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O pioneirismo e a capacidade de realização da nossa companhia são comprovados pela maneira como conduzimos os negócios, gerando valor para nossos acionistas e entregando recursos energéticos valiosos para o desenvolvimento global de forma sustentável. Fomos a primeira empresa brasileira independente qualificada como Operador Tipo A pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que nos autoriza a operar em terra e em águas rasas, profundas e ultraprofundas na costa brasileira. Enauta | Relatório anual de sustentabilidade 2019 25

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O pioneirismo e a capacidade de realização da nossa companhia são comprovados pela maneira como conduzimos os negócios, gerando valor para nossos acionistas e entregando recursos energéticos valiosos para o desenvolvimento global de forma sustentável. Fomos a primeira empresa brasileira independente qualificada como Operador Tipo A pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que nos autoriza a operar em terra e em águas rasas, profundas e ultraprofundas na costa brasileira.

Enauta | Relatório anual de sustentabilidade 2019

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2. Não participação na violação dos direitos humanos

7. Abordagem para os desafios ambientais

8. Responsabilidade ambiental

Pacto Global

Investimos mais de US$ 400 milhões na construção de toda a infraestrutura para a obtenção e tratamento do gás natural do Campo de Manati, na Bacia de Camamu-Almada, no litoral da Bahia. Energético acessível e competitivo, o gás é distribuído a indústrias do Nordeste e impulsiona a economia local. Possuímos 45% de participação no consórcio que tem a concessão do ativo, em produção desde 2007 e operado pela Petrobras.

Em 2018, iniciamos a produção de óleo no Campo de Atlanta e consolidamos nossa condição de operador independente de campos de óleo e gás offshore (em águas profundas e ultraprofundas). Aplicamos tecnologias e unimos sistemas de forma inédita para superar os desafios dessa operação, encerrando o ano de 2019 com uma produção total de 10 milhões de barris de óleo.

Em dezembro de 2019, fomos o sexto maior produtor de óleo e gás no país e a décima empresa do setor com maior volume produzido, segundo dados da ANP. Os Campos de Atlanta e Manati encerram o mesmo mês entre os 20 de maior produção no Brasil.

Prezamos pela segurança operacional e dos trabalhadores em todas as operações, com o Sistema de Gestão Integrado

Asseguramos a resiliência e confiabilidade das operações, com tecnologia de ponta nos ativos

ODS

Em 2019, atingimos uma produção recorde de 10 milhões de barris de óleo no Campo de Atlanta e iniciamos o planejamento para o Sistema Definitivo de produção

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Enauta | Relatório anual de sustentabilidade 2019

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Campo de Atlanta

Nossa companhia está passando por uma transformação do seu modelo de negócio desde a entrada em operação do Campo de Atlanta, ativo localizado no Bloco BS-4 da Bacia de Santos. Em 2019, perfuramos o terceiro poço da primeira fase do desenvolvimento, o Sistema de Produção Antecipada (SPA), e concluímos as intervenções nos dois poços já existentes e cujos sistemas primários de elevação (BCSS de fundo) haviam apresentado falha no começo das atividades. Assim, o ativo atingiu a média de 30 mil barris de óleo produzidos por dia – a capacidade máxima de processamento do FPSO Petrojarl I, embarcação afretada para essa atividade.

Com essa atuação operacional bem-sucedida, consolidamos nossa posição como primeiro operador brasileiro independente a atuar na zona de exclusão do pré-sal. O know-how de nossa equipe tornou possível a exploração do reservatório localizado em águas ultraprofundas, sob uma lâmina d’água de 1.550 metros, por meio de tecnologias e metodologias que nunca haviam sido utilizadas em conjunto, empregadas para a perfuração e a elevação até o FPSO.

Devido a esse modelo inovador, optamos por iniciar a produção com o SPA, a fim de analisar a viabilidade técnica do modelo adotado. Após constatar o êxito da produção, o consórcio que possui a concessão do Bloco BS-4 autorizou o início da tomada de preços para a implementação do Sistema Definitivo (SD), que incluirá a perfuração de até nove poços adicionais e um FPSO com capacidade para processar entre 50 mil e 70 mil barris por dia.

