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EMEI JARDIM MONTE BELO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

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EMEI JARDIM MONTE BELO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2017

Sumário

Introdução __________________________________________

1 – Projeto Politico Pedagógico_________________________

1.1- Conselho de criança______________________________

1.2- Conselho de Escola e Associação Pais e Mestres_____

1.3- Processos de Formação Profissional

1.4- Rede de Atendimento as individualidades____________

1.5- Ações com as famílias e comunidades_______________

Conclusões__________________________________________

Referências bibliográficas______________________________

Anexos______________________________________________

INTRODUÇÃO

A Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Monte Belo é situada no

bairro Monte Belo, pertencente ao Distrito do Anhanguera, Zona Oeste da Cidade de

São Paulo. O bairro foi construído no final da década de 90, com a participação de

movimentos sociais em prol de moradia digna para população.

A EMEI Jardim Monte Belo, foi inaugurada em 2001 e assim como o bairro

Jardim Monte Belo, a EMEI também foi obra de uma construção social e política

para valorização da infância e da educação da comunidade. Desde o principio a

escola foi sendo planejada e sonhada pela comunidade.

O local físico para construção da escola foi pensado pela comunidade, em

que selecionaram o melhor terreno, sendo o mais plano e de fácil acesso para

população. A EMEI faria parte de um complexo, que comporia com Centro de

Educação Infantil (CEI), EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), EMEF

(Escola Municipal de Ensino Fundamental) e UBS (Unidade Básica de Saúde).

O primeiro prédio construído para EMEI foi feito com material de lata, que era

quente e sem isolamento acústico - o bairro não contava com infraestrutura como

asfalto, rede de esgoto e coleta de lixo. A água da chuva descia o morro e acabava

por invadir a escola.

Com a previsão emergencial da construção de um novo prédio de alvenaria

para a EMEI, a “escola de lata”, foi derrubada, e em um terreno ao lado da escola,

improvisaram um prédio precário de madeira, sem banheiro adequado, sem cozinha,

sem condições de higiene. As crianças e profissionais da educação permaneceram

por um longo ano nesse “barracão de madeira”. Após novas revindicações da

comunidade e profissionais da educação a tão sonhada escola de alvenaria, foi

inaugurada em 2005.

O complexo tão sonhado pela comunidade, atualmente conta com a EMEI

Jardim Monte Belo e EMEF Jardim Monte Belo, ainda sendo parte de um sonho não

concretizado a construção de um Centro de Educação Infantil (Direto) e a UBS.

Para nós o Projeto Político Pedagógico é um instrumento de muita

importância para consolidação e constituição da escola democrática e

participativa, como uma política de direito. Em que valoriza a infância, a criança e a

comunidade, como pessoas competentes e com direito a participação social.

Para tanto, os nossos estudos e discussões que embasam esse Projeto

Político Pedagógico, estão apoiados na perspectiva teórica da Psicologia Sócio –

Histórica, que parte da concepção de que a constituição humana é uma construção

social e histórica. Também nos apoiamos nos estudos críticos da Sociologia da

Infância, que possibilita a compreensão da infância como um tempo da vida

humana, sendo uma construção social, histórica e cultural; a criança como ator

social e sujeito de direitos; em que a infância deve ser analisada a partir das

questões de classe, regionalidade, etária, gênero, cor/raça e etnia.

Junto as bases teóricas consideramos que o Projeto Político Pedagógico é

um documento norteador construído coletivamente, em que pensamos que só o

trabalho conjunto (co-laboração) e realizado em parceria (co-operado) poderá

propiciar avanços reais para o desenvolvimento e aprendizagem de todos os

envolvidos nesse processo, sejam as crianças, as famílias ou as educadoras (es) da

unidade. As ações de constituição do Projeto Político Pedagógico é um processo

intenso, democrático e que deve ser tratado como um processo de constituição

coletiva, que deve ser emergente para constituição de políticas publica que

referencie a educação de qualidade, que valorize a infância com um tempo da vida

humana.

Nossas vivencias de 2006 a 2015 deixou claro para a nossa equipe a

existência emergente de ações norteadoras de todos os fazeres da unidade que se

expressava na construção progressiva da gestão democrática e participativa.

Entretanto, em 2016, a gestão participativa foi sendo concretizada, tendo canais de

participação, como: Conselho de crianças; Conselho de Escola e Associação Pais e

Mestres; reuniões por segmentos dos profissionais de Educação e processos de

Formação Profissional.

Nesse processo de consolidação da gestão democrática e participativa, as

ações democráticas foram nos ensinando a afinar as formas de observar, discutir,

ponderar, propor e acompanhar o trabalho desenvolvido. Nesse processo as bases

são as relações e a escuta entre as crianças, famílias, as educadoras, a gestão da

unidade, em certa medida, toda a comunidade do entorno da escola. Portanto, o ato

de participação coletiva nos traz o sentimento de pertencer, em que:

A participação é uma estratégia educativa e realiza – se por meio dos encontros e das relação entre protagonistas da abordagem – crianças, educadores e pais- e seus diferentes pontos de vista. A participação propicia a criação de uma cultura de solidariedade, responsabilidade e inclusão. (REGGIO CHILGREN, 2011)

Para tanto, a participação social das crianças em todos os espaços da EMEI é

um ponto de grande relevância para o nosso Projeto Político Pedagógico, pois

consideramos que ao possibilitar que as crianças façam escolhas, as educadoras

(es) que a criança tenha tempo para pensar, falar, construir pensamentos, interagir,

relacionar, estabelecer conexões, criar cultura e aprender cultura.

Contudo, almejamos que o Projeto Político Pedagógico da EMEI Jardim

Monte Belo, seja um instrumento para que as políticas publicas para infância,

considerem a gestão democrática e participativa, como forma de convidar os

diferentes segmentos que componha esse processo a um convite de troca de ideias,

que traga um estilo aberto e com decisões democráticas, que pensem e planejem

coletivamente o tempo da infância.

Nota-se o esforço para todos os segmentos envolvidos no processo educativo

colocarem-se como parceiros, mostrando compreender os papéis das diferentes

tarefas para a construção de uma escola empenhada na conquista constante e

progressiva da qualidade do atendimento a criança.

Pensar a qualidade do atendimento destinado à criança pequena requer

entender qualidade enquanto algo progressivo e constituído, que vai exigir não o

estabelecimento de um fim único, mas a constante revisão coletiva dos objetivos

propostos para o alcance de patamares cada vez mais elevados de otimização e

qualificação das ações desenvolvidas.

1- PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Aqui estamos buscamos bases que contribua na construção de um currículo

integrador da infância, que haja tanto, espaços para aprendizagens, quanto para a

construção de espaços que permita que as crianças tenham possibilidades de

participação social, no entanto escolhemos: o brincar; participar; o falar; o propor; o

criar e vivenciar culturas, como forma de participação social da criança.

