24
FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVI – N.º 8.317 – SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 SERVIÇO PÚBLICO TEM 24 MIL VAGAS OS CONCURSOS ABERTOS NAS ÚLTIMAS SEMANAS, EM TODO O PAÍS, OFERECEM 24,4 MIL OPORTUNIDADES DE TRABALHO PARA QUEM PRETENDE INICIAR OU CONTINUAR CARREIRA NO SERVIÇO PÚBLICO. HÁ OFERTA DE SALÁRIOS DE ATÉ R$ 22,7 MIL. ÚLTIMA HORA A2 Contribuintes que têm “bitcoins” – moedas virtuais – terão de prestar informações à Receita Federal e, em alguns casos, pagar Imposto de Renda. FOLHAINVEST MOEDAS VIRTUAIS Zezé Di Camargo e Luciano, Jorge e Mateus, Matheus e Kauan, Gusttavo Lima e Israel Novaes empolgaram os fãs, em mais de dez horas de show, no sambódromo (foto). Plateia B5 Villa Mix atrai milhares de fãs ao sambódromo FIM DE SEMANA O ADEUS AO ‘FELOMENAL’ Sob aplausos de parentes, artistas e admiradores, o corpo de José Wilker, vítima de infarto fulminante, foi levado do Teatro Ipanema, onde foi velado, para o Memorial do Carmo, na Zona Norte do Rio, onde foi cremado. Do lado de fora, fãs gritavam “felomenal”, em alusão ao bordão do personagem Giovanni Improtta, que ele interpretou na novela “Senhora do Destino”. Plateia B5 O corpo de José Wilker foi velado até a tarde de ontem, no Teatro Ipanema. Na parede, imagens de suas atuações MATRIZ REVELADA PRAÇA Durante as obras na praça da Matriz, no Centro, a prefeitura re- moveu do local 51 centímetros de asfalto e concreto, que revelaram o piso de paralelepípedos, característico do final das décadas de 50 e 60. O prefeito Arthur Neto determinou que toda a cobertura seja removida e a área volte ao aspecto original. Última Hora A2 DIVULGAÇÃO/JP LIMA DIVULGAÇÃO/SEMCOM DIVULGAÇÃO Dois homens foram presos, na tarde de ontem, após uma briga de torcedores, no final do jogo entre Nacional e Fast, no estádio do Sesi, pelo Campeonato Amazonense. Pódio D3 PANCADARIA APÓS O JOGO DIEGO JANATÃ Armado com um facão, um homem avançou sobre torcedores. Houve feridos Piso de paralelepípedos foi revelado nas obras da praça da Matriz x 1 1 x 1 0 x 0 0 x 2 0 HAJA CORAÇÃO! O Vasco saiu na frente, mas cedeu empate ao Flamengo, no primeiro jogo da final do Carioca. No Paulistão, o Santos foi surpreendido pelo Itu- ano, que venceu a primeira. Pódio D4 a D6 VASCO ITUANO CRUZEIRO BAHIA FLAMENGO SANTOS ATLÉTICO VITÓRIA HAMILTON FOI O MELHOR NO BAHREIN Pódio D8 DIVULGAÇÃO/F1 Receita Federal está de olho nos ‘bitcoins’

EM TEMPO - 7 de abril de 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

Citation preview

Page 1: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVI – N.º 8.317 – SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

SERVIÇO PÚBLICO TEM 24 MIL VAGAS

OS CONCURSOS ABERTOS NAS ÚLTIMAS SEMANAS, EM TODO O PAÍS, OFERECEM 24,4 MIL OPORTUNIDADES DE TRABALHO PARA QUEM PRETENDE INICIAR OU CONTINUAR CARREIRA NO SERVIÇO PÚBLICO. HÁ OFERTA DE SALÁRIOS DE ATÉ R$ 22,7 MIL. ÚLTIMA HORA A2

Contribuintes que têm “bitcoins” – moedas virtuais – terão de prestar informações à Receita Federal e, em alguns casos, pagar Imposto de Renda. FOLHAINVEST

MOEDAS VIRTUAIS

Zezé Di Camargo e Luciano, Jorge e Mateus, Matheus e Kauan, Gusttavo Lima e Israel Novaes empolgaram os fãs, em mais de dez horas de show, no sambódromo (foto). Plateia B5

Villa Mix atrai milhares de fãs ao sambódromo

FIM DE SEMANA

O ADEUS AO ‘FELOMENAL’Sob aplausos de parentes, artistas e admiradores, o corpo de José Wilker, vítima de infarto

fulminante, foi levado do Teatro Ipanema, onde foi velado, para o Memorial do Carmo, na Zona Norte do Rio, onde foi cremado. Do lado de fora, fãs gritavam “felomenal”, em alusão ao bordão do personagem Giovanni Improtta, que ele interpretou na novela “Senhora do Destino”. Plateia B5

O corpo de José Wilker foi velado até a tarde de ontem, no Teatro Ipanema. Na parede, imagens de suas atuações

MATRIZ REVELADAPRAÇA

Durante as obras na praça da Matriz, no Centro, a prefeitura re-moveu do local 51 centímetros de asfalto e concreto, que revelaram o piso de paralelepípedos, característico do fi nal das décadas de 50 e 60. O prefeito Arthur Neto determinou que toda a cobertura seja removida e a área volte ao aspecto original. Última Hora A2

DIV

ULG

AÇÃO

/JP

LIM

A

DIV

ULG

AÇÃO

/SEM

COM

DIV

ULG

AÇÃO

Dois homens foram presos, na tarde de ontem, após uma briga de torcedores, no final do jogo entre Nacional e Fast, no estádio do Sesi, pelo Campeonato Amazonense. Pódio D3

PANCADARIA APÓS O JOGO

DIE

GO

JAN

ATÃ

Armado com um facão, um homem avançou sobre torcedores. Houve feridos

Piso de paralelepípedos foi revelado nas obras da praça da Matriz

x1 1

x1 0

x0 0

x2 0

HAJA CORAÇÃO!HAJA CORAÇÃO!O Vasco saiu na frente, mas cedeu empate ao

Flamengo, no primeiro jogo da fi nal do Carioca. No Paulistão, o Santos foi surpreendido pelo Itu-ano, que venceu a primeira. Pódio D4 a D6

VASCO

ITUANO

CRUZEIRO

BAHIA

FLAMENGO

SANTOS

ATLÉTICO

VITÓRIA

ANO XXVI – N.º 8.31

HAMILTON FOI O MELHOR NO BAHREIN

Pódio D8

DIV

ULG

AÇÃO

/F1

Contribuintes que têm “bitcoins” – moedas virtuais – terão de prestar informações à Receita Federal e,

MOEDAS VIRTUAIS

Receita Federalestá de olho nos ‘bitcoins’

SEGUNDA 07_04.indd 3 6/4/2014 23:45:43

Page 2: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Concurso n. 559 (05/04/2014)

Concurso n. 1039 (04/04/2014)

Extração n. 04855 (05/04/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 04.365 500.000,00

2º 27.042 34.200,00

3º 71.491 33.600,00

4º 63.126 32.800,00

5º 18.294 31.940,00

Concurso n. 1269 (04/04/2014)

03 12 14 19 28 33

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

03 08 11 33 39 41

Segundo sorteio

Concurso n. 1441 (05/04/2014)

LOTOMANIALOTOMANIA

06 12 13 16 18

19 20 27 31 41

42 48 49 61 69

78 86 90 93 96

Concurso n. 3458 (05/04/2014)

10 24 52 71 77

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

01 02 03 08 09

12 13 14 15 18

19 20 21 22 24

TIMEMANIATIMEMANIA

09 10 13 19 32 51 60

Time do coração

FLUMINENSE/RJ

LOTERIAS

Concurso n. 1588 (05/04/2014)

23 29 32 36 45 49

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Jovem morre em acidente ao voltar de aniversário

O técnico eletrônico Thia-go Rodrigues Belém Costa, 29, morreu na tarde de ontem após cair com a sua motocicleta, na rua Flam-boyant, Distrito Industrial 2, Zona Leste, e bater com a cabeça na sarjeta. Segundo a Polícia Civil, o acidente fatal aconteceu por volta das 17h, por conta de uma tentativa do motociclista de desviar de uma bicicleta, que transitava pelo local e bateu no meio-fi o.

Conforme o pai da vítima, o técnico mecânico Fran-cisco Carlos Costa, 54, no momento do acidente o seu fi lho voltava do aniversário de um amigo num balneá-rio do bairro Puraquequara, Zona Leste, e estava com o capacete pendurado no braço. “Infelizmente essa garotada de hoje não sabe colocar o capacete na ca-

beça”, lamentou.

PassageiraThiago levava na garupa,

uma mulher não identifi ca-da pela família. Segundo a Polícia Civil, ela sofreu apenas ferimentos leves e recebeu atendimento no lo-cal do acidente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A repor-tagem entrou em contato com o Samu para falar sobre o estado de saúde da sobrevivente, mas não obteve sucesso.

Para o local foram des-locadas viaturas de perícia da Polícia Civil e do Insti-tuto Médico Legal (IML) que recolheu o corpo que se encontrava com a ca-beça rachada, expondo a massa encefálica no local do acidente. Num primei-ro momento, policiais da 28ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) pres-taram assistência.

TRAGÉDIA

Matriz terá paisagem originalO prefeito de Manaus, Ar-

thur Virgílio Neto, visitou o canteiro de obras da praça da Matriz, no Centro, acom-panhado de secretários mu-nicipais. Antes da chegada do chefe do Executivo, a Secretaria Municipal de In-fraestrutura (Seminf) remo-veu do local, como amostra, 51 centímetros de asfalto e concreto, revelando o piso de paralelepípedos, caracte-rístico do fi nal da década de 50 e início de 60.

Após um parecer técnico, Arthur Neto determinou que toda a cobertura seja remo-vida e a área volte ao aspec-to original, com o Relógio Municipal demarcando o canteiro central, separando o tráfego de veículos em mão e contramão.

“Nós estamos recompondo a fi sionomia verdadeira da Eduardo Ribeiro que já foi a principal avenida econômica de Manaus. Após esse traba-lho, ela passará a ser a prin-cipal avenida turística. Aqui

onde nós estamos pisando existem pelo menos quatro camadas que precisam ser removidas, porque só fi zeram soterrar a nossa história”, afi rmou o prefeito.

Para a retirada dessas camadas, a Seminf deverá utilizar dois caminhões bas-culantes, uma escavadeira hidráulica e uma pá-carre-gadeira. Pelo menos dez ho-mens deverão trabalhar dia e noite, no local. A Manauscult está elaborando o projeto que será apresentando ao Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e assim que for autorizado, as obras começam.

Cobranças e mudançasÉ uma ação que requer

muito cuidado, muita paci-ência. É uma obra de arte, até para preservar o próprio pavimento, mas por experi-ência, esse trabalho deve ser concluído em torno de 60 dias com o pavimen-to totalmente recuperado.

Como será executada pela administração direta, não terão custos para a prefei-tura”, declarou Luiz Borges, secretário da Seminf.

O prefeito também des-tacou a revitalização da fa-chada dos prédios ao longo da avenida Eduardo Ribeiro. Como as verbas do PAC Cida-des Históricas ainda não foi repassada pelo governo fe-deral, a Prefeitura de Manaus vai utilizar recursos próprios para a recuperação.

“Eu queria que predominas-se a arquitetura portuguesa, mas como sou realista, sei que não poderemos mexer em todos os prédios. Eu quero apenas que melhore, que fi que tudo pintado, bem organizado. Quem tem a sua propriedade, que zele por ela e se tiver alguma que destoe das demais, nós cobraremos as mudanças. Nós queremos provocar uma sensação de bem-estar ao turista e princi-palmente para a nossa popu-lação”, concluiu o prefeito.

RESTAURAÇÃO

Arthur Neto determinou que toda a cobertura seja removida e a área volte ao original

TÁCIO MELO/SEMCOM

Serviço público abre quase 24 mil vagas para concursoNo acumulado, há 24.497 vagas disponíveis, com destaque para os tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e do Pará

Os concursos abertos nesta semana ofe-recem 9.099 oportu-nidades de trabalho

para quem pretende iniciar ou continuar uma carreira no ser-viço público. São 42 seleções abertas, com salários máximos de R$ 4.507, em média.

O Tribunal de Justiça do Pará está oferecendo o maior salá-rio: R$ 19.083. São 40 vagas para formados em direito.

Já a secretaria de Educação e Cultura do Piauí oferece o maior número de vagas: três mil para nível superior. O salá-rio máximo é de R$ 1.076.

A Aeronáutica, que tem outros dois editais abertos, lançou concurso para preen-chimento de mais 17 vagas por profissionais com nível superior. As vagas são para exame de admissão ao es-tágio de adaptação de ofi-ciais de apoio. O salário não foi informado.

Os institutos federais de Educação, Ciência e Tecno-logia em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e em Sergipe vão selecionar, no total, 506 profi ssionais de todos os ní-veis. O salário máximo ofe-recido chega a R$ 8.344, em Pernambuco, e a R$ 3.392 nos dois outros Estados.

No acumulado das últimas semanas, há 24.497 vagas disponíveis, com destaque para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e para a Pro-curadoria-Geral do Piauí, que selecionarão pessoas forma-das em direito. Os salários máximos são de R$ 22.797 e R$ 18.306, respectivamente.

EstatísticasNas últimas décadas, o nú-

mero de servidores públicos cresceu bastante, graças à obrigatoriedade dos concur-sos imposta pela Constitui-ção Federal de 1988 para o preenchimento dos cargos e empregos “de carreira”.

Um detalhe interessante é que, embora o número de servidores em atividade no Brasil impressione, ainda é inferior ao de outros paí-ses. Aqui, 11% da popula-ção empregada trabalham para o governo, aí incluídos o Legislativo, o Judiciário e os governos estaduais e municipais. Nos Estados Uni-dos e na Alemanha, esse percentual chega a 15% e em países vizinhos – como Chile e Argentina – alcança 16%. Ao todo, há 2,04 mi-lhões de servidores federais (ativos e inativos). Os tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e do Pará oferecem salários máximos de R$ 22.797 e R$ 19.083, respectivamente

DIVULGAÇÃO

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

A02 - ÚLTIMA HORA.indd 2 4/6/2014 10:50:51 PM

Page 3: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 A3Opinião

O Teatro Amazonas voltou a ser o palco do que o Estado tem conseguido realizar de mais importante, depois do Festival de Ópera, claro: sessões solenes de posse de desembargadores, conselheiros, prefeitos e governadores aplaudidos por milhares de extras. Menos mal, já abrigou atores “menos importantes”: formandos de datilografi a.

Na sexta-feira 4 o teatro antecipou a première do Festival Amazonas de Ópera com a entronização de José Melo no governo do Estado. Tem-se acompanhado a trajetória política de Melo, sempre preterido e sempre disposto a aceitar a composição de força de última hora. O discurso do novo governador, que precisará se desincompatibilizar, nos próximos seis meses, para concorrer ao mesmo cargo, em outubro, foi construído com a sintaxe da gratidão, “noblesse oblige”. Nos bastidores do teatro, alguém comentou, que ele levara para ler a lista telefônica de Manaus, mas era gratidão ao seu próprio esforço e denodo e a sua capacidade de querer.

Melo, ele disse, preparou-se 32 anos para aquele momento. Ele estava tranquilo, brincou, contou “causos”, enquanto desfi ava a “lista telefônica” dos agradecimentos. Tinha a convicção dos que colhem o fruto que plantaram e regaram, à hora da mesa, com a família. Ele traçou o próprio perfi l. É um homem do bem que, nos últimos anos, esteve mais no interior do Estado, do que na capital, uma performance que nenhum outro político pode igualar.

José Melo vai dar continuidade, como disse, às obras de Omar Aziz, como é de praxe. Mas e depois, quando será exigido a expor sua visão de governo, que rumos será capaz de seguir? Quanto será capaz de conceder às alianças, mesmo contra seu desejo? Tem-se como grande expectativa saber o que os 32 anos de espera ensinaram a José Melo. Qual será a sua digital política?

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Ao governador empossado José Melo, que teve a humildade de reconhecer que deve sua vida pública a um político: Amazonino Mendes. Ele também admitiu que, quando a política o afastou de Amazonino, foi ele mesmo (José Melo) quem perdeu.

José Melo

APLAUSOS VAIAS

Pede pra sair 2

A nota de Vital se limita a dizer que o governador José Melo vai avaliar o pe-dido e “anunciar qualquer decisão a partir da próxima semana”.

Largada

Não se iludam, Marcelo Ramos (PSB) será uma “pe-dra no sapato” dos adversá-rios na corrida ao governo do Estado.

O deputado saiu na frente e realizou, na manhã de sá-bado, o primeiro debate via internet para construção de plano de governo.

Ferramenta poderosa

É uma nova forma de fazer política.

Como se sabe, as redes sociais serão a grande fer-ramenta da campanha para as eleições de outubro.

Com o tema “Construindo uma nova política”, Ramos reuniu por meio da ferra-menta livestream (WWW.l i ves t r eam/marce l o ra -mos40) internautas para debater o assunto.

Bate-papo ao vivo

Vários representantes da so-ciedade civil também partici-param ao vivo do bate-papo.

— Essa diversidade de pessoas é representativa do que é a sociedade. Será nas experiências diferenciadas que encontraremos alter-nativas para o Amazonas –, avalia Marcelo Ramos.

Bica na Copa

Nos jogos da seleção bra-

sileira, o bar do Armando vai pegar fogo.

Um gigantesco telão será colocado na parede de fundo do botequim e a famosa ban-da de metais, Demônios da Tasmânia, que toca no Car-naval da Bica, será chamada para animar a festa.

Casa portuguesa

Criado pelo saudoso por-tuguês Armando, o bote-quim teria obrigação de repetir a dose nos jogos de Portugal.

Mas não vai dar. A por-tuguesada de Manaus vai estar na Arena da Amazônia, gritando pelo nome do gajo “Cristiano Ronaldo”.

Grande vazio

A ministra da Cultura, Martha Suplicy, divulgou nota de pesar pela morte do ator José Wilker.

“Chora o Brasil pela dor da perda de um de seus gran-des”, diz a nota. “A morte pre-matura de José Wilker nos deixa a todos consternados e com grande vazio”.

Momentos ímpares

Diz ainda a nota da mi-nistra que José Wilker, com seu imenso talento e sensi-bilidade, propiciou aos bra-sileiros momentos ímpares. “Solidariedade e apoio a sua família e amigos”.

Fora de tempo

Falando em José Wilker, a Globo vacilou na edição da matéria sobre a morte de seu grande ator.

Quando o texto citava “Gabriela” – onde ele viveu

o Dr. Mundinho na primei-ra montagem –, a imagens editadas eram de “Dona Flor”.

Fora de tempo 2

Ao citar “Bandeira 2”, de Dias Gomes, as imagens que surgiram eram de “Gabriela”.