Nossas operações

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O Campo de Atlanta produz um óleo pesado (14° API) utilizado, por exemplo, para a produção do bunker oil, o combustível dos motores de navios. Por essa característica, o produto geralmente é comercializado com um desconto em relação à cotação do Brent na bolsa de Londres. No quarto trimestre de 2019, esse valor diminuiu consideravelmente em relação ao início da produção, ficando entre US$ 8 e US$ 11.

Uma das principais razões para esse desconto menor está relacionado à entrada em vigor da regulação International Maritime Organization 2020 Low Suphur (IMO 2020). O objetivo dessa nova legislação é reduzir, nas atividades marítimas, as emissões de óxido de

enxofre, um potencial causador da acidificação dos oceanos. A IMO 2020 obriga os navios a usarem bunker oil com teor de enxofre limitado a 0,5% (antes, o teto era de 3,5%). O óleo do Campo de Atlanta possui baixa concentração de enxofre – apenas 0,35% – e tem sido uma das soluções adotadas pela indústria para atender a essa nova demanda.

Toda a produção do SPA é comercializada pela Shell para clientes em diversas partes do mundo. Nossa produção já atende empresas localizadas no Golfo do México, Costa Oeste dos Estados Unidos e Ásia.

30 mil barris de óleo por dia é a

capacidade máxima de produção do FPSO no Campo de Atlanta

30 milbarris de óleo por dia é a capacidade máxima de produção

do FPSO no Campo de Atlanta

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Campo de Manati

A produção de gás natural não associado no Campo de Manati, operado pela Petrobras e no qual temos 45% de participação, foi iniciada em 2007. Desde então, tem ocupado papel de destaque na matriz energética do Nordeste, garantindo uma fonte segura e confiável para termelétricas e indústrias, sendo atualmente responsável por cerca de 30% da produção de gás na região.

A produção média do Campo de Manati em 2019 foi de 3,6 milhões de m³ por dia e a projeção é que o ativo, que já entrou em sua fase de declínio, estenda sua produtividade até 2023/2024.

O volume médio produzido de gás está diretamente relacionado à demanda pelo energético na região Nordeste. Esse consumo aumentou nos dois últimos trimestres de 2019 em decorrência do religamento de usinas termelétricas nessa região. Todo o gás ali produzido é adquirido pela Petrobras, por meio de um contrato de exclusividade com cláusula de “take or pay”, que garante ao consórcio do Bloco BCAM-40 (Bacia de Camamu-Almada) um recebimento mínimo e fortalece nossa previsão financeira.

Até maio de 2018, quando iniciamos a produção de óleo no Campo de Atlanta, esse foi nosso único ativo em produção e suas atividades foram de extrema relevância para suportar a geração de caixa da nossa companhia e assegurar os investimentos nas áreas de exploração e desenvolvimento dos outros campos.

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Os maiores riscos de acidentes ocorrem na operação do Campo de Atlanta, onde trabalham os terceiros contratados pelos nossos fornecedores. Nossa missão é promover o engajamento contínuo dessas equipes nas metodologias e práticas que adotamos e reforçar a cultura e os valores da segurança operacional.

Adotamos metodologias reconhecidas internacionalmente para conduzir as análises de risco e, com uma equipe multidisciplinar, identificar as barreiras e ações necessárias para evitar a ocorrência de incidentes. Em 2019, realizamos 12 análises de risco para avaliar a segurança nas operações de offloading (retirada do óleo do FPSO), nas operações de perfuração do terceiro poço e de produção ocorrendo simultaneamente, do sistema submarino e do sistema de injeção de produtos químicos nos poços produtores.

Desde a chegada do FPSO Petrojarl I, não houve nenhum acidente que tenha provocado o afastamento de qualquer trabalhador – em 8 de janeiro de 2020, celebramos a marca de dois anos sem registros desse tipo. Contudo, ressaltamos que a manutenção desse ambiente saudável depende da continuidade das ações de conscientização, treinamentos e avaliação contínua dos riscos.

