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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 31 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ANO XXVI – N.º 8.408 – SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ MÉDICO DESCARTA NEYMAR NA FINAL 8177-2096 DENÚNCIAS • FLAGRANTES Seis pessoas ficaram feridas após um acidente no quilômetro 70, da AM- 010, envolvendo um carro de passeio. Duas das vítimas foram removidas de helicóptero para o hospital João Lúcio. Última Hora A2 Seis feridos em acidente na AM-010 Williame Rodrigues Gomes, o “Manchinha”, foi executado na frente da família com um tiro na nuca. Ele vinha recebendo ameaças de morte por dever dinheiro ao tráfico de drogas. Dia a dia A7 Pagou tráfico com a vida A primeira aparição do líder Islâmico, Abu Bakr al-Bagdhadi, autoproclamado califa, é uma demonstração de força de seu grupo, que controla partes do Iraque e da Síria. Mundo B4 Terror no vídeo do califa AMAZONAS PODE TER 705 CANDIDATOS O Tribunal Regional Eleitoral encerrou o prazo para os partidos e coligações protocolizarem os requerimentos de registro de seus candidatos, com um total de 705 pedidos de registros. Política A6 Weidman acaba sonho de Machida Chris Weidman manteve o cinturão dos médios do UFC mais uma vez. O americano derrotou Lyoto Machida na luta principal do UFC 175 por decisão unânime. Pódio D3 Hamilton vence GP da Inglaterra Lewis Hamilton venceu o tumultuado Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1, e está mais vivo do que nunca na briga do Mundial. Pódio D3 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO ALBERTO CÉSAR ARAÚJO Vítimas foram removidas em helicóptero do Corpo de Bombeiros Weidman bateu Lyoto no UFC 175 e manteve o cinturão 1 Neymar não preci- sará pas- sar por cirurgia, apenas usará uma cinta lom- bar. O tempo de recuperação é de quatro a seis semanas O médico José Luiz Runco, ortopedista e diretor do departa- mento médico da seleção brasileira, descartou a possibilidade de Neymar jogar a final da Copa do Mundo, se a seleção passar pela Alemanha, nesta terça-feira. “Em momento algum existe opção de tratamento”, afirmou Runco. Neste domingo, foi divulgado que o médico do Santos, Maurício Zenaide, e os fisioterapeutas Rafael Martini e Nicola Carneiro avaliaram o atleta e diagnosticaram a possibilida- de de realizar infiltrações de analgésicos para que o craque pudesse entrar em campo. Pódio Jornal da Copa D4 e D5 2 A fratura sofrida pelo cra- que da sele- ção brasileira foi na apófise transversal da terceira vér- tebra lombar esquerda 3 A possibi- lidade de Neymar jogar a final da Copa seria por meio de infiltrações de analgésicos que aliviariam as dores. O DRAMA DE NEYMAR ARTE: REGI

EM TEMPO - 7 de julho de 2014

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 31 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

ANO XXVI – N.º 8.408 – SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

MÉDICODESCARTANEYMAR NA FINAL

8177-2096DENÚNCIAS • FLAGRANTES

Seis pessoas fi caram feridas após um acidente no quilômetro 70, da AM-010, envolvendo um carro de passeio. Duas das vítimas foram removidas de helicóptero para o hospital João Lúcio. Última Hora A2

Seis feridosem acidente na AM-010

Williame Rodrigues Gomes, o “Manchinha”, foi executado na frente da família com um tiro na nuca. Ele vinha recebendo ameaças de morte por dever dinheiro ao tráfi co de drogas. Dia a dia A7

Pagou tráfi co com a vida

A primeira aparição do líder Islâmico, Abu Bakr al-Bagdhadi, autoproclamado califa, é uma demonstração de força de seu grupo, que controla partes do Iraque e da Síria. Mundo B4

Terror no vídeo do califa

AMAZONAS PODE TER 705 CANDIDATOSO Tribunal Regional Eleitoral encerrou o prazo para os partidos e coligações protocolizarem os requerimentos de registro de

seus candidatos, com um total de 705 pedidos de registros. Política A6

Weidman acaba sonho de Machida

Chris Weidman manteve o cinturão dos médios do UFC mais uma vez. O americano derrotou Lyoto Machida na luta principal do UFC 175 por decisão unânime. Pódio D3

Hamilton vence GP daInglaterra

Lewis Hamilton venceu o tumultuado Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1, e está mais vivo do que nunca na briga do Mundial. Pódio D3

Hamilton vence GP daInglaterra

Lewis Hamilton venceu o tumultuado Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1, e está mais vivo do que nunca na briga

Pódio D3

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Vítimas foram removidas em helicóptero do Corpo de Bombeiros

Weidman bateu Lyoto no UFC 175 e manteve o cinturão

1Neymar não preci-sará pas-

sar por cirurgia, apenas usará uma cinta lom-bar. O tempo de recuperação é de quatro a seis semanas

O médico José Luiz Runco, ortopedista e diretor do departa-mento médico da seleção brasileira, descartou a possibilidade de Neymar jogar a fi nal da Copa do Mundo, se a seleção passar pela Alemanha, nesta terça-feira. “Em momento algum existe opção de tratamento”, afi rmou Runco.

Neste domingo, foi divulgado que o médico do Santos, Maurício Zenaide, e os fi sioterapeutas Rafael Martini e Nicola Carneiro avaliaram o atleta e diagnosticaram a possibilida-de de realizar infi ltrações de analgésicos para que o craque pudesse entrar em campo. Pódio Jornal da Copa D4 e D5

2A fratura sofrida pelo cra-

que da sele-ção brasileira foi na apófise transversal da terceira vér-tebra lombar esquerda

3A possibi-lidade de Neymar

jogar a final da Copa seria por meio de infiltrações de analgésicos que aliviariam as dores.

O DRAMA DE NEYMAR

ARTE: REGI

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Page 2: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Concurso n. 596 (05/07/2014)

Concurso n. 1077 (04/07/2014)

Extração nº 04881 (05/07/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 08.175 500.000,00

2º 86.286 34.200,00

3º 27.451 33.600,00

4º 13.923 32.800,00

5º 92.649 31.940,00

Concurso n. 1295 (04/07/2014)

01 04 11 23 37 45

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

13 15 29 32 35 36

Segundo sorteio

Concurso n. 1466 (05/07/2014)

LOTOMANIALOTOMANIA

04 09 14 16 20

21 28 35 41 44

50 67 76 77 82

84 85 86 90 98

Concurso n. 3527 (05/07/2014)

17 50 59 66 77

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

01 02 05 06 07

08 10 12 13 14

15 19 20 21 24

TIMEMANIATIMEMANIA

14 19 20 28 55 76 79

Time do coração

SANTO ANDRÉ/SP

LOTERIAS

Concurso nº 1614 (05/07/2014)

14 17 21 27 43 49

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Acidente na AM-010 fere cinco adultos e uma criança Quatro vítimas, com ferimentos leves, foram removidas de ambulância para o hospital municipal de Rio Preto da Eva

Seis pessoas fi caram fe-ridas após um acidente no quilômetro 70, da AM-010 (Manaus-Ita-

coatiara), envolvendo um carro de passeio por volta das 15h30, de ontem. De acordo com in-formações da assessoria de im-prensa do Corpo de Bombeiros do Amazonas, dentro do carro encontravam-se três mulheres, dois homens e uma criança de dois anos. As vítimas com feri-mentos leves foram removidas de ambulância para o hospital municipal de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus).

Já duas das seis vítimas, identifi cadas como Telma Al-ves, 40, e Danielle Pereira dos Santos, 33, que estaria grávida, precisaram ser deslocadas de

helicóptero pelo Corpo de Bom-beiro para o hospital João Lúcio, localizado na alameda Cosme Ferreira, bairro São José 1, Zona Leste de Manaus.

Segundo a assessoria de im-prensa do Corpo de Bombeiro, as duas vítimas sentiam fortes dores abdominais e foram re-movidas pela aeronave para o João Lúcio porque no hospital de Rio Preto da Eva não havia equi-pamentos necessários para a realização dos exames.

Conforme as informações, o acidente ocorreu quando o carro perdeu o controle, saiu da pista e entrou na mata, vindo a se chocar com uma árvore. Ainda não se sabe o motivo que levou o condutor do carro a perder o controle do veículo. O Corpo de Bombeiros realizou o resgate das vítimas no heli-cóptero da corporação.

O acidente ocorreu quando o carro perdeu o controle, saiu da pista e entrou na mata, vindo a se chocar com uma árvore

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

Cidade de Deus ganha sua Copa O estádio do Ceres Futebol

Clube viveu ontem uma fi nal eletrizante entre a equipe masculina da Cidade de Deus e o time da Favela dos Bancários. Empolgados pelo clima de Copa do Mundo, os jogadores deram tudo de si em campo. Embora com dimensões modestas, com capacidade para 3 mil tor-cedores, o estádio, no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio, tem um gramado de fazer inveja a muitas arenas milionárias.

O time Cidade de Deus, também conhecido como CDD, abriu o placar logo no primeiro tempo, mas deixou o Bancários empatar. Embo-ra o Bancários tenha levado muito perigo ao gol adversá-rio, na tentativa de empatar, mais um gol confi rmou a vitória do CDD.

Inspiração totalOrganizada pela Central

Única das Favelas (Cufa), a competição, batizada ofi cial-mente como Torneio Futebol Arte, foi inspirada na Copa do Mundo e representou uma

extensão da Copa das Fave-las, campeonato de maior fôlego que é realizado há quatro anos no Rio de Janeiro, reunindo cerca de 300 comu-nidades do Estado.

Celeiro de craquesO diretor de expansão da

Cufa, Altair Martins, explicou que o objetivo é dar visibi-lidade aos jovens, a maior parte entre 15 e 17 anos. “A nossa esperança é que daqui saiam alguns craques. Que-remos aproveitar este mo-mento de Copa do Mundo e levar para dentro das favelas a esperança a esses jovens. Temos a possibilidade de es-tarmos encontrando futuros talentos”, disse Altair.

O técnico das equipes masculina e feminina da CDD, Carlos Andrade, mais conhecido como DJ Nem, sa-lientou que o futebol é uma forma de ocupar o tempo dos jovens com atividades positivas. “O governo tinha que implantar mais projetos dentro das comunidades, até para a gente tirar essas pessoas do tráfi co e da rua,

para ocupar o tempo delas. Tem um monte de jovens que jogam futebol, mas não tem espaço. O futebol feminino é um exemplo. Não se dá valor aqui. Lá nos Estados Unidos e na Europa, eles dão toda uma estrutura. Aqui, não tem nenhuma”, criticou Nem.

Homens e mulheresAntes da fi nal masculina,

foi disputada a fi nal feminina, vencida também pela equipe da Cidade de Deus, que bateu, nos pênaltis, o time da favela do Sapo.

Uma das jogadoras da CDD é Suellen Oliveira, de 19 anos, que joga como meia e atua no Botafogo, na categoria sub-20, mas não recebe salário. “Sonho em ser jogadora da Seleção Brasileira. O futebol feminino sempre foi difícil. A gente gasta passagens para ir aos treinos e para jogar, porque gosta. Falta patro-cínio. Salário a gente não recebe. Eu sonho em ir para o exterior jogar lá. Tenho que pensar no meu futuro”, declarou ela otimista e com planos para o futuro.

O estádio de Ceres fi ca localizado no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro

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ACÃO

FAVELAS

O Corpo de Bombeiros realizou o resgate de todas as vítimas

Projeto prevê o fi m de venda combinada em SP

Um lanche com o boneco do super-herói do fi lme que está no cinema ou um ovo de Páscoa com uma série de bonecas colecionáveis são objetos comumente encon-trados nas prateleiras de lojas e supermercados do país. Uma lei aprovada nes-ta semana na Câmara de Vereadores de São Paulo-proíbe esse tipo de prática na capital paulista. A norma aguarda sanção do prefeito Fernando Haddad.

Para a organização não governamental Instituto Alana, a vedação da venda casada de brinquedos com gêneros alimentícios é fun-damental para restringir práticas comerciais que

contribuem para o aumen-to da obesidade infantil. Por outro lado, empresá-rios do ramo alimentício defendem que Haddad não sancione a lei, pois a ma-téria deve ser discutida no âmbito da União.

A medida prevê sanções como multa de R$ 1,5 mil, passando pela cassação do alvará de funciona-mento até o fechamento do local de venda. A dire-tora de Defesa e Futuro do Alana, Isabella Henri-ques, diz que o município pode legislar sobre esse tema. Ela explica que o brinquedo, muitas vezes, é considerado mais valioso que a própria refeição.

LANCHES

Prazo para inscrição do Sisu acaba nesta segunda

Será encerrado hoje o prazo de adesão à lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A adesão é feita no site do Sisu. A lista é apenas para a primeira opção fei-ta na hora da inscrição. Os candidatos em lista de espera serão convocados pelas instituições a partir do dia 14.

Aqueles que não foram selecionados em nenhu-ma das chamadas po-derão acessar o boletim pessoal no site do sistema e clicar no botão que con-firma o interesse em par-ticipar da lista de espera. Também podem integrar a lista os candidatos que

foram selecionados na segunda opção de curso, mesmo os que já fizeram a matrícula.

Nesta edição, foram ofertadas 51.412 vagas em 1.447 cursos de 67 instituições de educação superior federais e esta-duais. Segundo o Minis-tério da Educação (MEC), 1.214.259 candidatos se inscreveram.

O Sisu é o sistema in-formatizado do MEC no qual instituições públicas de ensino superior ofe-recem vagas para can-didatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio. A seleção é feita duas vezes por ano.

ADESÃO

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Page 3: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014 A3Opinião

Falta infância a um número bastante expressivo das nossas crianças. A população de crianças e adolescentes, entre zero e 18 anos, de Manaus contabiliza mais de 600 mil indivíduos. É um terço do total de habitantes da cidade, segundo estimativa do IBGE – possivelmente mais, pois nenhuma estatística é exata, senão o máximo de possibilidades de precisão. Não é pouco. Um décimo dessa estimativa já seria demasiado.

Desde a Constituição de1988, e muito antes dela, a imposição legal de que “lugar de criança é na escola” foi absorvida até pelo mais estúpido dos governantes. Mas as crianças estão nas ruas, expostas a lições que só os piores adultos são capazes de ministrar.

Existem aparelhos de Estado dedicados à criança, ao adolescente e ao jovem. Existem organizações não governamentais dedicadas ao problema. Existem políticas públicas voltadas para esse público. Existe muito dinheiro do contribuinte, sustentando as ações isoladas dessas entidades e instituições que agem como se estivessem disputando o pódio de uma Olimpíada.

O resultado de toda essa dispersão de esforços é um sentimento de impotência; de que a sociedade e o Estado estão diante de um problema insolúvel, o que signifi ca apenas rendição ou acomodação, porque não existem problemas insolúveis. Em todo o mundo (e o fenômeno já refl ete no Brasil) as populações nacionais estão envelhecendo mais depressa do que conseguem repor seu contingente de juventude, talvez, porque já se tenha disseminado o medo que representa o risco de pôr uma criança no mundo.

Não sem alguma razão: do jeito que essas populações envelhecidas trataram e tratam crianças, ado-lescentes e jovens, em pouco tempo o mundo será governado por bandidos velhos. Se já não o está. Não adianta perguntar mais tarde : onde foi que falhamos?

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o exemplo de atleta que o ex-jogador Assis deu em vida. Ídolo do Fluminense na década de 80, Assis partiu ontem, deixando como legado uma história de vencedor, ao lado de seu fi el parceiro Washington, com quem formou o histórico “casal 20”.

Assis

APLAUSOS VAIAS

Sangue novo

Nas escolinhas dos COTs o Amazonas vai formar gran-des craques, que poderão for-talecer o elenco dos clubes de Manaus.

Com isso estancaríamos o velho círculo vicioso de im-portar jogadores em fim de carreira e que nada acrescen-tam ao nosso futebol.

Novo caminho

As vantagens são inúmeras.Além de fabricar futuros cra-

ques, a escolinha iria retirar garotos das ruas, do perigo das drogas e da marginalização. Cla-ro que isso poderá ser feito com o acompanhamento médico, nu-tricionista escolar e uma bolsa de estudos.

Peneira

Existem muitos garotos ba-tendo bola nos raros campos de várzea que existem em Manaus.

Basta fazer grandes “penei-ras” periodicamente para des-cobrir “futuros Neymar” perdidos pelos bairros da periferia e pelo interior do Amazonas.

Utilidade

Esta seria uma opção para os dois COTs, que até hoje não fo-ram utilizados por nenhuma das seleções que vieram jogar em Manaus: Inglaterra, Itália, Por-tugal, Estados Unidos, Croácia, Camarões, Suíça e Honduras.

Nota de repúdio

O drama de Neymar tam-bém contagiou os políticos amazonenses.

É o caso do deputado estadual Arthur Bisneto (PSDB), que por meio de nota de repúdio expres-

sou o seu apoio e solidariedade ao camisa 10 e aos demais joga-dores da seleção brasileira.

Pau no Zuñiga

O tucano também disparou seus torpedos contra o respon-sável pela lesão que tirou Neymar da Copa do Mundo.

O truculento lateral direito Camilo Zuñiga.

Punição

Bisneto lembrou que Ma-naus, eleita como melhor ci-dade-sede do Mundial, tem o direito de exigir da Fifa uma punição severa a Zuñiga, “que acertou com uma covarde jo-elhada o jogador”.

Covarde

Para o deputado tucano, a atitude do lateral da Colômbia foi covarde e violenta.

— Reitero minha indignação e espero que a Fifa dê a punição merecida ao jogador colombiano – protestou.

Fúria no Instagram

A mãe e até o cachorro do jogador colombiano Camilo Zuñiga, que deu uma joelhada em Neymar, foi alvo de ofensas neste domingo (6).

Bate e rebate

Alguns brasileiros que não se conformam com a saída precoce do camisa 10 da seleção da Copa do Mundo deixam insultos em fotos no Instagram de Zuñiga.

Outros brasileiros e colom-bianos saem em defesa do jogador.

Cachorrada

— Até esse cachorro tem mais

caráter do que ele –, comentou uma internauta na imagem em que o jogador aparece ao lado de seu cachorro de estimação.

— Cachorro não tem culpa, viu povo –, respondeu um torcedor.

Nem mãe escapa

— Que desgosto!!!! Ter um fi lho tão covarde! –, escreveu uma internauta na foto da mãe do jogador.

Baixaria

— Essas pessoas com comentários medíocres me causam enjoo. É muita gente burra e ignorante para um país só. Vocês me dão vergo-nha, seus ridículos. Racistas nojentos, burros nojentos. Muita gente de espírito pobre –, rebateu outro internauta.