Casa de ferreiro...

De novo, toda hora

Mais um quiproquó en-volvendo o Sindicato dos Rodoviários.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatou, sá-bado, 5, o pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).

E estabeleceu que 70% da frota opere normalmente, caso o Sindicato dos Rodo-viários fechem as garagens das empresas de ônibus nes-ta segunda-feira, 7.

Transtornos

De acordo com a desem-bargadora plantonista do Trabalho da 11ª Região, Ormy da Conceição Dias Bentes, a medida foi tomada para evitar maiores transtornos à população usuária do trans-porte coletivo.

Fica assim

Portanto, o Sindicato dos Ro-doviários deve manter 70% dos trabalhadores em ativi-dade durante os horários de pico, pela manhã, de 6h às 9h, e à tarde, no intervalo de 17h às 20h.

Àquelas cercas de arame que foram colocadas nas avenidas Djalma Batista e Darcy Vargas, para obrigar o pedestre a usar as passarelas na travessia. Além de dar um aspecto de campo de concentra-ção, não funciona, pois já foram cortadas com alicates para abrir furos por onde as pessoas estão passando.

Cercas de aço

O secretário executivo adjunto do programa Ronda no Bairro pediu exone-ração do cargo, na sexta-feira, 4 de abril.

A informação foi repassada à CONTEXTO pelo Secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM Paulo Roberto Vital de Menezes. Não se sabe se isso acende o estopim de uma crise no programa Ronda no Bairro, a menina dos olhos do ex-governador Omar Aziz.

Pede pra sair!

DIEGO JANATÃ ARQUIVO EM TEMPO

[email protected]

Trinta e dois anos depois

De 1500 a 1822 foram 322 anos de extorsão, roubos, escravidão, chicota-das, apropriações, estupros, humilha-ções, violências e extermínios. Cerca de 5 milhões de índios foram dizimados (Darcy Ribeiro). Mais de um milhão de negros escravizados foram extermi-nados. Para o Novo Mundo nenhum europeu branco veio para constituir família e aqui se perpetuar. O Brasil era a colônia ideal para extorquir, corromper, matar, estuprar, roubar e, sobretudo, para se enriquecer, com cana de açúcar, por meio da parasi-tação dos escravos (negros e índios) ou do branco pobre. Ausência absoluta do império da lei. Mundo selvagem, olhado à distância de Lisboa.

De 1822 a 1889 foram 67 anos de Império, que muito pouco alterou os costumes colonialistas: a escravidão continuou porque os donos do poder capitalista (fazendeiros de açúcar e café) não deixaram aboli-la antes de 1888. Paralelamente à escravidão e ao parasitismo, corriam soltos a corrupção, sobretudo dos políticos, as guerras internas e externas, to-das exageradamente sanguinárias, a frouxidão do controle dos órgãos repressivos, o desrespeito ao devido processo, o tratamento desigual das pessoas, os privilégios e maracutaias patrimonmialistas etc.

Na Primeira República (1889-1929) os donos do poder continuam roubando, matando, extorquindo, cor-rompendo políticos, burlando resulta-do de eleições e se enriquecendo com o trabalho neoescravista. Em 1930 começa a industrialização forte, que vai até 1980. Alto crescimento econô-mico com altíssima concentração de renda, à custa dos assalariados mise-ráveis, que só respiraram um pouco com o populismo getulista. No meio, revoluções militares, Estado Novo, torturas, desaparecimentos, violação massiva de direitos humanos e exter-mínio dos inimigos (especialmente os da esquerda).

Durante a ditadura de 64-85 veio o maior arrocho salarial da história, que promoveu uma enorme concentração de renda (do Gini 0,54 em 60 passamos para o Gini 0,64 em 89). Muito enri-quecimento em cima dos assalariados pobres. Capitalismo mais selvagem é difícil de encontrar. De 1985 a 2013, redemocratização, nova Constituição, seis eleições presidenciais seguidas e consolidação do capitalismo sel-vagem, apenas suavizado com Bolsa Família, nova classe C, recuperação do poder de compra do salário mínimo etc. As violações massivas de direi-tos humanos não sofrem interrupção: 900 mil pessoas trituradas, torturas, extermínios, campos de concentração (presídios) e por aí vai.

Depois de 513 anos (não se constrói uma nação violenta, corrupta e com capitalismo extremamente selvagem da noite para o dia), chegamos a 2014: fortifi cação do capitalismo selvagem fi nanceiro, 70% da renda nacional divididos entre pouquíssimas famílias, índice Gini de 0,51 (um dos mais altos do mundo, o que revela enorme desi-gualdade), aprofundamento do apar-theid, violência epidêmica persistente (27,1 assassinatos para cada 100 mil pessoas), 53 mil mortes intencionais, 45 mil mortes no trânsito, corrupção ampla, geral e irrestrita etc.

É claro que, das 50 cidades mais violentas do planeta, a maioria estaria no Brasil: 16 delas (Maceió, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Salvador, Vitória, São Luís, Belém, Campina Grande, Goiânia, Cuiabá, Manaus, Recife, Ma-capá, Belo Horizonte e Aracaju) (O Globo 23/3/14, p. 7). Não estamos fazendo absolutamente nada do que fi zeram os países de capitalismo evolu-ído, distributivo e altamente civilizado (Dinamarca, Suíça, Canadá, Bélgica, Coreia do Sul, Japão, Austrália etc.) para reduzir a violência, domando o monstro do capitalismo selvagem.

professorLFG.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Entre as cidades mais violentas

[email protected]

Durante a ditadura de 64-85 veio o maior arrocho salarial da história, que promoveu uma enorme concentração de renda (do Gini 0,54 em 60 passamos para o Gini 0,64 em 89). Muito enri-quecimento em cima dos assalariados pobres. Capi-talismo mais selvagem é difícil de encontrar”

A03 - OPINIÃO.indd 3 4/6/2014 8:34:05 PM

Page 4: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

FrasePainelVERA MAGALHÃES

A pedido do Ministério Público Federal, o governo vai contratar um advogado para acompanhar, na Itália, o caso de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que fugiu para o país após ser condenado no mensalão. Três escritórios de advocacia estão sendo cotados pelo Planalto, e o acerto deve ser formalizado na semana que vem. O cenário mais provável, para o governo, é que a extradição seja negada, e o petista, obrigado a cumprir pena no exterior.

Avaliação O comando de campanha do PSDB comemo-rou o empate entre Aécio e Dilma nas faixas de maior poder aquisitivo e escolaridade. Para os tucanos, esse grupo pode “espraiar” a intenção de voto do mineiro. Por isso, antes da Páscoa, o programa de TV do partido será voltado para as classes B2 e C.

Avaliação 2 Os tucanos também acharam positiva a convergência do eleitorado de Aécio e Campos num eventual segundo turno. Isso ajuda a dis-sipar a tese de que Campos teria mais facilidade de obter apoio num tira-teima contra Dilma, pelo fato de ter sido próximo ao PT.

Zero a zero No QG de Eduar-do Campos, o índice de 14% no principal cenário foi considera-do um bom ponto de partida, por ser equivalente ao que ele tinha em outubro, quando foi anuncia-da sua aliança com Marina.

Avesso A estética da propa-ganda de Aécio é oposta à de Campos: usa cores fortes em vinhetas e gráfi cos e mostra Aé-cio falando “olho no olho” com o telespectador. Campos aparece

em um fi lme em preto e branco conversando com Marina Silva sem olhar para a câmera.

Meia-volta Os dados do Da-tafolha que mostram estrago do caso Petrobras na imagem de Dilma devem dar mais espa-ço aos aliados do governo que defendem que não haja CPI, nem mesmo a ampla, progra-mada para desgastar também a oposição.

Tensão Peemedebistas aler-tam que o Planalto fi cará refém da base aliada caso o início dos trabalhos da CPI da Petrobras seja empurrado para o fi m do semestre.

Tensão 2 Às vésperas das convenções partidárias, o go-verno precisaria da ajuda da legenda para enterrar requeri-mentos espinhosos, e os pee-medebistas cobrarão a fatura na formação das chapas nas eleições estaduais.

Mercado futuro A perma-nência de Cid Gomes (Pros) no governo do Ceará e o consequen-te impedimento de seu irmão Ciro disputar o Senado valorizou os passes da dupla para ocupar cargos no governo federal.

Para depois Ao decidir con-cluir o mandato, Cid adia o plano da vice-presidência do Banco Interamericano de De-senvolvimento, e Ciro, o de vol-tar ao Congresso. Articuladores do governo já colocam a dupla nos planos para o ministério de Dilma Rousseff , caso ela seja reeleita.

Para já Além disso, Ciro fi ca livre agora para atuar fazendo uma espécie de coordenação regional da campanha presi-dencial de Dilma nos Estados do Nordeste.

Carta... Uma equipe de Paulo Skaf (PMDB-SP), que disputará o governo, reúne material que permita acionar a Justiça Eleito-ral contra os adversários Geral-do Alckmin (PSDB) e Alexandre Padilha (PT) por propaganda antecipada e abuso de poder, caso o peemedebista continue alvo de ações semelhantes.

... na manga Um exemplo citado pelo grupo de Skaf em relação a Alckmin é o vídeo e um panfl eto que foi distribuí-do a motoristas pelo governo durante o Carnaval tratando da duplicação da Rodovia dos Tamoios.

Marcação cerrada

Contraponto

Após ouvir o embaixador da Ucrânia no Brasil, que falou à comissão de relações exteriores, em março, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) cobrou a posição do ministro Celso Amorim (Defesa), também convidado, sobre a crise entre Rússia e Ucrânia. Amorim, tentou se esquivar:– Acho que podemos conversar sobre esse assunto num cafezinho.O presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), não titubeou:– Depois, o senador Pedro Simon vai nos contar tudo, né? – disse, arrancando gargalhadas.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Saia justa

Tiroteio

DO SENADOR JOSÉ AGRIPINO (DEM-RN) sobre o suposto envolvimento do deputado petista André Vargas com um doleiro preso na Operação Lava a Jato.

Enquanto o povo reclama saúde ‘padrão Copa’, o PT exibe seu pa-drão de candidato à presidência da Câmara dos Deputados.

Desde que ocorreu a bolha imobili-ária nos Estados Unidos (entre 2008 e 2009), devido à supervalorização dos preços dos imóveis que culminou na inadimplência no pagamento das hipotecas, muito tem se especulado sobre se o Brasil enfrentaria o mesmo problema.

Um dos indícios apontados, para que o nosso país encare a bolha imobiliária é o aumento excessivo dos preços dos imóveis. No ano de 2013, a alta foi de 12,7%, puxada principalmente em regiões como Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, que têm o m2 mais caro do Brasil, respectivamente R$ 9,94 mil, R$ 8,67 mil e R$ 7,82 mil, conforme índice FipeZap.

Outro sinal para o estouro da bolha é a farta oferta de crédito imobiliário. Para se ter um ideia, no ano passado, os fi nanciamentos imobiliários atingiram o valor R$ 109,2 bilhões, representan-do uma alta de 32%. Ainda de acordo com dados da Abecip - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, ao todo fo-ram fi nanciados 529,8 mil imóveis em 2013, um aumento de 17% em relação a 2012.

No entanto, não podemos dizer que estamos vivendo uma bolha imobi-liária devido ao boom do mercado ocorrido nos últimos anos. É preciso entender que a concessão de crédito no Brasil é feita com critérios. Para conseguir um fi nanciamento, o consu-midor tem de provar que as parcelas não vão comprometer mais do que 30% de sua renda. Também é pedido que se dê uma boa entrada ao adquirir uma nova propriedade, geralmente o ideal é de, pelo menos, 30% do valor total do bem. Além disso, a maior parte das transações tem como fi nalidade para moradia.

Um fator que impulsiona o enca-recimento dos imóveis é o défi cit de moradia no país, que hoje é de 5,2 milhões, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Mas

ao mesmo tempo em que ocorre a elevação dos valores dos imóveis, encontramos o desaquecimento do setor da construção civil depois do boom de lançamentos.

Outro fator que contribui para de-saceleração no mercado é os atrasos na entrega dos empreendimentos. Das 3.352 reclamações contra construtora recebidas pela AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adja-cências, no ano de 2013, 35% delas são por não recebimento das chaves no prazo estabelecido em contrato.

Por conta dessa realidade, muitos mutuários estão pedindo a rescisão do contrato. Mas o que era para ser um alívio tem trazido muitas dores de cabeça. No ano passado os problemas no distrato da compra do imóvel re-presentaram 18% das queixas rece-bidas pela Associação. Infelizmente, na maioria dos casos de rompimento do negócio, o que acaba acontecendo é o adquirente se sujeitando à devo-lução de seu dinheiro parcelado e a retenção de mais de 30% do valor pago. Mas o correto é reter apenas 10% da quantia, para cobrir despesas administrativas. Se o cancelamento for por motivo de atraso na obra, a devolução do valor deverá ser integral. Mesmo com esse cenário, os preços continuam em alta.

Portanto, o risco de bolha imobiliária no Brasil nesse momento é pequeno. Apesar da farta oferta de crédito imo-biliário, o volume de fi nanciamentos representa 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, podendo passar os 10% em dois anos. Nos Estados Uni-dos esse percentual chega a 80%.

Além disso, conforme mostra recen-te Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central (BC), mesmo com a queda de 45% nos preços dos imóveis, os bancos brasileiros resistiriam a uma crise imobiliária. Mas todo cuidado é pouco, pois com a dinâmica da eco-nomia brasileira a crise pode aparecer mais à frente!

Marco Aurélio [email protected]

Marco Aurélio Luz Presidente da Asso-

ciação dos Mutuá-rios de São Paulo

e AdjacênciasMovi-mento Viva Brasil

O risco de bolha imo-biliária no Brasil nesse momento é pequeno. Apesar da farta oferta de crédito imobiliário, o volume de fi nanciamen-tos repre-senta 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasilei-ro, podendo passar os 10% em dois anos. Nos Estados Unidos chega a 80%”

Há bolha imobiliária no Brasil?

Olho da [email protected]

É proibido entrar com bebida e comida na Arena Vivaldão. Só pode consumir o que já está lá dentro, com o selo da Fifa. Mas alguém (ou mais de um alguém) entrou com spray e pichou como quis. Houve um tempo em que militantes de várias bandeiras escreviam protestos na parede. Hoje, são facções criminosas que só querem marcar o território. Falha na segurança?

FOTO LEITOR

Financiamento de partidos e campanhas por empresas fere profundamente o equilíbrio dos pleitos, que nas

democracias deve se reger pelo princípio do ‘one man, one vote’. A cada cidadão deve corresponder um voto,

com igual peso e idêntico valor. As doações milionárias feitas por empresas a políticos claramente desfi guram

esse princípio multissecular

Ricardo Lewandowski, ministro do STF, antecipando seu voto contra o fi nanciamento de campanhas eleitorais por empresas e pessoas jurídicas. O ministro Teori Zavascki votou por manter as

doações empresariais. Faltam quatro votos para decidir a questão.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

Os artigos assinados nesta página são de responsabilidade de seus autores e não refl etem necessariamente a opinião do jornal.

CENTRAL DE RELACIONAMENTOAtendimento ao leitor e assinante

ASSINATURA e

[email protected]

CLASSIFICADOS

3211-3700classifi [email protected]

www.emtempo.com.br

[email protected]

REDAÇÃO

[email protected]

CIRCULAÇÃO

3090-1001

3090-1010

@emtempo_online /amazonasemtempo /tvemtempo/

Presidente: Otávio Raman NevesDiretor-Executivo: João Bosco Araújo

Diretor de RedaçãoMário [email protected]

Editora-ExecutivaTricia Cabral — MTB [email protected]

Chefe de ReportagemMichele Gouvêa — MTB [email protected]

Diretor AdministrativoLeandro [email protected]

Gerente ComercialGibson Araú[email protected]

EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected] GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

A04 - OPINIÃO.indd 4 4/6/2014 8:35:00 PM

Page 5: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 A5Política

Dilma cai nas pesquisas e PSDB e PSB comemoramLevantamento Datafolha mostra queda de seis pontos percentuais. Mesmo assim, presidente seria reeleita no 1º turno

Aliados dos prováveis adversários da presi-dente Dilma Rousse-ff nas eleições de ou-

tubro comemoraram ontem os resultados da pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial que mostram a queda de seis pontos per-centuais da petista desde o final de fevereiro.

Líderes do PSDB e do PSB atribuem a redução de Dilma ao caso Petrobras e a resul-tados negativos da econo-

mia. A pesquisa Datafolha, divulgada no último sábado no site do jornal “Folha de S. Paulo”, mostra que Dilma se-ria reeleita no primeiro turno com 38% dos votos.

Aécio teria 16%. Campos, 10%. Candidatos de partidos menores somam 6%. O pré-candidato do PSDB mante-ve o mesmo percentual da pesquisa anterior, realizada no final de fevereiro, en-quanto Campos cresceu um ponto percentual.

Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que o principal re-sultado da pesquisa mostra que “a única candidata que tem campanha declarada” teve queda entre os eleito-res. “É o conjunto da obra: Petrobras, inflação que está voltando, falta de correspon-dência entre os anúncios do governo e a realidade. Nós não temos como subir por-que ainda não estamos em campanha”, afirmou.

Para o tucano, a manuten-ção das intenções de voto em 16% para o senador Aé-cio Neves não preocupa o PSDB porque o tucano ain-da não está em campanha. “Não tem como subir, não se tem campanha nas ruas. Quem tem que estar preocu-pada é ela (Dilma)”, afirmou Aloysio Nunes.

CrescimentoLíder do PSB, o deputado

Beto Albuquerque (RS) tam-

bém minimizou o pequeno crescimento de Eduardo Cam-pos ao afirmar que o ex-go-vernador de Pernambuco não é conhecido nacionalmente e só será após o início oficial da campanha eleitoral. “É óbvio que o Aécio e o Eduardo não são conhecidos hoje como é a Dilma. É muito imaginar cres-cimento fora da eleição”.

Em relação aos 27% recebi-dos pela ex-senadora Marina Silva (Rede), que deve ser a vice de Campos na corrida

presidencial, o deputado disse que o resultado mostra que a chapa Campos-Marina tem um “potencial de crescimento” que vai impedir Dilma de ga-nhar em primeiro turno.

“Eles vão somar os esforços. Os 10% do Eduardo se somarão aos votos da Marina. Temos dois candidatos numa chapa só, nenhum outro está nessa situ-ação. Vamos compensar nosso tempo de televisão com a ida dos dois para lugares diferen-tes na campanha”, afirmou.