Aqui também estamos em busca de conhecimentos cientifico que nos

possibilite a quebra do paradigma hegemônico, que reconhece as crianças como

sendo única, ou seja, como se todas as crianças fossem iguais, [...] como se todas

tivessem a mesma história, o que justifica trata – las de forma massificada, uniforme

e anônima. (São Paulo, p. 9, 2015)

Estamos em constante esforço para que no processo educativo colocarem-se

como parceiros, mostrando compreender o papel das diferentes tarefas para a

construção de uma escola empenhada na conquista constante e progressiva da

qualidade do atendimento a criança. Estamos em busca de fazer pedagógico que

influencie transformações sociais, culturais e econômicas, onde os fazeres demande

a constituição da criticidade, tanto, com as crianças, quanto com a comunidade e

profissionais que trabalhem nesse processo.

Uma escola ou uma creche é, antes de mais nada, um sistema de relações em que as crianças e os adultos não são apenas formalmente apresentados a organização, que são um forma de nossa cultura, mas também tem possibilidade de criar uma cultura (RINALDI, 2002, p. 78)

Contudo, a gestão demaocratica e paticipativa é a alavanca, que posiciona

as formas de participação e decisões coletivas do Projeto Político Pedagógico.

Legitimando, que as demandas, decisões coletivas assumem como uma importante

possibilidade de estabelecer e engrandecer o trabalho cotidiano com as crianças e

famílias. No entanto, a gestão democrática e participativa assume a ação relação e

participação, como centro do nosso trabalho, assim a criança assume diariamente o

direito de fazer escolhas, de gerir o seu tempo, de construir relações, de criar

culturas de vivenciar e aprender sobre culturas.

Para uma escola participativa, trabalhamos com as diferentes perspectivas,

desejos e fazeres, que exige de todos os envolvidos uma predisposição para

transformação e para o acolhimento de ideias, bem como o diálogo entre diferentes

concepções de mundo e de educação. Nesse sentido tem-se aprendido muito com o

diálogo aberto, a transparência em todas as instâncias da unidade escolar e a

participação da família no Conselho de Escola e Associação de Pais e Mestres; das

crianças no Conselho de Crianças, em Reuniões por segmentos e em processos de

formações.

Esse trabalho coletivo vem delineando princípios comuns de ação, que

podem ser expressos em 9 pilares fundamentais e interligados, que são frutos de

experiências anteriores e reflexões dos diferentes segmentos, e assim se

configuram no Projeto Político Pedagógico a partir de 2015:

1)- uma proposta pedagógica que reconheça a criança como ator social e sujeito de direitos; onde não deve ser analisada isoladamente das questões de classe, etárias, regionalidade, gênero, cor/raça e etnia. Essas questões estão sendo aprofundadas nos estudos do PEA; 2) cuja centralidade esteja sempre na participação social da crianças; 3)Os agrupamentos serão de idades mistas, não havendo mais segregação etária; 4)- uma proposta pedagógica que contempla a especificidade da criança de 3, 4, 5 e 6 anos de idade e as maneiras próprias de aprender da criança; 5)- O atendimento da criança em 6 horas é efetivado considerando suas diferentes necessidades, contemplando as múltiplas possibilidades de aprendizagens e expressão dessa criança; 6)- o desenvolvimento e a aprendizagem sendo compreendidos dentro de uma cultura específica, social e historicamente contextualizada, da qual não pode desvincular-se; 7)- o atendimento com vistas na diversidade; 8)- a participação e o diálogo são compreendidas enquanto fundamento de todas as relações internas da escola e dessa com a comunidade; 9)- as decisões são sempre discutidas pelas formas de comunicação: Conselho de crianças, Conselho de escola, Associação de Pais e Mestres, Reuniões por Segmentos e processos de formação profissionais e da comunidade.

Entre as considerações realizadas, houve o consenso de que as crianças da

EMEI Jardim Monte Belo têm características que devem ser respeitadas, acolhidas e

aprimoradas através da ação educativa dos diferentes sujeitos que se relacionam.

Para tanto, pensamos a infância como uma construção social e histórica, em

que as crianças são [...] sujeitos de direitos, autônomas, portadores e construtores

de histórias e culturas, produzem, em suas experiências com o meio e com os

outros, sua identidade (sua inteligência e sua personalidade) (São Paulo, p. 11,

2015). Em que as diferentes idades possam conviver como parceiras de

aprendizagens, em que a criança menor possa ensinar a criança maior, e a criança

maior possam ensinar a maior, estando também os adultos imbricados nos

processos de aprender e ensinar, pois as crianças alteram as formas de aprender e

ensinar, estimulando um processo colaborativo de convivência, aprendizagens e

ensinamentos.

Em nossa Unidade Educacional, nos deparamos diariamente com crianças

curiosas, criativas, questionadoras, participativas, inquietas, ativas, brincantes,

pensantes, seguras, felizes, autônomas, críticas, capazes de conviver e colaborar

com os outros, compreendendo-se como sujeito de direitos e deveres, numa

perspectiva de cidadania e coletividade.

De acordo com os estudos da Psicologia Sócio – Histórica e os estudos

críticos da Sociologia da Infância, avaliamos que alguns aspectos norteadores das

ações dos anos anteriores terão continuidade em nosso Projeto Político Pedagógico

a partir de 2015 e seguiram com alguns acréscimos no ano de 2017:

- conhecer e respeitar os anseios e expectativas da comunidade atendida na unidade educacional; tendo a infância como um tempo da vida foco das ações com a comunidade; - o espaço físico é fundamental para auxiliar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança (planejar espaços,conforto/ estímulos). O ambiente é considerado o terceiro educador; - que a criança seja ouvida e considerada, como parte do planejamento das propostas de trabalho das educadoras (es); - que a criança tenha o direito de escolher o local para as suas vivencias, e processos de aprender e ensinar; - que a criança possa vivenciar situações que se reconheça como ser social, em que as atitudes sejam estimuladas na parceria e na coletividade; - é direito da criança o acesso aos conhecimentos socialmente construídos e ao cuidado (conforto e segurança tanto física quanto emocional);

- que a criança possa conviver em diferentes espaços, sem divisão etária; - que o planejamento e ações pedagógicas com as crianças e famílias, não sejam baseados em datas comemorativas (que visam o consumo e a competição desigual); - que haja empenho para a elaboração de um calendário próprio de celebrações – baseados em princípios contidos nesse documento; - o respeito ao ritmo individual, considerando que a construção de conhecimentos ocorre de forma particular, progressiva; - a escola é um espaço de coletividade. A criança apresenta ganhos sociais, afetivos e intelectuais com as diferentes possibilidades de interação que a escola pode proporcionar; - escola deve propiciar à criança vivências que garantam o acesso à cultura bem como a produção de culturas infantis que a ajudem a desenvolver o raciocínio, as percepções e a sua expressividade; . - a valorização da criança se manifesta pelo respeito aos desejos, necessidades e escolhas das crianças e também pela possibilidade de apoiá-las no processo de construção de conhecimentos em diferentes âmbitos; - brincar é um direito da criança, e a forma peculiar de expressão dela no mundo que a cerca; - que os profissionais de educação tenham o direito de formação continuada; -a pluralidade de experiências e vivências possibilitada à criança em sua jornada de 6 horas na unidade, considerando suas necessidades físicas, sociais e intelectuais.

