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Empreendedorismo
Projecções financeiras
Projecções financeiras
Ciclo de Vida ou de Planeamento de Projectos:
fase de concepção e de formulação;
fase de execução ou realização;
fase de exploração ou funcionamento;
fase de extinção.
Projecções financeiras
Fases da Análise de Projectos:
Avaliação ex-ante:
Serve, "...não só para identificar as diferentes implicações de qualquer projecto de desenvolvimento e para assegurar que as medidas adequadas de controlo venham a ser adoptadas, mas também e sobretudo, como instrumento que garanta que, na tomada de decisões, haja uma clara consciência dos vários efeitos positivos e negativos do projecto" (Vaz, 1990).
Projecções financeiras
Fases da Análise de Projectos:
Supervisão e controlo:
avaliação que acompanha o período de vida útil do projecto;
Avaliação ex-post:
é feita no final do período de vida útil do projecto, tendo importância decisiva para a reestruturação, expansão do projecto ou novas ideias de investimento.
Projecções financeiras
Ópticas de Análise de Projectos:
Empresarial:
é feita na perspectiva da ou das entidades directamente responsáveis, em função dos objectivos de natureza empresarial ou privada por elas visados. A análise é chamada de empresarial ou financeira;
Projecções financeiras
Ópticas de Análise de Projectos:
Económica, Social, Ambiental, ou Colectiva:
é feita na perspectiva do conjunto dos agentes económicos e sociais que integram a colectividade, em função de objectivos de natureza económica (por exemplo eficiência de utilização de recursos ou substituição de importações) e social (equidade na distribuição de rendimentos, protecção do ambiente, etc.).
Projecções financeiras
Ópticas de Análise de Projectos:
Económica, Social, Ambiental, ou Colectiva:
A avaliação de projectos segundo esta perspectiva é normalmente chamada, consoante os casos, de análise de eficiência económica, análise de equidade social, análise de impacto ambiental, etc.;
Projecções financeiras
Rendibilidade empresarial:
aptidão de um projecto para assegurar não só a completa recuperação dos capitais investidos, como para criar um rendimento financeiro adicional suficiente para cobrir os juros de capital (próprios e alheios) e remunerar ainda a actividade de direcção do empresário e o risco que assume.
Projecções financeiras
Rendibilidade nacional:
Aptidão de um projecto para contribuir para a prossecução de objectivos nacionais bem definidos;
É basicamente determinada pelo valor acrescentado que o projecto gera ao longo do seu período de vida útil. As remunerações do trabalho, os juros, as rendas e os impostos são benefícios do projecto que têm repercussões a um nível mais alargado (social ou da colectividade) que os simples lucros líquidos .
Projecções financeiras
Passos e Etapas a Considerar na Análise:
Condições de certeza:
as diferentes variáveis assumem valores dentro de determinadas amplitudes; estes valores são os que, à partida, se pensa serem os mais prováveis;
Condições de incerteza:
as variáveis mais significativas são identificadas assim como a sua possível gama de variação. São estimados, para cada variável, os valores mais prováveis de ocorrência e as probabilidades de ocorrência.
Projecções financeiras
Estudos Técnico-Económicos
Estudos de Mercado Estudos TécnicosEstudos Legais e Institucionais
Estudos Investimento Estudos Exploração Estudos Financiamento
Estudos Económico-Financeiros
Orçamentos
Critérios de Avaliação
Alternativas Técnicas de Projecto
Resultados
PREPARAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
Avaliação do Interesse das Alternativas
Projecções financeiras
Custos e Benefícios de um Projecto:
A análise da rendibilidade empresarial deve ser baseada nos custos e benefícios que os projectos originam, envolvendo:
a identificação da quantidade, qualidade e cronologia dos inputs e outputs físicos;
a atribuição de preços apropriados aos consumos e produções para ser possível calcular os respectivos valores de custos e benefícios;
Projecções financeiras
Custos e Benefícios de um Projecto:
a elaboração de orçamentos ou mapas previsionais (elementos de base para a análise) onde se comparam os custos (de investimento e de exploração) e os benefícios;
a medição dos resultados utilizando critérios que dêem indicações sobre a rendibilidade e eficiência económica do projecto em termos absolutos e em termos de comparação com projectos alternativos.
