Encarte da revista Banco de Idéias nº 51

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  • 8/9/2019 Encarte da revista Banco de Idias n 51

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    Parte integrante da revista n 51 - Ano XIV - Jun/Jul/Ago - 2010

    www.institutoliberal.org.br

    MST-FARC: Uma analogia perigosaGilberto Paim

    Jornalista. Membro do Conselho Tcnico da Confederao Nacional do Comrcio

    O MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra iniciou-se h 25 anos. A ideiaoriginal do movimento era a de distribuir terras a pequenos agricultores. De 1988 para cforam realizadas 7.591 invases. O Movimento tornou-se, com o tempo, um ator poltico decrescente violncia. No tem existncia jurdica, o que tem poupado seus dirigentes de processose indenizaes. Tem enorme capacidade de organizao, tendo mobilizado alguns anos atrs,em Braslia, 18 mil integrantes com perfeita logstica. Diz seu presidente Joo Pedro Stedile queo latifndio deixou de ser o inimigo nmero 1. Agora so as transnacionais e o agrobusiness.Alguns de seus dirigentes, como o caso de Jos Rainha, declararam publicamente que preten-dem criar uma nova Canudos. Entre os objetivos explcitos do MST se encontra o de reestatizar aempresa Vale. No h qualquer registro formal das despesas e da origem dos recursos do MST.

    A revista Veja informou que, entre 2003 e 2007, o governo atravs de ONGs e rgosoficiais, como o Incra aplicou R$ 43 milhes no MST, que ainda recebeu ajuda externa socia-lista de R$ 20 milhes. O MST combate o reflorestamento e j destruiu importantes laboratrios

    de pesquisa, desviando, em consequncia, investimentos para pases vizinhos. Em 2008 a revistaISTO divulgou a instalao pelo MST de 20 acampamentos em trs estados, para treinarguerrilheiros.

    Os custos de assentamento do Incra so extremamente elevados, e a produtividade mdia to baixa que o governo obrigado a sustentar os acampados com cestas bsicas. Convm nominimizar os riscos para a democracia de um exrcito de 467 mil famlias, em boa parteacampadas em fazendas invadidas prximo a eixos rodovirios. O modelo ideolgico do MSTso as FARC Foras Armadas Revolucionrias da Colmbia.

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    m seus 25 anos de existn-cia so milhares as aes do

    MST, em grande parte praticadasa partir da eleio do presidenteLuiz Incio Lula da Silva, no pleitode 3 de outubro de 2002. Segun-do o Ncleo de Estudos, Pesqui-sas e Projetos de Reforma Agrria,da Universidade Estadual Paulista,somam 7.591 as aes do movi-mento em 19 anos, iniciadas em1988, e alcanam as mais varia-das formas: invaso de fazendasprodutivas e de prdios pblicos,bloqueio de estradas de ferro e derodovias, destruio de laborat-

    rios de pesquisas e de centros deproduo de mudas de fabrican-tes de celulose. Depois da instala-o do governo petista, o Movi-mento dos Sem Terra passou a agircom plena impunidade, s vezesoperando como um rgo oficial.Ao colocar na cabea o bon doMST, em 2003, o presidente daRepblica praticamente autorizou

    o Movimento a agir sob a prote-o de diferentes rgos pblicos,inclusive do Ministrio do Desen-volvimento Agrrio, do Incra e daPolcia Federal. Continuaram livrespara a prtica de novas depreda-es os autores, devidamente iden-tificados, da destruio de pesqui-sas da Aracruz, realizadas durante22 anos no Rio Grande do Sul.

    Explica-se essa liberdade para des-truir. O Incra est dominado porfuncionrios que saram das hostesdo MST.

    A impunidade foi sacramen-tada pelo ministro GuilhermeCassel, do Desenvolvimento Agr-rio, quando classificou comoJornada Nacional de Lutas as

    aes do MST durante oAbril Ver-melho de 2008. Frisou o ministroque a participao desses movi-mentos essencial para o fortale-cimento da democracia no Bra-sil. Sobre a ameaa do MST de in-vadir as instalaes da Vale noPar, disse o ministro, conforme aFolha de S. Paulo, de 17 de abrilde 2008: a questo tem mais aver com a reestatizao da Vale,

    defendida tambm por outrasorganizaes sociais, alm deuma ala do PT.

