Encontro Com a Loucura

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    1/8

    O presente trabalho consiste em uma reflexo sobre o livro - Encontro Marcado com aLoucura: Ensinando e Aprendendo Psicopatologia da autora Tnia !ociuffo" umadiscusso relacionando o conte#do do livro com alguns artigos $ue falam sobre o

    preconceito e o estigma da loucura" e uma concluso enfati%ando os pontos $ueconsideramos mais relevantes e ou marcantes&

    Muitas concep'(es foram criadas para tentar explicar o $ue ) normal e o $ue ) anormal&A primeira concep'o da loucura foi o modelo mitol*gico religioso+ a loucura eraconsiderada como algo determinado pela a'o dos ,euses& Essa concep'o persiste nosdias de hoe+ pois+ ainda existem pessoas $ue acham $ue os seus problemas socausados por motivos religiosos+ so pessoas $ue se sentem perseguidas por esp.ritos ou$ue di%em ouvir vo%es $ue lhes do ordens&

    Antigamente a fala do paciente com transtorno mental no tinha importncia& !om adescoberta da Psican/lise a loucura saiu do sil0ncio& 1reud recolocou o doente como

    participante de sua doen'a e ressaltou a importncia da fala e da escuta para otratamento& 1reud associou a loucura ao destino mesmo do homem+ sustentou $ue existeum cont.nuo+ no $ual no se sabe exatamente onde come'a e onde acaba a sanidademental&

    O paciente psi$ui/trico ) algu)m $ue necessita ser condu%ido a encontrar o significado

    de si mesmo num mundo de incongru0ncias+ devemos observar as altera'(es demem*ria+ de humor+ sem nunca deixar de ver a pessoa& 2 preciso desmistificar aloucura+ refletir sobre a realidade do outro e de si mesmo&

    3egundo !ociuffo+ para Melanie 4lein+ o psic*tico no conseguiu superar as angustiasprimitivas da infncia e regressou a elas $uando sua psicose se tornou manifesta&3egundo a autora a distin'o entre a neurose e a psicose ) o car/ter regressivo5$uantitativo6& Para 7ion+ o contato com a realidade interna e externa est/ intimamenterelacionado 8 consci0ncia+ e o modo de encarar a realidade depende de seu

    funcionamento& As in#meras experi0ncias do individuo em contato consigo mesmo ecom a realidade $ue o cercam necessariamente implica um confronto entre a tend0ncia atoler/-la ou a fugir dela&

    9o livro encontro marcado com a loucura aprendemos $ue Psicopatologia no se tratasimplesmente de diagn*sticos+ mas do desenvolvimento de uma habilidade profissionalmuito delicada e preciosa+ a escuta& Escutar sim o sintoma e o $uadro cl.nico+ mas+tamb)m o ser humano $ue est/ em nossa presen'a 8 espera de uma auda profissionalespecifica&

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    2/8

    !ociuffo fala de uma forma de ensinar diferente+ em $ue o aluno comece a pensar apartir da experi0ncia& Promovendo discuss(es e reflex(es sobre a normalidade& !om ointuito de formar alunos conscientes da especificidade do lugar $ue ocupam+ bem comodas limita'(es inerentes a $ual$uer campo de conhecimento& !om o obetivo de irconstruindo a compreenso da doen'a mental e posteriormente+ o conhecimento dos

    diagn*sticos psicopatol*gicos& Os alunos so permanentemente incentivados apensarem no atendimento em 3a#de Mental de uma perspectiva multidisciplinar+somando esfor'os de todos os setores envolvidos no atendimento& Ainda+ de acordo coma autora+ essa forma de ensinar privilegiando a experi0ncia+ inicialmente ) fonte deangustias persecut*ria+ de sentimentos de frustra'o+ de desamparo+ impot0ncia+ etc&

    As aulas pr/ticas envolvem a $uesto do contato com o paciente+ a entrevistadiagn*stica+ o reconhecimento das psicoses e as possibilidades de inser'o do trabalhodo psic*logo nas institui'(es de 3a#de Mental&

