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de Cirurgias Minimamente Invasivas ANO 4 ED 16

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de Cirurgias Minimamente

Invasivas

Ano 4

ED 16

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Dr. Cláudio Crispie equipe

Fomos a saint Louis para o “Curso Avançado de Anatomia Retroperitoneal e Neuroanatomia da Pel-ve”, a convite do querido amigo Nucélio Lemos, a quem agradeço mais uma vez a oportunidade e o carinho conosco. Entre aulas teóricas e workshops, que incluíram a dissecção de cadáveres, tivemos a oportunidade de trocar experiências com amigos de diferentes partes do mundo. Nas páginas, 10 e 11, você acompanha os detalhes nas palavras do meu filho, Dr. Cláudio Crispi Junior, que também esteve presente.

Além disso, em nosso Complexo de Treinamento, demos início ao primeiro curso de aperfeiçoamento de 2016, sucesso total! Escolhemos como tema a endometriose, doença desafiadora que atrai cada vez mais o interesse de médicos do país inteiro. Elevados índices de satisfação, cirurgias ao vivo, práticas em vivo lab e professores renomados… Um curso singular que veio preencher uma necessi-dade crescente e que você conhecerá melhor nas páginas 4 a 7.

Leia também nesta edição, um artigo sobre “Liga-mentos uterossacros” com a Dra. Lilian Aragão, no-vos vídeos de cirurgias em nosso site e muito mais.

Boa leitura!

Abril de intensas atividades científicas no Instituto Crispi

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DIREToR

• Dr. Cláudio Crispi

JoRNALIsTA REsPoNsávEL

• Juliana Dias

institutocrispi

www.institutocrispi.com.br

(21) 3431-3493

E x p E d i E n t E

CoLABoRADoREs

• Cláudio Crispi Jr.• Gisele Torres • Luiz Fernando salzano • Roberta Azevedo• stylo Comunicação

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Curso de endometrioseo Instituto Crispi realizou no mês de abril, nos dias 01 e 02, o seu

primeiro curso de aperfeiçoamento: o de Endometriose Intestinal.

Foram dois dias de intensas atividades práticas e teóricas que contaram

com a participação de professores renomados e transmissões de

cirurgias ao vivo.

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A preparação para o curso começou ainda no dia 31 de março quan-do um transporte disponibilizado pelo Instituto Crispi buscou os alu-nos nos dois principais aeroportos

do Rio de Janeiro. De lá a viagem seguiu para Juiz de Fora, uma cidade mineira que inspira ao ensino, com sua tranquilidade, acolhimento e paisagens bucólicas.

Depois de uma boa noite de sono, num hotel aconchegante também oferecido pelo curso, foi hora do café da manhã, momento especial onde todos se conheceram e interagiram ao redor de uma mesa farta e cheia de iguarias da região.

Do hotel partiram vans com os alunos em direção ao Complexo de Treinamento para abertura, onde discursaram os dois coorde-nadores Dr. Cláudio Crispi, geral, e Marco Au-relio oliveira, científico. “o grande diferencial do curso de Endometriose Infiltrativa é a opor-tunidade de discutir temas importantes com pessoas experientes, poder falar sobre táticas, técnicas, cuidados, intercorrências, compli-cações, como lidar com essas complicações, como podemos evita-las, tratá-las... vamos aprofundar os conhecimentos da anatomia, atalhos cirúrgicos onde nós podemos trafegar em nossa cirurgia com menos riscos. vamos ter um grande diferencial que são as cirurgias sendo discutidas ao vivo e, além disso, pre-tendemos fazer um número significativo de cirurgias e ter o aluno participando conosco, vendo nossa movimentação, a utilização dos equipamentos, quais são os recursos que a gente precisa, quais são os meios de energia e, assim por diante, então eu acredito que esse curso é singular e vem preencher uma neces-sidade crescente”, explicou o Dr. Crispi.

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Feita a apresentação, foram ministradas as primeiras aulas teóricas pelo professor Nucélio Lemos sobre anatomia da pelve e re-troperitônio com foco na endometriose e pelo Dr. Cláudio Moura sobre os materiais neces-sários para a cirurgia. sobre seu tema, o Dr. Nucélio Lemos contou: “os principais aspec-tos abordados em minha aula foram as rela-ções das estruturas do retroperitônio. sem um conceito de navegação retroperitoneal muito bem arraigado é impossível fazer o tratamento adequado da endometriose pélvica avançada. Esse tipo de conhecimento é absolutamente essencial, assim como o conhecimento de téc-nica cirúrgica básica. Hoje existe uma objeti-vidade muito grande das pessoas que buscam as respostas prontas e muita negligência para o básico, então a gente se volta para a ciên-cia básica, técnica cirúrgica básica e anatomia básica. Reconstruir o conceito da base até a ponta é o caminho essencial para evolução dos grandes desafios, sejam clínicos, cirúrgicos ou na compreensão das doenças”.