    O MST est sempre presente

    em greves e manifestaes de rua.Aliou-se campanha contra pro-jetos hidreltricos na Amaznia,chefiada pelo Movimento de Atin-gidos por Barragens, como temocorrido na cidade de Altamira, noPar, contra o grande projeto deBelo Monte, de 11 milhes de kW,pouco abaixo da potncia da

    hidreltrica de Itaipu. Espera-se aintensificao das invases de pro-priedades rurais, depois que o pre-sidente da Repblica sancionar oprojeto de novos ndices de produ-tividade, como est prometido.Estabelece esse projeto que as ter-ras de uma fazenda que no esti-verem inteiramente aproveitadassero desapropriadas para efeitode reforma agrria. No h dvi-da de que as propriedades assimafetadas daro motivo a um des-mesurado aumento das tensesno campo, com reflexos na zonaurbana.

    Com a feio de milcia, o MSTtem demonstrado uma extraordi-nria capacidade de realizar atossimultneos em 23 estados, comoocorreu no Abril Vermelho de2008. Em quase todo o Pas asocupaes, depredaes e outrosatos tpicos revelaram o poder deque dispe o Movimento.

    Essa capacidade de organiza-

    o apresentou mais um dos seusmltiplos exemplos por ocasio do5 Congresso Nacional dessepartido poltico de extrema es-querda, que possui maior nmerode membros que as FARC For-as Armadas Revolucionrias daColmbia. Observe-se o alto graude organizao do MST. Em junhode 2007, 2.000 pessoas se in-

    cumbiram de montar, em Braslia,em uma semana, barracas de lonatransformadas em grandes dormi-trios, cozinhas e refeitrios para18 mil pessoas. Eram 140 cozi-nhas que prepararam cerca de trin-ta toneladas dirias de alimentos,durante cinco dias. Uma verdadei-ra operao militar.

    E

    Ao colocar nacabea o bon doMST, em 2003, o

    presidente daRepblica pratica-mente autorizou omovimento a agirsob a proteo dediferentes rgospblicos, inclusivedo Ministrio do

    DesenvolvimentoAgrrio, do Incra eda Polcia Federal.

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    Alm de ceder o Ginsio deEsportes Nilson Nelson para osdebates, palestras e atividades in-ternas, o Governo do Distrito Fe-deral ofereceu 50 caminhes-pipa, 20 caixas dgua de mil li-tros para abastecer o acampa-mento e 200 banheiros qumicos.Os 18 mil participantes, convoca-dos de diferentes Estados, se con-centraram em junho de 2007 emBraslia, sede do evento. Duranteos cinco dias do Congresso osparticipantes foram acampadosem barracas de lona, diante doPalcio do Planalto, sob as vistas

    complacentes da Presidncia daRepblica. No faltou comida.Imagine-se o emprego da massade dinheiro para manter as vriascozinhas em atividade e alimentardurante cinco dias 18 mil pessoas.E houve os gastos com passagensde nibus e avio para reunir nacapital federal um nmero toelevado de congressistas.

    No pode passar sem especialreferncia uma indicao do cres-cimento do nmero de aderentesdo MST, a julgar pelos participan-tes em seus congressos. No primei-ro congresso, realizado em 1985,compareceram 1.500 delegados;no segundo, realizado em 1990,eram 4.000; no terceiro, em 95,eram 5.000; no quarto, em 2000,

    participaram 12 mil; e no quinto,em junho de 2007, nada menosde 18 mil. Mas esses nmeros norefletem a realidade das centenasde milhares de membros do MSTem todo o Pas.

    Desde 2007 o MST faz cam-panha pela devoluo da Vale aogoverno. Tendo esse objetivo,

    o movimento social da desor-dem vem insistindo, com o apoiode organizaes sindicais e pas-torais sociais da Igreja Catlica,na realizao de um plebiscito so-bre a reestatizao da Compa-nhia. O lder do MST, Joo PauloRodrigues, chegou a declarar:A Vale que se prepare. Vamos fa-zer tudo que for necessrio paraque seu controle volte s mos dasociedade brasileira. Por sua vez,Demtrio Valentini, ligado s pas-torais sociais da Conferncia Na-cional dos Bispos Brasileiros,CNBB, diz que o plebiscito tambm

    tem como objetivo pressionar oJudicirio: Urge que se manifestea respeito das aes popularesque questionam a privatizao.

    Mas essa luta parte da cam-panha do MST contra as multina-cionais. Joo Pedro Stedile, um dosdirigentes do movimento, declarouem discurso na Universidade Es-tadual do Oeste do Paran que o

    latifndio deixou de ser o princi-pal inimigo do MST. Elegeu comooutros adversrios as empresastransnacionais e o agronegcio. Apesar disso, afirmou: Vamoscontinuar com as ocupaes deterra, acrescentando: nossoobjetivo destruir o aparatorepressivo burgus, a democraciaburguesa e implantar a democra-

    cia proletria.Declarando-se inimigo de Ste-

    dile, Jos Rainha Jnior dirige umafaco radical do MST. Depois depassar quatro meses fugindo dapolcia e mais dois meses na ca-deia, Rainha, nascido no EspritoSanto, foi condenado pelo juiz Ro-drigo Antonio Franzini Tanmamat,

    da Vara do Mirante do Parana-panema, a dois anos de priso.Trata-se da terceira condenaopenal do lder dos sem-terra porformao de quadrilha, porte ilegalde armas e danos a terceiros. Di-rigindo dezenas de ocupaes ile-gais de terras no Pontal do Para-napanema, SP, Rainha anuncia opropsito de atrair as multidesde deserdados para criar uma novaCanudos.