Segurança é o nosso compromisso

Desempenho de SMS no Campo de Atlanta2019 2018

Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA)

Taxa de Frequência de Acidentes sem Afastamento (TFSA)

Taxa de Gravidade (TG)

Índice de Avaliação de Fornecedores Críticos (IAFC)

0

3,33

0

100%

0

2,48

0

90%

As taxas de 2019 foram calculadas sobre um total de 1.201.924 horas trabalhadas. Não dispomos das informações segregadas por gênero, pois elas são transmitidas para a Enauta de forma consolidada pelos fornecedores. É importante ressaltar que, no Campo de Atlanta, praticamente 100% dos trabalhadores são homens, portanto a segregação por gênero não é tema material para a gestão da companhia.O IAFC é um indicador operacional que mensura o percentual de fornecedores considerados críticos que foram contratados e avaliados em aspectos de SMS. A meta é atingir 100%.

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3 | 403-2 30

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Nossos valores para a segurança operacional

A Liderança promove uma cultura de segurança operacional e de prevenção de incidentes, incentivando os trabalhadores a comunicar as condições inseguras.

Desde 2013, utilizamos a metodologia internacional ICS (Incident Command System), que subsidia a formação de uma estrutura integrada para responder a situações de emergência. Especificamente para o Campo de Atlanta, possuímos um Plano de Emergência Individual (PEI), aprovado e avaliado anualmente por meio de simulado que conta com a participação do IBAMA.

Em 2019, realizamos sete simulados de resposta a emergências (IMT, na sigla em inglês), com a mobilização de recursos como embarcações para contenção e recolhimento de óleo, aeronave para sobrevoo e derivadores para acompanhamento da mancha. Os exercícios também foram acompanhados por especialistas em resposta a emergência e proteção à fauna. Desde que iniciamos nossa operação, não tivemos nenhum incidente envolvendo vazamento de óleo no mar.

Para ampliar os mecanismos de proteção, somos associados à Oil Spill Response Limited (OSRL), maior organização especializada em resposta a emergência na indústria e que garante recursos para atender a ocorrências desse tipo. Também fazemos parte da Wild Well Control (WWC), que fornece suporte para planos de contingência e equipamentos de combate em situações de vazamentos submarinos (chamados de blowout).

A Responsabilidade individual de saber e agir da maneira correta, considerando as questões relacionadas à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à integridade dos ativos.

O Comprometimento da companhia em assegurar os recursos necessários para prevenção, mitigação e controle dos impactos relacionados às atividades operacionais, buscando permanentemente a melhoria contínua dos resultados.

A Gestão de Riscos que identifica, avalia e divulga os riscos envolvidos nas atividades operacionais para todos os trabalhadores envolvidos, de modo a evitar a ocorrência de incidentes.

A Gestão de Integridade para manter os ativos operacionais preservados de modo a assegurar um elevado nível de confiabilidade, respeitando a vida útil para a qual foram projetados.

12 análises de risco foram realizadas

para avaliar a segurança nas operações de offloading

12 análises de risco foram realizadas para avaliar a

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3 | 306-3

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O fortalecimento da cultura de segurança é proporcionado pela robustez do nosso Sistema de Gestão Integrado (SGI), que reúne as diversas ferramentas e protocolos que adotamos para conduzir nossas atividades com segurança. As certificações ISO 14001 (gestão ambiental) e ISO 45001 (saúde e segurança ocupacional) atestam que adotamos as melhores práticas e controles no SGI.

A incorporação de novos softwares e modelos aumenta a robustez do SGI e dá mais agilidade aos nossos processos de gestão. No último ano, adotamos o Sistema Gestor, ferramenta que auxilia na gestão de não conformidades e no estabelecimento de planos para implementação e acompanhamento das ações corretivas.

Outra tecnologia que adotamos foi o sistema BowTie para a visualização de aspectos críticos da segurança operacional e implementação de barreiras para evitar acidentes. Essa tecnologia melhora o entendimento do fluxo de produção e facilita a conexão entre as situações de risco e ações necessárias para mitigá-los.

• ISO 14001 (gestão ambiental)

• ISO 45001 (saúde e segurança ocupacional)

A certificação ISO 45001 substituiu a norma OHSAS 18001, e sua conquista é resultado de um amplo esforço conduzido desde 2018 para a adaptação do sistema às novas exigências.