    O psic*logo trabalha para al)m do diagnostico+ no encontro do sofrimento do outro e nabusca de sentido para esse sofrimento+ o $ue implica a compreenso da realidadeps.$uica+ cultural e econmica dessa popula'o& 2 importante desmistificarpreconcep'(es referentes 8 identidade do psic*logo frente ao usu/rio de sa#de mental efrente a si mesmo& O obetivo do psic*logo consiste em avaliar o grau de sa#de $ue

    persiste no usu/rio para+ a partir da.+ iniciar uma psicoterapia&

    !ociuffo fa% um relato sobre seus alunos+ como eles se sentiam e o $ue esperavamencontrar no hospital psi$ui/trico+ todos eles se sentiam ansiosos+ sem saber o $ue fa%ero $ue di%er+ como agir+ uns achavam $ue os pacientes eram agressivos+ outros $ue elesno falavam+ enfim+ ) tudo a$uilo $ue escutamos falar sobre os loucos& Ainda existemuito preconceito $uando se fala em doente mental& Ela conta $ue $uando os alunosingressam nas aulas praticas+ devem se despir das teorias e adentrar o mundo da pr/tica+o encontro no permite mais $ue no se vea&

    !ompartilhamos da mesma opinio de !ociuffo+ $uando ela fala $ue o contato com ossegregados+ obriga-nos+ de alguma maneira 8 reflexo+ 8 reviso e a constru'ogradativa de um pensamento sobre a 3a#de Mental no 7rasil+ as condi'(es detratamento+ os recursos humanos dispon.veis e a contribui'o de cada um frente a esse$uadro /rido apresentado diante de todos&

    9os espa'os de superviso ) proporcionado um tipo de reflexo $ue auda a integrar osaspectos emocionais com uma pr/tica comprometida com o usu/rio em 3a#de Mental&Pretende assim formar alunos conscientes das dificuldades e possibilidades existentes

    no atendimento em 3a#de mental&

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    3/8

    9o ) poss.vel olhar para o outro se no temos um m.nimo de refer0ncia do $ue ) vidamental& E esse conhecimento no passa somente pelo aprendi%ado de uma teoria em

    psicopatologia+ passa pelo reconhecimento das angustias presentes no contato+ peloconhecimento de si e+ principalmente+ pela discrimina'o dos graus de sofrimento

    ps.$uico e social presente em cada individuo exposto 8 nossa frente&

    !ociuffo 5;6 alerta para o perigo da proe'o+ ou sea+ proetarseus pr*prios conflitos sobre o entrevistado+ al)m de uma certa compulso em encontrar

    perturba'(es exatamente nas esferas na $ual se nega $ue se tenham perturba'(es&

    !om os relatos $ue !ociuffo fa% sobre seus alunos fica evidente $ue os alunos muitasve%es se sentem perdidos na aus0ncia dos professores+ h/ sentimento de desamparo e anecessidade de um @salvador de algu)m $ue saiba& 9o entanto ela alerta para o fato $uecada um deve vasculhar suas possibilidades+ $ue o aprendi%ado ) dial)tico $ue no h/conhecimento unilateral&

    O contato direto com o paciente+ coloca o profissional diante da sua pr*pria vida+ sa#deou doen'a+ seus pr*prios conflitos e frustra'(es+ !aso ele no consiga graduar esteimpacto sua tarefa se torna imposs.vel& ,esde o inicio do curso+ somos incentivados areali%ar o processo terap0utico+ a presen'a da angustia nos alunos+ no contato com os

    pacientes nos fe% perceber a importncia de se fa%er terapia&

    Outro aspecto $ue chamou nossa aten'o ) a indigna'o de alguns alunos com amaneira $ue outros profissionais implicados no atendimento cuidam dos pacientes+gerando revolta e frustra'o& Tra%endo $uestionamento sobre a aus0ncia de cuidado+ dafalta de compreenso e tolerncia por parte desses cuidadores& A conviv0ncia pr*ximacom o doente mental deixa a experi0ncia do $uanto ) dif.cil lidar com essa situa'o&Atender ) muito mais complexo do $ue sentar-se diante de um paciente&

    Ap*s o encontro com os pacientes do hospital psi$ui/trico+ os alunos percebem $ue o$ue ocorre l/ dentro ) bem diferente da concep'o $ue foi criada+ pois muitos entram nohospital imaginando o modelo $ue existia antes da reforma psi$ui/trica+ e o $ue elesencontram l/ dentro ) um modelo mais humani%ado de tratar as pessoas com transtornosmentais&

