Empreendedorismo_2012-1

Embed Size (px)

Citation preview

  • ROTEIRO DE CURSO2012.1

    EMPREENDEDORISMOAUTOR: Joo Felipe Rammelt Sauerbronn

  • SumrioEmpreendedorismo

    INTRODUO ..................................................................................................................................................... 31.1 Objetivo .................................................................................................................................. 31.2 Metodologia ............................................................................................................................ 31.3 Avaliao .................................................................................................................................. 4

    SEO 01 CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO ....................................................................................................... 5Aula 01 Apresentao do Curso e Conceitos Iniciais de Empreendedorismo ............................... 6

    Texto 01 ................................................................................................................ 7Aula 02 Empreendedorismo e Desenvolvimento ......................................................................... 9

    Texto 02 .............................................................................................................. 10Aula 03 Empreendedorismo e Desenvolvimento ....................................................................... 18

    Texto 03 .............................................................................................................. 19Aula 04 Carreira e Empreendedorismo ..................................................................................... 34

    Texto 04 .............................................................................................................. 35

    SEO 02 GESTO EMPREENDEDORA ................................................................................................................... 45Aula 05 Liderana e Motivao ................................................................................................. 46

    Texto 05 .............................................................................................................. 47Aula 06: Perspectiva Histrica do Empreendedorismo ................................................................. 54

    Texto 06 .............................................................................................................. 55

    SEO 03 EMPREENDEDORISMO NA PRTICA ........................................................................................................ 75Aulas 07 e 08: Fundamentos de Estratgia ................................................................................... 76Aulas 09 e 10: Fundamentos de Marketing .................................................................................. 77Aulas 11 e 12: Elaborao do Plano de Negcios .......................................................................... 78

    2. PLANO DE MARKETING CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........................................................................................... 792.1 Introduo ............................................................................................................................. 792.2 Anlise do Ambiente Interno ................................................................................................. 802.3 Anlise do Ambiente Externo ................................................................................................. 822.4 Anlise da Concorrncia ........................................................................................................ 832.5 Anlise das Oportunidades de Mercado ................................................................................. 842.6 Comportamento do Consumidor .......................................................................................... 842.7 Segmentao de Mercado ....................................................................................................... 852.8 Posicionamento de Mercado .................................................................................................. 862.9 Objetivos Estratgicos de Marketing ...................................................................................... 872.10 Programa de Marketing ....................................................................................................... 882.11 Avaliao e Controle ............................................................................................................ 902.12 Checklist para Elaborao do Plano Estratgico de Mar keting ............................................. 912.13 Finalizando o Plano de Marketing: Sumrio Executivo ........................................................ 92

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 3

    INTRODUO

    Durante as duas ltimas dcadas, testemunhamos uma expanso acelera-da de cursos e programas sobre empreendedorismo em diversos nveis. Este movimento refl ete o interesse que vem sendo gerado pelo tema no Brasil e no mundo. Novas formas de fazer negcios, possibilitadas pelos avanos tec-nolgicos alcanados mundialmente e pela estabilidade econmica nacional, surgiram e passaram a ser objeto de estudo de acadmicos e praticantes.

    A importncia do empreendedor e seu papel no atual cenrio econmico e social inquestionvel. Mas o que empreendedorismo? O que ser empre-endedor? Existe uma cultura empreendedora? Quais as ferramentas de gesto que podem dar suporte ao empreendedor?

    Essas questes sero discutidas ao longo da disciplina a partir de um enfo-que que busca contemplar pontos de vista tericos e prticos do empreende-dorismo e da gesto de negcios.

    1.1 OBJETIVO

    O objetivo dessa disciplina apresentar aos alunos os conceitos e ferra-mentas da gesto empreendedoras que podero ser usadas por eles em seu trajeto profi ssional. A nfase nas ferramentas de administrao estratgica e de marketing tambm servir como ligao da rea do direito com a admi-nistrao e como estmulo para que o aluno busque compreenso e aperfei-oamento em outras reas acadmicas.

    Ao fi m, espera-se que o aluno tenha seu interesse despertado para a cons-truo de um esprito empreendedor e para o desenvolvimento de aes ba-seadas em ferramental de gesto.

    1.2 METODOLOGIA

    As aulas tero como base a exposio do professor, suportada pela leitura de textos que serviro como base para os debates e por recursos visuais. Ainda assim, espera-se que os alunos sejam capazes de participar das aulas e demais atividades propostas.

    Outros recursos como palestras, vdeos, fi lmes, obras artsticas, debates e trocas de experincias serviro tambm como estmulo participao e ao engrandecimento profi ssional do aluno.

    Mais do que informar, a idia formar um aluno mais aberto a outras perspectivas profi ssionais, principalmente aquelas baseadas na perspectiva empreendedora.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 4

    O material didtico serve como guia para os encontros e incorpora os tex-tos (que puderem ser reproduzidos). Cada uma das sees apresenta sugesto de leituras bsicas, que serviro como base para as aulas, alm de bibliografi a complementar. O carter da bibliografi a do curso contempla tanto textos aca-dmicos refl exivos, quanto literatura de negcios, mais voltada para a prtica.

    A disciplina dividida em trs grandes sees: Conceitos de Empreen-dedorismo; Gesto Empreendedora; e Empreendedorismo na Prtica. Cada seo e suas subdivises tratada seqencialmente no material didtico, de forma que a linha de conduo seja segura. Dessa forma, o aluno acompa-nhar ao longo do curso aspectos conceituais e prticos do empreendedoris-mo e ser chamado a demonstrar sua habilidade em construir um plano de negcios.

    1.3 AVALIAO

    Trs instrumentos sero utilizados para avalias os alunos:

    a) participao em sala durante as aulas sero utilizados os critrios Freqncia e Pontualidade e Participao.

    b) uma Avaliao Individual;

    c) um Trabalho em Grupo Elaborao de Plano de Negcios;

    A nota ser composta pelos trs instrumentos na proporo:

    10% para participao; 30% para a avaliao Individual; e 60% para o trabalho em grupo.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 5

    SEO 01 CONCEITOS DE EMPREENDEDORISMO

    Nesta seo sero tratados os conceitos bsicos de empreendedorismo e sero respondidas perguntas:

    O que empreendedorismo? O que ser empreendedor? Como se relacionam empreendedorismo e carreira profi ssional? Ser empreendedor uma caracterstica inata? Como se tornar um empreendedor?

    Esta seo dividida em quatro aulas:

    Aula 01: Apresentao do curso; Conceitos iniciais de empreendedorismo.

    Aula 02: Empreendedorismo e Desenvolvimento

    Aula 03: Carreira e Empreendedorismo.

    Aula 04: Caractersticas, Tipos e Habilidades do Empreendedor

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 6

    AULA 01 APRESENTAO DO CURSO E CONCEITOS INICIAIS DE EMPREENDEDORISMO

    OBJETIVOS DA AULA

    apresentar o professor e a disciplina aos alunos discutir as impresses dos alunos acerca do conceito de empreendedo-

    rismo. Discusso acerca do caso apresentado Fazer com que o aluno trave o primeiro contato com o empreendedo-

    rismo

    ATIVIDADES

    apresentao do professor e da disciplina exposio do professor leitura do caso cervejaria debate sobre o caso

    BIBLIOGRAFIA OBRIGATRIA:

    COSTA, Maira. O Bonito Ser Pequeno? Revista Exame, 28 de julho de 1999. (leitura em sala)

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 7

    TEXTO 01

    COSTA, Maira. O Bonito Ser Pequeno? Revista Exame, 28 de julho de 1999.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 8

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 9

    AULA 02 EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO

    OBJETIVOS DA AULA

    apresentar a discusso sobre desenvolvimento refl etir a respeito do papel de cada profi ssional no alcance do desen-

    volvimento tratar da relao entre empreendedorismo e desenvolvimento ampliar a perspectiva a respeito da viso da importncia social do em-

    preendedorismo

    ATIVIDADES

    exposio do professor debate sobre o texto de Bresser Pereira debate sobre o texto de Gimenez et al.

    BIBLIOGRAFIA OBRIGATRIA

    BRESSER PEREIRA, Luis Carlos. Desenvolvimento Econmico e o Empre-srio. Revista de Administrao de Empresas, v. 32, n. 3, pp. 6-12, 1992.

    GIMENEZ, Fernando Antonio Prado; FERREIRA, Jane Mendes; RAMOS, Simone Cristina. Confi gurao Empreendedora ou Confi guraes Em-preendedoras? Indo um pouco alm de Mintzberg. In: Anais do XXXII Enanpad, 2008.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 10

    TEXTO 02

    BRESSER PEREIRA, Luis Carlos. Desenvolvimento Econmico e o Empre-srio. Revista de Administrao de Empresas, v. 32, n. 3, pp. 6-12, 1992.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 11

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 12

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 13

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 14

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 15

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 16

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 17

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 18

    AULA 03 EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO

    OBJETIVOS DA AULA

    retornar discusso sobre desenvolvimento refl etir a respeito do papel de cada profi ssional no alcance do desen-

    volvimento tratar da relao entre empreendedorismo e desenvolvimento ampliar a perspectiva a respeito da viso da importncia social do em-

    preendedorismo

    ATIVIDADES

    exposio do professor debate sobre o texto de Gimenez et al.