Aécio Neves (PSDB-MG) teve 16%, segundo pesquisa Datafolha Campos foi lembrado por 10% dos entrevistados na pesquisa Mesmo em queda, Dilma seria reeleita com 38% dos votos

ROB

ERTO

STU

CKER

T FI

LHO

/PR

DIV

ULG

AÇÃO

PED

RO F

RAN

ÇA/A

GÊN

CIA

SEN

ADO

Francisco Dornelles recusa relatoriaA assessoria do senador Fran-

cisco Dornelles (PP-RJ) informou ontem que ele rejeitou o convite do presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Se-nado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e não será o rela-tor da questão de ordem dos governistas contra a proposta de CPI da Petrobras formulada pela oposição nem da questão de ordem dos oposicionistas contra a CPI proposta por se-

nadores governistas.A oposição quer uma CPI

no Senado para investigar ex-clusivamente a Petrobras. Os governistas protocolaram um pedido de CPI para investigar, além da Petrobras, o metrô de São Paulo, o porto de Suape (PE) e a Companhia Energé-tica de Minas Gerais (Cemig), todas empresas de Estados ad-ministrados pela oposição. Na semana passada, o presidente

do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu transferir para a CCJ a decisão sobre se as questões de ordem serão aceitas ou rejeitadas. Com a recusa de Dornelles, a CPI ain-da não tem relator definido na CCJ. Vital do Rêgo marcou para amanhã a análise dos dois questionamentos feitos contra a abertura da CPI, mas ainda não encontrou um senador disposto a assumir a relatoria.

CPI DA PETROBRAS

Senador Francisco Dornelles (PP-RJ) recusou o convite para relatar CPI da Petrobras no Senado

PED

RO F

RAN

’CA/

AG^E

NCI

A SE

NAD

O

A05 - POLÍTICA.indd 5 4/6/2014 8:37:05 PM

Page 6: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Pezão quer dar palanque a Dilma, Aécio e até PSC

Candidato do PMDB a suceder Sérgio Cabral no governo do Rio, Luiz Pezão autorizou o coordenador po-lítico da campanha, Jorge Picciani, a costurar um “pa-lanque múltiplo”, que seria dividido entre a presiden-ta Dilma e os adversários Aécio Neves (PSDB-MG) e Pastor Everaldo (PSC). Nos bastidores, Cabral não per-doa o PT, em especial o ex-presidente Lula, por ha-ver incentivado Lindbergh Farias ao governo.

Acordo fechadoAlém do PSD, SDD e PP, que

compõem a chapa de Pezão, metade do PMDB fl uminense já anunciou que apoia Aécio Neves para presidente.

Ponte com DilmaPrefeito de Duque de

Caxias, Alexandre Cardoso, que saiu do PSB por con-frontar Eduardo Campos, cuidará do palanque de Dilma no Rio.

DobradinhaSérgio Cabral, que se

mantém mal nas pesqui-sas, deve sair candidato a deputado federal, e lançar o filho Marco Antônio a deputado estadual.

De pai para filhoA fi m de abrir espaço ao fi lho

na Região dos Lagos, Cabral indicará o deputado estadual Paulo Melo (PMDB) ao Tribu-nal de Contas Estado.

UNE já aluga salas de sede que não sai do chão

A União Nacional dos Estudantes bota fé no mercado imobiliário para complementar seu lucrati-vo mercado de carteirinhas de meia-entrada: placa de “aluga” enfeita os tapumes da obra da nova sede, adia-da de 2014 para o final de 2015. Serão salas comer-

ciais na lâmina de vidro de emblemáticos 13 andares, no local incendiado há 50 anos pela ditadura. Com projeto doado por Oscar Niemeyer, terá museu, livra-ria cinemas e café, mas o terreno sequer foi escavado para a construção.

Milagre da engenhariaA “obra” da UNE abriga três

operários, um vigia, algumas máquinas, caixa d´água ele-vada e contêineres de coleta seletiva de lixo. E só.

BusinessA UNE garante que empre-

ga na obra os R$ 50 milhões do contribuinte doados por Lula e Dilma e que o aluguel das salas bancará o resto.

Olhos do mundoA rede britânica BBC vai en-

viar 272 jornalistas de primeira linha para cobrir 24 horas por dia a Copa em junho, ao custo de R$ 40 milhões.

Estranho erroA oposição já acha que foi

proposital o vexame do Ipea, divulgando resultados inver-tidos de uma pesquisa sobre estupro. A minoria é que atribui culpa às mulheres. O resultado chocante fez a im-prensa esquecer escândalos como o da Petrobras para repercutir a pesquisa.

Faça o que digo...O deputado William Dib

(PSDB-SP) exorta a Dilma a nomear negros para oito ministérios e 40 mil cargos comissionados, para provar que não foi demagogia a MP criando cota de 20% em concurso público.

Livre, leveIrritado com o PT-RJ, a

quem atribui a rasteira que lhe tirou apoio do PROS e PCdoB, o deputado Anthony Garotinho (PR) disse ao mi-nistro Aloizio Mercadante que se considera livre para

apoiar “quem quiser”.

EscolinhaO procurador-geral da Re-

pública, Rodrigo Janot, mar-cou para esta quinta (10) audiência pública, em Bra-sília, com partidos políticos para tratar da atuação do Ministério Público Federal nas eleições de 2014.

Sob pressãoPresidente do PV, José Pen-

na (SP) recebeu enxurrada de telefonemas após notícia de que o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, sairia candidato ao governo de MG. O vice-prefeito Délio Malheiros é do PV.

Ninguém mereceO governo do DF está

acabando o vergonhoso li-xão da Estrutural, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto. Mas os catado-res exigem inacreditável “indenização” pelo fim do gigantesco monturo. Pior: contam com a solidarieda-de de um procurador, Ro-berto Carlos Batista.

Maus lençóisParece mentira, mas a

governadora Rosalba Ciar-lini (DEM) fechou a UTI do Hospital da Polícia Militar, a primeira unidade pública do RN. “E a carência de leitos só aumenta”, denuncia se-nador Paulo Davim (PV).

Conhecimento é poderExecutivos brasileiros es-

tão de olho na segurança da informação, mas pare-cem desnorteados: pesquisa da Price Waterhouse Coopers revela que 10% não sabem a origem dos ataques, contra 24% no exterior. No Brasil, 23% dos ataques a dados são feitas por concorrentes.

Pensando bem......mantendo o ritmo, a Petro-

bras será autossufi ciente em escândalos antes de 2015.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Rosinha na cadeia

www.claudiohumberto.com.br

É a ditadura das lideranças. Estou per-dendo tempo aqui”

Deputado Júlio Campos (DEM-MT) jogando a toalha e anunciando sua aposentadoria

Certa vez, durante uma reunião do PMDB em Brasília, a então governadora do Rio Rosinha Matheus proporcionou um momento de des-contração do senador José Sarney. Ela contou como acabou na cadeia, nos anos 80:

- Eu era “fiscal do Sarney”. Briguei no super-mercado por causa do preço de um sabonete e fui parar na delegacia. O Garotinho teve de ir lá me tirar.

Sarney adorou.

Ex-governador de Pernambuco, o socialista vai transferir seu quartel-general para São Paulo nos próximos dias

Eduardo Campos começa preparar sua campanha

DIVULGAÇÃO

Pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos deixou o governo de Pernambuco na sexta-feira

Agora ex-governador, o provável candidato à Presidência da Repú-blica Eduardo Cam-

pos (PSB-PE) passou a levar uma vida “normal” durante o fi m de semana.

A dedicação (quase) exclusi-va ao papel de pai de família só deve durar até o próximo domingo, quando embarca para Brasília e mergulha de vez na campanha.

Na última sexta-feira, quan-do deixou o Palácio do Campo das Princesas - e o cargo de governador - Campos assumiu o volante do próprio carro e conduziu sua família para casa, onde passou a noite com amigos e parentes.

Até outubro, deve fi car longe da mulher, Renata Campos, e de seus cinco fi lhos, pois vai se mudar para São Paulo, onde será montado o quartel-gene-ral do presidenciável. Por isso, disse que se dedicaria a eles nesta semana. “Foi uma pac-

tuação, um Termo de Ajuste de Conduta que assinei em casa”, afi rmou o ex-governador.

No sábado, seu “com-promisso oficial” foi como padrinho do casamento do secretário de Imprensa do Recife, Carlos Percol, que já foi seu assessor e trabalhará na equipe de comunicação do presidenciável.

Campos chegou à cháca-ra onde ocorreu a cerimônia, em Camaragibe, na região metropolitana do Recife, no fi m da tarde, acompanhado da mulher e dos fi lhos mais novos, José, 9, e Miguel, que tem pouco mais de dois meses, mas já acompanha os pais em vários eventos.

Enquanto aguardava o início do casamento, Campos con-versou com o atual governador João Lyra Neto (PSB) e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), que também foram padrinhos dos noivos.

O ex-governador foi asse-

diado por outros padrinhos que pediam fotos com o pré-can-didato. Durante a cerimônia, teve de levantar para ajudar a mulher a amamentar Miguel.

Já na festa, Campos preferiu as conversas à pista de dan-ça. Trocou algumas palavras com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro e sentou-se à mesa do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e dos deputados Raul Henry (PMDB-PE), candidato à vice da chapa governista em Pernambuco, e Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara.

Apesar de ainda mostrar Campos como terceiro co-locado, correligionários do presidenciável festejaram a pesquisa Datafolha divulgada pouco antes da cerimônia e que mostra queda da presi-dente Dilma Rousseff e estag-nação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), prováveis adver-sários do pernambucano.

Paulo Skaf se desliga de entidadeELEIÇÕES 2014

O presidente da Fiesp (Fe-deração das Indústrias do Es-tado de São Paulo), Paulo Skaf, deu nesta semana o primeiro passo para o lançamento de sua candidatura ao governo de São Paulo. O dirigente da entidade industrial, fi liado ao PMDB, encaminhou na última segunda-feira à Presidência da República pedido de des-ligamento do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econô-mico e Social), o Conselhão.

Para disputar uma eleição,

a Lei Complementar nº 64/90 determina que conselheiros de entidades mantidas pelo poder público devem deixar o posto seis meses antes do pleito, ou seja, até o último sábado. O peemedebista também pediu seu desliga-mento do Conselho da Cida-de de São Paulo.

Em pré-campanha, Paulo Skaf reforçou nos últimos dias as viagens ao interior de São Paulo, em agendas como dirigente das entida-

des que preside, como o Sesi (Serviço Social da Indústria) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Nesta quarta-feira, por exem-plo, ele viajou a Franca (SP) para visitar obras do Sesi.

O publicitário Duda Men-donça se mudará para a capital paulista no período eleitoral e será o responsável pelo marketing da campanha do PMDB ao governo de São Paulo, que terá como mote o discurso do novo.

A06 - POLÍTICA.indd 6 4/6/2014 8:38:47 PM

Page 7: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Além da circulação de 70% da frota, líderes do sindicato devem manter distância das garagens

Após o anúncio do Sindi-cato dos Trabalhadores em Transporte Rodovi-ário em Manaus (ST-

TRM), de que 70% da frota de ônibus não circularim nas ruas de Manaus, nesta segunda-feira (7), o Tribunal Regional do Tra-balho (TRT) da 11ª Região aca-tou, na tarde de sábado, o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e decretou por meio da desem-bargadora Ormy da Conceição Dias Bentes o referido quanti-tativo circule normalmente nos horários de pico (das 6h as 9h e 17h as 20h). Nos demais horários, o efetivo pode ser de 40%, devendo os motoristas fazer rodízio. A multa é de R$ 50 mil por dia descumprido.

Além dessa medida, a Jus-tiça também determinou que os sindicalistas mantenham a distância de 50 metros da frente das garagens, sob pena de crime de desobediência com multa de R$ 50 mil por hora.

A decisão revoltou o vice-pre-sidente do Sindicato, Josildo Oli-veira. Segundo ele, com medidas desse tipo, o sindicato não tem o direito de reivindicar melhorias para a classe. “Temos que ficar longe 50 metros das garagens. Então, quer dizer que não po-demos mais cobrar os nossos direitos?”, questionou Josildo ao afirmar que eles devem acatar o pedido da justiça.

A magistrada solicitou tam-bém apoio à Polícia Militar, caso haja necessidade e ainda especificou, claramente, no do-cumento judicial que a catego-ria deverá realizar o protesto hoje e que amanhã , os traba-lhadores devemo retornar ao expediente normal

Novos radares começam a operar em Manaus

No primeiro dia do funcionamento de sete novos equipamentos de fiscalização eletrônica, em pontos estratégicos de Manaus, motoristas reclamam do radar con-trolador de velocidade (60 km/h) instalado no sentido bairro/Centro na avenida Professor Nilton Lins, bairro Flores, Zona Centro Sul. Por detrás de uma árvore, próximo ao residencial Via Veneto, o equipamento pegou de surpresa muitos moto-ristas que não sabiam da existência no equipa-mento no local.

A economista Valéria Silva Neto, 42, disse que o local precisava sim de um radar, por conta do histórico de acidentes gra-ves. Mas, que é necessário que o equipamento fique ao alcance da vista dos motoristas e a sinalização mais clara. “A região é pe-rigosa. Agora, acho que o radar não tinha que ficar escondido”, disse.

A nutricionista Rita Gaia Machado, 23, também cri-

ticou a instalação do radar de forma prejudicial à vi-sualização dos condutores de veículos e próximo da curva. Para ela, o lugar es-colhido para a instalação é uma tentativa “abusiva” de pegar de surpresa os motoristas. “É uma forma de enganar a população para aplicar multas de surpresa. Se querem diminuir os acidentes daqui, que melhorem a sinalização”, sustentou.

MedidasO engenheiro de trân-

sito do Manaustrans, Do-mingos Sampaio, explicou que a instalação dos equi-pamentos levou em conta o mapa do trânsito da cidade que identifica os pontos mais críticos de acidentes graves. “Os nú-meros de acidentes com mortes foram determi-nantes para que eles (ra-dares) fossem instalados nesses locais”, afirmou.

Segundo ele, o Manaus-trans está trabalhando uma série de medidas para con-trolar o trânsito na avenida Djalma Batista, na região onde aconteceu o acidente do último dia 28.

Radar da avenida Professor Nilton Lins requer atenção

DIE

GO

JAN

ATÃ

ION

E M

ORE

NO

Sindicato dos Rodoviários se preparava para parar 70% dos coletivos da cidade, mas Tribunal do Trabalho agiu para impedir paralisão do setor

Justiça assegura 70% da frota circulando hoje

De acordo com o presidente do STTRM, Givancir Oliveira, a categoria requer que o Sine-tram conceda o reajuste sa-larial previsto na Convenção Coletiva dos Trabalhadores 2014/2015. “Os empresários adiaram a reunião que decidi-ria a convenção”, afirmou.

O Sinetram informou que as discussões para a convenção

da categoria já estão sendo realizadas junto à STTRM. Os empresários têm até o dia 1º de maio para decidir a nova convenção da categoria.

Conforme o advogado do Sindicato dos Rodoviários, Rodrigo de Lemos, até as 17h de ontem, a entidade não havia sido notificada sobre a decisão judicial.

Entretanto, segundo ele, a notificação poderá ocorrer na madrugada desta segun-da-feira, a partir das 4h, durante as primeiras mo-vimentações nas garagens, ocasião em que os coletivos se preparam para realizar as primeiras viagens do dia.

Notificação será aguardada

TRÂNSITO

FÁBIO OLIVEIRAEquipe DO AGORA

EMERSON QUARESMAEquipe EM TEMPO

Colaborou Luana Gomes

A07 - DIA A DIA.indd 7 4/6/2014 8:41:32 PM

Page 8: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Coordenador do programa pediu exoneração para assumir o cargo de Secretário de Segurança Pública em Roraima

Coronel Amadeu Soares deixa o Ronda no Bairro

O secretário-execu-tivo do Programa Ronda no Bairro no Amazonas, coronel

da Polícia Militar Amadeu Soares, pediu exoneração do cargo ao governador do Es-tado, Omar Aziz, na última sexta-feira (4), para assumir, hoje às 15h, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Roraima, após aceitar o con-vite do governador do Estado, José de Anchieta Júnior.

Com o pedido de demis-

são, o cargo do secretário ainda segue sem nome para substituição. De acordo com o secretário de Segurança Pú-blica do Amazonas (SSP-AM), coronel Paulo Roberto Vital, possivelmente hoje, uma reu-nião deve ser realizada com o atual governador do Estado, José Melo, para articular um novo nome para a cadeira.

Segundo Vital, o licencia-mento a pedido do coronel não deve movimentar a es-trutura do programa Ronda no Bairro. “A estrutura do Ronda no Bairro será a mes-ma, não irá modificar em

nada. Se sofrer algo, será para melhor”, explicou.

PosseConforme o secretário de

Segurança Pública, a oficia-lização da saída de Amadeu Soares, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) ainda na sexta-feira (4), e deverá circular hoje, data da posse.

Em nota, a SSP-AM infor-mou que vai avaliar o pedido do coronel e que a decisão será tomada no decorrer da semana. Amadeu afirmou que assume o cargo em Roraima, a partir das 15h.

Tenente-coronel Amadeu Soares afirmou que assumiria na tarde de hoje o novo cargo

IONE MORENO

Um motoqueiro não iden-tificado de aproximadamen-te 25 anos, sofreu trauma-tismo craniano na tarde de ontem, após desobedecer o sinal fechado no cruzamen-to da avenida Constantino Nery com a avenida Kako Caminha, localizado no bair-ro São Geraldo, Zona Centro-Sul de Manaus.

Testemunhas do acidente informaram que o motoqueiro

vinha em alta velocidade em posição deitada em cima da motocicleta modelo CG 150,

cor azul e placa JXK 9184, mas quando chegou próximo ao sinal, que estava fechado, tentou sentar no veículo e frear, mas não teve tempo.

Ao perceber que não conse-guiria parar antes do sinal e que colidiria com um ônibus articulado, o piloto jogou a motocicleta para a calçada. O forte impacto da batida fez com que ele batesse com a cabeça nas grades.

Conforme o tenente Mar-tins da 24ª Companhia Inte-rativa Comunitária (Cicom), o capacete da vítima não esta-va afivelado e com o baque o mesmo foi arremessado para a Constantino Nery.

O motoqueiro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o hospital pron-to-socorro João Lúcio, Zona Leste de Manaus. Até o fe-chamento desta edição, ele estava sem identificação e seu estado ainda era grave.

Piloto trafegava deitado na motocicleta e não teve tempo de se equilibrar e evitar acidente

DIEGO JANATÃ

FÁBIO OLIVEIRAEquipe DO AGORA

Motorista tenta corromper policiais

Ao ter o carro abordado por policiais da 29ª Companhia In-terativa Comunitária (Cicom), o motorista Pablo Henrique Vitori-no da Silva, 21, tentou abordar a guarnição, com R$ 4 mil, para que eles não o prendessem, por estar trafegando com uma por-

ção de pasta base de cocaína, R$ 12.450 em espécie, além de vários de cartões de banco com nomes diverso e fotos no celular onde o mesmo exibia armas de fogo e monitoramento de possíveis vítimas em agências bancárias. A prisão aconteceu na tarde do último sábado (5), no bairro Mauazinho, Zona Leste.

