53
Eninc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro de Loyola

En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Eninc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009

Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná

Geólogo Luciano Cordeiro de Loyola

Page 2: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

O estudo de matérias-primas visa melhorar o desenvolvimento de produtos e processos.

Resultado reflete-se em mudanças nas formulações das misturas e como consequência as melhorias no processo de fabricação.

Fator primordial controle das propriedades das matérias-primas.

Page 3: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

A indústria de telhas e tijolos deve ter muita imaginação

Page 4: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Massa .

Produtos com características desejadas .

Proporção de peso e volume .

Facilmente processada .

Resultar em menor custo de produção .

Page 5: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

O % de argilominerais presentes à massa, deve

ser o mínimo suficiente para permitir a

moldagem dos corpos cerâmicos .

Page 6: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

O QUE É ARGILA?

“A argila é tão indefinível como a

verdade, permitindo vários

conceitos subjetivos e

interpretativos.”

Robert Mackenzie, citado por Celso Figueiredo Gomes

Page 7: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Poderíamos comparar a argila a uma comunidade, onde a população é constituída de habitantes muito pequenos, mas

numerosos, os argilominerais Outros, maiores, em quantidade intermediária, na granulometria silte, e outros,

muito grandes, na granulometria areia.

Page 8: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

E outros constituintes minerais.

Page 9: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Outros constituintes minerais

hidróxidos de ferro sulfetos carbonatos sulfatos minerais residuais (sílica) matéria orgânica

Page 10: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 11: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Granulometria

Com a granulometria varia a plasticidade, e consequentemente a maneira de realizar a extrusão, a secagem e a queima.

Principais variações que encontraríamos se, na mesma cerâmica, usássemos tipos diversos de

argilas

Page 12: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Mineralogia

Com a mineralogia, varia a composição química.

Pela diferença de composição química, variam:

• temperatura ideal de queima

•reabsorção de água durante a secagem

• e cor após queima.

Page 13: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Minerais acessórios

Resistência mecânica, problemas ou facilidades na secagem, cor após queima e manchas.

Page 14: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Fator que determina o tipo de equipamento e tecnologia mais adequados para uma determinada fábrica:

A natureza das argilas A natureza das argilas disponíveis para consumodisponíveis para consumo

Page 15: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Tipos principais de argilo-minerais

Caulinita

Ilita

Caulinita

Montmorilonita

Page 16: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 17: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

QUANTO MAIOR A PLASTICIDADE:QUANTO MAIOR A PLASTICIDADE:

VOLUME DE ÁGUA RETIDOVOLUME DE ÁGUA RETIDO

RETRAÇÃORETRAÇÃODE SECAGEMDE SECAGEM

CONSUMO ENERGÉTICOCONSUMO ENERGÉTICO

Page 18: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Atualmente sabe-se que o grau de moagem das massas é

um dos fatores que pode influenciar a plasticidade das massas

vermelhas.

Assim, uma moagem mais fina tem como

consequência um aumento da superfície

específica das partículas da massa, o que

provoca um aumento da plasticidade.

Page 19: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Superfície específica

Cubo com 2 m de lado,24 m2 de área

dividido por 4 kilos =6 m2/kg

Cubo com 16 m2 de área

dividido por 2 kilos =8 m2/kg

Page 20: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Uma variação de 1, 2 ou 3% de umidade numa massa plástica poderá não se notar em termos de extrusão, mas numa massa magra provocará uma alteração total da plasticidade a das condições de fluxo através da boquilha, devido à menor força de coesão entre as partículas.

Nesse sentido pode-se observar como diferem as pressões de extrusão e consequentemente os gastos com energia elétrica no motor, quando se extruda duas massas com plasticidades muito diferentes.

Page 21: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Formato da partícula

Page 22: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Assim, o conhecimento das características das argilas não tem valor apenas acadêmico, mas também grande interesse comercial.

Page 23: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

E quando o ceramista deve procurar materiais alternativos?

Page 24: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Além dos preceitos legais e ambientais, para que um determinado resíduo ou material alternativo seja útil à indústria da cerâmica estrutural ele deve atender aos seguintes requisitos:

i)Possuir características que permitam seu consumo como matéria

prima convencional, isto é, se puder ser utilizado como um dos

principais componentes da massa.

Ou se a sua utilização, em menor escala, afetar positivamente:

ii) As propriedades das matérias primas;

iii) O desempenho de etapas do processamento;iv) O produto acabado.

Page 25: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Alguns exemplos.