    BIBLIOGRAFIA OBRIGATRIA

    GIMENEZ, Fernando Antonio Prado; FERREIRA, Jane Mendes; RAMOS, Simone Cristina. Confi gurao Empreendedora ou Confi guraes Em-preendedoras? Indo um pouco alm de Mintzberg. In: Anais do XXXII Enanpad, 2008.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 19

    TEXTO 03

    GIMENEZ, Fernando Antonio Prado; FERREIRA, Jane Mendes; RAMOS, Simone Cristina. Confi gurao Empreendedora ou Confi guraes Em-preendedoras? Indo um pouco alm de Mintzberg. In: Anais do XXXII Enanpad, 2008.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 20

    Configurao Empreendedora ou Configuraes Empreendedoras? Indo um pouco alm de Mintzberg.

    Autoria: Fernando Antonio Prado Gimenez, Jane Mendes Ferreira, Simone Cristina Ramos

    Resumo O empreendedorismo um tema que atrai a ateno de estudiosos h muito tempo. A sua relevncia est associada com os potenciais benefcios que a ao empreendedora acarreta. Inicialmente considerado, de forma restrita, como um fenmeno associado criao de empresas, o empreendedorismo, mais recentemente, teve seu significado ampliado para manifestaes humanas voltadas para a realizao de novos projetos organizacionais independentes ou vinculados a uma organizao j existente. A idia defendida nesse texto a de que o fenmeno do empreendedorismo complexo, multifacetado e impermevel a abordagens unidimensionais. Pode-se apreender esse fenmeno analisando as dimenses relacionadas ao indivduo, ao empreendimento e ao contexto. Todavia, qualquer anlise fragmentada em cada uma dessas dimenses ser necessariamente incompleta. A configurao dessas dimenses em um modelo integrado um ideal de busca de entendimento que, mesmo no sendo alcanvel, pode ser aproximado pela forma como o fenmeno se apresenta ao estudioso do tema. Introduo O empreendedorismo um tema que atrai a ateno de estudiosos h muito tempo. A sua relevncia est associada com os potenciais benefcios que a ao empreendedora acarreta. Por exemplo, o surgimento de novos empreendimentos cria condies para um desenvolvimento econmico e social continuado em regies carentes. No mbito de organizaes j existentes, por outro lado, o estmulo ao empreendedora permite o crescimento e a adaptao a condies mutveis da sociedade. Por fim, o empreendedorismo produz um sentimento de realizao profundo naquelas pessoas que empreendem. Dessa forma, o empreendedorismo pode ser visto como um processo que cria valor individual, organizacional e social. A histria do conhecimento sobre o empreendedorismo no recente. Pode-se at especular que desde os primrdios da humanidade, a ao humana organizada para realizar tarefas coletivas exigiu a manifestao de empreendedores. Todavia, a investigao sistemtica desse tema passou a ser desenvolvida em princpios do sculo 20, por meio de abordagens econmicas sobre a origem de novas empresas. Desde ento o empreendedorismo vem sendo o foco de um nmero crescente de estudos. Inicialmente considerado, de forma restrita, como um fenmeno associado criao de empresas, o empreendedorismo, mais recentemente, teve seu significado ampliado para manifestaes humanas voltadas para a realizao de novos projetos organizacionais independentes ou vinculados a uma organizao j existente. Atualmente, proliferam estudos sobre o empreendedorismo que abordam o fenmeno sob as mais variadas abordagens indivduos empreendedores, equipes empreendedoras, organizaes empreendedoras e sociedades empreendedoras usando conceitos de disciplinas tambm diversas, tais como economia, psicologia, sociologia, administrao e engenharia. O empreendedorismo j foi descrito de diversas maneiras. William Gartner, em 1985, ao analisar um conjunto de trabalhos publicados na rea, identificou quatro dimenses associadas ao processo de criao de novas empresas: indivduo(s), organizao, ambiente e processo. A preocupao desse autor era identificar os temas mais freqentes que atraam a ateno dos estudiosos do assunto. Assim, por exemplo, na dimenso do(s) indivduo(s) Gartner encontrou trabalhos que abordavam a necessidade de realizao, a localizao do controle, a propenso ao risco, a satisfao no trabalho, a experincia de trabalho anterior, a

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 21

    existncia de pais empreendedores ou modelos de empreendedores, a idade e o nvel de educao, e suas relaes com o envolvimento das pessoas em atividades empreendedoras. Em relao organizao, o autor comenta que as principais questes estudadas foram a estratgia inicial da empresa, condies de competio, franquias, aproveitamento de recursos no utilizados, fornecimento insuficiente do produto, contrato com clientes entre outros. No ambiente, os estudos abordados enfocaram a disponibilidade de capital de risco, a presena de empreendedores experientes, o acesso a novos clientes ou mercados, as influncias governamentais, proximidade de universidades, a disponibilidade de recursos em geral, atitude da populao e estrutura do setor de negcios. Por fim, na dimenso do processo, esse autor identificou preocupaes com aspectos relacionados localizao de oportunidade de negcio, acumulao de recursos, comercializao de produto, produo do produto, construo da organizao e respostas ao governo e sociedade. Entender o processo de criao de novos empreendimentos exige do estudioso uma vontade de transitar por diferentes campos de conhecimento, uma predisposio para a integrao de abordagens e um senso crtico para identificar as contribuies significativas em uma mirade de textos, entre os quais h um grande nmero de trabalhos que so apenas tentativas de formular receitas genricas como ser bem sucedido no processo de empreender. O empreendedorismo, sendo uma ao humana, um fenmeno complexo que depende de interaes entre pessoas e envolve a viabilizao e articulao de recursos de diferentes tipos. No possvel encontrar solues universais quando estamos buscando compreender aes que so fruto de interesses humanos influenciados por diferentes entornos sociais, culturais e econmicos. Assim, o empreendedorismo deve ser visto de um modo abrangente sendo mais bem compreendido como uma configurao de dimenses do indivduo, do empreendimento e do contexto onde a ao empreendedora se manifesta. Configurao tomada aqui no sentido dado por, entre outros, Miller (1987) e Meyer, Tsui e Hinings (1993), sendo entendida como uma constelao multidimensional de caractersticas conceitualmente distintas que freqentemente ocorrem em conjunto ou ao mesmo tempo. Mintzberg (1983) ao comentar sobre as diferentes configuraes organizacionais, apresenta a idia da estrutura simples e usa a empresa empreendedora como a melhor ilustrao dessa configurao. Aspectos centrais do que, mais tarde, Mintzberg passou a chamar de Configurao Empreendedora so um ambiente dinmico que demanda do empreendedor um comportamento agressivo e inovador, levando ao desenvolvimento de um senso de misso muito impregnado pela organizao. Para o autor as pequenas empresas jovens, em geral so exemplos de estruturas simples, porm no possvel aplicar a noo de configurao empreendedora para todos os tipos de organizaes nascentes. Alis, no se pode imputar a Mintzberg essa pretenso que seria completamente antagnica s idias presentes em seu livro seminal, pois ele trata, em vrias ocasies, de uma manifestao de uma configurao empreendedora que no a nica.

    A inteno nesta produo acadmica demonstrar que a noo de configurao empreendedora apresentada por Mintzberg deve ser vista como plural, isto , existem diversas configuraes empreendedoras que no se encaixam na proposio Mintzberguiana. Para isso, alm dessa introduo, o argumento central desse ensaio se desenvolve na proposio de um modelo integrado da ao empreendedora, precedido por uma breve sntese das diferentes abordagens ao estudo do fenmeno do empreendedorismo. Ao final, procura-se ilustrar como esse modelo integrado da ao empreendedora pode ser operacionalizado para a identificao de diferentes configuraes empreendedoras no mundo contemporneo.