A clareza da necessidade de reflexão e redirecionamento das ações faz com

que tenhamos a perspectiva de revê-los constantemente, avaliando sua pertinência

ou necessidade de transformação e a adequação das práticas desenvolvidas. Esses

momentos ocorrerão nas reuniões de professoras e jornadas pedagógicas, no

trabalho de formação do Projeto Especial Ação, nas horas atividade e de trabalhos

coletivos, nos momentos de discussão sobre o trabalho pedagógico efetivado nas

reuniões de famílias: Conselho de crianças; do Conselho de Escola; encontros com

a supervisão escolar; bem como nos eventos que envolverem as famílias e a

comunidade.

São objetivos da EMEI Jardim Monte Belo para o ano de 2017:

Compreender a criança enquanto única, que compõe um espaço de relações sociais, sujeito de direitos e deveres:

Com ritmo próprio que deve ser respeitado; tendo a coletividade como referência para ações e atitudes;

Com desejos, possibilidades e necessidades diferenciadas;

Membro de uma unidade educacional compreendida como espaço de relações entre adultos e adultos, adultos e crianças, crianças e crianças, sem divisões etárias;

Que deve ser acolhida enquanto indivíduo, num mundo de relações sociais que comporta regras, acordos, valores, etc...;

Compreender o cuidado e o acesso ao conhecimento como direito de todo indivíduo e a escola como um dos elementos que deve possibilitar isso, proporcionando atividades ligadas à cultura da infância e as diferentes linguagens expressivas da criança;

A escola deve ser um espaço de brincar, conviver, criar e aprender culturas, expressando-se de diferentes maneiras;

Escola transformando-se em um ambiente que proporciona acolhimento, aconchego, segurança, desafios e aprendizagem em seus diferentes aspectos;

As ações planejadas respeitarão a diversidade dos envolvidos (cultural, étnica, de gênero, etária etc..) e serão pensadas para evitar ações reducionistas e reprodutoras de preconceitos;

Realizar ações de aproximação com as famílias atendidas, em ações partilhadas: fortalecimento de instâncias participativas (Conselho e APM)

Estabelecer parceria com os equipamentos sociais e educativos do entorno, com vistas ao desenvolvimento de ações relevantes e partilhadas;

Vivenciar processos de auto avaliação da unidade escolar e do trabalho nela desenvolvido, envolvendo toda comunidade escolar, principalmente as famílias. Para tal utilizaremos os Indicadores de Qualidade na Educação Infantil Paulistana, com vistas a identificar os avanços ocorridos na busca pela qualidade progressiva da educação implementada e ainda objetivando formatar um plano de ação que trace metas para evolução nos aspectos considerados passíveis de melhoria.

Pretende-se que esses objetivos sejam atingidos por meio de ações que

estejam sempre em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil e a Orientação Normativa da PMSP para o trabalho na

educação infantil e a gestão democrática e participativa.

Nessa direção, há princípios de ação acordados pelo grupo e que

fundamenta os fazeres junto à criança pequena:

Releitura dos princípios das DCNEI para as ações da unidade, que

configuram-se enquanto plano de ação para implementação da proposta

curricular em desenvolvimento

ÉT

ICO

S

Autonomia Oportunizar à criança

situações em que possa fazer escolhas:

escolher o que come, em que canto e

com quem brinca, etc...;

Estimular a criança a

manifestar interesses e curiosidades;

Trabalhos com projetos da

turma, respeitando seus interesses e

necessidades;

Responsabilidade

e respeito ao bem comum

Autonomia com respeito

aos outros e ao ambiente

Cuidar de si e do outro

Incluir todos

Coletividade

Processos

democráticos e

participativos

Superação do individualismo dos adultos e das crianças; Estimulo a cooperação e não a competição desigual; Decisões e discussões de propostas pelos: Conselho de crianças; Conselho de Escola e Associação de Pais de Mestres e reuniões por segmentos de servidores.

Valorização da

criança

Compreensão de todos enquanto a criança como produtores de cultura; Visibilidade dos fazeres (painéis, blog, etc..); Abertura a novos olhares (ampliar nossas possibilidades de troca e de superação de desafios); Encaminhar propostas

fundamentadas, inovadoras e atreladas a realidade da criança hoje, pensando-se também na sociedade que se quer formar; Todas as trabalhadoras da escola são educadoras (es)

PO

LÍT

ICO

S

Exercício de

criticidade

Trazer problemas e conflitos para o grupo resolver junto; Criança tem saberes, opiniões, enfim... Criança tem voz; Necessidade de descentrar-se e analisar outros pontos de vista (adulto/adulto, adulto/criança, criança/criança); auto avaliação da unidade, com vistas a progressiva aproximação da “qualidade” almejada para a instituição;

Garantir

aprendizagem de todas

as crianças

Partir de observações, pesquisas e análises dos pontos fracos e fortes da proposta pedagógica e dos efeitos dela nas crianças; Eleger e programar diferentes formas de intervenção;

Direito a cidadania Não gritarem conosco (adultos e crianças); Não sermos constrangidos de nenhum modo (adultos e crianças) Eliminar “castigos“ de todos os tipos

Resgatar e

aprofundar

historicamente as

questões referentes ao

gênero, etnias, relações

humanas e culturais

Gênero e etnia ( pensar diferentes momentos de estudo e intervenção, envolvendo todos os profissionais da unidade e também as famílias nessas discussões); Envolver as famílias e todos os educadores no resgate histórico das questões relacionadas a gênero, culturas, etnias, diversidade, etc...;

ES

TIC

OS

Promover

situações de partilha e

diálogo

Abrir espaço de diálogo constante para que a criança manifeste o que necessita, quer e pensa; Aproveitar situações de diálogo para a resolução de conflitos, usando estes momentos para aprimoramento pessoal e coletivo; nos processos de partilha com as famílias , discutir o que acontece na escola, como isso acontece e porque

Considerando a importância do papel das educadoras (es) para a efetivação

das propostas e respeito aos princípios ora apontados, compreende-se a formação

continuada enquanto fundamental para, a partir de estudos, da observação das

práticas e das discussões coletivas, produzir formas coerentes e adequadas de

mediação das aprendizagens infantis.

No que tange ao atendimento das crianças em 6 horas pensou-se na

continuidade das ações que visam qualificar ainda mais o atendimento. Desde o

segundo semestre de 2012 e, baseadas nos estudos realizados sobre a brincadeira

e a participação social da criança, foram acordadas as bases de uma nova opção

metodológica com os projetos “Alegrias de Quintal”; “Leituras, leiturinha” e

“Brincando pelo Jardim”.