Coisa de cinema

Jornalistas que bebiam sá-bado à noite no bar Vinícius de Moraes, exibiam na mesa uma bebida especial.

O vinho Copolla, produzido pela vinícola de Francis Ford Copolla, o genial diretor de “O Poderoso Chefão”, “Apocalipse Now” e “Patton”.

Luz, taça, ação!

O cineasta americano é reco-nhecido em todo o mundo.

O que poucos sabem é que ele é um apaixonado por vi-nhos e que, há décadas, trans-formou essa paixão em um grande negócio.

A Rubicon Estate é quem pro-duz os vinhos Copolla, conside-rados os melhores e mais caros da América.

Para bares, restaurantes e hotéis de Manaus, que continuam cobrando preços absurdos, elevados durante o período dos jogos. Mas agora os turistas já nos deixaram, não está na hora de voltar à realidade?

Tubarões da Copa

Uma escola infantil para a formação de uma geração de craques, com acompanhamento de técnicos, preparador físico e psicólogos poderá ser a grande saída para o aproveitamento dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs), estádio Ismael Benigno (Colina), no bairro de São Raimundo, Zona Oeste, e Carlos Zamith, no bairro do Coroado, Zona Leste.

Fábrica de boleiros

REPRODUÇÃO DIEGO JANATÃ

[email protected]

Onde estamos falhando

Somos o campeão mundial em assassinatos (em números absolutos: 56.337 mortes em 2012). Grande parte desses óbitos intencionais (1.347.653, de 1980 até este minuto que escrevo – veja o delitômetro do Instituto Avante Brasil) faz parte do genocídio estatal bra-sileiro (algo próximo de 20%).

São mortes produzidas pela maquinaria de guerra do Es-tado assim como contra os próprios agentes do Estado. Reunindo-se todas as caracte-rísticas dessas mortes em série (quem mata, quem morre, onde morre, motivos, circunstâncias, negligência do Estado na apu-ração dos crimes, ausência de reparação dos danos, carência de uma política pública de pre-venção da violência, letalidade policial altíssima etc.) não há como não admitir que se tra-ta de um genocídio estatal (adotando-se o novo conceito de genocídio de Morrison, Za-ffaroni etc.).

Genocídio é crime contra a humanidade, não anistiável e imprescritível. O Judiciário, ao rejeitar o processamento dos militares no caso Riocentro (“O Globo” 3/7/14: 3), também faz parte desse genocídio coletivo. Essa decisão conflita frontal-mente com o julgado de 2010 da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Caso Ara-guaia), que deixou muito claro que esses crimes não são anis-tiáveis nem prescritíveis.

Negar a participação do Es-tado no caso Riocentro é o mesmo que refutar a luz do sol. A atitude reprovável dos juízes bem como das Forças Armadas de negarem qualquer tortura ou envolvimento do Estado nos crimes da ditadura constitui

mais uma prova inequívoca de que o genocídio coletivo aqui constitui mesmo uma política pública do Estado (que conta com apoio de uma boa parce-la da população). Documentos dos EUA (43 relatos), agora revelados (“O Globo” 3/7/14: 3), comprovam que houve partici-pação do Estado nas torturas, assassinatos e desapareci-mentos de pessoas durante a ditadura militar.

O sol nunca se tapa com a pe-neira. Algumas autoridades bra-sileiras, comportando-se como sociedade de massas, estão fa-zendo de tudo para não cumprir a decisão da CIDH. Não estão respeitando a coisa julgada. Isso é antijurídico, mas, antes de tudo, profundamente imoral. Quem assume compromissos in-ternacionais tem que cumpri-los (“pacta sunt servanda”). Em matéria de respeito aos direitos fundamentais o Brasil continua sendo um país de terceiro mundo que, parafraseando Ortega y Gasset, se arrasta invertebrado como uma sociedade de mas-sas, não somente em sua es-trutura política corruptamente podre, senão, sobretudo, o que é mais preocupante e substan-tivo que a política, na convivên-cia social mesma, bem como na inconsistência e fragilidade das suas instituições (incluindo as jurídicas).

A máquina pública brasileira está em frangalhos, depau-perada, degenerada. Hoje não funciona uma instituição, ama-nhã outra, depois outra, até que sobrevenha o definitivo colap-so histórico da 1ª República pós-redemocratização (que se avizinha rapidamente).

professorLFG.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Juízes negam crimes do Estado

[email protected]

Regi

Genocídio é crime contra a humani-dade, não anistiável e imprescritível. O Judiciário, ao rejeitar o processa-mento dos militares no caso Riocen-tro, também faz parte desse geno-cídio coletivo. Essa decisão confl ita fron-talmente com o julgado de 2010 da Corte Intera-mericana de Direitos Hu-manos”

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Page 4: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

FrasePainelBERNARDO FRANCO MELLO (INTERINO

A campanha de Aécio Neves (PSDB) decidiu adotar um discurso cauteloso sobre a Copa para não fi car na contramão do noticiário predominantemente positivo do evento. Pesquisas internas apontam que a organização da competição ajuda Dilma Rousseff porque se opõe a casos de á “gestão”, como as críticas à administração da Petrobras. A um mês da Copa, Aécio criticou atrasos em obras de infra-estrutura. Ontem, mudou de tom e disse que o governo tenta se “apropriar” do evento.

A campanha de Aécio Neves (PSDB) decidiu adotar um dis-curso cauteloso sobre a Copa para não fi car na contramão do noticiário predominantemen-te positivo do evento. Pesquisas internas apontam que a orga-nização da competição ajuda Dilma Rousseff porque se opõe a casos de á “gestão”, como as críticas à administração da Petrobras. A um mês da Copa, Aécio criticou atrasos em obras de infraestrutura. Ontem, mudou de tom e disse que o governo tenta se “apropriar” do evento.

Sócio-torcedor Antes da com-petição, Aécio dizia a aliados que pretendia manter distância dos estádios. Na última sexta-feira, não resistiu e postou uma foto com a fi lha no Maracanã, durante o jogo entre França e Alemanha.

Pós-calmaria Os tucanos acreditam que o debate sobre os gastos exagerados com a Copa está latente. A campanha pretende retomar a discussão sobre esse assunto depois do evento.

Forcinha O escritório de advo-cacia Opice Blum, que atua na cam-panha de Aécio, ajudou o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS) a elaborar um projeto de lei que torna crime o uso de perfi s falsos na internet. A pena máxima é de detenção por um ano.

Corrente pra frente O PSB re-úne hoje em Brasília os dirigentes estaduais do partido para cobrar engajamento total na campanha de Eduardo Campos ao Planalto.

Todos juntos Aliados de Cam-pos identifi caram risco de que seções do partido façam “corpo mole” na disputa presidencial em Estados como o Amapá, onde o PSB se aliou ao PT. “Não existe neutralidade nessa campanha”, resume um dirigente da sigla.

Arcadas A presidenciável Lu-ciana Genro (PSOL) vai dividir o tempo entre a campanha e o mestrado em fi losofi a do direito na USP. Ela promete se matricular em ao menos uma disciplina neste segundo semestre.

Debutante Marília, cidade de 230 mil habitantes no interior de São Paulo, deve puxar a fi la dos comitês conjuntos de Campos e Geraldo Alckmin (PSDB). O QG será tocado pelo prefeito, Vinicius Camarinha (PSB).

Então, tá Tucanos paulistas sustentam que o PSDB não fi nan-ciará nem cederá equipes para esses comitês. Farão campanha, dizem, apenas para Aécio Neves.

Contra-ataque O PT paulista

vai apresentar hoje à Justiça um recurso contra a liminar que abriu

caminho para a candidatura a deputado estadual de Luiz Moura, suspeito de ligação com integran-tes do PCC. Os petistas querem barrar o nome de Moura para evitar desgastes.

Formal “A decisão afronta o órgão competente, que é o Tribu-nal Regional Eleitoral”, reclama o presidente do PT-SP, Emídio de Souza.

Morde... Gilmar Gimenes, ex-diretor da estatal paulista Prodesp, conseguiu legenda para se candi-datar a deputado pelo PSDB.

... e assopra Investigado pela corregedoria do governo tucano por sua evolução patrimonial, ele diz que ganhou sozinho na lo-teria.

Sem passaporte Joaquim Bar-bosa disse a colegas que vai evitar o calor de Miami (EUA), onde tem apartamento, nas primeiras semanas de aposentadoria. Quer aproveitar o descanso no Rio.

Más grande A Secretaria de Aviação Civil contou a chegada de 40 aviões fretados a Brasília, na sexta-feira e no sábado, com torcedores argentinos que assis-tiriam ao jogo entre a seleção do país e a Bélgica. A média durante o início da Copa era de um voo argentino fretado por dia.

Mudança de humor

Contraponto

Em visita ao Festival do Japão, em São Paulo, os tucanos Aécio Neves, Aloysio Nunes, Geraldo Alckmin e José Serra ganharam bonecos Daruma – fi gura que dá sorte, de acordo com a tradição japonesa.Seguindo a orientação dos organizadores da feira, os quatro fi zeram pedidos e pintaram um dos olhos do boneco. Se os desejos se realizarem, devem pintar o outro.O deputado estadual Orlando Morando (PSDB-SP), que acompanhava a comitiva, brincou:– Quando eu fui candidato a prefeito de São Bernardo, em 2008, ganhei um desses. Mas está caolho até hoje...

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Ponto de vista

Tiroteio

DO DEPUTADO BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS), sobre o primeiro dia de campanha, quando a presidente Dilma Rousseff não teve agenda pública.

Dilma deveria sair de casa para conhecer o mundo real. Pode ca-minhar pelo entorno de Brasília, nem precisa de avião presidencial.

Junho de 2014 marca grande conquista da saúde brasileira. Falo da tão aguardada sanção da Lei 13.003, ocorrida dias atrás, que torna obrigatória a substituição imediata de mé-dicos, laboratórios e hospitais descredenciados por planos de saúde, evitando assim a inter-rupção de tratamentos dos pa-cientes da saúde suplementar.

As mudanças entram em vi-gor em 180 dias. Significam uma evolução sem precedentes para o sistema complementar e beneficiam diretamente os usu-ários. A Lei 13.003 ainda repara injustiças históricas no campo das relações de trabalho, pois exige a existência de contratos escritos entre as operadoras e os profissionais da saúde, com previsão de índice e periodici-dade anual para reajuste dos serviços prestados.

Neste particular, um dos gran-des avanços da nova legislação é atribuir claramente à Agência Nacional de Saúde (ANS) o sta-tus de mediadora da relação contratual entre médicos e pla-nos de saúde, papel que ela se negava a assumir até então. Agora, a ANS não mais poderá fi car sobre o muro e será efetiva-mente reguladora dessa relação no campo suplementar.

Por incrível que pareça, em pleno século 21, os planos de saúde faziam prevalecer seu po-derio econômico contratando médicos e demais prestadores sem garantias de reajustes. Há operadoras que ficaram qua-se uma década sem recompor honorários, a despeito de anu-almente penalizarem os pacien-tes com aumentos estratosféri-cos de suas mensalidades.

A remuneração digna do pro-fissional da medicina foi mote

de diversos protestos. Enquan-to isso, muitos médicos tiveram de fechar consultórios ou até mudar de profissão em vir-tude de honorários irrisórios, inclusive para procedimentos de alta complexidade. A conta não fechava: planos ganhando muito, pacientes pagando caro e profissionais à míngua.

Vítimas de pressões para reduzir exames, antecipar al-tas e tomar outras atitudes que se opõem à ética médi-ca e ao compromisso com os pacientes, médicos se rebe-lavam. Vinha, então, a retalia-ção contra os profissionais de medicina que defendiam seus pacientes: ocorria o desliga-mento unilateral e doentes em tratamento ficavam em uma situação complicada.

Por isso, também é muito importante o fato de a Lei 13.003 prever a proibição de descredenciamento súbito, ou seja, sem aviso prévio. Tanto operadora quanto prestador de serviço deverão comunicar com pelo menos 30 dias de antecedência a intenção de des-ligamento, e a substituição do profissional deverá privilegiar o mesmo nível de competên-cia. Assim, não haverá prejuízo algum para a terapêutica em andamento.

Enfim, dessa longa batalha travada por entidades médicas como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e a Associação Paulis-ta de Medicina, felizmente saímos ganhando. Médicos e os pacientes agora podem ficar mais tranquilos, já que esse instrumento legal muda o tom da conversa com as operadoras e assegura direi-tos fundamentais.

Renato Azevedo Jú[email protected]

Renato Azevedo Júnior

Renato Azevedo Júnior

Da Comissão de Saúde Suplementar

da AMB/CFM/Fenam

Os planos de saúde faziam prevalecer seu poderio econômico contratando médicos e demais pres-tadores sem garantias de reajustes. Há operadoras que fi caram quase uma década sem recompor honorários, a despeito de penalizarem os pacientes com aumen-tos de suas mensalida-des”

Ganhos da saúde suplementar

Olho da [email protected]

Diz-se “tão magro que nem cachorro de índio” de quem está, realmente, na pior, sem contar nem com a bênção de uma bolsa-família. Mas quem se aventura como esse pobre exemplar de três patas, pelo asfalto da estrada do Tarumã, que em algum momento se transforma em avenida do Turismo, está prestes a frequentar as listas dos “em extinção”. Crianças também, circulam por ali

DIEGO JANTATÃ

No futuro, depois de tudo apurado, certamente vai se descobrir algum erro de engenharia, seja de projeto, seja de construção. Serão feitas todas as perícias, um inquérito policial será aberto e essa

análise será feita com cuidado. O projeto foi feito por uma empresa de tradição, renomada, que ganhou licitação. Houve um erro, certamente

Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte (MG), disse que o desabamento de um viaduto, com dois mortos e

22 feridos, em uma obra que deveria ter fi cado pronta para a Copa, “certamente” foi causado por algum erro de engenharia.

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Page 5: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014 A5Política

Siglas esquerdistas querem intensificar participações Impulsionados por movimentos populares ocorridos no ano passado, candidatos de esquerda prometem mostrar mudanças

Com o novo fôlego dado pelas mani-festações populares ocorridas desde o

ano passado, os partidos de esquerda pelo Brasil preten-dem intensificar suas parti-cipações no pleito eleitoral que acontecerá em outubro. A intenção relatada por Herbert Amazonas, pré-candidato ao governo do Estado, pelo Parti-do Socialista dos Trabalhado-res Unificados (PSTU), deve ser seguida também pelas legendas do Amazonas.

Para o político, que desde 1998 participa de processos eleitorais, sempre no bloco esquerdista e que saiu do últi-mo, onde também disputou o cargo mais alto da política do Estado com 4.328, ou 0,29% dos votos, conforme dados disponibilizados pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), a resistência dos partidos de esquerda ao longo dos tem-pos pode ser resumida na vontade de levar os eleitores à luz das ideias.

De acordo com ele, o prin-cipal objetivo de quem ade-re aos projetos de partidos como o seu é apresentar alternativas e não somente promessas ao eleitor, “como é praxe dos partidos de direi-ta, que são sustentados tão somente pelo desejo de go-vernar para si e uma pequena parte da sociedade”.

“Não acreditamos que va-mos mudar o mundo, mas que

com uma mobilização social pensada de maneira certa, po-deremos modificar a vida do máximo de pessoas possível. Infelizmente no Amazonas, ao longo de 30 anos estamos re-féns de um pequeno grupo de políticos, que vez ou outra se polariza, mas na sua essência continua o mesmo. Nesse pe-ríodo tivemos alguns avanços em Manaus, que é o grande centro do Estado, entretanto o interior é profundamente esquecido, falta qualidade na saúde, infraestrutura, educa-ção e além de tudo isso, fal-ta interesse em apresentar à população uma alternativa econômica que não a tire do seu lugar”, analisou.

Mesmo sendo candidato ao lado de Gilberto Vasconcelos, como vice, Herbert Amazo-nas admite que preferia uma esquerda mais unificada. A alternativa para ampliar a propagação das ideologias esquerdistas, para ele seria a formação de um único blo-co, mas após várias discus-sões com partidos como o Comunista Brasileiro (PCB) e Socialismo e Liberdade (Psol), o plano ficou para trás. “Sou pré-candidato ao lado do pro-fessor Gilberto Vasconcelos, mas acredito que teríamos mais chances se estivéssemos unidos, contudo ainda devo sentar com o Luiz Navarro (PCB) para discutirmos um pouco mais essa possibilida-de”, comentou.

Mas, caso a aliança não vingue, um plano de governo já esta sendo montado pelo socialista. As intenções do PSTU devem ser norteadas pelas necessidades sociais, com destaque para as das zonas periféricas da capital e do interior.

O comunista Luiz Navarro, que possui 30 anos de vida política, diz que o trabalho encampado pelos partidos de esquerda é gratificante. E que não vê motivos para temer partidos com o pode-rio econômico extremamente maior. “Vejo que o povo perce-be que as nossas mensagens são positivas e plausíveis. Sinto isso porque passados os processos eleitorais os par-tidos que saem vencedores das urnas são obrigados a implantar políticas que foram apresentadas por nós duran-te o período de campanha. Foi assim com a mudança no horário dos postos de saúde, recentemente implantado em Manaus, e que fomos nós que sugerimos”, destacou.

Navarro confirmou a conti-nuidade nas negociações com o PSTU e disse que ainda há esperanças para a parceria. “Espero que isso aconteça, só assim seremos mais fortes”.

Luiz Navarro encabeçará a candidatura comunista ao governo, e o vice da chapa ainda não foi definido, como candidato ao senado o PCB terá Francisco Castelo.

Partidos políticos esquerdistas entram na disputa eleitoral com o objetivo de apresentar alternativas e não somente promessas, declarou o presidente do PSTU no Amazonas, Herbert Amazonas

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AÇÃO

Presidente estadual do Psol, Elson Melo, concorda com os personagens ouvi-dos pela reportagem sobre os motivos que levam a extrema esquerda a perma-necer no cenário político, mas critica o modo “boçal”, com que ela vem conduzin-do suas costuras políticas. Segundo Melo, os partidos deixam de apresentar pro-postas mais convincentes porque não se contrapõem ao modelo neoliberalista de maneira mais organizada.

“Temos que ser uma es-querda mais contemporâ-nea e mudar o jeito de fazer política de esquerda, que vem acontecendo como no século passado”, ponderou.

Para o processo deste

ano, a legenda apresenta-rá 35 candidatos às vagas disponíveis na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), 10 para a Câmara Federal, um para o Senado e os nomes lançados para o governo estadual são os do ex-deputado Abel Alves,

como candidato a governa-dor, e do marinheiro e líder comunitário, Robson Diosa, como vice.