Segundo informações da po-

lícia o táxi em que ele estava foi abordado pela guarnição e durante a revista ele ficou nervoso e sem que os militares dissessem nada, ele ofereceu a quantia de R$ 4 mil.

O caso foi registrado no 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP) onde Pablo foi autuado por corrupção ativa e por porte de entorpecentes.

PRISÃO

MICHELLE FREITASEquipe DO AGORA

Imprudência causa acidenteTRÂNSITO

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

A08 - DIA A DIA.indd 8 4/6/2014 8:29:55 PM

Page 9: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

PaísCa

dern

o B

plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 (92) 3090-1042 Página B2

Abuso sexual em ônibus e metrôs

DIVULGAÇÃO

Maré quer novo modelo de UPP e cria uma cartilhaMoradores querem repensar modelo de UPP com ajustes de conduta antes que pacifi cação chegue à comunidade

Descrentes com o pro-cesso de pacifi cação no Rio de Janeiro, os moradores do Com-

plexo da Maré, ocupado pelas Forças Armadas desde o sába-do, pressionam o poder público pelo que chamam de um “novo modelo de UPP”, com ajustes de conduta, defi nição de res-ponsabilidades e maior parti-cipação popular nas decisões da comunidade.

Além disso, dado o temor de abusos e excessos, as lideranças das 16 favelas apresentaram um protocolo com seis exigên-cias para guiar a ação das forças de segurança na comunidade.

Embora não tenha valor jurí-dico, o documento foi entregue em público ao secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Bel-trame, que se comprometeu a

tentar colocá-lo em prática, ser-vindo como interlocutor entre os moradores e os militares.

Em entrevista à BBC Brasil, membros de três organiza-ções com longa atuação na Maré sinalizaram que querem “aperfeiçoar” o modelo de pa-cifi cação em vigor na cidade antes que a região receba sua própria UPP, provavelmente no fi nal de julho.

Críticas e mudanças“Ninguém discute que a UPP

seja um avanço, porque elas in-terrompem o problema clássico que é a polícia ver o território como inimigo, e as pessoas que vivem ali como uma popula-ção inimiga”, diz Mario Simão, um dos diretores do Obser-vatório de Favelas, que tem sede na Maré.

Para ele, é preciso abandonar

a visão de que a favela é um ter-ritório onde impera a barbárie e que precisa ser colonizado.

Cartilha para ação das Forças Armadas na Maré

1- Obrigatoriedade de identi-fi cação de policiais e soldados em qualquer ação;

2- Apresentação de mandados judiciais indi-viduais para ingresso em domicílios particulares;

3- Intervenções deverão prio-rizar ações de inteligência e controle de armas para desar-ticular redes criminosas;

4- Abordagem dos agentes não deve discriminar raças ou gerações e levar em considera-ção o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);

5- A mediação de eventuais confl itos deve ser feita por meio de uma ouvidoria comunitária;

6- Reuniões frequentes para avaliação das ações, com pre-sença do Comando das Forças Armadas, policiais, moradores e organizações locais.

“Um exemplo disso é a prática de chegar e fi ncar a bandei-ra do Brasil, do Bope, ou da Polícia Militar. Isso tem uma importância simbólica terrível.

Apontamos a necessidade de mudar isso, pois é um gesto que reforça para o morador a ideia de que ele vive num lugar que está fora da cidade, da civilização”, argumenta.

No que diz respeito ao coti-diano pós-UPP, Simão diz que a observação do que ocorre nas 37 favelas já pacifi cadas preo-cupa as lideranças da Maré.

“É preciso aprender com esses erros, sobretudo na Rocinha e no Alemão (UPPs atualmente em momento de crise), para sofi sticar esse processo, dando mais protagonismo às pesso-as, criando um novo modelo mesmo”, avalia.

‘Modelo insustentável’Entre os problemas identifi ca-

dos pelos entrevistados estão o fato de os territórios pacifi cados passarem por um processo de

militarização, em que o coman-dante de cada UPP acaba tendo um poder decisivo sobre o dia a dia da favela - decidindo o que é ou não permitido.

Na grande maioria, os bai-les funk, por exemplo, passam a ser proibidos; música alta e festas em casa podem ser controladas; a regularização dos serviços de luz e água é sempre problemática e fre-quentemente leva a contas muito altas. E a atuação dos policiais das UPPs é polêmi-ca, com denúncias de abusos, tortura e truculência.

Alexandre Ciconello, assessor de Direitos Humanos da Anis-tia Internacional, ressalta que além do diferencial represen-tado pelo grande número de ONGs, a Maré tem uma locali-zação estratégica que difi culta os trabalhos.

ESTRATÉGIAEdson Diniz, um dos diretores da Rede de Desenvolvimento da Maré, acha que ter uma presença ostensi-va dos policiais após a troca de comando das Forças Armadas não deve funcionar

Militarização assusta moradoresEm meio a um clima de

tensão e expectativa, os mo-radores do Complexo da Maré, conjunto de favelas, ocupado pelo Exército sábado no Rio de Janeiro, querem evitar o que classifi cam como “erros e excessos” cometidos em ope-rações semelhantes no passa-do. Além de denunciar abusos, eles se mostram contrários à militarização do cotidiano na região, que fi cará sob controle das Forças Armadas por no mínimo quatro meses.

Com a chegada de 2,7 mil

homens ao Complexo (entre Exército, Marinha e Polícia Militar), os líderes das 16 associações de moradores juntaram-se às diversas or-ganizações baseadas na Maré e convidaram o secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, para uma reunião sobre o futu-ro da comunidade - que ao fi nal do processo de ocupa-ção deve passar a integrar o sistema de UPPs.

Segundo as lideranças lo-cais, apesar da expectativa

de melhoras, o medo e a des-confi ança dominam o clima na região e que os residentes da Maré se assustam com experiências passadas, tanto em incursões da polícia na própria comunidade como em operações militares que leva-ram à pacifi cação de outras favelas do Rio.

“Os moradores querem ga-rantias de vida, eles se pre-ocupam com o histórico de mortes e abusos, como na ocupação do Complexo do Ale-mão (que teve quase 20 mor-

tos), em 2010”, explica Mário Simão, um dos diretores do Observatório das Favelas, or-ganização baseada na Maré, criada 13 anos atrás.

Ele diz que a comunidade rejeita a ideia de que as re-gras passem a ser ditadas pelos militares e pela polícia e que os moradores querem ser tratados como cidadãos e não como inimigos de guerra.

“Sai a força do tráfi co e che-ga a força do Estado, e como vamos regularizar a favela?, questiona o líder.

TENSÃO

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Os moradores do Complexo da Maré, comunidade ocupada pelas Forças Armadas desde o sábado, pressionam o poder público pelo que chamam de um “novo modelo de UPP”

A população se preocupa com os abusos e querem garantias

B01 - PAÍS.indd 1 6/4/2014 20:31:14

Page 10: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Algumas capitais já reservam vagões somente para mulheres nos metrôs, mas os abusos não diminuíram

Espaço para mulheres não impede os abusos

Em ônibus lotados ou metrôs, as mulheres continuam sofrendo violência e abuso sexual

“Uma vez, quan-do eu tinha uns 9 anos, peguei um

ônibus lotado e percebi que um senhor estava esfregan-do as partes dele na minha perna. Eu tentei me afastar, mas ele ficava se esfregando. Quando desci, vi que minha perna estava molhada. Só anos depois entendi o que era”. O caso da servente Anália Ro-drigues, de 47 anos, mostra uma situação que ainda é re-alidade no transporte público brasileiro, mas que aos poucos está sendo combatida.

No Distrito Federal (DF), há nove meses as mulheres que pegam o metrô contam com um vagão exclusivo para elas e também para pessoas com

deficiência. “É uma política afir-mativa importante, mas não é o desejável. O correto é a gente não ser importunada no metrô e nem no ônibus. A gente tem o direito de ir e vir. Se nem isso as mulheres têm mais, estamos com um problema sério”, avalia a secretária de Enfrentamen-to à Violência, da Secretaria da Presidência da República, Aparecida Gonçalves.

A iniciativa do DF foi cria-da pela Lei Distrital 4.848 de 2012 e a operação teve início no dia 1º de julho de 2013. Funciona de segunda a sexta-feira, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15. As capitais São Paulo e Rio de Ja-neiro também contam com um vagão para mulheres.

Para a assessora do Cen-

tro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfêmea), Leila Rebouças, deve haver uma mudança cultural para que muitos homens parem de ver mulheres como um objeto. Ela avalia que a criação do vagão é um paliativo. “A mu-dança definitiva só vem com a educação”, ressalta.

Segundo estatísticas do DF, mais de 90% das mu-lheres que sofrem abusos não denunciam. “Não denunciam por medo, porque depois ela vai descer em um lugar es-curo, não tem um sistema de segurança adequado e podem sofrer mais violência”, explica Leila. Ela frisa que é fundamental as mulheres denunciarem para deter o ‘índice de abusos.

Estrangeiros são retirados do abrigo em Brasileia

Cerca de 700 haitianos, senegaleses e dominicanos que ficaram retidos em um abrigo de Brasileia (AC) de-vido à cheia do rio Madeira já foram levados até Rio Branco (AC) a bordo dos avi-ões fretados pelo governo estadual para assegurar o transporte de mantimentos à pequena cidade da fron-teira brasileira com o Peru e a Bolívia. Da capital do Estado, essas pessoas pode-rão seguir para outras regi-ões do país onde receberam ofertas de trabalho.

Segundo o representante da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos em Brasileia, Damião Borges de Melo, mais 118 estran-geiros embarcaram ontem, com destino a Rio Branco. A expectativa é, de acor-do com Melo, retirar outras

700 pessoas da cidade até a próxima sexta-feira (11), totalizando mais de 1,5 mil haitianos, senegaleses e dominicanos transportados.

OportunidadeAinda assim - e embo-

ra muitos dos estrangei-ros que se concentram em Brasileia sigam viagem por conta própria -, há cerca de 1,5 mil estrangeiros viven-do na cidade fronteiriça, à espera de uma oportunida-de de trabalho nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Segundo Damião, em Brasileia pelo menos mil dessas pessoas dependem do auxílio do Estado bra-sileiro e vivem no abrigo. Criado pela União e mantido em parceria com o governo estadual, o abrigo deveria receber 450 pessoas.

Os abrigados em Brasileia dependem de ajuda do governo

Multidão assiste a Via Sacra

O ensaio da Via Sa-cra de Planaltina reuniu ontem mais de 1,4 mil pessoas no morro da Capelinha, em Planal-tina, cidade a 50 qui-lômetros de Brasília. A encenação, que revive os últimos momentos da vida de Jesus Cristo, é o maior teatro popular a céu aberto do Centro-Oeste. A encenação é feita por membros da comunidade que atu-am voluntariamente no espetáculo.

EscolhidoO advogado Marcelo

Ramos, 26 anos, vai viver neste ano, o papel princi-pal. Ele conta que come-çou no grupo como apoio, há sete anos. Os ensaios para viver Jesus Cristo co-meçaram em outubro do ano passado. Ele conta que quando foi convidado ficou surpreso, mas não se intimidou. “Primeiro vem o espanto, porque ninguém espera um con-vite destes. Depois vem a aceitação e eu acredito que Deus não escolhe os capacitados, Ele capaci-ta os escolhidos”, conta o advogado cheio de ma-chucados por causa das quedas e das chicotadas dos ensaios.

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

ENSAIOCHEIA

B02 - PAÍS.indd 2 6/4/2014 20:33:43

Page 11: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Violência contra universitários levou populares às ruas de Caracas e demais Estados a protestarem ainda mais contra o governo

O presidente da Vene-zuela, Nicolás Ma-duro, disse ontem que não vai tolerar

a ação violenta de grupos ar-mados no país e condenou o in-cidente da última quinta-feira (3) em que vários estudantes foram espancados, atacados, roubados e despidos na Uni-versidade Central da Vene-zuela (UCV) por um grupo de pessoas encapuzadas.

“Eu não vou aceitar grupos armados aqui, de nenhum tipo, quero que fique claro. O nosso povo está em paz, construindo a pátria”, disse durante discurso transmitido pelo canal estatal Venezuelana de Televisão. Ele voltou a pedir o desarmamento da população. “Ninguém tem que ter uma pistola. Ninguém tem justificativa para ter uma pistola”, destacou.

Na quinta-feira, pelo menos sete estudantes da (UCV) foram feridos, após o ataque de um grupo de motociclistas arma-dos. De acordo com represen-tantes estudantis e a imprensa local, os estudantes foram ata-cados ao mesmo tempo em que a Guarda Nacional Bolivariana impedia a realização de uma marcha que sairia da Univer-sidade até a empresa estatal Petróleos Venezuela SA.

Nas redes sociais, estudan-tes também relataram e pos-taram fotos dos agressores com capuz e alguns usavam camisetas com identificação do Partido Socialista Unido da Venezuela. \Durante o tumulto quatro fotógrafos de jornais venezuelanos tiveram equi-pamentos roubados e uma jornalista do canal mexicano Televen, foi ameaçada.

Em entrevista coletiva após o ataque, o presidente da Fede-ração de Centros Universitários, Juan Requesens; a reitora da UCV, Cecília Arocha; e o pre-sidente da Associação de Pro-fessores Universitários, Víctor Márquez, afirmaram que a ação dos encapuzados ocorreu impu-nemente “diante dos olhos” das autoridades policiais.

“A Guarda Bolivariana foi incapaz de deter a violência dos indivíduos que atacaram o grupo que possuía armas”, informou o representante dos centros universitários. Segun-do ele também há informa-ções de que um estudante está desaparecido.

ProtestosHá quase dois meses são re-

gistrados protestos diários em várias regiões da Venezuela que,

de acordo com dados oficiais, causaram 39 mortos, 608 feri-dos e 81 denúncias de violações de Direitos Humanos.

O Governo venezuelano insis-te que os protestos e a violência são resultado da ação direta de grupos de extrema-direita, que buscam “um golpe de Estado continuado” contra o presidente Nicolás Maduro e culpa a opo-sição pela violência.

Entretanto, opositores e estudantes afirmam que os ataques são provenien-tes de grupos paramilitares ligados ao governo.

Em março, a União das Na-ções Sul-americanas (Unasul) enviou uma comissão ao país e já foram realizadas confe-rências de paz por parte do governo, mas os protestos e a tensão polarizada continuam. dialogue com a oposição.

Populares pro-Rússia invadem sede do governo

Manifestantes pró-Rússia invadiram on-tem, a sede do go-verno da província de Donetsk, no leste da Ucrânia, relataram as agências internacionais.

Eles estavam na rua desde o último sábado pedindo um referendo para decidir se a região continua como parte da Ucrânia ou se une à Rús-sia, como aconteceu com a Crimeia.

Os manifestantes carregavam cartazes que diziam “Donetsk, cidade russa” e “Otan, volte para casa”.

Depois dos protestos, diz a agência France Pres-se, mais de 2 mil pessoas se dirigiram ao edifício do governo e pelo menos 50 conseguiram passar do cerco da polícia e entrar. A bandeira ucraniana içada no prédio foi retirada e substituída pela russa.

Conflitos No leste da Ucrânia,

de maioria russófona, é registrada uma grande tensão desde que o presi-dente Viktor Yanukovytch, favorável à Rússia, foi de-posto por manifestantes pró-europeus e por gru-pos ultranacionalistas de extrema-direita, em fevereiro deste ano.

Os protestos contra Ya-nukovytch iniciaram no fi-nal de dezembro de 2013, após ele se recusar a ade-rir à União Europeia.

A província de Do-netsk, cuja capital é a cidade homônima, é um dos principais eleito-rados de Yanukovytch, que governou a região de 1997 a 2002.

Enquanto os países ocidentais criticam a in-vestida sobre a Ucrânia e impõem sanções à Rús-sia, o presidente Vladimir Putin se comprometeu a “defender por todos os meios” as populações de língua russa das repúbli-cas que formaram parte da União Soviética.

Manifestantes externaram apoio ao presidente Putin

DIV

ULG

AÇÃO

AFP

Na última quinta-feira, vários estudantes da Universidade Central da Venezuela foram agredidos, roubados e despidos, quando se preparavam para protestar

Maduro condena violência contra estudantes da UCV

UCRÂNIA

B03 - MUNDO.indd 3 6/4/2014 20:37:18

Page 12: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Presidente Hamid Karzai durante votação nas eleições para a escolha do presidente do Afeganistão e governadores de estados

Os três principais can-didatos à presidên-cia do Afeganistão denunciaram “pro-

blemas”, “irregularidades” e “fraudes” durante o processo de votação realizado no sá-bado (5), para escolher, além do futuro presidente, gover-nadores das 34 províncias ou estados afegãos. O resultado preliminar do primeiro turno do pleito deve ser conhecido a partir do próximo dia 24.

“Foi um grande dia para a democracia no Afeganistão, mas houve problemas em de-terminados locais”, afirmou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Zalmai Rassoul, um dos candidatos a suceder o atual presidente afegão, Ha-mid Karzai. Primeiro presiden-te do país eleito após a queda dos talibãs, em 2001, Karzai comandou primeiro o governo interino, sendo eleito em 2004

e reeleito em 2009, em meio a denúncias de fraudes no processo eleitoral.

Segundo Rassoul, várias de-núncias relativas a suspeita de fraudes foram comunicadas à comissão eleitoral respon-sável por fiscalizar o pleito e deverão ser apuradas “para que não haja votos falsos”.

já o ex-ministro das Finan-ças e também candidato à presidência, Ashraf Ghani, reforçou, por meio de sua conta no Twitter, que “há relatos de fraudes graves em vários locais”.

O terceiro candidato a ques-tionar o processo eleitoral é Abdulhah Abdullah, líder da oposição e candidato à pre-sidência derrotado em 2009. Embora tenha classificado o grande número de eleitores que compareceram às seções como um sinal “de grande sucesso”, Abdullah destacou

que a eleição não ocorreu “livre de irregularidades”.

TranstornosAlém dos ataques de grupos

extremistas e terroristas con-trários à realização da vota-ção, em alguns dos mais de 6 mil colégios eleitorais, foram registrados problemas como a falta de cédulas – o que as autoridades locais festejaram como um indício de que a participação popular superou a expectativa inicial.

A estimativa era de que ao menos 12 mil afegãos es-tivessem aptos a votar, mas temia-se que as ameaças de ataques desencorajassem muitos deles a irem votar – o que, aparentemente, não aconteceu, mesmo com as fortes chuvas registradas em algumas regiões do país.

