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Empresas e mobiliário da região destacam-se pela qualidade oferecida, serviços prestados, além de atrair lojistas de todo o País PRODUÇÃO PARANAENSE ENTREVISTA Marcelo Cherto, especialista em franquias 329 LOGÍSTICA Desafios do caminho inverso do consumo FEMUR 2016 Feira mineira supera expectativas MÓBILE LOJISTA | ANO XXXV | JUNHO 2016 3 2 9 Informação e negócios para o varejo multimarcas Ano XXXV Junho/2016 R$ 17,90

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Empresas e mobiliário da região destacam-se pela qualidade

oferecida, serviços prestados, além de atrair lojistas de todo o País

PRODUÇÃOPARANAENSE

ENTREVISTAMarcelo Cherto, especialista em franquias 329LOGÍSTICA

Desafios do caminho inverso do consumo

FEMUR 2016Feira mineira supera expectativas

BILE LOJISTA | AN

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329 Informação e negócios para o varejo multimarcas

Ano XXXV Junho/2016 R$ 17,90

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As 2,7 mil unidades produtoras do Paraná representam 13,5% dos estabelecimentos do setor no País, lembra o coordenador do Conselho Setorial da Indústria Moveleira da Fiep e presidente do Sima, Irineu Munhoz. “A indústria moveleira é forte, distribuída por praticamente todas as regiões do Paraná. O setor representa uma grande fonte de renda, gerando mais de 75 mil empregos diretos”, ressalta.

O maior número de indústrias, no entanto, concentra-se no polo de Arapongas, área de atuação do Sima: lá estão 689 fábricas, o que corresponde a 26% do total do Estado. Outras 545 ficam no polo de Curitiba, que contempla capital e região metropolitana. As outras 1,1 mil estão em municípios como Maringá e Umuarama, além das regiões Oeste e Sudoeste, nas cidades de Ampére, Francisco Beltrão, Pato Branco e Capitão Leônidas Marques, por exemplo.

Os desafios não são poucos – e ninguém aqui está falando da famigerada crise econômica, mas sim da velocidade com que a informação e as tendências do morar chegam ao consumidor de móveis seriados. Esse público é cada vez mais exigente, não apenas pelo conhecimento que adquire e interesse por deixar a casa com ‘a sua cara’, mas também pela necessidade de encontrar qualidade e durabilidade nos produtos que adquire.

Boa parte dessas pessoas é atendida pela indústria moveleira paranaense, especialmente a do polo de Arapongas, cidade da região Norte do Estado do Paraná, reconhecida como a Capital da Indústria Moveleira pela Assembleia Legislativa local. Neste Raio X da produção, a reportagem da Móbile Lojista buscou fontes entre os fabricantes e o varejo – também de outras regiões do Brasil – para entender como estão atuando e de que maneira são vencidas as dificuldades para entregar bons produtos e manter atendimento qualificado aos lojistas para garantir bons resultados na ponta. E há cases bastante interessantes.

PANORAMA DA INDÚSTRIA

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RAIO X

Mobiliário democrático

Área da produção da Móveis Colibri, de Arapongas. Antecipação do momento econômico possibilitou adequação de maquinário e da produção

Por: Frances Baras e Nicholle Murmel

“O Paraná possui a cadeia completa para a produção: florestas, produtores de painéis, fornecedores de máquinas, matérias-primas, acessórios e ferramentas. E está posicionado estrategicamente, atendendo com eficiência logística o Sudeste, onde concentram-se os grandes centros de distribuição País”Irineu Munhoz, da Fiep, Sima e presidente da Caemmun

