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E ssa mensagem psicografada por meio da mediunidade da senhora Mary Al- ves e endereçada ao benfeitor amigo, o jornalista Batista Custódio, é conso- ladora porquanto fortalece o espírito e dá tes- temunho de que não estamos sozinhos. Uma mensagem do benfeitor Alfredo Nasser (1907-1965), bom exemplo de homem pú- blico, que aos 23 anos já era deputado esta- dual, foi deputado federal, senador da repú- blica e ministro da Justiça. Por onde passou, deixou as marcas de muitas virtudes. A linha tênue entre o mundo corpóreo e o mundo extracorpóreo desaparece durante o sono, quando nos encontramos com os nos- sos afetos e desafetos encarnados e desen- carnados e quando a mediunidade se trans- forma em Correio eficaz entre dois mundos, nos quais habitamos. A doutrina Espírita, por meio da codificação kardequiana, especial- mente na obra O Livro dos Médiuns , elucida a respeito da natureza fenomênica da medi- unidade em todos os seus matizes. Ninguém faz coisa alguma, ainda que às ocultas, sem o testemunho de muitos olhos invisíveis, aplaudindo ou reprovando as con- dutas discretas e silenciosas. Somos todos vi- giados, atentamente. Uma plateia espiritual nos aceira durante todas as horas do dia e da noite. Não poderia ser diferente com o jorna- lista Batista Custódio. A morte de alguns dos seus entes amados não causou a ruptura dos afetos e dos cuidados que existem e são culti- vados com reciprocidade. As mensagens consoladoras do seu filho Fábio Nasser e do seu amigo Alfredo Nasser, surgem para confortar a família e especial- mente esse homem missionário, que, não ra- ras vezes, vivencia o seu getsêmani espiritual, onde a sua sudorese de sangue costuma re- cepcionar os cursos de suas lágrimas. O escritor Alfredo Nasser começa a sua missiva ao seu amigo dileto, rogando a Deus que o fortaleça e fazendo uma análise a res- peito da sua intimidade psicológica: “Você pede a misericórdia de Deus, mas o seu cora- ção está vibrando na espada de Dâmocles”. O que se pode pensar a esse respeito? Inici- almente, vejamos o que diz a mitologia grega: Dâmocles era um membro da corte de Dionísio, rei de Siracusa. Dâmocles costu- meiramente falava que Dionísio era um verdadeiro exemplo de um homem feliz. Ao saber disso, Dionísio fez uma proposta ao seu cortesão para que ele tomasse o seu lu- gar. Por um dia Dâmocles seria servido co- mo um rei, tendo à sua disposição toda ri- queza que desejasse, sendo atendido pelas mulheres de extraordinária beleza, que o servia com a mais requintada alimentação. No entanto, Dionísio ordenou que uma es- pada fosse pendurada sobre a cabeça de Dâmocles, presa apenas por um fio de rabo de cavalo. Diante dessa condição constran- gedora, Dâmocles desistiu de ser afortuna- do tal qual o seu rei, abdicando do posto, perdendo total interesse pela comida e pe- las belas mulheres. A partir desse conto, a espada de Dâmocles passou a representar a insegurança dos poderosos e também o sentimento de tragédia iminente. O benfeitor Alfredo Nasser usa de uma metáfora para analisar as hesitações e os sentimentos mais profundos do seu amigo Batista Custódio. Nesse sentido, vê-se que o grande missionário da imprensa goiana e brasileira transita entre os “Bem-aventura- dos os misericordiosos” e os “Bem-aventu- rados os que têm fome e sede de justiça”. Um sentimento de quem conhece o poder da Justiça divina e o que essa Justiça pode fazer aos seus transgressores, mas, ainda assim, clama por misericórdia. Além disso, sabemos que “é necessário que venha o es- cândalo, mas ai daquele que o provoque” porquanto a implacabilidade da Lei natural de Justiça é infinitamente maior do que qualquer maldade humana, porque ela educa, com veemência, o infrator contu- maz, mas no seu devido tempo. O benfeitor espiritual ainda conforta o seu amigo e irmão, semelhante