Em nota divulgada pela Mis-são de Assistência das Nações

Unidas para o Afeganistão (Unama), os membros do Conselho de Segurança rei-teraram a importância das eleições para o processo de transição do poder e para o desenvolvimento da de-mocracia afegã. Os conse-lheiros também elogiaram a participação e a coragem da população e estimularam o governo afegão a, com a ajuda da comunidade interna-cional, continuar enfrentando as ameaças à segurança e à estabilidade nacional.

Alguns atentados foram re-gistrados ao longo do dia. O mais grave deles aconteceu na província de Zabul, onde dois policiais morreram e dois fica-ram feridos devido à explosão de uma bomba. Outras quatro pessoas sofreram ferimentos em outra explosão à bomba, próximo a um local de votação no estado de Logar.

Escritor deve receber alta médica amanhã

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, ganhador do Prêmio No-bel de Literatura em 1982, continua internado no Ins-tituto Nacional de Ciên-cias Médicas e Nutrição Salvador Zubirán, na Ci-dade do México, onde deu entrada nó último dia 31, com infecção pulmonar.

De acordo com os médi-cos, as condições de saú-de do escritor são estáveis e ele está em processo de recuperação.

“Ele está muito bem atendido e evolui muito bem”, disse Gonzalo Gar-cía Bracha, um dos dois filhos do escritor e jor-nalista, de 87 anos, que criou a Fundação Novo

Jornalismo Ibero-Ameri-cano e é autor do em-blemático romance “Cem Anos de Solidão”. De acor-do com Gonzalo, é possí-vel que o escritor tenha alta amanhã.

García Márquez é um dos mais importantes escritores de língua es-panhola do século 20, um dos expoentes do realis-mo fantástico, além de referência do chamado boom latino-americano, que, nos anos 60, colo-cou a literatura do con-tinente sul-americano do outro lado do Atlântico, com obras experimen-tais que mostravam a convulsionada realidade política da região.

AFP

Suspeitas foram apontadas pelos três candidatos à Presidência, que apontaram irregularidades e problemas durante o processo de votação no último sábado (5)

Eleições no Afeganistão teriam sido fraudadas

GARCIA MARQUEZ

Sinal captado por navio chinês anima buscas

A Austrália, determinada a encontrar as caixas-pretas do voo MH370, da Malay-sia Airlines, desaparecido há quase um mês, enviou ontem, aviões e navios para ajudar uma embarcação chi-nesa que captou na vés-pera um sinal, uma pista “importante e animadora” em um momento crítico da operação de busca.

“Estamos no 30º dia de buscas e teoricamente a duração das baterias das caixas-pretas é de 30 dias”, lembrou o responsável pe-las operações, o ex-chefe do Estado-Maior australiano Angus Houston, em sua cole-tiva de imprensa diária.

Um navio chinês que par-ticipa das buscas pelo avião detectou um sinal no Oceano Índico que pode ser da caixa-preta do avião. A frequência do sinal é de 37,5 Khz por

segundo, idêntica à emitida por esse tipo de equipamen-to. No entanto, ainda não há dados que confirmem a relação com o Boeing 777.

Segundo autoridades ma-laias, imagens de satélite indicam que o avião teria caído no Oceano Índico, ao longo da costa ocidental da Austrália, mas ainda não fo-ram encontradas provas que confirmem a hipótese.

DesaparecimentoA aeronave saiu de Kuala

Lumpur, na Malásia, em di-reção a Pequim, China, com 239 pessoas a bordo, mas desapareceu dos radares 40 minutos após a decolagem.

As autoridades não sabem como ou porque o avião de-sapareceu e já disseram que o mistério pode nunca ser resolvido, caso não seja en-contrada a caixa preta.

VOO MH370

B04 - MUNDO.indd 4 6/4/2014 20:38:58

Page 13: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Zezé Di Camargo e Lucia-no, Jorge e Mateus, Ma-theus e Kauan, Gusttavo Lima e Israel Novaes

não deixaram ninguém fi car pa-rado durante o Villa Mix, evento de música sertaneja por mais de dez horas na noite de sábado. O festival promovido em Ma-naus pela Fábrica de Eventos levou milhares de pessoas ao Centro de Convenções (Sambó-dromo). Depois do sucesso do Villa Mix, outros shows estão na agenda da Fábrica de Eventos: a cantora Ana Carolina, no dia 30 deste mês; as bandas SPC e ImaginaSamba em 10 de maio, no Tropical Hotel Manaus e no dia 24 de maio, os sertanejos Lucas Lucco e Luan Santana.

De acordo com a proprietária da Fábrica de Eventos, Bete Dezembro a qualidade, a se-gurança e os bons serviços que se tornaram características da

Fábrica se repetirão em todos os shows promovidos pela or-ganizadora este ano, porém o Samba Manaus receberá trata-mento especial e diferenciado em 2014. “Estamos sempre tentando inovar e melhorar. Este ano vamos repetir o palco do Villa Mix no Samba Manaus. Será o maior palco já montado no Brasil para receber um even-to de samba. Tenho certeza de assim como foi no Villa Mix, no Samba Manaus todos vão fi car muito satisfeitos com a estrutura que vamos montar”, afi rma.

ResumoComo primeira atração da

noite, os irmãos goianos Ma-theus e Kauan, que apresenta-ram músicas do DVD “Mundo Paralelo”, além de regravações de outros artistas sertanejos. “Este já é o quarto Villa Mix

que nós participamos no ano e estamos muito felizes de fazer parte deste evento em Manaus”, disse Kauan.

A segunda atração da noite foi a dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Os mais experientes entre as atrações do Villa Mix levaram ao palco do Sambódro-mo alguns dos grandes suces-sos dos 23 anos de carreira, mas também releituras de canções de outros artistas, tal como “Do seu lado”, de Nando Reis. Além das músicas conhecidas pelos fãs, como “No dia em que saí de casa”, “Dois corações e uma história”, “Dou a vida por um beijo”, “Mexe que é bom”, “Pão de Mel” e “É o amor”. “Para nós é muito gratifi cante ver que nossas músicas perpas-sam gerações, que são ouvidas e cantadas por pessoas mais velhas como também por jo-vens de 15 anos. Isso faz com

que cada vez mais tenhamos certeza da essência de nossa música e que devemos con-tinuar nessa mesma pegada, imprimindo nossa identidade nas canções”, disse Zezé.

Em seguida, subiu ao palco Jorge e Mateus, uma das duplas mais esperadas da noite. Eles iniciaram a apresentação por volta de 0h20 e levaram o pú-blico ao delírio. “Pode Chorar”, “De Tanto Te Querer”, “Voa Beija Flor”, “Amo Noite E Dia”, “Flor” entre outras foram algu-mas das músicas apresentadas pelos goianos em duas horas de show.

Após a apresentação de Jorge e Mateus, foi a vez de Gusttavo Lima dar passagem ao seu sertanejo universitário. Mineiro de Presidente Olegário, o artista vez um show anima-do, descontraído e que contou com a participação especial

do cantor Zezé Di Camargo, que dividiu o microfone com Gusttavo na música “Do outro lado da moeda”.

A última atração da noite foi o “cara do arrocha”, Israel Novaes. O cantor paraense que estorou no Brasil com as músi-cas “Vem ni mim Dodge Ram” e “Vó! To Estourado” encerrou o Villa Mix em grande estilo. Com um estilo animado e contagian-te, Israel deixou o palco com o dia quase amanhecendo. “Te-nho um carinho muito grande por Manaus. Estar aqui hoje faz lembrar de como tudo começou e me dá a certeza de que o Norte tem muito potencial em qualquer área. Estar aqui par-ticipando do Villa Mix é como se fosse jogar no Barcelona com todos aqueles craques”, comparou e adiantou que seu primeiro DVD será lançado no próximo dia 11 de abril.

Wayne Hussey confi rmado em Manaus

Está marcada para o dia 9 de maio a apresentação do músico inglês Wayne Hussey, da banda The Mission, em Ma-naus. O palco do show é o Te-atro Manauara e, na ocasião, o artista estrangeiro vai inter-pretar canções do novo disco “The Brightest Light”, lançado pelo selo Blast Records. A abertura do evento fi ca por conta do cantor de rock Gustav Cervinka, que vai interpretar composições próprias, que fa-zem parte do álbum “765”. Am-bas as performances são em formato acústico.

Wayne Hussey, nascido em Bristol no da 26 de maio de 1958, é músico inglês co-nhecido pela participação nos grupos musicais The Mission, Dead or Alive e The Sisters of Mercy. No fi nal de 1985, Wayne Hussey decidiu deixar os The Sisters of Mercy e juntamente com Craig Adams iniciaram a bela trajetória formando o The Mission.

O cantor lançou com a ban-da The Mission o álbum “The brightest light”, em 2013. O grupo ficou conhecido no Brasil no final dos anos 1980 pela canção “Severina”. Hus-sey é audição recomendada aos fãs de The Cure, Siouxie and The Banshees, The Smi-ths, entre outros.

ACÚSTICO

Villa Mix atrai milhares de fãsForam mais de 10 horas de música sertaneja com os artistas consagra-dos do ritmo em todo o Brasil. Maior palco já montado em Manaus foi um dos diferenciais do festival

SERVIÇOWAYNE HUSSEY – SHOW MUSICAL

Quando

Onde

QuantoPontos de

venda

Informações

9 de maio, às 21hTeatro Manaua-ra (Manauara Shopping)R$ 50 (meia)Bilheteria do Teatro Manaua-ra e site www.ingresse.com3342-8030

JPLIMA

Sob aplausos de amigos e fãs, o corpo de José Wilker foi levado do Teatro Ipanema, onde

foi velado, para o Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, Zona Norte do Rio, local em que aconteceu a cerimônia de cremação, restrita a parentes e amigos.

Muitos fãs também gritaram “felomenal”, em alusão ao bor-dão do personagem Giovanni Improtta, que viveu na novela “Senhora do Destino” (2005).

Do início do velório, às 23h de sábado, até a remoção do corpo, por volta das 15h, um grande número de artistas, parentes e fãs se despediu de Wilker, mor-to de infarto enquanto dormia, aos 69 anos.

O movimento já era intenso na rua do teatro quatro horas antes do velório.

Por volta das 12h de ontem, o acesso de fãs e jornalistas che-gou a ser suspenso, por excesso de pessoas que acompanhavam as últimas homenagens.

A entrada voltou a ser liberada no início da tarde, mas em ritmo bem menos intenso.

As fi lhas do ator, Isabel e Mariana, suas mães, Mônica Torres e Renée de Vielmond,

respectivamente, e a namo-rada de Wilker, Cláudia Mon-tenegro, acompanharam a vigília todo o tempo.

O local escolhido para o velório foi o palco em que Wilker conso-lidou sua carreira no teatro, no Rio, onde estreou fazendo uma substituição em “O Assalto”, de José Vicente, em 1969, a primei-ra peça ali encenada.

Ainda no mesmo endereço, atuou em “O Arquiteto e o Im-perador da Assíria” (1970), que lhe rendeu o primeiro prêmio Molière, “Hoje é dia de Rock” (1971), “A China é Azul” (1972) e “Ensaio Selvagem” (1974).

A última vez em que Wilker foi visto em público foi na sexta-feira à noite, em um restaurante no Leblon, onde jantava com Cláudia. Em seguida, ele foi para a casa dela, onde dormiu.

No sábado pela manhã, ao perceber que ele não res-pirava, Cláudia chamou o socorro de médicos, que constataram sua morte.

A atriz Susana Vieira disse ter vivido um “casamento de 42 anos” com Wilker, começado na novela “O Bofe”, de 1972. “Eu me considero hoje a mais viúva de todas as atrizes”, disse.

Por Samantha Lima

DIVULGAÇÃO

Ator foi velado no palco do Teatro Ipa-nema, no Rio

SERTANEJO

A despedida de ‘Zé’ WilkerDurante todo o sábado e domingo, fãs e amigos deram adeus ao ator. A cerimônia de cremação do corpo de Wilker, restrita a parentes e amigos, foi realizada no chamado Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio

“Sobrou muita coisa boa dele. Nada indicava que fos-se acontecer. Foi uma tre-menda perda para a classe. A primeira novela na Globo que fi z foi “Cavalo de Aço”, com ele. A segunda foi “Fi-nal Feliz”. Perdi até a con-ta de quando personagens inesquecíveis ele fez”, disse

Stênio Garcia.“Eu estava com um pa-

pel preparado para fa-zer um par romântico com ele em um projeto. Ele era muito bem humorado”, afi rmou Betty Faria.

“É uma perda irreparável para a cultura. O legado dele é de inspiração para os jovens.

É só acreditar”, lamentou Milton Gonçalves.

“Legado dos mais lindos da minha profi ssão... Fala da grande cidade e do interior mais longínquo do pais. Ele era muito generoso, uma pessoa que engrandece as nossas vi-das”, disse Antônio Pitanga.

“Todos estamos arrasados.

Não se explica a dor. Trabalha-mos o dia inteiro e recebemos essa notícia logo pela manhã. Foi muito difícil. Temos que lembrar desse grande homem, sofi sticado, de uma fi na ironia, dos nossos encontros e de to-dos os bons momentos”, disse o ator Tony Ramos, que chegou a ser dirigido por Wilker.

Depoimentos de colegas durante velório

B05 - PLATEIA.indd 5 6/4/2014 20:44:53

Page 14: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Programação da TV

5h – JORNAL DO SBT 6h – IGREJA UNIVERSAL7h – JORNAL DO SBT 8h – BOM DIA & CIA10h05 – WAISSER 10h55 – PROGRAMA A VOZ DA ESPE-RANÇA 11h35 – PROGRAMA AGORA 12h25 – PROGRAMA LIVRE 13h15 – AS VISÕES DA RAVEN13h30 – MARIA DO BAIRRO14h30 – POR ELA... SOU EVA15h45 – A MADRASTA 16h30 – EU A PATROA E AS CRIANÇAS17h20 – JORNAL EM TEMPO 17h45 – SBT BRASIL 18h30 – CHIQUITITAS19h15 – REBELDE 21h – PROGRAMA DO RATINHO 23h – JORNAL DO SBT23h45 – BIG BANG A TEORIA23h53 – “THE NOITE” COM DANILO GENTILLI 0h30 – A GAROTA DO BLOG2h – BIG BANG3h30 – IGREJA UNIVERSAL

SBT GLOBO

6h30 RECORD KIDS 7h40 FALA BRASIL 9h HOJE EM DIA 11h MAGAZINE 12h ALÔ AMAZONAS 13h30 PROGRAMA DA TARDE 16h20 CIDADE ALERTA 18h55 A CRÍTICA NA TV 19h40 JORNAL DA RECORD 20h15 TODO MUNDO ODEIA O CHRIS21h15 PECADO MORTAL 22h15 ERA UMA VEZ 23h15 HEROIS CONTRA O FOGO 0h15 ROBERTO JUSTUS + 1h15 PROGRAMAÇÃO IURD

4H55 TELECURSO EDUCAÇÃO BÁSICA - PROFENS5H10 TELECURSO PROFISSIONA-LIZANTE - ADMINISTRAÇÃO5H25 TELECURSO ENSINO MÉDIO - FÍSICA5H45 TELECURSO ENSINO FUN-DAMENTAL - PORTUGUÊS6H GLOBO RURAL6H30 BOM DIA BRASIL7H30 BOM DIA AMAZÔNIA8H30 MAIS VOCÊ9H57 BEM ESTAR10H40 ENCONTRO COM FÁTIMA BERNARDES12H AMAZONAS TV12H45 GLOBO ESPORTE13H20 JORNAL HOJE13H50 VÍDEO SHOW14H35 SESSÃO DA TARDE. FILME 16H25 CARAS & BOCAS17H50 MALHAÇÃO18H25 MEU PEDACINHO DE CHÃO (ESTREIA)19H10 JORNAL DO AMAZONAS19H30 JORNAL NACIONAL20H08 ALÉM DO HORIZONTE21H EM FAMÍLIA 22H15 TELA QUENTE - OS MERCE-NÁRIOS 2Hoje estreia novela “Meu pedacinho de chão”, na TV Globo

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 No ciclo das afeições, as amizades se fi rmam, mas em meio ao pouco tempo que dedica a elas. Os deveres impõem-se sobre as diversões e o trabalho de rotina exige bastante.

TOURO - 20/4 a 20/5 Fortes impulsos amorosos lhe motivam. A força dos sentimentos impõe-se sobre o bom senso. Nem sempre um sentimento forte signifi ca compreensão entre os enamorados.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Sentimentos passionais e intensos, mas pre-cisando ser melhor acolhidos por você em sua vida. Os encantos afetivos são fortes, mas colocam em cheque seu modo de viver.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Possibilidade de prejuízos na rotina causados pela dispersão e por se atrapalhar ao tentar fazer tudo ao mesmo tempo. Encontre equilí-brio pessoal em meio às muitas solicitações.

LEÃO - 23/7 a 22/8 As relações de amizade estão sob tensão e possível confl ito. Os sentimentos podem ser fortes, mas possessivos, e um pouco cegos quanto ao real sentido do que acontece.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Procure não romper a harmonia, movido mes-mo que por rompantes de entusiasmo. Você quer alcançar êxito no trabalho e tende a forçar situações para que isso aconteça.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Sentimentos conturbados e passionais estão presentes, mas talvez sem ganhar forma defi -nida. Dentre os desejos que quer ver realizados, veja quais realmente cabem agora.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Não conte com a satisfação completa de seus desejos, pois se sente atraído por pessoas e situações impossíveis. Tendência ao ciúme e às retaliações emocionais.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Na relação a dois, seus desejos são contra-feitos, de modo desafi ador. Possível antipatia com as pessoas e situações. Há muitos fatores em jogo para serem conciliados.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 A visão que você tem das pessoas e dos rela-cionamentos pode estar distante da realidade. Ajuste seus grandes anseios às condições que tem em suas mãos.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Circunstâncias maiores contrariam e negam seus desejos no amor e nas diversões. Logo você, que tem vivido um ciclo de paixões tão fortes e vibrantes.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Tensão na vida a dois e no ambiente familiar, onde a força e a harmonia tendem a se con-trapor. Procure aceitar as diferenças e evitar a incompreensão sua ou dos outros.

BAND

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

BANCO 49

TECPERCENTUAL

NOITEERATCOROTR

PORREGIMÃIROIOCO

ANJOALTOECOPELOG

HMILRUAVELAECNL

IMATUTORXMARIOMAMERICANODENCABE

CONTRASTAR

Porcen-tagem;

taxa

O soldadoque está

escondidona mata

Efeitoluminoso

de um relâmpago

Períodoem que seveem asestrelas

Conjuntode vozesda igreja

Aguarden-te feita de

cereais

Consoan-tes de"trio"

O útero,por seuinterior

(?) Costa:cantorada MPB

Ato;junto

(?)-folhas,doce emcamadas

Instrumen-to que"ronca"

(pl.)

Antônimode "odiar"

Peça docastiçal

Reduzira pó

Raios X(abrev.)