Page 26: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 27: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 28: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 29: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 30: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 31: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Talco

Page 32: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 33: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Há de considerar a hipótese, ainda que remota, de que a

massa, o processo e o produto acabado sejam indiferentes aos

materiais alternativos, isto é, a presença destes não afeta as

características das matérias primas, do processo ou do produto

acabado.

O ceramista pode ao utilizar este material, receber uma

compensação financeira.

Page 34: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 35: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 36: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 37: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Os resíduos e materiais alternativos adicionados à massa podem atuar como:

• Ligantes, redutores de plasticidade, plastificantes/lubrificantes;

• Combustíveis primários ou secundários;

• Formadores de fluxo;

• Agentes corantes.

Page 38: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Ligantes

Argilas pobres, isto é, de baixa plasticidade, baixa coesão e baixa resistência após a secagem podem ser aproveitadas se essas deficiências forem corrigidas por um aditivo de atue como uma cola, plastificante ou ambos. Esse artifício é largamente empregado na fabricação de cerâmicas técnicas.

Podem ser classificados os materiais ligantes como orgânicos e inorgânicos. Os primeiros podem ser substâncias sintéticas ou naturais, como álcool polivinílico (PVA) e goma arábica, enquanto que os últimos geralmente são argilominerais coloidais, como bentonita.

Page 39: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Plastificantes/lubrificantes

O processamento de matérias primas com elevado teor de sílica livre e outros óxidos de alto poder abrasivo tem conseqüências negativas tanto para os equipamentos (desgaste acelerado) quanto para as propriedades de escoamento durante a extrusão.

Page 40: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Em alguns casos, acessórios instalados na boquilha de extrusão ou na parte final do barril de extrusão minimizam tais efeitos. Em outros, esses dispositivos podem não ser eficientes, o que nos obriga a considerar outros artifícios para contornar tais problemas.

Um filme suficientemente espesso de um líquido orgânico (óleo, por ex.) de viscosidade limitada, formado na superfície das partículas das matérias primas, pode ser eficiente na redução da fricção.

Sólidos orgânicos com reduzido tamanho de partícula e baixa resistência ao escoamento, como carvão finamente moído, podem apresentar resultados semelhantes. Materiais como parafina, ácido oléico, grafite, estearatos de alumínio, zinco, lítio, magnésio e sódio são conhecidos como lubrificantes eficientes.

Argilominerais do grupo da montmorilonita podem exercer forte ação plastificante e lubrificante, assim como outros minerais de natureza coloidal. O talco lamelar, uma matéria prima natural, é outro exemplo de lubrificante sólido eficiente.

Page 41: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Manuel J. Ribeiro1*, António A.L. Ferreira1 e João A. Labrincha2

Page 42: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Redutores de plasticidade

Quanto menor o teor de argilominerais e mais grosseiro o resíduo adicionado à massa, maior o efeito redutor na plasticidade.

Como exemplo de resíduos redutores de plasticidade podemos citar as argilas pobres em argilominerais do grupo da ilita e da montmorilonita,

argilas arenosas, chamote de blocos e telhas e resíduos do processamento de rochas ornamentais, entre outros.

A adição de materiais não plásticos à massa, além da natural redução da plasticidade, pode trazer as seguintes conseqüências:• Redução da umidade de extrusão;• Redução da retração de secagem e de queima;• Redução da resistência mecânica a seco e após queima;• Aumento da absorção de água.

Page 43: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

A adição de chamotes de granulometria

grosseira em teores elevados ocasiona trincas

interligando suas partículas do inerte, visíveis a

olho nu, após a secagem em estufa.

Em função disso, a resistência mecânica a verde

(que tende a diminuir com a adição de chamote na

massa cerâmica) decresce ainda mais com o

aumento da granulometria da chamota.

Page 44: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Além dos resíduos já citados .........................

Resíduos com poder calorífico

Lamas da Indústria do PapelSerragem de MadeiraMaterial Proveniente da Indústria TêxtilResíduos de CurtumeMaterial Procedente da Extração e do Processamento do Carvão

Resíduos fundentes

Resíduos corantes

Page 45: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Manutenção das cores

As cores são uma característica marcante, pois são inerentes das

argilas. Não são adicionadas

artificialmente e não esmorecem com o

tempo.

Page 46: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Cores

Page 47: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

Exemplos de cidades

Page 48: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 49: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 50: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 51: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 52: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro
Page 53: En i nc 2009 Maringá 30 de outubro de 3009 Avaliação das matérias-primas alternativas para atender a indústria cerâmica do Paraná Geólogo Luciano Cordeiro

MINERAIS DO PARANÁ SA

Obrigado pela atenção!

Luciano Cordeiro de Loyola [email protected]