    Empreendedorismo: trs vertentes complementares A anlise da literatura sobre empreendedorismo permite identificar uma ampla gama de perspectivas. Alguns autores apresentaram maneiras alternativas de classificar os estudos

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 22

    sobre empreendedorismo. Estas classificaes so dirigidas pelo significado atribudo a este termo. A rea de empreendedorismo, como campo de conhecimento que vem recebendo o foco de estudos sistemticos, recente. A partir de meados do sculo 20 comeam os primeiros esforos de construo de conhecimento nesse campo. No entanto, somente a partir do incio da dcada de 80, com a consolidao de congressos e revistas acadmicas dedicadas ao empreendedorismo que o tema se fortalece como uma rea de interesse relevante, em especial na Administrao. Assim, sendo um campo em formao, no se desenvolveu um consenso sobre o significado do termo. Em 1934, Schumpeter tratou empreendedorismo como a realizao de novas combinaes de recursos incluindo fazer coisas novas ou coisas que j so feitas em novas maneiras. Para ele, havia cinco formas de realizar novas combinaes de recursos: (i) introduo de novos produtos; (ii) criao de novos mtodos de produo; (iii) abertura de um mercado novo; (iv) identificao de novas fontes de suprimento; e (v) criar novas organizaes. Para McClelland (1961), cerca de 30 anos depois, o foco do significado de empreendedorismo recai sobre o que ele denominou comportamento empreendedor cujos componentes principais so: (i) uma atitude moderada face ao risco; (ii) o desenvolvimento de atividade instrumental nova e vigorosa; (iii) a assuno de uma responsabilidade individual pelas conseqncias dos atos em face de novas iniciativas; (iv) a capacidade de antecipao de possibilidades futuras; e (v) o desenvolvimento de habilidades organizacionais e decisrias. Doze anos depois de McClelland ter trazido o foco da rea para o comportamento humano, Kirzner (1973) define o termo, de forma muito restrita, como a habilidade de perceber novas oportunidades. Para Drucker (1986) o empreendedorismo um ato de inovao que envolve desenvolver em recursos j existentes uma capacidade de produzir riqueza nova. Esta evoluo no significado de empreendedorismo ao longo de 60 anos, tende a uma convergncia que ainda no consensual, mas que aceita pela maioria dos estudiosos contemporneos. Por exemplo, em 1989, Stevenson, Roberts e Grousbeck, consideraram empreendedorismo um processo pelo qual indivduos autonomamente ou dentro de organizaes perseguem oportunidades sem levar em considerao os recursos que eles controlam no momento. Assim, ao longo dos anos 90, so encontradas propostas de significao para o termo que implicam o reconhecimento da inovao como parte essencial do fenmeno, salientando ainda a possibilidade dele ocorrer em diferentes contextos com conseqncias supostamente voltadas para o bem estar humano. Entre as definies mais recentes, a de Morris em 1998 tomada nesse texto como um ponto de partida para a anlise do empreendedorismo. Assim, empreendedorismo entendido como um processo pelo qual, indivduos ou grupos, integram recursos e competncias para explorar oportunidades no ambiente, criando valor, em qualquer contexto organizacional, com resultados que incluem novos empreendimentos, produtos, servios, processos, mercados e tecnologias. Dentro desse enfoque mais amplo que o empreendedorismo est assumindo na literatura mais recente, Stevenson e Jarillo, em 1990, apontaram trs correntes de pesquisa. Um primeiro grupo de pesquisadores se concentra na explicao das conseqncias do empreendedorismo, buscando respostas para a pergunta: o que acontece quando empreendedores agem? Esse parece ser o domnio dos economistas principalmente. A pergunta sobre por que empreendedores agem, tem recebido em especial a ateno de pesquisadores da rea de psicologia e sociologia, fornecendo importantes explicaes sobre as causas da ao empreendedora com foco no indivduo. Por fim, o centro de ateno de alguns pesquisadores, de diversas disciplinas, est em como os empreendedores agem, gerando

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 23

    conhecimento sobre as caractersticas e formas de ao empreendedora em contextos organizacionais e ambientais diferenciados. A diversidade de perspectivas com que o empreendedorismo tratado na literatura exemplificada de forma eficaz e resumida por Louis Jacques Filion em artigo publicado em 1999. Nesse trabalho o autor mostra como pesquisadores filiados a diferentes campos do conhecimento tendem a visualizar os empreendedores de forma diferenciada. Assim, por exemplo, para os economistas os empreendedores esto associados inovao e so direcionadores de desenvolvimento, para os engenheiros estes so bons distribuidores e coordenadores de recursos, e para os administradores empreendedores so vistos como organizadores competentes e desembaraados que desenvolvem vises por meio da organizao e uso de recursos. Portanto, em funo do que foi discutido at esse ponto nesse texto, a seguir, so apresentadas snteses da contribuio de trs autores amplamente citados na literatura que ilustram vertentes distintas, porm complementares, de explicaes sobre a natureza do empreendedorismo: Schumpeter, McClelland e Drucker. Schumpeter e a viso econmica do empreendedorismo Schumpeter reconhecido amplamente na literatura sobre o empreendedorismo como autor de uma importante contribuio para o entendimento da ao empreendedora. Em um de seus livros, em que trata de uma Teoria do Desenvolvimento Econmico, Schumpeter considera o empreendedorismo como o fator fundamental desse desenvolvimento. A partir de consideraes preliminares sobre a natureza dos fatos da vida humana, Schumpeter entende que estes nunca so pura ou exclusivamente econmicos, e que sempre existem outros aspectos em geral mais importantes, mas que sua inteno reside na explicao de fatos que resultam do comportamento econmico, isto , dirigido, para a aquisio de bens, diferenciado-os do que chama fatos sociais que, segundo ele, resultam do comportamento humano. Para ele, o desenvolvimento se d por meio de descontinuidades no sistema econmico que causam o deslocamento de seu ponto de equilbrio. Para melhor entendimento dessa noo, Schumpeter contrasta o desenvolvimento econmico com o crescimento que entendido como o processo interno, ou seja, controlado pelo prprio sistema, de ajustes contnuos. Para Schumpeter, o novo no alcanvel a partir do antigo mediante passos infinitesimais. O novo surge na esfera empresarial quando, por meio da ao de indivduos, surgem alteraes na produo. Produo para Schumpeter significa combinar materiais e foras que esto ao alcance do indivduo, enquanto que o empreendedorismo se manifesta quando novas combinaes so desenvolvidas, ou seja, quando surgem novas formas de produo. A partir dessas noes, Schumpeter introduz o conceito de empreendimento como sendo a realizao de novas combinaes, sendo o empreendedor o indivduo cuja funo realiz-lo. importante notar que, em Schumpeter, o empreendedor no apenas o criador de empresas, pois como foi mencionado anteriormente, para ele novas combinaes surgem em cinco formatos: novos bens, novos mtodos de produo, novos mercados, novas fontes de matrias primas e novas organizaes. Para se entender a proposio de Schumpeter sobre o empreendedorismo preciso considerar que este visualizava o mesmo como uma funo econmica, cujo centro a inovao, e diferente da funo gerencial cujo cerne est no ajuste e manuteno do equilbrio. Fundamental, tambm, compreender que para Schumpeter o empreendedorismo um fato econmico, isto , se manifesta no mundo das relaes guiadas pelo interesse em aquisio de bens.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 24

    McClelland e a viso comportamental do empreendedorismo David McClelland foi um psiclogo que desenvolveu estudos focados no comportamento empreendedor. Para ele, o comportamento empreendedor deveria ser visto tambm como um dos motores do desenvolvimento econmico. Contudo, seu foco de ateno estava na busca de explicaes para razes que levavam indivduos especficos a se envolverem com empreendimento e outros no. Na viso de McClelland sobre o empreendedorismo, surge a noo de papel, diferente da funo empreendedora, no sentido que o comportamento empreendedor um entre diferentes papis que o indivduo assume na vida social. O exerccio desse papel por um indivduo, na viso de McClelland, est associado intensidade de uma fora central no comportamento empreendedor que ele denominou necessidade de realizao. A necessidade de realizao tida como um trao de personalidade do indivduo que se caracteriza por uma forte motivao para a excelncia, para a obteno de resultados timos em relao a um conjunto de padres e um forte desejo de sucesso. Em seus estudos, McClelland procurou evidncias da associao entre alta necessidade de realizao e desenvolvimento econmico. Seu programa de pesquisa foi amplo e diversificado, envolvendo desde estudos histricos at experimentos em laboratrios. As pessoas com alta necessidade de realizao, em geral, procuram assumir responsabilidade na busca de solues para problemas, tomando iniciativas por vontade prpria; necessitam feedback rpido sobre seu desempenho; e costumam estabelecer metas desafiadoras e, nesse sentido, assumem riscos moderados em aes nas quais julgam ter controle sobre a possibilidade de sucesso. Quando McClelland definiu as caractersticas identificadoras do comportamento empreendedor, alm daquelas mencionadas no incio desse captulo, ele se referiu ao fato do comportamento empreendedor usar o dinheiro como uma medida de resultado. Essa afirmao que restringe tambm sua concepo de empreendedorismo ao mundo das relaes econmicas, precisa ser mais bem qualificada para evitar um entendimento errneo da motivao do comportamento empreendedor. A satisfao da necessidade de realizao est associada a ter iniciado a ao que bem sucedida e no com o reconhecimento pblico, no entanto a alta necessidade de realizao orientada por alta necessidade de feedback concreto sobre resultados; assim, o dinheiro uma medida concreta de sucesso, mas no necessariamente orientador do comportamento no papel empreendedor. Drucker e a viso administrativa do empreendedorismo Peter Drucker, autor de renome no campo da Administrao, defende a proposio do empreendedorismo como uma disciplina do conhecimento humano que pode ser adquirido em nvel individual e organizacional, sendo, portanto, comportamento e no trao de personalidade. Ele considera a possibilidade de desenvolver uma teoria da economia e da sociedade baseada no empreendedorismo, cuja tarefa principal fazer algo novo. Para ele o empreendedor busca por mudana, responde a ela e a explora como uma oportunidade. No comportamento empreendedor a inovao o instrumento especfico devendo ser praticada de forma sistemtica pelo empreendedor. Assim, central no comportamento empreendedor desenvolver competncias que permitam a busca orientada e organizada por mudanas, acompanhada da anlise sistemtica de oportunidades que tais mudanas podem oferecer para inovao econmica ou social. Para que isso seja possvel, Drucker prope o monitoramento contnuo de sete fontes de inovao: O inesperado (sucesso ou fracasso); Incongruncia da realidade (diferenas entre o que , parece ser e deve ser); Necessidades de processo; Mudanas na estrutura de mercado ou indstria; Demografia; Mudanas de percepo, humor ou significado (cultura); e Conhecimento novo

