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1 ENERGIA E ECONOMIA Sem água e sem luz (Folha de SP) 10/02/2010 ................................................................................................................. 3 Bom janeiro (Folha de SP) 10/02/2010 .............................................................................................................................. 3 Venezuela está em "emergência elétrica", decreta presidente (Folha de SP) 10/02/2010 ........................................... 3 Governo desiste de elevar taxa na mineração (Folha de SP) 10/02/2010 ...................................................................... 4 Novo código prevê que só empresas explorem e pesquisem minerais (Folha de SP) 10/02/2010 ............................. 5 Município pode ganhar mais por exploração (Folha de SP) 10/02/2010 ....................................................................... 5 PT, 30 anos militante pelo Brasil (Folha de SP) 10/02/2010 ........................................................................................... 6 "Vamos comparar obra por obra", afirma ministra (Folha de SP) 10/02/2010............................................................... 7 Crise acaba com euforia e pode afetar fluxo de capitais, diz Meirelles (O Estado de SP) 10/02/2010 ....................... 7 Chávez anuncia novo plano antiapagão (O Estado de SP) 10/02/2010 ........................................................................... 8 Pressão por redução da jornada aumenta (O Estado de SP) 10/02/2010 ....................................................................... 9 Camargo Corrêa torna-se a maior acionista da CIMPOR (O Estado de SP) 10/02/2010................................................ 9 A fonte é a mesma, o trajeto muda (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................................... 10 Celesc investiga atuação de ex-diretor (Valor Econômico) 10/02/2010 ........................................................................ 11 Sistema ONS ainda está vulnerável a hackers (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................ 12 Infraestrutura brasileira: fidelidade ao neoliberalismo (Valor Econômico) 10/02/2010 .............................................. 13 Próximo governo vai decidir sobre prorrogação de concessões (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................. 14 Fundo compra fatia de 40% da Amyris Brasil (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................. 15 Shree Renuka avalia unidade da Corol (Valor Econômico) 10/02/2010 ........................................................................ 16 Usina Mandu, ex-Crystalsev, negocia venda de seus ativos (Valor Econômico) 10/02/2010 ..................................... 16 Legitimidade da Anvisa para a regulação sanitária (Valor Econômico) 10/02/2010 .................................................... 17 El Niño já perde força, mas ainda afetará commodities (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................. 18 A gestão financeira na crise e as lições para 2010 (Valor Econômico) 10/02/2010 ..................................................... 19 Justiça trabalhista condena financeira a pagar indenização de R$ 1 milhão (Valor Econômico) 10/02/2010 .......... 20 Verdades sobre as enchentes (Correio Popular) 10/02/2010 ......................................................................................... 21 Petrobras anuncia parceria de exploração no Uruguai (Estadão Online 20:41h) 09/02/2010..................................... 22 Boas pagadoras de dividendos são opção em 2010 (Estadão Online 15:14h) 09/02/2010 ......................................... 22 Previ avalia aumentar fatia na Petrobras com capitalizaçãoRosa (Estadão Online 13:11h) 09/02/2010 ............... 24 Copel inaugura duas novas subestações em Curitiba (CanalEnergia) 09/02/2010 ..................................................... 25 Venda de excedentes: agentes comemoram aprovação rápida no Senado (CanalEnergia) 09/02/2010................... 25 AES Eletropaulo PNB encerra em alta de 2,97% (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................... 26 Chesf investirá R$ 633 milhões em 2010 para expandir sistema de transmissão (CanalEnergia) 09/02/2010 ......... 27 DME Energética realizará leilão de venda de energia nesta quarta-feira, 10 (CanalEnergia) 09/02/2010 .................. 27 Eletronuclear oficializa com prefeituras acordo de compensações socioambientais de Angra 3 (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 27 Submercado SE/CO registra armazenamento de 77,05% em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010 .............................. 28 Brasil e Portugal discutem papel da energia eólica (CanalEnergia) 09/02/2010 .......................................................... 28 Brasil e Venezuela usam experiência de Tucuruí em debate sobre abastecimento de Guri (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 28 Índice Comerc registra alta de 14,44% no consumo de energia em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010................... 29 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 76,6% da capacidade (CanalEnergia) 09/02/2010 ........................ 29 Consumidores livres ficam mais perto de negociar energia excedente (CanalEnergia) 09/02/2010 ......................... 29 Empresas têm desligamentos causados por chuvas (CanalEnergia) 09/02/2010 ....................................................... 30

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ENERGIA E ECONOMIA Sem água e sem luz (Folha de SP) 10/02/2010 ................................................................................................................. 3 Bom janeiro (Folha de SP) 10/02/2010 .............................................................................................................................. 3 Venezuela está em "emergência elétrica", decreta presidente (Folha de SP) 10/02/2010 ........................................... 3 Governo desiste de elevar taxa na mineração (Folha de SP) 10/02/2010 ...................................................................... 4 Novo código prevê que só empresas explorem e pesquisem minerais (Folha de SP) 10/02/2010 ............................. 5 Município pode ganhar mais por exploração (Folha de SP) 10/02/2010 ....................................................................... 5 PT, 30 anos militante pelo Brasil (Folha de SP) 10/02/2010 ........................................................................................... 6 "Vamos comparar obra por obra", afirma ministra (Folha de SP) 10/02/2010 ............................................................... 7 Crise acaba com euforia e pode afetar fluxo de capitais, diz Meirelles (O Estado de SP) 10/02/2010 ....................... 7 Chávez anuncia novo plano antiapagão (O Estado de SP) 10/02/2010 ........................................................................... 8 Pressão por redução da jornada aumenta (O Estado de SP) 10/02/2010 ....................................................................... 9 Camargo Corrêa torna-se a maior acionista da CIMPOR (O Estado de SP) 10/02/2010 ................................................ 9 A fonte é a mesma, o trajeto muda (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................................... 10 Celesc investiga atuação de ex-diretor (Valor Econômico) 10/02/2010 ........................................................................ 11 Sistema ONS ainda está vulnerável a hackers (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................ 12 Infraestrutura brasileira: fidelidade ao neoliberalismo (Valor Econômico) 10/02/2010 .............................................. 13 Próximo governo vai decidir sobre prorrogação de concessões (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................. 14 Fundo compra fatia de 40% da Amyris Brasil (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................................. 15 Shree Renuka avalia unidade da Corol (Valor Econômico) 10/02/2010 ........................................................................ 16 Usina Mandu, ex-Crystalsev, negocia venda de seus ativos (Valor Econômico) 10/02/2010 ..................................... 16 Legitimidade da Anvisa para a regulação sanitária (Valor Econômico) 10/02/2010 .................................................... 17 El Niño já perde força, mas ainda afetará commodities (Valor Econômico) 10/02/2010 ............................................. 18 A gestão financeira na crise e as lições para 2010 (Valor Econômico) 10/02/2010 ..................................................... 19 Justiça trabalhista condena financeira a pagar indenização de R$ 1 milhão (Valor Econômico) 10/02/2010 .......... 20 Verdades sobre as enchentes (Correio Popular) 10/02/2010 ......................................................................................... 21 Petrobras anuncia parceria de exploração no Uruguai (Estadão Online 20:41h) 09/02/2010 ..................................... 22 Boas pagadoras de dividendos são opção em 2010 (Estadão Online 15:14h) 09/02/2010 ......................................... 22 Previ avalia aumentar fatia na Petrobras com capitalização—Rosa (Estadão Online 13:11h) 09/02/2010 ............... 24 Copel inaugura duas novas subestações em Curitiba (CanalEnergia) 09/02/2010 ..................................................... 25 Venda de excedentes: agentes comemoram aprovação rápida no Senado (CanalEnergia) 09/02/2010 ................... 25 AES Eletropaulo PNB encerra em alta de 2,97% (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................... 26 Chesf investirá R$ 633 milhões em 2010 para expandir sistema de transmissão (CanalEnergia) 09/02/2010 ......... 27 DME Energética realizará leilão de venda de energia nesta quarta-feira, 10 (CanalEnergia) 09/02/2010 .................. 27 Eletronuclear oficializa com prefeituras acordo de compensações socioambientais de Angra 3 (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 27 Submercado SE/CO registra armazenamento de 77,05% em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010 .............................. 28 Brasil e Portugal discutem papel da energia eólica (CanalEnergia) 09/02/2010 .......................................................... 28 Brasil e Venezuela usam experiência de Tucuruí em debate sobre abastecimento de Guri (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................................................................................................................................................ 28 Índice Comerc registra alta de 14,44% no consumo de energia em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010 ................... 29 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 76,6% da capacidade (CanalEnergia) 09/02/2010 ........................ 29 Consumidores livres ficam mais perto de negociar energia excedente (CanalEnergia) 09/02/2010 ......................... 29 Empresas têm desligamentos causados por chuvas (CanalEnergia) 09/02/2010 ....................................................... 30

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AES Tietê PN opera em alta de 2,18% (CanalEnergia) 09/02/2010 ................................................................................. 30 Governo de SP cobra explicações sobre cortes de energia (CanalEnergia) 09/02/2010 ............................................ 31 UTE Nova Olinda opera até fim de março (CanalEnergia) 09/02/2010 .......................................................................... 31 Terras no Sergipe e em Santa Catarina declaradas de utilidade pública (CanalEnergia) 09/02/2010 ....................... 31 SINDICAL Pressão pela Redução da Jornada (CUT Nacional) 09/02/2010 ..................................................................................... 32 Redução da Jornada (CUT Nacional) 09/02/2010 ........................................................................................................... 33 40 horas semanais já! (CUT Nacional) 09/02/2010 ...................................................................................................... 33 Experiência (CUT Nacional) 09/02/2010 ........................................................................................................................ 34 “Aumentar a jornada é legalizar o trabalho escravo” (CUT Nacional) 09/02/2010 ....................................................... 34 Emir Sader (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................................................................................................................ 36 APEOESP marca assembléia para dia 5 de março (CUT Nacional) 09/02/2010 ........................................................ 37 Vitória do Sindipetro PE-PB (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................................................................................ 38 Piso Salarial Estadual (CUT Nacional) 09/02/2010 ....................................................................................................... 39 Minas Gerais (CUT Nacional) 09/02/2010 ...................................................................................................................... 39 Proteção à vida e à saúde dos trabalhadores (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................................................... 40 Blog do Miro: (CUT Nacional) 09/02/2010 .................................................................................................................... 41 Vitória da democracia (CUT Nacional) 09/02/2010 ....................................................................................................... 42 Como o governo de SP tornou o excesso de chuvas uma tragédia (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................ 44 Nas ruas de Brasília: "Pacotão" de solidariedade ao Haiti (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................................ 46 Unesco: Cuba é o melhor da AL em relação a metas na educação (CUT Nacional) 09/02/2010 ............................. 47 TST manda empresa pagar indenização de R$ 10 mil a trabalhadora por assédio (CUT Nacional) 09/02/2010 ...... 48 Caixa adia negociação com a Contraf/CUT sobre jornada de trabalho (CUT Nacional) 09/02/2010 ........................ 48 Coordenador da CUT denuncia as ações da Justiça e das polícias de José Serra (CUT SP) 09/02/2010................. 49

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Sem água e sem luz (Folha de SP) 10/02/2010 Editoriais [email protected] "É INACEITÁVEL ficar 24 horas sem energia", constatou o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey. Com ele concordam os moradores dos 16 bairros da capital do Estado que sofreram com o longo corte de eletricidade na semana passada. Semelhante indignação também se aplicaria à falta d'água que atingiu 750 mil pessoas na cidade após o rompimento de uma adutora, no domingo. Dois dias depois, o problema ainda não havia sido solucionado. A concessionária de energia da capital, a AES Eletropaulo, culpa as intensas tempestades e a consequente queda de árvores pelos problemas. Alega que suas equipes encontraram dificuldades para alcançar os locais em que se faziam necessários os reparos. O próprio governo do Estado revela-se insatisfeito com as explicações. Marrey exige provas e documentos, inclusive sobre os investimentos realizados pela empresa. Por mais que o interesse político, em ano eleitoral, possa ter estimulado a movimentação do secretário, a cobrança é bem-vinda. É bom lembrar que blecautes recentes, no Rio, decorreram de falhas na ampliação e acompanhamento da rede. Mas o governo paulista deveria ter atuado de forma preventiva -assim como a Agência Nacional de Energia Elétrica, que tem a missão de monitorar os investimentos previstos pelas concessionárias. Parafraseando Marrey, a omissão das autoridades no dever de fiscalizar também é inaceitável.

Bom janeiro (Folha de SP) 10/02/2010 ANTONIO DELFIM NETTO O INÍCIO DE 2010 tem sido promissor. As dúvidas sobre a dimensão dos deficits em conta corrente de 2010 e 2011 não põem em risco nossa solvabilidade. Devem apenas levar-nos a repensar a necessidade de maior esforço exportador dos nossos manufaturados e serviços. É errôneo pensar que isso sugere a redução da ênfase nas exportações do agronegócio ou do setor mineral. Pelo contrário. Essas exportações têm garantido a melhoria das relações de troca e continuam sendo um componente importante do crescimento do nosso PIB. A ênfase na exportação de produtos manufaturados é necessária, porque, normalmente, o tamanho do mercado interno é incapaz de garantir os ganhos de produtividade embutidos no aumento de escala. É o caso, por exemplo, dos setores de alimentação, de comunicação, celulose, petroquímica e energia elétrica, onde se formam complexos de dimensão internacional. Eles precisam, entretanto, ser submetidos a um adequado controle por agências ou pela competição externa, que impedirão o uso abusivo do seu poder de mercado. Nessa linha, chama a atenção a disposição da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que começa a voltar os seus olhos para o inconveniente monopólio da Petrobras na rede de distribuição de gás. Além do mais, deve ser evidente que em 2030 teremos de dar emprego de boa qualidade a 151 milhões de brasileiros entre 15 e 65 anos, o que só se conseguirá se a um agronegócio de alta produtividade agregarmos setores industriais e de serviços igualmente eficientes, o que exige a ajuda das exportações. Outro fato promissor é o compromisso "em pedra e cal" do Tesouro Nacional de que construiremos ("sem choro nem vela") um superavit primário de 3,3% do PIB. Isso é fundamental para o controle da relação dívida pública/PIB, um dos fatores determinantes da taxa de juro real. O terceiro e fundamental fato promissor para o nosso desenvolvimento é o avanço registrado no setor de energia elétrica. A concessionária Energia Sustentável do Brasil (ESBR) anunciou que no final de 2012 estará antecipando a produção de Jirau, com 2.000 MW. Por outro lado, parece que as resistências a Monte Belo estão se liquefazendo e o seu leilão sairá (talvez!) no segundo trimestre. O quarto e decisivo fator promissor é o anuncio da renovação das concessões do setor elétrico, cujo atraso injustificado já custou um enorme retardo dos investimentos nas 49 usinas hidrelétricas cujos contratos terminam entre 2015 e 2020. Começamos muito bem! [email protected]

Venezuela está em "emergência elétrica", decreta presidente (Folha de SP) 10/02/2010 Medida, válida por 60 dias, autoriza compras sem licitação e prevê multas a grandes usuários que não reduzirem consumo

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Governo Chávez culpa falta de chuvas pela escassez energética; oposição e especialistas veem falta de investimento estatal na área Presidência da Venezuela/France Presse O venezuelano Hugo Chávez em seu novo programa de rádio FABIANO MAISONNAVE DE CARACAS O presidente venezuelano, Hugo Chávez, decretou anteontem à noite emergência elétrica nacional por pelo menos 60 dias. A nova medida autoriza a compra de energia de outros países e a fazer compras sem licitação, além de prever multas aos consumidores que não diminuam metas de redução do consumo. "O alto consumidor residencial que não reduzir em 10% pagará 75% sobre a conta. Para os que aumentarem 10%, haverá uma multa de 100%. E, se chegarem a um aumento de 20% em sua conta, pagarão 200% a mais", disse Chávez, em cadeia nacional de rádio e TV. Por outro lado, Chávez afirmou que os que conseguirem reduzir o consumo em 10% terão um desconto de 25% na conta. O abatimento será de 50% caso a redução na conta chegue a 25%. Horas antes, o presidente venezuelano havia anunciado, em pronunciamento via rádio, a criação de um gabinete de crise para o setor, conformado pelo vice-presidente Elías Jaua e por quatro ministros. Outra medida será a publicação de uma lista de 8.000 grandes consumidores de energia, que serão obrigados a economizar inicialmente 10% e, numa segunda fase, outros 10%. Em caso de infração, a punição varia de interrupção de 24 horas até o corte do fornecimento por tempo indeterminado. Essa medida deve afetar principalmente Caracas, que ficou de fora dos cortes de até quatro horas de luz que vêm sendo realizados desde o mês passado em todo o país. Desde o final do mês passado, Chávez vem negociando com o Brasil tanto apoio técnico como uma forma de importar energia desde Roraima, que atualmente compra energia venezuelana e vem sendo afetada com a crise. Cuba, que também sofre com apagões, enviou uma comitiva na semana passada para ajudar o país aliado. O governo tem culpado a falta de chuvas pela crise elétrica. Já especialistas e a oposição acusam o governo de não investir o suficiente no setor.

Governo desiste de elevar taxa na mineração (Folha de SP) 10/02/2010 Plano de mudar a cobrança de royalties sobre o setor é abandonado após resistência das mineradoras e da Fazenda Regras de outorga e desenho institucional do setor serão mudadas, dando mais poder ao Estado; "vamos acabar com farra", diz Lobão HUMBERTO MEDINA VALDO CRUZ DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo desistiu de modificar a tributação de royalties no setor de mineração. Não houve acordo entre os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda sobre o assunto, que não será enviado ao Congresso, diferentemente do que o Planalto havia planejado anteriormente. Em 2010, serão mudadas somente as regras relativas ao processo de outorga do setor e seu desenho institucional, com a criação do Conselho Nacional de Política Mineral e de uma agência reguladora, dando mais poderes ao governo na área. "Vamos acabar com a farra no setor", disse o ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Segundo a Folha apurou, dois setores travaram a modificação do sistema tributário: 1) as mineradoras, que pressionaram o governo alegando risco de perda de competitividade do país no mercado internacional; e 2) a equipe econômica, por receio de perda de arrecadação num momento de alta dos gastos públicos. A ideia original do governo era aumentar a CFEM (Compensação Financeira sobre Exploração Mineral, o royalty do setor). Não vingou porque o setor produtivo argumentou que haveria perdas comerciais ao país, que ficaria em desvantagem em relação a outros produtores com custos menores. Apesar de esse tipo de royalty no Brasil ser menor do que em outros países, a carga tributária total sobre o setor é uma das maiores do mundo. Enquanto a CFEM aqui é de 3%, se cobra mais nos EUA (4,6%), na Rússia (4,6%) e na Austrália (4%). Só que a carga tributária total brasileira chega a 19,7%, enquanto nos países citados fica em 15,07%, 16,32% e 15,4%, respectivamente.

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Passou-se então a discutir outra proposta, que envolvia reformulação tributária mais ampla. A CFEM seria elevada, de 2% para 8%, mas outros tributos federais diminuiriam. Nesse momento, havia consenso entre os empresários, mas a discussão passou a ser entre os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda e não avançou. A CFEM é repartida com Estados e municípios, enquanto os outros impostos, que seriam reduzidos, têm arrecadação concentrada na União, o que motivou a resistência da Fazenda. "Vamos enviar agora o projeto de lei com as novas regras do marco regulatório. A questão dos royalties está ficando para uma segunda etapa", disse Lobão à Folha. Ele admitiu que a resistência do Ministério da Fazenda pesou na decisão. Lobão afirmou, porém, que o governo ainda pode mudar o imposto de exportação sobre o setor de mineração. Hoje, segundo ele, a exportação de minério bruto não paga esse tributo, enquanto os produtos acabados, como laminados de aço, são taxados. Essa medida faz parte da estratégia do presidente Lula de pressionar as mineradoras, principalmente a Vale, a dar prioridade à transformação do minério no país. No ano passado, Lula pressionou diretamente o presidente da Vale, Roger Agnelli, a aumentar seus investimentos em siderúrgicas no país para reduzir a exportação de minério bruto. A pressão fez a empresa alterar seu plano de investimento, depois de ter feito cortes em seu planejamento e promovido demissões durante a crise internacional.

Novo código prevê que só empresas explorem e pesquisem minerais (Folha de SP) 10/02/2010 Luiz Novaes - 11.abr.91/Folha Imagem Serra Pelada (Pará) no início da década de 1990; só empresas poderão explorar minérios DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O novo Código de Mineração prevê que apenas empresas terão autorização para pesquisar e explorar minerais no país. Elas terão ainda de comprovar um investimento anual mínimo durante a fase de pesquisa, o que hoje não é exigido. "Vamos acabar com os aventureiros do setor, pessoas físicas que pegam uma área para pesquisar e nunca o fazem", afirmou à Folha o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) sobre a proposta de novo "Marco Institucional e de Outorga da Mineração". Segundo Lobão, a ideia é enviar ainda neste mês ao Congresso um projeto de lei com o novo código. Nele, os prazos de pesquisas e lavra vão mudar caso a proposta seja aprovada. Hoje, a pessoa física ou empresa vai ao órgão responsável e pede o direito de pesquisar uma área. Tem um prazo de até seis anos para isso. Depois, mais um para requerer o direito de lavra. A partir daí, não há prazo para produzir. Pela nova proposta, o prazo passa a ser de cinco anos para pesquisa, sem prorrogação. Depois, um ano para formalizar o pedido de lavra da área. Nesse período, a empresa terá de provar um investimento mínimo e também pagar uma taxa anual crescente até a conclusão das pesquisas. A agência reguladora fará a fiscalização e poderá aplicar multas de até R$ 50 milhões. O governo vai manter o sistema de prioridade, em que a empresa que protocola primeiro o pedido de pesquisa ganha o direito sobre determinada área. Haverá, porém, exceções, e licitações poderão ser feitas em dois casos: quando quem tinha autorização perder os direitos (não comprovou pesquisa dentro do prazo, por exemplo) e em áreas que forem consideradas de minerais estratégicos.