O projeto Alegrias de Quintal acontece desde 2012, às crianças diariamente

tem a oportunidade de escolher espaços planejados pelas educadoras, para brincar,

acontece. Compartilhar com os pais as dificuldades encontradas e trazer as famílias para momentos de discussão e formação, com vistas a aproximar, em benefício das crianças, as ações desenvolvidas em casa e na escola;

Promover

situações de trabalho

coletivo

Proporcionar momentos de trabalhos coletivos onde haja necessidade e interesse em fazer junto, considerando o outro como parceiro de valor; auto avaliação da unidade com a participação de toda a comunidade escolar;

Construção do

olhar estético

Desenvolver o senso estético, reconhecendo o valor de suas produções e dos demais; Estar em ambiente acolhedor e esteticamente pensado e organizado;

Valorização da

cultura de onde se vive,

da cultura da infância e

da linguagem

Brincadeira enquanto organizadora do pensamento Valorização das brincadeiras tradicionais das diferentes culturas Desenvolvimento da expressão e participação através das diferentes linguagens.

conviver, lidar com conflitos, criar culturas e aprender culturas. (projeto na integra no

anexo desse documento).

O projeto “Brincando pelo Jardim” está sendo constituído a partir desse ano

(2017) e parte da necessidade de mais espaços de livre escolha para brincadeiras

de qualidade. No entanto, as educadoras irão planejarão situações de brincadeiras e

as crianças poderão fazer escolhas de espaços para brincar.

O projeto “Leitura, leiturinha”, já acontece desde o ano de 2012,

esporadicamente, no entanto, nesse ano (2017) estamos planejando semanalmente,

espaços de leitura compartilhada de livre escolha. Em que uma vez por semana, as

educadoras planejarão situações de leitura, em que a criança poderá escolher o

espaço.

Essas ações, prevista para continuidade em 2017 são baseadas nos

princípios gerais da ação pedagógica configurar-se-á na prática com:

Uma escola que pensa, discuti e elabora ações coletivas- baseadas na perspectiva teórica adotada e nas ações da gestão democrática e participativa; que as ações legitimem o término da divisão das crianças em agrupamentos por faixa etária; os diferentes profissionais da unidade envolvidos com todas as crianças e nas diferentes atividades desse momento; a proposição de várias atividades simultâneas nas quais a criança envolver-se-á de acordo com seu interesse e necessidade; que as crianças tenham o direito a escolha de proposta qualificadas de brincadeiras; a interlocução constante dos educadores para planejamento, acompanhamento, avaliação e replanejamento das propostas; a adequação dos espaços e matérias necessários a execução das ações; Propostas de brincadeiras que envolva processos de criação de culturas e o conhecimento de diferentes culturas; A participação das crianças, das famílias e comunidade.

Objetiva-se com isso que as crianças vivam, diariamente, um exercício de

autonomia, de liberdade e de responsabilidade (consigo mesmo e com os outros),

num espaço que seja ao mesmo tempo acolhedor e desafiador, permitindo aos

meninos e meninas a expressão de suas formas particulares de ver e conhecer o

mundo, bem como de produzir e conhecer as culturas.

1.1 Conselho de crianças

O Conselho de crianças ocorre uma vez por mês, tendo como participante 2

crianças que são representantes de cada sala. As reuniões são realizadas uma vez

por mês, seguindo o calendário anula de reuniões.

Datas das reuniões Conselho de Crianças 2017

DATAS DAS REUNIÕES DO CONSELHO MIRIM (MANHÃ) AS 9H00 14/03 (TERÇA);

04/04 (TERÇA);

12/05 (SEXTA);

09/06 (SEXTA);

05/07 (QUARTA);

08/08 (TERÇA);

15/09 (QUARTA);

04/10 (QUARTA);

13/11 (SEGUNDA);

06/12( QUARTA).

DATAS DAS REUNIÕES DO CONSELHO MIRIM (TARDE) AS 15H15 15/03 (QUARTA);

05/04 (QUARTA);

09/05 (TERÇA);

07/06 (QUARTA);

05/07 (QUARTA);

09/08 (QUARTA);

06/09 (QUARTA);

03/10 (TERÇA);

22/11 (QUARTA);

07/12 (QUINTA).

Nas primeiras reuniões vamos propondo uma pauta de prioridades para

tomadas de decisões: O que é ser representante de um grupo? (conversamos

sobre o sentido de representar); melhorias do espaço de refeição; como podemos

lidar com os conflitos entre companheiros; o cuido com o espaço (manutenção dos

espaços, as crianças observam e falam sobre espaços que necessitam de

manutenção); planejamento de espaços de brincadeira; planejamento de

celebrações (aniversariantes, festa da cultura, semana de artes).

Algumas dessas reuniões são documentadas e podem ser acompanhas no

blog da escola.

1.2 Conselho de Escola e Associação de Pais e Mestres

O Conselho de Escola é uma politica publica que veio para assegurar às

Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino autonomia pedagógica,

administrativa e de gestão financeira. O conselho é constituído por

representantes de todos os segmentos da unidade educacional, em que,

oportuniza a participação da comunidade escolar nas decisões, no

estabelecimento de metas e na busca de soluções para os problemas do

cotidiano da escola. As reuniões acontecem uma vez a cada mês e segue o

calendário escola.

Datas reuniões do Conselho de Escola

14/02; 07/03; 05/04; 10/05; 07/06; 05/07; 09/08; 13/09; 04/10; 08/11; 06/12

1.3- Processos de formação profissional

Na perspectiva formativa, além dos momentos de estudo do Projeto Especial

de Ação (PEA) de formação continuada das professoras, com encontros semanais,

também há um projeto específico de formação da equipe de apoio que se efetiva

através de encontros mensais das agentes com a equipe gestora da unidade.

Nesses momentos são tratados assuntos relacionados às práticas

pedagógicas, a concepção de infância e educação, ao papel do adulto, entre outros

temas. Pensa-se de fundamental importância essa ação intencional em 2017 visto

que, devido aos projetos de ação com as crianças e famílias tem transformado e

amplificado as funções da equipe de apoio, estas educadoras precisam estar

envolvidas diretamente nos processos reflexivos, revendo, qualificando e por vezes

transformando suas ações cotidianas.

Entretanto, no ano de 2016 avançamos nos processos de discussões

coletivas com outras unidades escolares, inclusive com unidades de outros

municípios. Realizamos no mês de setembro de 2016 o I Seminário de Arte e

Infância, em que discutimos e vivenciamos práticas que nos permitisse a discussão

do tema “Arte e Infância”. No Mês de novembro de 2016, realizamos o I Encontro de

Discussão sobre concepção de infância e criança: na perspectiva do projeto

“Alegrias de Quintal”.

Seguimos com o desejo de continuidade de discutir coletivamente com

profissionais da educação de diferentes segmentos e instituição: a infância, a

crianças, as culturas da infância e as perspectivas pedagógicas para valorização da

infância. Para tanto, seguimos com o anseio de promover encontros, seminários,

debates e o iniciar a constituição de uma revista eletrônica, que possibilitara melhor

acesso aos processos formativos e a valorização da escola que pensa, estuda e

produz especificamente na infância.