Em seguida começaram as cirurgias no hospital, divididas em duas salas, tendo como cirurgiões responsáveis os dois coordenado-res do curso. Na ocasião, o primeiro grupo de alunos esteve presente no Centro Cirúrgico enquanto o outro assistia do auditório e acom-panhava a discussão do caso, com a possibili-dade de interação em tempo real com a equipe em campo.

olhos vidrados para não perder um deta-lhe sequer, o encantamento com a habilidade e arte de conduzir cirurgias desafiadoras com tanta precisão, curiosidade, admiração, senti-

mentos e reações que podiam ser percebidos por quem entrava ali, naquele auditório silen-cioso com poucas luzes para realçar as ima-gens de qualidade projetadas nos cinco telões.

Encerrado o primeiro turno de atividades foi hora do almoço, também oferecido pelo curso, no restaurante Casa de Minas, conheci-do pela culinária local, pelo ambiente agradá-vel e pela hospitalidade. Hora de trocar ideias, reunir professores e alunos, ouvir as primei-ras impressões entusiasmadas de quem veio de longe para aprender com uma equipe que há 20 anos atua no ramo e, é claro, um mo-mento de descontração.

De volta às atividades, foi hora de mais alguns nomes de peso darem seu show: Dra. Alice Brandão, Dr. sérgio Podgaec, Dr. Gusta-vo safe, Dr. Thiers soares e Dr. José Anacleto Resende abordaram aspectos diagnósticos, de tratamento e casos de intercorrências. sobre sua aula, o Dr. sérgio Podgaec contou: “Eu fa-lei um pouco sobre a indicação cirúrgica para

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o curso foi fantástico, aulas teó-ricas muito bem atualizadas por profissionais muito capacitados. Na parte prática do curso tive-mos cirurgias com grande co-nhecimento de anatomia e iner-vação pélvica que são essenciais para cirurgias de endometriose. o modelo do curso é excepcional, a equipe está de parabéns, estou muito feliz, alcancei meus objeti-vos, aprendi muito, aguardando o próximo curso.

Dra. Josenice Araújo

o tratamento de endometrioma de ovários na endometriose, a gente conversou sobre quan-do ele acontece nos dois lados do ovário, se acontece de novo... Foi uma discussão bas-tante rica, principalmente pela indicação de operar ou não operar porque isso pode trazer algum problema na reserva de óvulos dessas mulheres”.

o Dr. Gustavo safe também falou um pouco sobre seus temas: Minha aula foi “sobre até onde ir o tratamento medicamentoso”, no pri-meiro momento mostrei o tratamento da en-dometriose na dor e a relação causa x efeito, no segundo momento foram os tipos de abor-dagem medicamentosa e em terceiro a endo-metriose e infertilidade.

Ao fim do dia, um jantar especial foi ofere-

cido a todos no restaurante Assunta que ofe-rece pratos sofisticados em um ambiente bem arquitetado e que exibe um paredão de pedras naturais e uma decoração impecável.

Dia 02 e último dia de curso, as atividades tiveram início às 08h seguindo, na parte da manhã, o mesmo cronograma do dia anterior. No turno da tarde, por meio de atividade prá-ticas em vivo Lab, foi o momento dos alunos desenvolverem skills importantes, tutorados por professores qualificados, para o tratamen-to da doença.

o curso foi um grande sucesso e, no mes-mo formato, acontecerão mais alguns durante o ano que já estão com as inscrições abertas no site: www.institutocrispi.com.br/ cursos-de-aperfeicoamento.php

Veja o depoimento de alguns alunos

Gostaria de agradecer o cari-nho, a atenção, o profissiona-lismo, a quantidade de conhe-cimento repassado. Já tive a oportunidade de fazer outros cursos, mas me impressionou esse espírito de informalida-de, de respirar ciência esses dois dias, quase se intoxicar de tanta ciência, ver tantas coisas, ver amigos, ver uma estrutura bonita funcionando.

Dr. José Augusto Araújo

Em toda minha vida de 40 anos de curso, esse é o curso mais perfei-to, mais bem organizado, mais rico, onde a gente tem uma assistência integral, onde todo mundo colabora e o material é completamente ade-quado, usa pinças de última gera-ção e não tem nada de adaptações, de usar instrumental com defeito... É tudo tirado da caixa! Maravilhoso, simplesmente maravilhoso é um curso que divulgarei para todos os meus colegas.

Dra. Nereusa Lemos

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A endometriose profunda infiltra os órgãos mais de 05 mm e, mui-tas vezes, infiltra tecidos adjacentes as lesões. Alguns dos órgãos e tecidos acometidos pela endometriose profunda são de suma importância para a funcionalidade dos órgãos como bexiga e vias

urinárias. A micção ocorre por uma integração entre o sistema nervoso e a muscula-

tura da bexiga e uretra. se houver alguma alteração nessas estruturas, haverá alterações no padrão da micção, como incontinência de urgência, retenção uri-nária, hiper ou hiposensibilidade vesical, etc.