    Atualmente vivemos um cen/rio de transi'o em $ue o modelo antigo+ manicomial+deixou de ser dominante+ mas o novo ainda no ) hegemnico& 3egundo !ociuffo+ emmuitas institui'(es de sa#de mental a realidade ainda ) de pacientes apartado do

    conv.vio+ presos e cabe a n*s estudantes e psic*logos contribuir para o incremento denovas pr/ticas&

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    4/8

    ,iscusso

    Atrav)s da leitura do livro Encontro Marcado com a Loucura: Ensinando e AprendendoPsicopatologia e de alguns artigos $ue falam sobre o preconceito e o estigma da loucura+foi poss.vel perceber $ue os transtornos mentais exercem forte impacto sobre osindiv.duos+ as fam.lias e as comunidades& Os portadores de transtorno mental sofremmuitas ve%es por estarem impossibilitados de exercer suas atividades de trabalho e la%er+impossibilidades estas na maioria das ve%es em virtude da discrimina'o&

    Estigmas e viol0ncias se inscrevem no universo das representa'(es sociais& O estigmapode ser expresso como uma condi'o gen)rica de preconceito arraigado e naturali%ado

    na nossa cultura& Esse preconceito mant)m-se relacionado+ principalmente+ aosconceitos de periculosidade e de infantilidade atribu.dos 8 loucura e a uma redu'o dosueito 8 doen'a& 59B9E3+ ;

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    5/8

    envolvidos nesse processo de aprendi%agem e intera'o ocorre uma mudan'a napercep'o e na aceita'o do aluno em rela'o ao doente mental+ o $ue+ em parte+provavelmente ) favorecida pela a$uisi'o de novos conhecimentos e pela possibilidadede desmistificar muitas fantasias $ue envolvem a loucura e tamb)m pelo contato real econcreto com as pessoas $ue passam pela experi0ncia de ter uma doen'a mental&

    !oncluso

    Atualmente vivemos um cen/rio de transi'o em $ue o modelo antigo+ manicomial+deixou de ser dominante+ mas o novo ainda no ) hegemnico& A retirada dos muros noobter/ sucesso se as mesmas id)ias e antigos estigmas continuarem a ser difundidos nasociedade& 9o basta a sociedade abolir as formas institucionais concretas de excluso+como manicmios+ grades+ celas fortes e identificar os loucos como cidados perante alei+ para $ue seus direitos de cidadania seam garantidos& 2 importante reconhecer o

    processo de constru'o hist*rica da loucura para $ue se possa desnaturali%ar conceitos eter+ ento+ a capacidade de reconstru.-los sob uma *tica mais comprometida com osinteresses da$ueles a $uem se presta assist0ncia&

    !ociuffo fala de uma forma de ensinar diferente+ em $ue o aluno come'a a pensar apartir da experi0ncia+ promovendo discuss(es e reflex(es sobre a normalidade& Essaforma de ensinar inicialmente ) fonte de angustias+ de sentimentos de frustra'o+impot0ncia+ etc& ,esde o inicio do curso+ somos incentivados a reali%ar o processoterap0utico+ a presen'a desses sentimentos nos alunos+ no contato com os pacientes

    psi$ui/tricos+ nos fe% perceber a importncia de se fa%er terapia& Al)m disso+ ) precisodesmistificar a loucura+ refletir sobre a realidade do outro e de si mesmo&

    !ompartilhamos da mesma opinio de !ociuffo+ $uando ela fala $ue o contato com ossegregados+ obriga-nos+ de alguma maneira 8 reflexo+ 8 reviso e a constru'ogradativa de um pensamento sobre a 3a#de Mental no 7rasil+ as condi'(es detratamento+ os recursos humanos dispon.veis e a contribui'o de cada um frente a esse

    $uadro /rido apresentado diante de todos& Percebemos $ue o desenvolvimento da escuta) de extrema importncia& Escutar o sintoma e o $uadro cl.nico+ mas+ principalmente oser humano $ue est/ em nossa presen'a&

    Hefer0ncias 7ibliogr/ficas:

    !O!IB11O+ T& Encontro marcado com a loucura: ensinando e aprendendopsicopatologia& 3o Paulo: Luc Editora+ ;

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    6/8

    PsicopatologiaResenha do Livro Encontro Marcado com a Loucura

    Bma den#nc ia + uma desc r i'o + um de ta lhamento h is t* r ico + umaviv0n

    cia pr/tica no hospital psi$ui/trico& Assim se desenrola o conte#do dolivro Encontromarcado com a loucura& Bm apanhado de temas+ um tecidoretalhado $ue vaisendo co s turad o a t) se to r nar um a l ind a co lch a $ue aconchega+es$uenta e protege de uma no ite fria+ de uma escurido $uecega J no permitever J e assusta& A escurido ) o abandono+ a excluso daloucura do conv.vio social+trancafiada e dissimulada na ideia de ser origin/riade uma disfun'o orgn ica+ exclusivada$ueles $ue entre as grades doshospitais psi$ui/tricos esto+ na tentativa de livrar-nos dotemor de termosdel i d a r c o m a l g o $ u e n o s ) o n t o l * g i c o + m a s $ u e p r e f e r i m o s no s m a n t e r distantes+ mascarando o nosso pr*prio sofrimento+ a nossa pr*pria fragilidadeevulnerabilidade e a nossa pr*pria imprevisibilidade& ,essa forma temos

    as e ns a ' o de e s ta rmos p r o te g idos da impe rma n0 nc ia + ide n t i f i c a dos 5nosentido de ter uma identidade J saber $uem se )6 e+ portanto+ livres de todo omal-estar pr*prio daexist0ncia&O livro trata de defrontar-nos com a realidade+ a realidade $ue ) nossa+$ue est/ em cadaum de n*s e $ue tamb)m ) do outro& Alias o outro+ $uee s t / n o l a d o d el / + ) $ u e n o s d e f l a g r a o v i v e n c i a r a f a c e t a a t )e n t o encoberta em n*s+ a loucura& A loucura+ como bem tra% o livro+ no ) umtemarecente& @3e entendermos a loucura como a perda das capacidadesracionais oua fal0ncia do controle volunt/rio sobre as paix(es+ umahis t*riada loucura deveria come'ar+ pra t icamente + com a his t*ria da esp) c ie humana& Muitos foram e so as teorias e os modelos $ue tratam de abarcaratem/tica+ a primeira $ue Encontro marcado trata remonta 8 Dr)cia antiga+no modelo

    mitol*gico-religioso+ no $ual a loucura ) atribu.da a $ual$uer fatordeste campo+ como+ um corpopossu.do por um demnio& O segundo modelod/-se pela concep'o psicol*gica da loucura+ portanto+ um produto dosconflitos

    pass ionais humanos& 1inalmente+ ) ci ta do um terceiro mode lo+ oorganicista$ue entende as causas na loucura como resultado de disfun'(esorgnicas&2 interessante notar$ue o movimento cient.fico sobre a concep'o deloucura+ dentro de uma viso organicista+surgiu na tentativa de superar atese de possesso diab*lica das hist)ricas $ue deveriamser $ueimadas nafogue ira na Idade M)dia& Ocorre-me $ue ta l movimento tenhaexistido natentativa de provar uma tese cient.fica e acabou por contribuir

    pa ra a nocondena'o das mulheres 8 morte & Atualmente+ a ps i$u iat riaorganicista+derivada deste movimento+ ) o discurso hegemnico para o tratamento

    dospac ien tes em sa#de menta l e fo i exa tamente es te $ue fundamentou a interna'o de @loucos em hospitais psi$ui/tricos e o uso de medica'o 5odopar6&Portanto+ a psi$uiatria organicista instituiu uma maneira diferentedec o n d e n a r e s t e s p a c i e n t e s 8 m o r t e + o r a p e l a r e c l u s o no s h o s p i t a i s p s i$ u i /t r i co s o r a p e lo do p ar de s sa s p e ss o as de ma n eira $ue ficassemindiferentes 8 vida&