ao bom samaritano que encontra uma vítima cruelmente agre- dida à beira do caminho e a conforta, tratando das feridas e ofertando o pleno cuidado que ela merece. Também, como se lavasse com lágrimas e enxu- gasse com os cabelos os pés ensanguentados do amigo, as- sinala: “Realmente, as provas têm sido duras e sofríveis”. Ninguém poderá dimensi- onar o tamanho da dor de um coração sofrido do que um espírito amigo desencarnado que sonda esse coração com amor e devotamento. Alfredo Nasser também sa- be reconhecer os limites de uma vida em planetas de pro- vas e de expiações ao afirmar: “Todos nós temos um limite. É humano e certo”. Afinal, até Jesus experimen- tou o extremo cansaço junto ao poço de Jacó e necessitou de aju- da, solicitando água a certa mu- lher da Samaria. O Mestre tam- bém sentiu sede do alto da cruz, mas recebeu vinagre como res- posta. Ele ainda necessitou de um cirineu para carregar a sua cruz até o gólgota depois de su- cessivas quedas. Sentiu alegrias, mas derramou lágrimas diante da indiferença dos religiosos de Jerusalém. Sentiu a agonia no Getsêmani, mas viu os seus dis- cípulos dormirem, abandonan- do-o na dor e na sua solidão. No clímax de sua missiva, o ilustre ex-político brasileiro, ago- ra embaixador de Jesus, conso- la o grande amigo, de forma singular: “Não se culpe e nem tampouco se cobre tanto”. Desse modo, o mentor espi- ritual age como um autêntico e sábio psicólogo, que sabe re- conhecer o esforço de quem tem a consciência de sua mis- são e que busca cumpri-la a todo custo. No entanto, esse missionário da cultura deve reconhecer o ambiente inós- pito no qual se encontra. Afi- nal, manter um jornal diário, com a qualidade do Diário da Manhã, sem a perseverança e a ajuda dos amigos é impossí- vel. A perseverança nunca fal- tou ao Mestre das Letras, mas os amigos perseverantes são sempre poucos, o que torna o ambiente, às vezes, insuportá- vel, e a cruz do dever pesada de- mais para carregá-la sozinho. Em seu soneto divino, o Dr. Nasser prossegue, sempre no sentido de consolar e de estimu- lar o valente Guerreiro da Luz: “Tentar, aos olhos de Deus, é vitória”. Até o Cristo valorizou o poder da tentativa e da persistência e exemplificou por meio da sua Pa- rábola do Juiz Iníquo, quando o ju- iz, para se livrar da mulher insisten- te, que batia à sua porta altas horas da noite para buscar a solução de uma contenda do seu interesse. Também o Mestre considerou que até a virtude do perdão para ser con- quistada depende de setenta vezes sete testemunhos de perdão, resulta- do de muitas tentativas. Mas “aquele que perseverar até o fim, será salvo”. Mais adiante, o fiel Amigo de to- das as horas, ao considerar a necessi- dade do cuidado com a saúde para o valoroso missionário, acon- selha: “Preserve o seu dom mais precioso: sua saúde”. Conselho que serve para todos nós, envolvidos com os movimentos do dia-a-dia. A melhor forma de preser- varmos a saúde é evitar aborrecimentos, é transcen- der às inquietações do mun- do e pairar sobre todas as preocupações porquanto nenhum trabalho é total- mente nosso, somos apenas os trabalhadores de Deus. Para demonstrar que nun- ca estamos sozinhos em nos- sas missões, o nobre Alfredo Nasser conforta: “Estamos juntos. Fábio endossa essas palavras”, o que demonstra que a mensagem também representa a opinião do filho tão amado Fábio Nasser e, certamente, de outros ami- gos e afetos espirituais. É o consolo maior da vida, tão bem explicado por meio do Espiritismo. O que fez Jesus responder, quando alguém censurou a euforia dos seus discípulos durante a sua en- trada triunfal em Jerusalém: “Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras fa- larão”. (Lucas, 19:40). Foi o que ocorreu com os fenômenos das mesas girantes na França e em outros países. As pedras e outros seres inor- gânicos “falaram”, represen- tando as muitas