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 25

    A inovao sistemtica deve ser o foco do que Drucker denomina Administrao Empreendedora cuja aplicao pode ser feita em empresas existentes, na administrao de servios pblicos ou em novas empresas. Para isso, necessrio, ainda segundo Drucker, a definio de polticas empreendedoras que envolvem aes relacionadas : (i) liderana da obsolescncia dos produtos; (ii) percepo do novo como oportunidade e no ameaa; (iii) trabalho no presente nos produtos que faro um amanh diferente; (iii) estmulo s prticas empreendedoras com autonomia; (iv) foco da viso administrativa em oportunidades; (v) mensurao do desempenho inovador; e (vi) criao de uma estrutura que permita a inovao. Uma comparao entre as trs contribuies sintetizada nessa seo permite observar algumas similaridades, bem como diferenas. Nas trs vises a inovao o aspecto central do empreendedorismo. Para Schumpeter o empreendedorismo uma funo econmica (centrada no empreendimento), para McClelland um papel entre vrios (centrado no comportamento do indivduo) e para Drucker uma disciplina do conhecimento (que pode ser aprendido em nvel individual e organizacional). Por fim, em termos de campo de aplicao ou de manifestao do fenmeno, Schumpeter se restringe a empresas, McClelland enfatiza empresas e Drucker amplia para qualquer tipo de organizao. Contribuies recentes A percepo do empreendedorismo como um fenmeno associado criao de novas empresas, iniciada com as proposies de Schumpeter como uma das formas de descontinuidade no sistema econmico, e amplificada pela contribuio de McClelland com sua viso do comportamento empreendedor, continua atraindo a ateno de pesquisadores. Em trabalho publicado em 2003, por exemplo, Ardichvili, Cardozo e Ray, fazem uma contribuio significativa ao proporem que a criao de empresas bem sucedidas segue um processo bem sucedido de desenvolvimento de oportunidade. Este processo inclui um comportamento ativo do indivduo empreendedor no reconhecimento de uma oportunidade, sua avaliao e posterior desenvolvimento propriamente dito. Segundo os autores, as oportunidades so orientadas pela criao de valor para stakeholders de empresas potenciais. Alm disso, esse processo sofre influncia de alguns fatores principais relacionados capacidade de monitoramento continuado de fontes de inovao; possvel existncia de assimetria em acesso a informao e conhecimento anterior; formao de redes sociais; a traos de personalidades que incluem otimismo, auto-eficcia e criatividade; e aos tipos de oportunidades percebidas. Na vertente do empreendedorismo como um fenmeno que pode se manifestar ao nvel organizacional, Stevenson e Jarillo em 1990 sugeriram as seguintes proposies para o fenmeno no campo organizacional:

    1. Uma organizao empreendedora aquela que busca oportunidades, independente dos recursos que correntemente controla.

    2. O nvel de empreendedorismo dentro da organizao (i.e. a busca de oportunidades) criticamente dependente da atitude dos indivduos dentro da organizao posicionados abaixo do escalo de topo da administrao.

    3. O comportamento empreendedor exibido por uma organizao ser positivamente correlacionado com seus esforos de colocar os indivduos em posies para detectar oportunidades; de trein-los para serem capazes de faz-lo e recompens-los por faz-lo.

    4. Organizaes que fazem esforos conscientes para diminuir as conseqncias negativas de fracassos quando oportunidades so buscadas exibiro uma maior grau de comportamento empreendedor.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 26

    5. No s a taxa de sucesso, mas a prpria quantidade de comportamento empreendedor ser uma funo da habilidade subjetiva dos empregados em explorar as oportunidades.

    6. Organizaes que facilitam a emergncia de redes informais internas e externas, e permitem a alocao gradual e o compartilhamento de recursos, exibiro um grau maior de comportamento empreendedor.

    Argumentos adicionais para uma viso mais integrada do empreendedorismo foram colocados por Jack e Anderson em 2002. Essas autoras, baseadas na teoria de estruturao de Giddens, desenvolveram a concepo do empreendedorismo como um processo socioeconmico incrustado, no qual o empreendedor visto como agente e o contexto como estrutura. Com isto, elas querem dizer que o empreendedor, inserido no meio social, torna-se parte da estrutura local onde seu empreendimento se instala. Isso permite que o empreendedor se baseie em e utilize recursos de diversas naturezas propiciados pelo ambiente. O argumento das autoras defende a necessidade dos pesquisadores abandonarem o estudo do empreendedor isoladamente e voltarem-se para o que denominam processo empreendedor. Empreendedorismo, para elas, mais do que um processo econmico, um processo que se beneficia do contexto social que d forma e cria os resultados da ao empreendedora. A incrustao pode, algumas vezes, permitir a criao de oportunidades. Por fim, Bruyat e Julien (2000), baseados em uma abordagem construtivista, propem que o desenvolvimento de conhecimento novo em empreendedorismo deve ser orientado por um aceitamento da noo que o empreendedorismo um processo dialgico que envolve um indivduo e criao de novo valor, e que este somente ser entendido se considerarmos o indivduo, o projeto, o ambiente e os relacionamentos entre eles ao longo do tempo. Essa viso se fundamenta em trs idias bsicas que esses autores julgam que devem ser necessariamente compartilhadas pelos pesquisadores em empreendedorismo. A primeira o reconhecimento de que os indivduos so um elemento importante ou mesmo vital na criao de novo valor. Em segundo lugar, a afirmao de que o indivduo no simplesmente uma mquina que reage automaticamente a estmulos do ambiente, mas apresenta a capacidade de aprender e criar e, portanto, tem certa liberdade de ao independente de condies facilitadoras ou restritivas do ambiente. Por fim, deve-se compartilhar a crena de que os recursos no ambiente podem exercer um papel facilitador ou estimulador ajudando a aumentar o nmero de empreendedores em uma regio. Tendo discorrido sobre a diversidade de significados existentes na literatura sobre o empreendedorismo e apresentado de forma sinttica a contribuio de trs autores clssicos que ilustram as vertentes principais das explicaes sobre a ao empreendedora, essa seo concluiu com a indicao de algumas contribuies recentes que permitem fazer um elo com o modelo de anlise proposto nesse ensaio. Um modelo integrado da ao empreendedora Como dito anteriormente, esse texto tem por objetivo apresentar um modelo integrado da ao empreendedora. O pressuposto bsico desse modelo diz respeito impossibilidade de fazer prescries sobre a maneira mais adequada ou correta dos indivduos manifestarem suas habilidades empreendedoras. Nesse sentido, a idia defendida nesse texto a de que o fenmeno do empreendedorismo complexo, multifacetado e impermevel a abordagens unidimensionais. Pode-se apreender esse fenmeno analisando as dimenses relacionadas ao indivduo, ao empreendimento e ao contexto. Todavia, qualquer anlise fragmentada em cada uma dessas dimenses ser necessariamente incompleta.

    A configurao dessas dimenses em um modelo integrado um ideal de busca de entendimento que, mesmo no sendo alcanvel, pode ser aproximado pela forma como o fenmeno se apresenta ao estudioso do tema. Assim, no se pretende demonstrar a veracidade

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 27

    desse modelo, mas sim apresent-lo como uma explicao verossmil desse instigante fenmeno contemporneo. Essa forma tridimensional de abordar o empreendedorismo foi usada como norte na elaborao desse texto. Entende-se que a dimenso do processo proposta por Gartner, discutida na introduo, melhor compreendida por meio dos aspectos que se relacionam ao indivduo, ao empreendimento e ao contexto quando tentamos analisar a ao empreendedora. Assim, a quarta dimenso do modelo de Gartner entendida como transversal s demais dimenses, sofrendo e exercendo influncia sobre elas.

    Em cada uma das trs dimenses esto envolvidos atributos, processos e resultados que podem ser pessoais, organizacionais e ambientais, respectivamente. De uma forma esquemtica, essa estrutura de anlise pode ser representada pela figura 1.

    FIGURA 1 DIMENSES DA AO EMPREENDEDORA

    Conforme pode ser visto na figura 1, cada uma das dimenses envolvidas no

    empreendedorismo pode ser analisada sob a perspectiva de atributos, processos ou resultados. A noo de atributo permite distinguir aquilo que prprio de um ser, objeto ou fenmeno. Nesse sentido, quando se aborda atributos pessoais, organizacionais ou ambientais, pretende-se discorrer sobre caractersticas ou propriedades, qualitativas ou quantitativas, que identificam ou definem um objeto ou entidade (Ferreira, 2004). Assim, atributos pessoais podem incluir dados demogrficos tais como idade, gnero, nvel de educao, bem como outras caractersticas que possam discriminar entre pessoas envolvidas ou no em aes empreendedoras, entre as quais se encontram traos de personalidade, histria de vida, entre outras. Da mesma forma, atributos organizacionais e ambientais discriminam entre tipos de empreendimentos e condies do contexto. Por exemplo, possvel ter empreendimentos de pequeno porte e grandes empreendimentos; empreendimentos independentes e empreendimentos corporativos; empreendimentos de base tecnolgica e empreendimentos tradicionais. Condies de contexto diferenciadas podem ser percebidas por atributos do tipo: estvel e dinmico; regulado e competitivo; favorvel e desfavorvel.