O diferencial do Psol, de acordo com Melo, será um plano de governo que seguirá os parâmetros co-lhidos por um estudo do professor Walace Meireles, que pesquisou os planos apresentados pelos princi-pais candidatos a cargos no Amazonas, nos últimos 50 anos.

“Na política nem sempre chegar ao poder é a única meta, o que importa é de-bater temas. Vivemos um processo, onde apenas pro-messas são apresentadas para a população, queremos mudar esse cenário”, disse.

‘Faltam propostas convincentes’PROPOSTA Segundo o presiden-te estadual do Psol, Elson Melo, é preciso ter um bloco esquer-dista mais contem-porâneo, apresentan-do propostas mais convicentes ao mo-delo neoliberalista

O comunista Luiz Navarro ainda acredita em uma união junto ao partido esquerdista do PSTU

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Page 6: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Após PSD, Kassab agora recria o Partido Liberal

Após o bem-sucedido projeto de criação do PSD, que desfalcou siglas da oposição como DEM, PSDB e PPS, o ex-prefeito Gil-berto Kassab agora concentra forças na criação do Partido Li-beral, que pode ser uma brecha a opositores após as eleições presidenciais. Dirigentes do PSD arregaçam as mangas nos Esta-dos para ajudar a nova legenda, que já contaria com 400 mil assinaturas, das 492 mil exigidas pela legislação.

Janela abertaA ideia de Kassab é a mesma

da recriação do PSD: garantir legenda, sem risco de perder mandato, a políticos loucos para aderir ao governo.

Conveniência Pela lei, deputados não perdem

mandato fi liando-se a partido recém-criado. Kassab quer ne-gociar governabilidade a quem vencer a eleição.

Sonho meuKassab sonha assumir o

lugar ocupado pelo PMDB nos governos Lula e Dilma. Ele aposta no desgaste das relações PT-PMDB.

Sem distinções Em dívida com Dilma, que o

ajudou a recriar o PSD, Kassab apoia o PT nacionalmente, mas negociou sua adesão do PSDB, em São Paulo.

STF é a terceira renúncia de Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa renunciou ao cargo de procurador da Repúbli-ca, em 2003, para virar ministro do Supremo Tribunal Federal. Em novembro de 2009, o ministro Jo-aquim Barbosa renunciou à vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Ele seria presidente a

partir de abril de 2010 e coman-daria as eleições presidenciais daquele ano. Agora, ele renuncia pela terceira vez, para abandonar o STF e sua presidência.

TrabalhoJoaquim renunciou também a

obrigações como relatar a cassa-ção de Jackson Lago, que daria o governo do Maranhão a Roseana Sarney.

Poder da redeO número é impressionante

e refl ete a inclusão digital dos moradores de Brasília: 56% da população da Capital frequenta o Facebook.

LeviandadeA prefeitura de BH ainda não

explicou, de forma convincente, por que liberou o trânsito sob o viaduto antes de testar e inau-gurar a obra.

Retaliação no INSSO servidor Francisco Cardoso

tomou um PAD (Processo Admi-nistrativo Disciplinar), no Minis-tério da Previdência Social, por “possíveis ofensas ao INSS”. Tem toda pinta de retaliação: é dono do blog perito.med, que faz de-núncias contra o poderoso secre-tário-executivo Carlos Gabas.

Pura embromaçãoPara difi cultar o trabalho de

jornalistas, o Itamaraty agora se esconde por trás da Lei de Acesso à Informação. Mas desrespeita o prazo fi xado na lei, com desculpas esfarrapadas que incluem até jogos da Copa.

Surpresa no DFO Instituto Dados entrevistou

3 mil eleitores do DF de 21 a 28 de junho, e descobriu que no Plano Piloto, região central de Brasília, Aldemario Araújo Cas-tro (PSOL), pouco conhecido, já soma 4,3% para o Senado.

Gim Argello (PTB), que dispu-ta a reeleição, tem 3%. (TSE 189/2014).

Jogo do adversário O PMDB de Íris Rezende sus-

peita que o desafeto Júnior Fri-boi fez um acordo por debaixo dos panos, após desistir da can-didatura, para ajudar a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB), em Goiás.

Diárias milionáriasUltrapassou os R$ 354 mi-

lhões em maio o total de diárias pagas pelo governo Dilma em 2014. Até abril o total era de R$ 223 milhões. O Instituto de Pesquisas Espaciais ainda é campeão neste quesito.

Minha eleição, minha vidaCandidato ao Senado, o depu-

tado Romário (PSB-RJ) deu um tempo no futebol benefi cente disputado com outros depu-tados, nos Estados. Todos os esforços nos próximos meses são para campanha.

Guerra à vista A bancada do PR na Câmara

promete não deixar barata a manutenção do apoio à reelei-ção da presidenta Dilma, nego-ciada pelo senador Antônio Car-los Rodrigues (SP) sem qualquer consulta aos deputados.

Briga por holofotesO deputado Silvio Costa (PSC-

PE) reclama que, mesmo tecnica-mente empatado com Eduardo Campos (PSB), o Pastor Everaldo não recebe mesmo tratamento de emissoras de rádio e TV: “Cadê a democracia?”.

DaltônicosOs sábios da Petrobras têm

outra bela desculpa para a mega roubada de Pasadena: confun-diram estrela amarela com o vermelho da Texaco.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Em casa, à vontade

www.claudiohumberto.com.br

Eu não tenho nenhuma informação de que eu vá sair do governo”

Ministro Gilberto Carvalho, que continua com a bola murcha junto à presidenta Dilma

Ex-interventor de Minas, Benedito Valadares não se incomodava de receber quem o pro-curasse em casa. Certa vez, eram duas freiras pedindo doação para obras de caridade. Mas sua mulher o advertiu:

- Você não pode receber as freiras assim, vestindo pijama, ainda por cima esse pijama velho. Não serve para receber visitas.

Valadares foi se trocar, enquanto sua mulher fazia sala para as freiras:- Fiquem à vontade. O Benedito não demorará muito.E não demorou mesmo: apareceria sorridente na sala, vestindo outro pijama, não aquele

velho, mas um novinho em folha.

Fichas-sujas fora das eleições O Brasil tem cerca de 14

mil políticos e agentes pú-blicos condenados nos tri-bunais de Justiça que, caso sejam candidatos, devem ser impedidos de disputar as eleições deste ano, que começaram ontem.

Juntas, as pessoas envol-vidas nos 14.175 processos em que houve condenação nos tribunais regionais fe-derais das cinco regiões, tri-bunais de Justiça estaduais e Supremo Tribunal Federal (STF) devem pagar à Justiça, entre multas e ressarcimen-tos, cerca de R$ 3 bilhões em decorrência de infrações criminais cometidas.

“Pode acontecer de uma

pessoa ter mais de uma con-denação em instâncias ju-rídicas diferentes, mas que não altera muito o número total de agentes punidos, que fi ca em torno de 14 mil”, explica Clenio Jair Schulze, juiz auxiliar da Presidência do CNJ.

O CNJ criou ainda uma ferramenta em que o cida-dão pode colocar o nome do político e saber se ele é potencialmente um fi-cha-suja.

Os dados do Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa e por Ato que implique Inelegibilidade (CNCIAI) mostram ainda que

a unidade da federação com o maior número de agentes públicos ou particulares en-volvidos nos processos em tribunais estaduais é São Paulo, com 2.903 condena-ções, seguida do Distrito Federal com 2.515, e do Paraná, com 1.581. O Rio de Janeiro é o 14º colocado, com 170 condenados.

O cadastro é alimenta-do pelos próprios tribunais com informações de proces-sos transitados em julgado (quando não cabe mais re-curso) e com condenações em segunda instância por crimes contra a administra-ção pública e outros que tor-nam a pessoa inelegível.

14 MIL POLÍTICOS

Pleito deste ano deverá ter a disputa de sete nomes para o governo, 78 para deputado federal e 595 para estadual

TRE Amazonas registra pedido de 705 candidatos

Às 19h de sábado (5), encerrou-se o prazo para os partidos e coligações protoco-

lizarem os requerimentos de registro de seus candida-tos. Foram protocolizados 705 registros no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM) que trabalhou em regime de plantão, a fim de receber os requerimentos.

Dos 705 registros, sete fo-ram para o governo do Estado, seis ao Senado, 78 a deputado federal e 595 para o cargo de deputado estadual, que será o cargo mais disputado levando em conta o número de regis-tros. Além dos cargos de vice-governador (7) e suplentes a senadores (12).

Nos próximos dias, a Co-missão de Registro de Can-didaturas estará analisando os documentos apresentados nos pedidos para posterior publicação do edital com os nomes dos candidatos que

solicitaram o registro para concorrer nas eleições gerais deste ano.

Até as 18h15, seis candida-tos majoritários haviam efe-tuado seu registro. O último registro se deu às 18h30 efe-tuado por um partido isolado, sem coligação.

A desembargadora Socor-ro Guedes, presidente do TRE, foi pessoalmente acompa-nhar os trabalhos na sede do TRE (Nilton Lins) e agradeceu o empenho dos servidores, que puderam fi nalizar todo o processo de forma tranquila e organizada.

Praciano é candidato Uma das candidaturas que

seguia indefi nida até o fi m do prazo era do candidato ao Senado, Francisco Pra-ciano (PT). O petista chegou a homologar sua candidatu-ra, mas o diretório nacional do partido entrou com uma representação junto ao TRE para reverter a candidatura. Na tarde de ontem, Praciano distribuiu nota à imprensa

declarando que sua candida-tura permanece fi rme e forte e que participou, juntamente com a direção estadual do PT e a coordenação da Coligação “Renovação e Experiência”, que tem Eduardo Braga como candidato a governador, de uma reunião para avaliar os próximos passos sobre o pe-dido de indeferimento de sua candidatura ao Senado.

De acordo com Praciano, foi decidido que o PT esta-dual e a sua coligação irão apresentar defesa, junto ao TRE, pela manutenção de sua candidatura.

“É lamentável que a coli-gação adversária, liderada por Omar Aziz (PSD), conti-nue pressionando a direção nacional do PT e fazendo articulações no plano nacio-nal para a retirada de minha candidatura. Considero essa atitude uma agressão à de-mocracia e um desrespeito ao povo do Amazonas, que merece, nas eleições, es-colher livremente o melhor candidato”, diz Praciano.

Presidente do TRE, Socorro Guedes, acompanhou a homologação das candidaturas no sábado

REPRODUÇÃO

Gasto de R$ 900 milhões no pleito Os 11 candidatos à Presi-

dência da República que con-correm às eleições deste ano informaram ao Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) que de-vem gastar juntos R$ 916,7 milhões durante a campanha eleitoral. O número expressa o limite de despesas que eles pretender ter, infor-mação que candidatos que concorrem a todos os cargos em disputa devem informar obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, ao pedirem os re-gistros de candidatura.

De acordo com as infor-mações entregues ao TSE, a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), declarou que o limite de gastos de sua cam-panha será R$ 298 milhões. Aécio Neves (PSDB) pretende gastar R$ 290 milhões. Edu-ardo Campos (PSB) previu limite de R$ 150 milhões. Eduardo Jorge (PV) gastará até R$ 90 milhões.

O limite de gastos do can-didato Pastor Everaldo (PSC) é R$ 50 milhões. José Maria Eymael (PSDC) declarou R$ 25

milhões e Levy Fidelix (PRTB) informou gastos de até R$ 12 milhões. Os candidatos à Presidência que devem gastar menos na campanha são: José Maria de Almeida (PSTU), R$ 400 mil; Luciana Genro (Psol), 900 mil; Rui Costa Pimeira (PCO), R$ 300 mil, e Mauro Iasi (PCB), R$ 100 mil.

De acordo com a Lei das Eleições (Lei 9.504/97), os candidatos são obrigados a informar à Justiça Elei-toral o limite de gastos na campanha.

PRESIDÊNCIA

GERALDO FARIAS Equipe EM TEMPO ON LINE

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Page 7: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Ação faz parte da programação da Semana dos Bombeiros em comemoração aos 138 anos da corporação no Estado do AM

Bombeiros ‘resgatam’ seis vítimas durante simulação

Seis vítimas foram socor-ridas durante simulação de resgate em altura re-alizado pelo Corpo de

Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), na manhã de ontem (6). O grupo foi distribuído nos edifícios Cidade de Manaus e Zumira Bittencourt, na avenida Eduardo Ribeiro, no centro de Manaus. A ação, assim como o si-mulado de salvamento aquático realizado na última sexta-feira (4) na Ponta Negra, faz parte da programação da Semana dos Bombeiros em comemoração aos 138 anos da corporação no Estado. As atividades encerram na próxima sexta-feira (11) com a entrega das medalhas a civis e militares que prestaram serviço à sociedade. Serão homenagea-dos 30 bombeiros e 15 militares dos Estados do Maranhão, To-cantins, Pará e Acre.

Na manhã de ontem, as si-mulações de resgate viraram atração para as famílias que foram tomar café da manhã na feirinha da Eduardo Ribeiro. Por volta das 9h, deu-se início aos salvamentos de três vítimas pre-sas no terraço do edifício Cidade de Manaus - acompanhado por

58 bombeiros – em que foram utilizadas técnicas de salvamen-to vertical. O exercício simulou que os moradores não poderiam evacuar o prédio em chamas, pelas escadas ou elevador, tal qual ocorreu no edifício Joelma em São Paulo, em 1974, que vitimou 187 pessoas.

OperaçãoDurante o resgate, os bombei-

ros contaram com o apoio da ae-ronave de multimissão “Resgate 1” - modelo AS350B2 Esquilo - além de uma plataforma de 68 metros, um auto tanque e um caminhão de combate.

Para o socorro às três vítimas, a aeronave sobrevoou o prédio para monitoramento da ação e, se necessário transporte dos bombeiros até o terraço, para que pudessem retirar as pesso-as. Após acomodar as vítimas nas macas sked, os socorristas fizeram a retirada pela fachada do prédio, utilizando técnica de rapel. Colocadas nas macas, foi realizada a demonstração de duas formas de resgate das vítimas. A primeira foi transpor-tada na maca na horizontal e a segunda na vertical, com maior estabilidade entre as pernas do bombeiro evitando o choque da vítima durante a descida. Durante a simulação, os bombeiros realizaram técnicas diversas de resgate, como por exemplo, o socorro às vítimas com rapel

IONE MORENO

Socorro aos atingidos por cheiaMais de 400 famílias do

bairro de São Jorge, na Zona Oeste, receberam, na manhã de sábado (5), kits emergenciais da Prefeitu-ra de Manaus.

O benefício foi entre-gue por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh). São redes, len-çóis, cestas básicas, col-chões e garrafões de água, que foram distribuídos de acordo com a necessidade de cada família.

Força-tarefaAlém de servidores da

Semasdh, fizeram parte da ação no bairro agentes da Defesa Civil e da Guarda Municipal, além da Secre-taria Municipal de Saúde (Semsa), que disponibili-zou uma ambulância do Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência (Samu) para apoio.

A previsão da Semasdh é que até o final da ação no São Jorge 560 famílias sejam contempladas com o benefício. “Temos um plane-

jamento para entregarmos kits para outras comunida-des atingidas pela cheia do rio, como o bairro do Céu e o Puraquequara. Ao todo,

19 áreas da cidade serão beneficiadas”, explicou a di-retora de Área da Semasdh, Ana Nascimento.

A dona de casa Adriana da Costa foi uma das con-templadas com o kit.

Auxílio“Fomos muito afetados

pela cheia, mas a Defesa Civil e a Semasdh visitaram não só nossa casa, como todas as casas alagadas do bairro. Pedimos ajuda e estamos sendo corres-pondidos”, destacou.

As famílias que estão recebendo os benefícios são as anteriormente ca-dastradas pela Semasdh, de acordo com laudo da Defesa Civil Municipal.

Em toda a cidade, foram cadastradas pela Prefeitu-ra de Manaus cerca de três mil famílias.

SÃO JORGE

Atingidos pela cheia no bairro de São Jorge receberam redes, lençóis, cestas básicas e colchões

DIVULGAÇÃO/SEMCOM

BENEFÍCIOSO benefício foi en-tregue por meio da Semasdh. São redes, lençóis, cestas básicas, colchões e garrafões de água, que foram distribuídos de acordo com a necessidade de cada família

Dívida de droga é motivo de morte

O chapeiro Williame Rodri-gues Gomes, o “Manchinha”, 24, foi executado na frente da família com um tiro na nuca que atravessou o peito, por volta das 0h30 de domin-go (6), durante um arraial, na praça Marrida, situado na rua Xavante, bairro Colônia Terra Nova 2, Zona Norte. Segundo testemunhas, a vítima recebia várias ame-aças de morte por dever uma quantia em dinheiro ao tráfico de drogas da área.

De acordo com a Polícia Civil, dois homens em uma motocicleta, modelo Fan e de cor vermelha, chegaram ao local. Um dos suspeitos desceu do veículo, caminhou até o chapeiro e realizou um único disparo. Segundo popu-lares, a vítima foi socorrida por um caminhoneiro que o levou para o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Eliameme Mady onde já deu entrada sem vida.

Uma mulher de 42 que tes-temunhou o crime e preferiu manter o nome em sigilo por temer represálias, disse que a vítima estava na compa-nhia da mulher, com o filho de 4 anos, a sogra e outros parentes. “O Williame estava com o filho no colo quando o suspeito chegou atirando e só deu tempo de entregar a criança à mulher dele. A sogra do Williame ainda tentou im-pedir o crime e quase que foi assassinada. Ela teve que se esconder atrás de um poste de luz”, frisou.

Ainda segundo a teste-munha, o “Manchinha” era usuário de drogas e recebia constantes ameaças de mor-te por possuir várias dívidas com traficantes.

ZONA NORTE

Polícia investiga se execução tem relação com dívida de drogas

ARTHUR CASTRO/AGORA

O estudante Heldimar do Socorro Gama, 17, foi assassinado com um tiro fatal na cabeça, por volta das 19h de sábado (5), em uma invasão, situada na avenida Grande Circular, Comunidade Raio do Sol, bairro Cidade Nova, Zona Norte. Segundo familiares, o suspeito do crime se apro-ximou da vítima em uma moto Bis, cor vermelha, com uma mulher na garupa e realizou os disparos.