Critérios e medidas de rendibilidade empresarial
Custos e benefícios dum projecto:
Os benefícios correspondem ao valor dos recursos libertados pelo projecto, ou seja, ao valor dos recursos recuperados mais a compensação que resultará em virtude da desutilidade enfrentada pelos promotores ou pela comunidade, em consequência da aplicação dos recursos que o projecto utiliza;
Traduzem-se nos proveitos que o projecto gera ao longo das sua vida útil decorrentes do valor das vendas e outros proveitos contabilizados na conta de exploração previsional e no valor residual do investimento no fim da sua vida útil.
Critérios e medidas de rendibilidade empresarial
Custos e benefícios dum projecto:
Os custos de investimento são os valores monetários dos bens usados, correspondentes ao capital fixo corpóreo, incorpóreo e ao acréscimo de fundo de maneio necessário para um adequado funcionamento do projecto;
Os custos de exploração ou de funcionamento correspondem aos consumos intermédios e serviços utilizados na produção, como sejam, as matérias-primas e subsidiárias, energia e combustíveis, despesas com pessoa e outros contabilizados na conta de exploração previsional.
Projecções financeiras
Custos (Encargos) Fixos
Resultam da mera existência dos factores de produção fixos que constituem o aparelho de produção da empresa, sendo o seu montante independente dos serviços por eles fornecidos;
Os custos fixos são aqueles que, como a própria designação indica, se mantêm constantes em cada ano, independentemente do grau de utilização dos bens que lhes dão origem;
As amortizações das máquinas são exemplo de um custo fixo.
Projecções financeiras
Custos (Encargos) Variáveis:
O seu montante depende do nível de aplicação dos factores de produção a que se referem; estes custos serão inexistentes se, por absurdo, o empresário decidir não produzir;
Os custos com combustíveis, matérias-primas e trabalho eventual são variáveis, uma vez que o respectivo nível de aplicação pode variar de ano para ano, dependendo dos quantitativos de produção que se obtêm ou pretendem obter.
Projecções financeiras
Mapas financeiros previsionais:
Demonstração de resultados (conta de exploração);
Demonstração de fluxos de caixa (plano de financiamento, saldo de tesouraria, plano financeiro, mapa origem e aplicação fundos);
Balanço;
Cash-flow.
Projecções financeiras
Relativas ao Investimento Consistem na descrição dos diferentes
investimentos previstos no projecto, na determinação dos custos que originarão e na definição dos seus prazos de implementação (do escalonamento temporal);
Relativas ao Financiamento dos Projectos consistem na descrição e determinação dos
diferentes fluxos financeiros associados à realização do projecto e no seu escalonamento temporal.
Projecções financeiras
Relativas à Exploração dos Projectos
consistem na determinação dos diferentes benefícios e custos anuais previstos com a implementação do projecto e no seu escalonamento temporal ao longo do período de vida útil.
Projecções financeiras
Investimento:
descritivo caracterizador dos investimentos a efectuar;
mapa síntese dos investimentos em valor;
calendário (ou cronograma) de execução dos mesmos.
devem incluir a determinação de investimentos de substituição e dos valores residuais que os capitais assumem, em especial no termo do período de vida útil do projecto.
Projecções financeiras
Financiamento dos Projectos:
Definem a estrutura do capital - capital social, empréstimos a contrair, etc. e determinar as obrigações financeiras decorrentes do mesmo - juros, quotas de reembolso e outras obrigações financeiras - plano de financiamento a médio e longo prazo.
O programa de financiamento a médio e longo prazo tem, pois, de considerar também os benefícios e custos anuais de exploração originados por transacções de recursos reais. Deve apresentar, ano a ano, todas as origens e aplicações de fundos, discriminando os montantes de cada origem e aplicação.
Projecções financeiras
Financiamento dos Projectos:
Determinação de orçamentos de tesouraria previsionais que evidenciem a situação de liquidez da exploração do projecto. Deles devem constar todos os recebimentos e pagamentos estimados a partir das previsões de todos os “items” de custos e proveitos.
É preciso considerar também a elaboração de
balanços previsionais, que se obtêm da conjugação dos estudos anteriores.