    Os atributos podem ser analisados em pelo menos duas formas: algumas vezes eles so teis para identificar dicotomias do tipo presente x ausente ou tem x no tem; outras vezes,

    CONTEXTO (ATRIBUTOS, PROCESSOS E RESULTADOS AMBIENTAIS)

    INDIVDUO (ATRIBUTOS, PROCESSOS

    RESULTADOS PESSOAIS)

    EMPREENDIMENTO (ATRIBUTOS, PROCESSOS E RESULTADOS

    ORGANIZACIONAIS)

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 28

    eles permitem identificar diferenas de intensidade do tipo forte x fraco ou alto x baixo, com uma variedade de estados intermedirios. Por sua vez, a noo de processo aqui empregada no sentido de procurar delinear maneiras pela qual um conjunto de aes se realiza, seja de forma intencional ou emergente. Processo pode ser ainda entendido como uma seqncia de estados de um sistema que evolui, isto , uma sucesso de estados ou de mudanas (Ferreira, 2004). De forma semelhante a que foi abordada em relao a atributos, a anlise dos processos pessoais, organizacionais e ambientais permite uma compreenso mais abrangente da ao empreendedora. Processos pessoais podem dizer respeito aprendizagem e ao exerccio de diferentes papis requeridos pela ao empreendedora. Processos organizacionais envolvem diversos aspectos da estruturao e execuo de tarefas empreendedoras relacionadas forma de organizao, obteno e aplicao de recursos. Por fim, processos ambientais dizem respeito a condies mutveis do entorno no qual surge o empreendimento, tais como, institucionalizao de prticas empresariais, evoluo de condies polticas, sociais, econmicas e tecnolgicas, entre outras. Os processos, pelo significado dual a eles atribudos nesse texto, podem ser usados na descrio de etapas ou procedimento executados na ao empreendedora, e, ainda, podem auxiliar na identificao de diferentes situaes onde ocorre a ao empreendedora. Por fim, a dimenso dos resultados envolve o entendimento das conseqncias da ao empreendedora no nvel pessoal, organizacional ou ambiental. Por exemplo, ganhos econmicos, profissionais e at mesmo psicolgicos que os indivduos experimentam na ao empreendedora devem ser objeto de anlise em uma explicao mais abrangente do empreendedorismo. Da mesma forma, resultados que afiram a legitimao poltica, social ou econmica do empreendimento cuja criao est sendo buscada esto envolvidos no estudo da ao empreendedora. Ento h de se esperar que a ao empreendedora reflita em conseqncias de mbito mais amplo, com reflexos para o desenvolvimento do entorno no qual se d. Em geral, os resultados da ao empreendedora so vistos de uma forma positiva pela literatura. No entanto, no se deve deixar de considerar as possibilidades de resultados indesejados desse fenmeno que precisam ser tratados em uma anlise mais ampla do tema. Por exemplo, quais as conseqncias psicolgicas do fracasso na ao empreendedora, ou ainda, que resultados adversos podem decorrer de uma nfase exagerada na explorao de recursos sociais ou ambientais escassos.

    As dimenses da ao empreendedora foram apresentadas nessa seo. O foco em atributos, processos e resultados que podem ser identificados em trs nveis de anlise do empreendedorismo coerente com as discusses mais recentes presentes na literatura e sintetizadas na seo anterior. Assim, na prxima seo procura-se delinear uma possvel operacionalizao desse modelo de anlise com a proposio de indicadores de caractersticas inerentes aos trs nveis de anlise: indivduo, empreendimento e contexto.

    Desvelando as possveis configuraes empreendedoras A abordagem das configuraes no muito comum no estudo do empreendedorismo. Harms, Kraus e Reschke (2007) em trabalho recente apontaram que os estudos sob essa abordagem no campo ainda so muito heterogneos e salientam a relevncia da abordagem para melhorar a administrao de diferentes tipos de start ups.

    A literatura que discute o fenmeno do empreendedorismo farta na utilizao de possveis medidas para as dimenses que so usadas nesse modelo. Ao nvel do indivduo, encontram-se explicaes da ao empreendedora focadas na necessidade de realizao, na motivao para empreender, no envolvimento de outros colaboradores, na existncia de modelos empreendedores, na experincia anterior entre outros. Medidas relacionadas ao empreendimento tambm abundam na literatura, podendo ser relacionadas estrutura, recursos, competncias, estratgia e tecnologia. Por fim, estados do contexto so

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 29

    caracterizados de diversas maneiras na literatura, sendo os mais usuais os aspectos relacionados ao dinamismo ambiental, complexidade, clima competitivo, suficincia de recursos e regulao. O desvelamento de configuraes empreendedoras baseia-se na possibilidade de identificao de atributos, processos ou resultados que possam ser identificados como posies discretas ao longo de determinada dimenso. Essas posies discretas podem ser usadas, de maneira combinada, para identificar diferentes estados de atributos, processos ou resultados individuais, organizacionais ou contextuais, que levam percepo de totalidades diversas do fenmeno. Seguindo a tradio da abordagem das configuraes nos estudos organizacionais, espera-se evidenciar que o esquema de anlise que se prope permite a descrio de manifestaes da ao empreendedora, salientando as diferentes combinaes de subdimenses que, ao ocorrerem concomitantemente, permitem a percepo de configuraes empreendedoras. Assim, a proposio que se apresenta nessa seo baseia-se na possibilidade de diferenciao dessas trs dimenses em subdimenses mais especficas, que so usualmente tratadas na literatura do empreendedorismo, como segue:

    i) Indivduo: a compreenso dessa dimenso envolve o entendimento de aspectos associados necessidade de realizao; motivao para empreender; e ao controle do processo empreendedor;

    ii) Empreendimento: nessa dimenso assumem relevncia o estgio do negcio em termos de ciclo de vida; o nvel de restries ao domnio da tecnologia; e a existncia de vnculo com outras organizaes;

    iii) Contexto: dinamismo ambiental, complexidade e clima competitivo predominante no ambiente so os aspectos que aparentam ter maior aderncia s diferentes manifestaes do empreendedorismo. A lgica das configuraes pode ser traduzida, ento, na diferenciao de estados de cada uma das sub-dimenses apresentadas. De forma simplificada, so identificadas as seguintes possibilidades: a) para o indivduo: a.1) necessidade de realizao: baixa x alta a.2) motivao para empreender: por necessidade x por oportunidade x social a.3) controle do processo empreendedor: no indivduo x na equipe A literatura trata, desde McClelland (1961), da necessidade de realizao como um aspecto central no comportamento empreendedor. Este construto pode ser operacionalizado visando distinguir entre indivduos com maior ou menor intensidade de necessidade de realizao, podendo assim, a princpio, serem distinguidos dois estados discretos possveis: baixa ou alta necessidade de realizao. A motivao para empreender tem sido tratada como bi-polar, isto , na literatura discute-se a oportunidade de empreender em oposio necessidade de empreender. Todavia, pode-se visualizar uma terceira motivao para empreender que est associada ao cumprimento de uma misso social. Esta motivao est presente, em geral, nas organizaes voluntrias ou pblicas. Dessa forma, props-se a diferenciao de trs motivos para empreender. Por fim, a ao empreendedora pode ser baseada na participao dominante de uma s pessoa, ou pode se manifestar como um esforo coletivamente conduzido. Isso implica na possibilidade de aes empreendedoras terem seu controle no indivduo ou na equipe. b) para o empreendimento: b.1) estgio do negcio: incio ou crescimento (emergente) x maduro ou declnio (estabelecido) b.2 domnio da tecnologia: pblico x proprietrio (restrito) b.3) tipo de autonomia: independente x corporativo x rede