1.4 Rede de atendimento as individualidades

No que tange a individualidade e diversidade dos meninos e meninas

atendidas e de suas famílias, é preocupação de todos os funcionários da escola o

atendimento pleno às diferenças, considerando suas particularidades, em especial

no que se refere aos aspectos relacionados à inclusão dos Portadores de

Necessidade Educativas Especiais. Nesse sentido desenvolveu-se uma rede de

atendimento que envolve a gestão e todos os demais segmentos, que atuam com

muito empenho apesar da falta de apoio especializado.

No que se refere ao acompanhamento das crianças, em especial aquelas

Portadoras de Necessidades Especiais, esta unidade vem, ao longo do tempo,

desenvolvendo um trabalho de reconhecida validade, apesar da falta de condições

de apoio da própria Secretaria de Educação e de outras como a Secretaria de

Saúde.

Estes processos de atender a criança Portadora de Necessidades Educativas

Especiais envolvem o acolhimento e parceria com: as famílias; a reunião individual

das famílias com a professora equipe gestora; o acompanhamento do trabalho

desenvolvido com cada criança através dos registros das educadoras; o

acompanhamento da equipe gestora as ações pedagógicas; a solicitação de apoio e

intermediação da Diretoria Regional Educação Pirituba/ CEFAI; a compra de

materiais adaptados e/ou específicos quando necessário; os encontros frequentes

de educadoras para planejamento do trabalho e acompanhamento conjunto da

criança; a participação na formação continuada da Auxiliar Vida Escolar (entendida

como educadora em toda plenitude do termo e como parceira no processo de

estimulação e acompanhamento das crianças); a participação da equipe de apoio

nos processos de atenção, cuidado e educação das crianças; o envolvimento da

gestão diretamente com as famílias das crianças, intermediando questões junto a

ação educativa cotidiana, bem como ao CEFAI e demais órgãos competentes.

1.5 Ações com as famílias e comunidade

As ações previstas para ampliar a parceria com as famílias em 2017, tem

base nas perspectivas teóricas adotadas, para tanto, não queremos explorar

encontros com as famílias, que explore o consumo, a valorização de uma única

cultura, a reprodução de valores hegemônicos. Nessa perspectiva, no ano de 2016,

exploramos a criação de um calendário próprio de celebrações, que valorizasse a

construção de conhecimentos; valorização das diferentes culturas; a participação

social das crianças e famílias.

Essas ações foram amplamente discutidas, deliberadas e organizadas pelo

diferentes segmentos da gestão democrática e participativa. Em conjunto

elaboramos ações, como “O dia mundial da infância”; festa da cultura brasileira; I

Semana de Artes; O Dia de quem cuida de mim; Atividades culturais abertas à

comunidade (apresentação de circo, teatro e mágico); passeio no final de semana

que envolveu as crianças e suas famílias.

Esse processo de conhecimento da família sore as ações da escola e

participação nos processos reflexivos acerca da infância e de suas necessidades

vem cada vez mais tomando forma na EMEI Jardim Monte Belo através dos

processos da gestão democrática e participativa. No entanto, pretendemos

aprofundá-lo em 2017, particularmente nas ações reflexivas sobre a legitimidade da

brincadeira, das interações, das formas de convivência, das culturas de pares e as

formas peculiares da criança construir cultura e conhecimento.

Conclusões

Considerarmos o Projeto Político Pedagógico da EMEI Jardim Monte Belo

como aberto, em processo contínuo de construção colaborativa, muitas ações estão

sendo planejadas e outras deverão se efetivar com o transcorrer do ano, mas o que

precisa ser ressaltado é que para a equipe da EMEI o Projeto Político Pedagógico

aqui descrito hoje em linhas gerais, apresenta-se como um traçado de rota que vai

se configurando nos fazeres cotidianos e se aprimora a partir da reflexão conjunta

dos envolvidos.

Assim como a perspectiva de qualidade é progressiva, compreende-se que o

acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico devem ocorrer na

ação e pela ação, sendo operado em conjunto por todos os envolvidos que atuam

diretamente na escola ou a ela estão relacionados.

Os momentos de avaliação formal da unidade escolar ocorrem

semestralmente com toda equipe, em reuniões entre os membros da equipe gestora,

em momentos de supervisão escolar, quinzenalmente em encontro individual da

Coordenadora Pedagógica com cada professora e devido ao clima de parceria e co-

responsabilidade estabelecido na unidade, sempre que se configura tal necessidade

é realizado encontro de avaliação e encaminhamento de questões funcionais,

administrativas ou pedagógicas que objetiva o aprimoramento do atendimento.

Quanto a avaliação das crianças, tem-se buscado consonância das práticas

implementadas com o documento de SME (orientação Normativa nº 01/13),

principalmente no que tange a processos formativos que aliem as concepções de

avaliação presentes na estrutura conceitual dos educadores com os atuais preceitos

do que seria uma avaliação qualitativamente melhor.

Quanto à documentação pedagógica, de acordo com o proposto no regimento

da unidade educacional, pretende-se que em 2017 haja a continuidade da

elaboração dos relatórios descritivos semestrais onde constam o relatório de

acompanhamento de cada agrupamento, o relatório descritivo do desenvolvimento

de cada criança no semestre, além da avaliação das famílias. Serão construídos

também relatórios de acompanhamento das crianças e famílias atendidas pela

coordenação pedagógica.

Serão também elaborados os registros individuais, feito pelas professoras,

constando o acompanhamento da criança no processo educativo através de

escritas, diálogos, fotos, filmagens ou outros recursos que possam ilustrar os

momentos marcantes do desenvolvimento e aprendizagem das mesmas.

A partir de 2014 já fizemos vários estudos e acordos sobre a documentação

pedagógica, na perspectiva apontada pela orientação normativa nº1, compreende-se

que vários avanços já foram dados nessa direção porém, tem-se a clareza que muito

podemos avançar, particularmente na emissão de documentação educacional

consistente e significativa que possa acompanhar os processos de desenvolvimento

e aprendizagem de todas as crianças da unidade, inclusive de modo a fornecer

informações desse caminho percorrido pelos meninos e meninas para a unidade de

ensino fundamental onde a criança dará continuidade aos seus estudos.

Em 2017 a estruturação desses registros será fonte constante de

aprofundamento e acompanhamento.

Acreditamos que nosso Projeto Político Pedagógico é um sonho pensado por

muitos e executado a muitas mãos, um sonho que se faz presente no aqui e no

agora, mas que se configura como uma mostra do que seremos, do que faremos e

do quanto ainda acreditamos ser capazes de realizar melhor em prol da infância do

Município de São Paulo.