    Por sua vez, o ouvidor agrrioNacional, Gercino Jos da SilvaFilho, que faz a intermediao deconflitos agrrios, disse que os

    movimentos sociais elegeram abrilcomo o principal ms de suasmobilizaes. Afirmou, em nota,que a prova disso que nos me-ses anteriores e posteriores asmobilizaes ocorrem com menorincidncia.

    O socilogo Zander SoaresNavarro acredita que no existiriaAbril Vermelho sem recursos p-

    blicos, e manifesta a opinio deque no existe demanda real porreforma agrria no Brasil, ao con-trrio do que diz o que MST, orga-nizao que ele descreve comoantidemocrtica e com apego manuteno de uma estruturasemissecreta. Com mestrado emSociologia Rural pela Universi-dade Federal do RS, doutorado em

    Sociologia pela Sussex University,na Inglaterra, e com ps-douto-ramento no Massachusets Instituteof Technology, nos Estados Unidos,Soares Navarro concedeu en-trevista ao Estado de S. Paulo (29/04/2007), quando frisou que noexiste controle sobre os recursospblicos repassados s entidades

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    controladas pelo MST, recursosque acabam destinados ao finan-ciamento da militncia.

    A propsito, o ministro GilmarMendes criticou o financiamentopblico dos movimentos sociaisque cometem crimes, afirmando:Dinheiro pblico para quem co-mete ilcito tambm uma ilici-tude. E a a responsabilidade de quem subsidia.

    Em entrevista imprensa sobreo tema, respondendo perguntasobre se existe punio para quemcontinua financiando esse tipo demovimento, declarou o presidente

    do STF: Certamente, essaspessoas podem ser acionadas porresponsabilidade, se elas estocometendo um ilcito. Se elasrepassam recursos sem base legal,esto operando num quadro deilicitude. E cabe ao MinistrioPblico, inclusive, pr cobro a essetipo de situao.

    Indagado sobre se estaria ha-

    vendo lenincia do Governo com

    o MST e movimentos afins, respon-deu o ministro Gilmar Mendes:

    No vou falar sobre isso. Sestou dizendo que h uma lei queprobe o governo de subsidiar es-ses movimentos. O que se sabe que o termmetro jurdico sinalizaque h excessos e preciso re-pudi-los.

    Conforme pesquisa publicadapela revista Veja, de 2 de setem-bro de 2009, entre 2003 e 2007as organizaes ligadas ao MSTreceberam R$ 43 milhes do Go-verno e R$ 20 milhes do exterior.Como o MST no tem existncia

    legal, esse dinheiro lhe chegouatravs das seguintes organiza-es, por meio de convnioscom rgos federais: AssociaoNacional de Cooperativas Agrco-las Anca; Confederao de Co-operativas de Reforma Agrria Conerab; Centro de Formao ePesquisa Contestado Cepatec; eInstituto Tcnico de Estudos Agr-

    rios e Cooperativismo Itac.

    Informa a Folha de S. Paulo, de6 de maro de 2009, que dosR$8,2 milhes em verbas da Edu-cao, repassados Anca, em2003 e 2004, R$7,3 milhesforam distribudos s secretariasregionais do MST em 23 estados.Os dados foram levantados peloTribunal de Contas da Unio, TCU,com base na contabilidade dasentidades. Apesar de o TCU teradvertido o Governo para o fato,a Anca continuou a receber verbaspblicas de 2005 at 2007.

    H fontes de recursos cujosvalores no so contabilizados

    como dinheiro pblico. Um exem-plo frisante diz respeito aos cartescorporativos distribudos peloIncra. Destaca-se que o maior n-mero dos saques em dinheiro fei-tos em 2007, por meio desses car-tes, ocorreu no ms de abril.No ano citado o rgo gastouR$ 4.107.490,77 nos cartes. muita coincidncia que a maioria

    das retiradas em dinheiro vivotenha sido feita exatamente no msdas invases, no Abril Vermelhodo MST. Os saques dessa turmano so apenas contra a proprie-dade privada, pois atingem emcheio os cofres pblicos.