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 30

    Na dimenso do empreendimento, de incio considera-se relevante que as aes empreendedoras podem surgir em diferentes estgios do ciclo de vida do negcio. Em termos simplificados, sugere-se a possibilidade de dois estados discretos para esse construto. O estgio emergente engloba os estgios iniciais do ciclo de vida, que na literatura usualmente so denominados incio e crescimento. Por outro lado, os estgios de maturidade e declnio no ciclo de vida do negcio so agrupados no estgio denominado estabelecido. A questo tecnolgica mais relevante na ao empreendedora relaciona-se com o acesso tecnologia. Em termos gerais, os empreendimentos podem surgir com base em tecnologia de domnio pblico ou de acesso restrito. Por fim, um aspecto central do empreendimento, que vai determinar sua forma de atuao no mercado ou na sociedade, diz respeito autonomia do novo empreendimento. Sugere-se que h pelo menos trs situaes distintas a considerar nesse quesito: um empreendimento independente, um empreendimento vinculado a uma organizao j existente e um empreendimento originado de ao organizada de diversas organizaes (rede). c) para o contexto: c.1) dinamismo: baixo x alto c.2) complexidade: baixa x alta c.3) clima: hostil x favorvel Por fim, na dimenso ambiental so apresentados trs aspectos muito freqentes na literatura. O primeiro deles refere-se ao ritmo de mudanas que ocorrem no contexto, levando percepo de ambientes altamente dinmicos, com muitas mudanas ou ambientes menos dinmicos, onde o ritmo de mudanas muito lento. A complexidade ambiental diz respeito diversidade de tipos de pblicos ou organizaes que compem o espao de atuao do novo empreendimento. H contextos simples, de baixa complexidade, onde as interaes so realizadas com poucos tipos de clientes/usurios, fornecedores ou outros tipos de atores. H, tambm, ambientes mais complexos que envolvem elevado nmero de tipos de instituies. Por fim, um aspecto muito relevante diz respeito ao clima competitivo predominante no contexto do novo empreendimento. Este pode ser ameno ou favorvel, com pouca agressividade, mas pode ser tambm mais hostil com intensa disputa por recursos ou oportunidades. Embora, esse aspecto parea mais apropriado em empreendimentos de mercado, possvel perceber climas competitivos em organizaes pblicas ou voluntrias, por exemplo, na disputa por recursos sociais escassos ou por legitimao social. Os diferentes estados das subdimenses, quando combinados, levam possibilidade terica de identificao de 1152 configuraes diferentes. No entanto, tambm de forma consistente com a abordagem das configuraes em Administrao, sabe-se que a maioria das configuraes so formas instveis, de durao efmera. Um exerccio de classificao de formas contemporneas de manifestao da ao empreendedora permite a identificao de 12 tipos de configuraes, apresentadas no quadro 1.

    QUADRO 1: POSSVEIS CONFIGURAES EMPREENDEDORAS

    indivduo empreendimento contexto

    Configu-rao

    neces-sidade

    de reali-zao

    motiva-o para empre-ender

    controle do

    processo empre-endedor

    estgio do

    negcio

    domnio da

    tecno-logia

    tipo de auto-nomia

    dina-mismo

    comple-xidade clima

    Empresa inovadora de

    vida mediana

    alta oportuni-dade no

    indivduoemergen-

    te proprie-

    trio indepen-dente alto alta hostil

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 31

    QUADRO 1: POSSVEIS CONFIGURAES EMPREENDEDORAS (cont.)

    Empresa inovadora de vida longa

    alta oportuni-dade no

    indivduoemergen-

    te proprie-

    trio indepen-dente alto alta

    favo-rvel

    Empresa tradicional

    de vida curta baixa necessi-dade

    no indivduo

    estabele-cido pblico

    indepen-dente baixo baixa hostil

    Empresa tradicional

    de vida mediana

    baixa necessi-dade no

    indivduoestabele-

    cido pblico indepen-dente baixo baixa

    favor-vel

    Intraempre-endimento

    de vida mediana

    alta oportuni-dade no

    indivduoemergen-

    te proprie-

    trio corpora-tivo alto alta hostil

    Intraempre-endimento

    de vida longa

    alta oportuni-dade no

    indivduoemergen-

    te proprie-

    trio corpora-tivo alto alta

    favo-rvel

    Organizao do 3o. setor

    de vida mediana

    alta social na equipe emergen-te pblico indepen-

    dente alto alta hostil

    Organizao do 3o. setor

    de vida longa

    alta social na equipe emergen-te pblico indepen-

    dente alto alta favo-rvel

    Organizao ou projeto social de

    vida longa

    alta social no indivduoemergen-

    te pblico corpora-

    tivo baixo baixa favo-rvel

    Organizao ou projeto social de vida curta

    baixa social no indivduoemergen-

    te pblico corpora-

    tivo baixo baixa favo-rvel

    Organizao ou projeto social de

    vida mediana

    baixa social no indivduoestabele-

    cido pblico corpora-

    tivo baixo baixa favo-rvel

    Cooperativa ou

    associao de empresas

    alta necessi-dade na equipeestabele-

    cido pblico rede alto alta favo-rvel

    As configuraes propostas no quadro 1 representam uma primeira aproximao conceitual na tentativa de abordar a ao empreendedora com a lente da abordagem das configuraes. Nesse sentido, elas so fruto da interpretao dos autores do ensaio, baseados na sua experincia com diferentes manifestaes do fenmeno e no estudo sistemtico do tema nos ltimos 10 anos. Por limitaes de espao, ilustra-se a interpretao de quatro configuraes, guisa de demonstrao do raciocnio adotado na classificao das aes empreendedoras. Empresa inovadora de vida mediana e Empresa inovadora de vida longa Essas duas configuraes so manifestaes freqentes da ao empreendedora. Elas so marcadas, a nvel do indivduo, por serem fruto de uma necessidade de realizao alta, motivada pela percepo de oportunidade para empreender, cujo controle da ao reside

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 32

    usualmente em uma s pessoa, o empreendedor. No que diz respeito ao empreendimento, este se caracteriza, em geral, por um estgio de vida do negcio emergente, com a necessidade de um domnio tecnolgico proprietrio, surgindo usualmente na forma autnoma, isto , independente de um grupo empresarial. Por fim, as condies ambientais so semelhantes em dois aspectos: ambiente dinmico e complexo. Todavia, as duas configuraes se diferenciam no que diz respeito ao clima competitivo dominante, sendo hostil na primeira e favorvel na segunda. Empresa tradicional de vida curta x Empresa tradicional de vida mediana Nesses dois casos, as configuraes so muito semelhantes entre si, mas se diferem acentuadamente das empresas inovadoras. Como nas configuraes anteriores, tambm essas duas so freqentes no mundo contemporneo. Ao nvel do indivduo, suas caractersticas so: baixa necessidade de realizao, motivao por necessidade e controle da ao no indivduo. Para o empreendimento, os estados usuais dessas configuraes se apresentam como: estgio de negcio estabelecido, tecnologia de domnio pblico e independncia de grupo empresarial. Por fim, no contexto, as duas configuraes se diferenciam na intensidade do clima competitivo, favorvel para a segunda e hostil para a primeira, sendo o mesmo estado nas outras duas sub-dimenses: baixo dinamismo e baixa complexidade. Por fim, ao salientar-se o estado preliminar do desenvolvimento desse modelo de anlise, deseja-se sugerir as possibilidades de sua utilizao. Uma utilidade do modelo est na possibilidade explicativa que o mesmo traz, indicando que a literatura que aborda o empreendedorismo pode se beneficiar de anlises mais refinadas das diferentes manifestaes da ao empreendedora. Por outro lado, as proposies feitas sobre as diferentes configuraes podem ser empiricamente testadas no sentido de verificar as adequaes das descries feitas no quadro 1. Finalmente, a abordagem aqui apresentada pode ser enriquecida com outros aspectos tratados na literatura, visando ampliar o entendimento das configuraes empreendedoras. Referncias ARDICHVILI, ALEXANDER; CARDOZO, RICHARD, RAY, SOURAV A theory of entrepreneurial opportunity identification and development. Journal of Business Venturing, v. 18, p. 105-123, 2003. BRUYAT, CHRISTIAN; JULIEN, PIERRE-ANDR Defining the field of research in entrepreneurship. Journal of Business Venturing, v. 16, p. 165-180, 2000. DRUCKER, PETER F. Innovation and entrepreneurship practice and principles. London: Pan Books, 1986. FERREIRA, AURLIO BUARQUE DE HOLANDA Novo Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa, 3a. Edio, Curitiba: Editora Positivo, 2004. FILION, LOUIS J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietrios-gerentes de pequenos negcios. Revista de Administrao, v. 34, n. 2, p. 05-28, 1999. GARTNER, WILLIAM B. A conceptual framework for describing the phenomenon of new venture creation. Academy of Management Review, v. 10, n. 4, November, 1985, p. 696-706. HARMS, R.; KRAUS, S.; RESCHKE, C. H. Configurations of new ventures in entrepreneurship research: contributions and research gaps.Management Research News, v. 30, n. 9, p. 661-673, 2007 JACK, SARAH L.; ANDERSON, ALISTAIR R. The effects of embeddedness on the entrepreneurial process. Journal of Business Venturing, v. 17, 2002, p. 467-487. KIRZNER, M. L. Competition and entrepreneurship. Chicago: Chicago University Press, 1973.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 33

    McCLELLAND, DAVID C. The achieving society. Princeton, New Jersey: D. Van Nostrand Company, 1961. MEYER, ALAN D.; TSUI, ANNE S.; HININGS, C. R. Configurational approaches to organizational analysis. Academy of Management Journal, v. 36, n. 6, 1993, p. 1175 1195. MILLER, DANNY The genesis of configuration. Academy of Management Review, v. 12, 1987, p. 686-701. MINTZBERG, H. Structure in fives: designing effective organizations. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1983. MORRIS, M. H. Entrepreneurial intensity: sustainable advantages for individuals, organisations and societies. Westport, CT: Quorum, 1998. SCHUMPETER. JOSEPH A. Teoria do desenvolvimento econmico: uma investigao sobre lucros, capital, crdito, juro e o ciclo econmico. 3a. edio. So Paulo: Nova Cultural, 1988. STEVENSON, HOWARD H.; JARILLO, J. CARLOS A paradigm of entrepreneurship: entrepreneurial management. Strategic Management Journal, v. 11, p. 17-27, 1990. STEVENSON, HOWARD H.; ROBERTS, MICHAEL J.; GROUSBECK, H. IRVING New business ventures and the entrepreneur. Homewood: Richard D. Irwin, 1985.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 34

    AULA 04 CARREIRA E EMPREENDEDORISMO

    OBJETIVOS DA AULA

    Apresentar os fundamentos Histricos do Empreendedorismo e o ambiente global atual.