Referências Bibliográficas

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Trad. Dora Flaksman. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. ______.A Psicologia Sócio – Histórica:uma perspectiva critica em psicologia/ Ana Mercês Bahia Bock, Maria da Graça Marchina Gonçalves, Odair Furtado (orgs.). – 5. Ed. –São Paulo: Cortez, 2011 ______. Constituição da República Federativa do Brasil, 05 de outubro de 1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 20 jun. 2014. ______. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n. 8.069/90, de 13 de julho de 1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/civil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 20 jun. 2014. CABRAL K. S. – OLIVEIRA, S. F. Projeto Alegrias de quintal – Autonomia, Alegria e Conhecimento. Prêmio Paulo 2016, São Paulo. CHARLOT, B. Mistificação pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos na teoria da educação. Trad. Maria José do Amaral Ferreira. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2013. COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. CORSARO, W, A. Sociologia da Infância. Trad. Lia Gabriele R. Reis; Revisão técnica; Maria Letícia B. P. Nascimento. Porto Alegre: Artmed, 2011. KORCZAK, Janusz. Como amar uma criança, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983. KUHLMANN JR. M. Educando a infância brasileira. In: LOPES, Eliane M. T.; FARIA FILHO, Luciano M.; VEIGA, Cynthia. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000a. LEITE, M. L. M. A infância no século XIX segundo memórias e livros de viagem. In: FREITAS, Marcos Cezar (Org.). História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 1997. LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte,1978.

MONTANDON, C. Sociologia da infância: balanços dos trabalhos em língua inglesa. Cadernos de Pesquisa, n. 112, p. 33-60, mar. 2001. RINALDI, C. O CURRICULO EMERGENTE E O CONSTRUTIVISMO SOCIAL. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L. FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a

abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Trad. Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed. ________. Reggio Emília: a imagem da criança e o ambiente em que ela vive como principio fundamental. In: GANDINI, L. EDWARDS, C. (ORG.) BAMBINI: A ABORDAGEM ITALIANA À EDUCAÇÃO. Porto Alegre: Artmed, 2002. SÃO PAULO (SP) Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Padrões Básicos de qualidade da Educação Infantil Paulistana, 2015 __________. Currículo integrador da infância paulistana. São Paulo, SME/DOT, 2015.

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ANEXOS

Projeto Alegrias de Quintal

O projeto Alegrias de Quintal é de grande relevância para o nosso Projeto

Político Pedagógico, fundamenta–se na perspectiva da criança como ator social

ativo, com direito a voz, produtor de cultura e sujeito de direitos. Planejamos ações

para e com as crianças em que elas possam direcionar o tempo, o espaço, os

parceiros e os materiais, tomando contato com propostas simultâneas de livre

escolha e de qualidade, como: artes, movimento, leitura, jogos, escrita, brincadeira,

alimentação, montagem, materiais não estruturados, movimento, sendo planejadas e

oferecidas por professoras e educadoras de apoio.

Na EMEI Jardim Monte Belo, temos uma equipe estável de educadores que

há muito tempo vem tentando construir um projeto de Educação Infantil que

atendesse a dois grandes anseios nossos: fazer da escola realmente um lugar de

infância e dar às crianças o justo direito de viver a autonomia, o conhecimento,

aprendizagens e a expressão de suas linguagens.

Diante da mudança de uma política pública da educação da cidade de São

Paulo – aumentar o período de permanência das crianças na EMEI de quatro para

seis horas, sem mudar a jornada dos professores e professoras que estavam nas

escolas –, pensamos em maneiras de tornar esse tempo a mais das crianças na

escola mais significativo e especial.

No ano de 2011, mudamos a forma de conduzir o período intermediário da

escola para que as crianças pudessem aproveitar esse tempo de maneira diferente,

e as educadoras não se sentissem fazendo um trabalho fragmentado. Queríamos

uma proposta diversa do que já acontecia nos turnos da manhã e da tarde, com as

professoras e turmas tradicionais.

Iniciamos fazendo projetos para as classes separadamente, mas no ano de

2013, resolvemos ousar um pouco mais: pensar um tempo em que as educadoras,

trabalhando juntas, oferecessem várias atividades em espaços externos à sala de

aula na escola; e as crianças, todas juntas, escolhessem o que, quando, com quem,

por quanto tempo e onde querem fazer suas atividades (incluindo o almoço). Ou

seja, durante o projeto “Alegrias de Quintal”, a escola é, de fato, das crianças; as

educadoras (todas elas, não apenas as professoras) são, de fato, mediadoras das

ações dos pequenos; e eles são, de fato, donos de seu tempo e suas possibilidades

de aprendizagem, sentindo-se responsáveis por si mesmos e seu próprio

aprendizado.

Estamos amparadas pelos documentos oficiais que pensam a escola infantil

como um lugar onde as crianças podem viver relações saudáveis em muitas

direções – com adultos que as respeitam, compreendem e estimulam; com outras

crianças, de várias idades; com os espaços, tempos e materiais (que, ao nosso

modo de ver, também educam); e também com o conhecimento em suas múltiplas

linguagens e formatos. Estamos também apoiadas em nossos estudos sobre as

teorias que falam sobre conhecimento e criança, especialmente aquela que vê a

criança como um sujeito capaz de absorver, pensar e fazer cultura, em seu tempo

histórico e seu lugar. É assim que vemos a criança... Capaz. Capaz de aprender

tudo; capaz de se cuidar; capaz de construir relações inteiras e de significado com

todas as pessoas; capaz de decidir coisas sobre ela mesma; capaz de falar sobre

tudo que precisa e pensa, sabendo que serão ouvidas; capaz de se expressar.

Capaz de viver uma relação de horizontalidade e dialogicidade com os adultos que a

cuidam e educam, e também com o conhecimento, sentindo-se pertencente à

cultura em que vive – não só como receptora passiva dessa cultura... Mas também

como cidadão, cidadã capaz de atuar nela, produzi-la, influenciá-la.

Não queríamos mais viver autonomia “de mentirinha”, deixando que o adulto

continuasse no centro do processo educativo; queríamos pensar um currículo que

incluísse não só os anseios das famílias, os interesses das crianças, as

determinações das educadoras... Mas sim um currículo vivo, que possa ser

construído todos os dias, com todos os envolvidos.

Além disso, também queríamos uma mudança profunda de paradigma

dentro do percurso das educadoras e educadores da escola. O habitual discurso de

que “todos são educadores” dentro do ambiente escolar precisava criar vida,

precisava se tornar real. Uma escola feita de gente, e não apenas de muro, como

propôs Paulo Freire. E para isso, precisaríamos de uma profunda mudança de

mentalidade, precisaríamos romper com hierarquias e opressões as quais nos

acostumamos ao longo dos anos, incluindo, de fato, e de maneira atuante, as

educadoras de apoio no processo educativo do começo ao fim – planejamento, ação

e avaliação.