    Talvez nunca se apure quantodo montante anual de recursospara a reforma agrria chega aos

    cofres do MST. Depois da ascen-so do PT ao Governo as dotaesoramentrias para o Ministrio doDesenvolvimento Agrrio e o Incragiram em torno de quatro bilhesde reais por ano. Segundo ContasAbertas/Siafi (Sistema Integradode Administrao Financeira doGoverno Federal), do total deEm 2007, milhares de integrantes do MST se concentraram no Congresso em Braslia.

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    R$6.386 bilhes autorizados nooramento de 2009 o Governohavia liberado cerca de R$ 2bilhes at julho, acreditando-seque com a acelerao dos gastosno ltimo trimestre do ano o totalse aproxime no final do ano deR$ 4 bilhes, ou ultrapasse estacifra.

    Em setembro de 2009, pormeio de protestos em Braslia emais doze cidades, o MST exigiudo Governo (a) a eliminao docontingenciamento de R$800milhes do Incra, (b) o assenta-mento imediato de 90 mil famlias

    acampadas h mais de quatroanos e (c) a atualizao dos ndi-ces de produtividade da terra.

    De acordo com o coordenadordo MST, Jos Batista de Oliveira,o Governo Lula d prioridade aoagronegcio, relegando a umsegundo plano tanto a reformaagrria quanto a pequena agricul-tura.

    O movimento tem cumprido aameaa de continuar com suasaes contra grandes empresas.No Abril Vermelho de 2008, dia17, o MST parou por cinco horasum trem carregado de minrio da Vale, na Estrada de Ferro deCarajs, no Par, apesar de ha-ver determinao da Justia pre-servando a empresa de aes

    desse tipo. Ao mesmo tempo, oMST anunciou aes do movimen-to em quinze Estados e no DistritoFederal, e disse que as invasesiriam continuar.

    A Vale chamou as aes doMST de criminosas e terroristas,assim caracterizando a parada dotrem e a invaso do prdio onde

    se acha instalada em Belm. Apolcia foi chamada com antece-dncia, mas no impediu que osmanifestantes derrubassem umporto e invadissem o edifcio. Se-gundo nota imprensa, a empre-sa informou que os invasores fize-ram a ocupao diante da polcia,acrescentando:

    H muito tempo a Vale vemalertando as autoridades para esseclima de desrespeito ao Estado deDireito, que gera um ambiente

    negativo para o crescimento dosinvestimentos em nosso Pas, emespecial no Par, regio que apre-senta um dos maiores potenciaisde crescimento e gerao de ren-

    da e emprego.A Vale resolveu contra-atacar,

    no somente qualificando de ban-didos os que promoveram as ocu-paes, mas enviando PolciaFederal uma petio em que pedea priso de Eurival Carvalho, oTot, lder do MST que chefiou ainvaso da Estrada de Ferro

    Carajs. Eurival investigado emcinco inquritos e ru em outrostrs processos criminais. Agora aVale se prepara para tentar fazero mesmo com os chefes do movi-mento que invadiram suas insta-laes no Maranho e em MinasGerais.

    Numa revelao de alianacom o MST, a Secretaria de Segu-rana do governo paraense divul-gou nota onde afirma que, depoisda desobstruo da ferrovia daVale, uma comisso do MST serhoje (21/04/08) recebida peloGoverno do Par, e amanh os

    sem terra sero recebidos, emBraslia, na Secretaria-Geral daPresidncia da Repblica.

    O MST afirmou em nota que,apesar da desobstruo dos trilhosda Vale, no abrir mo de suasreivindicaes. E acrescentou: Aocupao dos trilhos e a paralisa-o das atividades de trfego deminrio da Vale so uma forma de

    responsabilizar o Governo Federal,o Governo estadual e a prpriaVale pela incapacidade de resolvero problema agrrio, mineral eambiental que estressa os traba-lhadores do campo e das cidades.

    As grandes empresas, como a Vale e a Monsanto, esto recor-rendo Justia para se ressarci-rem de prejuzos causados pelo

    MST, depois que se convenceramda inutilidade da manuteno dedilogo com esse Movimento ecom a Via Campesina. E entendemque o litgio judicial ser inevit-vel. Discordamos desses atos debanditismo e no negociamoscom bandidos, declara Tino Mar-tins, diretor-executivo de Assuntos

    No primeiro

    congresso do MST,realizado em 1985,compareceram 1.500

    delegados; nosegundo, realizado

    em 1990, eram 4.000;no terceiro, em 95,

    eram 5.000; noquarto, em 2000,

    participaram 12 mil;

    e no quinto, em junhode 2007, nada menosde 18 mil.

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    Corporativos da Vale. De agostode 2007 a maro de 2008 a Valesofreu seis invases em suas pro-priedades.

