7
Este conteúdo pertence ao Descomplica. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Literatura Diogo Mendes 29/05/2015 Empurrão para o Enem Exercícios de Revisão 2 Leia o texto abaixo e responda às questões 1 e 2. Andar com Fé Gilberto Gil Andá com fé eu vou Que a fé não costuma faiá... Que a fé tá na mulher A fé tá na cobra coral Ô! Ô! Num pedaço de pão... A fé tá na maré Na lâmina de um punhal Ô! Ô! Na luz, na escuridão... (...) A fé tá na manhã A fé tá no anoitecer Ô! Ô! No calor do verão... A fé tá viva e sã A fé também tá pra morrer Ô! Ô! Triste na solidão... Andá com fé eu vou Que a fé não costuma faiá Ô Minina! Andá com fé eu vou Que a fé não costuma faiá... (...) Certo ou errado até A fé vai onde quer que eu vá Ô! Ô! A pé ou de avião...

EmpurraoEnem-Literatura

Embed Size (px)

DESCRIPTION

mop

Citation preview

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    Exerccios de Reviso 2 Leia o texto abaixo e responda s questes 1 e 2. Andar com F Gilberto Gil And com f eu vou Que a f no costuma fai... Que a f t na mulher A f t na cobra coral ! ! Num pedao de po... A f t na mar Na lmina de um punhal ! ! Na luz, na escurido... (...) A f t na manh A f t no anoitecer ! ! No calor do vero... A f t viva e s A f tambm t pra morrer ! ! Triste na solido... And com f eu vou Que a f no costuma fai Minina! And com f eu vou Que a f no costuma fai... (...) Certo ou errado at A f vai onde quer que eu v ! ! A p ou de avio...

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    Mesmo a quem no tem f A f costuma acompanhar ! ! Pelo sim, pelo no...

    (Gilberto Gil. Disponvel em: http://letras.mus.br/gilberto-gil/46184/) 1. Embora a msica de Gilberto Gil se aproxime da arte barroca ao pr em foco a questo da f, h outros elementos que a distanciam da mesma, como:

    a) a crena de que a f no necessariamente precisa estar vinculada doutrina crist. b) a f depositada na figura feminina, que precisa de salvao. c) a crena na possibilidade de a f ser infalvel. d) o fato de a f estar sempre relacionada a elementos luminosos. e) o fato de o eu lrico ser movido pela razo, que se sobrepe f.

    2. As manifestaes artsticas barrocas so marcadas por um acentuado jogo de oposies. Levando-se em conta essa afirmao, deixa-se de identificar como versos tradicionalmente barrocos:

    a) A f t na manh A f t no anoitecer

    b) A f t viva e s A f tambm t pra morrer

    c) Que a f t na mulher A f t na cobra coral

    d) A f vai onde quer que eu v ! ! A p ou de avio...

    e) A f costuma acompanhar ! ! Pelo sim, pelo no...

    3. Gregrio de Matos foi um poeta multifacetado: escreveu poemas lrico-amorosos, religiosos, satricos e at mesmo erticos. So tambm exemplos da poesia satrica do poeta os versos:

    a) Que falta nesta cidade? ................ Verdade. Que mais por sua desonra? .......... Honra. alta mais que se lhe ponha? ....... Vergonha.

    b) Se s fogo como passas brandamente, Se s neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti pudente!

    c) Bela Floralva, se Amor me fizesse abelha um dia, em todo tempo estaria picando na vossa flor:

    d) Ofendi-vos, meu Deus, bem verdade, verdade, Senhor, que hei delinquido, Delinquido vos tenho, e ofendido,

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    Ofendido vos tem minha maldade. e) A vs, divinos olhos, eclipsados

    De tanto sangue e lgrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por no condenar-me, estais fechados.