Estabelecem os procedimentos a serem adotados nas diferentes atividades para realizá-las de forma padronizada, atendendo aos requisitos de SMS e evitando a ocorrência de incidentes

CertificaçõesManuais

operacionais

Políticas

• Sistema de Gestão Integrado

• Políticas de Segurança Operacional

Avaliação de riscos operacionais

Adotamos as principais metodologias reconhecidas pela indústria para identificação e avaliação de riscos e implementação de recomendações para uma operação segura

Sistema de Gestão Integrado

Diretrizes corporativas

GRI 102-11 | 103-1 | 103-2 | 103-3 32

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Regras que Salvam Vidas9

Cumprimento dos controles de segurança

Espaço confinado Direção Isolamento de energia Trabalho com calor

Linha de fogo Içamento mecânico seguro

Autorização de trabalho Trabalho em altura

Ainda em 2019, fizemos o lançamento das Regras que Salvam Vidas, adotando o modelo de segurança da International Association of Oil & Gas Producers (IOGP). Trata-se de um conjunto simplificado de nove regras que mostra, para os trabalhadores do setor, as ações que podem ser tomadas para a própria proteção e a dos colegas, a fim de evitar acidentes graves.

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3

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Na condução dos negócios em busca de fontes energéticas, temos o objetivo de agir para prevenir, mitigar e controlar os impactos das atividades sobre o meio ambiente, a saúde e a segurança e observar o cumprimento de todos os requisitos legais e outras normas que se aplicam sobre a atuação da nossa companhia. Essas diretrizes foram estabelecidas pela Política do Sistema de Gestão Integrado (SGI), que segue as orientações da ISO 14001 e todos os requisitos exigidos pela legislação e pelas notas técnicas dos órgãos ambientais.

A base para nossa atuação é a obtenção e manutenção das licenças ambientais necessárias para o desenvolvimento das atividades de exploração e produção. Em 2019, iniciamos a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que subsidiará o pedido de licenciamento para o Sistema Definitivo (SD) de operação do Campo de Atlanta, além do cumprimento de todas as condicionantes das licenças que já possuímos para esse ativo. Também atualizamos o EIA enviado ao IBAMA junto com o pedido de licença para a perfuração dos blocos da Bacia do Pará-Maranhão, na Margem Equatorial Brasileira.

Preservação do meio ambiente

O primeiro ano completo de operação do Campo de Atlanta levou a um aumento das emissões e da geração de resíduos e efluentes na comparação com anos anteriores

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3

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Emissões atmosféricas

A gestão sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) decorrentes de nossas atividades operacionais tornou-se estratégica após a entrada em operação do Campo de Atlanta e tem levado a uma evolução acelerada das ferramentas que utilizamos para quantificar o volume de CO2 emitido, identificar oportunidades de redução e definir planos de ação e investimentos necessários para atingir esse objetivo.

Desde 2015, mensuramos nossas emissões de GEE com base na metodologia do Programa Brasileiro do GHG Protocol e publicamos nosso inventário no Registro Público de Emissões. Em todos os anos, os dados passaram por verificação externa e, por isso, nosso inventário é classificado na categoria Ouro.

Outra plataforma à qual aderimos para comunicar nossa governança sobre as emissões de GEE é o

10,22

Emissões de GEE (mil tCO2e)

58,63 117,57

2017 2018 2019

Escopo 1

1,55 23,72 40,09

Escopo 3

As emissões indiretas de escopo 2 referem-se apenas ao consumo de energia elétrica, e são significativamente menores. Saiba mais na página 60.Os dados referentes a 2019 são preliminares, porque a ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol não foi divulgada até o fechamento deste relatório. Consulte o inventário no Registro Público de Emissões.

130,8

Energia gerada a partir de combustíveis (mil GJ)

280,4 381,9

Diesel marítimo Gás natural

2017

647,7 1.529,0

130,8 928,0 1.910,9

2018 2019

Carbon Disclosure Program (CDP). Anualmente, respondemos ao questionário da entidade, que tem como objetivo dar mais transparência para os investidores sobre a maneira como as companhias conduzem a gestão desses impactos.