vozes dos espí- ritos imortais que venceram a mortalidade dos túmulos, dos corpos e da incredulidade huma- na quanto à existência da vida após o desenlace carnal. Ao final da missiva, o Amigo Imortal, humilde, assevera: “Artigos escritos não precisam de nossa aprovação, e sim de sua coragem”. Isso demonstra que aos oitenta e três anos de idade um homem não deve temer em externar a respeito das verdades que sente ou que pen- sa. Afinal, somente com a idade de 80 anos Moisés foi capaz de enfrentar o Faraó e de libertar os hebreus da es- cravidão no Egito. O Grande Legisla- dor necessitou de constituir família, de re- sidir muitos anos no deserto e de amadu- recer para compreender que todos nós passamos, mas as verdades e as determi- nações de Deus nunca envelhecem. A maior manifestação de coragem que um homem depois dos oitenta anos pode exem- plificar é a de lutar pela paz. Sendo Pedro o mais velho do grupo apostolar, o divino Mes- sias confiou a ele a mais difícil das missões: a de apascentar, ou seja, a de manter unido o grupo de apóstolos. É necessário ter muita co- ragem para apascentar as ovelhas, conforme as solicitações de Jesus ao apóstolo Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Respondeu-lhe ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Perguntou-lhe segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Perguntou-lhe terceira vez: “Simão, filho de João, tu me amas?” Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe pergunta “Tu me amas?” e respondeu-lhe: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas”. (João, 21:15-17) A grande e difícil missão dos que atingi- ram o cume do Everest da Vida aos oitenta anos de idade é a de apascentar. Moisés so- mente libertou o seu povo depois que con- seguiu pacificá-lo. No entanto, é quando es- sa paz se consolida é que vem o tremor cau- sado pela Lei Natural de Justiça que balança as estruturas da iniquidade e, naturalmente, o fio do rabo de cavalo, ligado ao teto e que sustenta a espada de Dâmocles sobre as ca- beças dos iníquos, se rompe porque chegou a hora da separação do joio e do trigo. Con- forme Allan Kardec assinala: “Quando um mal existe, ele não se cura sem crise”. Valoroso Benfeitor e Mestre Batista Cus- tódio, unidos ao venerando Alfredo Nasser, nós, o povo goiano eternamente agradecido, o saudamos: “Que Deus, o soberanamente bom e justo, derrame Sua glória sobre todo o seu ser, inundando-o de luz celestial”. (Emídio Silva Falcão Brasileiro, escritor, advogado, professor universitário, orador, conferencista brasileiro, membro da Academia Goianiense de Letras, Academia Aparecidense de Letras e Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás) XV Diário da Manhã PSICOGRAFIA — ESPECIAL GOIÂNIA, SEGUNDA-FEIRA, 3 DE AGOSTO DE 2015 ALFREDO NASSER AMENSAGEM Espírito de Alfredo Nasser envia nova carta psicografada e dá a ordem final ao jornalista Batista Custódio para que lance luz a verdades ocultas e divulgue texto que revelará informações graves da torpe conjuntura política atual “Meu irmão, que Deus o fortaleça! Você pede a misericórdia de Deus, mas o seu coração está vibrando na espada de Dâmocles. Compreendemos as hesitações! Realmente, as provas têm sido duras e sofríveis. E todos nós temos um limite. É humano e certo. Não se culpe e nem tampouco se cobre tanto. Tentar, aos olhos de Deus, é vitória. Preserve o seu dom mais precioso: sua saúde. Estamos juntos. Fábio endossa essas palavras. Artigos escritos não precisam de nossa aprovação, e sim de sua coragem. Que Deus, o soberanamente bom e justo, derrame Sua glória sobre todo o seu ser, inundando-o de luz celestial. Com todo meu respeito e amizade, Alfredo Nasser” Na missiva, Alfredo Nasser menciona a espada mitológica que fica suspensa na cabeça daqueles com grande poder Emídio Brasileiro Especial para Diário da Manhã A LÂMINA NO FIO DA ESPADA