A identificação de lesões que infiltravam nervos pélvicos responsáveis pela inervação vesical ou uretral, ou mesmo a presença de lesões de endometriose próximas a estas estruturas, revelou a necessidade de criar uma tática cirúrgi-ca na extração de lesões de endometriose que tentasse preservar ao máximo estes nervos, e concomitante, a função da micção. Esta tática foi denominada nerve sparing.

Uma revisão sistemática publicada pelo Dr. Jose Anacleto Junior, procurou identificar o risco de retenção urinária após 90 dias de pós-operatório nas ci-rurgias de endometriose profunda com nerve sparing comparada às cirurgias clássicas. o risco relativo de auto-cateterismo foi de 0.19 nas cirurgias de nerve sparing e o risco relativo de persistência da retenção urinária foi de 0.16. Por-tanto, a cirurgia de nerve sparing tem um risco menor de retenção urinária comparada a cirurgia clássica.

Risco de retenção urinária após a cirurgia conservadora dos nervos para endometriose profunda

Publicações do Instituto Crispi

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Filmes novos de cirurgia em nosso site. Veja e não esqueça de deixar

sua avaliação ao final do vídeo.

CLippiNg meNsAL

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Com cirurgias cada vez mais com-plexas, principamente aquelas que envolvem a endometri-ose, tor-na-se cada vez mais necessária a busca constante por aprimora-

mentos. Atualmente o acomentimento de fibras nervosas pela endometriose e a ne-cessidade da abordagem cirúrgica dessas lesões está cada vez mais frequente e, isto exige da equipe médica um conhecimento muito detalhado da anatomia pélvica e do retroperitônio (estruturas presentes atrás da cavi-dade abdominal, como por exemplo os ureteres).

Grande parte dos ginecologistas da equipe do dr Cláudio Crispi, incluindo ele mesmo, fo-ram staffs deste curso, um convite muito hon-roso feito pelo dr Nucélio Lemos, coordenador geral do curso. Esta participação maciça dos membros da equipe num curso internacional corrobora com a posição desta equipe no ce-nário mundial.

Entre os dias 21 e 23 de fevereiro, aconteceu na Uni-versidade de saint Louis – Missouri, este curso avan-çado de anatomia voltado para os cirurgiões pélvicos, em sua maioria ginecol-ogistas.

Curso Avançado de Anatomia Retroperitonial e Neuroanatomia da Pelve

HigHLigHts

PorDr. Cláudio Crispi Jr.

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o curso foi composto de aulas teóricas e workshops com dissecção anatômica em cadá-veres, o que sendimentou o revisado nas aulas teóricas, lecionadas por renomados mé-dicos de todas as partes do mundo.

Todas as estruturas pélvicas foram exaus-tivamente abordadas, com um grande enfoque na cirurgia para o tratamento da endometriose, uma vez em que, esta sempre leva a um gran-de desafio para equipe médica, por distorcer a anatomia pélvica.

o dr Cláudio Crispi Júnior, participante do curso, salientou a importância deste tipo even-to: “É um grande investimento financeiro e de tempo, que vale muito a pena, o conhecimento pro-fundo das estruturas anatômicas permite que realizemos cirurgias cada vez mais com-plexas de forma cada vez mais segura, o que leva a um baixo grau de complicações. Um dos grandes diferenciais deste curso, sem a menor dúvida, é a dissecção em cadáver fresco, o que é proibido pela legislação brasileira.”

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o ligamento uterossacro é um tecido fibroso que se estende do parte posterior e superior do colo do útero até o sacro (osso), responsável pela fixação e sustentação do próprio útero. Ele limita lateralmente o fundo de saco posterior, isto é, a região

posterior ao útero e vagina recoberta por peritônio.A endometriose nos ligamentos uterossacros é uma das localizações

mais comuns, com uma prevalência estimada pela literatura de 67 a 89% nas pacientes com endometriose profunda. Nas pacientes operadas pelo nosso grupo, a prevalência foi de 62.5% de pacientes com lesão ligamen-tar posterior. Ela pode ser superficial quando atinge somente o peritônio que o recobre, ou ser do tipo profunda caso infiltre mais de 05 mm o teci-do (maioria).

os sintomas que podem ocorrer na endometriose dos ligamentos uteros-sacros são a dismenorréia (dor na menstruação), a dispareunia (dor na relação sexual), a dor pélvica e disquezia (dor na evacuação). A dispa-reunia é o sintoma com maior intensidade de dor, seguido pela dis-menor-réia, nas pacientes sintomáticas e com endometriose neste local.

A endometriose neste local pode ser sugerida por exames de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética, mas pode também ser facilmente detectada pelo exame físico. os ligamentos uterossacros são palpados por via vaginal por causa de sua topografia, e portanto, podem ser avaliados através do toque vaginal.

Dra. Lilian AragãoARTIGo

Endometriose do Ligamento Uterossacro

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