Projecções financeiras
Exploração dos Projectos:
Inclui não só os gastos de exploração anuais com matérias-primas, com mão de obra, etc., mas igualmente os custos devidos ao investimento e ao financiamento (e que se retiram dos estudos relativos ao investimento e ao financiamento).
A partir da determinação previsional dos proveitos e custos de um projecto é possível elaborar orçamentos anuais e plurianuais e extrair resultados potenciais que ajudem a caracterizar a exploração do projecto e a rendibilidade que apresenta.
Projecções financeiras
Orçamentos ou mapas:
de tipo plurianual:
compara os benefícios e os custos, em cada um dos anos, ao longo de toda a vida útil do projecto; é adequado para os investimentos com um período de maturação longo (quando há um espaçamento de alguns anos);
de tipo anual:
a comparação entre benefícios e custos é feita somente para um dos anos do período de pleno desenvolvimento do projecto; pode ser usado nos casos em que o período de maturação dos investimentos é reduzido (dois a três anos);
Projecções financeiras
Orçamentos ou mapas:
U.M.
Tempo
Custos
Benefícios projecto 2
Benefícios projecto 1
Investimento
Investimento:
Sacrifício consubstanciado na troca de
satisfação actual – associada ao custo
suportado para investir – por satisfação futura
– associada aos fluxos financeiros esperados
(Soares et al, 2007: 75).
Investimento
Investimento (capital investido):
Componentes físicas e financeiras do investimento;
Capital (ou valor) residual;
Duração do investimento.
Investimento
Investimento (capital investido):
Montante monetário que é necessário afectar para
implementar o investimento e garantir as adequadas
condições de funcionamento das actividades operacionais
que lhe estão associadas (Soares et al, 2007: 76);
Componente física: Capital físico (ou imobilizado);
Componente financeira: Necessidades de fundo de maneio;
Investimento
Capital físico (imobilizado):
Montante afecto à aquisição ou construção de bens de
investimento tangíveis (máquinas, equipamentos, edifícios,
etc.) e intangíveis (licenças, etc.);
O investimento em capital físico tem lugar no início da vida
do projecto, podendo também ocorrer ao longo do mesmo;
Investimento
Capital físico (imobilizado):
Imobilizado Corpóreo - integra todos os bens imobilizados
tangíveis, móveis ou imóveis, que a empresa utiliza na sua
actividade operacional, que não se destinem a ser vendidos
ou transformados, com carácter de permanência e vida útil
superior a um ano (ex. terrenos, edifícios e construções,
máquinas e equipamentos, ferramentas etc.;
Investimento
Capital físico (imobilizado):
Imobilizado Incorpóreo - integra os bens intangíveis
englobando, nomeadamente, direitos e despesas de
constituição, arranque e expansão, trespasses, propriedade
industrial e outros direitos, estudos e projectos.
Investimento
Necessidades de fundo de maneio (NFM):
A empresa tem de mobilizar meios financeiros para, por
exemplo, sustentar o crédito que concede aos clientes ou
para constituir existências;
Esta aplicação adicional de meios financeiros tem de se
manter ao longo da vida do projecto, pelo que as
necessidades de fundo de maneio têm o carácter duma
verdadeira imobilização, devendo, por isso, fazer parte do
custo de investimento (Soares et al, 2007: 84).
Investimento
Necessidades de fundo de maneio (NFM)
A empresa adquire mercadorias ou matérias que não vende
ou consome de imediato e que ficam imobilizadas durante
um determinado período de tempo; depois tem de manter em
permanência stocks mínimos (ou de segurança);
A empresa não recebe logo o pagamento das vendas que
efectua, tendo de conceder crédito aos clientes; a prazo, um
determinado montante de crédito está sempre a ser
concedido pela empresa (é também uma imobilização);
Investimento
Necessidades de fundo de maneio (NFM):
Ao mesmo tempo, a empresa não paga de imediato todas as
compras que realiza; beneficia, assim, dum crédito concedido
pelos fornecedores (financiamento feito à empresa por
estes); a prazo, dispõe dum crédito que manterá em
permanência.
Investimento
Componentes das NFM:
NFM = Existências + Clientes – Fornecedores + Reserva
de tesouraria + ou - Estado
Volume de existências: prazo médio de existências (PME)
vigente na indústria;
Reserva de tesouraria;
Investimento
Componentes das NFM:
Crédito concedido aos clientes: prazo médio de recebimentos
(PMR) vigente na indústria;
Crédito obtido dos fornecedores: prazo médio de pagamentos
(PMP) vigente na indústria;
Estado: prazos de pagamento de IVA, IRS e TSU.