Emídio Brasileiro - Psicografia - A Lâmina no Fio da Espada

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Espírito de Alfredo Nasser envia nova carta psicografada e dá a ordem final ao jornalista Batista Custódio para que lance luz a verdades ocultas e divulgue texto que revelará informações graves da torpe conjuntura política atual

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Page 1: Emídio Brasileiro - Psicografia - A Lâmina no Fio da Espada

Essa mensagem psicografada por meioda mediunidade da senhora Mary Al-ves e endereçada ao benfeitor amigo,o jornalista Batista Custódio, é conso-

ladora porquanto fortalece o espírito e dá tes-temunho de que não estamos sozinhos.Uma mensagem do benfeitor Alfredo Nasser(1907-1965), bom exemplo de homem pú-blico, que aos 23 anos já era deputado esta-dual, foi deputado federal, senador da repú-blica e ministro da Justiça. Por onde passou,deixou as marcas de muitas virtudes.

A linha tênue entre o mundo corpóreo e omundo extracorpóreo desaparece durante osono, quando nos encontramos com os nos-sos afetos e desafetos encarnados e desen-carnados e quando a mediunidade se trans-forma em Correio eficaz entre dois mundos,nos quais habitamos. A doutrina Espírita, pormeio da codificação kardequiana, especial-mente na obra O Livro dos Médiuns, elucidaa respeito da natureza fenomênica da medi-unidade em todos os seus matizes.

Ninguém faz coisa alguma, ainda que àsocultas, sem o testemunho de muitos olhosinvisíveis, aplaudindo ou reprovando as con-dutas discretas e silenciosas. Somos todos vi-giados, atentamente. Uma plateia espiritualnos aceira durante todas as horas do dia e danoite. Não poderia ser diferente com o jorna-lista Batista Custódio. A morte de alguns dosseus entes amados não causou a ruptura dosafetos e dos cuidados que existem e são culti-vados com reciprocidade.

As mensagens consoladoras do seu filhoFábio Nasser e do seu amigo Alfredo Nasser,surgem para confortar a família e especial-mente esse homem missionário, que, não ra-ras vezes, vivencia o seu getsêmani espiritual,onde a sua sudorese de sangue costuma re-cepcionar os cursos de suas lágrimas.

O escritor Alfredo Nasser começa a suamissiva ao seu amigo dileto, rogando a Deusque o fortaleça e fazendo uma análise a res-peito da sua intimidade psicológica: “Vocêpede a misericórdia de Deus, mas o seu cora-ção está vibrando na espada de Dâmocles”.

O que se pode pensar a esse respeito? Inici-almente, vejamos o que diz a mitologia grega:

Dâmocles era um membro da corte deDionísio, rei de Siracusa. Dâmocles costu-meiramente falava que Dionísio era umverdadeiro exemplo de um homem feliz. Aosaber disso, Dionísio fez uma proposta aoseu cortesão para que ele tomasse o seu lu-gar. Por um dia Dâmocles seria servido co-mo um rei, tendo à sua disposição toda ri-queza que desejasse, sendo atendido pelasmulheres de extraordinária beleza, que oservia com a mais requintada alimentação.No entanto, Dionísio ordenou que uma es-pada fosse pendurada sobre a cabeça deDâmocles, presa apenas por um fio de rabode cavalo. Diante dessa condição constran-gedora, Dâmocles desistiu de ser afortuna-do tal qual o seu rei, abdicando do posto,perdendo total interesse pela comida e pe-las belas mulheres. A partir desse conto, aespada de Dâmocles passou a representar ainsegurança dos poderosos e também osentimento de tragédia iminente.

O benfeitor Alfredo Nasser usa de umametáfora para analisar as hesitações e ossentimentos mais profundos do seu amigoBatista Custódio. Nesse sentido, vê-se que ogrande missionário da imprensa goiana ebrasileira transita entre os “Bem-aventura-dos os misericordiosos” e os “Bem-aventu-rados os que têm fome e sede de justiça”.Um sentimento de quem conhece o poderda Justiça divina e o que essa Justiça podefazer aos seus transgressores, mas, aindaassim, clama por misericórdia. Além disso,sabemos que “é necessário que venha o es-cândalo, mas ai daquele que o provoque”porquanto a implacabilidade da Lei naturalde Justiça é infinitamente maior do quequalquer maldade humana, porque elaeduca, com veemência, o infrator contu-maz, mas no seu devido tempo.

O benfeitor espiritual ainda conforta o seu

amigo e irmão, semelhante aobom samaritano que encontrauma vítima cruelmente agre-dida à beira do caminho e aconforta, tratando das feridas eofertando o pleno cuidado queela merece. Também, como selavasse com lágrimas e enxu-gasse com os cabelos os pésensanguentados do amigo, as-sinala: “Realmente, as provastêm sido duras e sofríveis”.