Município pode ganhar mais por exploração (Folha de SP) 10/02/2010 DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O diagnóstico do Ministério de Minas e Energia é que a tributação do setor, da forma como é feita hoje, não incentiva a agregação de valor na indústria. O minério bruto paga menos imposto do que os produtos manufaturados. Uma mudança na política tributária inverteria essa lógica. Além disso, há a constatação de que as áreas diretamente afetadas pela atividade de mineração, principalmente Minas Gerais e Pará, recebem muito pouco para compensar os danos da atividade. A comparação é com os municípios do Rio de Janeiro, como Campos, que recebem por uma atividade exploratória em alto-mar, enquanto bem menos é repassado a municípios que ficam com áreas deterioradas pela atividade mineradora, com forte degradação ambiental. Hoje, o governo federal fica com 12% da CFEM, o Estado, com 23%, e o município, com 65%. Pela proposta em estudo, a União ficaria com 10%, os Estados, com 20%, os municípios, com 60%, e seria criado um fundo (Fundo Especial de Mineração, Femin), que ficaria com 10%, com o objetivo de compensar outros municípios afetados. A proposta do governo é que a alíquota da CFEM seja diferenciada por minério.

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TENDÊNCIAS/DEBATES

PT, 30 anos militante pelo Brasil (Folha de SP) 10/02/2010 JOSÉ EDUARDO DUTRA e RICARDO BERZOINI -------------------------------------------------------------------------------- Celebramos um partido democrático, popular e socialista que soube unir setores diferentes da esquerda democrática -------------------------------------------------------------------------------- O PT completa hoje 30 anos. No dia 10 de fevereiro de 1980, gente das mais diferentes origens reuniu-se no colégio Sion, em São Paulo, para tomar a decisão que mudou a história política do Brasil. O PT na origem era um pequeno partido, com uma imensa vontade de crescer. O PT de hoje governa o Brasil, cinco Estados e mais de 500 prefeituras. Homenageamos todos os que tiveram a coragem de tomar essa decisão. Especialmente os que pagaram com a vida a determinação de lutar. Três décadas construindo a democracia no Brasil, trajetória construída paulatinamente e marcada por luta pelos direitos sociais, defesa dos interesses nacionais, do desenvolvimento nacional e da integração latino-americana. No 30º aniversário, celebramos um partido democrático, popular e socialista que soube unir setores diferentes da esquerda democrática num projeto transformador da sociedade brasileira. A ousadia de fundar um Partido dos Trabalhadores ocorreu num momento em que o sistema político bipartidário da ditadura estava esgotado, quando as lutas sociais, clamando por mudanças, exigiam novas opções partidárias. Sofremos críticas sobre supostas divisões no campo democrático, mas o tempo encarregou-se de confirmar a importância histórica do projeto do PT. Um partido que nasceu com um projeto de uma nova democracia política, oriundo das lutas sindicais e populares para construir um país justo e democrático, defensor de nossa soberania, de nossas riquezas e do interesse público. A militância superou os desafios da montagem da estrutura do partido, enfrentando a legislação draconiana do governo militar. O partido cresceu de maneira orgânica e amadureceu até chegar à compreensão plena da importância estratégica das alianças, decisivas para quem quer realizar um projeto transformador. Em sua trajetória histórica, como ente coletivo, o PT refletiu e mudou, mas nunca mudou de lado, como mostram as conquistas do governo Lula. Temos hoje 1 milhão e 300 mil filiados que acreditam no projeto e militam para que ele prossiga. Um traço dessa história militante do PT é a capacidade de apontar para o partido e para a sociedade objetivos ousados, porém plausíveis. O crescimento do PT resultou de sua capacidade de construir suas teses a partir das lutas reais do povo. Como na Constituinte de 1987, uma pequena bancada de 16 deputados e nenhum senador se agigantou apoiada na mobilização popular. Ao longo de sua trajetória, o PT soube usar essa característica para, com seus militantes, mobilizar e conquistar. Empunhamos bandeiras históricas, como a da luta pela terra, pela saúde, pela educação, pelo emprego, pelos direitos humanos, pela integração continental, pela defesa das minorias e contra a discriminação. Assim, superamos o dilema de ser partido de massas ou de quadros e nos fortalecemos como canal de representação e de participação de milhões de brasileiros. Trinta anos de ampliação dos espaços de cidadania, rompendo com modelos populistas e com as fórmulas prontas -algumas importadas- para os problemas nacionais. Reinventamos o funcionamento do partido com as cotas de mulheres nas direções, os setoriais temáticos e as eleições diretas partidárias, o PED. O PT sempre valorizou o conceito de militância, grande insumo de nossa renovação. Dessa forma avançamos, chegamos às prefeituras e aos governos estaduais, ampliamos as bancadas parlamentares e as bases sociais, até a vitória histórica de Lula em 2002. As grandes bandeiras de nossa luta foram materializadas no governo Lula, que colocou o Brasil no rumo da redução acelerada das desigualdades sociais e regionais, ampliando a renda interna, gerando um mercado de massas, criando empregos e políticas públicas transformadoras, arquivando a teoria do Estado mínimo, que tantos males causou ao Brasil. O governo do PT mudou a imagem do país, levando-o a um novo patamar no cenário mundial. Lula é referência internacional. Nossos militantes, com os partidos aliados, preparam-se agora para construir um programa que garanta as mudanças implementadas pelo governo Lula, aprovadas por mais de 80% da população, e apresente novas metas ao povo brasileiro. Desejamos consolidar o projeto democrático popular colocado em prática pelo governo Lula, mas aprofundando e acelerando os avanços conquistados. Aos 30 anos, o PT olha para sua história com o orgulho de quem ajudou a construir a democracia e hoje lidera o governo mais popular da história do Brasil. Mas olhamos para a frente com a humildade de quem sabe que na política cada desafio vencido abre dezenas de novas responsabilidades. Viva o PT! JOSÉ EDUARDO DUTRA, 52, geólogo, ex-senador da República (PT-SE), ex-presidente da Petrobras, é o novo presidente do PT.

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RICARDO BERZOINI, 50, bancário e deputado federal (PT-SP), conclui hoje seu mandato de presidente do PT.

"Vamos comparar obra por obra", afirma ministra (Folha de SP) 10/02/2010 Ricardo Stuckert/PR Dilma durante visita a obra do PAC em Governador Valadares DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOVERNADOR VALADARES (MG)DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Em resposta à ofensiva protagonizada desde o último sábado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do Planalto à sucessão presidencial, afirmou ontem que o governo Lula está pronto para comparar números de sua gestão aos de FHC. "Se quiserem comparar, nós vamos comparar. Número por número, casa por casa, obra por obra, escola por escola, emprego por emprego", disse Dilma. Ela estava ao lado de Lula e outros cinco ministros, em discurso para cerca de 400 pessoas em Governador Valadares (MG), em cerimônia de lançamento de ações vinculadas a programas federais, como PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. A declaração veio em resposta às recentes declarações de FHC, que chamou Dilma de "boneco" do presidente Lula e "reflexo de um líder" e que, em artigo, desafiou o governo a fazer comparações com a sua gestão "sem mentir". A atitude do ex-presidente causou desconforto entre os tucanos. O pré-candidato do partido à sucessão de Lula, o governador José Serra (SP), vem buscando fugir de confrontos abertos com o governo federal -estratégia estimulada pelo Planalto para forçar uma eleição plebiscitária entre PT e PSDB-, em especial no tocante a comparações entre governos. No seu discurso -em que, por duas vezes chamou Governador Valadares de Juiz de Fora-, Dilma não chegou a fazer comparações numéricas com o governo tucano. Essa função coube ao presidente Lula, em entrevista a duas rádios locais, antes da cerimônia oficial. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal disponibilizou, em 2002, R$ 5 bilhões para financiamento de habitação, enquanto em 2009 o valor, afirma Lula, chegou a R$ 45 bilhões. Na citação mais direta a FHC, disse que "tem presidentes, que cumpriram mandato de quatro, de cinco, de quantos anos, e não fizeram uma única universidade no Brasil". O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) também entrou na troca de acusações entre tucanos e governistas, e escolheu FHC como alvo. Para ele, as críticas do ex-presidente derivam de uma "vaidade misturada com inveja que tem de Lula". Segundo Ciro, FHC é a "única pessoa que não tem moral para falar mal de Dilma, e deveria colocar a sua viola no saco". "O Serra foi a Dilma do Fernando Henrique", disse. Ciro afirmou ainda que Dilma é a melhor opção do PT para a sucessão, mas criticou o fato de ela não ter vivência eleitoral. O ministro Tarso Genro (Justiça), pré-candidato ao governo do RS, também abordou o assunto. Disse que FHC "sintetiza a oposição" e que busca dar um rumo a "uma oposição sem rumo".

Crise acaba com euforia e pode afetar fluxo de capitais, diz Meirelles (O Estado de SP) 10/02/2010 Em entrevista ao 'Estado', o presidente do Banco Central diz que a crise na Europa traz incerteza aos mercados Beatriz Abreu, Agência Estado e Leandro Modé A crise que afeta alguns países europeus jogou novamente os mercados em um ambiente de incerteza, que aumenta a chamada aversão ao risco - ou seja, deixa os investidores mais reticentes em aplicar em ativos menos seguros, como bolsa de valores. Em tese, essa realidade pode afetar os fluxos de capitais no mundo. Mas, mesmo que isso ocorra, não terá efeito negativo sobre a economia brasileira. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que concedeu ao Estado uma entrevista exclusiva no fim da tarde de segunda-feira, na sede da instituição em São Paulo. "As perspectivas de crescimento da economia brasileira continuam sólidas, com expansão baseada no mercado interno", afirmou. "No curto prazo, digamos este ano e possivelmente no próximo, o déficit em conta corrente brasileiro será financiado pelo investimento estrangeiro direto, na medida em que a expansão do mercado doméstico já está demandando investimentos das companhias."

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Embora esteja otimista com o País, Meirelles reconhece que nem todas as perdas dos grandes bancos no mundo estão claras, o que deve contribuir para que o mercado global ainda passe por turbulências, com impactos sobre ativos brasileiros. Para Meirelles, a dificuldade fiscal de alguns países da Europa já era previsível. "Não contávamos com um cenário de exuberância absoluta durante este ano e os próximos", disse. É por isso, explicou, que autoridades brasileiras, como ele, alertavam os mercados para um risco de euforia. "Temos de tomar cuidado com o excesso de euforia, que leva muitas vezes a excesso de correção. O que estamos vendo é um pouco isso." Segundo o presidente do BC, a Europa deverá ter crescimento abaixo de 1% este ano e os Estados Unidos, desempenho um pouco melhor, "mas sujeito a incertezas e dificuldades". Meirelles afirma que não está configurada "uma probabilidade elevada de uma recessão no modelo W". Ou seja, uma nova queda após a recuperação vivida pela maior parte dos países no ano passado. O presidente do BC se esquivou de dar pistas sobre os próximos passos da instituição em relação à taxa básica de juros (Selic). O mercado financeiro dá como certo um novo ciclo de elevações, com início entre março e abril. "Não predefinimos uma estratégia (para a política monetária). A cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), tomamos a decisão com base nas informações existentes", afirmou. Meirelles também rebateu as críticas de setores da sociedade que defendem que o BC intervenha no mercado de câmbio para evitar que o real continue perdendo espaço em relação ao dólar - a moeda americana, que valia R$ 1,72 no início do ano, chegou a ser negociada por R$ 1,90 na semana passada. Ontem, fechou cotada a R$ 1,847. "Acho curioso. Quando o dólar estava caindo e passou de R$ 1,90, houve críticas muito fortes de que o BC estava "deixando" o dólar. Agora que a moeda se aproxima de R$ 1,90, mas subindo, o BC é criticado por deixar subir para esse nível." O presidente do BC também evitou falar sobre uma eventual saída do BC para se candidatar a algum cargo eletivo.

Chávez anuncia novo plano antiapagão (O Estado de SP) 10/02/2010 Empresas e cidadãos que gastarem mais energia serão multados Reuters CARACAS Horas depois de declarar estado de emergência no setor elétrico, na segunda-feira, o governo venezuelano lançou um plano para economizar energia que inclui multas para grandes consumidores ou para quem gastar mais e incentivos para quem reduzir seu consumo. O novo plano é voltado tanto para consumidores residenciais quanto para empresas e indústrias. Segundo o presidente Hugo Chávez, os lares que gastarem mais de 500 quilowatts por hora na média mensal serão considerados grandes consumidores e terão de cortar 10% do seu consumo sob pena de uma multa equivalente a 75% de sua conta de luz. Para todos aqueles que gastarem 10% a mais do que na última fatura, a multa será de 100% sobre o valor dos gastos atuais. E para os que consumirem 20% a mais, a tarifa extra será de 200%. Por outro lado, as residências com um consumo abaixo dos 500 quilowatts por hora que conseguirem reduzir seu consumo de eletricidade entre 10% e 20% terão um desconto de 25% em sua conta de luz. Para os que cortarem mais de 20%, a redução será de 50%. O Brasil também adotou um sistema de metas de redução de consumo energético, com incentivos e penalizações, após o apagão de 2001. Segundo um acordo fechado numa visita recente a Caracas do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, técnicos brasileiros estão ajudando a Venezuela a buscar uma solução para a sua crise de energia. Segundo Chávez, os setores comercial e industrial precisarão reduzir em 20% seu consumo de energia em relação a 2009. O estado de emergência permitirá a Caracas contratar empresas e comprar equipamentos de forma mais rápida, sem licitações, por 60 dias ? prorrogáveis por mais tempo. RACIONAMENTO

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Nos últimos meses, uma política de racionamento já vem deixando algumas regiões da Venezuela sem luz por até 8 horas diárias. Além disso, o governo venezuelano impôs uma redução no horário de funcionamento dos shopping centers. Segundo o presidente do instituto de pesquisas Datanálisis, Luis Vicente León, citado pelo jornal El Universal, de Caracas, essas medidas devem fazer o PIB venezuelano cair até 2% este ano. Tal perspectiva é uma grande dor de cabeça para o governo a apenas sete meses das eleições legislativas, em que Chávez pretende manter a maioria da Assembleia Nacional para conseguir levar adiante as reformas legais necessárias para seu projeto socialista. A crise energética é causada por uma seca prolongada, que reduziu o nível da reserva da represa de Guri, responsável por 70% da eletricidade consumida na Venezuela. Mas também há entre a população a percepção de que o governo não fez os investimentos necessários no setor energético e problemas de administração estariam agravando a crise.

Pressão por redução da jornada aumenta (O Estado de SP) 10/02/2010 Sindicatos ameaçam fazer greve se proposta não for votada na Câmara Edna Simão BRASÍLIA Em ano eleitoral, as centrais sindicais aumentam a pressão e ameaçam fazer greves em todo o País para forçar a Câmara dos Deputados a aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais. Mesmo correndo o risco de serem derrotados, os empresários continuam irredutíveis e não aceitam negociar a PEC, que tramita na Câmara há 15 anos. Foi nesse cenário de divergências que o presidente da Câmara, Michel Temer (PDMB-SP) realizou, ontem, reuniões separadas com representantes dos trabalhadores e dos empresários para discutir o assunto. Os trabalhadores cobram uma data para votação da proposta, o que não ficou definido. Os representantes dos trabalhadores dizem que estão dispostos até a negociar uma forma gradativa para reduzir a jornada para 40 horas. Como muitos parlamentares, eles avaliam que, se a proposta for ao plenário, não haverá dificuldades em ser aprovada, já que ninguém quer ter o desgaste político de ficar contra a medida em um ano de eleição. Para as centrais sindicais, pelo menos, 2,5 milhões de empregos devem ser criados com a diminuição da jornada. Os empresários, no entanto, salientam que a proposta aumenta os custos do setor produtivo, reduz a competitividade e incentiva ainda mais a informalidade. Ou seja, terá efeito contrário. Na intenção de facilitar um acordo, Temer pôs em debate uma proposta intermediária, que, entretanto, acabou por não agradar a nenhum dos lados. A sugestão de Temer, que deve ser levada a uma reunião de líderes de partidos, que ainda não está marcada, prevê a diminuição da jornada de 44 para 42 horas semanais num período de dois anos. A proposta prevê ainda a manutenção do valor adicional pago por hora extra em 50% e a concessão de incentivos fiscais para minimizar possíveis prejuízos às empresas. A indústria avalia, no entanto, que a proposta é complexa e difícil de ser adotada. Segundo o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), a proposta de Temer será levada para debate nas bases. "Mas acho que temos de continuar brigando pelas 40 horas."

Camargo Corrêa torna-se a maior acionista da CIMPOR (O Estado de SP) 10/02/2010 Grupo brasileiro pagou cerca de 1 bilhão de euros por participação de 22,17% na cimenteira portuguesa David Friedlander, da Agência Estado - SÃO PAULO - Num lance inesperado e fechado nesta quarta-feira em Lisboa, a Camargo Corrêa tornou-se o maior acionista individual da cimenteira portuguesa Cimpor, uma das dez maiores do mundo.

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O grupo brasileiro pagou cerca de 1 bilhão de euros pela participação de 22,17% do empresário Teixeira Duarte e tem opção para adicionar ações de seus familiares, totalizando 25% da Cimpor. A Camargo pagou 6,50 euros por ação.O negócio foi fechado por volta das 5 horas da manhã em Lisboa, diretamente por Carlos Pires Oliveira Dias, um dos donos do grupo, e pelo presidente do Conselho de Administração da Camargo, Vitor Hallack. Depois de perder, na semana passada, a participação que o grupo francês Lafarge tinha na Cimpor, a Camargo comprou uma fatia maior ainda do empresário Teixeira Duarte - que poucos imaginavam que pudesse vender agora sua participação. A operação torna difícil a tarefa da Companhia Siderúgica Nacional (CSN), que tenta comprar o controle da cimenteira de Portugal. A aquisição da Camargo será paga com recursos próprios e financiamento de bancos, liderados pelo HSBC. O lance da Camargo faz parte de uma das maiores disputas já travadas por empresas brasileiras no exterior. Desde o ano passado, a Cimpor vem sendo disputada pela Camargo, pelo grupo Votorantim e pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Na semana passada, a Votorantim comprou uma participação de 17,28% pertencente ao grupo francês Lafarge e firmou também um acordo de acionistas com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), detentora de 9,6% de participação na cimenteira portuguesa. A Cimpor opera em 13 países de quatro continentes (Europa, Ásia, América do Sul e África). É especialmente forte em mercados emergentes, como Egito, China, África do Sul e Índia. No Brasil, é a quarta maior. Além de colocar a Camargo Corrêa e a Votorantim no clube dos maiores produtores de cimento do mundo, as operações têm o objetivo de barrar a expansão da CSN no negócio de cimento. O controle da cimenteira portuguesa transformaria a CSN, que inaugurou recentemente sua primeira fábrica de cimento no Brasil, numa ameaça. Hoje, a Votorantim é a maior do setor no Brasil e a Camargo, a terceira. Fechando o negócio com os portugueses, a CSN passaria a ser automaticamente um dos dez maiores do mundo. Embora essa ambição esteja mais difícil, a siderúrgica continua no páreo. Ela tem até o próximo dia 17 para convencer os acionistas da Cimpor a vender o controle da empresa. Ela já ofereceu 5,75 euros, o que daria uma oferta total de 3,68 bilhões de euros. O conselho de administração da Cimpor recomendou aos acionistas que recusem a oferta, mas o empresário Benjamin Steinbruch tenta reverter essa situação. Para a Camargo, o cimento é uma prioridade. Do investimento de R$ 24 bilhões previsto até 2014, dois terços foram destinados para os setores de energia e cimento. O grupo tem sete fábricas de cimento no Brasil, nove na Argentina, está construindo uma planta no Paraguai e tem tudo pronto para começar outra em Angola.