Liga debasquetedos EUA(sigla)

CláudiaAbreu,atriz

brasileira

(?)-shirt,tipo deblusa

unissex

Lugar onde sependura o lustre

Padre (?), figura ido-latrada no Nordeste

Seu racionamento po-de evitar os apagões

(?) Popular, grupo de pagode

Repetiçãode sons

Horadecisiva

Come co-mo o rato Sílaba de"jovem"

Penugemdo corpoMuseucarioca

Local depasseatas

Emitesom alto

(?) Gomes,ator

Entrada(abrev.)

Tonelada(símbolo)Bebedeira

(pop.)

Peça quefaz o

carro semover

Elevado;grande

3a vogalMensa-geiro de

Deus

Caipira(bras.)

Heróis mu-tantes (HQ)

Época;período

Saudaçãojovial

Sílaba de"dente"

Fazer opo-sição a

Natural doNovo

Continente

3/nba. 4/vela — x-men. 6/clarão. 10/contrastar — percentual.CruzadinhasCinema

Rio 2: EUA. Livre. Cinemais Millennium – 14h50, 17h, 19h10, 21h20 (dub/dia-riamente); 14h20, 16h30, 18h40, 20h50 (3D/dub/diariamente); 13h50, 16h, 18h10, 20h20 (dub/diariamente); Cinemais Plaza – 14h10, 16h20, 18h30, 20h40 (dub/diaria-mente); 13h30, 18h20 (3D/dub/diariamen-te); 14h40, 16h50, 19h, 21h10 (dub/diaria-mente); Cinemark 1 – 12h (dub/somente sábado e domingo), 14h40, 17h15, 19h40 (dub/diariamente), Cinemark 3 – 11h45 (3D/dub/somente sábado e domingo), 14h15, 16h40 (3D/dub/diariamente), Ci-nemark 5 – 13h, 15h30, 18h, 20h30 (3D/dub/diariamente), 23h (3d/dub/somente sábado), Cinemark 7 – 11h20 (3D/dub/so-mente sábado e domingo), 13h50, 16h20, 18h50, 21h20 (3D/dub/diariamente), 23h50 (3D/dub/somente sábado); Ciné-polis 1 – 15h10 (3D/dub/diariamente),

Cinépolis 3 – 14h10, 17h10, 20h10 (dub/diariamente), Cinépolis 4 – 16h45, 19h15, 21h45 (3D/dub/diariamente), Cinépolis 6 – 13h45, 16h15, 18h45. 21h15 (dub/diaria-mente), Cinépolis 7 – 14h15, 17h45, 20h15 (dub/diariamente), Cinépolis 9 – 15h30, 18h, 20h30 (dub/diariamente), Cinépolis 10 – 14h30, 17h, 19h45 (dub/diariamen-te); Playarte 5 – 12h50, 14h55, 17h, 19h10, 21h20 (dub/diariamente), Playarte 5 – 23h25 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 7 – 13h40, 15h50, 18h, 20h10 (dub/diariamente), 22h20 (dub/so-mente sexta-feira e sábado), Playarte 1 – 12h40, 17h40 (dub/diariamente).

S.O.S. Mulheres ao Mar: BRA. 12 anos. Cinemais Millennium – 15h10, 17h30, 19h30, 21h50 (diariamente); Ci-nemais Plaza – 14h50, 17h10, 19h10,

21h30 (diariamente); Cinemark 2 – 14h, 19h (diariamente); Cinépolis 2 – 13h10, 16h10 (diariamente); Playarte 4 – 12h50, 14h50, 16h50, 18h50, 20h50 (diariamen-te), 22h50 (somente sexta-feira e sá-bado).

Namoro ou Liberdade?: EUA. 14 anos. Cinemais Plaza – 15h10, 17h20, 19h30, 21h40 (dub/diariamente); Cinema-rk 8 – 15h45, 18h20, 20h45 (dub/diaria-mente); Playarte 8 – 13h15, 15h15, 17h15, 19h15, 21h15 (dub/diariamente), 23h15 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Alemão: BRA. 16 anos. Cinemark 1 – 22h20 (diariamente); Playarte 8 – 13h55, 16h10, 18h25 (diariamente).

300 – A Ascensão do Império: EUA. 16 anos. Cinemais Millennium – 14h40,

16h50, 19h, 21h10 (dub/diariamente); Ci-nemais Plaza – 15h, 17h30, 19h40, 21h50 (dub/diariamente); Cinemark 2 – 16h15, 21h30 (dub/diariamente), 0h (dub/somen-te sábado), Cinemark 8 – 13h15, 23h10 (dub/diariamente); Playarte 9 – 13h50, 16h, 18h10 (3D/dub/diariamente), 20h20 (3D/leg/diariamente), 22h30 (3e/leg/so-mente sexta-feira e sábado).

Namoro ou Liberdade?: EUA. 14 anos. Cinemais Plaza – 15h10, 17h20, 19h30, 21h40 (dub/diariamente); Cine-mark 8 – 15h45, 18h20, 20h45 (dub/dia-riamente).

Doze Anos de Escravidão: EUA. 14 anos. Playarte 8 – 20h40 (leg/diaria-mente); 23h15 (leg/somente sexta-feira e sábado).

CONTINUAÇÕES

DILVULGAÇÃO

PRÉ-ESTREIA

0H05 JORNAL DA GLOBO0H35 RUMO A COPA (ESTRÉIA)1H10 PROGRAMA DO JÔ2H47 SESSÃO BRASIL - O CHEIRO DO RALO4H30 FESTIVAL DE DESENHOS

RECORD5h – MINÚSCULOS5h15 – SÓ RISOS6h – NOSSO TEMPO6h30 – 1º JORNAL7h – DIA DIA8h10 – BAND KIDS10h10 – JOGO ABERTO 11h30 – TELESHOW FESTA CLUBE11h35 – COMUNIDADE ALERTA12h10 – NOTÍCIAS DE AGORA12h25 – EXIJA SEUS DIREITOS13h05 – CÂMERA 1313h50 – NA MIRA DA NOTÍCIA13h55 – CIDADE URGENTE14h20 – AÇÃO NA TV15h – SABE OU NÃO SABE16h30 – BRASIL URGENTE18h50 – BAND CIDADE - Local19h20 – JORNAL DA BAND 20h25 – MINUTO DA COPA - boletim20h28– SHOW DA FÉ21h20 – ZOO

21h30 – COMO EU CONHECI SUA MÃE22h – OS SIMPSONS22h30 – CQC – CUSTE O QUE CUSTAR0h30 – JORNAL DA NOITE 1h15 – QUE FIM LEVOU? – boletim1h20 – O MUNDO SEGUNDO OS BRA-SILEIROS2h25 – MINUTO DA COPA – boletim2h30 – ROSÁRIO2h55 – MINUTO DA COPA - boletim3h – IGREJA UNIVERSAL

Noé: EUA. 14 anos. Em um mundo dominado pelo pecado, Noé

(Russell Crowe) recebe uma missão divina: construir uma arca para salvar toda a criação de Deus de um dilúvio. Um grupo de opositores a Noé, porém, tenta se apossar da Arca em nome da defesa da raça humana e, ao mesmo tempo, luta para cooptar para o seu lado Ham (Logan Lerman), o primogênito de Noé. Cinemais Millennium – 14h, 16h40, 19h20, 22h (3D/dub/diariamente); 13h30, 16h10, 18h50, 21h30 (dub/diariamente); 15h, 18h20, 21h (leg/diariamente); Cinemais Plaza – 15h40, 20h30 (3D/dub/diariamente); 14h, 16h40, 19h20, 22h (dub/diariamente); 15h20, 18h40, 21h20 (dub/diariamente); Cinemark 3 – 19h10, 22h10 (dub/diariamente), 20h10 (3D/dub/diariamente), Cinemark 4 - 23h20 (3D/dub/somente sábado), 11h10 (3D/dub/somente sábado e domingo), 14h10, 17h10 (3D/dub/diariamente), Cinemark 6 – 12h10 (3d/dub/somente sábado e domingo), 15h10, 18h10, 21h10 (3d/dub/diariamente), 0h20 (3D/dub/somente sábado); Cinépolis 1 – 18h10, 21h10 (3D/leg/diariamente), Cinépolis 5 – 13h, 19h (3D/dub/diariamente), 16h, 22h (3D/leg/diariamente), Cinépolis 8 – 13h30, 16h30 (dub/diariamente), 19h30, 22h30 (leg/diariamente); Playarte 6 – 12h50, 15h35, 18h20, 21h05 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 10 – 14h20, 17h10, 20h (leg/diariamente), 22h45 (leg/somente sexta-feira e sábado), Playarte 1 – 14h50 (3D/dub/diariamente), 20h30 (3D/leg/diariamente), 23h15 (3D/leg/somente sexta-feira e sábado).

Toque de Mestre: EUA. 14 anos. Antes da apresentação que marca seu retorno, um pianista que sofre de medo do

palco descobre um bilhete assustador em suas partituras. A ameaça afi rma que ele terá que fazer o melhor concerto de sua vida, sem um único erro, se quiser salvar a si mesmo e também sua esposa. Cinépolis 2 – 19h10, 22h10 (leg/diariamente), Ciné-polis 10 – 22h15 (leg/diariamente); Playarte 3 – 13h20, 15h15, 17h20, 19h10, 21h10 (leg/diariamente), 23h10 (leg/somente sexta-feira e sábado).

ESTREIA

Capitão América 2 – O Soldado Infernal: EUA. 12 anos. A história se passa 2 anos após os eventos mostrados em “Os Vingadores - The

Avengers”. Steve Rogers luta para cumprir seu papel no mundo moderno, em parceria com Natasha Romanoff , também conhecida como Viúva Negra, para derrotar um poderoso e misterioso inimigo na cidade de Washington dos dias atuais. Cinemark 6 – 0h01 (3D/dub/somente quarta-feira).

B06 - PLATEIA.indd 6 6/4/2014 20:40:17

Page 15: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

Presidente da Abrasel/AM, Janete Fernandes, proprie-tária do restaurante Palazzolo

O colunista e apresentador do Programa Promoter ao lado do ator

Victor Fasano, que concedeu

entrevista para o programa

EDIL

ANE

ARAÚ

JO F

ROTA

SÉRG

IO F

ROTA

GOVER-NO do

Amazonas entregou,

na segunda (31) ao

Tribunal de Contas do Estado, a prestação de contas referente

ao exercício de 2013. A entrega foi feita pessoalmente pelo secretario de Estado da Fazenda, Afonso Lobo, ao

conselheiro-relator das contas, Lúcio Albuquerque

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Sérgio [email protected]

@sergiopromoter

CHICO BATATA/AGECOM

GOVERNO DO AMAZONAS, em parceria com a Samsung Eletronics, inaugurou a primeira Samsung Smart School do Brasil, instalada em es-cola pública, que utilizará novas tecnologias e modernos equipamentos no processo de ensino. O projeto iniciou na terça (1), na escola estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, na Compensa. O governador do Estado, José Melo esteve presente no evento e ressaltou a importância do uso da novas tecnologias no ensino público. Também estiveram presentes o secretário da Seduc, Rossielli Soares, reitor da UEA, Cleinaldo Costa, secretário da Sefaz, Afonso Lobo, superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, pre-sidente da Samsung Manaus, Chunjae Lee, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Yeun Bae Kin e o vice presidente de Novos Projetos da Samsung na América Latina, Benjamin Sicsu

CHICO BATATA/AGECOM

Deputado Atila Lins tem participado ati-vamente, apresentando importantes projetos para a sociedade. Entre eles, o que propõe a redução em 50% das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofi ns incidentes sobre os medicamentos. Hoje, a carga tributária incidente chega aos alarmantes 37.3%. Outro relevante projeto prevê a elevação de 5 para 10 anos, a validade dos passaportes comuns, que são emitidos pelo governo. Competência não se compra em supermercado!

Competente

GOVERNADOR DO AMAZONAS, OMAR AZIZ, assinou na segunda (31), os decretos que autorizam aumento salarial e a estabilidade funcional para os servidores da Educação. Os documentos foram assinados ao lado do vice-governador José Melo, do secretário da Seduc Rossielli Soares, e de uma comitiva de deputados estaduais. Na ocasião Omar Aziz foi homena-geado pelos servidores da educação. O evento contou com a participação de gestores de todo o Estado e destacou os avanços promovidos por sua gestão para a categoria, como a definição do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, aprovado ano passado

REPRESENTANDO A ALEAM, deputado Arthur Bisneto, também segundo vice-presidente do parlamento, participou da entrega do título de Cidadão de Manaus, na Câmara Municipal de Manaus, ao comandante militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas. A proposta teve autoria dos vereadores Rosivaldo Cordovil e Wilker Barreto. Na foto, general Villas Boas, deputado Arthur Bisneto, prefeito Arthur Virgílio Neto, vereadora Socorro Sampaio e o presidente da Câmara Municipal, Bosco Saraiva.

PREFEITO ARTHUR VIRGÍLIO NETO, acompanhado da primeira-dama Goreth Garcia Ribeiro e de sua fi lha Carol, esteve no local do acidente onde morreram 16 pessoas e depositou fl ores em homenagem às vítimas. Muito emocionado, o prefeito disse que é preciso acabar com a guerra no trânsito

MAR

IO O

LIVE

IRA/

SEM

COM

SOCO

RRO

LINS

MARCIO MELO/ASSESSORIA

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, Ari Moutinho foi homenagea-do na quarta (2), pela direção da Faculdade Martha Falcão. Na ocasião, o presidente do TJ/AM proferiu a palestra: “Carreira Jurídica” e recebeu a medalha e o diploma de Honra ao Mérito Professora Martha Falcão, pela brilhante trajetória em sua carreira jurídica e pelos serviços prestados ao Estado. O evento aconteceu no auditório da faculdade.

Homenagem

O governo do Amazonas, por meio da secreta-ria de Estado de Política Fundiária, tem a meta de benefi ciar cerca de 30 mil famílias com títulos defi nitivos em Manaus e em municípios do inte-rior do Estado em 2014. Os títulos começaram a serem entregues este mês, de acordo com o secretário da SPF, Ivanhoé Mendes. “Nossa programação começa em abril e vai até o fi m do ano, com entrega de títulos em bairros de Manaus”, explica o secretario. Segundo Ivanhoé Mendes, os títulos que serão entregues são resultado dos trabalhos de regularização fundi-ária realizados em 2013. “Além de continuar a entrega dos títulos que foram trabalhados em 2013, vamos entregar títulos remanescestes de anos anteriores, que, somados totalizam cerca de 11 mil títulos em Manaus. Esses títulos já estão prontos para entrega e vão obedecer um cronograma que está em fase de defi nição com o governador”.

Politica fundiária

O governo do Estado do Amazonas, por meio da Secreta-ria de Estado da Produção Rural e Abrasel/AM, promoveu o Concurso de Gastronomia com receitas e pratos preparados por 18 chefs de restaurantes de Manaus e do interior, com premiação para os melhores pratos feitos a partir do Bacalhau da Amazônia. Participaram do evento restaurante Palazzolo: Penne ao Duo de Bacalhau da Amazônia, Najua restaurante: prato Bacalhau da Amazônia a moda caboquinho, Flor do Luar: prato Pirarucu Salgado da Amazônia à moda Flor do Luar, Bodega da Vila: prato Torta de Bacalhau Amazônico com Cuscuz Amazônico e risoto de Tucupi e Jambu, Brownie.com: prato Crepe Frances com Toque Amazônico, Buona Massa: Bacalhau da Amazônia à Buona Massa, Delicias Grill: Panqueca de Bacalhau da Amazônia com Tucupi, Estória de Pescador: Pirarucu Seco Afogado, Happy Ice Gourmet: Bacalhau da Amazônia Gratinado com Castanha do Brasil Crocante, Naia Holiday In: Lenda do Tocantins, PHD da Culinária: Bacalhau a moda PHD, Requinte Pães e Tortas: Bacalhau Amazônico à moda Requinte, Shin Suzuran: Bacalhau da Amazônia ao molho de Curry, Kilozito: Risoto Matuto, Zefi nha Bistro: Duo de Bacalhau da Amazônia, Taboo Sushi&Diing Club: Frita-da de Bacalhau da Amazônia, Loppiano Pizza: Perestroika Amazônica, o grande vencedor do concurso com o prato em homenagem à Arena da Amazônia. O colunista participou como jurado a convite da Sepror.

Bacalhau da Amazônia

Bismarke dos Prazeres, diretor de Produção da fábrica de Bacalhau da Amazônia, em Maraã, anfitrião Eron Bezerra e o ator Victor Fasano

Prefeito de Maraã, Cícero Lopes da Silva, ao lado Eron Bezerra e Sonia Alfaia

Virgílio Viana, ex-ministro Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, ao lado do colunista

Hiroya Takano

e seu filho

Hiroya Adriano Takano, do res-tauran-te Shin

Suzuran

O co-lunista ao lado da atriz Chris-tiane Torloni

SÉRG

IO F

ROTA

EDIL

ANE

ARAÚ

JO F

ROTA

EDILANE ARAÚJO FROTA

SÉRG

IO F

ROTA

SÉRGIO FROTA

B07 - 7 de abril de 2014A - sergio frota - PLATEIA.indd 7 6/4/2014 20:40:53

Page 16: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoDefensivaGugu Liberato está na

espera. Através do Jassa, que é o mais assanhado no caso, se ainda não aconte-ceu, ele espera ter um en-contro com Silvio Santos o mais breve possível.

Ao mesmo tempo, tam-bém existe a expectativa de uma proposta ofi cial da Bandeirantes. Aliás, na semana passada, Johnny Saad reuniu seus pares com este objetivo.

Produção em curso“Dupla Identidade” terá

o Rio de Janeiro como principal cenário, mas se-rão feitas gravações em outras regiões.

Sobre Morena Baccarin, ofi cialmente fora do proje-to, segundo Glória, foi muito importante abrir este canal com ela. A sua participação especial em alguns capítulos ainda não foi descartada.

Anota aíDentro da Globo há uma

aposta muito forte no novo programa do Mar-cius Melhem e Marcelo Adnet, “Tá no ar”.

Vem com a proposta de um humorístico mais ácido, recuperando toda aquela pegada do “TV Pirata”, com críticas à situação do país e à própria Globo.

Assassinato em série Começaram os testes na Globo para a escolha do

ator que viverá um serial killer na série policial “Dupla Identidade”, novo trabalho de Glória Perez, com direção de Mauro Mendonça Filho, com gravações em junho e exibição ainda este ano.

Serão 14 capítulos, muitas participações especiais, e por enquanto apenas Luana Piovani está confi rmada, como a policial da história que caça o bandido.

Bate-rebate• O programa do Datena,

na Band, a partir de hoje passa a entrar às 4 e meia da tarde...

• Serão quase três horas no ar.

• Amilcare Dalevo, da Rede TV!, viajou para a NAB em Las Vegas...