Ninguém poderá dimensi-onar o tamanho da dor de umcoração sofrido do que umespírito amigo desencarnadoque sonda esse coração comamor e devotamento.

Alfredo Nasser também sa-be reconhecer os limites deuma vida em planetas de pro-vas e de expiações ao afirmar:“Todos nós temos um limite.É humano e certo”.

Afinal, até Jesus experimen-tou o extremo cansaço junto aopoço de Jacó e necessitou de aju-da, solicitando água a certa mu-lher da Samaria. O Mestre tam-bém sentiu sede do alto da cruz,mas recebeu vinagre como res-posta. Ele ainda necessitou deum cirineu para carregar a suacruz até o gólgota depois de su-cessivas quedas. Sentiu alegrias,mas derramou lágrimas dianteda indiferença dos religiosos deJerusalém. Sentiu a agonia noGetsêmani, mas viu os seus dis-cípulos dormirem, abandonan-do-o na dor e na sua solidão.

No clímax de sua missiva, oilustre ex-político brasileiro, ago-ra embaixador de Jesus, conso-la o grande amigo, de formasingular: “Não se culpe e nemtampouco se cobre tanto”.

Desse modo, o mentor espi-ritual age como um autêntico esábio psicólogo, que sabe re-conhecer o esforço de quemtem a consciência de sua mis-são e que busca cumpri-la atodo custo. No entanto, essemissionário da cultura devereconhecer o ambiente inós-pito no qual se encontra. Afi-nal, manter um jornal diário,com a qualidade do Diário daManhã, sem a perseverança ea ajuda dos amigos é impossí-vel. A perseverança nunca fal-tou ao Mestre das Letras, masos amigos perseverantes sãosempre poucos, o que torna oambiente, às vezes, insuportá-vel, e a cruz do dever pesada de-mais para carregá-la sozinho.

Em seu soneto divino, o Dr.Nasser prossegue, sempre nosentido de consolar e de estimu-lar o valente Guerreiro da Luz:

“Tentar, aos olhos de Deus,é vitória”.

Até o Cristo valorizou o poderda tentativa e da persistência eexemplificou por meio da sua Pa-rábola do Juiz Iníquo, quando o ju-iz, para se livrar da mulher insisten-te, que batia à sua porta altas horasda noite para buscar a solução deuma contenda do seu interesse.Também o Mestre considerou queaté a virtude do perdão para ser con-quistada depende de setenta vezessete testemunhos de perdão, resulta-do de muitas tentativas. Mas “aqueleque perseverar até o fim, será salvo”.

Mais adiante, o fiel Amigo de to-das as horas, ao considerar a necessi-dade do cuidado com a saúde para o

valoroso missionário, acon-selha: “Preserve o seu dommais precioso: sua saúde”.

Conselho que serve paratodos nós, envolvidos comos movimentos do dia-a-dia.A melhor forma de preser-varmos a saúde é evitaraborrecimentos, é transcen-der às inquietações do mun-do e pairar sobre todas aspreocupações porquantonenhum trabalho é total-mente nosso, somos apenasos trabalhadores de Deus.

Para demonstrar que nun-ca estamos sozinhos em nos-sas missões, o nobre AlfredoNasser conforta: “Estamosjuntos. Fábio endossa essaspalavras”, o que demonstraque a mensagem tambémrepresenta a opinião do filhotão amado Fábio Nasser e,certamente, de outros ami-gos e afetos espirituais. É oconsolo maior da vida, tãobem explicado por meio doEspiritismo. O que fez Jesusresponder, quando alguémcensurou a euforia dos seusdiscípulos durante a sua en-trada triunfal em Jerusalém:

“Digo-vos que, se estes secalarem, as próprias pedras fa-larão”. (Lucas, 19:40).

Foi o que ocorreu com osfenômenos das mesas girantesna França e em outros países.As pedras e outros seres inor-gânicos “falaram”, represen-tando as muitas vozes dos espí-ritos imortais que venceram amortalidade dos túmulos, doscorpos e da incredulidade huma-na quanto à existência da vidaapós o desenlace carnal.