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Paraná é destaque na produção de móveis seriados pelas linhas contemporâneas,

pesquisa e desenvolvimento, além do relacionamento com o varejo

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EM BUSCA DE MELHORIAS

Assim como boa parte dos setores industriais no Brasil, a produção moveleira paranaense enfrenta entraves para que possa se desenvolver. “A alta carga tributária atrapalha a indústria em todo o País. Destaco ainda a enorme burocracia, no recolhimento de impostos e outros procedimentos administrativos, com a infinidade de leis e regulamentos”, lamenta o coordenador do Conselho Setorial da Indústria Moveleira da Fiep.Na infraestrutura, Irineu Munhoz cita as rodovias, por conta da qualidade das pistas, muitas delas sem duplicação, e do valor cobrado pelas empresas que detêm as concessões. “Além do alto custo dos portos,

burocracia para exportação e valor da energia elétrica", acrescenta. De acordo com o dirigente, “a Federação atua em várias frentes em prol do setor e defende seus interesses por meio do Conselho Setorial.” O presidente do Simov, que tem atuação na Região Metropolitana de Curitiba e no Sudoeste, Mauro Schwatsburd, também assinala o transporte com um dos gargalos da indústria paranaense. “A produção [moveleira] passou a ser transportada por navegação de cabotagem. A entrada de mais transportadoras no mercado deve baratear e viabilizar o trajeto desses produtos até o Norte e Nordeste. Porém, também é preciso melhorar e modernizar a infraestrutura dos portos aqui.”Munhoz informa que há ações realizadas com o apoio da Fiep e da Abimóvel para melhorar o ambiente de negócios, como a reivindicação de melhorias na infraestrutura e tentativas de barrar aumento nos impostos.

O diretor comercial da DJ Móveis, Dalvo Maróstica Júnior, lembra que foi por iniciativa do sindicato de Arapongas que houve a assinatura do decreto 3628/16, permitindo o crédito do ICMS relativo às aquisições de lixas e abrasivos, quando destinados ao uso no processo industrial por estabelecimento fabricante de móveis.

Edição 2015 da Movelpar recebeu mais de 40 mil visitantes

Os dados presentes no Relatório Brasil Móveis 2015, produzido pelo Iemi – Inteligência de Mercado com apoio institucional da Movergs, dão conta ainda de que Arapongas também é a maior empregadora da indústria moveleira paranaense, com 25,7 mil pessoas ocupadas. E é de lá que sai a maior parte da produção de móveis seriados que abastece redes varejistas de diversas regiões do Brasil. “O Paraná é o maior fornecedor para o mercado varejista nacional e o terceiro em volume de exportação do País”, destaca Munhoz.

NA VITRINE

Nesse processo de vendas e divulgação do móvel paranaense para as redes de lojas do Brasil, a Feira de Móveis do Estado do Paraná (Movelpar) desempenha um papel importante. “A visitação qualificada do evento fortalece relacionamentos e amplia possibilidades de parceria, de inovação e de vendas, de forma sustentável, o que possibilita planejar investimentos para crescer no mercado interno e externo”, salienta o presidente do Expoara, centro de eventos onde a feira é realizada, Wanderley Vaz de Lima.

Ainda de acordo com ele, fabricantes paranaenses – especialmente os de Arapongas, cujos parques fabris ficam bastante próximos ao local de exposições – a consideram uma feira referencial e de “participação obrigatória”. “É um palco onde a cadeia moveleira se encontra para interagir, se relacionar, criar parcerias, fortalecer e ampliar negócios”, completa.

A próxima edição acontece de 13 a 16 de março de 2017

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Com um grande número de marcenarias, a produção sob medida tem bastante tradição no Paraná, segundo conta o gerente da unidade do Senai Arapongas, Nilson Violato. “É também grande o número de empresas voltadas aos planejados, que abrangem classes A, B e C. Há ainda os seriados em Arapongas, Curitiba, Francisco Beltrão, Ampére e Umuarama”, elucida.

Os últimos, especialmente vindos do polo onde se encontra o Instituto Senai de Tecnologia (IST), são os mais conhecidos do grande público e das varejistas, produzidos em sua maioria em painéis de MDP e MDF, de acordo com o presidente do Sima, Irineu Munhoz. A produção de móveis usando a matéria-prima da madeira, aliás, é dominante no Paraná, conforme consta no Relatório

Tendências e mudanças no mercado

têm lugar na fabricação dos móveis no

estado, inclusive dos seriados

DNA da produção Paranaense

Sede da fabricante de complementos para salas Artely, localizada na Região Metropolitana de Curitiba

Brasil Móveis de 2015 – mais de 2,2 mil empresas a utilizam.