Investimento
Porque os projectos têm valor residual:
O período de vida útil (ou duração) do projecto raramente
coincide com a duração (ou vida útil) dos principais
investimentos; determinados bens de investimento
(imobilizações) como construções ou certos equipamentos têm,
por essa altura, ainda valor;
As NFM podem ser recuperadas;
A exploração do projecto pode ter originado efeitos negativos no
ambiente e na paisagem que terão de ser corrigidos.
Investimento
O valor residual do projecto inclui:
O valor dos activos (imobilizações) no fim da duração do
projecto; é um proveito e uma entrada suplementar de
fundos no último ano de vida do projecto;
As NFM; são uma entrada ou saída de fundos consoante o
seu valor é positivo ou negativo;
Investimento
O valor residual do projecto inclui:
A correcção dos efeitos negativos no ambiente e na
paisagem quando há uma responsabilidade financeira
associada; é um custo e uma saída de fundos no fim da
vida do projecto;
Eventuais impostos (IRC) sobre as mais valias da
alienação de imobilizações; é uma saída de fundos.
Investimento
Duração do Investimento:
A duração do período em que o investimento gera benefícios
líquidos positivos é uma variável muito importante na análise,
uma vez que condiciona a rendibilidade do projecto;
É o número de períodos (anos) em que se considera que a
exploração do projecto é viável;
É o número de períodos para os quais se determinam os
fluxos previsionais de proveitos e custos;
Investimento
Como definir a duração dum projecto:
Pela duração física (vida útil) dos bens de investimento principais;
Pela obsolescência ou duração económica dos bens de
investimento principais;
Pela duração contabilística, ou seja, pelos períodos de
amortização mínimos definidos pela administração fiscal;
Pela duração da aceitação dos bens e serviços produzidos no
mercado ou duração da vida do produto.
Investimento
Como definir a duração dum projecto:
A duração económica e da vida do produto são as que
condicionam o período de duração do projecto;
A duração a considerar para o projecto será a duração económica
se esta for inferior à duração da vida do produto;
A duração a considerar para o projecto será a duração da vida do
produto se esta for inferior à duração económica.
Investimento
Amortizações:
Em termos contabilísticos:
Reflecte a perda de valor sofrida pelos activos imobilizados em cada exercício;
Em termos económicos:
Reflecte a repartição do custo das imobilizações pelos diversos exercícios em que elas são usadas;
Investimento
Amortizações:
Em termos financeiros:
Reflecte a necessidade de garantir que quando determinada imobilização chegue ao fim da sua vida útil, estejam disponíveis na empresa os recursos financeiros necessários para a substituir.
Investimento
Amortizações:
Os custos contabilizados não correspondem a
desembolsos efectivos, pelo que os fundos retidos
possibilitam a substituição dos imobilizados que chegam
ao fim da sua vida útil por outros de características
semelhantes (em economias não inflacionadas);
Investimento
Amortizações:
Os valores devem ser calculados considerando em cada
rubrica as taxas máximas de amortização admitidas como
custos fiscais;
São amortizáveis os bens imobilizados que não são
considerados perpétuos, ou seja, que estão sujeitos a
depreciações progressivas devido ao uso e ao tempo e
que têm uma vida útil finita.
Demonstração de resultados
Demonstração de resultados (DR):
Compara os proveitos e custos previsionais ocorridos ao longo de
um determinado período de tempo (trimestre, semestre ou ano).
A diferença entre os proveitos e os custos constituirá o resultado
líquido (ou lucro) da empresa durante o período considerado;
Permite determinar a capacidade que o projecto tem para gerar
resultados positivos ou negativos, período a período
( rendibilidade líquida positiva ou negativa).
Demonstração de resultados
Demonstração de resultados (DR):
Reflecte a parte real ou produtiva (económica) da empresa;
Os fluxos financeiros a usar na decisão baseiam-se no resultado
líquido previsional.