A fonte é a mesma, o trajeto muda (Valor Econômico) 10/02/2010 César Felício Quando o PT foi constituído, em fevereiro de 1980, o novo presidente estadual da sigla no Rio Grande do Norte, Eraldo Paiva, tinha três anos. O presidente mineiro, Reginaldo Lopes, contava com sete anos. O da Paraíba, Rodrigo Soares, era uma criança de cinco anos de idade. A prefeita de Fortaleza e presidente do PT cearense, Luizianne Lins, devia estar preocupada com as espinhas em seu rosto, aos 12 anos. Ao completar os 30 anos, o partido do presidente começa, tardiamente, a fazer uma troca de geração em sua classe dirigente. É ainda um processo incipiente, dado que os fundadores do PT tinham pouco ou nenhuma experiência política e ainda estão na ativa. E os novos presidentes estaduais, empossados entre esta semana e a próxima, mostram que o partido teve um desenvolvimento endógeno. O PT pode lutar para manter o privilégio de receber para seus candidatos doações ocultas de empresários, mas, de maneira diferente do que ocorre em relação a PSDB e PMDB, por exemplo, não há empresários e fazendeiros nos comandos estaduais. Tampouco são comuns os dirigentes que carregam "Filho" ou "Neto" em seus sobrenomes. Entre os presidentes estaduais, há um só ponto fora da curva: o de Ângela Portela, presidente do PT roraimense e primeira-dama do ex-governador Flamarion Portela, cassado pela Justiça Eleitoral em 2004. Entre os dirigentes estaduais há muita gente vinda dos movimentos de base da Igreja Católica, pelo menos nove casos de egressos do sindicalismo do funcionalismo público e até mesmo um ex-metalúrgico, o deputado federal Luiz Sérgio, do Rio de Janeiro. São basicamente as mesmas fontes que alimentaram o PT nos anos 80 e 90. Eraldo Paiva, vereador em São Gonçalo do Amarante (RN), é o caçula de uma família de dez filhos, todos nos movimentos sociais tocados pela Igreja Católica. Seu irmão mais velho é padre.

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A fotografia inicial mostrando uma nova geração petista também ancorada em movimentos sociais, Igreja, funcionalismo público e sindicalismo não deixa de causar estranheza, uma vez que as mudanças do espectro ideológico do PT de 1980 e o de 2010 são óbvias. As diferenças, essenciais, residem nos detalhes. Nem sempre, por exemplo, será o presidente estadual do PT quem distribuirá as cartas neste ano. Ao contrário do que ocorria no passado, em que a máquina partidária influía e manietava os detentores de mandato eletivo, desta vez, em muitos Estados, são os petistas de prestígio eleitoral que controlam a burocracia interna. É o caso do Paraná, em que Enio Verri, um tecnocrata com mestrado e doutorado em economia, é ligado ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e do Mato Grosso do Sul, em que o advogado Marcus Garcia está no comando por obra de um acordo entre o senador Delcídio do Amaral Gomez e o ex-governador Zeca do PT. A origem em movimentos sociais não chega a ocultar, por outro lado, o fato que muitos dirigentes da sigla participaram das estruturas do poder federal ou do estadual antes da eleição interna do ano passado. É uma passagem que apaga a pista inicial e entroniza o petista na elite dirigente do país. O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, podia ser contado como oriundo do sindicalismo no funcionalismo público há muito tempo. Hoje, é melhor considerá-lo o ex-presidente da Petrobras, da BR Distribuidora e ex-senador por Sergipe. É caso semelhante o de Alagoas, em que o presidente estadual Joaquim Brito foi presidente da Ceal, distribuidora de energia elétrica; ou Goiás, onde Valdi Camárcio, este um petista histórico, se elegeu depois de ter sido presidente da Funasa; ou o de Jonas Paulo, da Bahia, que passou por uma diretoria da Codevasf. As três décadas de partido também fizeram com que ocorresse uma cristalização parlamentar, ou a profissionalização política da velha guarda partidária. O deputado federal Carlos Santana (RJ) está no quinto mandato. Arlindo Chinaglia (SP), no quarto. Eduardo Suplicy (SP) no terceiro mandato de senador. Entre Câmara e Senado, Paulo Paim (RS) está no Congresso desde a Constituinte. Bom lembrar que, em 1986, 12 dos 16 deputados eleitos pelo partido não tinham experiência legislativa. Em 2006, estavam nesta situação somente 26 dos 83 deputados petistas. Um sinal eloquente que a passagem do vendaval do mensalão pouco transformou o partido. Em 30 anos de travessia, o PT ainda exibe diferenças em relação aos demais partidos. Mas somente na superfície assemelha-se ao que já foi. César Felício é correspondente em Belo Horizonte. A titular da coluna, Rosângela Bittar, está em férias E-mail: [email protected] Energia: Executivo comandava a área comercial da distribuidora e autorizou pagamento sem previsão orçamentária

Celesc investiga atuação de ex-diretor (Valor Econômico) 10/02/2010

Júlia Pitthan, de Joinville Um novo capítulo nos rearranjos administrativos das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) foi aberto na semana passada. Um pagamento de cerca de R$ 12 milhões feito à Monreal, empresa prestadora de serviços de cobrança de inadimplentes, sem previsão orçamentária levou o diretor comercial da Celesc Distribuição, Dílson Oliveira Luiz, a deixar o cargo. Uma sindicância para apurar quem autorizou o pagamento foi aberta na sexta-feira, com aprovação do conselho administrativo reunido naquele dia, e deve se encerrar em 30 dias. O presidente da Celesc Distribuição, Felipe Luz, não descarta encaminhar o caso para o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) e Ministério Público, caso seja comprovada irregularidade. De acordo com Luz, o contrato com a Monreal havia terminado em novembro. Desde então, a cobrança dos inadimplentes tem sido feita pelo sistema Serasa. A conta foi paga em janeiro. O presidente disse que não tinha conhecimento da dívida e que, quando ficou sabendo do pagamento, sentiu-se "como um goleiro que toma um gol pelo meio das pernas, com a bola batida do meio de campo". A questão foi levada então para a primeira reunião ordinária do conselho administrativo deste ano, na sexta-feira, que deliberou sobre outros assuntos decisivos no futuro da estatal catarinense. No mesmo dia, o plano de demissão voluntária incentivada (PDVI) foi aprovado. O conselho também decidiu contratar uma empresa de auditoria externa para acertar o cálculo de uma dívida do governo com a companhia, estimado entre R$ 40 milhões e R$ 100 milhões.

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Os R$ 12 milhões que, de acordo com o presidente Felipe Luz, foram pagos à Monreal equivalem a cerca de 30% da folha de pagamento mensal da Celesc, calculada em R$ 38 milhões. Para Luz, que está há três meses no cargo de presidente da Celesc Distribuição, a descoberta do pagamento causou "uma certa indignação". "Eu venho da iniciativa privada e quero exercer uma administração enérgica aqui dentro", disse o executivo. O advogado Alfredo Felipe da Luz Sobrinho já foi diretor da Sadia e secretário estadual em três pastas em Santa Catarina. O executivo assumiu a presidência na Celesc com a saída de Ricardo Rabelo do cargo. Internamente, comentava-se a frustração do ex-diretor em não conseguir implementar um plano de profissionalização da gestão da Celesc. Dílson Luiz não esperou a reunião do conselho se encerrar para colocar o cargo à disposição. "Soube que estavam pedindo a minha demissão e encaminhei uma carta na mesma tarde", conta. De acordo com ele, a diretoria comercial não teria autonomia para executar um pagamento desta importância. O ex-diretor conta que recebeu em janeiro correspondência da Monreal cobrando R$ 9 milhões em atrasos de contratos de 2008. Ele diz que encaminhou o processo à assessoria jurídica da Celesc e, posteriormente, para a diretoria financeira, que teria executado o pagamento. Procurado, o diretor financeiro da Celesc Distribuição, Arnaldo Souza, diz que não está se manifestando sobre o assunto e que cabe à presidência prestar informações sobre o assunto. Dílson Luiz foi eleito pelos funcionários da Celesc em 2009 para o cargo de diretor comercial. É filiado ao PMDB e foi vereador em Chapecó entre 1997 e 2000. Em 2005, foi condenado por crime eleitoral pela 94ª Vara Eleitoral da cidade por distribuir 157 cestas básicas a eleitores. O diretor comercial diz que a condenação faz parte do passado e que hoje não tem nenhum impeditivo legal, caso contrário não teria sido eleito pelos trabalhadores da Celesc para o cargo. Preocupado em provar a inocência no caso do pagamento de R$ 12 milhões à Monreal, ele encaminhou um e-mail interno aos funcionários da Celesc apresentando a sua versão dos fatos. Procurada pela reportagem, a Monreal informou, por e-mail, que prestou serviços à Celesc até 17 de dezembro de 2009. A empresa confirma o recebimento dos R$ 12 milhões e diz que o pagamento está coberto pelo contrato firmado com a distribuidora de energia. Segundo a Monreal, o valor é referente a diferenças nos pagamentos dos serviços entre 2008 e 2009.

Sistema ONS ainda está vulnerável a hackers (Valor Econômico) 10/02/2010 Josette Goulart, de São Paulo O sistema de gestão do Operador Nacional do Sistema (ONS), que envia os comandos de geração e transmissão de energia elétrica em todo o país, ainda está vulnerável a ciberataques. Em dezembro, o Valor revelou que os sistemas fornecidos pela empresa Areva Transmissão e Distribuição, responsável por 70% da operação do ONS, sofreram uma espécie de "recall" em fevereiro de 2009 em função de uma vulnerabilidade detectada no sistema e-terrahabitat 5.7 e versões anteriores que abria portas a ataques de hackers. A versão usada pelo ONS e também pela Eletropaulo se enquadram nos alertas enviados pela companhia internacionalmente e também pelo departamento de defesa americano. O diretor executivo de operações da AES Eletropaulo, Roberto Mario Di Nardo, explica que a empresa só recebeu o comunicado da Areva de que a versão 5.5 do e-terrahabitat usado pela companhia estava vulnerável a ciberataques no dia 21 de dezembro. Isso ocorreu três dias depois de publicada a reportagem no Valor. Di Nardo explica que a empresa fez a atualização de um dos sistemas, ligado ao Windows, mas para o outro sistema, ligado ao Linux, a empresa não viu necessidade de atualização. "E fizemos a atualização do sistema ligado ao Windows não por acreditar que a vulnerabilidade era capaz de nos atingir, em função de nossas outras proteções, mas porque a nova versão trazia vantagens de operação", disse Di Nardo. Já o sistema e-terrahabitat do ONS 5.2, que é uma versão ainda mais antiga que a da Eletropaulo, não pode apenas ser atualizado. Segundo o recall da empresa, versões anteriores a 5.5 precisam ser trocados. Desde o dia 2 de fevereiro, a reportagem pede insistentemente para que o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, explique a situação do sistema, mas não obteve resposta. A Areva, que no ano passado confirmou que as versões usadas pelo ONS e pela Eletropaulo eram anteriores à versão 5.7, e portanto se encaixam no alerta de vulnerabilidade, também não quis se manifestar. Em nota, a companhia disse que "a Areva T&D, seguindo as mais rigorosas normas de segurança, está em constante atualização

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de seus sistemas, como é prática inerente da indústria de softwares. Eventuais vulnerabilidades detectadas são investigadas e avaliadas, e as medidas são definidas para cada caso, e sugeridas aos seus clientes". A vulnerabilidade do sistema Areva foi identificada pela empresa israelense C4 nas versões 5.7 e anteriores do sistema e-terrahabitat, uma plataforma do sistema SCADA, usado mundialmente para gerir a oferta e demanda de energia. A empresa de segurança C4 trabalha em parceria com o Idaho National Labs e com o próprio departamento de segurança americano. Em trabalho intitulado "o relato de um hacker", feito pela C4 Security, a empresa defende a ideia de que um invasor não precisa ter conhecimento de engenharia de operação, basta saber que a função do operador do sistema elétrico é manter o equilíbrio entre geração e demanda de energia e que pela manhã o consumo cresce e cai à noite. Essa é a chave, segundo o relato: "vamos transformar o dia em noite e vice-versa". Após a instalação de um software malicioso no sistema a ser atacado, o trabalho do hacker seria o de observar a troca de informações durante um dia inteiro e depois entrar no sistema, enviando informações trocadas de demanda de energia. Ou seja, à noite a informação para as geradores seria de gerar mais energia, como se fosse de manhã quando sobe o consumo. Isso causaria uma grande perturbação no sistema e poderia causar um blecaute.

Infraestrutura brasileira: fidelidade ao neoliberalismo (Valor Econômico) 10/02/2010 Carlos Lessa Na década de 1950 - enquanto o poeta popular dizia: "Rio, cidade que me seduz, de dia falta água e de noite falta luz" - o Brasil esperava o apoio desinteressado norte-americano para recuperar e ampliar a infraestrutura anterior à II Guerra Mundial. Afinal, fomos aliados contra o Eixo e acreditávamos que o Plano Marshall utilizado para reconstrução europeia teria uma versão brasileira, que jamais surgiu. Os americanos participaram da Comissão Mista Brasil-EUA, que seria a formuladora da versão brasileira da nova infraestrutura. A Guerra Fria esquentou e o episódio da Coreia sepultou qualquer ajuda. A recomendação norte-americana foi que o Brasil abrisse sua economia ao investimento estrangeiro. Em matéria de infraestrutura, o Brasil adquiriu as antigas concessões ferroviárias e portuárias inglesas, antiquadas e depredadas ao longo da Grande Depressão dos anos 30 e da ausência de investimento estrangeiro. Gastamos nossas reservas comprando ferro-velho e recuperando as concessões para o Estado Nacional. O filé mignon da eletricidade permaneceu em mãos estrangeiras. O governo brasileiro criou o Fundo Nacional de Eletrificação, organizou a primeira estatal federal do setor (a Chesf), fundou o BNDES, criou o monopólio estatal do petróleo (Petrobras). Surgiram instrumentos públicos sobre soberania do Estado e o Brasil enfrentou com investimento estatal as lacunas do binômio energia/transporte, à época denunciados pela poesia popular e considerados, corretamente, os pontos de estrangulamento do desenvolvimento brasileiro. Para evitar a descontinuidade fiscal, foram criados impostos vinculados aos diversos setores de infraestrutura. Para o transporte, houve a opção rodoviária - modulável, flexível e, na ocasião, mais acessível - que apontava para o sonho da indústria automobilística própria. Em energia, além do petróleo e da pesquisa pioneira com energia atômica, houve a correta opção pela hidreletricidade. A união dos governos estaduais instalou empresas estatais geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Ao final desse processo, já no regime militar, foram desapropriadas as últimas concessionárias estrangeiras. O Brasil cresceu, do pós-guerra até o início dos anos 80, 7% ao ano. Foi estrangulado pela hiperinflação dos anos 80, em que reconstruiu o Estado de Direito e mergulhou na estagnação. Nos anos 90, o Brasil aderiu ao Consenso de Washington. Nas décadas anteriores, sempre foi permitido o investimento direto estrangeiro em atividades produtivas não estratégicas para a soberania nacional, mas com a adesão ao Consenso de Washington o Brasil mergulhou no neoliberalismo, removeu o adjetivo de estratégico da infraestrutura, recomendou sua privatização e incentivou a desnacionalização. O capital privado estrangeiro sempre foi atraído pelo crescimento de nosso mercado interno e pelas externalidades criadas pelo investimento público em infraestrutura. Mas o sistema de financiamento público para infraestrutura foi

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desmontado pelo neoliberalismo. Prevaleceu o objetivo da estabilização e o Brasil passou a vegetar em um medíocre crescimento, nos anos 90, apenas superior, no Novo Mundo, ao do paupérrimo Haiti. Todas as empresas federais foram privatizadas. Tivemos, em passado recente, a mais baixa tarifa elétrica do mundo. O preço da eletricidade, entretanto, cresceu muito acima da inflação. Hoje, é uma das mais elevadas e o mix para ajudar as exportações eletro-intensivas é descarregado no consumidor interno. Os apagões se multiplicam e há o abandono à prioridade hidrelétrica; com a intimidação ecologista, as usinas em construção serão praticamente a fio d´água e sem eclusas. À termeletricidade é reservada a complementação em momentos críticos. Nos próximos quatro anos, a expansão da oferta será termelétrica, que é poluente e mais cara. Aliás, com a privatização, tem sido um padrão o encarecimento das tarifas. Mesmo no setor que os neoliberais festejam, a tarifa do celular no Brasil é a segunda mais cara do mundo, de acordo com a consultoria Bernstein Research Corporation. A brasileira é quatro vezes a norte-americana. Viva a privatização! Do bolso do povão para a lucratividade das concessionárias. O monopólio estatal do petróleo foi quebrado, mas o neoliberalismo não conseguiu privatizar a Petrobras. A empresa chegou ao pré-sal e tem liderança tecnológica e capacidade de financiar seus projetos. Foi mutilada em sua integridade, porém está recuperando o controle da petroquímica. Pela Petrobras está sendo reativada a construção naval brasileira e temos a esperança de que venha a ser recuperado o sistema portuário, a navegação de cabotagem e a fluvial. O Brasil tem hoje apenas 29 mil quilômetros de linhas ferroviárias dedicadas ao transporte de carga. O segmento é dominado por cinco grupos, que detêm 11 concessões ferroviárias. Transportam petróleo e derivados, carvão, soja e minérios (ferro e outros). Hoje, a ferrovia transporta apenas 13% das cargas na matriz logística; modestamente, o Brasil pretende dobrar a participação até 2025. Em 1958, tínhamos 39 mil quilômetros de ferrovias. A ANTF sonha que o Brasil chegue em 2015 a 35 mil quilômetros e a 40 mil em 2020. O Brasil tem uma área territorial um pouco menor que EUA, Canadá e China, porém nossa malha ferroviária é cerca de 1/9 da americana, 40% menor que a do Canadá e 64% menor que a chinesa. As ferrovias de integração caminham devagar. Estão em construção ligações leste-oeste entre Bahia e Tocantins e, no eixo norte-sul, entre Palmas e Estrela do Oeste (SP). O Brasil necessita interligar com a ferrovia suas macrorregiões e, com os países vizinhos, chegar ao Pacífico. Apesar de repousarmos em movimentação rodoviária, nossa rede de rodovias pavimentadas é muitas vezes menor que a dos países-baleia; é três vezes menor que a russa e sete vezes menor que a indu. Transportamos por caminhões em rodovias pavimentadas mal conservadas e rodovias sem pavimentação. É extremamente modesta a proposta governamental para a infraestrutura. Insistimos no neoliberalismo. Além da anunciada privatização dos aeroportos, ampliação das concessões rodoviárias, acolhimento das restrições "ecológicas" nas novas usinas hidrelétricas, em vez de reforçar a Valec como operadora ferroviária estatal. O governo estuda uma nova modelagem ferroviária aberta a qualquer operador que não os cinco grupos atuais. Novas licitações seriam para construção, manutenção e controle de tráfego, porém o novo concessionário não poderia operar a via permanente. O governo quer "aumentar a competitividade" e pretende criar a figura do operador independente. No setor elétrico, uma pseudo-economia de mercado faz com que o Brasil viva uma brutal tarifa elétrica. Enquanto isso, a China, que não é boba, faz das suas: a China Investment Corporation (CIC), maior fundo soberano do governo chinês, adquiriu meio milhão de ADRs da Vale, na Bolsa de Nova York. Por acaso, o Banco Morgan Stanley, que detém a maior parcela de ações da Vale no exterior, recebeu 1,8 bilhão. O Morgan controla os gestores Black Rock e Teck Resources, especializados em mineração. Com o minério de ferro da Vale e coque chinês, derrama aço na Argentina. A Vale, com o sonho da globalização, namora os navios chineses. Ao invés de investir no exterior, a Vale deveria estar acelerando a malha ferroviária nacional. Carlos Lessa é professor emérito de economia brasileira da UFRJ. Escreve mensalmente às quartas-feiras. E-mail: [email protected]

Próximo governo vai decidir sobre prorrogação de concessões (Valor Econômico) 10/02/2010 De Brasília O governo Lula transferiu para o seu sucessor a decisão sobre a prorrogação das concessões de dezenas de hidrelétricas. Cerca de 50 usinas, pertencentes a cinco empresas, terão os prazos de concessão vencidos entre 2015 e

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2020. "Vai ficar para o próximo governo. Temos um governo que vai assumir daqui a pouco [em 1º de janeiro de 2011], então, vamos deixar que ele decida", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo a legislação vigente, as concessões de geração de energia têm prazo de 30 anos, renovável por mais 20. A maioria das usinas em funcionamento no país já teve o prazo prorrogado uma vez. Em tese, portanto, no vencimento desse prazo, as empresas teriam de devolver as concessões e as usinas à União, para que se façam novos leilões. A pedido do governo de São Paulo, que pretendia privatizar a Cesp, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu analisar a possibilidade de mudar a lei, para prorrogar mais uma vez as concessões a vencer a partir de 2015. O governador José Serra alegava que, sem a prorrogação, não conseguiria vender a estatal, uma vez que seus ativos, com a proximidade do fim do prazo de concessão, valeriam menos. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou que o MME criasse um grupo de trabalho para tratar do assunto, mas o governo decidiu deixar uma definição para a próxima gestão. "Entra outro governo em 1º de janeiro de 2011 e outro em 1º de janeiro de 2015. Nós estamos no terceiro para trás. Não temos pressa", afirmou. Edison Lobão explicou que só havia duas hipóteses possíveis: ou se mantinha a legislação atual e, nesse caso, quando as concessões vencessem, elas voltariam ao governo, que faria um leilão tendo em vista a modicidade tarifária (a prática do menor preço), ou então seria alterada a lei para permitir nova prorrogação, também com vistas ao controle da tarifa. Nos dois casos, prevaleceria, assim, a obrigatoriedade da cobrança da tarifa menor ao consumidor. "Nunca se proporá uma nova lei que não leve em consideração a modicidade tarifária pelo fato de que essas hidrelétricas já foram amortizadas ao longo de 50 anos", observou Lobão. Ele assegurou que não houve, da parte do governo Lula, o interesse em não atender ao pleito do governador José Serra, provável adversário da candidata do governo - a ministra Dilma Rousseff - à sucessão do presidente Lula. "Não há absolutamente intenção de prejudicar o governo de São Paulo. Há a intenção, isto sim, de garantir a modicidade tarifária", sustentou Lobão. Segundo o ministro, Serra não conseguiu vender a Cesp porque pediu um preço "muito elevado" pela estatal. "Se tivesse colocado a preços baixos, ele teria vendido." (DF e CR) Agroenergia: Gestora Stratus investe R$ 100 milhões; meta é desenvolver uma nova cadeia química da cana

Fundo compra fatia de 40% da Amyris Brasil (Valor Econômico) 10/02/2010 Carolina Mandl, de São Paulo A gestora de fundos de private equity Stratus está investindo aproximadamente R$ 100 milhões para adquirir uma participação de 40% na Amyris Brasil, fabricante de combustíveis e materiais químicos renováveis controlada pela companhia americana Amyris Biotechnologies. O aporte está sendo realizado por meio do fundo Cleantech, que aplicará R$ 10 milhões, e por outros três investidores individuais trazidos pela própria Stratus. Entre eles está o grupo pernambucano Cornélio Brennand, que tem negócios nas áreas de imóveis, energia e vidros. Os demais nomes de investidores são mantidos em sigilo. De acordo com Álvaro Gonçalves, sócio da Stratus, o interesse dos novos acionistas está em participar do desenvolvimento de uma nova cadeia química a partir da cana-de-açúcar. Desde 2006, a Stratus compra participações em empresas de tecnologias limpas, como a Brazil Timber, de manejo florestal, e a Ecosorb, de socorro a acidentes ambientais. "Enxergamos que, no futuro, existe a possibilidade de se criar algo a exemplo do que já existe hoje na petroquímica", diz ele. Entre os produtos que estão sendo criados pela Amyris estão o diesel, matérias-primas para sabão em pó e cosméticos, além de substitutos da borracha. O diesel da cana já está sendo testado, por exemplo, pela Mercedes-Benz, maior fabricante de caminhões e ônibus do país. A companhia aérea Azul, a GE e a Embraer também estão avaliando o uso de um combustível à base de cana. Já para a americana Amyris, o aporte permitirá fabricar em escala industrial os produtos que ela desenvolveu. Entre os projetos em desenvolvimento estão, por exemplo, uma joint venture, na qual terá 40%, com o grupo São Martinho para produção de especialidades químicas, e a conversão tecnológica de unidades da Cosan, da Bunge e da Guarani.