A doméstica e irmã da ví-

tima Michele Karol Pereira da Costa, 25, disse que Hel-dimar recebeu um telefone-ma e saiu com um amigo, não identificado, quando foram surpreendidos pela dupla. Ainda segundo Karol, populares levaram a víti-ma para o pronto-socorro Platão Araújo, Zona Leste, onde morreu horas depois. “Há dois anos, ele era usuá-rio de drogas. Não sei se es-tava devendo alguém, mas tudo indica que seja acerto de contas”, informou.

Estudante assassinado em invasão

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

ED SALLESEquipe AGORA

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Page 8: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Lixo ‘adorna’ rios da capital e provoca riscos à saúdeA sujeira atrai hóspedes indesejáveis, como ratos, baratas e mosquitos, além da proliferação de bichos e doenças

Carcaça de geladeira, utensílios e sacos de plásticos, pedaços de madeira e animais

mortos “adornam” os iga-rapés que cortam a capital e revelam a consciência de parte da população. A pre-sença do lixo fica ainda mais evidente durante a enchente, quando o entulho fica retido nas margens e pontes cons-truídas sobre a água. De acordo com monitoramento do Serviço Geológico do Bra-sil (CPRM), a cota máxima alcançada pelo rio Negro em junho foi de 29,48 metros. Na última sexta-feira (4), o nível das águas saltou para 29,50 metros.

Da janela da casa do indus-triário Gilmar Cruz, 55, a vista não é das melhores. Todos os dias ele se depara com tone-ladas de lixo acumuladas de-baixo da residência, e presas na ponte recém inaugurada de acesso ao bairro Soa Jorge, Zona Oeste de Manaus.

“A prefeitura vem fazer a limpeza toda a semana, mas não consegue dar jeito. Até fica limpo, mas quando cho-ve o lixo vem com tudo e

fica preso na ponte. Nós aqui temos a consciência de não sujar o rio, mas o lixo vem de outros moradores e se aglomera embaixo de nossas casas”, reclamou.

A sujeira atrai hóspedes indesejáveis, como ratos, baratas e mosquitos. Além da proliferação dos bichos, o morador reclama também do forte odor ocasionado pe-los dejetos. “Não tem como aguentar um cheiro destes 24 horas por dia. Isto é um absurdo”, lamentou.

Na CompensaA situação do industriário é

compartilhada pelo motorista, que pediu para ser identificado somente como Paulo Roberto, 33. A vista da oficina mecânica dele dá para o lixo acumulado no igarapé que corta a avenida Brasil, no bairro Compensa, Zona Oeste.

“Todo dia aparece um monte de lixo. O povo culpa a prefei-tura, mas são eles os respon-sáveis por esta sujeira. Isto é uma falta de vergonha. Se cada um fizesse sua parte, o igarapé não estaria imundo deste jeito. O que custa cada um colocar o lixo no saco e deixar para a coleta levar?”, questionou indignado o morador. Lixo que se acumula atrai a presença de animais que podem até provocar algumas doenças

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O igarapé vizinho à rua São Paulo, no bairro Nova Esperança, Zona Oeste, não escapa à rea-lidade. Sacos plásticos, garrafas PET, embala-gens de produtos de limpeza, entre outros dejetos estão presos nas raízes das árvores na margem do igarapé ou flutuam no rio.

Apesar de constatada a sujeira em igarapés por toda a cidade, a coleta do lixo é feita com frequência pelos agen-tes de limpeza da Secre-taria Municipal de Lim-peza e Serviços Públicos (Semulsp). Na semana passada aproximada-mente 20 toneladas de lixo foram retiradas em três quilômetros de ex-tensão do igarapé do bairro da Cachoeirinha, Zona Sul.

Problema se agrava em outras áreas

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

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Chuvas fazem estrago no Sul do país

DIVULGACÃO

Escombros do viaduto que desabou atraem curiosos Moradores das proximidades foram olhar o que sobrou. Duas pessoas morreram e 23 pessoas fi caram feridas no acidente

Três dias após o desa-bamento do viaduto, em Belo Horizonte, dezenas de pessoas,

entre moradores da região e curiosos, estiveram ontem em frente aos escombros da estrutura que caiu na última quinta-feira (10), na avenida Pedro I, região da Pampulha. A estrutura despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. Duas pessoas morreram e 23 pessoas fi ca-ram feridas no acidente.

O local continua interdita-do. Os dois caminhões ainda não foram retirados de lá, permanecendo embaixo da es-trutura. O Tribunal de Justiça anunciou ontem que embar-gou a retirada dos escombros, prevista para este fi m de se-mana, para preservar o local para perícia e investigação.

A auxiliar de enfermagem Maria Helena da Silva Araú-jo, que mora no bairro São Benedito, esteve no local no início da tarde de ontem. “É um absurdo. Estou assusta-da. A dimensão do acidente foi muito grande. Graças a Deus, apesar de ser uma pista de muito movimento, neste momento tinha pouca gente”, afi rmou, acrescentando que a tragédia poderia ser ainda pior se tivesse ocorrido em horário de pico.

A cabeleireira Nilda dos San-tos, que mora no bairro Venda Nova, também foi visitar o local da tragédia no domingo. “O viaduto é muito alto e não tem pilar. Já tinha comentado antes (do acidente) que o via-duto tinha fi cado muito alto e não havia nada para segurá-lo”, falou ela. “Vim aqui hoje (ontem) só para olhar e fi quei assustada”, acrescentou.

Albert Rodrigues da Silva, que mora em um prédio na

avenida Pedro I, ao lado do viaduto, e também trabalha nas ruas próximas ao local vendendo água de coco, dis-se ter visto o acidente, que ocorreu por volta das 15h. “O viaduto desceu de uma vez. Amassando tudo. Ouvi o barulho e vi tudo. Estávamos eu e minha mãe na rua. Tremeu tudo. O prédio abalou e dançou todo. Minha esposa e minha menina desceram correndo (do prédio) achando que ele estava caindo”.

Segundo ele, o pessoal de um prédio ao lado de onde ele mora também desceu cor-rendo as escadas com medo. “Tem um outro viaduto, mais

acima, que também tinha sido embargado, mas já foi liberado”, explicou. Sobre o viaduto que caiu, ele contou ter visto problemas na obra antes do acidente. “A gente falava direto que ele estava abaixando. Um motorista ti-nha comentado que o lado esquerdo do viaduto estava abaixando. Isso foi desespero para mostrar para os gringos. Para que tirar as escoras antes do tempo? Tem que demorar para ser feito. Isso é viaduto. Não é lage dos outros”.

O ajudante de metalurgia Antonio de Pádua, que mora em uma casa bem próxima ao

viaduto, na rua Dolores Pereira da Silva, disse ter ouvido o ba-rulho quando estava em uma rua bem perto de sua casa. “Ouvi o barulho. Fui lá e vi o ônibus, dois caminhões e um carro (embaixo dos escom-bros). Eu estava na rua na hora e só vi muita poeira. A rua tre-meu”, contou ele. Pádua disse nunca ter percebido qualquer problema no viaduto. “Essa rua aqui (onde moro) era um córrego antes. Pode ter sido problema no solo. A viga pode ter descido”, falou ele.

Ainda não é possível deter-minar o que provocou o aci-dente. Inicialmente prevista para ser entregue em junho, a obra estava em fase de aca-bamento, com previsão de ser concluída no fi m deste mês.

Todo o complexo de obras necessárias à implementação do BRT de Belo Horizonte está sendo executado pela Cowan, que, em nota, garantiu que todos os procedimentos e ma-terial usado passaram pelos testes obrigatórios sem apre-sentarem qualquer problema, e que a construção seguiu as normas vigentes.

No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em construção se deslocou lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à estrutura. Após o acidente, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura anunciou que todos os viadutos que fazem parte do complexo arquite-tônico passarão por novas inspeções.

A Polícia Civil está investi-gando as causas e a respon-sabilidade pelo acidente.

INVESTIGACÃOAinda não é possível determinar o que pro-vocou o acidente. Ini-cialmente prevista para ser entregue em junho, a obra estava em fase de acabamento, com previsão de ser concluí-da no fi m do mês

Após o acidente com a construção, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura anunciou que todos os viadutos que fazem parte do complexo arquitetônico passarão por novas inspeções

A Defesa Civil municipal informou que ainda não foi ofi cialmente notifi cada da decisão liminar da Justiça Estadual, mas que recebeu, na madrugada de ontem, do delegado responsável pelo inquérito que apura as causas e responsabilida-des pelo acidente, ofício so-bre a determinação judicial para que o local não seja alterado. O desabamento matou duas pessoas e feriu ao menos 22.

Sábado à noite, a Cons-trutora Cowan, responsável pelas obras necessárias à instalação do chamado sis-tema BRT (do inglês Trans-porte Rápido por Ônibus) de Belo Horizonte, chegou a anunciar que havia sido autorizada pelos órgãos competentes a iniciar os trabalhos para desobstruir

a avenida Pedro I, o que seria feito entre as 8h e as 22h de ontem. A assessoria da Defesa Civil, contudo, negou que o local já tivesse sido liberado. Todo o ma-quinário necessário para perfurar, partir e remover os blocos de concreto já está disponível.

Previsto para ser entregue em junho, o Viaduto Gua-rarapes estava em fase de acabamento e deveria ser concluído no fi m deste mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus, o Monte-si, teve que ser interditado devido a um problema es-trutural – parte do viaduto em construção se deslocou lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à

estrutura. Após o acidente, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura anun-ciou que todos os viadutos que fazem parte do comple-xo arquitetônico passarão por novas inspeções.

O BRT é uma das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC) Mobilidade Ur-bana. O empreendimento custou R$ 713 milhões, dos quais R$ 311 milhões são recursos federais disponi-bilizados por meio do PAC. O projeto de engenharia custou R$ 5,1 milhões, pa-gos pela prefeitura.

Em notas divulgadas após o acidente, a Cowan garan-tiu que todos os procedi-mentos e material utilizado passaram pelos testes obri-gatórios sem apresentar qualquer problema.

Retirada de entulhos embargada

As obras necessárias à implementação do BRT da cidade estão sendo executadas pela Cowan

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Mais de 20 mil pessoas sofrem com chuvas no RSDe acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as condições meteorológicas favorecem chuvas isoladas

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Mais de 20 mil pes-soas tiveram que deixar suas casas devido às fortes

chuvas que castigam o Rio Grande do Sul neste início de inverno, o mais chuvoso desde 1983, segundo dados de institutos de meteorolo-gia consultados pelo governo estadual. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, 18.501 pessoas foram desalojadas e 1.732 desabrigadas nas 126 cidades atingidas. Setenta e oito delas já decretaram situ-ação de emergência.

Após uma rápida e pequena redução, a quantidade de pes-soas afetadas por enchentes

ou enxurradas voltou a subir a partir da manhã da última sexta-feira (4), quando, segun-do o governo estadual, 15.670 pessoas estavam fora de suas residências. Na terça-feira (2), esse total chegava a 22 mil pessoas.

As famílias desalojadas são aquelas que tiveram que dei-xar suas casas e se hospedar temporariamente na casa de parentes e amigos. Já os de-sabrigados são aqueles que, sem ter para onde ir, foram abrigados em espaços públi-cos fornecidos pelo governo.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (In-met), as condições meteoroló-gicas favorecem a ocorrência

de chuvas isoladas, entre mo-deradas e fortes, nas regiões oeste e sul do Estado. Além disso, a chegada de uma nova frente fria deve derrubar ainda mais a temperatura, nos pró-ximos dias, e provocar geadas,

nevoeiros ou névoa.Na última quinta-feira (3),

o governo estadual anunciou algumas medidas de apoio às pessoas e empreendimentos prejudicados pelas enchentes, como a antecipação do paga-mento, pelos próximos três meses, do bolsa família aos beneficiários do programa; a liberação do Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores que moram em cidades cujos decretos de situação de emer-gência ou calamidade forem homologados pelo Ministério da Integração Nacional e a antecipação dos Benefícios de Prestação Continuada, pagos à famílias com pessoas com

deficiência ou pessoas idosas, com renda per capita inferior a um quarto de salário mínimo, nos municípios com decreto de situação de calamidade.

O governo do Rio Gran-de do Sul também solicitou à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a liberação de 30 mil cestas básicas para serem distribu-ídas às famílias atingidas. Já ao Ministério da Pesca e de Aquicultura foi pedida a an-tecipação do pagamento do seguro defesa aos pescado-res das regiões atingidas.

O governo gaúcho também autorizou a Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) a reduzir em 67%

o valor da tarifa de água, pelos próximos dois meses, para as famílias que obtive-rem da prefeitura um atestado de que foram atingidas. Quem já paga a tarifa social (R$ 24,14) pagará apenas R$ 7,74 pelos próximos 60 dias. Já as secretarias da Habitação e Saneamento e de Desenvolvi-mento Rural disponibilizarão, às prefeituras das cidades afe-tadas, técnicos e servidores que trabalharão na recupe-ração de poços artesianos da área rural ou na perfuração de novos poços. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff garantiu que o governo federal vai apoiar a reconstrução das áreas afetadas.

DESABRIGADOSAs famílias desaloja-das são aquelas que tiveram que deixar suas casas e se hospe-dar temporariamente na casa de parentes e amigos. Já os desabri-gados são aqueles que não têm aonde ir

Protesto contra gastos da CopaUm protesto realizado on-

tem na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, criticou os gastos bilionários com a Copa do Mundo e as violações de direitos humanos que ocorre-ram durante a preparação do evento, segundo movimentos sociais. A manifestação foi or-ganizada pela ONG Rio de Paz

nas areias em frente ao hotel Copacabana Palace, onde está hospedada parte da equipe da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

O integrante da Rio de Paz, Antônio Costa, frisou que o objetivo do protesto, que in-cluiu 12 manequins com os olhos vendados, bolas de fu-

tebol com cruzes vermelhas desenhadas e velas acesas, era chamar a atenção dos brasileiros e do mundo para as contradições entre os bilhões de reais empregados na Copa e o pouco retorno que o país terá. “Queremos dizer para o Poder Público, para a Fifa e para o mundo que nós não

somos idiotas. A Copa rolou, foi sensacional, tratamos os turistas com respeito, mas não somos cegos. A Copa foi orga-nizada com o dinheiro do povo e a Fifa irá embora com uma receita de US$ 4,5 bilhões e deixará um investimento pífio em nosso país, sem pagar im-posto algum”, disse Costa.

MOVIMENTO

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A manifestação foi organizada pela ONG Rio de Paz e foi realizada nas areias em frente ao hotel Copacabana Palace

Presa revoltada ateia fogo a colchão no DF

Um princípio de incên-dio na Penitenciária Femi-nina do Distrito Federal, a Colmeia, assustou parte das internas. Segundo a chefe do plantão da uni-dade, Marta Basílio Ro-drigues, uma das presas ateou fogo a um colchão ao deixar a cela, no se-tor de isolamento, para tomar banho de sol.

Alertadas pela fumaça, outras internas chama-ram os agentes peniten-ciários que, de acordo com Marta, rapidamente apagaram o fogo. Ainda assim, o Corpo de Bom-beiros foi acionado. Após avaliar o estado de algu-mas detentas que recla-mavam de irritação ou mal-estar causado pela fumaça, os bombeiros recomendaram que sete presas, entre elas a que ateou fogo, fossem leva-das ao Hospital Regional

do Gama, onde receberam cuidados médicos.

A chefe do plantão da penitenciária garante que o fogo foi facilmente controlado, que nenhuma interna sofreu qualquer

lesão e que as sete que foram levadas ao hospital retornaram rapidamente, sem sequer serem medi-cadas. As sete mulheres inalaram fumaça, mas passam bem.

IRRITAÇÃO

CONTROLEEnfermeiras do pronto-socorro hospitalar confir-maram que as sete mulheres inalaram fumaça, mas pas-savam bem e foram liberadas logo após o atendimento

A chegada de uma nova frente fria à região deve derrubar ainda mais a temperatura nos próximos dias, e provocar geadas, nevoeiros ou névoa, aumentando a gravidade da situação

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Tomada de Slaviansk reduz trégua com os separatistas

O exército ucraniano pros-seguia ontem (7) com sua ofensiva contra os insurgen-tes pró-russos, depois de ter se apoderado no sábado de um de seus redutos, uma vitória que reduz as espe-ranças de um cessar-fogo com os separatistas.

O presidente ucraniano, o pró-ocidental, Petro Po-roshenko, disse que a re-conquista de Slaviansk, re-duto separatista pró-russo do leste do país retomado pelo exército ucraniano no sábado, é um “ponto de vi-ragem” no conflito.

RebeldesOs rebeldes admitiram que

sofreram muitas baixas du-rante a retirada desta cidade estratégica do leste da Ucrâ-nia que havia sido tomada por eles há quase três meses. A maioria dos analistas con-sidera que Poroshenko, que chegou à presidência há um mês, precisava desesperada-mente de um êxito militar

para garantir a confiança dos ucranianos, que acompanha-vam a impotência do exército contra o que consideram uma agressão da Rússia. “Não é uma vitória total e não há tempo para fogos de artifí-cio”, declarou o presidente de 48 anos em um discurso na televisão pública.

Novas tentativasPoroshenko também de-

clarou que agora os insur-gentes estão se reagru-pando ao redor de outro de seus redutos, a cidade industrial de Donetsk, mas prometeu desalojar os “ter-roristas que estão se en-trincheirando nas grandes cidades ucranianas”.

Um líder dos rebeldes na região de Donbas anunciou a tomada das cidades de Druzhkivka e Kostantynivka, ao sul de Slaviansk. Também pediu que seus moradores não saiam às ruas durante a noite porque poderia ser perigoso e arriscado.

UCRÂNIA

O autoproclamado califa de um Estado independente do Iraque, Abu Bakr al-Bagdhadi, fez inédita aparição na TV

Vídeo do califa do Iraque éevidência do poder islâmico

A primeira aparição em um vídeo do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Bagdhadi, au-

toproclamado califa, é uma demonstração de força de seu grupo, que controla partes do Iraque e da Síria, segundo os especialistas.

Abu Bakr al-Bagdhadi convo-cou na sexta-feira (4) os mu-çulmanos à obediência em um sermão na mesquita Al-Nur de Mossul, no Iraque, segundo um vídeo divulgado no sábado (6).

Sua aparição foi uma sur-presa para um líder que até agora cultivava uma imagem de comandante solitário, e é uma nova demonstração de força do grupo, que em poucas semanas tomou várias regiões diante da impotência do exército iraquiano. “Em resumo, temos o homem mais procurado do planeta que vai ao centro de Mossul e dá um sermão de 30 minutos na mesquita mais venerada da cidade, controlada pelo grupo jihadista mais conhe-cido de nosso tempo”, explica Charles Lister, pesquisador do Brookings Doha Center.