A partir de 2018, nossas emissões tiveram um aumento significativo por causa das atividades no Campo de Atlanta. Diante desse cenário, iniciamos uma discussão interna sobre as ações que podem melhorar nosso desempenho e, no final de 2019, realizamos um estudo de benchmarking setorial para identificar as melhores práticas adotadas pela indústria. A partir dessa análise, desenvolveremos ao longo de 2020 um plano de ação visando ao aprimoramento da nossa performance e, possivelmente, ao estabelecimento de metas para a gestão do tema.

Em 2019, as emissões brutas para o escopo 1 aumentaram em decorrência das atividades para perfuração do terceiro poço e das intervenções para manutenção nos outros dois já existentes. Além disso, foi o primeiro ano em que as operações ocorreram ao longo dos 12 meses – a produção foi iniciada em maio de 2018. As emissões indiretas (escopo 3), por sua vez, cresceram por causa da operação de embarcações para auxílio da operação.

A utilização do navio-sonda e de embarcações de outros tipos (AHTS, Line Handler e PSV) provocou o aumento do consumo de diesel marítimo. Além disso, o uso de gás natural no FPSO Petrojarl I também aumentou por causa da maior produção. Por isso, a energia gerada a partir desses dois combustíveis praticamente dobrou em 2019 quando comparada ao ano anterior.

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3 | 302-1 | 305-1 | 305-2 | 305-3 35

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Resíduos e efluentes

A operação do Campo de Atlanta também trouxe maior visibilidade sobre outros impactos ambientais que estão conectados ao nosso negócio e, assim como as emissões de GEE, demandam esforços contínuos de gestão e de busca por melhorias operacionais. Um dos aspectos que monitoramos é a geração, o tratamento e o descarte adequado de resíduos e efluentes. A quantidade de materiais e substâncias descartadas cresceu em relação a 2018, em decorrência do aumento do volume de produção no ativo, cuja operação foi mantida ao longo de 12 meses pela primeira vez.

O total de resíduos gerados atingiu 715 toneladas em 2019, um aumento de aproximadamente 85% na comparação anual. Os materiais perigosos são encaminhados para processos de tratamento, rerrefino e descontaminação. Outros tipos de resíduos, como papéis e plásticos, são enviados para reciclagem.

O volume de efluentes foi de 439 mil metros cúbicos, praticamente o dobro na mesma base comparativa. O aumento foi devido à maior utilização de embarcações para as atividades operacionais e do navio-sonda para a perfuração do terceiro poço no Campo de Atlanta. Todo o volume de efluentes passa por tratamento, em estações existentes no FPSO e nos navios, antes de ser descartado no mar. Em 2019, a maior parte dessas substâncias foi transportada para ser tratada em Estações de Tratamento de Efluentes no continente.

Resíduos perigosos por tipo e método de destinação (t)*2019 2018

Despressurização/descaracterização

Estação de tratamento

Reprocessamento

Rerrefino

Aterro

Limpeza/descontaminação

Beneficiamento

Autoclave

Incineração

Recondicionamento

Armazenamento no local

• Total

0,2

428,3

5,0

81,5

0,0

17,7

17,7

0,7

0,1

0,0

0,7

551,8

0,2

104,2

2,2

13,5

3,3

5,1

29,2

0,0

0,0

0,4

9,1

167,0*Abrange apenas a operação do Campo de Atlanta (BS-4).

Resíduos não perigosos por tipo e método de destinação (t)2019 2018

Aterro

Reutilização

Reciclagem (papel, papelão e plástico)

Armazenamento no local

Compostagem

Estação de tratamento

• Total

BS-4

33,9

0,0

112,4

11,8

0,0

0,1

158,2

Escritório

3,6

0,0

1,4

0,0

0,0

0,0

5,0

Total

37,6

0,0

113,8

11,8

0,0

0,1

163,2

BS-4

23,6

6,0

74,1

5,0

2,0

102,2

212,8

Escritório

3,2

0,0

1,6

0,0

0,0

0,0

4,8

Total

26,8

6,0

75,6

5,0

2,0

102,2

217,6

Tipos de efluentes gerados (mil m³)

Água oleosa Efluentes sanitários

11,0

428,6

GRI 103-1 | 103-2 | 103-3 | 306-1 | 306-2 36

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