Demonstração de resultados
Estrutura e resultados principais da DR:
Resultado operacional, ou seja, o resultado gerado pela
actividade principal da empresa. É obtido pela diferença entre as
vendas da empresa e os custos operacionais (compra de
mercadorias e matérias-primas, salários e encargos, custos gerais
de produção e amortização do imobilizado);
Resultado financeiro, que resulta da diferença entre proveitos e
custos de natureza essencialmente financeira (juros pagos e
recebidos, descontos de pronto pagamento obtidos e concedidos,
rendimentos e encargos de participações de capital, etc.);
Demonstração de resultados
Estrutura e resultados principais da DR:
Resultado extraordinário que abrange os custos e proveitos com
um carácter inesperado (sinistros, multas, dívidas incobráveis ou
recuperadas, etc.) ou meramente pontual (por exemplo, as mais
ou menos valias resultantes da alienação de componentes do
activo imobilizado);
Resultado líquido (RL), que resulta da soma algébrica das três
componentes anteriores, deduzida do IRC. O Resultado Líquido
faz a ligação entre Demonstração de Resultados e Balanço, sendo
também incluído nesse último.
Demonstração de resultados
Estrutura da DR (proveitos anuais):
Receitas de vendas de produtos e mercadorias;
Receitas de prestações de serviços;
Subsídios recebidos destinados à exploração;
Receitas suplementares e outras receitas (de actividades que não
constituem o objectivo da empresa);
Receitas financeiras correntes (juros de depósitos à ordem, descontos
obtidos);
Receitas de aplicações financeiras (juros de obrigações, dividendos de
acções, etc.);
Utilização de provisões.
Demonstração de resultados
Estrutura da DR (custos anuais):
Custos com compras e consumos de matérias-primas, subsidiárias e de
consumo, mercadorias e embalagens (CMVMC);
Custos com fornecimentos e serviços externos (FSE);
Custos com pessoal (remunerações, ordenados, salários, encargos sociais,
seguros, subsídio de alimentação, etc.);
Custos com impostos (directos e indirectos);
Custos financeiros (juros, descontos, serviços bancários prestados, etc.);
Outros custos e encargos (ofertas, etc.);
Amortizações e reintegrações (do imobilizado e dos custos plurianuais);
Provisões.
Demonstração de resultados
Proveitos, Vendas e Prestações de Serviços:
Preço unitário - indicar, para cada um dos produtos/serviços que a
empresa irá vender, qual o seu preço unitário de venda;
Quantidades Vendidas - indicar quais os produtos/serviços que se
espera vender (em quantidades) no primeiro ano de actividade e
seguintes;
Para se projectar as vendas para os anos seguintes ao primeiro
ano, deve ter-se em conta as taxas de crescimento esperadas do
preço unitário e das quantidades.
Demonstração de resultados
Fornecimentos e Serviços Externos:
São serviços prestados por entidades externas à empresa no
âmbito da sua actividade normal (energia eléctrica, combustíveis,
seguros, rendas, água, comunicações, etc.);
É necessário antever qual o custo médio mensal que a empresa
prevê vir a ter com cada uma dessas despesas (valores sem IVA
pois o IVA não é um custo para a empresa);
Demonstração de resultados
Fornecimentos e Serviços Externos:
O cálculo dos valores anuais é efectuado tendo em conta o
número de meses de exploração e a taxa de crescimento dos
preços (ou inflação);
Há duas categorias: aqueles que são estruturais e não dependem
da actividade da empresa (custos fixos) e os que são função da
actividade da empresa (custos variáveis).
Demonstração de resultados
Custos com o Pessoal:
Definir o pessoal necessário (quadro de colaboradores) para a
empresa laborar e quais as suas remunerações brutas mensais
para cada categoria profissional;
Atender ao incremento anual dos salários para cada ano (taxa de
crescimento dos Salários);
Além do vencimento há outros custos para a empresa associados
ao trabalho: segurança social, seguros de acidentes de trabalho,
subsídio de alimentação, higiene e segurança no trabalho, etc.;
Demonstração de resultados
Custos com o Pessoal:
Segurança Social - a taxa de segurança social que a empresa
pagará sobre as remunerações é de 23,75 % (trabalhadores) ou
21,25% (gerência);
Seguro de Acidentes de Trabalho - o custo representa, em média,
1 a 2,5 % da massa salarial;
Retenções de Colaboradores - os valores são calculados com base
na taxa de 11% para o trabalhador; a retenção de IRS varia
consoante o rendimento do trabalhador.