    O conte#do do livro ) exatamente uma den#ncia a essa pr/tica dotratamento daloucura+ baseada numa compreenso de pessoa+ ou melhor+deuma pessoa louca J a loucura como d is fun'o orgn ica + res t r ing in

    do ocuidado desses pacientes ao tratamento dos seus corpos& 3imbolicamente+ oscorpos adoecidosdeixam de ser pessoas+ propriamente ditas+ passam a serobetos no identific/veis ou

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    7/8

    reconhec.veis como Ko outro igual a mim e $ueno h/ nada $ue se possa fa%er+ apenas osconter+ os corpos&O tra'o mais marcante do livro ) o relato de uma hist*ria de amor$uetem como protagonista um homem $ue tinha ano no nome+ ,r& os) NilsondosAnos e os atores $ue seguiram+ tamb)m por amor+ o seu caminho& 9oposso descrev0-lo+ pois no o conheci+ tudo o $ue trago a$ui foi a$uilo $ue aautora relata no livro&

    3egundo ela+ ele resignificou a concep'o loucuraes e u s i n s t r u m e n t o s f o r a m : u m a e n o r m e c a p a c i d a d e e m p / t i c a +a m o r e disposi'o para ensinar+ para $ue outros pudessem dar continuidade aoseutrabalho maestoso& !om ele a loucura deixou de ser um mito+ um tabu+epassou a ser uma expresso pass.vel de compreenso& A linguagem amorosa$ue dedicavaaos pacientes contribuiu para $ue transformasse osambientespor onde passou+ pelos hospita is ps i$ui/ tr icos e pelas sa lasde au l a de universidades& O legado $ue deixou+ do outro olhar para o paciente desa#demental + est/ sendo perpetuado nas turmas de Psicologia da B9IP e da PB!pelos

    professores de ps icopatolog ia e nesta obra+ nes te livro escr ito pela professoraTnia !ociuffo&9o l ivro+ a p rofessora Tnia menciona a importncia da

    ps ican/l is ecomo base te*rica fundamentando a compreenso da patologia& A psican/lisecontribuiuno sentido do entendimento dos sintomas dos pacientes adoecidospsi$uicamente como mensagensa serem interpretadas+ como sendo essa a#nica maneira $ue a pessoa tem de expressar-se a respeito de seus conflitosps.$uicos+ advindos da sua hist*ria de vida e das recorda'(esreprimidas& Emoutras palavras+ assim como uma pessoa considerada @normal+ o

    pacienteadoecido psi$uicamente tamb)m tem de vive os conflitos resultantesde suaestrutura dinmica ps.$uica+ assim a psican/lise p(e em xe$ue o padroden o r m a l i d a d e & / u m t r e c h o n o l i v r o $ u e f a l a s o b r e e s s a i g ua l d a d e n a diferen'a entre o paciente e o @normal: @3omos tecidos da mesmamat)ria-prima+ humanos todos e+ ao mesmo tempo+ to particulares na nossa formadeexpresso& Nale ressaltar+ tamb)m+ $ue o estado psic*tico pode coexistircom outro estado mental no

    psic*tico+ segundo 7ion&

    Tania !ociuffo inicia o livro contando o envolvimento mediante o convite para dar aulade Psicopatologia para estudantes de Psicologia na pratica hospitalar& A partir destelivro+ podemos perceber v/rios debates acerca das causas da loucura e sobre estametodologia proposta $ue seria a do m)todo mesti'o& A autora ento fa% umlevantamento sobre a hist*ria da Psi$uiatria+ passando pela introdu'o da psi$uiatria edas institui'(es manicomiais at) os dias atuais+ assim como sua experi0ncia ad$uiridanestas institui'(es&

    A autora conta o caso @Maria+ onde podemos entender e desmistificar a

    loucura+ pois se trata de respostas a um cotidiano sofrido+ cheio de limita'(es+ onde o

    sueito no consegue @dar conta de todos os acontecimentos de sua vida&

    3obre a concep'o+ Pessotti fala da loucura como sendo a perda dascapacidadesracionais ou a fal0ncia do controle volunt/rio sobre as paix(es+ e sendoentendida comotal+ teria sua origem com o in.cio da hist*ria da esp)cie humana&Ou sea+ ela remontauma historia $ue vem da Dr)cia+ com omero 5FC-Q

  • 7/26/2019 Encontro Com a Loucura

    8/8

    R;F a&!&6+ ip*crates 5QC