3D/dub/dia-riamente), Cinépolis Plaza 4 – 14h, 17h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 5 – 15h30, 18h30, 21h30 (dub/diariamente); Kinoplex 3 – 15h45, 18h30, 21h15 (3D/dub/diariamen-te), Kinoplex 5 – 15h, 17h50 (3D/dub/diariamente), 20h40 (3D/leg/diariamente); Playarte 5 – 12h50, 15h35, 18h20, 21h05 (dub/diaria-

mente), Playarte 7 – 18h40, 21h35 (leg/diariamente), Playarte 10 – 14h, 17h, 20h (dub/diariamente).

Como Sobreviver a um Ataque Zumbi: EUA. 14 anos. Cinépolis Plaza 4 – 20h (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 8 – 13h (dub/diaria-mente); Kinoplex 1 – 14h45 (dub/diariamente); Playarte 8 – 15h20, 19h35, 21h20 (dub/diariamente).

O Reino Gelado 2: RUS. Livre. Cinépolis Millennium 7 – 14h (dub/somente sábado e domingo), 16h (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h30 (3D/dub/diariamente); Kino-plex 5 – 13h10 (dub/diariamente).

007 Contra Spectre: EUA. 14 anos. Cinépolis Millennium 6 – 18h10 (dub/diariamente), 15h10, 21h20 (leg/diariamente), Cinépolis Plaza

3 – 21h (dub/diariamente); Kinoplex 4 – 14h, 18h55 (dub/diariamente); Playarte 3 – 16h, 21h (dub/diaria-mente).

O Último Caçador de Bruxas: EUA. 14 anos. Cinépolis Plaza 3 – 15h40, 18h10 (dub/diariamente); Kinoplex 2 – 16h45, 21h (dub/diaria-mente); Playarte 8 – 17h20, 21h35 (dub/diariamente).

Atividade Paranormal – Dimen-são Fantasma: BRA. 14 anos. Playarte 9 – 13h15, 15h15, 17h15, 19h15, 21h20 (dub/diariamente).

SOS Mulheres ao Mar 2: BRA. 14 anos. Cinépolis Millennium 2 – 15h, 17h20 (diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 13h45, 16h20 (diariamente); Playarte 2 – 12h45, 14h55, 17h05 (diariamente).

ESTREIA

D06 - PLATEIA.indd 6 27/11/2015 21:45:56

Page 31: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D7Plateia

NOVELA

SÃO PAULO, SP (FO-LHA PRESS) - Em “A Regra do Jogo” (REde Globo), bas-ta tocar “Aonde eu chego é assim / Safadim, safadim / Elas me chamam é as-sim / Safadim, Safadim” para o público ficar aten-to ao mulherengo Oziel (Fábio Lago). O perueiro traiu a mulher, Indira (Cris Vianna), com Tina (Moni-que Alfradique), mulher de seu melhor amigo, Rui (Bruno Mazzeo).

“Ele é movido por sen-timentos, não pela razão. Ele é orgulhoso e machista. Nem fi car longe dos fi lhos, que ele tanto ama, pode impedir o Oziel de viver esse amor pela Tina”, fala Lago. “Mas se ela não der o valor que ele acha que merece, ele sai fora também. Oziel se ama”, complementa.

VenenoAgora, o mulherengo está

provando do próprio ve-neno, pois Indira está se relacionando com Rui.

“O Oziel não se impor-taria de o Rui fi car com a Indira se o amigo não fosse morar na casa que é dele, junto dos fi lhos dele. Só por isso o Oziel não vai

abrir mão.”Enquanto um casal pro-

voca ciúme no outro, o público conhece as ver-dadeiras intenções dos personagens. Oziel, por exemplo, lida muito bem com as diferenças entre ele e Tina.

“Ela é uma patricinha sem grana, e ele é um homem bem-sucedido da comuni-

dade. Oziel tem certeza de que pode fazê-la feliz, mes-mo com todas as diferen-ças. A Tina é atraída mais pelo humor, pela leveza e pela pegada que Oziel tem”, comenta Lago.

SedutorSegundo o ator, o pe-

rueiro é um homem comum

com um lado sedutor mui-to forte. “É um galã que não segue os padrões de beleza, mas que acredita no seu poder de sedução, tem autoestima elevada, sabe as qualidades que tem e como se garantir entre quatro paredes”, diz Lago, que acredita que é esse perfi l de homem de que as mulheres gostam mais.

“Sou o exemplo vivo e real! O que seria das mu-lheres sem um cafuçu ou um bom baiano com dendê nas veias e suingue no quadril?”, diverte-se.

FamaNas ruas, Lago é chama-

do de garanhão, pegador e, segundo ele, há quem peça a receita de Oziel para atrair tanta mulher bonita. “Esse papel é um desafi o, e a diretora Amora Maut-ner e o autor João Emanuel Carneiro confi aram que eu poderia dar empatia e caris-ma a um homem comum que não malha e tem barriguinha acentuada. Para isso, engor-dei seis quilos. Oziel não é culto, mas é inteligente e sedutor nato.”