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De acordo com John Melo, presidente da Amyris Biotechnologies, até 2014, a Amyris pretende transformar em matérias-primas renováveis 2,4 milhões de toneladas de cana no Brasil. Hoje, a produção brasileira está restrita a uma planta piloto em Campinas (SP). O executivo - um português criado nos Estados Unidos - também concluiu que era mais fácil atrair sócios brasileiros para o negócio do que estrangeiros. "Quem é do Brasil enxerga mais facilmente o potencial da cana", avalia Melo. Isso não impediu, porém, que a Amyris Biotechnologies fosse criada a partir do investimento de diversos fundos de private equity internacionais, como Texas Pacific Group, Kleiner Perkins Caufield and Byers e Khosla Ventures no fim de 2007. Mas, desde 2008, também há um sócio brasileiro na empresa americana, a Votorantim Novos Negócios.

Shree Renuka avalia unidade da Corol (Valor Econômico) 10/02/2010 De São Paulo Depois de investir para duplicar sua usina de açúcar e álcool, a Cooperativa Agroindustrial Corol, de Rolândia (PR), está em busca de um parceiro estratégico ou até de um comprador para 100% de seus ativos na área de açúcar e álcool. Alguns potenciais compradores já iniciaram negociações e entre eles está a Shree Renuka, que já é uma das maiores refinarias de açúcar da Índia e que vem buscando ampliar sua posição também no Brasil. Em novembro, o grupo indiano comprou as duas usinas do grupo Vale do Ivaí e atualmente está em negociações avançadas para comprar participação nas duas usinas do grupo paulista Equipav. O presidente da Corol, Eliseu de Paula, confirmou a busca parceiros e que há algumas conversas em andamento, entre elas com o grupo indiano. "Mas as conversas ainda estão em fase inicial". Prestes a completar 30 anos, a usina da Corol passou na temporada 2008/09 por uma duplicação de sua capacidade de moagem de cana, para 1,6 milhão de toneladas, além de expansão em co-geração de energia. Para isso, foram investidos R$ 65 milhões. "Desse investimento, seguiram-se preços ruins e o endividamento de curto prazo aumentou". Os ativos da Corol - avaliados pela própria cooperativa em mais de R$ 300 milhões - também incluem área de cultivo de cana de 17 mil hectares. Procurada, a Shree Renuka não se pronunciou. (FB) Sucroalcooleiro:

Usina Mandu, ex-Crystalsev, negocia venda de seus ativos (Valor Econômico) 10/02/2010 Mônica Scaramuzzo e Fabiana Batista, de São Paulo A usina Mandu, de Guaíra (SP), está à venda. O Valor apurou que o grupo Cosan, a maior companhia de açúcar e álcool do mundo, está analisando os ativos da empresa. A usina, controlada por Roberto Diniz Junqueira, também está conversando com outros grupos do setor sucroalcooleiro. Para assessorá-la no processo, a Mandu contratou a consultoria Arsenal Investimentos, especializada em fusões e aquisições, informou uma fonte do mercado. "O processo está sob confidencialidade", disse a fonte. O negócio está avaliado em cerca de US$ 320 milhões, considerando a capacidade da usina de 3,2 milhões de toneladas de cana, a US$ 100 a tonelada de cana. Uma das tradicionais empresas do setor, a Mandu fazia parte do seleto grupo de usinas que pertenciam à trading Crystalsev, antes da fusão que criou a Santelisa Vale, em 2007, com a união dos ativos da Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), e Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP), e outras usinas paulistas - que foi incorporada no ano passado pela francesa Louis Dreyfus. Procurada, uma fonte da Mandu negou que a empresa esteja à venda. "Não está à venda. A empresa está firme e forte", disse a fonte que preferiu não ser identificada.

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A usina, que está prestes a completar 30 anos, recebeu no ano passado investimentos de R$ 40 milhões para melhorar o processamento de cana 534 toneladas por hora para 670 toneladas por hora, além de outras melhorias industriais. Por conta do excesso de chuvas no ano passado, a Mandu somente conseguiu moer 2,8 milhões de toneladas, apesar da previsão inicial de 3,2 milhões de toneladas. A produção de açúcar atingiu 2,83 mil sacas de 50 quilos e 135 milhões de litros de etanol. Procurada, a Cosan não comentou o assunto. A empresa informou que sempre analisa oportunidades de negócio no mercado. O grupo também estava no páreo para a compra da Equipav, com duas usinas de açúcar e álcool em São Paulo, mas as negociações não avançaram e os controladores das duas usinas paulistas estão conversando com outros possíveis investidores. Desde o ano passado, mais de 50 usinas do setor sucroalcooleiros foram colocadas à venda. Alavancadas, muitas usinas foram atingidas pela crise financeira global e baixa dos preços da commodity durante a safra 2008/09. Esses fatores reduziram fortemente o valor dos ativos sucroalcooleiros. Mas com a forte recuperação dos preços internacionais do açúcar, muitas usinas do setor começaram a rever o processo de venda e passaram a elevar o valor do negócio. Opinião Jurídica:

Legitimidade da Anvisa para a regulação sanitária (Valor Econômico) 10/02/2010 Pedro Ivo Sebba Ramalho Dez anos após sua criação, o novo sistema regulatório brasileiro ainda é alvo de intenso debate. Inspiradas na experiência norte-americana, as agências reguladoras brasileiras, produtos da reforma regulatória da década de 1990, têm ensejado discussões na Academia, na imprensa e no Congresso Nacional sobre o papel do Estado na regulação da economia. Questionamentos sobre a legitimidade das agências são frequentes e refletem o ineditismo desse arranjo institucional frente à estrutura e tradição estatais de nosso País. Pode-se até mesmo dizer que as dez agências reguladoras federais se revezam na posição de vedete das críticas da opinião pública. Com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não é diferente. A sua competência normativa tem sido questionada desde a sua criação, em 1999, cada vez que a agência coloca em consulta pública ou aprova uma resolução polêmica, ou que adota novas regras para os vultosos setores econômicos que regula. A Anvisa surgiu para ocupar o lugar da antiga Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde em um momento em que houve agravamento da crise de confiança na vigilância sanitária, ao final da década de 1990, quando se noticiava a circulação de grande volume de medicamentos falsificados no país. Foi criada logo após as três primeiras agências - Aneel, Anatel e ANP - e é considerada uma agência de segunda geração, pois atua na regulação social. Apesar das diferenças nos processos políticos de criação e da diversidade de desenhos institucionais, as agências reguladoras brasileiras seguem um mesmo modelo geral, fruto do objetivo comum da reforma regulatória, apontado para os mercados do setor da infraestrutura. Mas, diferentemente do que querem alguns, a regulação estatal da economia não se destina somente à promoção do desenvolvimento e ao fomento ao crescimento econômico, obtido por meio da necessária criação de ambiente regulatório estável para os negócios e investimentos no país. Destina-se, também, à correção das falhas de mercado para garantir segurança e bem-estar à população. No setor de saúde, as principais falhas de mercado são a assimetria de informação, a imprevisibilidade dos problemas de saúde e as externalidades negativas (consequências não esperadas ou previstas pelo consumidor). Todas essas falhas são observadas pela Anvisa em sua atuação regulatória. Ora, lembre-se que a economia da regulação se subdivide, classicamente, em três grandes temas: a política antitruste; a regulação econômica (que geralmente envolve monopólio natural e economias de escala); e a regulação não econômica. Nesse último caso, o Estado intervém com vista a prevenir, reduzir ou remediar danos sociais decorrentes dos riscos gerados no processo de produção e consumo. São os evidentes casos do setor saúde e do meio-ambiente. As funções tipicamente desempenhadas pela vigilância sanitária, ao longo do tempo e cada vez mais, se enquadram de maneira coerente com essas atividades regulatórias estatais. É necessário considerar também que a regulação estatal envolve o conjunto de atividades de regulamentação e normatização; de permissão, autorização e licença; de definição de tarifas; de fiscalização e controle; e de imposição de sanções e penalidades. Dessa forma, todas as agências reguladoras federais brasileiras, entre outras estruturas da administração pública, são entidades com poder normativo para atuar na regulamentação técnica em sua área de

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abrangência, na regulação econômica e social, em função de sua legitimidade derivada do conhecimento vertical e especializado. Em setores nos quais existe particular complexidade técnica e frequente evolução tecnológica, o marco regulatório deve fixar parâmetros gerais, não tratando de forma completa, e menos ainda exaustiva, da matéria cujas lacunas serão preenchidas pelo órgão regulamentador especializado. É o exercício da discricionariedade pela burocracia - margem de escolha entre alternativas possíveis - dentro dos limites impostos pelas instituições (subjetivamente) e normas formais (objetivamente). Isto a partir do conhecimento da realidade setorial no tempo e da maneira mais particular quanto possível. Também, decidida da forma mais próxima e negociada com os setores produtivos e os cidadãos. Diferentemente das outras agências, a Anvisa atua não em um setor específico da economia, mas em todos os setores relacionados a produtos e serviços que podem afetar a saúde da população brasileira. Outra singularidade da Anvisa é sua competência tanto na regulação econômica do mercado (definição de preços e monitoramento do mercado) quanto na regulação sanitária (registros de medicamentos, por exemplo). Desempenha, assim, função intrinsecamente relacionada à mediação entre produtores e consumidores, tendo em vista que o uso de produtos e serviços por ela regulados pode causar graves efeitos à saúde da população, de forma abrangente. A definição corrente de vigilância sanitária no Brasil é eminentemente legal. Ela recebeu tratamento direto na Constituição, que dispôs várias ações de sua competência no artigo 200 (atribuições do Sistema Único de Saúde). O conceito de vigilância sanitária contido na Lei nº 8.080, de 199 (Lei Orgânica da Saúde) ainda confere a esse campo um caráter abrangente de gerenciamento do risco (eliminar, diminuir ou prevenir riscos) que vai do controle de bens e serviços (direta ou indiretamente relacionados à saúde) à intervenção nos ambientes, processos e estabelecimentos. Tudo para garantir saúde e qualidade de vida à população. Além de seu reconhecimento como uma das mais antigas práticas da saúde pública (o Código de Hamurabi e o Antigo Testamento contêm normas sobre a saúde, incluindo sanções), as ações de vigilância sanitária são historicamente inerentes ao papel do Estado de zelar pela saúde da população. A vigilância sanitária interfere, quer se queira ou não, na vida de todos, pois sua função reguladora obriga os particulares a se submeterem à supremacia do interesse público sobre o privado, corolário do moderno Estado Democrático de Direito. Daí ser impossível atribuir à Anvisa um papel menor na sociedade, restringindo seu poder regulador à fiscalização, por exemplo. Pedro Ivo Sebba Ramalho é doutor em ciências sociais pela Universidade de Brasília (UnB), servidor público na carreira de Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde ocupa atualmente o cargo de adjunto do diretor-presidente.

El Niño já perde força, mas ainda afetará commodities (Valor Econômico) 10/02/2010 Javier Blas, Financial Times, de Londres O El Niño, o fenômeno meteorológico que altera as temperaturas no Pacífico e que afetou o preço do açúcar, do gás natural e outras commodities, está começando a perder força e pode terminar em junho. Meteorologistas dizem que o fenômeno periódico - provocado pelo aumento da temperatura nas águas do Oceano Pacífico tropical que afeta os padrões climáticos em várias regiões do mundo - chegou a seu auge em janeiro e mostra sinais de esfriamento. Isso poderia resultar na redução no valor das commodities agrícolas, graças à volta dos padrões regulares de chuva, e no aumento dos preços de petróleo e gás natural, já que haveria mais probabilidade de uma temporada ativa de furacões no Golfo do México, segundo analistas. O atual El Niño, o mais forte desde o período 1996/1997, vem sendo um "fator de mercado muito significativo [no preço] das commodities" desde meados de 2009, afirmou a analista Kona Haque, especializada em commodities no Macquarie. O Departamento de Meteorologia Australiano, cujas previsões costumam ser acompanhadas de perto, informou que partes das águas do Oceano Pacífico esfriaram, "o que historicamente indica que a volta às condições neutras pode estar a caminho". A visão é compartilhada pelo Centro de Previsão de Clima, dos Estados Unidos, que interpreta o esfriamento como sinal de uma transição para "condições neutras" durante a primavera setentrional. O meteorologista Joel Widenor, da empresa de consultoria Commodity Weather Group, afirmou que "a tendência geral a partir de agora é de enfraquecimento".

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Embora as águas do Oceano Pacífico tenham começado a esfriar, os meteorologistas ainda mostram cautela em decretar o fim do El Niño. Analistas e operadores disseram que a dissipação do fenômeno levaria a uma tendência de desvalorização das commodities agrícolas, como açúcar, cacau, café e arroz, que atingiram seus maiores patamares em várias décadas. A consultora Judith Ganes-Chase, que vem estudando o impacto do fenômeno nos mercados de commodities agrícolas, advertiu, no entanto, que seria um erro concluir que o El Niño é ruim para as commodities, assim como que seu oposto o La Niña é bom. "O impacto pode variar significativamente dependendo da época do ano, da cultura e da intensidade e duração do fenômeno", afirmou. Para o mercado de energia, o arrefecimento do El Niño poderia levar ao aumento nos preços. Acredita-se que o fenômeno climático tenha estado por trás da queda na incidência de furacões em 2009 no Golfo do México. No ano passado, a temporada de furacões nos EUA, que vai de junho a novembro, foi a mais tranquila desde 1997, com nove casos. Com o enfraquecimento do El Niño, a previsão é de que a temporada deste ano seja mais ativa. A Colorado State University prevê uma temporada "um pouco mais ativa do que a média", com até 16 tempestades. "Prevemos que o atual fenômeno El Niño se dissipará até a temporada de furacões de 2010", informou. Palavra do gestor:

A gestão financeira na crise e as lições para 2010 (Valor Econômico) 10/02/2010 André Taue Saito Nos Estados Unidos, Reino Unido e Japão, as ações de educação financeira estão em estágio mais avançado do que em países do Leste Europeu e da América Latina, inclusive o Brasil. Ainda que algumas unidades de ensino no país tenham adotado pioneiramente em suas grades curriculares o tema da educação financeira, há a necessidade de incluí-la de forma efetiva nos currículos. Isso para que a população possa ter condições de aprimorar seu entendimento do assunto, que é fundamental para a gestão das finanças pessoais na fase adulta. Em 2009, os acontecimentos relacionados ao Projeto de Lei 3401/04, as ações da iniciativa privada e da esfera pública, que são uma resposta a essa demanda social, ilustram a relevância do tema e merecem acompanhamento em 2010. No âmbito corporativo, a crise financeira representou desafios ao gestor financeiro, que deve fundamentar suas decisões em princípios comumente aceitos no campo das finanças: a) Alocar recursos em alternativas que ofereçam uma taxa de retorno superior àquela exigida pelos investidores. Engloba decisões de investimento como a expansão da capacidade produtiva, a renovação da planta e novos canais de distribuição, por exemplo, que precisam oferecer retornos acima de uma taxa mínima requerida. b) Selecionar o conjunto de financiamento que maximize o valor da empresa e seja adequado aos ativos financiados. Envolve a definição da proporção de recursos próprios e de credores a serem captados, e a avaliação do impacto dos custos financeiros e dos prazos associados a cada uma dessas fontes de capital. c) Definir a parcela dos lucros gerados pela empresa que deve ser distribuída aos proprietários em vez de ser reinvestida no negócio Compreende a definição de quanto a empresa deve retornar os recursos financeiros gerados pelo negócio aos proprietários. Respeitar esses princípios em 2009 foi desafiador. A promoção do saneamento financeiro e do fortalecimento dos negócios exigiu a definição clara de metas empresariais que norteassem a avaliação correta da viabilidade de investimentos e da disponibilidade de recursos que sustentassem tais ações. Embora a crise tenha postergado a implantação de projetos de grande magnitude, ela se configurou em uma oportunidade importante para que os negócios fossem reestruturados por meio das seguintes medidas:

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a) Renegociação das dívidas b) Redução do "gap" de caixa, com alongamento de prazos com fornecedores e revisão da política de recebimento de clientes c) Mapeamento dos custos fixos e variáveis, possibilitando a redução fundamentada dos custos operacionais e das decisões de terceirização de atividades d) Combate aos desperdícios que existem ao longo do processo produtivo e que podem representar investimentos desnecessários em capital de giro e) Aperfeiçoamento dos controles de gerenciamento relativos à gestão dos recebíveis, dos estoques, dos títulos a pagar e do fluxo de caixa, além da revisão das políticas de gestão de risco. Essas ações visaram à melhoria da gestão financeira e foram essenciais para o saneamento e o fortalecimento do negócio. Elas demandaram do gestor o profundo conhecimento das práticas e dos instrumentos financeiros, o qual pode e deve ser aprimorado para melhor fundamentação das decisões. A lição em 2010 para o gestor é o autodesenvolvimento, principalmente tendo em vista que, após a implantação das cinco ações iniciais de saneamento financeiro, a empresa poderá empreender ações que estimulem o crescimento das vendas. Isso pode ser feito seja pela diversificação de sua atuação, seja pela ampliação da penetração nos mercados atuais. Esse processo é válido desde que acompanhado pela capacidade de obter recursos de longo prazo. Isso de forma a não comprometer a liquidez dos negócios e adotando a correta utilização de derivativos como instrumento de gestão de riscos. Aliás, isso requer competências relacionadas à leitura e interpretação de relatórios financeiros, à utilização de técnicas de análise de investimentos e de gestão de risco e ao domínio da gestão do capital de giro, entre outros. André Taue Saito é professor e pesquisador de Finanças do Labfin-Provar / FIA E-mail: [email protected]

Justiça trabalhista condena financeira a pagar indenização de R$ 1 milhão (Valor Econômico) 10/02/2010 Luiza de Carvalho, de Brasília Procurador Luis Paulo Gomes Santos: caso foi levado diretamente à Justiça A Financeira Americanas Itaú (FAI) foi condenada a pagar indenização de R$ 1 milhão por fraude na terceirização de 1,1 mil empregados que vendem serviços financeiros - como cartões de crédito - em 200 unidades da Lojas Americanas. A sentença foi proferida pela 20ª Vara do Trabalho de Brasília em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) do Distrito Federal. Além da indenização por danos morais coletivos, que deve ser revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a empresa terá que regularizar a situação de todos os trabalhadores. O processo contra a FAI, uma associação entre o Itaú e a Lojas Americanas, foi aberto pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro. Mas, como envolve trabalhadores em diversos Estados, o caso foi levado ao Distrito Federal, como determina a legislação. Isso faz com que os efeitos da decisão judicial sejam estendidos para todo território nacional. O MPT alega no processo que a FAI teria criado uma outra empresa, a Facilita Promotora de Vendas, unicamente para terceirizar a contratação dos funcionários que atuam em 200 unidades da Lojas Americanas. De acordo com informações do processo, a FAI possui apenas 20 empregados contratados, que ficam na matriz, em São Paulo. Além de irregularidades na terceirização, o MPT alega que para reduzir salários e encargos trabalhistas e impor uma jornada maior, os 1,1 mil empregados foram contratados como comerciários, ao invés de financiários. Isso significa, na prática, uma redução salarial de pelo menos 20%. Segundo o MPT, os funcionários trabalham cerca de sete horas e vinte minutos por dia, inclusive nos finais de semana. Como financiários ou bancários, eles teriam que cumprir uma jornada de seis horas diárias ou 30 horas semanais.