O gestor do Senai confirma que a produção do seriado é mais voltada para o mercado interno e o móvel paranaense pode ser encontrado em diversas regiões do País, incluindo redes varejistas em Manaus (leia mais nas próximas páginas). O presidente Simov aponta algumas vantagens do móvel do Paraná: “a logística de produção ajuda, já que os produtores de chapas,

além dos importadores de maquinários estão todos aqui. A qualidade da mão de obra na região também é melhor do que se vê em outros estados”, analisa Schwartsburd.

Sob uma perspectiva mais técnica, o diretor comercial da Qmovi, Gilson Aparecido Homem, descreve que a “matéria-prima é basicamente o MDP, com foco nas classes C e D. No design, o desafio é agregar novas ideias e conceitos em um mercado que consome produtos mais ‘baratos’, e neste nicho não conseguimos agregar muito e manter o custo adequado.”

O diretor comercial da HB Móveis, Luiz Bertolotti, também comenta a busca por equilíbrio entre produzir em série e incorporar opções. “Por se tratar de um polo de móveis seriados, há dificuldade em desenvolver peças para consumidores diversos”, descreve e acrescenta: “Lançamos na última Movelsul um dormitório completo, com guarda-roupas, cômoda e cabeceira, que está sendo

muito bem aceito por conta das opções de tamanho e cores.”

Violato confirma que as indústrias locais estão investindo e pesquisando para se manter em sintonia com as tendências de consumo. “As empresas trazem hoje um portfólio que atende mais às necessidades do usuário, que são: qualidade, customização e adequação ao espaço por conta das casas pequenas.”

Para o diretor da Phorma Design, João Baroneza, os espaços reduzidos e novas relações do consumidor com a casa e os móveis representam um diferencial. O movimento começou há cerca de quatro anos, estima o gerente do Senai de Arapongas, principalmente por questões ligadas ao programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, voltado à população que faz parte do principal público-alvo do móvel seriado, as classes C e D. E a questão de agregar soluções de design também é puxada pela necessidade de repensar os espaços, como acontece com algumas linhas da Móveis Colibri, de Arapongas.

Outras 221 empresas trabalham com metal e 65 fabricam colchões, pelos dados do Iemi

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O especialista de inteligência comercial e marketing da Colibri, Emanuel Barbosa, relata que foi de estudos voltados a essa nova realidade que surgiu, por exemplo, a bancada Lilac. “Nem todas as casas hoje possuem um espaço específico para o home office. Com essa escrivaninha suspensa, a nossa proposta é ter um

canto para trabalho e estudo em outros ambientes, como a sala ou os dormitórios infantis, adolescentes e adultos”, explica. Em três meses de lançamento, adianta, foram vendidas mais de 800 peças no Brasil, além dos pedidos de clientes da América do Sul.

TAMANHOS MENORES

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A bancada Lilac é um dos resultados do trabalho de pesquisa da Móveis Colibri sobre as novas necessidades do morar

Adaptação também é uma das saídas propostas pela Móveis Albatroz, especializada em móveis para dormitórios. Um dos ícones entre os seus resultados de pesquisas para as novas realidades dos lares brasileiros é a cabeceira Goiânia, que apresenta dois criados-mudos móveis.

A necessidade do usuário precisa, cada vez mais, ser lida pelo fabricante, sublinha Violato. E as empresas começam a buscar soluções mais adequadas para o momento atual, em sua percepção. “Investimos maciçamente na área de pesquisa e desenvolvimento, além da área comercial, que tem a função de trazer informações do mercado. Temos também uma equipe de desenvolvimento que vai a campo para buscar as informações sobre o comportamento do consumidor final, as demandas do PDV e de todo o setor”, descreve Dalvo Maróstica, da DJ Móveis.