• Marcelo Meira, um dos vices da Band, também.

• Ladrões encostaram ca-minhão na porta da produtora Infi niti, do José Emílio Ambró-sio, e levaram tudo...

• Não se preocupa-ram nem mesmo em es-conder o rosto das tantas câmeras espalhadas...

• Até agora a polícia não tem nenhuma pista.

• Fafy Siqueira gravou par-ticipação especial em “Pé na Cova”, a convite de Miguel Falabella. Ela faz uma vidente vigarista e muito divertida.

Fila das 18 “Lady Marizete”, roteiro de

Alcides Nogueira e Mário Tei-xeira, na fila das 18h da Globo, já tem diretor escolhido.

O projeto vai ser implanta-do por Wolf Maya, que não esconde o entusiasmo em relação à nova novela, que será ambientada na favela de Paraisópolis, em São Paulo.

GLOBO

Diego Guebel, da Band, tam-bém viajou na última semana. Mas ao contrário de outros exe-cutivos da nossa TV, não seguiu com destino a Las Vegas.

Está desde o último sábado em Cannes, cuidando de assun-tos de interesse da Band...

... Band que hoje terá Oscar Filho, por uma noite, de volta à bancada do “CQC”.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni Calor humanoAs mudanças no “Jornal

Hoje” deverão chegar ao públi-co logo depois do aniversário da Globo, no dia 26.

O cenário, ainda em cons-trução, terá um ambiente de sala de estar, para acomodar todos os seus integrantes no mesmo lugar.

Outra novidade...O “Hoje”, em meio a es-

sas mudanças, também passará a contar com um comentarista fi xo de eco-nomia. Durante a Copa ,

Sandra e Evaristo saem do estúdio e acom-panham os jogos da seleção brasileira.

Olha o que dá João Kleber sempre foi

metido a brigão. Hoje, mais conhecido como Joãozinho Paz e Amor, resolveu apartar briga de dois produtores nos interiores da Rede TV!.

Escorregou, bateu a mão e está com ela machuca-da. Não chegou a fratu-rar, mas foi quase isso. O que é a vida.

B08 - PLATEIA.indd 8 6/4/2014 20:42:54

Page 17: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

Cade

rno

C

[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 (92) 3090-1045

Invista odinheiro dademissão

LETICIA MOREIRA/FOLHAPRESS

Página C7

Descubra como investir emanter seu capital seguroConsultores sugerem que pequeno investidor prefira, na parcela de renda variável, fundos de custo abaixo de 1%

Quem deseja expe-rimentar alternati-vas de investimen-to consideradas de

maior risco, como ações, mas quer preservar o capital que tem guardado, pode montar estratégias que ajudem nes-se objetivo.

Há produtos chamados de capital protegido, como fun-dos de investimento ofere-cidos no mercado, mas que cobram taxas. E também é pos-sível elaborar mecanismos de proteção por conta própria.

A estratégia de investimen-to de capital protegido busca dividir os recursos entre renda fi xa – alternativa de menor risco, como títulos públicos e CDBs (Certifi cados de De-pósitos Bancários) – e renda variável – de maior risco, como ações e fundos cambiais.

A renda fi xa fi ca com a maior fatia do dinheiro investido – em torno de 90%, de acordo com consultores.

“No pior dos casos, ao fi nal de um ano, o investidor vai ter o valor que aplicou [nominal, sem descontar a infl ação], gra-ças ao ganho com os juros da renda fi xa”, diz Michael Viriato, professor do Insper, instituto de ensino.

A simulação ao lado, feita pelo colunista da Folha e eco-nomista Samy Dana, da FGV (Fundação Getulio Vargas), mostra como investir R$ 5.000 por 12 meses sem perder esse

capital nominal inicial. No exemplo, o economista

parte do princípio de que o investidor já tem todo o mon-tante disponível para aplicar. A partir daí, ele calcula quanto seria necessário investir hoje, em renda fi xa, para garantir R$ 5.000 em 12 meses.

Então, com a perspectiva de ter o capital nominal inicial preservado, o investidor desti-na uma parte menor dos seus recursos a aplicações mais ar-riscadas, para tentar maximi-

zar o rendimento fi nal. Na simulação, o valor reco-

mendado para investimento em renda variável é justa-mente a diferença entre os R$ 5.000 e a quantia que o apli-cador retirou desse montante para investir em renda fi xa.

No melhor cenário do exem-plo, com o investidor tendo ganhado 50% do que aplicou em renda variável, o valor fi nal, já contando o investimento em renda fi xa, superou os R$ 5.000 em R$ 610,41. No pior cenário simulado, com perda

de 90% em renda variável, ainda assim o capital inicial foi preservado.

Vale destacar que os cálculos já descontam o Imposto de Renda das aplicações em que ele incide, mas não computam a infl ação projetada para o período, de 6,3%.

Considerando o aumento do custo de vida, para ter ganho real na estratégia, o investidor precisaria obter valor fi nal aci-ma de R$ 5.315 – o que, pelas simulações, ocorreria com va-lorização a partir de 20% na renda variável.

Cuidados Uma estratégia desse tipo

desenhada por conta própria pode ser considerada traba-lhosa demais para o pequeno investidor, afi rmam consulto-res. “Escolher uma ação para aplicar não é uma atividade simples. É preciso saber ana-lisar o histórico e as perspec-tivas de negócio da empresa”, diz Viriato, do Insper.

Assim, uma alternativa é, ao fazer a composição da cartei-ra, destinar a parte de renda variável aos fundos de ações, fundos imobiliários e ETFs – cotas de fundos negocia-das em Bolsa que espelham índices da BM&FBovespa, por exemplo.

“No caso de fundos, é pre-ciso lembrar que há sempre cobrança de taxa de adminis-tração. Para que esse custo compense, a taxa não pode ser maior que 1% ao ano”, diz Samy Dana.

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

MODELOEstratégia de inves-timento de capital protegido busca divi-dir os recursos entre renda fi xa – alternativa de menor risco, como títulos públicos e CDBs – e renda variável – de maior risco, como ações

Quem não quiser fazer cál-culos nem ter o trabalho de montar sua própria estraté-gia para proteger o dinhei-ro de perdas pode recorrer a opções de investimento já prontas e disponíveis no mercado.

São alternativas oferecidas por bancos, corretoras e ges-toras de recursos, com admi-nistradores profi ssionais que selecionam a composição do investimento – mas que co-bram pelo serviço.

Entre elas, estão os fundos de capital protegido.

Nesses produtos, o admi-nistrador tenta manter total ou parcialmente o valor inicial investido em papéis de renda fi xa (de menor risco), enquan-to aplica uma parcela dos recursos em mercados mais arriscados, como o de opções – em que o investidor aposta no aumento ou na queda do preço de ações e commodi-ties (matérias-primas, como metais), por exemplo.

“Esses fundos têm um ven-cimento. Depois disso, é mon-tado novo fundo, que pode ter as mesmas características ou novas, conforme as condi-ções do mercado”, diz Aquiles Mosca, superintendente exe-cutivo comercial da gestora de recursos Santander Asset Management.

Nos fundos de capital pro-tegido, geralmente a única taxa cobrada é a de admi-nistração, anual, de acordo com consultores.

Bancos ofertam pacotes prontos

Investir em imóveis em construção ou na plan-ta está no outro lado: aplicação de baixo risco

LUIZ

CAR

LOS

MU

RAU

SKAS

/FO

LHAP

RESS

C01 - FOLHA.indd 1 6/4/2014 23:53:57

Page 18: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Rio vive ‘guerra dos brigadeiros’

A cena está se tornando ro-tineira em algumas ruas do centro do Rio, principalmente em frente a sedes de grandes empresas, como Vale e Petro-bras, onde há intensa movi-mentação de pessoas.

No horário do almoço, entre as 12h e às 15h, longas fi las se formam em frente a carrinhos pintados de azul ou marrom. Neles são vendidos brigadeiros – dos tradicionais, cobertos com granulado, a versões mais modernas, como o de capim limão, avelã, Nutella, damasco ou recheado com cereja.

Os carrinhos pertencem a duas microempresas que vêm disputando milimetricamente

o paladar do público e que, juntas, vendem 12 mil unidades de 40 variedades do docinho a cada dia. O faturamento diário dos dois negócios chega a R$ 15 mil. A mais antiga, a Atelier Brigadeiro Carioca, tem loja fi xa há oito anos em uma rua no centro da cidade. O primeiro carrinho foi colocado na rua há um ano e meio.

“Sabe quando vimos que o negócio tinha futuro? Quando colocamos a primeira barra-quinha na rua, um mendigo perguntou o preço, comprou, comeu e pediu mais cinco”, afi r-ma o gerente Wagner Panico.

A microempresa tem 18 car-rinhos e a fábrica, anexa à loja, emprega 11 pessoas, cuja produção é de cerca de 8.000 brigadeiros por dia.

De acordo com o gerente, a intenção é instalar dez quios-ques entre o centro e a zona sul da cidade, nos próximos seis meses. O projeto, no entanto, ainda depende de autorização da prefeitura.

Concorrente da Atelier, a Estação do Brigadeiro está no mercado há oito meses. “Temos nove vendedores ambulantes e sete auxiliares na fábrica, que é artesanal e fi ca em Botafogo”, disse João Marcos Carneiro, 41, sócio-proprietário.

Dali saem em média 4.000 brigadeiros por dia. Segundo Carneiro, ao fi m do dia todos foram vendidos. Ele tem custo fi xo mensal de R$ 45 mil para manter o negócio e margem de lucro de 42%.

COMÉRCIO

Solteiras são mais ambiciosasAs empreendedoras bra-

sileiras solteiras são mais ambiciosas, enquanto as ca-sadas são mais persistentes, segundo análise de uma pes-quisa feita pelo SPC Brasil.

A persistência foi o princi-pal aspecto a que as entre-vistadas casadas e solteiras atribuíram o sucesso do seu negócio (42% entre as casa-das e 37% entre as solteiras). Em segundo e terceiro lugar estão confi ança e ousadia, ambas mais citadas por mu-lheres solteiras do que pelas casadas. “Acredito que isso tenha a ver com o perfi l e o momento de vida de cada uma. A mulher casada tem uma rotina ligada à persis-

tência, enquanto a solteira está em um momento de vida em que pode se arriscar mais”, diz Luiza Rodrigues, economista do SPC.

Em relação ao sucesso do negócio, ambas acreditam que ele pode ser defi nido por clientes satisfeitos e fi éis (28% das mulheres casadas e 25% das solteiras). No entanto, 24% das mulheres solteiras valorizam mais a rentabilidade, ante 17% das casadas. “Para as mulheres casadas, um dos motivos para empreender é a fl exi-bilidade do trabalho, que as permite cuidas dos fi lhos. É normal que a rentabilidade se torne menos importante”,

explica Rodrigues. É um dos motivos que

levam 76% das mulheres casadas afi rmaram que in-sistiriam no próprio negócio mesmo se tivessem a opor-tunidade de ter um emprego fi xo, com carteira assinada, trabalhando 8h por dia e ganhando a mesma quantia. Entre as mulheres solteiras, esse número é menor: 67%. “Podemos ver que as moti-vações para empreender são várias, mas diferem entre os perfi s. A mulher casada abre um negócio sem querer correr riscos, porque aquilo se assemelha ao seu estilo de vida. A mulher solteira tem mais ambição”, diz.

EMPRESÁRIAS

OSNI ALVES DO RIO

Gol aumenta frota deaeronaves mais leves Aérea recebe sexto Boeing com alterações que ‘economizam’ 318 quilos e elevam capacidade em 20%

A dois meses do início da Copa do Mundo de Futebol, a Gol recebeu, na última sexta-fei-ra, o sexto avião 737-800,

da Boeing, adaptado para operar com melhor desempenho em pistas curtas, como a do aeroporto Santos Dumont, no Rio, e a de Congonhas, em São Paulo.

Com um novo pacote, que inclui a troca dos freios de aço por freios de carbono, o avião pode operar com 20% mais carga ou passageiros do que o modelo original, segundo a Boeing – o que fará com que a Gol gere mais receita com o mesmo custo operacional.

As mudanças atendem, principal-

mente, às demandas da ponte aérea Rio-São Paulo, em que os aviões, em geral, não operam com sua ca-pacidade total devido às condições das pistas.

“Entendeu-se que diminuindo o peso da aeronave e mudando alguns paco-tes operacionais, poderíamos utilizar ao máximo a capacidade de passa-geiros”, diz Alberto Correnti, diretor de manutenção da Gol.

Enquanto a média das pistas em aeroportos americanos é de 2,7 km, cerca de metade das pistas no Brasil tem menos de 1,8 km. Em Congo-nhas, uma das pistas tem 1,4 km, e, no Santos Dumont, o comprimento é de 1,2 km.

As mudanças que permitirão gerar mais receita vêm num momento crucial para a Gol, que registrou resultados ne-

gativos pelo oitavo trimestre seguido, no fi m de 2013. Apesar de os prejuízos terem recuado 96% no quarto trimes-tre de 2013 – principalmente por meio do aumento de preços de passagens e cortes de voos e funcionários –, a empresa ainda teve perdas de R$ 19,3 milhões.

Desde janeiro, já foram seis os aviões recebidos com o novo pacote, que “economizou” 700 libras (cerca de 318 kg). Até junho, mais duas serão entregues pela Boeing.

Outros oito 737-800 da empresa tiveram o freio alterado, neste ano, para ter o mesmo desempenho. A estimativa é que pelo menos 31 aviões da frota da Gol – hojet com 141 aeronaves em operação – vão voar com o novo pacote, SFP-2 (short fi eld performance).

Um primeiro pacote para melhorar a performance em pistas curtas – que incluía alterações nas asas para ajudar o avião a frear – começou a ser incluído no 737-800 ainda em 2006.

Segundo a Boeing, mesmo sem as adaptações, o 737-800 consegue pousar de forma segura numa pista curta. “As mudanças foram feitas para aumentar a performance”, afi rma o diretor de comunicação para vendas internacionais da Boeing, Jim Proulx.

A partir de 2017, a companhia também passará a receber os pri-meiros dos 60 jatos Boeing-737 MAX 8, nova geração de aviões que prevê uma redução do consumo de combustível de 13% na comparação com o 737 atual.

*A repórter viajou a convite da Gol

ISABEL FLECK*ENVIADA ESPECIAL A SEATTLE, WASHINGTON

Adaptações são feitas sob medida para pistas curtas como as de San-

tos Dumont, no Rio, e Congonhas, em SP

LUCA

S LA

CAZ

RUIZ

/FO

LHAP

RESS

C02 - FOLHA.indd 2 7/4/2014 00:02:07

Page 19: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

IR: é melhor citar volumecapitalizado em bitcoins Receita Federal decide que moeda equipara-se a ativo fi nanceiro para fi m tributário. Bitcoin pode entrar em ‘outros bens’

Contribuintes que pos-suem os chamados bitcoins – moedas vir-tuais – terão de prestar

informações à Receita Federal e, em alguns casos, pagar Im-posto de Renda.

O fi sco decidiu que essas moedas “se equiparam a ativos fi nanceiros para fi ns tributários”. Por isso, devem ser declaradas como “outros bens” por quem possuía o equi-valente a R$ 1.000 ou mais em dezembro de 2013.

Também é necessário reco-lher IR de 15% sobre o ganho de capital em transações superio-res a R$ 35 mil. Essa obrigação inclui negócios realizados nos últimos cinco anos, cujo imposto deve ser pago com multa e juros. A Receita diz que não é possível fi xar uma regra de conversão da moeda virtual para reais. O con-tribuinte que utilizar cotações de sites que prestam esse serviço, no entanto, não deve enfrentar problemas com o fi sco.

O bitcoin, que surgiu em 2009, é uma moeda que existe apenas no mundo digital e não tem nenhum controle ou garantia estatal ou do sistema fi nan-

ceiro. Uma série de problemas relacionados a essa forma de pagamento (como fraudes, fa-lências, desvalorização e gol-pes de hackers) levaram vários países a discutir formas de proteger usuários e evitar o uso desse instrumento em ati-vidades criminosas.

O Brasil, no momento, ado-tou medida semelhante à di-vulgada recentemente pelos EUA, que também decidiram que essas moedas devem ser tributadas e declaradas. No caso brasileiro, a Receita con-cluiu que é possível cobrar o tributo e as informações sem alterar a legislação.

Bastava o entendimento do órgão de que as moedas vir-tuais podem ser equiparadas a um ativo para o qual já existam regras tributárias.

Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Adu-aneiros da Receita, Claudemir Malaquias, a decisão não sig-nifi ca que o governo considera que essas operações estão de acordo com toda a legislação. Abordou-se apenas a questão tributária. A classifi cação como algo equivalente a um ativo fi -nanceiro também só serve para efeito de Imposto de Renda.

Considerando outros aspec-

tos da lei, o bitcoin não é moeda, valor mobiliário ou mesmo ati-vo fi nanceiro no Brasil, segundo a Receita. O fi sco também criou um grupo de trabalho sobre transações eletrônicas, para monitorar a evolução desse mercado e verifi car se ele se tornará relevante a ponto de exigir novas medidas.

Malaquias afi rmou que um dos desafi os é conseguir in-formações sobre essas tran-sações. Mas ele diz que, em algum momento, esse recurso passa pelo mundo real: contas bancárias, cartões ou aquisição de bens, operações acompa-nhadas pelo fi sco.

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Nem a Receita nem ou-tros órgãos de governo falam em proibir negociações com bitcoin, como já fi zeram a China e a Rússia. A tendência é seguir a posição da maioria dos países desenvolvidos, que buscam ainda entender as mudanças que isso trará para a economia antes de aumen-tar o controle nessa área.

Um argumento para essas proibições é que o bitcoin não pode concorrer com moedas locais, cuja emissão é mono-

pólio estatal. Na maioria dos países também há proibição de utilizar outras moedas como forma de pagamento.

O governo brasileiro, no entanto, não vê esse instru-mento como moeda e avalia que difi cilmente se tornará uma ameaça ao real.

De acordo com uma autori-dade federal, falta ao bitcoin aquilo que é a essência de uma moeda: um Estado soberano que a emite e garante seu valor e sua aceitação.

Como os negócios ainda são pouco relevantes, tam-bém está descartado aplicar no momento as regras válidas para empresas de meios de pagamento, como cartões.

Se isso ocorresse, empre-sas que operam com essas moedas precisariam de au-torização para funcionar e seriam obrigadas a proteger o dinheiro do cliente. Para isso, o bitcoin terá de se tornar uma indústria que suporte os custos de regulação.