“O fato de Bagdhadi ter apa-recido publicamente em um lugar tão central ressalta a grande confiança que existe

dentro de sua organização” em nível de segurança, afirma este especialista.

InsurreiçãoO Estado Islâmico (EI) lidera

a insurreição sunita no Iraque que no dia 10 de junho tomou a cidade de Mossul e quer instau-rar um califado em um território entre Síria e Iraque. O vídeo,

divulgado no sábado, mostra um homem vestido de preto com a barba grisalha dirigindo-se aos fieis na tradicional oração de sexta-feira. Um texto o identifica como califa Ibrahim, o nome que Bagdhadi usava quando o grupo declarou no dia 29 de junho a criação de um califado, um sistema de governo no qual um líder assume todo o poder

político e religioso.Quando Abu Bakr al-Bagdhadi

tomou em maio de 2010 o controle do grupo, que até a semana passada se chamava Estado Islâmico do Iraque e do Levante, acreditava-se que estava enfraquecido.

Mas pouco a pouco reuniu dinheiro, melhorou sua estrutu-ra e, se aproveitando do caos provocado pela guerra civil na Síria, expandiu seu poder. Bag-dhadi terminou cortando suas relações com a Al-Qaeda, a rede liderada em nível global por Ay-man al-Zawahiri.

BrutalidadeSeu grupo é conhecido por sua

brutalidade e por ter executado e crucificado seus opositores na Síria. “Tudo o que esse grupo fez foi audaz, por isso parece lógico que Bagdhadi tenha saído das sombras para se expor”, afirma Will McCants, um ex-assessor na luta contra o terrorismo do Departamento de Estado ame-ricano. “O sermão de Bagdhadi parece incoerente do ponto de vista da segurança, mas tem muito sentido no contexto de sua competição com a Al-Qae-da para assumir a liderança da guerra santa internacionalmen-te”, explica McCants. Abu al-Bagdhadi, que antes se mostrava “tímido” e solitário, agora desafia o governo do Iraque

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Nove de cada 10 espionados na NSA eram usuários comuns

A maioria das pessoas que teve sua vida digital espionada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) era de cidadãos comuns, e não de suspeitos de terem co-metidos atividades ilícitas, segundo revelou reportagem do jornal “Washington Post” a partir de dados fornecidos por Edward Snowden.

Segundo o levantamento, nove em cada 10 usuários que tiveram seus dados es-pionados pela agência não eram alvos de vigilância, mas foram encontrados e tiveram suas informações capturadas durante operações que inves-tigavam outras pessoas.

O jornal baseou sua ma-téria em uma análise que realizou ao longo de quatro meses com dados eletrôni-cos interceptados pela NSA e fornecidos pelo ex-consultor, que vive asilado na Rússia.

O estudo se baseou em 160 mil e-mails e conver-sas de mensagens instan-tâneas, e em documentos retirados de mais de 11 mil

contas na internet, intercep-tados durante o primeiro mandato do presidente Ba-rack Obama (2009-2012). Tanto americanos quanto moradores de outros países estavam na lista.

Cada históriaA pesquisa também encon-

trou material que a NSA con-servava e que seus analistas consideravam inútil. Como exemplo, são citadas histó-rias de amor e separações, relações sexuais ilícitas, crises mentais, conversões políticas e religiosas, ansie-dade financeira e esperanças frustradas.

No entanto, alguns ar-quivos incluem descober-tas consideradas úteis, como revelações sobre um projeto nuclear, uma cala-midade militar que ocorreu com uma potência inimiga e a identidade de intrusos perigosos em redes de infor-mática americanas. O jornal não detalhes dos casos para não atrapalhar operações em andamento.

EUA

PODERSua aparição foi uma surpresa para um líder que até agora cultivava uma imagem de coman-dante solitário, e é uma nova demonstração de força do grupo, que em poucas semanas tomou várias regiões

Programa de reformas em Cuba seguirá cauteloso, afirma Raúl

O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou no sábado (5) perante o Parlamento do país que o programa de reformas local continuará gradual e cauteloso, apesar dos recentes números desanimadores de crescimento do PIB. Em discurso, Castro declarou que as reformas são muito complexas, mas seguem no ritmo necessário. O presidente ponderou que o processo, para ser bem-sucedido, precisa ser acompanhado por controle permanente de estruturas do governo em todos os níveis. Jornalistas interna-cionais não puderam acompanhar o encontro, mas o discurso de Castro foi posteriormente transmitido pela TV estatal.

Homens armados deixam 29 mortos em ataques no Quênia

Pelo menos 29 pessoas morreram na madrugada de ontem (7) no litoral do Quênia em dois ataques armados realizados por pistoleiros, de acordo com o governo do país africano. O grupo islâmico Al Shabaab, que atacou um shopping de Nairóbi em setembro, disse estar por trás da ação. Os ataques ocorreram no distrito de Rio Tana, onde foram mortas 20 pessoas e em Lamu, onde nove foram assassinados. A expectativa do gover-no é que este número aumente. Em Tana, homens armados entraram em uma delegacia de Polícia, atiraram contra os agentes e libertaram um suposto terrorista.

Kirchner ficará de repouso enão participa de comemoração

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deverá con-tinuar em repouso por causa de uma faringolaringite aguda até a próxima quarta (9) e não participará dos atos que marcam o aniversário da Independência do país, informou o governo argentino. A Unidade Médica Presidencial emitiu um comunicado que diz que “por prevenção, recomenda-se realizar suas tarefas cotidianas na residência presidencial de Olivos até a quarta, 9 de julho, inclusive, quando completará uma semana do início do quadro clínico e a aplicação do tratamento correspondente”.

Ucraniano monta guarda em base temporária de Slaviansk

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Mel Gibson não fi nanciará fi lmesO diretor e ator norte-ame-

ricano Mel Gibson afi rmou que não irá mais fi nanciar seus próprios fi lmes. A in-formação é da revista “The Hollywood Reporter”.

Segundo a publicação, o ator fez a afi rmação durante o primeiro dia do festival de cinema Karlovy Vary, na República Tcheca, onde foi receber uma premiação pelo conjunto de sua obra.

“Estou fora desse negócio de fi nanciar meus próprios fi lmes, porque eles veem você

chegando e te levam para dar uma volta. Eu não sou bobo. É difícil para as coisas que eu considero digno dirigir, com boa história convincente - ninguém tem muita fé e nunca teve”, disse o ator e diretor de cinema.

Gibson não quis falar mais detalhes de seus projetos. “Toda vez que eu falo, alguém vai lá e faz. É uma coisa tipo espionagem industrial (...) E eles ainda fazem mal e para a TV”, declarou.

Gibson acabou de atuar em

um fi lme no Estado do Novo México (EUA), do diretor fran-cês Jean-Francois Richet. “Eu interpreto um cara de moto que por acaso tem uma fi lha, que passa a estar em apuros e uma aventura começa”.

ControvérsiasRecentemente, o ator e

diretor Gary Oldman saiu em defesa de Mel Gibson, acusado de antissemitismo em 2006.

À “Hollywood Reporter”, Gibson diz acreditar que o

assunto não é mais motivo de discussão. “É uma história com oito anos de idade. Ela continua a voltar como uma reprise. Mas eu já lidei com isso e com responsabilidade. E tenho trabalhado em mim qualquer coisa que eu tenha sido culpado”.

Gibson, que realizou como ator diversos papeis e dirigiu os fi lmes “Apocalypto” e “A Paixão de Cristo”, fi nanciados pela sua produtora, afi rma que não irá mais fi nanciar seus próprios fi lmes.

DECLARAÇÃO

Afi rmação foi feita durante um festival tcheco de cinema

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Bossa, jazz e baiãoMúsico de instrumentos de sopro, Abner Viana interpreta compositores brasileiros em versões instrumentais, misturando diversas infl uências

Os amantes de mú-sicas instrumentais vão poder curtir um show especial do

Quarteto Abner Viana, com direito a saxofone, clarineta, fl autas, piano, contrabaixo e bateria, amanhã, às 22h30 no Jack ‘n’ Blues Snooker Pub, localizado na rua Nova Palma, 945, Zona Centro-sul. O cou-vert custa R$15.

O repertório é recheado de músicas conhecidas pe-los brasileiros e que também fi zeram sucesso no exterior como “Garota de Ipanema”, “Corcovado” e “O Barquinho”. Além de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Roberto Menescal, além de canções de outros compositores como Moacyr Franco e João Donato, por exemplo, vão fazer parte do show. Elas receberam arranjos próprios do quarteto como a inclusão do som de fl autas estilizadas, além de infl uên-cias musicais diferentes das músicas originais. “São clás-sicos que receberam um to-que mais personalizado, com infl uências da bossa nova, jazz e até do baião”, conta o líder do grupo, Abner Viana.

O músico amazonense, que possui 16 anos de carreira, começou tocando fl auta doce e hoje é apaixonado pelo sa-xofone convidou para formar o quarteto, o pianista, Célio Vulcão, que já tocou com outros músicos da cena na-cional como Ney Conceição e João Donato; o contrabai-xista, Sérvio Túlio, do grupo regional Imbaúba; e o bate-rista Enéas Nascimento.

O saxofonista Abner Viana pretende, até 2015, concluir três trabalhos que valorizam e potencializam o legado do compositor brasileiro (e igual-mente amazonense) Claudio Santoro. Como extensão das pesquisas sobre as quais vem se debruçando na carreira aca-dêmica, Viana está articulan-do parcerias para transformar em realidade um CD e dois livros sobre Santoro, que tra-zem a intenção de registrar e apresentar à sociedade novas perspectivas sobre sua obra, desvelando especifi camente as composições de câmara do compositor.

O primeiro deles será basea-do em cartas escritas pelo próprio compositor, a partir da década de 1940, endere-çadas ao alemão radicado no Uruguai, Curt Lange, amigo pessoal, musicólogo e pro-fundo apreciador da música erudita sul-americana.

O segundo livro a ser produ-zido é baseado em uma análise descritiva dos padrões encon-trados na música de câmera de Santoro, com orientações técnicas para apontar como a mesma deve ser estudada.

Abner Viana é mestre em música pela UEA, onde de-senvolve trabalho dissertati-vo e performático na obra do compositor Cláudio Santoro, por meio do trabalho “Uma análise interpretativa das cinco obras de câmara da década de 40 do compositor Cláudio Santoro”.

O músico possui músicas pu-blicadas na plataforma Sound Cloud que podem ser ouvidas a qualquer momento. Basta acessar www.soundcloud.com/abnerviana.

ARQUIVO EM TEMPO

RENATA FÉLIXEspecial EM TEMPO

Abner Viana (foto) faz show hoje, acompanhado de Célio Vul-cão (piano), Sérvio Túlio (baixo)

e Enéas Nascimento (bateria)

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Programação de TV

5h – JORNAL DO SBT6H – IGREJA UNIVERSAL7H – NOTÍCIAS DA MANHÃ8H – BOM DIA & CIA10H – WAISSER 10H50 – PROGRAMA AGORA 12H25 – PROGRAMA LIVRE 13H15 – CASOS DE FAMÍLIA14H15 – CAFÉ COM AROMA DE MULHER 15H – MEU PECADO 16H – A FEIA MAIS BELA 17H30 – CHAVES18H20 – JORNAL EM TEMPO18H45 – SBT BRASIL 19H30 – CHIQUITITAS20H15 – REBELDE21H – SERIADO22H – PROGRAMA DO RATINHO23H – MÁQUINA DA FAMA0H – THE NOITE COM DANILO GENTILI1H – JORNAL DO SBT1H45 – OKAY PESSOAL2H45 – SEGURANÇA AGORA3H15 – PROGRAMA BIG BANG4H – IGREJA UNIVERSAL

SBT6h30 Record Kids 7h40 Fala Brasil 9h Hoje Em Dia 11h Magazine 12h Alô Amazonas 13h30 Craque Na Tv 13h50 Programa Da Tarde 16h20 Cidade Alerta 18h55 A Crítica Na Tv 19h40 Jornal Da Record 20h30 Programah Arena Show De Bola 21h30 Novelah Vitória Cap 02622h30 Reporter Record Investigação 23h30 Roberto Justus + 0h30 Heróis Contra O Fogo 1h15 Programação Iurd

RECORD

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 A sensibilidade psíquica faz você se retrair e buscar a proteção do isolamento. Esta é uma forma de recuperar as energias. Fascínio por pessoas incomuns ou diferentes.

TOURO - 20/4 a 20/5 A sensibilidade aproxima-o dos amigos, em especial, se alguém estiver precisando de apoio e hospitalidade. O risco e o mistério po-dem lhe fascinar de modo surpreendente.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 A sensibilidade psíquica é forte no trabalho: muita percepção, mas humores variáveis. Uma pessoa que se mostre misteriosa pare-cerá merecedora de consideração e afeto.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Uma surpresa acrescida ao conforto do-méstico pode ser fonte de grande realização neste dia. Atividades que envolvam forças misteriosas lhe parecem mais atraentes.

LEÃO - 23/7 a 22/8 O envolvimento com uma pessoa fora de seu círculo de conhecidos ou que tenha algum encanto incomum atrai sua atenção. Ou talvez você se perceba desejando algo assim.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Surpresa de um encontro, talvez com alguém que não vê há muito tempo ou com uma pessoa que cause impressão estranha, de conhecê-la de outro tempo.

LIBRA - 23/9 a 22/10 O gosto por objetos e bens de conforto pouco usuais lhe atrai. Pode sentir-se muito bem ao usufruir de algum bem as-sim. Um toque de beleza em sua casa é bem vindo.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Você se encantar com o que é equivocado ou inapropriado para as suas necessidades reais. Não vá seguir o canto das sereias e terminar espatifado contra pedras escarpadas.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Você tende a provocar alguma atração mag-nética sobre as pessoas do ambiente social. Você se sente bem causando esse tipo de efeito sobre os demais.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Você sente certa simpatia até pelas tarefas mais ingratas. Uma disposição dessas pode ser aproveitada para lidar com coisas difíceis e que lhe seriam naturalmente antipáticas.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Você aprecia a inteligência e o brilho mental, interessando-se pelas pessoas que sejam assim. Hoje, poderá realizar esse gosto en-contrando-se com gente sofi sticada e di-ferente.

PEIXES - 19/2 a 20/3 A Lua neste signo estimula a sensibilidade psíquica em seu mais algo grau. Procure não se expor em situações de violência ou agitação dispersiva. Mantenha-se na estabilidade.

Cruzadinhas

Murilo Benício em “O homem do ano”, na Sessão Brasil, hoje

DIVULGAÇÃO BAND5h Café Com Jornal Sp6h30 Nosso Tempo7h Café Com Jornal8h Dia Dia9h10 Band Kids - Os Simpsons10h Jogo Aberto11h30 Comunidade Alerta12h Notícias De Agora12h20 Exija Seus Direitos12h50 Câmera 1313h20 Cidade Urgente13h40 Ação Na Tv14h Sabe Ou Não Sabe15h30 Brasil Urgente – Edição Regional16h30 Brasil Urgente – Edição Nacional17h50 Band Cidade18h20 Jornal Da Band19h25 Show Da Fé20h15 Band Na Copa23h Cqc – Custe O Que Custar1h Jornal Da Noite1h50 Que Fim Levou? – Boletim1h55 Diário Da Copa2h25 Copa Do Mundo - Compacto3h Igreja Universal

4h25 Telecurso Educação Básica - PROFMAN4h40 Telecurso Profi ssionalizante - Administração4h55 Telecurso Ensino Médio

GLOBO

Cinema

Transformers - A Era da Extinção: EUA. 12 anos. Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alie-nígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua fi lha Tessa entrariam na mira das autoridades americanas. Cinemark 21h15 (3D/dub/diariamente), Cinemark 7 – 18h30 (3D/dub/exceto sexta-feira), 22h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Millennium 1 – 18h (3D/leg/exceto sexta-feira e sábado), 21h30 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 18h30, 21h50 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 2 – 18h30 (3D/dub/exceto sexta-feira e sábado), 22h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 17h10 (3D/leg/ex-ceto sexta-feira), 21h10 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 18h30 (3D/dub/exceto sexta-feira), 22h (3D/dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 18h (3D/leg/exceto sexta-feira), 21h30 (3D/leg/diariamente); Playarte 1 – 15h05, 20h25 (3D/dub/exceto sexta-feira), 20h20 (3D/dub/somente sexta-feira).

O Céu É de Verdade: EUA. Livre. Baseado no livro homônimo, “O Céu É de Verdade” traz para as telas a história real de um pai de uma cidade pequena que precisa encontrar coragem e convicção para dividir com o mundo a extraordinária história de seu fi lho. O ator Greg Kinnear interpreta Todd Burpo e Kelly Reilly inter-preta Sonja Burpo, o casal real cujo fi lho Colton (Connor Corum) afi rma ter visitado o Céu durante uma experiência de quase morte. Colton conta os detalhes de sua jornada com a inocência de uma criança e fala com naturalidade sobre coisas que aconteceram com ele antes de seu nascimento… coisas que ele não poderia saber. Todd e sua família são então desafi ados a examinar o signifi cado deste evento notável. Cinépolis Ponta Negra 2 – 18h10 (leg/exceto sexta-feira).

Khumba: EUA. Livre. Acusada por seu supersticioso bando de trazer azar para o grupo, uma jovem zebra que tem listras em apenas metade do corpo embarca numa perigosa jornada em busca da normalidade. Cinemark 4 – 14h40, 19h10 (3D/dub/exceto sexta-feira), 12h30 (dub/diariamente), 16h50 (dub/exceto sexta-feira); Cinépolis Millennium 3 – 13h55, 16h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 2 – 13h50, 16h (3D/dub/exceto sexta-feira e sábado); Cinépolis Ponte Negra 4 – 13h30 (3D/dub/exceto sexta-feira e sábado), 16h (3D/dub/diariamente); Ciné-polis Ponta Negra 6 – 14h30, 19h45 (dub/exceto sexta-feira); Kinoplex 3 – 16h10 (3D/dub/diariamente).

O Espelho: EUA. 14 anos. Tim e Kaylie são dois irmãos traumatizados pela morte inexplicada dos pais. Quando Tim sai de um hospital psiquiátrico, após anos internado, ele tem certeza de que a causa da tragédia familiar é um grande espelho que acompanha a família há séculos. Cercados por fenômenos paranormais, os dois tentam provar que o objeto é o verdadeiro responsável pela sangrenta história de seus ascendentes. Cinemark 5 – 16h30, 18h50 (dub/exceto sexta-feira), 21h30 (dub/diariamente), 23h50 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis Ponta Negra 9 – 15h15 (dub/exceto sexta-feira), 21h (leg/sexta-feira); Playarte 1 – 13h, 18h20 (dub/exceto sexta-feira), 13h15, 23h35 (dub/somente sexta-feira), 23h40 (dub/somente sábado).