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Atendendo ao pedido do MPT, a 20ª Vara do Trabalho de Brasília condenou a financeira a regularizar as contratações e fazer o enquadramento correto da categoria dos funcionários em 60 dias, observando as normas coletivas dos financiários e a jornada de seis horas, sob pena do pagamento de multa de R$ 3 mil por empregado contratado de outra forma. A multa é mensal. De acordo com o procurador do trabalho no Distrito Federal Luis Paulo Vilafañe Gomes Santos, responsável pelo caso, optou-se pela via judicial diante dos fatos apurados. "Nem tentamos um acordo extrajudicial. Entendo que o caso é de fraude e que isso deu muito lucro à empresa", diz ele, acrescentando que o MPT está concentrando esforços para punir empresas que realizam terceirizações fraudulentas. Segundo ele, há uma outra financeira sendo investigada, assim como empresas de telefonia e do setor da construção civil. Procurado pelo Valor, o Itaú informou, por meio de nota, que a FAI ainda não foi formalmente comunicada da decisão e, tão logo isso ocorra, as empresas tomarão as providências processuais cabíveis. O Itaú ressalta ainda que as empresas adotam as melhores práticas de mercado relativas à atividade, observando estritamente a legislação vigente e o entendimento dos tribunais. Já a Lojas Americanas limitou-se a informar, por meio de sua assessoria de imprensa, que não participa do processo de recrutamento dos funcionários, que ficaria a cargo do Itaú.

Verdades sobre as enchentes (Correio Popular) 10/02/2010 DILMA PENA O noticiário sobre as enchentes que assolam São Paulo alimenta três mitos que precisam ser derrubados. O primeiro, de que as cheias se devem à falta de piscinões previstos no Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, elaborado pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia do Estado) em 1998. O segundo, de que o aumento da vazão das represas causa as enchentes. E o terceiro, de que a limpeza e a canalização de córregos agravam inundações. Desde o plano diretor, que contém ações para o problema da drenagem na região metropolitana até 2020, o governo já entregou 26 piscinões, 6 deles na gestão de José Serra — e há mais 4 em obras. Contando-se os 19 feitos pelas prefeituras, são 45 piscinões em operação, que acumulam mais de 8 milhões de metros cúbicos de água — 60% da capacidade prevista para 2020. Quanto à vazão das represas, as operações da Sabesp seguem normas da Agência Nacional de Águas (ANA) e do DAEE, que determinam quando se deve liberar a água. Isso evita que barragens se rompam — e mesmo assim a água liberada nessas situações não causa grandes inundações. Em Atibaia, a cheia de 13 de dezembro ocorreu quando a represa operava normalmente, sem verter água. Chegou-se a dizer que a Sabesp deveria ter se antecipado às chuvas, iniciando o descarregamento de água em meados do ano passado. Mas liberar a água de uma represa com níveis normais é irresponsabilidade: poderia afetar o abastecimento de milhões de pessoas. Outro mito — este uma aberração — é o de que o programa Córrego Limpo teria aumentado as enchentes. Com o volume recorde de chuvas, haveria o risco de mais inundações com ou sem as obras. A regularização de 42 córregos foi uma conquista enorme: não há mais esgoto a céu aberto, moradias de risco foram removidas e os bairros receberam equipamentos urbanos. Essas obras amenizam os efeitos das cheias devido à redução da erosão das margens, remoção de lixo e implantação de áreas verdes e pisos permeáveis. Em São Paulo, a construção de piscinões segue acelerada. Em 14 de janeiro foi inaugurado o piscinão Sharp, o segundo maior do Brasil. O investimento no desassoreamento do Tietê só aumentou. Entre 2007 e 2009, foi, em média, de R$ 53,7 milhões — 62,7% superior a 2006. E será duplicado neste ano. O parque Várzeas do Tietê, que já está em obras, e terá 75 km de extensão, ajudará a recuperar a várzea do rio e preservar áreas verdes. Sem falar das ações de emergência que garantem apoio técnico e verbas adicionais para as Prefeituras. Sem tudo isso, as consequências dessas chuvas atípicas — as maiores em 70 anos — seriam bem piores. Dilma Pena é secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo.

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Petrobras anuncia parceria de exploração no Uruguai (Estadão Online 20:41h) 09/02/2010 REUTERS SÃO PAULO - A Petrobras informou nesta terça-feira que assinou, em sociedade com a YPF e a Galp Energia, um contrato com a estatal petrolífera do Uruguai, a Ancap, para a exploração e a produção de petróleo e gás natural na plataforma continental uruguaia. "A forma de contrato assinada é a partilha de produção, modalidade que implica a participação do governo uruguaio na produção", disse o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo a Petrobras, a assinatura do documento conclui o processo de licitação dos blocos de exploração da Ronda Uruguai 2009 das bacias de Pelotas e Punta del Este, promovida em julho do ano passado pelo governo uruguaio. O consórcio formado pela Petrobras, YPF e Galp Energia apresentou a melhor proposta para os Blocos 3 e 4, localizados na região sul-sudoeste da bacia de Punta del Este. O Bloco 3 fica a 300 quilômetros da costa, a uma profundidade de entre 200 e 1.500 metros. O Bloco 4 está a 150 quilômetros do litoral, com profundidade de entre 100 e 200 metros. A estatal brasileira informou ainda que será operadora de 40 por cento do Bloco 4, tendo a YPF igual participação, enquanto a Galp Energia operará 20 por cento. No Bloco 3, a Petrobras possui 40 por cento de participação, a YPF tem 40 por cento e a Galp Energia, 20 por cento dos direitos. "A companhia terá um período de quatros anos para estudar os dados sísmicos e decidir se realizará atividades de perfuração", disse a Petrobras, segundo o comunicado. --------------------------------------------------------------------------------

Boas pagadoras de dividendos são opção em 2010 (Estadão Online 15:14h) 09/02/2010 Ações destas empresas devem continuar com valorização abaixo do Ibovespa, mas retorno com dividendos pode ser maior neste ano Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios SÃO PAULO - Em 2009, quando que o juro básico (Selic) atingiu seu menor patamar histórico, de 8,75% ao ano, oito ações do Ibovespa geraram um retorno com dividendos acima desta taxa. Tecnicamente chamado de dividend yield (retorno em dividendos obtido pelo investidor em relação ao preço do papel), este retorno chegou a mais de 24% no caso do papel mais lucrativo no período, o preferencial série B da Eletropaulo. Concentrados nos setores de energia e telecomunicações, os papéis bons pagadores de dividendos tendem a continuar dando bons retornos aos investidores neste ano, seja em função do aumento da demanda ou da boa projeção para a empresa. "Há uma perspectiva de melhora da geração de caixa, pois o consumo tende a crescer com a recuperação da economia", afirma o analista da Concórdia, Leonardo Zanfelicio. Em seu relatório de revisão quadrimestral das projeções da demanda de energia elétrica, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontou que espera um aumento do consumo em 9,4% em 2010. No caso das empresas de telecomunicações, a indicação é feita com base na estimativa de cada companhia. "A Telemar está em processo de integração com a Brasil Telecom, empresa comprada em 2008. Deve haver um ganho de sinergia", aposta Zanfelicio. As ações preferenciais e ordinárias da Telemar aparecem em segundo e terceiro lugares no ranking das melhores pagadoras em 2009. "Não são os setores preferidos para o ano se formos avaliar o desempenho em Bolsa, a valorização", comenta um analista da equipe da corretora Coinvalores. Neste ano, as ações de energia e Telecom devem repetir o exemplo de

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2009 e ter um desempenho abaixo da média do mercado, medida pelo Ibovespa. No ano passado, enquanto o Ibovespa avançou 82,66%, o Índice de Energia Elétrica (IEE) subiu 59,09% e o Índice de Telecomunicações (ITEL), 52,53%. Perspectiva O fato de as empresas de energia e telecomunicações já terem investido no negócio no passado e atualmente colherem os frutos desta estratégia faz com que estas companhias sejam consideradas fortes geradoras de caixa. "São segmentos mais estáveis, pois estão num nível de maturação maior", comenta o analista. "A valorização em geral é menor em épocas de fortes altas na Bolsa, mas o pagamento de dividendos é constante." Outra característica desses papéis é devolver boa parte do lucro em dividendos, já que as companhias muitas vezes não necessitam de futuros investimentos e não possuem dívidas de curto prazo. A Eletropaulo, que lidera o ranking de boas pagadoras, distribui 100% do lucro em dividendos. Mas, não foi somente o auto fluxo de bonificações que fez com que a empresa tivesse um dividend yield de 24,51%. "A companhia pagou alguns dividendos atrasados em 2009, mas foi algo atípico", lembra o analista da Concórdia. A

empresa trava na Justiça um processo em que diz que já pagou ao governo alguns impostos como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Durante alguns meses, o pagamento dos dividendos foi paralisado por conta deste entrave. Analistas sugerem que o investidor olhe sempre um histórico um pouco maior, de três a cinco anos, para selecionar as melhores pagadoras. Para 2010, a Concórdia recomenda as ações da Telemar PN, Coelce PNA, Transmissão Paulista PN e CPFL ON. "O consumo de energia no interior de São Paulo e norte do Paraná deve subir puxado pelo aumento da demanda da indústria. Nesse segmento, por exemplo, atua a CPFL", diz Zanfelicio. Segundo ele, a Telemar deve ter um dividend yield um pouco menor porque está num processo de reestruturação da dívida e a prioridade da empresa é pagá-la. Segundo ele, nos últimos anos essas empresas têm gerado um retorno com dividendos de 6%, 12%, 10% e 8%, respectivamente. Em termos de valorização, os papéis devem andar pouco neste ano. A corretora calcula preço-alvo para o fim de 2010 de R$ 47,87 para Telemar, R$ 35,82 para Coelce, R$ 66,57 para Transmissão Paulista e de R$ 43,38 para CPFL. Com essa estimativa, em 2010, os papéis devem se valorizar 29%, 16%, 31% e 23%, respectivamente, de acordo com o preço de fechamento de 2009. Além destes papéis, entre as ações indicadas pela Coinvalores estão a Souza Cruz e a Cremer. Apesar de não pertencer aos

tradicionais setores que pagam autos dividendos, a Souza Cruz, que aparece em quinto no ranking de 2009, tem forte fluxo de caixa. "A Cremer é uma small cap. Tem pouca liquidez em Bolsa, mas deve ser destaque em dividendos. Distribui 100% do caixa em bonificações", afirma a Coinvalores. A corretora Fator sugere quatro papéis: AES Tietê PN, Telesp PN, Coelce PNA e Transmissão Paulista PN. A casa calcula preço-alvo para dezembro de 2010 de R$ 25, R$ 68, R$ 34 e R$ 60, respectivamente. O retorno com dividendos esperado é de 11%, 10,2%, 10,9% e 10,5%.

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Previ avalia aumentar fatia na Petrobras com capitalização—Rosa (Estadão Online 13:11h) 09/02/2010 ROBERTO SAMORA REUTERS SÃO PAULO - A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, avalia aumentar a sua fatia nas ações da Petrobras com a capitalização da estatal de petróleo, prevista no novo marco regulatório do pré-sal cujos projetos tramitam no Congresso. A discussão do projeto que trata da capitalização pode voltar a ocorrer nesta semana na Câmara. "Especificamente sim", afirmou o presidente da Previ, Sérgio Rosa, ao ser questionado se o fundo poderia ampliar a sua exposição em ações da Petrobras com a capitalização. Ele disse ainda que a Previ, com aproximadamente 2,5 por cento das ações da Petrobras, avaliará as condições na época em que for feita a capitalização para definir sua estratégia. "Embora a Petrobras seja um bicho bastante grande, qualquer 2,5 por cento é muita coisa, é para analisar bem quando isso de fato acontecer", comentou ele. Pelas regras aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional em setembro do ano passado, nenhum fundo no Brasil poderá ter mais de 70 por cento de seus investimentos em renda variável. Antes disso, o limite era de 50 por cento, em um período em que a Previ já tinha 60 por cento do patrimônio em renda variável. Nessa época, a data final para enquadramento dentro do limite era 2012 e a Previ buscava maneiras de fazê-lo. O recente efeito do recrudescimento da crise nos mercados de capitais não é algo que abale os planos da Previ para os investimentos em ações, segundo Rosa. "É uma variação normal... para nós, interessa mais o longo prazo do que variações de curto prazo. Acreditamos que no médio e longo prazo a expectativa é positiva", destacou Rosa. Questionado se uma eventual alta de juros básicos poderia mudar planos da Previ em renda variável, o executivo indicou que não. "Acho que todos nós esperamos conviver com taxa de juros próxima de países desenvolvidos ou na média de emergentes. A nossa está mais elevada do que a média de outros países", afirmou ele. Segundo Rosa, uma eventual alta, motivada por questões de política monetária, não altera a estratégia de longo prazo de investimentos do fundo. "Estamos nos preparando para conviver com uma taxa mais baixa." O presidente da Previ, maior acionista da Vale, evitou fazer comentários sobre a expectativa de desempenho da maior produtora de minério de ferro do mundo este ano, em meio a algumas indicações do mercado de que o reajuste no preço da commodity pode chegar até a 40 por cento. E disse apenas: "O mercado de minério está bom, o fato que está colocado no momento é este. A demanda por minério em termos internacionais está excelente". LEILÃO Comentando reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira, de que o governo usaria BNDES e fundos para garantir mais disputa no leilão de energia da hidrelétrica de Belo Monte, Rosa disse que a instituição não deve participar diretamente do leilão. Ele admitiu apenas que "talvez" as duas empresas de energia nas quais a Previ tem participação (CPFL e Neoenergia) poderiam participar do leilão. Mas destacou que essa decisão seria das companhias. "A gente diretamente não. Quem define são as empresas." (Reportagem adicional de Denise Luna)

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Copel inaugura duas novas subestações em Curitiba (CanalEnergia) 09/02/2010 Empreendimentos nos bairros de Campina do Siqueira e Xaxim exigiram investimento de R$ 38 milhões Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção A Copel (PR) inaugurou duas novas subestações em Curitiba, nos bairros Campina do Siqueira e Xaxim. As novas subestações reforçam o sistema elétrico de transmissão e distribuição de energia elétrica na cidade. Para que isto fosse possível, foram investidos R$ 38 milhões, como parte de um programa mais amplo de instalação de 16 unidades semelhantes em outros pontos do estado. A Copel já está executando as obras da uma nova subestação, Santa Felicidade, que deve ficar pronta dentro de alguns meses. De acordo com o governador do estado, Roberto Requião, estima-se que R$ 750 milhões sejam utilizados neste ano para ampliação, reforço e melhoria dos sistemas de transmissão e distribuição da energia. Somente para a construção da subestação Campina do Siqueira, foram investidos R$ 15 milhões pela Copel, beneficiando diretamente cerca de 45 mil unidades consumidoras nos bairros Campina do Siqueira, Bigorrilho e Mossunguê, na zona oeste da capital. A subestação Campina do Siqueira está incorporada ao sistema de transmissão em 69 mil volts da Copel em Curitiba equipada com dois transformadores de grande capacidade, cada um com 41,6 MVA de potência de transformação. Dela partem 9 circuitos alimentadores que carregam energia elétrica na tensão de 13,8 mil volts. Já existe previsão da Copel de, no futuro, reforçar a capacidade da subestação instalando um terceiro transformador e elevar para 21 o número de circuitos alimentadores de distribuição. Para a nova subestação Xaxim, que atenderá aos bairros Xaxim, Lindóia, Fanny, Hauer, Boqueirão e Pinheirinho, foram investidos R$ 23 milhões, sendo R$ 14,7 milhões na construção da subestação e R$ 8,3 milhões na construção e montagem da linha de transmissão que interliga a nova subestação em 69 mil volts à unidade da Cidade Industrial, cobrindo uma distância de 14,3 quilômetros. Por essa linha chega a energia que é processada na nova instalação, equipada com dois transformadores de 41,6 MVA de potência. Em caso de necessidade futura, tanto a linha quanto a subestação comportam reforço e ampliação. Um novo circuito de transmissão poderá ser lançado e há espaço disponível dentro do edifício da subestação para um terceiro transformador de grande porte.

Venda de excedentes: agentes comemoram aprovação rápida no Senado (CanalEnergia) 09/02/2010 Cerca de 0,5 GW médio poderia estar sendo comercializado se as restrições não existissem, segundo executivos Alexandre Canazio e Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Mercado Livre A aprovação do PLS 402/09 pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que permite a comercialização de excedentes de energia no mercado livre, foi comemorada pelos agentes do mercado livre ouvidos pela Agência CanalEnergia. Para eles, a liberalização vai trazer maior liquidez ao mercado, além de possibilitar aos consumidores planejarem contratações de longo prazo. De acordo com o presidente da Abrace, Ricardo Lima, o Congresso tomou a iniciativa de fazer um projeto de lei sobre o tema, que já vinha sendo pleiteado pelos agentes do setor junto ao Poder Executivo. "Já que o executivo, que poderia fazer isso por decreto, não fez, o Congresso tomou a iniciativa", declarou Lima. Para ele, apesar do PLS ainda ter que passar pela Comissão de Infraestrutura do Senado, a aprovação já representa um grande avanço. "Seria muito mais rápido se o executivo, que já estava com o assunto nas mãos desde fevereiro de 2008, tivesse tomado a iniciativa, mas isso não aconteceu", comentou. De acordo com Lúcio Reis, diretor-executivo da Anace, a tramitação do projeto pode ser rápida e ser concluída ainda neste semestre. Isso porque o PL está em tramitação conclusiva, ou seja, não é necessário passar pelo plenário nem pela Câmara dos Deputados. O que aconteceria em caso de contestação. "Após, a aprovação da Comissão de Serviço de Infraestrutura vai a sanção do presidente", contou. O PL do senador Renato Casagrande (PSB-ES), apresentado em setembro do ano passado, prevê alteração do inciso IV da lei 9.427/1996, acrescentando as figuras dos consumidores livres e especiais, que poderiam ter a venda, eventual e temporária, de excedentes permitida. Essa possibilidade era aberta, no mercado livre, apenas aos autoprodutores. "É uma solução simples que ajuda a dar o primeiro passo", comentou Reis, da Anace. O governo federal tem estudado a possibilidade de venda da energia sem grandes avanços há dois anos. De acordo com Lima, o governo está querendo colocar uma série de restrições e condicionantes para que a venda de excedentes possa se tornar uma realidade. Há um temor de que o consumidor livre possa querer ganhar com as transações de

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compra e venda de energia. "O que o executivo não entendeu é que energia para o consumidor é um centro de custo, não de resultado", argumentou o executivo. Como o consumidor livre não pode comercializar seu excedente de energia, prossegue Lima, ele tende a não assumir contratos de longo prazo. "Isso, porque ele não sabe o que fazer com a sobra se houver uma redução na produção", afirmou. Ele disse ainda, que o mais grave, é que esses consumidores tem várias unidades industriais e não pode transferir a energia comprada de uma unidade para a outra. "Não é dado para o consumidor nenhuma flexibilidade", contou. Lúcio Reis pondera que essa venda de excedente não pode aumentar o risco dos geradores, que vendem a energia, ao mesmo tempo que reduz o risco do consumidor. "Isso vai fazer com que o consumidor contrate mais longo prazo. Ele poderá aproveitar as oportunidades do mercado, o que a incerteza, que hoje existe, impede", observa o executivo. Mercado - A expectativa é grande entre as comercializadoras. Consultadas Comerc e Compass estimam que 0,5 GW médio contratado pelos consumidores livres sejam sobras, que estão sendo liquidadas ao PLD de R$ 12,80 por MWh, como determina as regras atuais. "São três anos de expectativa para que isso ocorra. Se se concretizar será excelente", disse Marcelo Parodi, consultor da Compass. Para o executivo, a liberação do excedente pode evitar situação como a vivida em janeiro, quando o ágio cobrado sobre o PLD para venda de energia no curto prazo ficou em 100%, em consequência, do reaquecimento do consumo. Parodi também avalia que essa liberdade para administrar os contratos de compra de energia pode estimular uma migração maior dos consumidores especiais, do subgrupo A4. Christopher Vlaviano, presidente da Comerc, avalia que os consumidores terão mais mecanismos para gerir seus contratos, aproveitando as variações do preço da energia para adquirir na baixa e dispor na alta. "Vai acontecer como ocorre hoje nos negócios de outras commodities", explicou o executivo. Isso porque ele lembra os consumidores são obrigados a comprar 100% da demanda, previsão que pode não se concretizar. Uma questão que precisa ficar clara para Vlaviano é como se dará a venda desse excedente. Ele sugere que o consumidor possa vender blocos de energia pelo período de vigência do contrato, ou seja, se há um contrato firmado de 15 anos, durante esse período o consumidor disponibilizaria a energia que não utilizará. O governo federal vem prometendo a tempos a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. Mas apesar da mobilização dos agentes, o assunto continua engavetado no Ministério de Minas e Energia.