Por Alex Francisco

Destaque na pele de mulherengo

DESAFIO

O intérprete do perueiro Oziel, Fábio Lago, considera esse papel um desafi o e revela que precisou engordar seis quilos para viver o mulhe-rengo. “É um galã que não segue os padrões de beleza”, observa

Fábio Lago interpreta o perueiro Oziel na novela “A Regra do Jogo”, e destaca a autoestima do seu personagem

DIV

ULG

AÇÃO

[email protected]

Guto Oliveira

A recessão econômica não foi sufi -ciente para reduzir o desmatamento na Amazônia, registrado entre agosto de 2014 e julho de 2015. Em compa-ração com o período 2013-2014, foi registrado um aumento de 16%. Os dados são do Programa de Monito-ramento de Desmatamentos (Prodes), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente. No ano passado, o desma-tamento tinha caído. Nos doze meses, foram derrubados 5.800 quilômetros quadrados da fl oresta, o equivalente a cerca de quatro cidades de São Paulo. O aumento no desmatamento já vinha sendo apontado por outros levantamentos independentes, como o da ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).

***

No dia 12 de dezembro, Leonardo e Eduardo Costa prometem levar os manauenses a um passeio nostálgico entre as canções que marcaram as décadas de 80 e 90. A turnê assinada pelos cantores leva o nome de ‘Cabaré’ que, desde o ano passado, é sucesso de público em todo o Brasil. No show, uma estrutura impecável e mordomias que só a Fábrica de Eventos oferece. Toda essa mistura não poderia resultar em outra coisa senão em um espetáculo belíssimo e inesquecível. Os cantores se apresentam no pavilhão do Studio 5 Festival Mall, na festa que encerra o calendário de eventos da fábrica, que volta em 2016 com novas propostas e outros desafi os.

***A banda Reconnect e o vocalista do

grupo Moinhos de Vento, Caio Camar-go, são as atrações deste sábado e domingo, respectivamente, na progra-mação do projeto “Música na Praça”, do Manaus Plaza Shopping. Os shows acontecem na praça de alimentação, com acesso livre, de 19h às 21h.

***Atenção, fãs de Quentin Tarantino! Vai ter lançamento de fi lme em janeiro e o diretor esteve em São Paulo nesta semana para divulgar. O longa se chama “Os Oito Odiados” e estreia no Brasil no dia 7de janeiro. Durante sua passagem pela cidade, Tarantino provou que é bom de garfo – marcou presença nos restaurantes Chez Oscar, D.O.M. e Figueira Rubayat.

***

Câncer é uma das doenças que podem ser tra-tadas com substâncias extraídas da maconha. Resolvemos fazer a manifestação no mesmo

dia, pois assim teríamos outro evento seis meses de-pois da Marcha da Maconha. Dois atos por ano, para fortalecer o movimento”

Militante do Movimento Pela Legalização da Maconha, Thiago Tomazine

Semana passada foi especial por causa do Dia Internacional do Combate à Violência contra a Mulher. E, nessa data tão importante, uma cam-panha chamou a atenção: a #StopViolenceAgains-tWomen (“pare a violência contra as mulheres”, em tradução livre), do artista satírico e ativista social Alexsandro Palombo. Para conscientizar a população sobre como é muito importante de-nunciar as agressões sofridas pelas mulheres e sobre o quanto os homens que as praticam são covardes, Palombo criou, dentro dessa campanha, a série #Coward (covarde). São 7 imagens de personagens femininas de desenhos animados (desde Marge Simpson, queridinha do artista, até as princesas da Disney) com os rostos ma-chucados e segurando uma placa com a foto do seu agressor que, no caso, são os seus maridos ou príncipes.

***A presidente Dilma Rousseff vai publicar ama-nhã um decreto de contingenciamento de R$ 10 bilhões. A medida tornou-se necessária devido a não aprovação da nova meta fi scal deste ano pelo Congresso Nacional. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União obrigou o governo a contingenciar as verbas discricionárias em caso de não aprovação da revisão da meta. A secretaria informou que este não é um problema fi nanceiro, e sim orça-mentário. Segundo o Palácio do Planalto, esta é uma situação “absolutamente momentânea”, e uma vez que a revisão da meta for aprovada, a utilização de despesas poderá voltar ao normal.

A jornalista e consulto-ra Maria Prata esteve cir-culando por Manaus, para apresentar uma palestra com tema, “Moda: Glamour X Carreira e Negócios”. O evento é promovido pelo shopping Ponta Negra, em conjunto com a ABL Consul-toria, de Ângela Bulbol de Lima. A jornalista de moda é apresentadora da série Mundo S/A, da Globo News, e com passagem pelas prin-cipais revistas de moda do Brasil. Na foto, a jornalista Mazé Mourão, Maria Prata e a anfi triã Ângela Bulbol.

***Ainda sobre a palestra no shopping Ponta Negra, as

queridas Lúcia Viana, Zenilda Castelo Branco e Adlidez Moreno.

***

Moda, negócios e

charme

D07 - PLATEIA.indd 7 27/11/2015 21:47:25

Page 32: EM TEMPO - 29 de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015D8 Plateia

D08 - PLATEIA.indd 8 27/11/2015 21:30:23