    A Monsanto, que teve a suasubsidiria Agroeste fechada porcentenas de mulheres da ViaCampesina em Xanxer, SantaCatarina, e sofreu um invaso nasua unidade em Santa Cruz dasPalmeiras, SP, faz coro com a Vale.Em nota divulgada em maro de2008 indicou que vai cobrar naJustia a reparao dos prejuzoscausados pela perda de dois anosde pesquisas com milho transg-

    nico. A Monsanto condena deforma veemente atos ilegais comoeste, que desrespeitam recentesdecises do Poder Judicirio.

    Imagine invadir um pedgioou uma estrada de ferro, o queisso tem a ver com desapropriaode terra? pergunta o advogadoe engenheiro agrnomo PauloDaetwyler, do comit jurdico da

    Unio Ruralista Brasileira.Nos ataques propriedade pri-

    vada h um vis do MST contra agrande empresa no agronegcio,com exemplos repetidos de ata-ques economia de mercado. Naquarta ocupao no Estado de SoPaulo, aps o incio do Abril Ver-melho de 2007, 120 famlias doMST incendiaram 40 toneladas de

    mudas de cana-de-acar que se-riam plantadas na Fazenda Tim-bozinho, em Andradina, no noro-este paulista. A fazenda, de 796hectares, tem extensas plantaesde cana arrendadas para as usi-nas de lcool da regio.

    Em abril de 2006 cerca de 3mil integrantes do MST invadiram

    uma fazenda que pertence inds-tria paulista Suzano Papel e Celu-lose, em Teixeira de Freitas, naBahia. Milhares de mudas deeucalipto foram arrancadas paraa montagem do acampamento. Ainvaso comemorava o dcimo

    aniversrio do massacre de Ca-rajs. Em junho de 2008 a Ode-brecht entrou com ao na Justi-a pedindo a retirada dos 500integrantes do MST que passarama ocupar a usina de acar elcool situada no Mirante doParanapanema, SP. Em maro de2008, 80 trabalhadores sem-terra destruram 3 mil ps de caf

    da Fazenda Maca, em Andra-dina, no noroeste paulista.

    Invasores do MST destruramparte do laranjal e 28 tratores emquinas agrcolas de uma fazen-da da Cutrale em Borebi, no cen-tro-oeste paulista. O delegadoJader Biazon, que investiga a de-predao, deve indiciar e pedir a

    priso preventiva de 11 sem-terrasuspeitos de terem praticado atosde vandalismo. Peritos da Polciaforam ao local e comprovaram queos sem-terra destruram 15 mil psde laranja em produo, roubarampeas e motores dos tratores,

    levaram 12 mil litros de leo die-sel e invadiram cinco casas deonde retiraram fornos de microon-das, liquidificadores e outros ob-jetos, alm de grande quantidadede defensivos agrcolas.

    O objetivo do movimento forar a desapropriao da fazen-da. Os invasores tentam explicara destruio afirmando que ape-

    nas tiraram alguns ps de laranjapara plantar feijo, porque nin-gum vive s de laranja. ClaudetePereira de Souza, coordenadorado MST, insiste em dizer que a pro-priedade considerada improdu-tiva, apesar de seu imenso laran-jal. O Presidente Lula condenou ovandalismo, mas logo a seguir

    Mulheres da Via Campesina, organizao internacional da qual o MST faz parte.

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    fontes do Planalto disseram queno faltaro recursos para as or-ganizaes que apoiam o MST.

    A Justia determinou a reinte-grao de posse da Fazenda daVeracel Celulose, empresa invadi-da pelo MST no sul da Bahia, querepresenta investimento de capitalda Aracruz Celulose e da sueco-finlandesa Stora Enso, no valor deUS$1,2 bilho. A invaso causaperda de investimento.

    Logo depois que bandidos ar-mados da Via Campesina invadi-ram e depredaram plantaes deeucalipto na Fazenda Tarum, em

    Rosrio do Sul, RS, em 2006,alguns executivos da Stora Enso naAmrica Latina chegaram a PortoAlegre. Passaram o seguinte reca-do: Se no nos querem, notemos por que ficar aqui. A StoraEnso, associada chilena Arauco,adquiriu 143 mil hectares de terrasno Uruguai, onde pretende produ-zir um milho de toneladas de

    celulose por ano. O episdio peem risco o investimento da Aracruzno RS de US$1,2 bilho e o deigual quantia da Votorantim, semcontar os valores representadospelas demais empresas ligadas atividade de base florestal.