    Leia os textos abaixo e responda s questes 4 e 5. Texto I Quanto mais gente, melhor Com a experincia de quem j visitou e estudou quase todas as grandes metrpoles do mundo, entre elas So Paulo, o economista americano Edward Glaeser, 44 anos, se baseia em clculos e estatsticas para provar que o mais desejvel para o ser humano viver nas cidades. Sem elas, a evoluo humana jamais teria sido possvel. E tambm nelas que est o futuro da nossa espcie, afirma. Professor da Universidade de Havard, onde dirige um centro de pesquisas e assessoria em polticas pblicas, Glaeser autor do best-seller Os Centros Urbanos: a Maior Inveno da Humanidade, em que demole a viso idlica do campo e aponta os benefcios da vida nas grandes concentraes de gente das metrpoles. Glaeser participa nesta semana como palestrante do Arq.Futuro, o concorrido encontro dos maiores arquitetos do mundo realizado no Rio de Janeiro. Como o senhor rebate a turma que o considera um idealista do indefensvel, a qualidade de vida nas grandes cidades? Ao contrrio desses que se se deixam levar por uma viso romanceada da vida longe das zonas urbanas, eu prefiro olhar os nmeros. Eles mostram claramente que, sob diversos aspectos essenciais para a existncia humana, no h lugar melhor para viver do que em uma grande cidade. Pois justamente em ambientes de enormes aglomeraes que os mais variados talentos podem conviver e aprender entre si, potencializando ao mximo sua capacidade criativa e inovadora. Aumentam assim, exponencialmente, as chances de ascender, ganhar mais e ter acesso ao que h de mais avanado.

    (Veja. 28 de mar. de 2012.) Texto II J se afastou de ns o Inverno agreste Envolto nos seus midos vapores; A frtil Primavera, a me das flores O prado ameno de boninas veste: Varrendo os ares o sutil nordeste Os torna azuis: as aves de mil cores Adejam entre Zfiros, e Amores, E torna o fresco Tejo a cor celeste; Vem, Marlia, vem lograr comigo Destes alegres campos a beleza, Destas copadas rvores o abrigo:

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    Deixa louvar da corte a v grandeza: Quanto me agrada mais estar contigo Notando as perfeies da Natureza!

    (BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. O delrio amoroso e outros poemas. Porto Alegre: L&PM, 2004. P. 27)

    4. O pensamento do economista Edward Glaeser se contrape nitidamente aos valores artstico-culturais disseminados por inmeros artistas, como o poeta portugus Bocage, e filsofos do sculo XVIII, como Jean Jacques Rousseau, defensor da tese de que o ser humano bom por natureza, mas corrompido pela civilizao. Dentre os lemas apresentados pela arte desse perodo, aquele que se ope opinio do economista :

    a) Ora et labora (reza e trabalha) diviso do tempo entre a orao e o trabalho, quer seja manual ou intelectual.

    b) Locus horrendus (gosto pelo grotesco) valorizao de elementos macabros. c) Inutilia truncat (cortar o intil) contra os exageros, o rebuscamento, a extravagncia do

    Barroco. d) Carpe diem (aproveita o dia) desejo de fruio dos prazeres da vida. e) Locus amoenus (lugar ameno) a natureza aprazvel e dedicada, nico lugar onde o

    homem poderia ser feliz. 5. Um lema tambm muito difundido pela arte do sculo XVIII foi o aurea mediocritas, que pregava uma vida medocre materialmente, mas rica em realizaes espirituais. Ou seja: representava a idealizao de uma vida pobre e feliz no campo, em oposio vida luxuosa e triste na cidade. Dentre as opes abaixo, todas extradas de poemas da poca em questo, a sequncia de versos que se ope ao ideal de ascenso social buscado nas grandes metrpoles e defendido pelo economista Edward Glaeser, em entrevista concedida revista Veja :

    a) Quando cheios de gosto, e de alegria / Estes campos diviso florescente, / Ento me vm as lgrimas ardentes / Com mais nsia, mais dor, mais agonia (Cludio Manuel da Costa)

    b) Eu, Marlia, no fui nenhum vaqueiro / fui honrado pastor da tua aldeia; / vestia finas ls e tinha sempre / a minha choa do preciso cheia. (Toms Antnio Gonzaga)

    c) De que serviro tantas / to saudveis leis, sbias e santas, / se, em vez de executadas, / forem por mos sacrlegas frustradas? (Alvarenga Peixoto)

    d) Se o bem desta choupana pode tanto, / Que chega a ter mais preo, e mais valia, / Que da cidade o lisonjeiro encanto; (Cludio Manuel da Costa)

    e) Neste bosque alegre e rindo / Sou amante afortunado, / E desejo ser mudado / No mais lindo Beija-flor. (Silva Alvarenga)

    6. Leia o texto abaixo e responda questo. Texto I (...) Eia! Estamos na Bahia, onde agrada a adulao, onde a verdade baldo, e a virtude hipocrisia: sigamos esta harmonia

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    de to ftua consonncia, e inda que seja ignorncia seguir erros conhecidos, sejam-me a mim permitidos, se em ser besta est a ganncia. (MATOS, Gregrio de. Seleo, introduo e notas: Jos Miguel Wisnik. Poemas escolhidos. So

    Paulo: Cultrix. p. 63 a 65.) Texto II Ah! tu, meu Sancho Pana, tu que foste de Baratria o chefe, no lavraste nem uma s sentena to discreta! E que queres, amigo, que suceda? Esperavas, acaso, um bom governo do nosso Fanfarro? Tu no o viste em trajes de casquilho, nessa corte? E pode, meu amigo, de um peralta formar-se, de repente, um homem srio? Carece, Doroteu, qualquer ministro apertados estudos, mil exames. E pode ser o chefe onipotente quem no sabe escrever uma s regra onde, ao menos, se encontre um nome certo?