AES Eletropaulo PNB encerra em alta de 2,97% (CanalEnergia) 09/02/2010 Energias do Brasil ON fecha com baixa de 0,92%. Aos 24.260 pontos, IEE registra 0,88%% Da Agência CanalEnergia, Noticiário A AES Eletropaulo PNB encerrou em alta de 2,97% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta terça-feira, 9 de fevereiro. Assim como a AES Eletropaulo PNB, outras ações encerraram em alta no Índice de Energia Elétrica, como a Copel PNB (2,51%). A Energias do Brasil ON fechou com baixa de 0,92%, seguida pela Tractebel ON (-0,56%) e pela Cesp PNB (-0,04%). A Equatorial ON encerrou em estabilidade. O IEE chegou aos 24.260 pontos com alta de 0,88%. O Ibovespa também registrou alta ao fim do pregão, com 2,48% aos 64.718 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: 2,97% AES Tietê PN: 1,47% Celesc PNB: 0,31% Cemig PN: 1,61% Cesp PNB: -0,04% Coelce PNA: 1,40% Copel PNB: 2,51% CPFL Energia ON: 0,22% Eletrobrás PNB: 1,05% Energias do Brasil ON: -0,92% Equatorial ON: estável Light ON: 1,87% MPX Energia ON: 0,40%

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Tractebel ON: -0,56% Terna Participações UNT: 0,27% Transmissão Paulista PN: 1,60%

Chesf investirá R$ 633 milhões em 2010 para expandir sistema de transmissão (CanalEnergia) 09/02/2010 Verbas serão aplicadas na construção de nove subestações e nove linhas de transmissão, reforçando abastecimento no Nordeste Da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças A Chesf investirá R$ 633 milhões na expansão do seu sistema de transmissão de energia elétrica neste ano. O valor será aplicado na construção de nove subestações e nove linhas de transmissão, totalizando 1.411 quilômetros de novas LT's e 374 km de LT's recapacitadas. Assim, serão adicionados 4.743 MVA em transformação e 433 MVAr de compensação à sua rede. Isto corresponde a mais de 10% da capacidade de transformação instalada de seu sistema. A construção reforçará o abastecimento elétrico na região Nordeste, nos estados do Piauí, Ceará, Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. Serão instaladas as LTs Picos-Tauá (PI/CE), Ibicoara-Brumado (BA), Eunápolis-Teixeira de Freitas III (BA), Funil-Itapebi (BA), Jardim-Penedo (SE/AL), Paraíso-Açu II (RN), Pau Ferro-Santa Rita II (PE/PB) e Paulo Afonso III-Zebu II (AL). Além disso, serão implantadas as novas subestações de Ibicoara, Brumado e Teixeira de Freitas, na Bahia, e as de Zebu II (AL), Natal III (RN) e Santa Rita II (PB), e ainda ampliações das subestações terminais. Junto com a ATP, com quem fez sociedade depois de vencerem o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica no último mês de novembro, a Chesf investirá cerca de R$ 338 milhões para a construção das subestações de Pecém II, com 500/230 KV - 3.600 MVA, e Aquiraz II, com 230/69 KV - 450 MVA, ambas no Ceará. A sociedade também implantará a linha que ligará as subestações São Luís II e III, no Maranhão. Esses empreendimentos contarão com financiamento bancário e aporte pelas duas empresas. A companhia ficou também responsável pela implantação da Subestação Camaçari IV (BA), no Pólo Petroquímico de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (BA), com investimentos da ordem de R$ 78 milhões, e pela implantação dos reforços nas subestações Fortaleza e Fortaleza II, no Ceará, que fazem parte do Plano de Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico. Está previsto que sejam substituídos disjuntores, transformadores de corrente e compradas novas bobinas de bloqueio, para suportar os novos requisitos do sistema.

DME Energética realizará leilão de venda de energia nesta quarta-feira, 10 (CanalEnergia) 09/02/2010 Fornecimento vai de fevereiro a abril deste ano, e ponto de entrega pode ser nos submercados Sudeste/Centro-Oeste ou Sul, a critério do comprador Da Agência CanalEnergia, Mercado Livre A DME Energética realizará seu leilão de venda de energia elétrica convencional 03/2010. O evento será realizado às 16 horas da próxima quarta-feira, 10 de fevereiro, e prevê fornecimento para o prazo de fevereiro a abril deste ano. O ponto de entrega pode ser nos submercados Sudeste/Centro-Oeste ou Sul, ficando a escolha a critério do comprador. O leilão e os procedimentos que o envolvem serão regidos pelo edital DMEE Nº 003/2010 e seus anexos. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (35) 3729-8100/8106 ou pelo e-mail [email protected].

Eletronuclear oficializa com prefeituras acordo de compensações socioambientais de Angra 3 (CanalEnergia) 09/02/2010 Empresa executará ações nas áreas de educação, saúde, defesa civil, ação social, saneamento, cultura, meio ambiente, entre outras Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente A Eletronuclear firmará nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro termos de compromisso com as prefeituras de Rio Claro e Paraty, no estado do Rio de Janeiro, sobre as compensações socioambientais de Angra 3 (RJ-1.350 MW), atendendo às condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento ambiental. Durante a construção da usina, a Eletronuclear

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também executará ações nos municípios de Rio Claro e Paraty, além de Angra dos Reis, nas áreas de educação, saúde, defesa civil, ação social, saneamento, cultura, meio ambiente, entre outras. Serão R$ 46 milhões destinados à Paraty e R$ 22 milhões à Rio Claro.

Submercado SE/CO registra armazenamento de 77,05% em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010 Em dezembro, este percentual era de 73,61%. No Sul, nível ficou em 96,30% no mês passado Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção Os níveis dos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste fecharam janeiro com armazenamento médio de 77,05%, contra 73,61% em dezembro e 66,20% em janeiro de 2009. No Sul, o armazenamento chegou a 96,30% no mês passado, contra 97,65% em dezembro. Os índices são do Operador Nacional do Sistema Elétrico e estão disponíveis na seção Reservatórios do CanalEnergia Corporativo. No Nordeste, os reservatórios fecharam janeiro com 71,48% de armazenamento, superando o nível de 66,95% registrado no mês anterior. No Norte, o nível de armazenamento passou de 59,74% em dezembro para 89,36% em janeiro.

Brasil e Portugal discutem papel da energia eólica (CanalEnergia) 09/02/2010 Mesa redonda, realizada pela entidade reguladora portugesa, vai debater investimentos, impacto na tarifa e gestão técnica da fonte Da Agência CanalEnergia, Regulação e Política Especialistas de Brasil e Portugal discutem na próxima quarta-feira, 10 de fevereiro, em Lisboa, o papel da energia eólica. A mesa redonda é organizada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) de Portugal. O evento será dividido em dois painéis: "Perspectiva da Gestão Técnica do Sistema Elétrico" e "Determinantes do Investimento e Impactos Tarifários". Entre os participantes estão o coordenador do Gesel-UFRJ, Nivalde de Castro; Amílcar Guerreiro, diretor da Empresa de Pesquisa Energética; Edvaldo Santana, diretor da Agência Nacional de Energia Eléctrica; Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico; e Élbia Melo, conselheira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Brasil e Venezuela usam experiência de Tucuruí em debate sobre abastecimento de Guri (CanalEnergia) 09/02/2010 Especialistas da Eletrobrás devem seguir para país vizinho ainda este mês Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção Técnicos brasileiros e venezuelanos estiveram reunidos em Brasília para tratar das dificuldades de geração de energia pela hidrelétrica de Guri, que atende a demanda de Roraima. Especialistas da Eletrobrás devem seguir para a Venezuela ainda este mês. O objetivo dos técnicos brasileiros é de repassar conhecimentos obtidos na experiência com a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, que foi alvo de dificuldades semelhantes no passado. A participação dos especialistas brasileiros tem a coordenação dos ministérios de Minas e Energia e das Relações Exteriores. O chefe do Departamento da América do Sul 2 do Itamaraty, ministro Clemente de Lima Baena Soares, é o responsável pelas questões políticas, administrativas e legais para a parceria entre os dois países. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a promessa da Venezuela é de que o corte para Roraima será de no máximo 20 MW por mês até março. O problema no lado brasileiro está sendo solucionado a partir da contratação de energia de produtores independentes. As dificuldades em relação ao abastecimento de energia na Venezuela foram agravadas no final do ano passado com a redução dos níveis da água na Barragem Guri, onde fica o complexo hidrelétrico que produz 70% da eletricidade do país. A preocupação maior é que os níveis de água da barragem têm diminuído, em média, 11 centímetros por dia. Com informações da Agência Brasil

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Índice Comerc registra alta de 14,44% no consumo de energia em janeiro (CanalEnergia) 09/02/2010 Crescimento deve-se a impactos econômicos e variações climáticas observadas no período, segundo a comercializadora Da Agência CanalEnergia, Mercado Livre O Índice Setorial Comerc registrou alta de 14,44% em janeiro de 2010, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O indicador acompanha o consumo de energia elétrica das unidades gerenciadas pela Comerc. Na comparação com dezembro de 2009, o índice aponta uma elevação de 0,65%. Segundo a comercializadora, o crescimento deve-se a impactos econômicos e variações climáticas observadas no período. No início do ano passado, a indústria ainda sentia os efeitos da crise econômica global, que diminuia o consumo de energia típico previsto para o período. A elevação do índice aponta o reaquecimento da economia em setores de base, especialmente nos setores de siderurgia, metalurgia e produção de embalagens, que têm consumo elevado de energia elétrica e mantêm forte recuperação pós-crise. Nessa semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou quatro recordes de demanda de energia. O aumento das temperaturas no início de 2010 influenciou o consumo residencial de energia com uso intensivo de refrigeração no país. A previsão de carga para o primeiro trimestre do ano é de valores acima de 55 mil MW médios, elevando a expectativa de crescimento do consumo em 2010, segundo a Comerc.

Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 76,6% da capacidade (CanalEnergia) 09/02/2010 Volume está 58,5% acima da curva de aversão ao risco Da Agência CanalEnergia, Noticiário Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste operam com 76,6% da capacidade de armazenamento, 58,5% acima da curva de aversão ao risco, segundo dados do boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes à última segunda-feira, 8 de fevereiro. A usina de Jaguari opera com 101,06% da capacidade, e Guarapiranga com 87,64%. Confira abaixo a situação de cada submercado: Submercado Norte - Os reservatórios atingiram 93,1% do volume acumulado, com alta de 0,2%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 91,52% da capacidade armazenada. Submercado Sudeste/Centro-Oeste - Os reservatórios registram 76,6% do volume, mantendo estabilidade. O índice está 58,5% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Jaguari e Guarapiranga operam com 101,06% e 87,64%, respectivamente. Submercado Sul - O nível dos reservatórios chega a 96,8%, com alta de 0,1%. O índice está 69,8% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Barra Grande trabalha com 98,94% da capacidade de armazenamento. Submercado Nordeste - Os reservatórios atingem 71% do volume acumulado, com baixa de 0,1%. O índice está 60,9% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 75,18% da capacidade.

Consumidores livres ficam mais perto de negociar energia excedente (CanalEnergia) 09/02/2010 Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprova venda de sobras no mercado livre Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Mercado Livre Os consumidores livres estão mais perto de poder negociar a energia excedente. Nesta terça-feira, 9 de fevereiro, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou a venda de sobras de energia no ambiente de contratação livre. De acordo com o autor do projeto - PLS 402/09 -, senador Renato Casagrande (PSB-ES), o objetivo é facilitar a venda dos excedentes de energia resultantes de contratos no mercado livre. A expectativa do senador é de que a iniciativa estimule os consumidores a assinarem contratos de longo prazo, trazendo mais estabilidade ao setor. Quando o projeto foi apresentado, em setembro de 2009, Casagrande argumentou que a crise financeira teria afetado o mercado de energia, levando à queda do consumo e, consequentemente, a sobras de energia.

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Segundo o senador, o procedimento atual para comercialização dos excedentes não é favorável a agentes do setor, em especial para o consumidor que atua no mercado livre. Pela legislação, os excedentes contratuais dos consumidores livres ou especiais têm que ser liquidados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Esse mecanismo, de acordo com Casagrande, tem o inconveniente da volatilidade e, para fugir do problema, geradores, distribuidores e autoprodutores, sempre que possível, buscam comercializar seus excedentes de forma bilateral, o que não é autorizado para os consumidores livres e especiais. A matéria, que altera a que institui a Aneel e disciplinou o regime de concessão de serviços públicos de energia elétrica (Lei 9.427/1996), terá que passar ainda pela Comissão de Serviços de Infraestrutura, recebendo ali decisão terminativa. As informações são da Agência Senado

Empresas têm desligamentos causados por chuvas (CanalEnergia) 09/02/2010 Cepisa tem queda de LT, afetando pelo menos seis localidades. LT Jauru Vilhena e rede da Copel também são afetadas por temporais Fábio Couto, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção Chuvas ocorridas nos últimos dias causaram desligamentos em empresas de três estados. A Cepisa (PI) informou que na madrugada da última segunda-feira, 8 de fevereiro teve uma linha de transmissão em 69 kV atingida por descargas atmosféricas e chuvas intensas, resultando no rompimento de cabos e quebras de postes. Pelo menos seis localidades ficaram sem energia e a empresa estava atuando na recomposição do sistema, em parceria com a Chesf. Segundo a Cepisa, o incidente ocorreu em local de difícil acesso. AC/RO - O sistema Acre/Rondônia também teve desligamento registrado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. No último domingo, 7, em três ocasiões - às 15:09 horas, 15:32 horas e 17:37 horas, foi registrado o desligamento automático dos dois circuitos da linha de transmissão em 230kV Jauru-Vilhena. O incidente resultou na separação do subsistema do restante do Sistema Interligado Nacional. Os circuitos foram religados minutos após a ocorrência, ainda de acordo com o ONS. Além da queda da carga da LT, houve ainda interrupção de 17 MW da carga da Ceron (RO) por causa de um desligamento automático da PCH Primavera. Já a Copel informou por meio da rede social Twitter que um temporal ocorrido no último domingo deixou 88 mil pessoas sem luz em Curitiba. A reconstrução das linhas de distribuição foi concluído ontem. Um novo temporal causou novo desligamento, deixando 10 mil pessoas sem luz entre 19:20 horas e 22 horas.

AES Tietê PN opera em alta de 2,18% (CanalEnergia) 09/02/2010 Celesc PNB registra baixa de 0,54%. IEE atinge os 24.220 pontos com 0,71% Da Agência CanalEnergia, Noticiário A AES Tietê PN está operando em alta de 2,18% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo desta terça-feira, 9 de fevereiro. Além da AES Tietê PN, o Índice de Energia Elétrica registra outras marcas positivas, com a CPFL Energia ON (1,32%), a Copel PNB (1,25%) e a MPX Energia ON (1,21%), entre outras. A Celec PNB opera em baixa de 0,54%, seguida pela Terna Participações UNT (-0,16%) e pela Tractebel ON (-0,05%). O IEE chega aos 24.220 pontos com alta de 0,71%. O Ibovespa também registra alta, com 1,88%, aos 64.340 pontos. Confira abaixo o desempenho das ações que compõem o IEE no pregão de hoje: AES Eletropaulo PNB: 0,74% AES Tietê PN: 2,18% Celesc PNB: -0,54% Cemig PN: 0,43% Cesp PNB: 0,88% Coelce PNA: 0,73% Copel PNB: 1,25% CPFL Energia ON: 1,32% Eletrobrás PNB: 1,02% Energias do Brasil ON: 0,23%

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Equatorial ON: 0,82% Light ON: 0,94% MPX Energia ON: 1,21% Tractebel ON: -0,05% Terna Participações UNT: -0,16% Transmissão Paulista PN: 0,36%

Governo de SP cobra explicações sobre cortes de energia (CanalEnergia) 09/02/2010 Reunião emergencial foi realizada na última segunda-feira, 8 de fevereiro, para ouvir esclarecimentos sobre a demora no reestabelecimento do fornecimento Da Agência CanalEnergia, Consumidor O governo de São Paulo cobrou explicações das cinco principais concessionárias do estado - AES Eletropaulo, CPFL Energia, Bandeirantes, Elektro e Grupo Rede - sobre os cortes de energia elétrica. Uma reunião emergencial foi realizada na última segunda-feira, 8 de fevereiro, para ouvir esclarecimentos sobre a demora no reestabelecimento do fornecimento de energia. Participaram da reunião o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey; a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena; e o diretor-executivo da Fundação Procon-SP, Roberto Pfeiffer. No encontro, as empresas foram informadas da insatisfação do Governo do Estado em relação aos recentes episódios de falta de luz seguida de demora no reestabelecimento por parte das concessionárias, como o ocorrido na semana passada na capital paulista, em que diversas regiões ficaram sem energia elétrica por um período superior a 24 horas. Em função disso, foi instaurada averiguação preliminar no âmbito da Fundação Procon-SP para apurar se houve falhas nos planejamentos das concessionárias para reparação dos problemas e, ainda, se os consumidores afetados foram atendidos de acordo com os padrões do Código de Defesa do Consumidor (CDC). No primeiro momento, ficou acertado que todas as concessionárias fornecerão informações técnicas a respeito de suas atividades ligadas a ocorrências de corte de fornecimento de energia e de seus planos de contingência para situações emergenciais - como as chuvas acima da média que afetam o Estado neste início de ano. A partir dessas informações, o Procon-SP avaliará a necessidade de autuar alguma delas em função de eventual desrespeito ao CDC - a multa pode chegar a R$ 3,2 milhões. Ficou decidido também que esses mesmos dados serão repassados à Secretaria de Saneamento e Energia e à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp) para que estes órgãos possam manter controle e avaliar se a conduta das concessionárias é adequada do ponto de vista regulatório. "Chegamos à conclusão de que há muito que fazer no âmbito tecnológico, de gestão e regulatório no setor de energia. Precisamos tomar providências para ter um regulamento mais rigoroso", salientou Dilma Pena, que também pediu a atenção das empresas para evitar que novos cortes de energia durem tanto tempo.

UTE Nova Olinda opera até fim de março (CanalEnergia) 09/02/2010 Usina, que pertence à Geradora de Energia do Norte, tem 19 unidades geradoras que totalizam 165,87 MW de potência instalada Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação comercial por tempo determinado das 19 unidades geradoras da térmica Nova Olinda, no Maranhão. A Geradora de Energia do Norte, responsável pelo empreendimento, poderá gerar energia desta usina até o próximo dia 31 de março. Cada unidade tem 8,73 MW de potência instalada, totalizando 165,87 MW. A UTE Nova Olinda está localizada em Miranda do Norte (MA). As informações constam no despacho 286 publicado no Diário Oficial da União da última segunda-feira, 8 de fevereiro.

Terras no Sergipe e em Santa Catarina declaradas de utilidade pública (CanalEnergia) 09/02/2010 Serão instalados empreendimentos de transmissão, um reservatório e uma área de preservação permanente de uma pequena central hidrelétrica Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção

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Foram declaradas de utilidade pública pela Agência Nacional de Energia Elétrica 21,7 quilômetros de terras no Sergipe e 11,57 hectares em Santa Catarina. As faixas de terra serão destinadas à implantassão de empreendimentos de transmissão, de um reservatório e de uma área de preservação permanente de uma pequena central hidrelétrica. Nas terras sergipanas será implantada a LT Nossa Senhora da Glória - Lagoa Rasa, que interligará as subestações de mesmo nome, em 69 KV, nos municípios de Nossa Senhora da Glória e Gararuno. A LT será operada pela Energisa Sergipe. Enquanto isso, o terreno de 11,5702 hectares no município de Nova Trento (SC) será destinado à implantação do reservatório e área de preservação permanente da PCH São Valentim, sob operação da Cotesa Geradora de Energia.