    A Stora Enzo esperou trs anospara ser autorizada a registrar, emseu nome, 45 mil ha, nas proximi-

    dades da fronteira do Uruguai. ODirio Oficial da Unio, de 3 deagosto de 2009, publica nota emque diz que o ministro-chefe doGabinete de Segurana Institu-cional, na condio de secretrio-executivo do Conselho de DefesaNacional, deu consentimento Stora Enso Florestal Ltda. para

    adquirir terras nas proximidadesda fronteira do Uruguai. Agora, aempresa ter de esperar algunsanos at que a Fundao Estadual

    de Proteo do Meio Ambiente Fepam, como se fosse aliada doMST e da Via Campesina, aproveo seu projeto industrial. Pois o MSTtambm fala em nome de rgospblicos.

    O relacionamento do PoderPblico com a desordem no cam-po ficou mais uma vez comprova-do quando o Ministrio do Desen-volvimento Agrrio repassou recur-sos, em 2008, para uma ONG

    gacha indiciada como mentorada invaso do viveiro da Aracruzem 2006. Em maro daquele ano2 mil integrantes da Via Cam-pesina invadiram o horto florestalda Fazenda Brbara Negra, daAracruz, onde foram destrudos olaboratrio de pesquisa da empre-sa e 3 milhes de mudas prontaspara plantio, causando perdas

    estimadas em milhes de dlares.A Via Campesina uma organiza-o internacional e tem como prin-cipais parceiros, no Brasil, o MSTe a Comisso Pastoral da Terra,ligada Conferncia Nacional dosBispos Brasileiros, CNBB.

    O lder do MST Jaime Amorim,que ingressou no movimento atra-vs da Igreja Catlica, aprovou a

    depredao na Aracruz Celulose,no Rio Grande do Sul. Ao ser in-terrogado sobre a violncia empre-gada na ao, declarou: Noestamos preocupados com a nos-sa imagem. O militante tambmno se sensibilizou com o choro deuma pesquisadora que assistiu destruio de pesquisas iniciadas

    h vinte anos. Afirmou: Se elafosse uma pesquisadora sria noteria se vendido s multinacionais.

    Como dirigente do MST, queest presente nas reas de tumulto,em duas dcadas, em Pernam-buco, Amorim acumulou proces-sos judiciais pelos mais variadosmotivos: incndio de tratores e ocu-pao de terras, bloqueio de es-tradas, invaso de navio vindo daArgentina com milho transgnico,ocupao da sede do Incra comrefns, retirada fora de produ-tos geneticamente modificadosem supermercados. Trata-se de

    um lder autntico do MST.O apoio que a ConfernciaNacional dos Bispos Brasileiros,CNBB, oferece ao MST, direta-mente ou por intermdio da Co-misso Pastoral da Terra, legitimaa campanha pela reforma agrriaperante a massa popular perifricadas cidades, onde so recrutadosos acampados. Junte-se a esse

    apoio a brandura, a lenincia ouo financiamento governamental implantao de acampamentospara se tornar visvel a criao decondies pr-revolucionrias nointerior do pas. Na Colmbia asFARC comearam com um movi-mento dos sem-terra.

    No h dvida de que o MSTtem aliados na administrao p-

    blica, a julgar por uma deciso daFEPAM Fundao de Proteodo Meio Ambiente, do Governo doRS, que no autorizou as empre-sas privadas a plantar as florestasprogramadas dentro de planos deinvestimento no valor de US$4,5bilhes. Trs milhes de mudas deeucaliptos arderam num incndio

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    movimento, Gilmar Mauro, afir-mou: A ocupao de terras onosso jeito de fazer greve. pormeio da ocupao que identifica-mos as terras disponveis e fora-mos o governo a cumprir a Cons-tituio. Segundo Mauro, mui-tos trabalhadores que ficam de-sempregados podem, como formade sobrevivncia, se somar lutado MST.

    O juiz federal Jos Carlos Fran-cisco, em deciso de 09/03/09,bloqueou os bens da AssociaoNacional de Cooperao Agrcola,Anca, brao formal do MST, e de

    um ex-presidente da entidade, nodescartando a possibilidade de res-ponsabilizar outros envolvidos nodesvio de verbas pblicas.

    Depois desse e de outros pro-cessos judiciais semelhantes, oMST passou a valer-se de outrasentidades, em nmero de 42,segundo a Folha de S. Paulo,edi-o de 29/03/09.

    Embora algumas fontes mani-festem a opinio de que o MST notem futuro, devido industrializa-o da agricultura, parece cres-cente a agressividade do movi-mento. O Estado de S. Paulo, de03/05/09, informa que o MSTest liderando grupos sociais quedecidiram formar um contingentede 15 mil homens para enfrentar

    o latifndio no Sul do Par. Aestimativa baseada em nmerosdo Instituto Nacional de Coloniza-oe Reforma Agrria e dos pr-prios sem-terra. Esse recrutamentocoincide com o aumento daviolncia no campo, segundo ouvi-dores do Incra. Acrescenta o jor-nal que a massa recrutada na

    periferia das cidades, em suamaioria gente pobre e desempre-gada que se acha em mais de cemacampamentos ao longo das ro-dovias. S em 2009 o MST ocu-pou quinze fazendas no territrioparaense.