Ao final da missiva, o AmigoImortal, humilde, assevera: “Artigosescritos não precisam de nossaaprovação, e sim de sua coragem”.

Isso demonstra que aos oitenta etrês anos de idade um homem nãodeve temer em externar a respeitodas verdades que sente ou que pen-sa. Afinal, somente com a idade de 80anos Moisés foi capaz de enfrentar oFaraó e de libertar os hebreus da es-cravidão no Egito. O Grande Legisla-

dor necessitou de constituir família, de re-sidir muitos anos no deserto e de amadu-recer para compreender que todos nóspassamos, mas as verdades e as determi-nações de Deus nunca envelhecem.

A maior manifestação de coragem que umhomem depois dos oitenta anos pode exem-plificar é a de lutar pela paz. Sendo Pedro omais velho do grupo apostolar, o divino Mes-sias confiou a ele a mais difícil das missões: ade apascentar, ou seja, a de manter unido ogrupo de apóstolos. É necessário ter muita co-ragem para apascentar as ovelhas, conformeas solicitações de Jesus ao apóstolo Pedro:

“Simão, filho de João, tu me amasmais do que estes?”

Respondeu-lhe ele:“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.Jesus lhe disse:“Apascenta as minhas ovelhas”.Perguntou-lhe segunda vez:“Simão, filho de João, tu me amas?”Disse ele:“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”.Perguntou-lhe terceira vez:“Simão, filho de João, tu me amas?”Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez

lhe pergunta “Tu me amas?” e respondeu-lhe:“Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”.Disse-lhe Jesus:“Apascenta as minhas ovelhas”. (João, 21:15-17) A grande e difícil missão dos que atingi-

ram o cume do Everest da Vida aos oitentaanos de idade é a de apascentar. Moisés so-mente libertou o seu povo depois que con-seguiu pacificá-lo. No entanto, é quando es-sa paz se consolida é que vem o tremor cau-sado pela Lei Natural de Justiça que balançaas estruturas da iniquidade e, naturalmente,o fio do rabo de cavalo, ligado ao teto e quesustenta a espada de Dâmocles sobre as ca-beças dos iníquos, se rompe porque chegoua hora da separação do joio e do trigo. Con-forme Allan Kardec assinala: “Quando ummal existe, ele não se cura sem crise”.

Valoroso Benfeitor e Mestre Batista Cus-tódio, unidos ao venerando Alfredo Nasser,nós, o povo goiano eternamente agradecido,o saudamos:

“Que Deus, o soberanamente bom ejusto, derrame Sua glória sobre todo oseu ser, inundando-o de luz celestial”.

(Emídio Silva Falcão Brasileiro, escritor,advogado, professor universitário, orador,

conferencista brasileiro, membro daAcademia Goianiense de Letras, Academia

Aparecidense de Letras e AcademiaEspírita de Letras do Estado de Goiás)

XVDiário da Manhã PSICOGRAFIA — ESPECIAL GOIÂNIA, SEGUNDA-FEIRA, 3 DE AGOSTO DE 2015

ALFREDO NASSER

A MENSAGEM

Espírito de Alfredo Nasser envia novacarta psicografada e dá a ordem finalao jornalista Batista Custódio para quelance luz a verdades ocultas e divulguetexto que revelará informações graves

da torpe conjuntura política atual

“Meu irmão,que Deus o fortaleça!Você pede a misericórdia de Deus,mas o seu

coração está vibrando na espada de Dâmocles.Compreendemos as hesitações!Realmente,as provas têm sido duras e

sofríveis.E todos nós temos um limite.É humano e certo.Não se culpe e nem tampouco se cobre tanto.Tentar,aos olhos de Deus,é vitória.Preserve o seu dom mais precioso: sua saúde.Estamos juntos.Fábio endossa essas palavras.Artigos escritos não precisam de nossa

aprovação,e sim de sua coragem.Que Deus,o soberanamente bom e justo,

derrame Sua glória sobre todo o seu ser,inundando-o de luz celestial.

Com todo meu respeito e amizade,Alfredo Nasser”

Na missiva, Alfredo Nasser menciona a espada mitológicaque fica suspensa na cabeça daqueles com grande poder

Emídio BrasileiroEspecial paraDiário da Manhã

A LÂMINANO FIO DAESPADA