Não Aceitamos Devoluções: EUA. 12 anos. Valentin sempre levou uma vida despreocupada no México, saindo com várias mulheres e alternando entre pequenos trabalhos. Um dia, uma mulher bate à sua porta e lhe deixa um bebê, dizendo ser sua fi lha. Apesar da surpresa inicial, Valentin se muda para os Estados Unidos e cria a pequena Maggie durante vários anos, tornando-se um homem responsável e encontrando um emprego fi xo como dublê em fi lmes de ação. Seis anos mais tarde, a mãe de Maggie reaparece, com a intenção de levar a fi lha de volta com ela. Cinépolis Ponta Negra 8 – 17h45 (dub/exceto sexta-feira), 20h45 (leg/diariamente).

Causa e Efeito: BRA. 14 anos. O policial Paulo (Matheus Prestes) enfrenta um grande trauma, após perder a esposa e o fi lho em um acidente de carro. Ele não consegue aceitar o fato de que o responsável pelo crime não tenha sido punido, e acaba decidindo fazer justiça com as próprias mãos. Paulo passa a matar outras pessoas, mas não consegue assassinar Madalena, quando descobre a sua triste história de vida. Os dois se apaixonam e fogem juntos, usando as palavras de um padre, um pastor e um espírita para reconstruir as suas vidas. Cinépolis Ponta Negra 10 – 19h (exceto sexta-feira), 21h45 (diariamente).

ESTREIAS

CONTINUAÇÕESOs Muppets 2 – Procurados e Amados:

EUA. Livre. Cinemark 5 – 11h15 (dub/dia-riamente), 13h15 (dub/exceto sexta-feira); Cinépolis Ponta Negra 8 – 15h (dub/exceto sexta-feira).

Amazônia: BRA. Livre. Cinemark 2 – 11h10, 13h10 (diariamente), 15h20 (ex-ceto sexta-feira); Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h (diariamente); Kinoplex 1 – 14h30 (diariamente).

Um Plano Brilhante: EUA. 12 anos. Playarte 2 – 18h30, 20h30 (leg/exceto sexta-feira), 20h, 22h (leg/somente sexta-feira), 22h30 (leg/somente sábado).

Transcendence: EUA. 12 anos. Cinépolis Ponta Negra 3 – 22h10 (leg/diariamente); Playarte 10 – 13h05, 20h45, 23h05 (dub/somente sexta-feira), 13h40, 16h05, 18h30, 20h55 (dub/exceto sexta-feira), 23h20 (dub/somente sábado).

Décimo Terceiro Distrito: EUA. 14 anos. Cinemark 6 – 19h (dub/exceto sexta-feira e terça-feira), 21h (dub/diariamente), 23h10 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Vizinhos: EUA. 14 anos. Cinemark 2 – 18h40 (dub/diariamente), Cinemark 7 – 21h45 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 19h15 9dub/diariamente), 21h45 (leg/diariamente).

Como Treinar o Seu Dragão 2: EUA. Livre. Cinemark 1 – 12h05 (dub/diariamente),

14h30, 17h10, 19h40 (dub/exceto sexta-fei-ra), Cinemark 6 – 11h25 (dub/diariamente), 13h50 (dub/exceto sexta-feira e terça-feira), Cinemark 7 – 11h (dub/diariamente), 13h20, 16h (dub/exceto sexta-feira); Cinépolis Mil-lennium 1 – 13h, 15h30 (3D/dub/exceto sexta-feira e sábado), Cinépolis Millennium 8 – 13h45, 16h40, 19h, 21h45 (dub/diaria-mente); Cinépolis Plaza 1 – 13h15, 15h45, 18h10, 21h30 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 4 – 14h, 17h, 19h30 (dub/diariamen-te), Cinépolis Plaza 5 – 14h, 17h, 19h30, 22h10; Cinépolis Ponta Negra 1 – 14h10 (3D/dub/exceto sexta-feira), Cinépolis Ponta Negra 2 – 15h10 (dub/exceto sexta-feira), 20h10 (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), Cinépolis Ponta Negra 9 – 13h15 (dub/somente sábado e domingo), 18h15 (dub/exceto sexta-feira); Kinoplex 1 – 16h20, 18h40 (dub/diariamente); Kinoplex 3 – 14h, 18h10 (3D/dub/diariamente); Playarte 3 – 12h40, 14h50, 17h, 19h10, 21h20 (dub/exceto sexta-feira), 12h50, 20h05, 22h15 (dub/somente sexta-feira), 23h30 (dub/so-mente sábado), Playarte 4 – 13h30, 15h40, 17h50, 20h (dub/exceto sexta-feira), 13h30, 20h30, 22h40 (dub/somente sexta-feira), 22h10 (dub/somente sábado).

BBC Earth? Pequenos Gigantes: EUA. Livre. Cinemark 5 – 15h25 (dub/exceto

sexta-feira), Cinemark 8 – 15h (dub/exceto sexta-feira), 11h05 (dub/diariamente).

A Culpa é das Estrelas: EUA. 12 anos. Cinemark 6 – 16h10 (dub/exceto sexta-feira e terça-feira), Cinemark 8 – 12h20 (dub/diariamente), 16h40, 19h30 (dub/ex-ceto sexta-feira), 22h20 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 4 – 14h50, 17h45, 20h45 (dub/diariamente), 15h, 19h20, 22h10 (leg/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h30, 17h15, 20h (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 8 – 14h30, 17h30, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 13h10 (leg/somente sábado e domingo), 16h10, 19h20 (leg/exceto sexta-feira), Ci-népolis Ponta Negra 7 – 14h15 (dub/exce-to sexta-feira), 20h (dub/diariamente), 17h (leg/exceto sexta-feira); Kinoplex 2 – 13h10, 15h40, 18h20 (dub/diariamente), 21h10 (leg/diariamente); Playarte 6 – 13h10, 20h10, 22h45 (dub/somente sexta-feira), 13h15, 15h50, 18h25, 21h (dub/exceto sexta-feira), 23h30 (dub/somente sábado), Playarte 7 – 13h11, 20h11, 22h46 (dub/so-mente sexta-feira), 13h16, 15h51, 18h26, 21h01 (dub/exceto sexta-feira), 23h36 (dub/somente sábado).

Malévola: EUA. 10 anos. Cinemark 3 – 14h, 16h20, 18h40 (dub/exceto sexta-fei-ra), 20h50 (dub/diariamente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis

Millennium 7 – 14h, 16h20, 18h45, 21h (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 22h15 (dub/diariamente).

Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou: BRA. 14 anos. Cinemark 2 – 17h30, 20h (exceto sexta-feira), 22h30 (diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 14h15, 19h45 (dub/diariamente); Kinoplex 1 – 21h (diariamente); Playarte 8 – 12h35, 14h45, 16h55, 19h05, 21h15 (dub/exceto sexta-fei-ra), 13h25, 20h25, 22h35 (somente sexta-feira), 23h25 (somente sábado).

No Limite do Amanhã: EUA. 12 anos. Playarte 5 – 13h15, 20h20, 22h40 (dub/so-mente sexta-feira), 13h50, 16h10, 18h30, 20h50 (dub/exceto sexta-feira), 13h50, 16h10, 18h30, 20h50 (dub/exceto sexta-feira), 23h10 (dub/somente sábado).

X-Men – Dias de um Futuro Esque-cido: EUA. 12 anos. Cinemark 1 – 22h10 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 2 – 15h45, 18h45, 22h (leg/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 14h30, 17h30, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 6 – 15h, 18h, 21h (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 7 – 16h45, 22h15 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 16h45 (leg/exceto sexta-feira); Playarte 9 – 12h50, 15h20, 17h50, 20h20 (dub/exceto sexta-feira), 13h35, 20h40, 23h10 (dub/somente sexta-feira), 22h50 (dub/somente sábado).

- Português5h10 Telecurso Ensino Fundamen-tal - Português5h30 Globo Rural6h Bom Dia Amazônia6h30 Bom Dia Brasil7h30 Mais Você9h Bem Estar9h40 Encontro Com Fátima Ber-nardes11h Amazonas TV10h48 Globo Esporte12h20 Jornal Hoje13h05 Vídeo Show13h55 Sessão da Tarde Filmeh Karatê Kid15h58 Vale a Pena Ver de Novoh Caras & Bocas17h20 Meu Pedacinho de Chão18h13 Jornal do Amazonas18h33 Geração Brasil19h30 Jornal Nacional20h20 Em Família 21h30 Tela Quente - Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança 23h20 Jornal da Globo0h03 Under The Dome0h50 Sessão Brasil - O Homem do Ano 2h40 Corujão 4h15 Festival de Desenhos

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Page 15: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

Prefeito Arthur Virgílio Neto

com os amigos do Bradesco,

Fernando Bar-ros, gerente re-

gional, Márcio Parizotto, su-perintendente de marketing,

e José Maria Diniz, gerente

regional, no bumbodrómo de Parintins

PREFEITO DE MANAUS, Arthur Virgílio Neto, nova presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, primeira-dama do Estado do Amazonas, Edilene Oliveira, e o governador do Amazonas, José Melo. Durante a posse o prefeito Arthur Virgílio Neto parabenizou a presidente do TJAM, por ser a segunda mulher a ocupar o cargo em mais de 100 anos da Justiça amazonense. Além dela, também tomaram posse na quinta (3), em solenidade realizada do Teatro Amazonas, o desembargador Aristóteles Lima Thury, no cargo de vice-presidente, e o desembargador Flávio Humberto Pascarelli Lopes, como corregedor-geral de Justiça.

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

ARLESON SICSÚ/SEMCOM

Claudinha Leite, no ritmo da sele-ção, BRASILLLLLLLLL!

DIVULGAÇÃO

O governador José Melo ao lado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, no bumbodrómo de Parintins, du-rante o festival folclórico

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

A primeira-dama de Manaus, Goreth Garcia Ribeiro, no Festival Folclórico de Parintins

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

ma noite para fi car gravada na retina e na memória de todos os convidados que estiveram presentes na comemoração dos 15 anos de Vic-tória Souza. Os anfi triões Ruth e Carlos Mauricio Souza eram só felicidades. A modernidade foi o tom do evento, lounges foram formados para que

os convidados fi cassem mais à vontade, evitando a concentração excessiva de mesas. Um layout do Bandeirão realmente deixou chique a ambientação. Os presentes em trajes social compunham o cenário dando um toque de elegância. Nomes de A a Z da nossa alta sociedade estrelavam a noite. A linda aniversariante Victória usou modelo do estilista libanês Zuhair Murad, no momento dos parabéns. Cilene Martins produziu o bolo da festa, simplesmente sensacional. Flûtes do champagne Veuve Clicquot, com serviço especial foi servido com elegância no decorrer da festa. O cardápio musical foi assinado pelos DJs Kako Rodrigues, da Gree Valley, de Florianópolis e o DJ Magrão, um dos reis do funk carioca, que embalou e lotou a pista. A Ativa Eventos, tendo à frente a impecável Zeina Neves, mais uma vez mostrou como se realiza um cerimonial sem senões.

Em grande estíloFOTOS: SÉRGIO FROTA

Os anfi triões Ruth e Carlos Maurício Souza emoldurando a fi lha e ani-versariante Victória

Bernardino e sua Kemella Marques, vestindo Naeem Khan, um dos estilistas preferidos de Michelle Obama

Juliana e Carlos Queiroz, Marcos Cavalcanti, Ruth Souza, Andréa Ca-valcanti, Carlos Maurício Souza, Maria Fernanda Cavalcanti e Rafael Barros Marcos e Andréa Cavalcanti

Ruth Souza, sua mãe Algeria Portela, Melk Porte-la, Carlos Maurício Souza e a linda aniversariante Victória Souza, Kemella e Bernardino Marques, Ines Santoro Souza, ao lado das netas Giovanna e Valentina Marques, na hora do brinde

A anfi triã, Ruth Souza era toda felicidade, celebrando os 15 anos de sua fi lha Victória, ao lado da amiga Edi-lane Frota

A elegância do casal George Tasso e Andréa

Medeiros, prestigian-

do os 15 anos da

bela Victó-ria Souza

As fi nas Regiane Souza e Simone Guerreiro, exibindo charme e elegância

Clas-se e

elegân-cia de

Marcos e Gisele

Bolog-nese

Flávia Marques, Ines Santoro Souza e Ruth Souza

Toda simpá-tia do casal Lívio e Lúcia Assayag

CACAU MANGABEIRA

CACAU MANGABEIRA

CACAU MANGABEIRA

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Page 16: EM TEMPO - 7 de julho de 2014

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV Tudo Bate-rebate• Luciana Gimenez re-

toma seus trabalhos na Rede TV! no próximo dia 28, com edição ao vivo do “Superpop”...

• ...A apresentadora está em férias nos Es-tados Unidos.

• Carlo Briani, ator, faz questão de assinar embaixo os elogios ao Falcão como apresenta-dor no Fox Sports...

• ...Quando dirigia a Te-lemontecarlo, Briani ti-nha o ex-craque à frente de um programa e o seu desempenho já superara a expectativa.

Desafi o é não derrubar audiência

É só mais essa semana de Copa do Mundo e acabou-se o que era doce. A partir da outra segunda-feira, tudo vol-tará à normalidade de sempre, em especial para as emissoras diretamente envolvidas.

No caso delas, de forma espe-cífi ca, será o momento de fazer uso de tudo o que extraíram de bom ao longo dessas transmis-sões e não se apagarem depois do campeonato.

Naquele mesmo for-mato já utilizado pelas concorrentes, a Globo, na semana de 28 de julho a 1º de agosto, exi-birá no “Vale a Pena” as novelas “Caras & Bocas” e “Cobras & Lagartos”, nesta ordem.

A partir de 4 de agos-to, no entanto, “Cobras” fi cará sozinha na sessão de reprises.

Então é isso. Mas ama-

nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Mais cedoO “Tudo Pela Audiência”,

do Multishow, com Fabio Porchat e Tatá Werneck, que ainda nem estreou a primeira, terá a sua segun-da temporada gravada ainda este ano.

O trabalho começa no dia 18 de agosto.

ContabilidadeTodas as emissoras,

sem nenhuma exceção, estão bastante apreen-sivas em relação aos pró-ximos tempos.

Este segundo semestre, de acordo com as previsões, será de muito aperto no campo econômico.

Rodinhas O canal Off vai botar

no ar ainda este mês, seis novos programas, com destaque para o “Skate no Quintal”, com estreia no dia 25, às 22h30.

A proposta é mostrar as pistas de skate construídas nos lugares mais diferen-tes, aliás, uma delas na casa do diretor João Gomez, do “Tá no Ar”, que é fi lho de Regina Duarte e casado com a Regiane Alves.

Trabalho pela frente Está tudo ainda na de-

pendência de um “ok” do Entretenimento da Globo,

mas já é possível informar que Gabriel Braga Nunes, no ar na novela “Em Famí-lia”, surge como mais cotado para viver o protagonista de “Ligações Perigosas”, nova série da Globo.

Uma produção baseada em clássico de Pierre Chor-delos de Laclos que virou fi lme em 1988, com John Malkovich, Glenn Close e Michelle Pfeiff er.

Se tudo se confi rmar...O Visconde Sébastien de

Valmont, feito por Malkovi-ch, será vivido pelo Gabriel. Débora Bloch, por sua vez, poderá fi car com a Marquesa Isabelle de Merteu.

A ideia é estrear em janeiro, com 10 capítu-los e direção de Vinicius Coimbra e Denise Sarace-ni. Texto de Manuela Dias e Duca Rachid.

Depois de muito tempoMaria Flor está

de volta às nove-las, em “O Rebu”, que estreia dia 14 na Globo, como uma psicóloga, Camila, mulher de Oswaldo (Julio Andrade).

Depois de “Eterna Magia”, 2007, a atriz se dedicou a séries e fi lmes, e também como diretora no Multishow.

TV G

LOB

O /

EST

EVAM

AVE

LLAR

Diante do túmulo de César, Rosário diz a Carmelo que vai ajudá-lo a se casar com Lu-crécia o mais rápido possível, mas antes terá que terminar seu relacionamento com Re-nata e se dedicar seriamente ao trabalho. Matias percebe que pouca gente tem assistido suas missas e tenta encontrar uma explicação. Justina visita Rita e pede a ela que ajude a divulgar na cidade que seu fi lho precisa de doadores de sangue. Branca, que tem o mesmo tipo sanguíneo vai até o laboratório, mas não pode doar por que está grávida.

Juliana e Nando conversam sobre Bia. Alice e Vitor enfren-tam bandidos na comunidade e ela é atingida de raspão. Juliana pergunta a Nando por que ele se envolveu com Gorete. Ivan diz a Cadu que está feliz ao vê-lo namorando Verônica. Nando pede perdão a Juliana. Miss Lauren é atropelada.

Laerte é sarcástico com Ve-rônica e Cadu, que responde à altura. Silvia e Felipe se beijam. Marina se irrita quando Laerte exige que ela retire sua foto com Luiza da exposição. Vitor e Alice fi cam juntos. Laerte tem mais um acesso de ciúme de Luiza.

Resumo das novelas

Jonas se preocupa com a decisão de Pamela sobre as ações da Marra Brasil. Jana-ína beija Igor. Gláucia pensa em como tirar as ações da Marra Brasil de Danusa. Ci-dão e seus capangas prendem Brian. Sílvio informa Barata de que seu irmão quer fazer uma parceria com ele.

Verônica pede para Barata não colocar Vicente como seu herdeiro. Edmilson avisa que Brian foi sequestrado, e Do-rothy desmaia. Pamela pede para Herval salvar Brian. Cidão exige que Brian reprograme seu cérebro. Danusa encontra Matias na Marra Brasil. Brian hipnotiza Cidão.

Ferdinando garante a Gina que a ama, mas fi ca arrasado quando a fi lha de Pedro diz que não quer mais vê-lo. Rosinha agrada Jandira, a pedido de Epaminondas. Pedro discute com Dona Tê ao perceber que ela incentiva Gina a se aproxi-mar de Viramundo. Pedro conta a Gina que Giácomo expulsou Viramundo de sua casa porque o fl agrou beijando sua fi lha. Renato pede permissão a Giá-como para cortejar Milita.