    Esse relato demonstra que, aocontrrio da suposio de enfra-quecimento e de perda de perspec-tivas, o MST continua empenhadoem iniciativas que exibem fora etendncia agressiva. Em janeiro de2009 a Agncia Brasileira de Inte-ligncia, Abin, passou a monitorara aproximao que estaria ocor-

    rendo entre o MST e o governoparaguaio de Fernando Lugo. Re-ceava o Brasil a cooptao do MSTpelos paraguaios quando estavaem curso a negociao sobre a ele-vao do preo da energia deItaipu, reivindicao do governo de Assuno. Recorda-se que emmaio de 2006, em Viena, o presi-dente Evo Morales recebeu inusi-

    tado apoio de Joo Pedro Stedile revoluo agrria boliviana. Noencerramento do encontro deno-minado Frum Alternativo, nacapital da ustria, Stedile ps mili-tantes do MST disposio deMorales para ocupar as terras delatifundirios brasileiros em soloboliviano, e disse, ainda, que opovo brasileiro apoiava a estati-zao do gs na Bolvia e a ocu-pao das refinarias da Petrobraspelo governo de La Paz, conformeo Estado de S. Paulo,edio de08/01/2009.

    Como dissidncia do MST sur-

    giu o MLST (Movimento de Liber-tao dos Sem Terra), criado em1997, quando chegou a ocuparo Congresso Nacional e invadir oMinistrio da Fazenda. Esse movi-mento considerado o maior gru-po de trabalhadores sem terradepois do MST. Muito agressivo,o MLST tem presena comprovadaem nove estados. Na mesma frente

    S em 2009, o MST ocupou quinze fazendas no territrio paraense.

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    desenvolve atividades o Movimen-to Terra, Trabalho e Liberdade (MTL),fundado em um encontro nacio-nal em Goinia, em agosto de2002, representando uma fusodo Movimento Luta Socialista e doMovimento dos Trabalhadores.

    Sob o ttulo de O Brasil temGuerrilha, a revista ISTO, ediode 26/03/2008, informa que aLiga dos Camponeses Pobres, deRondnia, tem 20 acampamentosem trs Estados, onde se faz o trei-namento de guerrilheiros. O grupodispe de armamento moderno. ALiga uma organizao radical de

    extrema esquerda que se tornacada vez mais violenta. A revistareproduz informao do delegadoda Polcia Civil de Rondnia,Iramar Gonalves, que declara: aLCP empunha as bandeiras decombate burguesia, ao imperia-lismo e ao latifndio, enquantoseus militantes assaltam, torturam,matam e aterrorizam cidades e

    zonas rurais do Estado. Armadoscom metralhadoras, pistolas, gra-nadas e fuzis AR-15, FAL e AK-47,de uso exclusivo das Foras Arma-das, so quase 600 os membrosdo grupo. A reportagem deISTOentrou na rea proibida, no distritode Jacinpolis, a 450 km de PortoVelho, capital de Rondnia. Nemcom 50 homens armados eu tenho

    coragem de entrar na rea deles,diz o delegado citado.

    A intensificao das atividadesdas correntes de esquerda no Pasmanifesta-se sob diferentes for-mas, uma das quais o apoiourbano s invases de fazendasprodutivas, ocupao de prdiospblicos depredaes de instala-

    es industriais. Teve repercussonacional o manifesto assinado porescritores, atores, polticos e asso-ciaes diversas em defesa do MST,como resposta formao deComisso Parlamentar de Inqu-rito Mista que pretende apurar osgastos e as fontes de recursos domovimento. Redigido por Plnio de Arruda Sampaio e outros, diz omanifesto que o dio das oligar-quias rurais e urbanas no perdede vista, um nico dia, um dessesnovos instrumentos de organiza-o e luta criados pelos trabalha-dores brasileiros a partir de 1984:

    o Movimento dos TrabalhadoresRurais Sem Terra MST.A defesa do movimento, promo-

    vida pelo manifesto, encontra po-sio contrria do Conselho Supe-rior do Ministrio Pblico do RioGrande do Sul, que aprovou rela-trio pedindo a dissoluo do MSTe deu origem a oito aes judiciaiscontra o MST, inclusive a autoriza-

    o de despejos e deslocamento deacampamentos. Voto no sentidode designar uma equipe de pro-motores de Justia para promoverao civil pblica com vistas dis-soluo do MST e declarao desua ilegalidade, afirma o pro-motor Gilberto Thums, em relat-rio aprovado por unanimidade peloConselho, em final de 2007, con-

    forme a Folha de So Paulo. Nsconseguimos, com a ajuda da Po-lcia Militar, identificar todos osmilitantes do MST gacho, decla-rou o promotor Thums, segundoa fonte citada.