SINDICAL

Pressão pela Redução da Jornada (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT Nacional CUT realiza mobilização na Câmara nesta terça-feira (9) às 14h e emite nota em resposta à FIESP. Nesta terça, 9 de fevereiro, a CUT realiza mobilização no interior da Câmara dos Deputados, a partir das 14h, com o objetivo de cobrar dos parlamentares a aprovação da PEC que reduz a jornada de trabalho semanal para 40 horas, sem redução de salários, e com 75% adicionais sobre as horas extras. Artur (em pé) e Feijóo, em reunião Na parte da manhã, a Executiva Nacional da CUT esteve reunida em Brasília e também aprovou a emissão de uma nota em resposta aos ataques da Fiesp contra as 40 horas semanais. Confira abaixo nota assinada por Artur Henrique, presidente nacional da CUT. Redução da jornada é bom para o Brasil A opinião da Fiesp sobre a redução da jornada semanal de trabalho é sempre a mesma, a despeito do que a experiência prática tem demonstrado ao longo do tempo. Em nota emitida ontem, a Federação tenta ocultar essa mesmice, porém, fica claro que a entidade só tenta adaptar os velhos argumentos de acordo com as suas conveniências. Em 1988, ano da última redução constitucional da jornada de trabalho semanal, a mesma Fiesp dizia que 44 horas semanais representariam uma tragédia para o Brasil. Nada daquilo que a Fiesp profetizava aconteceu em decorrência de uma jornada semanal menor. Em nome da já conhecida verdade dos fatos, é preciso dizer que momentos de deterioração econômica nos períodos seguintes a 1988 não tiveram ligação com as 44 horas. Em outra circunstância, observada no primeiro semestre de 2009, a Fiesp saiu em defesa da redução da jornada de trabalho, alegando que a medida impediria milhões de demissões iminentes, causadas pela crise econômica internacional. Parece curioso que uma mesma medida possa aplacar ondas de demissões, num caso, mas causar desemprego, em outro. É certo que a Fiesp, no início de 2009, defendia também a redução de salário concomitante à redução da jornada. Esse detalhe serve para explicitar as reais razões da Fiesp e para demonstrar o que de fato está em jogo: o que a Fiesp quer é continuar sempre ampliando as margens de lucro, o excedente de capital, e manter o inegável crescimento dos índices de produtividade só para si, sem repartir com os trabalhadores e trabalhadoras aquilo que é fruto direto de sua participação. Com essa posição conservadora, anacrônica de fato, a Fiesp tenta ocultar benefícios que a redução trará para a maioria da sociedade e para, inclusive, a pujança econômica do Brasil. Um desses benefícios será a maior possibilidade de os trabalhadores e trabalhadoras qualificarem-se educacional e profissionalmente. Com as extensas jornadas atuais – no setor de comércio e serviços, por exemplo, a média semanal é de até 56 horas em São Paulo, segundo o Dieese –, mais o longo tempo de deslocamento de casa para o trabalho nos

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centros urbanos, é simplesmente impossível para grandes contingentes de brasileiros investir em sua formação. É bom que se diga: quando a Fiesp e demais entidades reclamam da qualificação da força de trabalho, negam-se a admitir que só aprofundam as dificuldades com posicionamentos como esse em relação às 40 horas. A redução das atuais 44 horas para 40 horas também pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, dando-lhes mais tempo para ficar com a família, para o lazer, para a cultura e para o que mais lhes aprouver ou for possível. Isso vai se refletir no cotidiano das cidades, impulsionando o setor de comércio e serviços, e minimizar também os problemas de deslocamento urbano. A redução da jornada sem redução de salário vai, especialmente, distribuir um pouco dos enormes ganhos que a economia brasileira vem acumulando, com ou sem crise internacional. E vai gerar novos empregos, como demonstram projeções do Dieese. Trata-se de uma questão de escolha – por parte dos empresários – e de pressão – por parte dos trabalhadores. Por exemplo: em 2009, segundo estudo realizado por uma consultoria e divulgado nesta semana, as empresas brasileiras bateram recorde histórico no pagamento de dividendos. Lucratividade há, o que falta é, infelizmente, espírito nacionalista e projeto de futuro para uma parcela de nosso empresariado. Artur Henrique, presidente nacional da CUT

Redução da Jornada (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT Nacional CUT realiza mobilização na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), a partir das 14h Nesta terça, 9 de fevereiro, a CUT realiza mobilização no interior da Câmara dos Deputados, a partir das 14h, com o objetivo de cobrar dos parlamentares a aprovação da PEC que reduz a jornada de trabalho semanal para 40 horas, sem redução de salários, e com 75% adicionais sobre as horas extras. A primeira atividade da delegação cutista, formada por dirigentes sindicais de diversas regiões do país, será uma concentração no Salão Verde. Em seguida, todas as centrais reúnem-se no gabinete da liderança do PDT. Depois da reunião, os dirigentes sindicais vão visitar deputados e deputadas representativos de seus estados e regiões. Na semana passada a CUT e as centrais “recepcionaram” os parlamentares no aeroporto de Brasília e fizeram uma vigília em frente ao Congresso no retorno das atividades legislativas.

40 horas semanais já! (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Rede Brasil Atual Fiesp critica proposta de redução da jornada; CUT contesta "velho discurso" CUT e centrais continuam pressão pela votação das 40 horas semanais São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado (Ciesp) divulgaram nesta segunda-feira (8) nota criticando a proposta de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, em tramitação no Congresso. O presidente das entidades, Paulo Skaf, afirmou que a medida, "além de não criar emprego, comprometeria a competitividade brasileira". Para o presidente da CUT, Artur Henrique, trata-se "do velho discurso empresarial da década de 80, quando foi a última vez que tivemos a redução da jornada legal de trabalho no Brasil". Ainda segundo a Fiesp, de 2003 a 2009 o Brasil reduziu a taxa de desemprego "por meio do crescimento econômico e não por alterações na jornada de trabalho", medida que - reforçou - não criou empregos desde que foi reduzida, em 1988, de 48 para 44 horas semanais. Para Skaf, nivelar empresas de portes diferentes "seria anacrônico e autoritário, além de inoportuno, considerando que ainda estamos emergindo da grave crise mundial, uma conjuntura que exige trabalho, dedicação e foco no crescimento".

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O presidente da CUT lembra que os ganhos de produtividade obtidos pelas empresas os últimos 20 anos superam de longe um eventual aumento de custos. "As empresas, de todos os setores, ganharam muito, bateram recordes de lucros, pagaram dividendos recordes em 2009. Isso foi conquistado pelo aumento da produtividade, que não foi repassado para o conjunto dos trabalhadores. A participação do trabalho na renda nacional continua pequena", afirma Artur. Além disso, acrescenta, se os empresários defendem a necessidade de qualificação profissional, devem proporcionar condições para que isso aconteça. "Uma pessoa que sai de casa às 5h30, pega ônibus, trem, trabalha o dia inteiro e chega em casa às 10 e meia da noite vai se qualificar quando?", questiona, citando ainda as expectativas positivas para a economia este ano. "Todos os empresários têm dito que haverá crescimento em 2010, há uma avaliação muito positiva. E não vamos reduzir a jornada para gerar empregos?" Segundo Artur, que participou na segunda-feira (8) de reunião da direção nacional ampliada da CUT, em Brasília, nesta terça (9) os sindicalistas voltarão ao aeroporto para "recepcionar" os parlamentares que voltam de suas bases. Também estão previstas reuniões entre as centrais e com os líderes partidários. Nos estados, caravanas serão organizadas para ir até a casa dos deputados, para reforçar a importância do tema - a ideia é pressionar para que a votação aconteça no primeiro semestre. No setor metalúrgico, a CNM-CUT e a CNTM (Força) se articulam para entregar uma pauta à CNI e à própria Fiesp. "Vamos ver se eles querem mesmo negociar ou se é só discurso", afirma o presidente da CUT.

Experiência (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Imprensa da FUP FUP debate lei do petróleo com representante da Federação dos Petroleiros da Noruega Nesta segunda-feira, 8, a direção da FUP se reuniu com o dirigente da Federação dos Petroleiros da Noruega e ex- representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Statoil (empresa estatal de petróleo), Stein Bredal, para debater o modelo de exploração e distribuição do petróleo na Noruega e expor a atual legislação do setor petrolífero e a situação dos petroleiros no Brasil. Durante a conversa, os representantes da FUP citaram os principais pontos da proposta dos trabalhadores e movimentos sociais para a nova lei do petróleo. Os sindicalistas brasileiros destacaram que, assim como na Noruega, o fundo social soberano que garante a destinação das riquezas do pré-sal para a educação, saúde, reforma agrária e outras políticas sociais, também faz parte do Projeto de Lei dos trabalhadores que tramita na Câmara e no Senado. Além disso, questões sobre relações trabalhistas, condições salariais, seguridade e previdência dos petroleiros também foram debatidas na reunião. O encontro também serviu para esclarecer algumas questões relacionadas ao Conselho Ético de Fiscalização, que administra a destinação dos recursos do Fundo Social da Noruega, que é composto por 4% dos lucros obtidos através da exploração de petróleo e gás do país. A FUP está agendando com os representantes da Federação dos Petroleiros da Noruega, uma visita ao país, para conhecer de perto o funcionamento do fundo e também para debater as legislações vigentes de ambos os países.

“Aumentar a jornada é legalizar o trabalho escravo” (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT-SE Guarda Municipal de Aracaju cruza os braços contra a ampliação da jornada de trabalho Na tarde desta segunda-feira, dia 8, o Centro Administrativo da prefeitura de Aracaju se defrontou com mais uma categoria paralisada na gestão do Prefeito Edvaldo Nogueira. Sob o céu acinzentado que cobriu a capital sergipana

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durante todo o dia, os agentes da Guarda Municipal de Aracaju aproveitaram a retomada de Edvaldo Nogueira ao comando da prefeitura e vestiram a farda da paralisação, em meio aos apitos, faixas, palavras de ordem e cara feia. A reivindicação é simples e objetiva: O cancelamento do projeto de Lei aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores na última quinta-feira, dia 4, que prevê o aumento da guarda municipal de trinta para quarenta e duas horas. O ato deu prosseguimento às atividades ocorridas pela manhã, quando os servidores realizaram uma caminhada partindo da Praça da Bandeira em direção ao palácio municipal. O prefeito chegou para a posse às 16h40min da tarde e sequer recebeu os manifestantes, o que engrossou a tônica de indignação da categoria, tendo em vista os boatos de que a administração municipal pretende sancionar a lei ainda nesta semana. “Aumentar a jornada para 42 horas é legalizar o trabalho escravo para o guarda municipal de Aracaju”, estampava uma das faixas do movimento articulado pelo SIGMA, sindicato que organiza a categoria. De acordo com Ney Lúcio dos Santos, presidente do SIGMA, a medida dilui o aumento dado à categoria, apontando uma remuneração real para R$639,00 ao invés de R$951,00, número este que foi cantado aos quatro ventos pela propaganda maciça da prefeitura, durante todo o mês de janeiro. “Nenhum guarda municipal irá receber este valor porque o aumento da jornada é irreal. Nós seremos o setor com a maior jornada de trabalho no quadro de servidores da prefeitura e os que menos recebem, deste jeito não dá”, desabafa Ney. De acordo com Cristiano Cabral, vice-presidente da CUT-SE, a medida da SMTT foi arbitrária e desrespeitosa para com o movimento sindical. “A postura da SMTT é de desrespeito para com os dirigentes sindicais e a reivindicação da categoria dos guardas municipais. Se por um lado ela mostra este desrespeito, por outro lado ela demonstra a sua completa subserviência para com as empresas de transporte público de Aracaju, concedendo mais um reajuste abusivo na tarifa” A precarização do trabalho na guarda da capital De acordos com dados oferecidos pelo SIGMA, o quadro dos funcionários da guarda municipal se encontra completamente encharcado por abusos e irregularidades. A categoria conta com um quadro de 180 servidores e o déficit de funcionários no setor é de 820 guardas, sem qualquer previsão de edital para concurso no setor. A categoria não foi recebia reajuste desde o ano de 2007, além de não receber nenhum adicional de periculosidade para exercer a função, caso sem precedentes nas guardas municipais de todo o país. Os casos são de desvio de função são frequentes, principalmente envolvendo oficiais militares na guarda. “A guarda municipal não é um setor militarizado, mas hoje quem se encontra no cargo é um oficial militar quando na verdade este posto deveria estar preenchido por um oficial de carreira da guarda. Este tipo de medida acaba desconfigurando o caráter da guarda municipal sob uma lógica militaresca” afirmou o presidente do SIGMA. A categoria aponta para a falta de diálogo por parte da prefeitura na mesa de negociação. Nos dois últimos meses, ocorreram apenas duas reuniões na mesa e o aumento não foi colocado em discussão. Para engrossar o caldo, o projeto de Lei ainda prevê a contratação de Cargos Comissionados para o setor, o bom e velho C.C, ignorando a via de contratação por concurso público. Perseguição A perseguição ao servidor publico organizado já se tornou uma constante na administração municipal. Professores, médicos, enfermeiros, servidores gerais tiveram o seu processo de paralisação considerado ilegal nos últimos tempos, e no caso dos agentes da guarda municipal não poderia ser diferente. O SIGMA organizou uma paralisação no ano de 2008, e pela mesma lógica da criminalização do movimento sindical, teve a sua greve decretada ilegal pela justiça. O sindicato ainda mantém uma dívida de R$2.500,00 em detrimento das multas aplicadas neste momento. No decorrer do ato, o sindicato recebeu a ordem do Comandante da guarda municipal para deixar as dependências do prédio, já que se tratava de um local público. Logo após os agentes se encaminharem para o lado de fora do centro administrativo, uma nova ordem do comando da guarda foi aferida, desta vez em virtude das faixas, que não poderiam ser penduradas na grade do prédio. Posicionados do lado de fora do prédio e segurando as faixas em rodízio, chega uma nova ordem para retirar o boné da SMTT, o que não foi acatado pelos grevistas. A paralisação de 24hrs da categoria foi encerrada no final da tarde desta segunda-feira. Ainda nesta semana, será puxada uma reunião com a categoria, no sentido de discutir os rumos do movimento.

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Emir Sader (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Blog do Emir Estado: problema e soluções O Portal do Mundo do Trabalho reproduz abaixo lapidar artigo do professor Emir Sader, publicado originalmente em seu blog. Estado: problema e soluções A crise econômica internacional terminou de projetar o Estado no centro dos debates não apenas econômicos, mas políticos e ideológicos. Ser “estatista” tinha se tornado um dos piores palavrões, ao lado de “populista”. Um remetia à regulação da economia, e à indução do crescimento pelo Estado, enquanto o outro, às políticas sociais redistributivas. Há quase um século – mais precisamente, há 9 décadas – o Estado tinha passado a assumir um sinal positivo, diante das conseqüências da crise de 1929. Unanimemente atribuída ao liberalismo econômico, as três correntes que surgiram ou se fortaleceram a partir dali – o keynesianismo, o socialismo soviético e o fascismo – atribuíram papel estratégico e permanente ao Estado. Foi no esgotamento do ciclo longo expansivo do capitalismo que as teses anti-estatistas – hibernadas durante muito tempo – voltaram à baila. Elas estavam sintetizadas na tese reaganiana de que “O Estado não é a solução, é o problema.” A perda do ritmo de expansão das economias e o surgimento da chamada “estagflação” (estagnação com inflação) foi atribuído centralmente ao Estado, para o qual foram dirigidas as baterias do grande capital e dos seus porta-vozes na academia, nos foros econômicos e na imprensa. De forma resumida, as regulações que limitariam a livre circulação do capital seriam os fatores da recessão e os freios para uma retomada do desenvolvimento econômico. Vitoriosos, os (neo)liberais promoveram uma gigantesca operação de desqualificação do Estado e, sintonizado com ele, da política, das relações de poder, dos partidos, das alternativas coletivas. E, automaticamente, a exaltação das virtudes do mercado, que passaram a monopolizar a idéia de “dinamismo”, de “alocação virtuosa de recursos”, de “sociedade de oportunidades”, de “liberdade econômica”, de “modernização econômica”, de “desenvolvimento tecnológico”. “Estatista” passou a ser palavrão, desqualificador, ao lado de “populista”. O retiro do Estado representou expropriação de direitos, devastação do nível de emprego, das empresas nacionais, se expandiu como nunca a precarização das relações de trabalho, o desemprego, a concentração de renda, a exclusão social, a pobreza e a miséria. As distâncias e as contradições entre o centro do mundo e a periferia aumentaram exponencialmente, os continentes do Sul regrediram nas condições de vida da massa da população, que vive nessa região do mundo. Menos Estado, não significou mais cidadania, mais dinamismo econômico, nada disso. Representou mais mercado, um mercado controlado por grandes monopólios, pelo grande capital financeiro. Representou menos cidadania, porque menos direitos. O combate da direita contra o Estado se dá contra os elementos de regulação da livre circulação do capital – entrada e saída de capitais dos países, menos impostos, flexibilização para contratar força de trabalho nas condições que os empresários entendam, privatização de patrimônio publico, entre outros. O Estado que eles gostam e que se manteve, é o que lhes fornece subsídios, isenções, créditos, perdões de dívidas. Em suma, Estado mínimo para a grande maioria dos explorados, oprimidos, discriminados. E Estado máximo para o grande capital e o grande empresariado. A crise econômica internacional demandou fortemente a ação do Estado, ao lado da falência do mercado como alocador de recursos, ao mesmo tempo em que sua capacidade para reimpulsar o desenvolvimento se revelou falsa. No Brasil, a grande virada na política governamental - a partir da segunda metade do primeiro mandato de Lula, mas claramente definida no segundo – mudou o papel do Estado, na concepção e na ação concreta. Foi o grande agente que permitiu o novo ciclo expansivo da economia, a consolidação das políticas sociais e o enfrentamento dos efeitos da crise econômica internacional. Os discursos de Lula e da Dilma refletem esse resgate do Estado brasileiro, que estão fortemente presentes no documento básico apresentado ao Congresso do PT. Bastou, para que a mídia empresarial levantasse os seus alertas sobre os riscos de um Estado excessivamente forte, do “estatismo”, de que o programa da Dilma a colocaria à esquerda do governo Lula e os riscos que isso representaria. O consenso em relação ao Estado mudou com o governo Lula. Como Dilma conta no livro que organizamos com o Marco Aurélio Garcia (“Brasil, entre o passado e o futuro”, coedição da Boitempo com a Perseu Abramo, com artigos,

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pela ordem do índice, de Emir Sader, Jorge Mattoso, Nelson Barbosa, Marcio Pochmann, Luiz Dulci, Marco Aurélio Garcia e Dilma Rousseff), no momento do lançamento do PAC, ela foi chamada ao Congresso para explicar a participação do Estado, mas quando foi lançado o "Minha casa, minha vida", isso não voltou a ocorrer. Foi se avançando na consciência do papel indispensável do Estado. The Economist lamenta a fraqueza do liberalismo econômico no Brasil, considerando que os dois candidatos mais importantes teriam concepções similares, distantes do liberalismo. Alegam que a principal razão seria o voto obrigatório que, segundo eles, teria como conseqüência um eleitorado favorável à participação do Estado, porque os pobres – a grande maioria – tenderiam a pedir mais Estado, que é a fonte dos seus direitos, das políticas sociais redistributivas, a quem eles podem apelar quando sentem injustiças, etc. etc. (Razão, por si só, para que fôssemos a favor do voto obrigatório.) Bastou os alarmes disparados pela imprensa e as reações se fizeram sentir, na direita e na própria esquerda. Naquela, tentar transformar esse tema em um eventual risco, em um fator de instabilidade, de mais tributação, em limitações ao “mercado”, em mais gastos públicos, etc. Em suma, tentar fortalecer a pauta da direita: menos Estado, menos impostos, mais mercado. Se o Brasil hoje é uma sociedade menos injusta é, em grande medida, pela ação do Estado brasileiro. Se o Brasil é hoje um país com grande e prestigiada presença internacional, é pela ação do Estado brasileiro. Se resistimos à crise de forma muito positiva, é graças ao Estado brasileiro. A maior discussão hoje é aquela sobre o tipo de Estado e, extremamente vinculada a ela, sobre o tipo de sociedade que precisamos e queremos. Voltar a fortalecer o papel do Estado, como foi feito até aqui, revelou-se indispensável para retomar o desenvolvimento, fortalecer as políticas sociais e enfrentar em melhores condições os efeitos da crise. Mas o Estado forte que precisamos é o Estado que cada vez mais se centra na esfera pública, deslocando seu eixo da financeirização a que estava condenado com a hegemonia inquestionada do capital especulativo no seu interior. Trata-se de reformar o Estado, debilitando a esfera mercantil e fortalecendo a esfera pública, isto é, transferindo para a esfera dos direitos o que havia sido privatizado, sobretudo direitos essenciais, como os de educação, saúde, comunicação, cultura, habitação e outros serviços essenciais. Estado forte é o que estende o reconhecimento da cidadania a setores cada vez mais amplos da sociedade, até que todos os brasileiros se sintam e sejam realmente cidadãos – sujeitos de direitos. Governava-se o Brasil para um quarto ou um terço da população, o restante sendo considerados “excedentes” pelo mercado. Esse era um Estado fraco, não apenas porque abriu mão de patrimônio público mediante privatizações a preço de banana, mas também porque era um Estado excludente, para uma minoria, com instituições estatais enfraquecidas, com serviços públicos sem recursos, que arrecadavam recursos prioritariamente para pagar a divida publica, transferindo recursos do setor produtivo para o especulativo. Um Brasil democrático requer um Estado centrado na esfera pública, que centralmente universalize direitos, consolide a soberania nacional, fortalece as alianças regionais e do Sul do mundo, que potencialize nossas energias e fortaleça os que até aqui foram maiores vitimas da globalização neoliberal. As pressões da direita – e, em especial do seu segmento midiático – são para que a esquerda se assuste com as acusações de “estatismo”. Não temos que nos assustar, como não nos assustamos com as de “populismo” e seguimos estendendo as políticas sociais, que são o maior bastião de apoio e legitimidade do governo. Quer a direita que não disponhamos dos instrumentos para acelerar o desenvolvimento do país, para canalizar os investimentos cada vez mais para a esfera produtiva, para seguir estendendo as políticas sociais, agora plenamente para o campo da habitação, do saneamento básico, da universalização da banda larga na internet. Como disse Dilma na entrevista do livro mencionado, não são os empresários os que defendem a retração do Estado, mas os ideólogos que pretendem falar no seu nome. Pelo sim ou pelo não, estamos seguros – como disse, com plena consciência The Economist – o povo quer mais Estado, porque sabe, por experiência própria, que é quem garante seus direitos, na contramão do mercado que, ao contrário, só acentua a concentração de renda e a exclusão social.