    Discutir o empreendedorismo no Brasil Discutir a evoluo das carreiras e os componentes empreendedores

    presentes em todas as disciplinas.

    ATIVIDADES

    exposio do professor debate sobre o texto de Martins e Lima Filho debate sobre o texto de Schramm e Litan debate sobre o texto de Chanlat

    BIBLIOGRAFIA OBRIGATRIA:

    CHANLAT, Jean Franois. Quais carreiras e para qual sociedade? Revista de Administrao de Empresas, v. 35, n. 6, pp. 67-75, 1995.

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

    MARTINS, Eber Luis Capistrano; LIMA FILHO, Dario de Oliveira. Em-preendedorismo e a formao da cultura empreendedora nos jovens. Disponvel em: dariolima.com.br/pdf/artigos/12.pdf

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 35

    TEXTO 04

    CHANLAT, Jean Franois. Quais carreiras e para qual sociedade? Revista de Administrao de Empresas, v. 35, n. 6, pp. 67-75, 1995.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 36

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 37

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 38

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 39

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 40

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 41

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 42

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 43

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 44

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 45

    SEO 02 GESTO EMPREENDEDORA

    A segunda seo trata das interfaces entre empreendedorismo e gesto, en-focando temas mais diretamente ligados ao comportamento empreendedor, tais como: liderana, criatividade e motivao

    O que gesto empreendedora? O que liderana?

    Esta seo dividida em trs aulas:

    Aula 05: Liderana e Motivao.

    Aula 06: Perspectiva Histrica do Empreendedorismo

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 46

    AULA 05 LIDERANA E MOTIVAO

    OBJETIVOS DA AULA

    Deixar mais claras as interfaces entre gesto e empreendedorismo Apresentar o conceito de motivao e sua pertinncia no mbito do

    empreendedorismo.

    ATIVIDADES

    exposio do professor debate sobre o texto de Filion Leitura do caso 4 As Debate sobre o caso, focando na questes relacionadas motivao do

    empreendedor

    BIBLIOGRAFIA OBRIGATRIA:

    FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo e Gerenciamento: Processos Distintos, Porm Complementares. RAE light, v. 7, n. 3, pp. 2-7, 2000.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 47

    TEXTO 05

    FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo E Gerenciamento: Processos Distintos, Porm Complementares. RAE light, v. 7, n. 3, pp. 2-7, 2000.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 48

    !

    "

    Louis Jacques Filion

    ! "# ! ""$

    " % # & ' & (

    !

    )*!! +!!,

    - ./0123 45./02637894:&./02;349./02;3 % /

    - , +

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 49

    %

    .!

    +

    9

    ? 9

    @& ./01A3 75&./0263B./02634

    ./0063)

    9

    %,! C

    #?& %

    9

    &!

    )! ? # & , (, D9 , ,

    &, E&+

    &

    , #! ?

    ! D

    &&*

    E

    (

    (

    !"#

    $ %&

    !"

    !"#"$%"

    ' ((

    $

    )

    %

    *

    +,-

    ./

    )&

    0

    !1)&

    &!"#""

    !

    231

    41

    0

    +

    '

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 50

    ! & )

    9* .F /02/G E8 /02A3

    '!!>

    9 E

    % ! , )

    > !

    & ! 9 !

    ! !!9 .H /0063# I)*!C

    % ! & 9 % 9

    .9 /006G 4

    /0063

    9 !

    .45 /026G

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 51

    9

    K ! 9 #

    !!!!).-/012G45 /026G 789 4:& /02;G 49 /02;3 #

    &

    !!%

    9 + ? ?&!&!#, ' 'F#E$.?&! 3 ! ! L , +

    &

    &%*

    %

    ?,) +9 , ) +

    *

    ) %

    ,?,

    .H/021G 7: 7 /020GB5 /020G -9 /00JGM9 /00/G ,,9* . , , 9

    $

    &N) ! N

    12

    0

    ,4(6787-9

    0"9

    09

    0 :

    /9

    01(

    9

    0(/& 9

    019! /9

    #/9$&9

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 52

    )*

    9 ) )

    9 9

    @ )*,O! &P,! ) !

    !(!

    #?% !,)9,( & % QR9 + F

    9! ) !

    )&

    ? % ),F &&,),

    G & %

    *)

    -!

    F ) ,

    &* %

    ,

    ) & , ) ?

    +

    9 )F& & + F )9

    ! E , ), (

    & ,

    &

    % '

    !,$9

    ,&! , ,

    !#;

    9

    )*

    & , !

    !

    3("4

    !

    2

    )

    *

    *(((

    (( /

    !(((&(&($ ((

    +(

    *((

    !(($

    ((((1

    !"

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 53

    !"#

    $%!&'!()($!*'#

    +$!*$(

    &9

    9

    >

    &&>

    &

    , & ),(9K&9

    +

    ?

    &

    !"#$"%&'$""!($)*"+,-./*00*

    123(!#$"#''#)*4"0-*5*0.0

    166789':; hbitos de compra:

    De convenincia

    De compra comparada

    De especialidade

    No procurados

    46

    Cirurgia Plstica Produto Bsico?

    Produto Real?

    Produto Ampliado?

    Autoestima

    tcnica Xcom mdico Yno tempo Z

    simulaoacompanhamentodrenagem

    Fernanda Sauerbronn dez/2010

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 116

    Devo usar uma nova marca para um novo produto?

    Extenso de linha Ex. Pepsi Twist.

    Extenso de Marca Mesma marca em vrias

    categorias. Ex. Dove. Multimarcas

    Ex. xampu - LOreal (Elseve, Garnier, Kerastase, Redken, Professionel)

    Novas Marcas Nova categoria, com nova

    marca. Ex. Microsoft como X-Box no mercado de jogos eletrnicos.

    Tipos de marca

    Marca do produtor

    Marca prpria

    Marca genrica

    48

    Composto de produtos

    Composto de produtos: Todo o conjunto de produtos que uma empresa comercializa.

    Item de produto: Uma unidade de produto, SKU (stock keeping unit).

    Linha de produto: Grupos de itens de produtos que compartilham caractersticas, canais, clientes ou usos comuns.

    47

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 117

    Gerenciamento de Categorias

    visa a elevao do volume de vendas e a rentabilidade de vrios produtos ao mesmo tempo.

    envolve o estudo sobre a disposio de compostos de produto e categorias a forma como sero expostos o que vende mais em

    certo local ou posio quantidade e a sua disposio

    dos produtos em cada gndola qual produto pode alavancar a venda de outro

    determinado. 50

    Unilever - Categoria Sabo em P

    O sabo que garante brancura impecvel sem estragar tecidos e cores.

    A frmula suave de Minerva garante limpeza e cuidado at com as roupas mais delicadas.

    O sabo que oferece, por um preo acessvel, uma frmula indicada para a lavagem diria de todos os tipos de roupas.

    O sabo que permite aos seus filhos a liberdade de se sujarem com total segurana porque sabem que OMO ir remover aquelas manchas difceis.

    49

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 118

    A embalagem deve...

    dar proteo ao produto Ser voltada para a convenincia do consumidor ter boa acomodao nas prateleiras dos varejistas chamar a ateno no ponto de venda, informar as caractersticas e

    atributos do produto e despertar o desejo de compra no consumidor.

    52

    Embalagem

    um recipiente que armazena produtos temporariamente e serve para agrupar unidades com vista sua manipulao, transporte ou armazenamento.

    ... outras funes ... proteger o contedo informar sobre as condies de manipulao exibir requisitos legais (composio, ingredientes) fazer promoo do produto atravs de grficos.

    51

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 119

    ServioCentral

    Servio PerifricoNecessrio

    ServioPerifrico

    Suplementar

    +

    + ou -

    Sala VIP

    Servio deReservas

    TransporteAreo

    54

    Caractersticas dos Servios

    SimultaneidadeHeterogeneidadeIntangibilidadePerecibilidade

    53

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 120

    O Composto do Marketing de ServiosO Composto Expandido dos Servios + 3 Ps

    Pessoas Todos os agentes humanos que desempenham um papel no processo de execuo de um servio e, nesse sentido, influenciam as percepes do comprador: funcionrios e clientes.