Saldos de Tesouraria/Planos Financeiros
A gestão da tesouraria consiste no conjunto de medidas,
instrumentos e técnicas que visam assegurar que a empresa
disponha, em diversos momentos, de recursos financeiros
suficientes para satisfazer os seus compromissos de curto prazo;
Saldos de Tesouraria/Planos Financeiros
A necessidade de uma gestão de tesouraria cuidada e rigorosa
advém de dois aspectos fundamentais: as despesas e as receitas das empresas tendem a ocorrer em
momentos distintos; não existe uma coincidência temporal entre o momento da
concretização da compra/venda e o do respectivo pagamento/recebimento;
Por estes dois motivos pode acontecer que uma empresa
lucrativa, aparentemente viável a médio e longo prazo, possa ter
dificuldade em saldar as suas dívidas de curto prazo.
Saldos de Tesouraria/Planos Financeiros
Estes mapas mostram a capacidade do projecto para gerar os
meios financeiros necessários ao seu financiamento;
No mapa de tesouraria previsional efectuam-se os registos de
todos os pagamentos e recebimentos previstos;
Apenas se devem registar os valores que saem ou que entram
nos períodos em que realmente se espera que ocorram;
Saldos de Tesouraria/Planos Financeiros
A regra do equilíbrio financeiro deve ser sempre respeitada: as
necessidades financeiras de médio e longo prazo, como sejam os
investimentos em capital fixo, devem ser financiadas no médio e
longo prazo; as necessidades de curto prazo devem, pelo
contrário, ser financiadas no curto prazo;
Há várias fontes de financiamento a considerar: capitais próprios,
empréstimos de sócios, meios libertos pelo próprio projecto (auto-
financiamento), subsídios ao investimento, empréstimos
bancários , leasing entre outros.
Balanço previsional
Balanço
Conta geral da empresa na qual estão reunidos todos os elementos patrimoniais daquela e onde se evidencia a situação líquida por diferença entre o activo e o passivo (a situação patrimonial);
Expressão da relação existente entre o activo, o passivo e a situação líquida;
Imagem “fotográfica” da posição financeira global da empresa (Soares et al, 2007).
Balanço previsional
Bens
Activo
Classes de Elementos Patrimoniais
Direitos
Passivo
Obrigações
Balanço previsional
Classes de Elementos Patrimoniais
Activo:
Conjunto de valores que se possui ou se tem a receber;
Passivo:
conjunto de valores a pagar;
Balanço previsional
Património
Constituem bens da empresa os edifícios, as máquinas, as mercadorias, o dinheiro em caixa, os depósitos, as ferramentas, os animais, a terra, as plantações, etc.;
Os direitos são o conjunto de dívidas a receber por parte da empresa;
As obrigações representam o conjunto de dívidas a pagar pela empresa a terceiros.
Balanço previsional
Equação fundamental da contabilidade
Activo = Passivo + Situação líquida activa - Situação líquida passiva
Os factos patrimoniais, alterando o património, afectam os elementos da equação fundamental, mas
nunca a igualdade entre os dois membros dessa equação, uma vez que a cada aplicação de fundos terá
de corresponder sempre uma origem.
Balanço previsional
PassivoActivoSituação
líquida positiva-
=
Situação líquida activa
Activo - Passivo = Situação líquida negativa
Situação líquida passiva
Balanço previsional
Estrutura do balanço (activos anuais):
Imobilizado:
Imobilizado (corpóreo, incorpóreo e investimentos financeiros);
Amortizações acumuladas;
Circulante (activo disponível e realizável):
Existências (de produtos, mercadorias e materiais consumidos);
Dívidas de terceiros de médio e longo prazo;
Dívidas de terceiros de curto prazo;
Disponibilidades (depósitos bancários, caixa, títulos negociáveis).
Balanço previsional
Estrutura do balanço (situação líquida/capital próprio):
Capital Social;
Reservas;
Resultados transitados;
Resultado líquido do exercício;
Dividendos antecipados.
Balanço previsional
Estrutura do balanço (passivo):
Dívidas a terceiros de médio e longo prazo;
Dívidas a terceiros de curto prazo.