Terminam os testes e o di-retor anuncia que decidiu o elenco: Beto e Clarita serão o príncipe e princesa. Tobias é o rei, pai da princesa. Éri-ca a rainha má. Teca está preocupada com o sumiço de Kiki, sua pomba de estimação. Maria e a Boneca Laura se arrependem de ter soltado a pomba e decidem procurar a ave para devolver para Teca. Pata, Bia e Cris seguem Rafa, Mosca, Binho e Thiago para tentarem descobrirem o que eles escondem. Os meninos percebem e tentam evitar que elas descubram sobre a casa da árvore.

Desesperado, Miguel pro-cura uma maneira de sair da ilha. Cosme dá uma bofeta-da em Giovanni por ele se envergonhar de ser pobre e por dizer que jamais será um açougueiro como ele, mesmo que estiver morrendo de fome. Alma se escandaliza ao fl agrar Roberta e Roger se beijando. Alma tenta agredi-lo mas é impedida por Guilherme, que tenta tranquilizá-la.

Diego, para provocar Rober-ta, apresenta Verônica como sua namorada. Roberta, para se vingar, diz que Roger é seu namorado e o abraça. Miguel encontra uma lancha e volta à ilha para buscar Mia.

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014 (92) 3090-1045

Imóvel: alugoou vendo e invisto tudo?

EDSON SILVA/FOLHAPRESS

Página C6

Aplicação sem Imposto deRenda atrai poupadoresLetras de crédito imobiliário ou agrícola não têm incidência de imposto e, por isso, têm atraído maior demanda

Mais investidores estão buscando aplicações isen-tas de Imposto

de Renda além da poupança. As letras de crédito, títulos emitidos por instituições fi -nanceiras, viram seu estoque crescer nos cinco primeiros meses do ano.

De janeiro a maio deste ano, houve expansão de 14,3% no volume de LCI (Letras de Crédito Imobiliário) registra-do na Cetip, totalizando R$ 117,4 bilhões.

Já o estoque de LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) aumentou 6,1% no mesmo período, para R$ 31 bilhões.

A LCI tem lastro em crédito imobiliário, enquanto a LCA pode ter como garantia uma safra agrícola.

Esses papéis têm seme-lhanças com os CDBs (Certi-fi cados de Depósito Bancá-rio), pois oferecem retorno atrelado a um percentual do CDI (Certifi cado de Depósito Interfi nanceiro, a taxa de ju-ros cobrada nos empréstimos entre bancos). No entanto, são isentos de IR.

Nos principais bancos de varejo, o investidor encontra opções de letras de crédito para quem tem R$ 1.000 para aplicar, caso do Banco do Brasil. No Santander e na Caixa Econômica Fede-ral, a aplicação mínima é de R$ 30 mil. Bradesco e Itaú

DANIELLE BRANTANDERSON FIGODE SÃO PAULO

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Unibanco não informaram à reportagem até o fechamen-to desta edição.

RemuneraçãoA remuneração oferecida

por esses bancos, porém, pode ser menos atraente que a de instituições pequenas e médias, afi rma Amerson Ma-galhães, diretor da Easynvest Título Corretora.

“Essas instituições têm ne-cessidade ou difi culdade de captação maior que um banco

de varejo. Por isso, pagam uma taxa muito maior”, diz. Em geral, enquanto em uma grande instituição de varejo o investidor encontra LCI que pague 85% do CDI, em uma menor pode obter até 95%.

Esse rendimento aumen-ta em razão do valor a ser aportado e do prazo que o investidor permanecer com a aplicação. O risco de uma LCI ou de uma LCA é o de calote do banco. Nesse caso, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito)

garante o principal investido até R$ 250 mil – como no CDB e na poupança.

O grande problema aponta-do para quem quer investir em LCI ou LCA é a baixa liquidez, ou seja, a difi culdade de vender o papel antes do vencimento.

Para minimizar esse pro-blema, o investidor que quer aplicar em letras de crédito de bancos pequenos e mé-dios pode montar um fl uxo de caixa com LCIs ou LCAs com diferentes prazos.

Quem quer fazer aplicações mensais precisa lembrar que a disponibilidade do título está sujeita à necessidade de capta-ção do banco. Isto signifi ca que não necessariamente o inves-tidor conseguirá reaplicar seus recursos em LCIs ou LCAs.

“Os bancos médios e peque-nos não têm muitas operações do tipo. O que permite que os bancos façam essas emissões são as operações imobiliárias ou do agronegócio”, explica Ricardo Mollo, professor de

fi nanças do Insper, instituto de ensino. Ou seja, o investi-dor terá mais facilidade para renovar sua aplicação em LCI caso opte pelo título emitido por um banco com uma carteira extensa, como a Caixa.

Também é recomendado checar se o papel tem regis-tro na Cetip, empresa que atua como central depositária de títulos privados. O registro é a garantia de que, em caso de falência do banco, o investidor será ressarcido.

Rentabilidade supe-ra a da poupança e

pode ser opção para ajudar a realizar so-nhos, como aparta-mento na cobertura

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

5 lições ensinadas pela Bolsaque servem para toda a vidaAmbiente com números complexos e transações que valem o PIB de alguns países, a Bolsa de Valores ainda vai além. Confi ra

O ambiente de Bolsa de Valores, além de ser uma alternativa para investir nosso dinhei-

ro, também é um lugar em que podemos aprender importantes lições – não somente em gestão empresarial. É lá que estão as maiores empresas do Brasil. E é onde há lições para toda a vida de um modo geral.

Não existe almoço grátisUma das frases famosas do

mercado fi nanceiro é a de que na Bolsa não existe almoço grátis. E por acaso fora da Bolsa há? Te-mos que ter muito cuidado com as informações que chegam de forma muito fácil para nós. Por exemplo, alguém com uma dica incrível de um imóvel, afi rmando que irá valorizar absurdamente. Por que conta a outros ao invés de comprar?

Coisas que chegam de forma muito fácil geralmente estão com preço embutido. Não é por acaso que o cheque especial tem as maiores taxas do mercado brasileiro. Nem precisamos fa-lar com o gerente e o dinheiro está à disposição. Como se diz no mercado: dinheiro fácil é dinheiro caro.

Diversifi que sempre quan-do possível

Nunca colocar todos os ovos na mesma cesta é outra lição que rapidamente aprendemos no mercado de ações. Se colo-carmos todo o nosso dinheiro em uma única empresa e ela tiver um problema muito gra-ve? Podemos perder uma parte signifi cativa do nosso capital. No entanto, se diversifi carmos em cinco ou mais empresas,

fi cou mais difícil passarmos pela mesma situação. Os problemas de uma empresa podem ser compensados pela valorização de outras.

No nosso cotidiano é sem-pre importante termos vários planos. Caso o primeiro não dê certo, há o segundo, o terceiro e assim por diante. Seremos ca-pazes de nos sustentar e nunca nos deixar desesperados. Por isto, é bom ter reserva fi nanceira ou um seguro; ou mesmo o de-senvolvimento de outra ativida-de além do emprego principal. É melhor estar preparado.

Comece pelo básicoAo investir na Bolsa não

adianta tentar fazer operações complexas se você não ainda não experimentou as mais bá-sicas. Quando começamos a aprender a andar de bicicleta não tentando andar apenas com uma roda, mas iniciamos pelo básico e depois vamos incrementando as nossas ma-nobras. Andar de bicicleta com apenas uma roda tem seus riscos, mas tentar fazê-lo sem ainda equilibrar-se nela direito é loucura.

Riscos são necessáriosA relação de risco e retorno

conduz não só o mercado fi nan-ceiro, mas nossa vida. Correr risco é necessário porque é a exposição a ele que nos possi-bilita retornos maiores.

Fazer uma pós-graduação em um centro de referência em uma cidade que não co-nhecemos tem os seus riscos, mas se desejamos ir é porque estamos pensando nos retor-nos que isso nos proporcionará na carreira.

Algumas pessoas têm medo de assumir riscos, mas o pro-blema maior não são os riscos e sim o desconhecimento sobre eles. Um piloto de avião sabe dos riscos envolvidos na sua profi ssão, mas colocar alguém que não sabe nada de aviação na cabine do piloto com certeza vai gerar bastante medo.

Tenha um porto seguroEssa lição nos recorda a ob-

servação de nunca colocarmos todos os ovos na mesma cesta e mais do que isso: apresenta a necessidade, de mesmo quando somos ousados, de ter um por-to-seguro.

O mercado de ações nem sempre é favorável. Às vezes, en-frentamos mares revoltos. Por isto, é sempre bom ter uma parte em outros investimentos para ter tranquilidade nos momento de maior volatilidade.

Para exemplifi car essa lição imaginemos eventuais reveses da vida. A presença da família ou de amigos mais próximos sem dúvida é um apoio impor-tante para poder respirar fundo, projetar os próximos passos e voltar a seguir em frente.

Leonardo A. Lobo é co-fun-dador e sócio da D&L Inves-timentos, escritório Ágora-Bradesco em Manaus.

LEONARDO A. LOBO

Kroton: aprovada incorporação da Anhanguera

Na última quinta-feira (3) foi aprovada pelas as-sembleias de acionistas das empresas a incorporação da Anhanguera pela Kroton. A aprovação implica no re-cebimento de 0,30970293 ações da Kroton (KROT3) para cada ação da Anhan-guera (AEDU3). Desde o dia seguinte (4) as ações da Anhanguera não são mais negociadas devido à con-clusão da transação.

Além disso, o Conselho de Administração da Kro-ton aprovou o pagamento de dividendos (como pre-viamente negociado com a diretoria da Anhanguera), no valor de R$ 483 milhões – equivalente a R$ 1,799 por ação, com um dividend yield de 3,0%. Ainda na sexta-feira (4) ação fi cou ex-dividendo.

Em nossa opinião essa aprovação é uma notícia positiva e já esperada, uma vez que cria a maior empre-sa de educação do mundo . São mais de 1,2 milhão de

alunos e grandes oportuni-dades para sinergias. Nós já consideramos a fusão em nosso modelo anterior-mente e estamos acrescen-tando parte das potenciais sinergias anunciadas pelas empresas.

Segundo as empresas, a Kroton e a Anhanguera po-dem ter até R$ 300 milhões por ano em ganhos de si-nergia, via receitas, custos e investimentos, o que deve ser plenamente alcançado em três anos.

Reiteramos nossa reco-mendação de compra para Kroton, com preço-alvo de R$ 62/ação para dezembro de 2014.

JOSÉ FRANCISCO CATALDO*

Não existe almoço grátisTemos que fi car atentos ao que recebemos de forma muito fácil

Diversifi que semprequando possívelNunca coloque todos os ovos na mesma cesta

Comece pelo básicoSalto maior que as per-nas pode gerar quedas

Riscos necessáriosSem risco, sem retorno

Tenha umporto seguroConforto de uma segu-rança fi nanceira ajuda em voos mais altos

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Sede da Bolsa de Valores brasileira, situada em São Paulo

AVALIAÇÃOA incorporação cria a maior empresa de edu-cação do mundo, com mais de 1,2 milhão de alunos. Gera oportuni-dades para sinergias, que podem dar ganho de R$ 300 mi/ano via receitas e custos

A incorporação cria a maior empresa de educação do mundo, com mais de 1,2 mi de alunos e ótima projeção de ganho anual

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BOLSAMais que uma opção para investir dinheiro, a Bolsa é um lugar de aprendizado aém de gestão empresa-rial. É lá que estão as maiores empresas do Brasil. E é onde há lições para todos.

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Ação e fundo imobiliáriopodem ter isenção de IRSão opções a LCI e LCA. Ações e cotas de fundos imobiliários são negociadas em Bolsa e sugeridas como longo prazo

Além dos produtos de investimento livres de Imposto de Ren-da, como a LCI (Letra

de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), há no mercado opções com isenção parcial do tributo, como fundos imo-biliários e ações.

Os fundos imobiliários têm suas cotas negociadas em Bol-sa. O ganho para quem tem essa aplicação pode vir de duas formas: do rendimento distribuído aos cotistas e da valorização das cotas.

Os rendimentos são prove-nientes do lucro obtido com o aluguel de um imóvel que faça parte da carteira desse fundo, por exemplo. A remuneração é isenta de Imposto de Renda caso o fundo tenha, no mínimo, 50 cotistas e ao menos 10% de suas cotas pertençam a pessoas físicas.

Já o ganho de capital obtido com a valorização das cotas, em caso de venda, é tributado. A alíquota, nesse caso, é de 20% sobre o valor resultante da operação.

“Quem faz esse tipo de in-vestimento tem que tomar cuidado com a oscilação das cotas. Se a pessoa precisar do dinheiro no curto prazo e o valor das cotas estiver baixo, terá perda. É um investimento de longo prazo, de pelo menos três anos”, diz Janser Rojo, planejador fi nanceiro.

Outro cuidado a ser toma-do, de acordo com Rojo, diz respeito à carteira do fundo: é preciso estudar os imóveis envolvidos, analisando a de-manda e a região em que estão localizados.

AçõesNo mercado de ações, o

investidor só é obrigado a recolher Imposto de Renda quando vende mais de R$ 20

mil por mês em papéis. Mas isso vale apenas quando há ganho de capital.

“Ou seja, se ele vendeu mais de R$ 20 mil em ações no mês, mas tinha pago R$ 40 mil por esses papéis anterior-mente, amargando prejuízo com a venda, ele também fi ca isento de IR”, explica Elad Revi, analista-chefe da Spi-nelli Corretora.

Quem precisar acertar as contas com o fi sco devido à sua movimentação com ações deve fazer isso por meio de um Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), disponível no site da Receita Federal (www.re-ceita.fazenda.gov.br).

A alíquota do imposto so-bre ganhos com ações é de 15% para papéis comprados em um dia e vendidos em outro. E sobe para 20% para os comprados e vendidos no mesmo dia. “Também é pos-sível compensar do IR a perda obtida em um mês sobre o ganho do mês seguinte. Nem sempre os investidores sabem disso”, lembra Revi.

Supondo que, em determi-nado mês, o investidor teve prejuízo de R$ 2.000 com suas ações, fi cando isento do pa-gamento de IR, mas, no mês seguinte, teve lucro de R$ 30 mil – após ter vendido R$ 20 mil, pelo menos. O IR devido será calculado sobre a diferença entre esses valo-res descontados os custos de corretagem e taxas da Bolsa. Se, nesse caso, esses custos foram de R$ 100, o IR devido, então, será calculado sobre R$ 27,9 mil.

O investidor pode fazer a compensação entre ações negociadas por meio de cor-retoras distintas.

Governo e BM&FBovespa estudam simplifi car o IR sobre ações para pessoas físicas. Entre as medidas analisadas, está a cobrança do tributo apenas na saída do investidor do mercado.

DANIELLE BRANTANDERSON FIGODE SÃO PAULO

Fundos imobiliários têm cotas negociadas em Bolsa e geram resultado, entre outros itens, de rendimento distribuído a cotistas

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A isenção de Imposto de Renda em alguns produtos fi nanceiros não é garantia de que eles terão rendimento maior. Algumas opções tribu-tadas podem ter desempenho superior, dependendo do mon-tante a ser aplicado e do tipo do negócio.

Para o planejador fi nancei-ro Janser Rojo, os fundos mul-timercado são um exemplo disso por causa da sua carac-terística de carteira diversifi -cada. Esse investimento mes-cla aplicações em diversos ativos, como câmbio, ações, derivativos – contratos que derivam de outros ativos e

têm vencimento futuro – e renda fi xa.

Por isso, esses fundos envol-vem diferentes fatores de ris-co, que precisam ser avaliados antes de o aplicador decidir por esse tipo de investimento. O gestor tem papel funda-mental, tanto na escolha do melhor momento para alocar os recursos quanto na seleção dos ativos da carteira e no percentual do patrimônio que será investido em cada um dos mercados.

“Há fundos em que o gestor consegue entregar 120% ou 125% do CDI [Certifi cado de Depósito Interfi nanceiro, taxa

de juros cobrada em emprés-timos feitos entre bancos], mais que em uma LCI [Letra de Crédito Imobiliário] ou LCA [Letra de Crédito do Agrone-gócio]”, afi rma Rojo.

VantagemNo longo prazo, o inves-

timento em Bolsa também tende a superar as aplicações isentas de Imposto de Renda, dizem especialistas.

Os fundos de ações são uma das opções mais co-muns entre os pequenos apli-cadores. Nesse caso, quem irá monitorar o mercado e identifi car oportunidades

para compor a carteira é um gestor profi ssional. A alternativa envolve custos: além do Imposto de Renda (com alíquota de 15%, inde-pendentemente do prazo), há taxa de administração e, em alguns casos, taxas de carre-gamento e desempenho.

A taxa de administração remunera o gestor do fundo, enquanto a de carregamento pode ser cobrada na aplica-ção, na saída ou em ambas as situações. Já a taxa de performance representa um percentual sobre o desem-penho do fundo, caso supere valores predeterminados.

Aplicação com imposto pode ser vantajosa

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Estreia fundo de ação comcota negociada em BolsaInvestimento começa nesta segunda. Nova opção vai pagar, além de variação de ações, dividendo de empresas

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O XP Top Dividendos, um fundo de ações com gestão ativa e cotas negociadas na

Bolsa brasileira, começa a ser oferecido nesta segunda-feira (7). Trata-se de um novo seg-mento no mercado de renda variável nacional.

A carteira de ativos, compos-ta por ações de bons pagadores de dividendos – parte do lucro da empresa distribuída entre seus acionistas –, não acom-panha um índice predetermi-nado (gestão passiva). Isso dá liberdade ao gestor para modifi car o portfólio em busca das melhores oportunidades no mercado.

Funciona como uma ação co-mum: a cota é representada por um código (XPTD11) e poderá ser comprada por investidores de qualquer corretora ou ban-co, com preço de estreia de R$ 100 cada. O lote mínimo para aquisição do papel é de uma unidade.

“A gestão ativa permite que

uma equipe de profi ssionais busque as opções com boa relação entre custo e retorno e alta remuneração aos acionis-tas”, diz Patrick O’Grady, diretor da XP Gestão.

Essas opções nem sempre são os papéis mais conheci-dos pelos pequenos investido-res. A composição de estreia do fundo possui exposição à Mahle Metal Leve (5,56%) e à empresa do setor de trans-portes Tegma (6,55%) (veja composição no quadro).

O gestor Rodrigo Furtado cita outra vantagem: os cotis-tas receberão mensalmente os dividendos pagos pelas empre-

sas que compõem o portfólio. Tradicionalmente, a maior par-te do mercado reinveste esse benefício no próprio fundo.

“O investidor não paga IR so-bre os dividendos recebidos”, afi rma Furtado.

O aplicador terá que ban-car, no entanto, 15% de IR no resgate das cotas, sempre quando houver ganho de ca-pital – mesma tributação dos fundos tradicionais de ações. Também há taxa de adminis-tração de 1,75% ao ano.