E haviam outros paradigmas para serem quebrados também em relação à

comunidade do entorno da escola. Queríamos nossos alunos e alunas maiores de

volta para compartilhar conhecimento com as crianças pequenas; queríamos que

percebessem que a escola continua sendo deles. Queríamos as famílias das

crianças informadas, formadas e com chances de participar das atividades que

estávamos oferecendo – não como meros encaixes de um plano pré pensado, mas

como cidadões e cidadãs valorizados em sua origem, cultura, história e

conhecimento dentro da escola.

Queríamos também riqueza de propostas. Por isso, precisamos passar por

um processo de fortalecimento da criatividade das professoras, de afinação da

equipe (deixou de existir “minha sala”, “meu aluno”), e também por tornar prática

uma concepção que há muito já tínhamos claro em teoria: todos e todas, dentro da

escola, são educadores e podem contribuir com as crianças em seus processos.

Incluímos as famílias também: desde pedir um material para uma atividade, até

discutir ou vivenciar uma brincadeira, temos feito um sistemático esforço de mostrar

essa mudança de concepção de educação infantil a todos que cuidam das crianças

fora da escola.

Todos esses anseios faziam parte de nossos estudos, discussões... De

nossos sonhos. E depois de um fortalecimento e tomada de coragem – que só

poderiam ser coletivos – nos arriscamos a começar esse quintal.

O estudo foi nosso companheiro, e é até hoje. Philippe Áries, na década de

1960, com a publicação do trabalho “História Social da Criança e da Família”, trouxe

inúmeras contribuições sobre o entendimento da infância como uma construção

social e da criança como um sujeito histórico. Por muito tempo, a infância e as

crianças foram consideradas como um fenômeno natural da vida humana, onde

eram seres passivos e à disposição, para internalizar todos os conhecimentos e

habilidades transmitidas pelos adultos.

As teorias da Sociologia da Infância constituídas a partir de 1980

apresentam outra forma de entender a socialização das crianças. Elas propõem que,

na relação com outras pessoas, a criança apropria–se, reinventa e reproduz a

cultura. Corsaro (2011) utiliza a denominação “Reprodução Interpretativa”; de acordo

com essa ideia, a criança é considerada protagonista da interpretação do convívio

social. “As crianças participam de suas próprias e exclusivas culturas de pares,

quando selecionam ou se apropriam criativamente de informações do mundo adulto

para lidar com suas próprias e exclusivas preocupações” (CORSARO, 2011, p. 31)

Essa é a base teórica do projeto “Alegrias de Quintal”, pois não concebemos

a infância como um fenômeno natural. Sabemos que existem várias infâncias, e que

as crianças são atores sociais ativos nesse processo. Crianças e adultos partilham

as diferenças sociais e culturais e aprendem na relação com o outro.

Com a prática, começamos a atentar para a questão dos tempos e espaços.

Sentimos a necessidade de repensar o termo “rotina”, tão comum na Educação

Infantil, e que muitas vezes denota um motivo de controle, para as professoras, e de

extrema dependência dos adultos, para as crianças. No quintal, procuramos deixar o

tempo fluir de maneira diferente; o tempo é o da atividade, da fruição, da vontade.

Fora certa organização geral (que as crianças compreendem muito bem), elas

escolhem quando começar, interromper ou fazer durar mais ou menos uma

brincadeira, uma atividade.

Quanto ao espaço, subvertemos também o conceito tradicional, como

fizemos com a rotina. Acreditamos que o espaço e os materiais também educam,

também são mediadores entre a criança e o conhecimento. Então, procuramos

tornar o espaço potencializador de novas ideias, ousando na maneira de concebê-lo.

O parque é lugar de movimento, mas também de arte, de matemática, de

construção; o ateliê é lugar de arte, mas também de montagens, de relações

afetivas, de conversa; o pátio é lugar de tudo – de jogar, de brincar, de descansar,

de construir, de movimentar-se, de falar e ser ouvido. Enfim, os espaços começaram

a ser ambientes propícios e cheios de possibilidades de aprendizagem, e fazemos

isso observando de perto os movimentos e respostas das crianças.

O resultado é um delicioso, fervilhante e incrível quintal, com crianças

circulando livremente pela escola, atividades significativas ocorrendo

simultaneamente e educadoras motivadas a propor coisas interessantes e desafiar

as crianças, acompanhando-as de perto. Uma escola pensada não para preparar as

crianças para um futuro... Mas para dar a elas a oportunidade de sorver e pensar o

mundo aqui e agora, vivendo a infância, respeitadas como sujeitos inteiros, cidadãs

e cidadãos capazes que são, e sendo muito felizes na escola.

Por não se tratar de uma proposta comum nas escolas de educação infantil, tivemos que ir criando estratégias para que o projeto “Alegrias de Quintal” acontecesse e trouxesse qualidade para educação de nossas crianças. Algumas de nossas ações coletivas que resultam e garantem nossas ações:

Formação para todos os educadores e educadoras – estudo, discussão,

enriquecimento cultural, orientação e debate horizontal de ideias e propostas;

Estudo de teorias e relatos de prática acerca da infância, da educação de

crianças pequenas, da educação dialógica e da prática educativa libertadora

e inclusiva de todas as pessoas;

Reuniões semanais de planejamento e avaliação das ações, com a presença

de várias educadoras e também das crianças;

Planejamento de oficinas quinzenais que ampliem o contato das crianças com

o conhecimento e a cultura;

Registro e publitização de relatos de prática coletivas;

Discussões e registros individuais sobre as crianças, seus avanços e

dificuldades;

Trocas com as educadoras de outros períodos da escola e de outras escolas.

Durante o período matutino ou vespertino as crianças pertencem a uma

turma, com uma educadora específica. As salas das turmas estão organizadas em

“cantinhos” de brincadeiras: de artes, casinha, jogos, desenho, computador,

biblioteca, materiais não estruturados e estruturados. Já tínhamos, antes mesmo do

quintal, uma disposição em reorganizar os espaços da escola a serviço da criança.

Cada turma organizou seu espaço e a dinâmica de atividades livres, dirigidas, de

intervenção e de registro. Em nossa sala, as turmas são mistas, ou seja, não há

separação por idade.

As crianças foram nos mostrando que o espaço da sala limitava

consideravelmente a expansão de suas experiências. O Projeto “Alegrias de Quintal”

veio para tentar ajudar as crianças a ir além do óbvio. A equipe de trabalho planeja

coletivamente ações baseadas nas interações e nas brincadeiras.

Todas as crianças de todas as turmas se reúnem com todos adultos

envolvidos no pátio para uma conversa que firma algumas regras combinadas, e

divulga as vivências e os espaços que serão oferecidos no dia. Essa assembleia é

de extrema importância para o projeto. Após, as crianças fazem suas escolhas e

gerem seu próprio tempo: escolhem a proposta que mais lhes interessa, com qual

adulto e com quais crianças querem estar e o tempo que desejam permanecer em

cada atividade. No momento do almoço, a criança é quem escolhe o horário que irá

almoçar, e quais alimentos colocará em seu prato.