    Evidncia Fsica (Physical Evidence) O ambiente no qual o servio executado e onde a empresa interage com o cliente, assim como qualquer componente tangvel que facilite o desempenho ou a comunicao do servio.

    Processo Os procedimentos, mecanismos e o roteiro efetivos de atividades atravs dos quais o servio executado os sistemas de execuo e de operao dos servios.

    56

    O Composto do Marketing de Servios

    Composto de Marketing Tradicional 4 PsProduto

    CaractersticasQualidadeAcessrios

    EmbalagensGarantias

    Marca

    PreoFlexibilidadeDescontos

    DiferenciaoMargensPrazos

    PraaCanal

    IntermediriosPonto

    TransporteEstocagem

    PromooComposto deComunicaoPropagandaPromoo de

    VendasR P

    55

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 121

    Preo

    Preo a quantidade de dinheiro, bens ou servios que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto.

    (CHURCHILL, 2000:314)

    58

    Dicas de Elaborao

    Preo:

    existem preos diferenciados por segmento?

    como o preo ser calculado (custos, concorrncia ou demanda)?

    como seu preo se coloca frente aos concorrentes?

    do ponto de vista do cliente, hequilbrio entre o preo e o valor?

    9. Composto de Marketing

    Nesta seo ser descrito o composto de marketing, verificando sempre a adequao de cada deciso com a segmentao, o posicionamento e os objetivos/metas estabelecidos.

    Roteiro Prtico de Elaborao do Plano de Marketing

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 122

    formao de preo = quantia necessria para cobrir os custos+ o preo dos concorrentes

    + a percepo de valor do cliente.

    Preo voltado para o custo = custo mais uma margem fixa de lucro Preo voltado para o mercado = quanto o mercado est disposto a

    pagar. Preo baseado na concorrncia Abordagens so complementares. Preo x Qualidade Comportamento da concorrncia

    60

    Questes para discusso

    Preo = Valor = Custo? O valor percebido de um

    produto/servio sempre igual ao preo dele. Certo ou errado?

    O preo do produto/servio pode ser menor do que o custo?

    59

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 123

    Dicas de Elaborao

    Praa

    estar disponvel em que tipo de estabelecimento?

    como deve ser o ambiente fsico (iluminao, som/aroma, organizao)?

    como se dar armazenagem, transporte, disposio?

    quais os intermedirios no processo?

    9. Composto de Marketing (continuao)

    Roteiro Prtico de Elaborao do Plano de Marketing

    Polticas determinao Preos

    Skimming ou DesnataoPblico maior poder aquisitivo;Fortalece imagem de marca;Permite financiamento.

    PenetraoResultados rpidos;Menos comunicao e mais fora de vendas;Fator crtico: qualidade X preo.

    61

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 124

    Canais de Distribuio

    Conjunto de organizaes interdependentes envolvidas no processo de disponibilizao de um produto ou servio para uso ou consumo(Kotler)

    Parceiro do produtor.

    64

    Praa - Distribuio

    Como tornar o produto disponvel para compra e/ou consumo?

    Em que local(is)?

    Qual o(s) tipo(s) de canal(is) indicado(s)?

    63

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 125

    Dicas de Elaborao

    Promoo

    como informar sobre o meu produto, suas vantagens, onde ele pode ser adquirido?

    qual a poltica de promoo?

    quais sero os objetivos promocionais?

    quais instrumentos de comunicao?

    quais as foras e fraquezas de cada instrumento?

    9. Composto de Marketing (continuao)

    Roteiro Prtico de Elaborao do Plano de Marketing

    Praa - Distribuio

    Revendedores = intermedirios Em algumas ocasies, o valor para o cliente aumenta Comrcio eletrnico: intermedirios infomedirios

    Canais de marketing ou de distribuio so o conjunto de organizaes envolvidas no processo de tornar um

    produto disponvel para uso ou consumo, no local certo, no momento certo, na quantidade certa, com o servio certo.

    65

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 126

    68

    TelevisoRdio

    Imprensa escritaMala direta

    OutdoorInternet

    PatrocnioAnncios nas embalagens

    Folhetos e filipetas

    TelevisoRdio

    Imprensa escritaMala direta

    OutdoorInternet

    PatrocnioAnncios nas embalagens

    Folhetos e filipetas

    Promoo / Comunicao

    Propaganda

    qual mdia utilizar e quais mensagens enviar para comunicar suas mensagens com mais eficincia e eficcia.

    Promoo

    Meta Estratgica DescrioCriar conscincia Informar o pblico sobre produtos, marcas ou empresa

    Formar imagens positivas Criar na mente das pessoas avaliaes positivassobre produtos, marcas, lojas ou organizaes.

    Identificar possveis clientes Descobrir nomes, endereos e possveisnecessidades de compradores potenciais.

    Formar relacionamentos no canal

    Aumentar a cooperao entre os membros do canal

    Reter Clientes Criar valor para os clientes, satisfazer seus desejose necessidades e conquistar a lealdade.Fonte: Churchill et al., 2000

    Informa o que o produto, como ele proporciona valor e onde pode ser encontrado. Comunica a imagem da empresa e os atributos do produto e

    persuade consumidores a compra.

    Informa o que o produto, como ele proporciona valor e onde pode ser encontrado. Comunica a imagem da empresa e os atributos do produto e

    persuade consumidores a compra.

    67

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 127

    Promoo de vendas Incentivos para

    encorajar a experimentao ou compra de um produto.

    Para intermedirios ou usurios finais.

    BrindesAmostras grtis

    FeirasExposies

    DemonstraesCuponagemRemarcaes

    Descontos

    FinanciamentoEntretenimento

    Programas de fidelidade

    70

    69

    interao pessoal com o cliente: presencial, telefone, internet

    garante feedback imediato, permitindo que a situao seja ajustada para satisfazer necessidades

    Apresentao de vendasEncontros de vendas

    Programas de incentivoMostrurio

    Feiras e eventos

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 128

    Posio Veculos de Comunicao

    Customizada

    Massa

    Uma sdireo

    Mo dupla com intervalo

    Mo dupla instantnea

    Televiso

    Revistas

    Jornais

    Rdio

    Catlogos

    Mala Direta

    E-mail

    Web

    Telemarketing

    Venda pessoal

    72

    71

    Publicidade

    Comunicao no paga de informaes sobre a organizao ou produtos, geralmente na forma de alguma mdia.

    Kit para imprensaPalestras

    ConvenesRelatrio anual

    Doaes para caridadeIncentivo e

    patrocnio de eventos

    EventosIdentidade Visual

    BrindesArquivo Corporativo

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 129

    Dicas de Elaborao

    Desdobre cada objetivo especfico em atividades necessrias ao seu alcance. (O qu?)

    Discuta os mtodos ou procedimentos a serem adotados em cada atividade. (Como fazer?)

    Liste os recursos fsicos e financeiros, tangveis e intangveis, necessrios cada atividade. (Quanto?)

    Indique os pr-requisitos para que uma atividade seja realizada. (O que impede a realizao imediata?)

    Indique os responsveis pela execuo e controle de cada atividade. (Quem?)

    Estabelea os prazos de realizao de cada atividade. (Quando?)

    10. Plano de Implementao

    Um Plano de Marketing no pode ser apenas uma coletnea de boas ideias.

    necessrio que sua implementao seja pensada e construda desde o princpio.

    A construo do plano de implementao permite repensar a viabilidade da proposta.

    Roteiro Prtico de Elaborao do Plano de Marketing

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 130

    JOO FELIPE RAMMELT SAUERBRONNDoutor em administrao pela EBAPE/FGV-RJ (2007), Mestre em Admi-nistrao Pblica pela EBAPE/FGV-RJ (2002) graduado em Cincias Eco-nmicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Atualmente Professor Pesquisador da FGV Direito Rio, Coordenador Acadmico Ad-junto do Programa PosAdm da Fundao Getlio Vargas - RJ. Tem experi-ncia na rea de Administrao, com nfase em Marketing, Comunicao e Estratgia, atuando principalmente nos seguintes temas: mtodos de pesquisa, marketing, setor pblico e polticas pblicas de marketing.

  • EMPREENDEDORISMO

    FGV DIREITO RIO 131

    FICHA TCNICA

    Fundao Getulio Vargas

    Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE

    FGV DIREITO RIO

    Joaquim FalcoDIRETOR

    Srgio GuerraVICE-DIRETOR ACADMICO

    Rodrigo ViannaVICE-DIRETOR ADMINISTRATIVO

    Thiago Bottino do AmaralCOORDENADOR DA GRADUAO

    Rogrio Barcelos AlvesCOORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDTICO

    Paula SpielerCOORDENADORA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES E DE RELAES INSTITUCIONAIS

    Andre Pacheco MendesCOORDENADOR DO NCLEO DE PRTICA JURDICA

    Thais Maria L. S. AzevedoCOORDENADORA DE TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    Mrcia BarrosoNCLEO DE PRTICA JURDICA PLACEMENT

    Diogo PinheiroCOORDENADOR DE FINANAS

    Milena BrantCOORDENADORA DE MARKETING ESTRATGICO E PLANEJAMENTO