CuidadoO consultor Erasmo Vieira, da

Planilhar Planejamento Finan-ceiro, lembra que, apesar da posição defensiva do produto – pois o investidor terá ren-dimento mesmo se as ações caírem, com os dividendos –, é preciso cautela.

“Os fundos ativos têm his-tórico de desempenho acima da média, mas o atual cenário especulativo e instável do mercado deixa os papéis re-féns da volatilidade”, lembra. Vieira sugere que o investidor interessado em comprar es-

ANDERSON FIGODE SÃO PAULO

sas cotas destine um dinhei-ro que não lhe fará falta no longo prazo.

“Por se tratar de um produto novo, sem histórico de renta-bilidade, o investidor tem que comprar a ideia do produto e aproveitar para adquirir algo que pode se valorizar, mas sem se esquecer de que o contrário

pode acontecer”.Atualmente, há 166 fundos

de investimento negociados na Bolsa brasileira. Desse to-tal, dois são fundos de ações, que têm gestão fundamenta-lista – possuem estratégia de investimento em papéis de empresas com boa governan-ça corporativa.

Segundo a assessoria de imprensa da BM&FBovespa, a Bolsa tem estimulado no-vas ofertas para listagem de outros fundos de investimen-to na Bolsa. “O crescimen-to dos fundos imobiliários e ETFs é um bom exemplo”, afirmou a BM&F Bovespa em comunicado.

SISTEMAA carteira de ativos é composta por ações de bons pagadores de divi-dendos e não acompa-nha um índice predeter-minado. Dá liberdade ao gestor para modifi car o portfólio em busca das melhores oportunidades

Consultor afi rma que aplicação costuma

render mais do que a média, mas recomenda

cautela a investidor

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Brechós virtuais deixam deoferecer só roupa própriaSites agora passam a agregar lojas diferentes em uma única plataforma para elevar variedade de produtos e vendas

Se antes vender roupas usadas pela internet era uma forma de con-seguir uma renda extra

e espaço em um guarda-roupa lotado, agora estão surgindo brechós virtuais com caracte-rísticas de lojas profi ssionais.

Segundo Analúcia Batista, responsável pelo site agrega-dor de páginas de vendas de roupas usadas Busca Brechó, há pelo menos 1.500 páginas que vendem roupas usadas.

A maioria delas foi criada para que suas donas pudes-sem vender roupas próprias, como ela mesma fez (é dona do brechó Girls on Sale). Mas estão surgindo negócios que fazem a intermediação entre quem quer vender e quem deseja comprar.

O brechó Pé de Feijão nasceu depois que as primeiras roupas do fi lho de Heloisa Eiko Shio-ta, 35, fi caram apertadas. Ela começou a oferecer as peças em sites como o MercadoLivre e, vendo que outras pessoas faziam o mesmo, decidiu criar um site próprio.

Há um ano, desde que iniciou o negócio, ela se dedica a visitar quem quer vender roupas de marca e brinquedos de crianças para selecionar os melhores.

Atualmente ela fatura cer-ca de R$ 3.000 ao mês e afi rma que o comércio serve como um complemento da renda familiar. Mas Shiota diz acreditar que há espaço para crescimento.

União de brechósGarimpando roupas em ou-

tros brechós do Rio de Janeiro, Priscilla Veras, 36, tem atual-mente um estoque de 800 pe-ças de marcas no site BBazar, criado há seis meses.

Faturando por mês cerca de R$ 5.000, ela pretende aumen-tar as vendas a partir deste mês possibilitando que outras pessoas usem seu site para comercializar peças próprias, em troca de comissão.

A escolha do que pode entrar no site será feita a partir do envio de fotos para atestar o bom estado da peça.

Nesse modelo, chamado de “marketplace”, a companhia que oferece seu site para ou-tros vendedores fi ca responsá-vel por cuidar da plataforma tecnológica e da divulgação dos produtos e cobra uma taxa das vendas.

O modelo também é adotado pelo Ficou Pequeno, site de itens infantis criado por Ale-xandre Fischer, 35. Ele conta que tem atualmente cerca de 1.200 vendedores usando a fer-ramenta – alguns oferecem só uma peça.

A empresa fi ca com 20% do valor de cada venda – até agora foram cerca de 10 mil em pouco mais de um ano.

Ele diz que a vantagem de tra-balhar dessa forma é a maior variedade de produtos, dimi-nuindo a chance de o cliente não achar nada no tamanho que precisa.

“Cada peça em um brechó é única, não existe estoque e tamanhos diferentes. Mas, ampliando o número de itens publicados, aumentamos a chance de o pai achar algo que goste”, diz Fischer.

FILIPE OLIVEIRADE SÃO PAULO

Concentrar venda oferece riscosOs “marketplaces” (pla-

taformas com várias lojas em um só site) podem ser espaços interessantes para que o empreendedor divul-gue produtos e seja encon-trado com mais facilidade. Mas não é recomendável que ele concentre todas as suas vendas em apenas uma plataforma.

O risco é ter difi culdades para manter o negócio devi-do à entrada de concorren-tes (outros “marketplaces” mais fortes ou vendedores que usam o mesmo site) ou ter suas margens de lucro

reduzidas por uma política de comissão do site.

Uma alteração dessas levou cerca de 140 donos de sebos que vendem pela internet a fazer um dia de greve em protesto contra o aumento no valor da co-missão cobrada pelo site Estante Virtual, principal agregador do setor.

Após a companhia elevar as comissões de 6% por ven-da para de 8% a 12% (de-pendendo da performance do sebo), cerca de 140 livreiros retiraram suas obras da pla-taforma em 9 de junho.

A seguir, também criaram um abaixo-assinado virtu-al, atualmente com cerca de 7.000 assinaturas. Uma nova paralisação está pro-gramada para esta terça-feira (8). O dia foi escolhido porque será quando os livrei-ros receberão os boletos co-brando as comissões com a nova taxa, explicam os sebos no site do manifesto.

OpçõesCom o abalo na relação,

muitos dos vendedores es-tão buscando alternativas. Entre as opções estão a

disponibilização do acervo em sites menores, diz Alex Buzeli, 33, dono do Sebonet. Julio Borges, 40, do sebo JDB, lançou o Busca Sebos, que permite fazer pesquisas no acervo de várias páginas. As vendas fechadas após bus-cas na plataforma não pa-gam comissão – ele pretende tornar a iniciativa rentável a partir de anúncios.

A reportagem contatou a Estante Virtual por e-mail e telefone, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Em entrevista a revista

sãopaulo em junho, André Garcia, diretor e fundador do site, disse que o aumento das comissões permite viabilizar melhorias no site, pedidas por vendedores. Segundo ele, mudanças em itens como layout e ferramentas de pa-gamento podem aumentar as vendas em 30%.

Antes de usar esse tipo de site, é indicado comparar os custos do sistema e o inves-timento para atrair clientes para sites próprios. O custo de anúncio para conquistar cada venda e taxas cobradas podem ser analisados.

Empreendedora Heloisa Eiko Shiota, que atualmente comercializa roupas e brinquedos usados para crianças em sites que agregam diversos vendedores

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

Imóvel: é melhor alugar ou vender e aplicar o dinheiro?

Marcia DessenFinanças Pessoais

Ricardo sonha em morar na cidade litorânea onde nasceu e voltar ao convívio de fami-liares e amigos quando se aposentar. Há tempos vem acumulando boa reserva fi -nanceira para transformar esse sonho em realidade.

Com planejamento, discipli-na e muita pesquisa sobre alternativas de investimento, Ricardo formou um patrimô-nio sufi ciente para desfrutar sua aposentadoria com tran-quilidade. Sua preocupação agora é como proteger e fa-zer esse patrimônio render durante a aposentadoria.

A preocupação dele é le-gítima já que seu patrimô-nio, constituído por imóveis e investimentos de renda fi xa, deve gerar renda sufi ciente para bancar sua aposenta-doria. Como depende dessa renda para complementar o benefício do INSS, busca inves-timentos de baixo risco com o melhor rendimento possível.

Além de aplicações fi nan-ceiras, ele tem um aparta-mento em São Paulo, sua atual moradia, avaliado em R$ 800 mil. Possui outro imó-vel no litoral onde pretende viver com menos estresse e mais qualidade de vida. Sua dúvida é se deve alugar o apartamento de São Paulo ou vendê-lo e aplicar o dinheiro no mercado fi nanceiro.

Ativos fi nanceirosA maioria das aplicações

fi nanceiras disponíveis no mercado, exceto as em ações, adota a taxa básica de juros como parâmetro. A carteira de Ricardo é bem diversifi cada e gera, em média, rentabilidade de 110% da taxa DI.

Com base na taxa de juros atual de 11% ao ano, a ren-tabilidade bruta esperada é de aproximadamente 12,1% ao ano. Depois de pagar 15% de Imposto de Renda, Ricardo deve receber cerca de 10,3% ao ano, equivalente a 0,82% ao mês. Se Ricardo vender o apartamento de São Paulo por R$ 800 mil e aplicar esse di-nheiro no mercado fi nanceiro, teria renda mensal de aproxi-

madamente R$ 6.500.E se a taxa de juros cair?

Essa é a principal variável a considerar: a imprevisibilida-de da taxa de juros ao longo do tempo, tanto da taxa nominal (hoje 11% ao ano), quanto da taxa de juros real, depois de descontar a infl ação (atu-almente 4,3% ao ano). Para reduzir o risco da infl ação, é recomendável que Ricardo invista parte da carteira em ativos atrelados a índices de preços, como NTN-B, assegu-rando uma taxa de juros entre 5,8% e 6% ao ano além da variação do IPCA.

A principal vantagem da aplicação em renda fi xa em

relação a imóveis é a liqui-dez. Ricardo poderá resgatar tudo ou parte de sua cartei-ra a qualquer momento, se necessário. Mesmo que não haja a intenção de resgatar, é sempre bom contar com essa possibilidade.

Quais são os riscos? Os ine-rentes às aplicações fi nancei-ras (de crédito e fl utuação de preços, entre outros); aumento da infl ação; queda na taxa de juros; falta de disciplina para manter o capital intacto e não sacar além dos rendimentos, se esse for o plano.

Imóvel alugadoO custo de oportunidade

de Ricardo já foi defi nido, ou seja, rendimento de cerca de 0,8% ao mês. O aluguel do apartamento avaliado em R$ 800 mil deveria ser muito próximo a R$ 6.500 para que as duas alternativas sejam equivalentes.

Não será fácil alugar o imó-vel com essa taxa de retorno na cidade de São Paulo. O va-lor do aluguel varia bastante com a cidade, o bairro, o tipo do imóvel e paga em média, algo entre 0,4% e 0,5% do valor imóvel. Se essa for a melhor oferta para o imóvel de Ricardo, é recomendável avaliar com carinho a possi-bilidade de vender o aparta-

mento e aplicar o dinheiro no mercado fi nanceiro.

Duas vantagens do inves-timento em imóveis: possi-bilidade de valorização do apartamento, que poderá ser vendido e gerar ganho de ca-pital; e taxa de retorno mais estável. Recomendável para pessoas poucas disciplinadas com tendência a gastar parte do patrimônio “disponível”, ao alcance de um simples pedido de resgate.

Quais são os riscos? Inadim-plência do inquilino, vacância, desvalorização do imóvel, va-lor do aluguel não acompanhar a infl ação.

Boa estratégiaSe Ricardo conseguir alu-

gar o apartamento por um valor próximo ao oferecido no mercado fi nanceiro, pode optar pela diversifi cação, que é sempre boa estratégia. Man-tém parte do patrimônio em imóveis, com rendimento pró-ximo ao custo de oportunidade das operações de renda fi xa, e mantém a outra parte em aplicações fi nanceiras.

A reflexão se limitou aos aspectos financeiros da es-colha que precisa ser feita. Outros fatores não financei-ros precisam ser avaliados e podem pesar na balança na hora de decidir. O importante é que o patrimônio de Ricar-do lhe proporcione, além de renda, segurança, conforto e tranquilidade.

Líder da disputa continua no topo; já é a sétima semana

Laercio Marinzek alcançou ganho de 177,9% em sua carteira de ações e mante-ve, pela sétima semana se-guida, a liderança do ranking 2014 do Folhainvest, simula-dor da Bolsa de Valores feito pela Folha em parceria coma BM&FBovespa.

A segunda colocação perten-ce a Elson Costa, com valori-zação de 104,9%. Em terceiro está MauriAlves da Silva Ju-nior, com 100,3%, seguido por RogerThiago Alves Rodrigues, com 77,4%. A relação dos cinco primeiros lugares se encerra com Angelo Siewerdt, com 68,6% de valorização.

Rodrigues mantém a lideran-ça do ranking universitário. Mi-chelle Szuecs lidera o ranking feminino, com 56,7%.

Por regiões, Mauri Alves da

Silva Junior é o primeiro colo-cado no Norte. No Nordeste, aparece Rogerio Maia, com 38,9%. Líder geral, Marinzek é da região Sudeste. No Sul, Angelo Siewerdt está no topo. E Leandro Montenegro Pinto é o primeiro no Centro-Oeste, com ganho de 67,1% nas ações.

Os interessados em partici-par podem se inscrever gratui-tamente no site do simulador (www.folhainvest.com.br).

O ranking para apremiação do ano começa a ser computa-do no momento da inscrição.

A premiação em 2014 con-templa cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por outros produ-tos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

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C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2014

CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para [email protected]

Arthur Zanetti,ginasta campeão olímpico

Indicadores Econômicos

Não tenho muitos recursos para in-vestimento de ris-co. Recentemente, comprei aparta-mento. Aplico em poupança e fundos

Renda fi xa vs. renda variável: quem ganha no longo prazo?São inúmeros os estudos que

comparam as rentabilidades de ativos de renda fi xa com os de renda variável, e maior ainda é a quantidade de opiniões diferentes sobre o tema. Cada corretor, gerente ou consultor fi nanceiro possui uma explica-ção ou fórmula mágica para analisar e prever os retornos, mas a grande maioria afi rma que a renda variável supera a renda fi xa no longo prazo.

Das modalidades de renda fi xa com baixo risco, destacam-se CDBs, LCIs, LCAs de grandes bancos, atrelados ao CDI e o Tesouro Direto. Do outro lado, a renda variável é representada pela aplicação na Bolsa, com volatilidade maior.

A relação entre volatilidade e rentabilidade é conhecida

no mercado fi nanceiro como risco-retorno e sugere que, para investimentos mais ar-riscados, o retorno esperado deve ser maior.

No longo prazo, no entanto, a teoria das fi nanças diz que o risco pode ser diluído. Aliás, esse é o fator principal que embasa o argumento dos fi nan-cistas quanto à superioridade da Bolsa como investimento em relação à renda fi xa no tempo.

Para analisar essa hipótese, foi efetuado um estudo consi-derando o CDI como represen-tante da renda fi xa e o Ibovespa para renda variável em diferen-tes horizontes de tempo. Ao todo, foram analisadas todas as janelas de investimentos de 1 a 20 anos desses dois

ativos desde a implantação do Plano Real, contemplando mais de 47 mil simulações. Foram descontados os impostos de ambos e incluídos dividendos e proventos no caso da Bolsa.

Os resultados surpreendem. O estudo mostrou que a Bolsa perde em praticamente todos os períodos analisados. No lon-go prazo, a perda é maior. Por exemplo, no horizonte de cinco anos, foram feitas 3.758 combinações, das quais a Bol-sa saiu vencedora em 41,83% dos casos. Já para 15 anos, as 1.238 combinações testadas indicam que a Bolsa venceu em 27,79% das vezes.

Alguns dirão que as taxas de juros eram altas e, por isso, o CDI obteve bons resultados. Ainda assim, quem optou pela

Bolsa na época conhecia a taxa do CDI e esperava um retorno maior.

Interessante também notar que, mesmo em épocas mais recentes, que inclui o período de juros menores, a Bolsa con-tinua perdendo.

Parece que a sugestão fi -nanceira ventilada por muitos especialistas tupiniquins não teve um desempenho muito exitoso. No entanto, como a indústria de produtos fi nancei-ros gosta de destacar, resul-tados passados não garantem resultados futuros e servem, no máximo, para análise.

SAMY DANA é professor de economia da FGV. Twit-ter: @samydana. Facebook: facebook.com/carodinheiro

Como investir em um portfólio de dividendos?

RESPOSTA DE MICHAEL VI-RIATO, PROFESSOR DO INS-PER, INSTITUTO DE ENSINO - Investir em um portfólio de ações de empresas pagadoras de dividendos tem se mostrado uma excelente estratégia no passado recente.

De 31/12/2005 a 27/06/2014 o Idiv, índice de dividendos da BM&F Bovespa, rendeu 243% – uma rentabilidade equivalente a 16% ao ano. O Ibovespa, índice que reúne as ações de maior liquidez, rendeu no mesmo pe-ríodo apenas 59% – um retorno de menos de 6% ao ano.

Além da vantagem na renta-bilidade anual passada superior a 10%, o Idiv teve no mesmo período uma menor volatilidade que o Ibovespa. Embora não se possa assumir que essa superiori-dade irá permanecer, a vantagem da estratégia de dividendos é tentadora o sufi ciente para não a ignorarmos.

Há três formas de tirar provei-to dela. O investidor pode aplicar em fundos de dividendos, fundos de índice negociados em Bolsa (ETF) ou montar seu portfólio de ações de empresas boas paga-doras de dividendos.

As duas primeiras, fundos de

dividendos e ETFs, têm a vanta-gem de eliminarem o trabalho do investidor na seleção das melhores ações para comprar e de serem em geral mais diversifi -cados que um portfólio montado pelo próprio investidor.

Vários investidores têm a ilusão de que, para montar um portfólio de dividendos, basta comprar as ações que pagam mais dividen-dos. Não é tão simples.

Um exemplo típico dessa ar-madilha é a ação preferencial da Eletrobras. Embora seja re-conhecida como uma das em-presas com melhor dividendo do mercado, a ação teve rentabili-dade de apenas 13% no mes-mo período considerado para os índices – retorno equivalente a 1,5% ao ano.

Para escolher as ações pagado-ras de dividendos também devem ser avaliados: rentabilidade da empresa, potencial de cresci-mento dos lucros, capacidade de elevação dos pagamentos de dividendos e o risco.

Uma alternativa para montar sua carteira da categoria é se-guir os portfólios de dividendos recomendados pelas corretoras. Entretanto, deve-se atentar para o custo de negociação de manter um portfólio diversifi cado.

E. O., DE SÃO PAULO (SP)

Eu invisto em...

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