Os adultos se dividem em diversos espaços externos com propostas

desafiadoras e motivadoras, visando atender as crianças em suas necessidades e

interesses. Na maioria das vezes, são as próprias crianças que nos dão a direção

para as propostas que pensamos, planejamos e organizamos. As propostas, os

materiais selecionados, as relações que se constroem em cada ambiente,

influenciam muito as escolhas e ações das crianças, e elas nos surpreendem

sempre com suas criações. A cada quinze dias, os adultos mudam as propostas,

indo para outros espaços/ambientes, e introduzindo novos materiais.

Entendemos que é possível trabalharmos em grupo. Cada um dos

funcionários (inclusive as auxiliares de limpeza e cozinha) tem importância, com

suas funções e atribuições, nesse coletivo. Acima de tudo, a criança é o motivo de

estarmos neste ambiente. Sabemos que o cuidar, o ensinar e o aprender são

indissociáveis.

O que vemos é o uso livre das crianças do tempo e do espaço. Elas são

capazes não só de fazer escolhas, mas também de planejar e avaliar ações

conosco. Elas nos dão respostas sobre como melhorar cada vez mais as propostas

do quintal, e avançamos com elas nisso.

Na troca de lugar e propostas, é interessante observar como se dão as

escolhas das crianças. Há crianças que seguem o adulto por conta do vínculo, da

confiança estabelecida na relação ou por se identificar com o estilo do adulto. Há

crianças que brincam e exploram um pouco de cada espaço e há também as que

sempre procuram o mesmo local.

Se você é criança, no nosso quintal, você pode escolher brincar no parque,

se movimentar; pode ir almoçar; pode montar uma pista de carrinho; pode ir fazer

alguma atividade de artes; pode ir jogar; pode ir mexer com madeiras e outros

materiais não estruturados; pode descansar; pode ir fazer brincadeiras criativas, ou

dirigidas; pode ler, ou escrever; pode ir fazer uma máscara, ou uma experiência

científica com luz e sombra; pode ir andar de motoca ou sentar um pouco pra bater

papo com seu amigo; pode fazer um castelo de areia, ou balançar. Pode tudo isso

junto… E pode só uma coisa dessas. Porque o quintal que é de todo mundo, ao

mesmo tempo, é também de cada um.

E sempre vai ter por perto uma educadora te observando, te ensinando, te

propondo desafios, falando de pertinho com você e olhando seu crescimento,

respeitando e ao mesmo tempo tentando te mostrar algo diferente.

E essas educadoras conversam! Semanalmente, elas se reúnem. E trocam

muitas ideias e olhares sobre você. E pensam novos desafios… E fazem a coisa

acontecer com proximidade, diálogo. As educadoras não estão só brincando no

quintal. Elas pensam para você, que é criança, atividades muito interessantes que

façam você sair de onde está e avançar mais um pouquinho na sua trajetória

intelectual, social, pessoal, emocional... Cultural.

No nosso quintal é assim: a gente brinca, se alegra, come, aprende,

conversa, convive… E vive. Nosso quintal é território de aprendizagem, de infância,

de brincadeira, de gente. É gente que faz escola, que faz quintal, que faz coisas

boas pra si mesma e pros outros, que faz cultura, que troca ideias.

Anualmente, surgem novos desafios. Em 2011, pensamos em fazer algo

diferente. Em 2012, entendemos que precisávamos ir além dos limites turma/sala de

aula/professora. Em 2013, desenhamos a proposta do quintal e nos arriscamos a

fazê-la; em 2014, estabelecemos tempos e espaços; em 2015, cuidamos da

qualificação das propostas; em 2016, estamos ampliando o quintal também para os

outros períodos da escola e cuidando dos registros. E a cada ano, o projeto vai se

ampliando e se reconstruindo, coletivamente, e considerando, sempre, as crianças e

suas famílias.

Cremos que “Alegrias de Quintal” foi uma ousadia que deu certo. Temos dividido

isso com muitas outras educadoras e educadores interessados em fazer uma escola

diferente. Temos recebido visitas, ido falar dessa experiência em muitos lugares.

Um dos frutos desse processo é que o atendimento aos meninos e meninas

dessa escola já está fundamentado em princípios comuns, que regem as ações de

todos da unidade. Esses princípios são ao mesmo tempo motivos de orgulho e de

responsabilidade. Há a clareza de que não chegamos ao ponto desejado, mas

vemos os avanços. Mas nossa maior evidência de sucesso é a possibilidade de ver

diariamente, pelos corredores da escola, crianças cada vez mais falantes, atuantes,

questionadoras e que demonstram autonomia intelectual.

Estamos nos tornando profissionais mais observadores e reflexivos, e isso

nos tem possibilitado “estranhar” o cotidiano, o que nos faz cada vez mais buscar

formas de transformá-lo e qualificar nossas ações com a infância. Ainda há muito a

andar... Mas já sabemos que gostamos muito desse caminho.

Em nosso encontro semanal trazemos nossas anotações, observações,

dúvidas anseios, preocupações e as intenções de propostas para a próxima

quinzena. Nesse momento temos a oportunidade de discutir, opinar, sugerir e

compartilhar sobre as experiências que cada uma vivencia com as crianças, sendo

uma oportunidade de muitas riquezas e de muitos olhares, agregando e aprendendo

umas com as outras. A avaliação está sempre em processo, pois são realizadas de

acordo com o que as crianças nos mostram durante as brincadeiras e nesse

processo vamos ouvindo, observando, conversando com as crianças e aprendendo

e transformando a cada dia.

Nosso quintal já resultou em salas mistas, em mais encontros com as famílias

e também em mudanças nos outros períodos além do intermediário - já estamos

ampliando esse tempo do quintal, fazendo a escola toda, o tempo todo, funcionar

assim, alternando entre atividades coletivas, individuais e de livre escolha.

Queremos transformar velhas formas de conceber o tempo e o espaço para as

crianças. Quanto mais tentamos... Mais vemos que é possível.

Ainda temos a dificuldade do registro, e isso é algo que nos preocupa e motiva.

Estamos trabalhando cada vez mais para tornar esses registros coletivos e de livre

acesso para as famílias e para outros educadores e educadoras. Em anexo,

enviamos um vídeo sobre o projeto e um relato específico sobre a linguagem de

artes, apresentado, entre outros, no último COPEDI – Congresso Paulista de

Educação Infantil. (O texto em anexo “Projeto Alegrias de quintal” foi extraído na

integra do texto enviado ao Prêmio Paulo Freire 2016. Consta a citação bibliográfica

o nome das autoras).

Apresentando e discutindo em Conselho de Escola em: Data: ________________________________________ _________________ Carimbo e assinatura do Coordenador Pedagógico Carimbo e assinatura do Diretor de Escola

14. DESPACHO DE AUTORIZAÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR

Data:____/____/______

____________________________________ Carimbo e assinatura do Supervisor Escolar

15. HOMOLOGAÇÃO DO DIRETOR REGIONAL DE EDUCAÇÃO

Data: ____/____/_____

______________________________________________ Carimbo e assinatura do Diretor Regional de Educação