    Um balano da reforma apre-senta os seguintes dados isolados:de 1995 a 2002, no Governo

    Fernando Henrique, foram assen-tadas 458 mil famlias. De 2004a 2088, 467 mil famlias foramassentadas, com um estardalhaoe estridncia que no se observouno perodo anterior, quando nohouve agresses a grandes empre-sas nem perda de investimentos,como tem ocorrido desde 2004.Os poucos assentamentos bem-sucedidos dificilmente compensa-ro as verbas oramentrias des-tinadas reforma agrria no Go-verno Lula. OJornal do Comrcio,de Porto Alegre, estima em 70 mi-lhes de hectares as terras entre-

    gues ao MST e em R$40 bilhes ocusto do assentamento de um mi-lho de famlias, e faz a compara-o com os 35 milhes de hecta-res da agricultura convencional,que produz por safra 140 milhesde toneladas de gros. Os assen-tamentos, acrescenta o jornal, tmcustado muito aos cofres pblicose no geram os resultados espe-

    rados. So poucos os assentamen-tos entregues a pessoas com ex-perincia do trabalho agrcola quesabem semear, colher, estocar evender o produto. As lideranas doMST vo s regies perifricas dasgrandes e mdias cidades, ondeexistem bolses de pobreza, e alirecrutam milhares de pessoas paraserem futuros invasores de terras.

    Afirma o jornal que o que h to-somente uma mudana de ende-reo da pobreza, que sai das fave-las, das vilas, e vai acampar beiradas rodovias, recebendo ali cestasbsicas.

    Segundo pesquisa recente doConvnio FAO/Incra, o custo m-dio de instalao de uma famlia

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    ficou em torno de R$30.000. Opi-na o ex-presidente do Incra, Fran-cisco Graziano, que o custo naci-onal da reforma seria mais baixose as famlias recebessem em di-nheiro um salrio mnimo durantedezenas de anos. A falta de xitode muitos assentamentos reflete,em muitos casos, a situao deanalfabetismo e pobreza que do-mina o meio rural brasileiro. Deacordo com o mencionado Con-vnio FAO/Incra, na Regio Sul osistema soja/aveia/trigo+suno,associado pecuria mista ou erva mate, assegura uma renda l-quida por assentado oscilando en-

    tre R$9.950 e R$12.971. Na mes-ma regio existem assentados queainda no superaram o sistemamais simples (milho+ criaesassociado com feijo ou erva mate)que gera renda lquida em tornode R$1.630 famlia/ano. No Nor-deste, a situao mais crtica.Conforme o Convnio, ao lado de

    assentamentos com sistemas ba-seados na fruticultura irrigadamais gado+inhame (sul da Pa-raba), gerando renda de aproxi-madamente R$17.724 famlia/ano, encontra-se grande nmerode assentados praticando sistemastradicionais, com renda monetriabaixa (em torno de R$1.200famlia/ano). Em So Paulo osistema da pecuria leiteira,associado a culturas anuais eperenes, permitiu aos assenta-dos alcanar um nvel de rendabastante alto R$15.641 fam-lia/ano. Foram registrados mui-tos casos de agricultura de sub-

    sistncia associados venda degado cuja renda no superaR$2.000 famlia/ano.

    Conforme os resultados depesquisa realizada pelo IBOPE,est comprovado que os assenta-mentos rurais do Incra deixam umenorme saldo de favelizao.Oitenta e trs por cento dos assen-

    tados nunca fizeram qualquercurso de qualificao: 37% nadaproduzem nas reas que ocupame 75% no tiveram acesso ao cr-dito rural. Como ocorre a vendadas terras ganhas pelos assenta-dos, somente 27% destes admitiramproduzir o suficiente para o consu-mo de suas famlias. Quarenta porcento reconhecem que sua rendaequivale a um salrio mnimo.

    Esses dados permitem suporque melhores resultados, emtermos de produo e bem-estar,teriam sido alcanados se a gran-de massa de recursos financeirosaplicados na reforma agrria se

    convertesse em apoio a peque-nos e mdios agricultores. Con-clui-se que o MST gera desin-vestimento, causa desperdcio derecursos de vulto com o seu tipode reforma agrria e cria nocampo perturbaes que carac-terizam as suas aes como sim-ples banditismo.

    O MST est liderando grupos sociais que decidiram formar um contingente de 15 mil homens para enfrentar o latifndio no Par.