    (GONZAGA, Toms Antnio. Cartas chilenas. Disponvel em: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/autores/tomazagonzaga/chilenas/cartaschilenas.html#CART

    A2)

    Gregrio de Matos um dos principais poetas barrocos brasileiros, Toms Antnio Gonzaga, um dos principais poetas de nosso Arcadismo. Os textos desses autores, destacados acima, apresentam temas que se afastam daqueles mais explorados por seus respectivos movimentos literrios. Alm disso, eles tm em comum a:

    a) ficcionalizao da realidade. b) mitificao das figuras de poder. c) exaltao das grandes cidades. d) posio crtica com relao realidade. e) negao da verdade objetiva.

    Leia o texto abaixo e responda s questes 7 e 8. O poeta moribundo Poetas! amanh ao meu cadver Minha tripa cortai mais sonorosa! Faam dela uma corda, e cantem nela Os amores da vida esperanosa!

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    Cantem esse verso que me alentava... O aroma dos currais, o bezerrinho, As aves que na sombra suspiravam, E os sapos que cantavam no caminho! Corao, por que tremes? Se esta lira Nas minhas mos sem fora desafina, Enquanto ao cemitrio no te levam Casa no marimbau a alma divina! Eu morro qual nas mos da cozinheira O marreco piando na agonia . . . Como o cisne de outrora... que gemendo Entre os hinos de amor se enternecia. Corao, por que tremes? Vejo a morte Ali vem lazarenta e desdentada... Que noiva!... E devo ento dormir com ela?... Se ela ao menos dormisse mascarada! Que runas! que amor petrificado! To antediluviano e gigantesco! Ora, faam ideia que ternuras Ter essa lagarta posta ao fresco! Antes mil vezes que dormir com ela, Que dessa fria o gozo, amor eterno... Se ali no h tambm amor de velha, Deem-me as caldeiras do terceiro Inferno! No inferno esto suavssimas belezas, Clepatras, Helenas, Eleonoras; L se namora em boa companhia, No pode haver inferno com Senhoras! Se verdade que os homens gozadores, Amigos de no vinho ter consolos, Foram com Satans fazer colnia, Antes l que no Cu sofrer os tolos!- Ora! e forcem um'alma qual a minha Que no altar sacrifica ao Deus-Preguia A cantar ladainha eternamente E por mil anos ajudar a Missa! (lvares de Azevedo)

  • Este contedo pertence ao Descomplica. vedada a cpia ou a reproduo no autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

    Literatura Diogo Mendes

    29/05/2015

    Empurro para o Enem

    7. O tema centra do poema O poeta moribundo, de lvares de Azevedo, a morte. No entanto, ela representada de modo diferente de como costumava aparecer na segunda gerao romntica gerao da qual faz parte o poeta. Isso fica claro principalmente por meio dos seguintes versos:

    a) Enquanto ao cemitrio no te levam Casa no marimbau a alma divina!

    b) Corao, por que tremes? Vejo a morte Ali vem lazarenta e desdentada...

    c) Ora! e forcem um'alma qual a minha Que no altar sacrifica ao Deus-Preguia

    d) Faam dela uma corda, e cantem nela Os amores da vida esperanosa!

    e) Cantem esse verso que me alentava... O aroma dos currais, o bezerrinho,

    8. lvares de Azevedo considerado o principal poeta da segunda gerao romntica brasileira. No entanto, longe de se restringir a fazer poemas que seguiam risca o protocolo ultrarromntico, Azevedo muitas vezes satirizou o Romantismo, utilizando-se de sua famosa ironia. Em O poeta moribundo essa stira feita principalmente por meio do(a):

    a) utilizao de uma temtica recorrente no Ultrarromantismo. b) emprego de uma forma regular, que o distancia dos poemas ultrarromnticos. c) humor, que fica claro em versos como Minha tripa cortai mais sonorosa! / Faam dela uma

    corda, e cantem nela. d) emprego de versos livres, que o contrape rigidez formal ultrarromntica. e) repetio de artifcios retricos romnticos, como o emprego de exclamaes e reticncias.