Regras para usar moeda virtual

Negociações com bitcoins estão proibidas na Rússia e China. No Brasil ainda é autorizado

DIV

ULG

AÇÃO

ZAN

ON

E FR

AISS

AT/F

OLH

A

Quem possuía o equi-valente mil reais ou mais em dezembro de 2013 deve informá-lo na declaração de IR

C03 - FOLHA.indd 3 6/4/2014 23:50:39

Page 20: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Bolsa abre inscrições emdesafi o anual de escolasIniciativa une aulas e jogo que simula mercado de ações; melhores resultados são premiados, em escolas públicas e privadas

Terminam no próxi-mo dia 25 as inscri-ções para o Desafi o BM&FBovespa 2014

– iniciativa que combina edu-cação fi nanceira e uma com-petição anual, que simula in-vestimentos em ações, entre estudantes do ensino médio do Estado de São Paulo.

Os alunos representantes de cada colégio vão ao prédio da Bolsa na capital paulista e assistem a palestras sobre educação fi nanceira.

Em seguida, recebem di-nheiro fi ctício, informações sobre empresas e indicado-res econômicos hipotéticos para decidir pela compra ou pela venda de ações em com-putadores que simulam ope-rações reais no mercado.

O programa de computador utilizado pelos participantes é similar ao usado pelo in-vestidor real via internet – o chamado “home-broker”.

Podem participar colégios das redes particular e pri-

vada de todo o Estado. As inscrições devem ser feitas no site da Bolsa (www.desa-fi o bmfbovespa.com.br) pelo diretor de cada instituição.

Fases Serão seis eliminatórias

até o início de novembro. As cinco escolas com melhor desempenho em cada etapa estarão classifi cadas para a fi nal, prevista para 29 de novembro.

As escolas serão represen-tadas por um grupo de três a cinco alunos e um professor. Todos devem ser indicados no momento da inscrição.

O objetivo, segundo a BM&FBovespa, é fazer com que os alunos entendam o funcionamento do mercado de ações de forma lúdica.

Os alunos dos cinco me-lhores grupos ganham com-putadores, tablets e mp3. Os colégios levam um com-putador e uma impressora multifuncional cada um.

No ano passado, o Colégio Koelle, de Rio Claro, no inte-rior paulista, foi o vencedor

da competição, com valoriza-ção de 107,71% na carteira de ações criada.

“Nós temos em nosso colégio algumas matérias optativas, uma delas sobre o mercado de ações. Deci-dimos cursá-la, mesmo não sendo obrigados, porque nos interessamos pela competi-ção da Bolsa, e valeu a pena”, disse o estudante Pedro Bo-arin de Oliveira, do grupo vencedor.

“O Koelle já tinha chega-do perto em outras edições, mas só bateu na trave. Isso estimulou a gente a estudar mais”, disse Lucas Gabrício Marçola, também do grupo.

“Sem dúvida, vou querer investir no mercado de ações de verdade no futuro”, disse Álvaro Schwartz Micheletti.

O número de investidores menores de 15 anos cadas-trados na Bolsa brasileira, em março deste ano, era de 1.920, o equivalente a 0,3% dos quase 580 mil investi-dores pessoas físicas que o mercado de ações tem no momento.

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Desafi o é para escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo.Inscrições vão até dia 25

DIV

ULG

AÇÃO

/MEC

DAN

ILO

VER

PA/F

OLH

APRE

SS

Final está prevista para dia 29 de no-vembro deste ano

C04 - FOLHA.indd 4 6/4/2014 23:52:03

Page 21: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Sites barateiam pesquisas,mas podem gerar prejuízoEmpresários precisam tomar cuidado ao escolher quem serão os respondentes de questionários de plataformas virtuais

Novos serviços de in-ternet oferecem a pequenos empresá-rios a possibilidade

de criar, por conta própria, pesquisas de opinião.

As informações podem ser úteis para avaliar a satisfação dos clientes, planejar lança-mentos e defi nir preços, por exemplo. Porém, caso o cria-dor do levantamento não tome cuidados básicos, pode fazer interpretações erradas sobre os dados recebidos.

Segundo Paulo Carramenha, professor da ESPM, o público que se quer atingir é o principal fator para saber se esse tipo de ferramenta é adequado para um negócio.

“Se o empresário quer falar com o público em geral, há um limitador, porque a pesquisa só chega para quem usa a internet. Mas, se ele atende a outras empresas, será excelen-te, porque provavelmente ele tem os endereços de e-mail dos clientes”.

Segundo ele, passa a valer a pena contratar uma compa-nhia especializada quando há valores mais altos envolvidos: se a companhia fará um inves-timento de R$ 500 mil, vale a pena gastar R$ 50 mil para ter

um estudo feito com critérios estatísticos, diz. Já na avalia-ção de Davi Bertoncello, sócio da empresa Hello Research, erros que acontecem durante a criação e a divulgação dos es-tudos podem levar a decisões erradas do empreendedor.

“Não acredito que essas plataformas de self-service sejam uma boa opção. Em-bora elas ajudem a colocar a pesquisa no ar, o empresário não vai saber qual tamanho ela deve ter para a amostra ser signifi cativa nem como

analisar os resultados”. A falta de experiência dos

clientes tem sido enfrenta-da pela Opinion Box e pela SurveyMonkey, que oferecem o serviço, com perguntas e questionários pré-formata-dos que fi cam à disposição do empreendedor, blogs e

materiais didáticos. Algumas delas também pos-

suem uma base de respon-dentes – o que pode facilitar levantamentos em que se deve entrevistar pessoas com perfi s mais específi cos.

Voz do povo A EduK, que há um ano ofere-

ce aulas pela internet, faz pes-quisas com a SurveyMonkey para defi nir que conteúdos incluir no site.

Renan Cavalcanti, 24, ge-rente de marketing da empre-sa, conta que são produzidos questionários semestrais para descobrir quais os interesses do público.

Para que conseguir selecio-nar melhor quem responderá as questões, a companhia faz anúncios pagos divulgando a pesquisa no Facebook, o que permite defi nir qual será o perfi l de internauta que verá o questionário.

Além disso, entre dois e qua-tro formulários são enviados por e-mail semanalmente, a cada estreia de aula.

“Já apostamos muito em alguns cursos e descobrimos que essa não era a preferência dos alunos. Íamos ensinar a fazer uma boneca que estava na moda, mas eles quiseram uma sobre outro modelo, que era mais pedagógico”.

FILIPE OLIVEIRA de RIBEIRÃO PRETO

CUSTOVale a pena contratar uma fi rma especializa-da quando há valores mais altos envolvidos: se a empresa investirá R$ 500 mil, vale a pena gastar R$ 50 mil para ter um estudo feito com critérios estatísticos

Fazer pesquisas de opi-nião pode servir tanto para identifi car melhor os gostos dos clientes quanto para fa-zer com que eles conheçam os produtos da empresa.

O ideal é que o questioná-rio tenha até cinco pergun-tas, segundo Andréa Rufi no, professora de marketing da escola de negócios BSP. Para levantamentos maio-res, é importante dar algu-ma recompensa para quem participa, como desconto ou sorteio.

Segundo ela, as pesquisas

podem ser usadas também como uma ferramenta de di-vulgação e de aproximação com futuros consumidores. Ela sugere que se faça um estudo para entender o po-sicionamento da empresa em relação à concorrência. Rufi no diz que o levanta-mento pode ser usado para destacar pontos positivos da empresa.

“Você pode oferecer uma amostra grátis ou um con-vite para uma reunião ao fi nal”, afi rma a professora.

Porém, se a intenção é

ter um retrato mais fi el do pensamento do consumidor, infl uenciar as respostas atrapalha. Felipe Schepers, 27, um dos fundadores da Opinion Box, exemplifi ca:

“Se você pergunta se a pessoa pagaria R$ 50 por um produto, depois se paga-ria R$ 100 por ele e depois qual o preço justo, a resposta fi nal provavelmente vai fi car entre esses dois valores.”

Rodolfo Ohl, diretor-ge-ral da SurveyMonkey para o Brasil, recomenda usos variados da ferramenta.

Pesquisa usada para aproximar

É preciso direcionar o público e a forma que ele vai responder pesquisas via internet

MO

ACYR

LO

PES

JUN

IOR/

FOLH

APRE

SS

DAN

ILO

VER

PA/F

OLH

APRE

SS

Empresa de Renan Cavalcanti usa Facebook e e-mail para atrair inte-ressados em res-ponder perguntas

C05 - FOLHA.indd 5 6/4/2014 23:57:07

Page 22: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

Aumente sua aposta para se recuperarde perdas na Bolsa de Valores

Marcia DessenFinanças pessoais

Os investidores estrangeiros investiram pesado e a Bolsa bra-sileira subiu 7% em março. José, que acumula perda de 30% em sua carteira de ações, fi cou mais otimista e pensou que a Bolsa precisa subir mais 21% para re-cuperar o dinheiro aplicado. Não é bem assim.

A matemática e a teoria da alocação de ativos comprovam que José está equivocado. O in-vestimento inicial de R$ 100 es-tava depreciado, valendo R$ 70. Com a alta de 7% em março, se aproximou de R$ 75. Para voltar à estaca zero, a Bolsa precisa subir mais 34%, e José, ignorar o que deixou de ganhar se o dinheiro estivesse todo em renda fi xa.

Diversifi cação Em março de 2010, José decidiu

diversifi car seus investimentos e aplicar parte de seus recursos em ações. Ele sabia que estava entrando em um mercado de risco, sujeito a grandes oscila-ções de preços, principalmente em períodos de crise.

Com o objetivo de acelerar o crescimento do capital in-

vestido e disposto a esperar o tempo que fosse preciso para atingir sua meta, investiu 30% em ações e 70% em renda fi xa, taxa pós-fi xada.

Quatro anos depois, peran-te queda de 30% no Ibovespa (principal índice da Bolsa) e alta de 44% na taxa DI (que remunera a renda fi xa), a car-teira de José vale R$ 121,8 mil e está longe da diversifi cação inicialmente planejada.

Os R$ 70 mil inicialmente in-vestidos em renda fi xa valem R$ 100,8 mil, representando 83% da carteira atual. Os R$ 30 mil em ações, por sua vez, valem R$ 21 mil, correspondendo a 17% do total.

Bendita diversifi cação! José está convencido de que, se ti-vesse investido todo o dinheiro em ações, a essa altura já teria resgatado sua aplicação, elimi-nando a chance de se recuperar

do prejuízo. Mas não basta di-versifi car, é preciso monitorar e rebalancear a carteira.

Recuperação O raciocínio para rebalancear

a carteira é simples: José deve recalcular o peso de cada classe de ativos e transferir os recursos excedentes da renda fi xa para a carteira de ações. Ou seja, res-gatar R$ 15.540 da renda fi xa e transferir para ações.

Dessa forma, sua carteira re-torna ao planejamento inicial de 30% em ações e 70% em renda fi xa.

José não gosta muito da ideia de tirar dinheiro de uma posi-ção ganhadora e aumentar sua aposta na Bolsa, mas se deu conta de que, se não fi zer isso, a recuperação das perdas fi ca muito mais distante e, talvez, improvável.

A renda fi xa, por maior que seja

a taxa de juros, não vai recuperar perdas provocadas pela Bolsa. Só a Bolsa ou outros investimentos de risco podem trazer esse di-nheiro de volta.

Futuro Vamos imaginar juros estáveis

em 10% ao ano, pelos próximos dois anos, alta do Ibovespa de 40% no período, e calcular o retorno da carteira de José em duas hipóteses: retorno da car-teira mantida em março de 2014, sem rebalanceamento, e retorno da carteira balanceada.

A simulação demonstra que, daqui a dois anos, mesmo após uma alta hipotética de 40%, José não recuperaria o capi-tal investido em ações há seis anos se deixasse de balancear a carteira.

A gestão do investimento em renda variável é dinâmica. Diferentemente do que ocorre em renda fi xa, em que se pode comprar e esperar o vencimen-to, em renda variável é preciso fi car atento e fortalecer suas posições contra o inimigo sem-pre que necessário.

Líder do simulador de ações acumula ganho de 61,8%

Roger Thiago Alves Rodri-gues tem valorização de 61,8% no ano em sua carteira de ações e se mantém na liderança, pela quinta semana seguida, do ranking 2014 do Folhainvest, simulador da Bolsa de Valores feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa.

Em segundo lugar, está Mi-chelle Szuecs, com 51%. Ange-lo Siewerdt aparece na terceira colocação, com 49,9%, seguido por Elson Costa, que registrou 45,4%. A relação dos cinco primeiros se completa com Patrício Souza, com 44,2%.

No ranking universitário, Ro-drigues lidera, com Siewerdt em segundo. Szuecs é a pri-meira no ranking feminino. No recorte por regiões, Benedito Dalton Goes Neto é o primeiro colocado no Norte, com ganho

de 29,9%. No Nordeste, apare-ce Patrício Souza. Líder geral, Rodrigues é da região Sudeste. No Sul, Angelo Siewerdt está no topo. E Jácomo Queiroz (38,3%) é o primeiro no Cen-tro-Oeste.

Os interessados em partici-par podem se inscrever gratui-tamente no site do simulador (www.folhainvest.com.br).

O ranking para a premiação do ano começa a ser computa-do no momento da inscrição. O mensal passou a ser contabili-zado no início de fevereiro.

A premiação mudou em 2014: contempla cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por outros produ-tos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

FERN

AND

O D

E AL

MEI

DA

FOLHAINVEST

C06 - FOLHA.indd 6 6/4/2014 23:58:19

Page 23: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para coluna [email protected]

Cristiane Amorim,atriz

Indicadores Econômicos

Sempre gostei muito da pou-pança: é um in-vestimento que considero simples e seguro. Futura-mente, pretendo investir em imóveis

Qual é a opção para investir dinheiro recebido após demissão?

Poupar previamente e mon-tar uma reserva para momentos mais turbulentos, como o de desemprego, é o melhor para se proteger.

E, para quem já está desem-pregado, é importante evitar no-vas dívidas e reduzir os gastos durante o tempo em que não houver renda.

Você informa que recebeu algum valor na rescisão do contrato de trabalho, mas não especifi ca o montante.

Então, para efeito de simu-lação de investimento, vamos considerar uma quantia mensal equivalente à do teto do seguro-desemprego, pago quando um trabalhador é despedido sem justa causa e não possui ne-

nhuma outra fonte de renda: R$ 1.304,63 mensais.

Para fazer com que esse di-nheiro dure mais, uma boa opção é colocá-lo em uma aplicação de baixo risco e retirar pequenas parcelas. Uma alternativa inte-ressante é o CDB (Certifi cado de Depósito Bancário). Esse tipo de investimento é garantido em até R$ 250 mil por CPF por institui-ção fi nanceira pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) em caso de quebra do banco.

O valor do seguro-desempre-go pode ser baixo para manter seu padrão de vida.

Supondo, então, que você te-nha feito uma reserva de emer-gência de R$ 15 mil – ou tenha recebido quantia equivalente na

F. F., DE PIRACICABA (SP) rescisão do contrato de trabalho –, o investimento desse valor te-ria rendimento projetado, em um CDB de 85% do CDI, já descon-tado Imposto de Renda, de 0,6% mensais. As retiradas, portanto, são equivalentes a R$ 2.552,60 mensais, ou a R$ 3.857,23 ao mês se somarmos a aplicação mensal de R$ 1.304,63 (do teto do seguro-desemprego).

Você pode dividir o resgate da aplicação de R$ 15 mil em três parcelas “mais gordas”, de R$ 5.059,00, sem contar o va-lor do seguro-desemprego, ou comprimir os gastos mensais para que o dinheiro guardado dure mais tempo. Considerando a mesma taxa de rendimento desse exemplo, mas uma re-serva de R$ 6.000, torna-se possível dividir os resgates em

três parcelas de R$ 2.023,97. Se você procurar CDBs de

risco maior – fora dos grandes bancos, por exemplo –, os títulos tenderão a render mais.

Também é importante con-siderar alíquota de IR sobre o ganho em CDB. Para res-gate em até 180 dias, é de 22,50%. Entre 181 e 360 dias, de 17,50%. De 361 a 720, de 17,50%. E de 15% para resgate acima de 720 dias.

Para investimentos de médio e longo prazos, esteja atento à in-fl ação projetada para o período para verifi car se o rendimento da aplicação supera essa taxa.

SAMY DANA é professor de economia da FGV. Twitter: @samydana. Facebook: face-book.com/CaroDinheiro

Como comprar imóvel em 5 anos com o Tesouro Direto?

RESPOSTA DO CONSUL-TOR DE FINANÇAS PESSOAIS MAURO CALIL - Caro leitor, em primeiro lugar, parabéns por for-matar seu sonho, dando prazo e valor a ele – R$ 150 mil em preço atual, como você diz em sua pergunta completa. Por outro lado, infelizmente, a realidade das aplicações fi nanceiras não está a seu favor.

Hoje, a maioria das aplica-ções financeiras conservado-ras rende cerca de 10% ao ano, o mesmo que a taxa média de valorização dos imóveis nas áreas urbanas do Brasil.

Resta, conforme citado por você mesmo, o Tesouro Direto, que paga um pouco mais. A LTN (Letra do Tesouro Nacional) com vencimento em 1º de janeiro de 2018 – ou seja, pouco menos de quatro anos – paga 12,9% ao ano. Esse prazo é próximo ao que você mesmo estabeleceu.

Nesses 45 meses, desde que mantida a taxa dos 12,9% ao ano, você acumularia R$ 29.324 poupando R$ 500 por mês, ou R$ 58.649 poupando R$ 1.000 por mês – valores que você diz em sua pergunta completa que conseguiria investir.

Já o imóvel desejado, que hoje

vale R$ 150 mil, custaria cerca de R$ 215 mil.

Ou seja, você estaria bem mais próximo da compra do que está hoje, mas ainda distante.

Sendo assim, o consórcio imo-biliário com lance embutido pode ser uma opção.

O consórcio não é um investi-mento, mas uma dívida progra-mada. Ao usar a modalidade do lance embutido, por exemplo, você irá fazer uma carta de R$ 300 mil para comprar um imóvel de R$ 200 mil e irá usar R$ 100 mil da própria carta para fazer o lance, mais seu FGTS e o dinheiro poupado.

Caso seu lance seja o ganhador, sua dívida será imediatamente reduzida para o valor residual restante e, assim, você libera os R$ 200 mil desse exemplo para a compra de seu imóvel.

Verifi que qual o caminho mais adequado a você e, se preferir aplicar no Tesouro e esperar um pouco mais para conquistar seu imóvel sem dívida nenhuma, ou usar esse mecanismo em con-junto com o consórcio, busque uma corretora de valores que possa atendê-lo.

Acredito que seja o melhor veículo para a aplicação no Te-souro Direto.

A. S., DE SÃO PAULO (SP)

Samy Dana

Eu invisto em...

FERN

AND

O T

ORQ

UAT

TO/D

IVU

LGAÇ

ÃO

C07 - FOLHA.indd 7 6/4/2014 23:56:00

Page 24: EM TEMPO - 7 de abril de 2014

C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014

C08 - PUBLICIDADE.indd 8 6/4/2014 23:59:05