“Dependendo do tamanho da casa do cliente, pode-se abrir ou não essas peças. É possível retirar uma delas e usar em outra função no próprio quarto ou em outro cômodo”, detalha a gerente de marketing, Adriana Baksa

• Móveis para escritórios – 9.982

• Móveis para dormitórios – 21.064

• Móveis para salas de estar – 2.282

• Móveis estofados – 7.474

• Móveis para salas de jantar – 5.110

• Móveis para cozinhas (1) – 13.604

• Outros móveis (2) – 4.361

• Colchões – 5.398 (1) Inclui móveis para cozinha, copa, banheiro, lavanderia (2) Inclui móveis institucionais, para piscinas, terraços, jardins, etc. *por 1000 peças

Fonte: Iemi/2015

Produção Paranaense em números*

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O diretor da fabricante de móveis para salas e complementos Artely, Rudimar Durante, diz que a sala dos brasileiros nunca mudou tanto como nos últimos tempos. “As vendas de racks e estantes estão migrando fortemente para os painéis que hoje acomodam o aparelho de TV. Estes painéis ocupam menos espaço do que o rack ou a estante, se encaixam melhor nas atuais moradias, com as famílias que estão ficando cada vez menores também.”

NOVAS CONFIGURAÇÕES

QUALIDADE GARANTIDA

Mas de nada adianta um móvel que siga tendências sem durabilidade ou que gere um alto índice de assistência técnica – o que prejudica a relação do consumidor final com a marca e com a rede responsável pela sua revenda. Neste sentido, empresas como a Linea Brasil, de Arapongas, vêm trabalhando em conjunto com o Senai, utilizando seus serviços de teste de resistência, para validação técnica dos seus produtos.

Outra prática adotada pela companhia, acrescenta o diretor comercial da fabricante, Sidney Nakama, é o processo de verificação técnica feita por montadores profissionais, “que analisam e sugerem melhorias para tornar a montagem dos produtos mais rápida e mais prática”. Para o diretor, essa atenção extra diminui a necessidade de assistência pós-venda e representa um diferencial para o lojista buscar a marca. “Nos lançamentos de 2016, foram feitas melhorias que tornaram a montagem 25% mais rápida. Entendemos que facilitar o trabalho dos montadores é importante para entrega de um produto de qualidade”, defende.

Produto da Luciane Cozinhas: pesquisas garantem assertividade da produção

Aliar esforços da equipe de desenvolvimento e a comercial também é a aposta da fabricante de colchões Gazin, como explica o gerente de desenvolvimento de produto, Luís Nunes. “Contamos com uma equipe comercial que viaja por todo o País, sempre em contato com clientes, lojistas e consumidores finais. Qualquer mudança de comportamento ou novidade é repassada para o setor de Desenvolvimento, que fica responsável pelo estudo e aplicação desses movimentos e nossos produtos.”

Outro exemplo de sintonia com as tendências é a Caemmun Movelaria, com unidades em Arapongas e Sabáudia. A empresa vem lançando produtos com enfoque na evolução da tecnologia e do uso dos aparelhos eletrônicos. “Estamos apostando em vários produtos, entre eles os homes suspensos. O Conect, por exemplo, possui filtro de linha posicionado de forma a ficar invisível, ligar vários aparelhos, evitando que os fios poluam o visual”, conta o diretor-presidente, Irineu Munhoz.

Para a Anjos do Brasil, fabricante de colchões e estofados de Capitão Leônidas Marques, no oeste paranaense, é preciso olhar as tendências que vêm das classes mais altas e nunca deixar de investir em pesquisa e desenvolvimento de produtos. “Visitas a feiras internacionais e a opinião de arquitetos e designers de interiores em relação às nossas outras linhas ajudam a desenvolver produtos com design aliado à comodidade. Se não atender a estes dois requisitos, não vai para o catálogo. Precisamos ser cada vez mais críticos para conquistar o mercado”, pondera o diretor, Claudinei dos Anjos.

Divulgação Gazin

Produção para o varejo segue tendências de linhas mais altas na Anjos do Brasil, segundo o diretor

Sede do Grupo Gazin, em Douradina: produtos estão presentes em quase

todo o território nacional

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Quem comprao móvel paranaense?

“Podemos afirmar que 80% da nossa compra moveleira

vêm do Paraná. A questão principal é logística, mas destacamos que as linhas produzidas no Estado competem em qualidade

e design com a produção de outros polos no País.

São produtos com referência nas últimas tendências e que atendem às nossas necessidades e as de nosso consumidor”Emílio Glinski Diretor geral das Lojas MM, do Paraná

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Divulgação Gazin

Confira depoimentos de compradores das redes de varejo

“Pela quantidade de empresas no polo de Arapongas, facilita muito a questão logística de trazer produtos para Manaus. Moramos longe e as cargas precisam ser consolidadas em um único contêiner, o que favorece estoque e giro. Nossos clientes procuram e não podemos nos queixar em relação à qualidade. Algumas empresas apresentam índice de assistência praticamente zero e, em relação ao atendimento, resolvem qualquer problema diretamente com o consumidor”Itaciara Coutinho Malcher Compradora da Rede Ransons, do Amazonas

“[Os produtos] São muito bons, com preços competitivos, design e cores. E por se tratar de um polo moveleiro muito forte, Arapongas nos ajuda na parte logística, já que conseguirmos compor as cargas com vários fornecedores, facilitando também a solução de problemas com assistência por ter maior fluxo de cargas para nossos CDs”Roberson Massaroto Comprador da Rede Gazin, do Paraná

“Não tem como pensar em comprar móveis sem pensar nas indústrias de Arapongas. A localização facilita o transporte e a competitividade das indústrias favorece a comparação dos produtos e condições comerciais, ajudando na tomada de decisão. A variedade de produtos e suas faixas de preços, a qualidade dos materiais, a tecnologia dos processos e a preocupação em garantir melhores serviços também são pontos principais. Os polos paranaenses suprem boa parte das necessidades de consumo de móveis não apenas da Romera, mas de diversas redes”Andryus Estradiote Coordenador de compras da linha móveis da Romera, do Paraná

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“Se não for o maior, por conta da concorrência com a produção do Rio Grande do Sul, é um polo que tem indústrias de grande destaque, tanto na capacidade produtiva, quanto nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos alinhados às necessidades e desejos do consumidor. Eu diria que esses são os dois grandes diferenciais do Paraná”Daniel Martins Júnior Comprador da rede Novo Mundo, de Goiás

“Percebemos que produtos como homes, estantes, racks e estofados são as principais especialidades dos fabricantes paranaenses, principalmente por terem preços diferenciados dos demais estados. Atualmente, o design é um dos principais diferenciais percebidos pelo mercado e a nossa meta é sair na frente com essa novidade”Rodrigo Médice, Comprador do departamento de móveis da rede Berlanda, de Santa Catarina

“O Paraná tem tradição e o consumidor que sabe um pouco mais e pesquisa tem essa noção. Uma das características que percebemos é que a embalagem é mais pesada, o que indica um móvel bem feito. A qualidade do MDP e, em alguns casos, MDF é ótima e, dependendo da negociação, chegamos a conseguir preços bastante atraentes”Rafael Diego dos Santos Diretor comercial da Panorama Móveis, de Santa Catarina

Relação fortalecida

Especialmente em tempos de consumidor mais cauteloso e receoso em relação ao futuro da economia, trabalhar os produtos para que eles fiquem bem expostos no ponto de venda torna-se indispensável. Quando se trata de bens

duráveis como os móveis, é ainda mais importante não apenas sugerir a aquisição, mas a maneira como as peças podem ficar na casa do cliente.

Esse é um dos pilares do trabalho que a Caemmun Movelaria, por exemplo, desenvolve em conjunto com os seus parceiros no varejo. Durante a Movelpar 2015, inclusive, a fabricante aproveitou para expor as soluções no chamado Espaço do Lojista. São opções de suportes para os painéis e TVs em madeira que podem ser também utilizadas como mídia para os lojistas no PDV.

“O Grupo mantém suas opções em materiais para o PDV com a OPT Soluções [empresa do grupo da fabricante]”, conta o diretor-presidente Irineu Munhoz. O resultado, comenta, aparece não apenas em venda, mas também em fidelização – tanto do varejo, quanto do

cliente final. “Sabemos que 85% das decisões de compra acontecem no PDV. As ações que realizamos ainda englobam treinamentos, parcerias em material de propaganda; e uma gama de ações de relacionamento e divulgação dentro das redes de varejo.”Opção de TV de madeira para exposição de racks no varejo, da Caemmun

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CONTEÚDO E PROXIMIDADE

As ações da Móveis Colibri vêm acontecendo desde o final de 2015 e envolvem três públicos: o montador de móveis, o vendedor e o gestor de varejo. O Canal do Montador foi o primeiro projeto implantado, segundo conta o especialista em inteligência, Emanuel Barbosa. Basicamente, o canal consiste em interação com os montadores cadastrados via WhatsApp. Na conversa, é possível trocar ideias, tirar dúvidas e até mesmo fazer mudanças sugeridas pelos profissionais depois de validadas pela engenharia da fábrica.

TREINAMENTO E LOGÍSTICA FACILITADA

Para Barbosa, da Móveis Colibri, é fundamental aumentar os pontos de contato com os públicos

Planejamento e abertura de novas fábricas são saídas para atender novas regiões com colchões e estofados paranaenses, de acordo com o empresário Claudinei dos Anjos

Quem também entende que o momento é de aproximação e de munir o vendedor com o máximo de informações possível sobre o produto é a Anjos do Brasil. “Os novos comportamentos do consumidor fazem com que seja necessária inovação constante na indústria e isso precisa ser comunicado ao lojista se quisermos vender. Estamos trabalhando com visitas às lojas e muito treinamento. Não basta tirar o produto da fábrica”, alerta o diretor, Claudinei dos Anjos.

Com as limitações logísticas que produtos como colchões e estofados oferecem, a fabricante conta com unidades no interior de São Paulo (em São Roque) e no Nordeste (em João Pessoa) para conseguir atender mais estados no Brasil.

“Pela flexibilidade de produção, conseguimos colocar produtos no mercado, para atender perfis diferentes de consumidores nas diferentes regiões do Brasil”Emanuel Barbosa Móveis Colibri

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Hoje são 700 montadores em contato direto com a profissional responsável pela assistência técnica da empresa, que é quem controla e gera as estatísticas do canal. “Com o sucesso, criamos o Montador + Colibri, uma competição que premia a cada período o montador que tiver trabalhado com mais produtos da marca”, esclarece Barbosa.

Velha conhecida dos usuários de redes sociais, a selfie com o móvel montado é encaminhada ao grupo e entra no placar. Há premiação para os três primeiros lugares e brindes para os 10 melhores colocados. “Hoje chegamos a receber 20 selfies por dia, no início era uma por semana”, lembra o gestor. Além da diminuição da assistência técnica provocada pela montagem, Barbosa admite que os montadores passaram a indicar e valorizar a Colibri para os lojistas e consumidores com a ação.

O sucesso do Canal do Montador, revela, deu origem ao Canal do Vendedor, que teve início em meados do mês de março deste ano e contava, no fechamento desta edição, com 180 cadastrados. “O funcionamento via WhatsApp é semelhante, mas são enviadas informações sobre produtos, argumento de venda, como ambientar e decorar os produtos na loja, dicas e experiências”, enumera.

Mobilização e interatividade fazem montadores se engajarem com a marca, além da empresa obter feedback técnico sobre os produtos

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“Acompanhar mudanças econômicas e do estilo de vida do consumidor é fundamental para entender as tendências de consumo e desenvolver produtos mais assertivos e de alto giro”Sidney Nakama Linea Brasil

A competição também acontece, a foto do produto vendido é contabilizada e a metodologia de premiação é a mesma dos montadores.

O lançamento mais recente, no ar desde o dia 20 de maio, é uma série de artigos produzida por especialistas em diversas áreas da gestão dentro da empresa com o objetivo de orientar lojistas menores nas melhores práticas para os negócios. Com os três projetos, ressalta Barbosa, a ideia é estar mais perto do mercado e se diferenciar. “Existe muito a ideia de que esse tipo de ação não funciona no mercado moveleiro, mas se quisermos resultados diferentes, é preciso fazer coisas diferentes, por mais que isso possa soar como um clichê”, garante. ✓

PRODUÇÃO

Ajudar a vender os produtos da marca e capacitá-lo para os negócios, fideliza um aliado importante em contato direto com o consumidor

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