APEOESP marca assembléia para dia 5 de março (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Apeoesp Professores dão ultimato ao governo: sem negociação, ano letivo não começa

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Na sexta-feira, 5, a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) promoveu um ato público em frente à Secretaria da Educação – Praça da República – para protestar contra os ataques aos professores no processo de atribuição de aulas, resultado das medidas implementadas pelo governo estadual. O governo Serra está desrespeitando a Lei de Diretrizes da Educação Nacional e o Estatuto do Magistério ao permitir que estudantes escolham aulas na frente de professores com licenciatura plena. “Não há, por parte deste governo, preocupação verdadeira com a qualidade do ensino. Está mais preocupado em divulgar dados e números do que em valorizar o professor e garantir ao aluno uma formação sólida, que o prepare para a continuidade dos estudos em nível superior e, também, para a vida profissional”, comentou Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta da APEOESP e membro do Conselho Nacional de Educação. Para a professora, “ao que parece o governo encontrou no professor um inimigo a ser constantemente combatido, punido e responsabilizado pelos problemas da escola estadual.” Sem negociação, greve! A Diretoria Estadual Colegiada da APEOESP reuniu-se no sábado, 6, e aprovou o calendário de mobilização da categoria, com assembleia estadual para o dia 5 de março. O governo do Estado não tem cumprido a data-base da categoria, que está com os salários defasados. Para recuperar o poder de compra entre o período 1997-2009, os professores precisam de um reajuste imediato de 27,5%. O governo não tem política salarial, ao invés disso, criou a “promoção por mérito”, que prevê que até 20% dos que forem aprovados num exame, realizado no final de janeiro, recebam, por conta da evolução na carreira, 25% de reajuste. “É uma minoria”, protestou Bebel. “A avaliação é um instrumento científico necessário para a correção e eficácia das políticas educacionais. Seus resultados não podem ser mais importantes que o próprio processo ensino-aprendizagem. A educação é processo coletivo, é trabalho de equipe”. Principais reivindicações Pela garantia de emprego; contra o provão dos ACTs; contra a avaliação de mérito; por um plano de carreira justo; por reajuste imediato de 27,5% e reposição salarial de 6% (perdas de 2009); pela incorporação das gratificações e extensão aos aposentados; concurso público classificatório, considerando o tempo de serviço.

Vitória do Sindipetro PE-PB (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Sindipetro PE-PB Justiça manda Transpetro substituir terceirizado em Pernambuco A Justiça do Trabalho de Pernambuco determinou que a Transpetro substitua os funcionários tercerizados por candidatos aprovados no concurso público que foi aberto no ano de 2005. O Poder Judiciário aceitou o pedido de antecipação de tutela feito através do Ministério Público do Trabalho (MPT) e, ao mesmo tempo, concedeu à empresa um prazo de 30 dias para realizar as nomeações, a partir do momento em que a Transpetro tenha tomado conhecimento da decisão judicial. A antecipação de tutela proíbe ainda futuras contratações de mão-de-obra tercerizada. Em caso de descumprimento, a empresa terá que pagar uma multa diária de R$ 5 mil. A antecipação de tutela foi concedida ainda no mês de dezembro, mas só agora chegou ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho. Vale lembrar que no ano passado, o Sindipetro PE-PB entrou com um ofício no MPT, mais precisamente em 7 de dezembro, solicitando a regularização da situação dos concursados. Uma Audiência Pública está marcada para o dia 23 de fevereiro, às 10h, na 3ª Vara da Justiça do Trabalho (antigo prédio da Sudene, na Cidade Universitária/Recife). Todos os aprovados no concurso público estão sendo convidados para participar deste evento. No concurso de Pernambuco, a Transpetro tinha oferecido 545 vagas para cadastro de reserva para cargos em várias áreas de nível médio e superior, como advogado, assistente social, engenheiro, eletricista e mecânico. Com a proximidade do vencimento do prazo de validade do concurso, em 29 de março deste ano, o Ministério Público observou que a quantidade de nomeações ainda estava muito abaixo das vagas existentes. Em 14 de setembro do ano passado, durante uma vistoria na unidade de Suape, foi constatado que havia 80 funcionários do quadro próprio e 150 tercerizados, muitos deles desempenhando as funções para as quais há candidatos aprovados no concurso aguardando pelas vagas. Segundo a procuradora do Trabalho, Maria Auxiliadora Sá, a ação movida em 14 de dezembro de 2009, foi em consequência de denúncias de candidatos aprovados no concurso, que mesmo após realizarem os exames médicos,

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nunca chegaram a ser nomeados. “Entramos com inquérito para colher informações e conseguimos várias provas de que realmente havia irregularida¬des na manutenção dos tercerizados”, destacou. A antecipação de tutela foi concedida ainda no mês de dezembro, todavia só agora chegou ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT). O Sindipetro-PE/PB, alinhado com as diretrizes do Governo Lula apoia a primerização no sistema Petrobras. Estamos de olho em todo o processo para que não ocorram injustiças. A luta é permanente!

Piso Salarial Estadual (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT-PR Manifestação da CUT-PR e centrais marca a entrega da PEC do piso permanente Centenas de pessoas participaram do ato promovido pela CUT e demais centrais sindicais nesta segunda-feira (8), em frente da Assembleia Legislativa do Paraná [Alep], para marcar a entrega da Proposta de Emenda à Constituição do Estado [PEC] que prevê o reajuste permanente do piso salarial paranaense. Os presidentes das centrais sindicais e representantes de diversas secretarias de estado, além dos militantes presentes, acompanharam o vice-governador Orlando Pessuti na caminhada do Palácio das Araucárias até a Alep, onde apresentou a PEC aos deputados estaduais. Com as galerias da Assembleia lotadas, o vice-governador enfatizou os benefícios que a aprovação da PEC pode trazer para a classe trabalhadora paranaense, sobretudo a diminuição das desigualdades sociais “Não estamos criando um sistema de risco para o empregador, mas dando segurança aos trabalhadores”, disse Pessuti. Para o presidente da CUT Paraná, Roni Anderson Barbosa, o reajuste permanente do piso regional será um instrumento de distribuição de renda. “Ela (a PEC) estabelece uma política salarial para o piso e, consequentemente, garante um circulo vicioso, pois o trabalhador que ganha mais também gasta mais e impulsiona o crescimento da economia paranaense. Mas o mais importante é que a PEC vai proporcionar mais renda para os trabalhadores que ganham menos e, assim, vai distribuir as riquezas geradas em nosso estado”, afirmou. A PEC foi debatida com as lideranças sindicais do estado e estabelece que o aumento do piso se dará pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) da economia paranaense de dois anos anteriores ao período, mais a inflação de um ano anterior. Isso significa que, para reajustes em 2011, por exemplo, será considerada a variação do PIB do Paraná do ano de 2009 e a inflação de 2010. Projetos de Lei Além da PEC, o vice-governador entregou duas propostas de lei do Governo do Estado. A primeira mensagem reajusta o piso regional em 9,5% (grupo 1) a 21,5% (grupo 4), passando de R$ 605,52 e R$ 629,45 para R$ 663 e R$ 765,00. Segundo estimativa do Dieese, o aumento deve injetar mais R$ 150 milhões por mês na economia do estado e é referência direta e indireta para mais de 1,5 milhão de pessoas. A outra mensagem equipara os salários dos trabalhadores terceirizados do Governo ao piso estadual.

Minas Gerais (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT-MG CUT realiza Plenária Estadual sobre Saúde e Segurança do Trabalhador

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A Central Única dos Trabalhadores/MG (CUT-MG) realiza nesta quarta-feira (10) a Plenária Estadual sobre Saúde e Segurança do Trabalhador. A atividade começa às 8 horas, no Auditório Presidente Lúcio Guterres, na sede da CUT/MG (rua Curitiba, 786 – 2º andar, região Central de Belo Horizonte). O encerramento está previsto para as 17 horas. Foram convocados para a plenária dirigentes sindicais CUTistas e a atividade tem como objetivo traçar a estratégia de ação, elencar as demandas latentes em Minas Gerais, debater a Política Nacional de saúde e Segurança do Trabalhador e rearticular o Coletivo Estadual de Saúde do Trabalhador da CUTista. Os dirigentes não pagarão taxa de inscrição e as despesas de deslocamento e hospedagem serão por conta das entidades de origem. A CUT-MG custeará a alimentação e o material da plenária. Programação: 8 horas – Café 8h30 - Mesa de abertura Marco Antônio de Jesus, presidente da CUT-MG Manoel Messias Melo, secretário Nacional de Saúde do Trabalhador CUT Marília Reis Raidan, membro da Direção de CUT-MG Reginaldo Tomaz de Jesus, secretário Estadual de Saúde do Trabalhador 9 horas – Exposição da Secretaria Nacional de Saúde do Trabalhador CUT 10h30 – Debate em plenário 12 horas – Almoço 13h30 – Exposição sobre Ato Médico – Sindicato dos Médicos/MG: Cristiano Gonzaga da Matta Machado 13h45 – Rearticulação do Coletivo Estadual de Saúde do Trabalhador da CUT-MG 15h30 – Agenda e divisão de tarefas 16h30 – Encaminhamentos 17 horas – Encerramento

Proteção à vida e à saúde dos trabalhadores (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por João Caetano - CNQ/CUT CNQ/CUT envia carta a presidência e ministros em defesa do FAP Sérgio Novais, coordenador Geral da CNQ/CUT, encaminhou nesta segunda-feira, dia 8 de fevereiro, em nome da Confederação, uma carta destinada ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva; à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef; ao ministro da Previdência Social, José Pimentel e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na carta, Novais reafirma pela CNQ a posição da Central de "apoio à decisão do governo de manter o prazo para implantação do FAP – Fator Acidentário de Prevenção, por meio do Decreto Lei 6957/2009". É ressaltada a importância da medida e que os elevados índices de acidentes de trabalho no Brasil refletem o descaso dos empregadores com medidas de proteção à vida e à saúde dos trabalhadores; Essa tendência, entretanto, poderá ser revertida à medida que sejam corrigidas distorções e haja uma tarifação diferenciada para as empresas com maiores índices de acidentes.

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No documento, Novais ressalta que é injustificável a ação da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que está recorrendo através de medidas judiciais contra a aplicação do Decreto Lei, e assim defendendo empresas responsáveis por mortes, mutilamentos e adoecimentos de trabalhadores. O coordenador Geral da CNQ propõe também que sindicatos, federações e demais entidades do ramo químico enviem também a carta em defesa do FAP.

Blog do Miro: (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Altamiro Borges José Serra “privatizou” as enchentes A bancada estadual do PT ingressou nesta semana com uma representação na Procuradoria Geral da Justiça de São Paulo para que sejam apuradas “suspeitas de ilegalidade, inconstitucionalidade e improbidade na gestão de José Serra, que reduziu os recursos para a prevenção e o combate às enchentes”. O partido acusa o governador tucano de “má gestão e omissão criminosa” e denúncia que os recursos para a prevenção das enchentes estão sendo remanejados, e “têm sido destinados à publicidade do seu governo, visando às eleições presidenciais de 2010”. Em 2009, Serra deixou de investir R$ 114 milhões nas obras de desassoreamento da bacia do rio Tietê. Já o Orçamento de 2010 prevê corte de outros R$ 51,5 milhões para as ações de prevenção de enchentes. No outro extremo, o obstinado candidato tucano garfou R$ 561 milhões dos cofres públicos para a rubrica comunicação em 2010. Em 2006, o gasto foi de R$ 37 milhões. Ou seja: no ano da sucessão presidencial, o tucano multiplica por quinze vezes os gastos em publicidade. Já as vítimas das enchentes, inclusive os quase 70 mortos até agora, ficam sem recursos públicos. O “choque de gestão” tucano Caso a Procuradoria Geral da Justiça decida, de fato, apurar a denúncia de “omissão criminosa” do governador paulista, ela prestará inestimável serviço à sociedade. Ajudará a desmistificar o badalado “choque de gestão” de José Serra, vendido no país como um exemplo de sucesso pela mídia demo-tucana. Os estragos provocados pelas enchentes em São Paulo são uma prova cabal de que este “choque” causou o sucateamento do estado e incentivou a privatização de serviços públicos essenciais para a população, em especial a mais carente das abandonadas periferias. Com este intento, os procuradores poderiam consultar o excelente blog Viomundo, editado pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, que tem reproduzido várias matérias sobre as verdadeiras causas das enchentes. Numa delas, a repórter Conceição Lemes entrevistou José Arraes, integrante do Comitê da Bacia do Alto Tietê, do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e do conselho gestor da APA (Área de Proteção Ambiental) da várzea do Tietê. Seu depoimento é bombástico e até poderia resultar numa ordem de prisão contra o tucano José Serra. Gerenciamento de barragens privatizado O especialista revela que o gerenciamento das barragens do Alto Tietê, que tem forte impacto no nível dos rios e nos estragos causados pelas enchentes em vários bairros da capital e em inúmeras cidades do interior paulista, atualmente é feito por um consórcio de empresas privadas. A Sabesp e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) foram afastados desta função estratégica. Documentos comprovam que a Sabesp deverá pagar até R$ 1 bilhão nos próximos 15 anos para este consórcio privado. O contrato faz parte da balada parceria público-privada, vendido por José Serra com seu bem sucedido “modelo de gestão”. As vítimas das enchentes não sabem desta negociata, já que transparência e democracia não são práticas comuns do truculento governador paulista e a mídia demo-tucana evita tratar do assunto para blindar seu protegido, em especial num ano de eleição presidencial. Reproduzo a entrevista: Viomundo: Por que a Sabesp e o Daee mantiveram as barragens lotadas? José Arraes: Eu desconfio de um destes esquemas. Primeiro: para não faltar água para a Região Metropolitana de São Paulo. Assim, pode ter havido determinação governamental para estarem na cota máxima. Segundo: a Sabesp e o Daee já estarem aumentando o volume das represas, visando aumentar a produção da Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba de 10 metros cúbicos por segundo para 15 metros cúbicos por segundo (10m³/s para 15m³/s). Terceira: a privatização do Sistema Produtor de Água do Alto Tietê (SPAT). Hoje é um consórcio de empresas privadas que regula, administra, mantém e fornece as águas que estão represadas nessas barragens.

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Viomundo: Por favor, explique melhor isso. José Arraes: Existe um consórcio de empresas – entre elas, uma empreiteira conhecida na nossa região, a Queiroz Galvão –, que hoje gerencia as águas reservadas nas represas em uma parceria público-privada. Toda a água represada em todas as barragens do Sistema do Alto Tietê é gerenciada por esse consórcio. Quanto mais cheias as represas, mais interessantes para o consórcio. Interesse comercial, nada mais do que isso. Viomundo: Quer dizer que as águas das barragens do Alto Tietê estão privatizadas? José Arraes: Sim. As empresas do consórcio fazem a conservação das barragens e a intermediação com a necessidade da Sabesp que a trata e remete para a população. Logo, para o consórcio de empresas, quanto mais cheias estiverem as barragens, mais água fornece para a Sabesp. Mais ganhos financeiros, portanto. Viomundo: Qual das três hipóteses é a mais provável? José Arraes: Talvez a combinação das três. Cabe ao Ministério Público investigar. O fato é que as barragens do Alto Tietê estão excessivamente cheias e as comportas estão sendo abertas, contribuindo com as inundações em toda a calha do rio até a região do Pantanal.

Vitória da democracia (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT-RO Ministério Público do Trabalho garante eleições no Sticcero O Ministério Público do Trabalho (MPT), atendendo a um requerimento do presidente da CUT-RO, Itamar Ferreira, encaminhado em 01/02/2010, emitiu na sexta-feira (5) uma Notificação Recomendatória (NR) sobre as eleições do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sticcero), que garante a principal reivindicação dos trabalhadores: eleições em março. A Notificação estabelece que na eleição do Sticcero deverá ser levado em consideração a legislação, a Ação Civil Publica 00127.2009.008.14.00-0, o Estatuto e “a realização no dia 31 de janeiro de 2010 da assembléia geral que elegeu comissão e regulamento eleitoral”; ou seja, todas as deliberações da assembléia, que não contrarie o estatuto e demais normas legais ou judiciais, deverão ser cumpridas. O MPT estabelece várias diretrizes que deixam mais claro, ainda, este entendimento, como no item dois da Notificação que estabelece que a Comissão Eleitoral deverá seguir “os tramites previstos no Estatuto e no Regimento Eleitoral, desde que, este último, não contrarie as regras estatutárias, dando-se início ao processo eleitoral”. Considerando o prazo de publicação da convocação e o final de semana ao final dos 30 dias, as eleições podem ser realizadas nos dias 15, 16 e 17 de março. A Notificação do MPT já define, inclusive, quais os dois itens do Regimento Eleitoral aprovado em assembléia que contrariam o estatuto e deverão ser retirados: o primeiro é que “não deverá ser permitida a votação daqueles que não atenderem as qualificações estatutárias”; ou seja, a votação de filiados recentes; proposta do administrador judicial do Sticcero, que foi totalmente rejeitada. O segundo ponto retificado é o de que ”deverá ser cumprido o quorum de validação estabelecido no artigo 49 do estatuto”; entretanto dá nova interpretação e estabelece que na primeira votação será necessário 50% + 1 dos votos dos filiados aptos a votarem; proposta da oposição, que foi parcialmente atendida. OPOSIÇÃO SINDICAL x INTERVENTOR JUDICIAL Desde a assembléia do dia 31 de janeiro, um grande impasse havia se estabelecido entre o grupo de trabalhadores conhecidos como Oposição Sindical, apoiados pela CUT e pela Confederação Conticom-CUT, de um lado e o interventor judicial do Sticcero, Anderson Claudio, de outro.

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Estes trabalhadores defendiam a realização da eleição no prazo mais rápido possível, em meados março; e o interventor, que teve sua proposta de Regimento Eleitoral sem definição da data de eleição rejeitada na assembléia por mais de 90% da categoria, insistia em realizar a votação somente no final de abril, o que prolongaria a intervenção. Com a decisão do MPT, prevaleceu a vontade dos trabalhadores. A Oposição Sindical, com apoio da CUT-RO, foi responsável pela retirada do Sticcero das mãos do presidente da Força Sindical em Rondônia, no primeiro semestre de 2009 e, conseqüentemente, pela nomeação de Anderson na administração judicial provisória de 180 dias, que terminou no dia 2 de janeiro de 2010. Veja abaixo a transcrição, na íntegra, da Notificação Recomendatória do MPT: MINISTERIO PUBLICO DA UNIÃO MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO – PORTO VELHO_ PA Nº 231.2009.14.000/6-02 NOTIFICADO: ADMINISTRADOR PROVISÓRIO DO STICCERO, SR. ANDERSON CLÁUDIO DE MELO MACHADO. NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA TEMA: ELEIÇÕES NO STICCERO MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO, no desempenho de suas atribuições institucionais, nos termos dos art. 127 e inciso VI do art. 129 ambos da CF, e do art. 6º, inciso XX e art. 8º, inciso VII, da lei complementar n. 75/1993, vem informar que: CONSIDERANDO que o art. 6º inciso XX da lei complementar nº 75/93 autoriza o Ministério Publico do Trabalho a “expedir recomendação, visando a melhoria dos serviços publico e de relevância publica, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para adoção das providencias cabíveis.” CONSIDERANDO que a liberdade sindical é um dos direitos fundamentais garantido aos trabalhadores, inclusive em tratados internacionalmente de que é parte o Brasil (Convenção da OIT n º 98). CONSIDERANDO que a liberdade sindical abrange o direito de livre organização do sindicato que goza de autonomia administrativa e financeiro devendo ser observados no âmbito do sindicato o principio da democracia no que diz respeito á forma de eleição dos seus diretores, cujo relação é regida pelas diretrizes estabelecidas no Estatuto. CONSIDERANDO que liberdade sindical implica o direito das organizações de empregados e de trabalhadores de resolverem elas mesmas suas divergências sem a ingerência de autoridades, e cabe ao governo criar um clima que permita chegar á solução dessas divergências, devendo as autoridades públicas se absterem de toda intervenção que tenda a limitar esse direito ou a enfraquecer seu exercício legal. CONSIDERANDO o capitulo de sentença prolatado na Ação Civil Pública nº 12700-57.2009.514.0008 que nomeou o Sr. Anderson Claudio de Melo Machado como administrador provisório até a posse da nova diretoria, para a prática dos atos necessários à verificação da legitimação dos associados e à realização de novas eleições, mediante controle deste Ente Ministerial. CONSIDERANDO o termino do prazo estabelecido na sentença supracitada que concedeu o prazo de 180 dias a contar de 02/07/2009 para realização de auditoria no quadro de associados, com a exclusão dos indivíduos que não integram a categoria profissional e inclusão de novos associados interessados, com ampla campanha de filiação. CONSIDERANDO a realização no dia 31 de janeiro de 2010 da assembléia geral que elegeu comissão eleitoral e regulamento eleitoral. Vem o Ministério Público do Trabalho RECOMENDAR ao administrador provisório as seguintes diretrizes:

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1. Certificar que nenhum membro da Comissão Eleitoral seja membro de nenhuma das chapas concorrentes; 2. a Comissão Eleitoral deverá publicar a convocação para eleição da diretoria sindical em jornal de grande circulação em até 72 horas contados a partir do dia 08 de fevereiro de 2010. Seguindo-se a partir daí os tramites previstos no Estatuto e no Regimento Eleitoral, desde que, este último, não contrarie as regras estatutárias, dando-se início ao processo eleitoral; 3. com intuito de garantir a lisura do processo eleitoral, evitando-se futuras impugnações, não devera ser permitida a votação daqueles que não atenderem as qualificações estatutárias, bem como devera ser cumprido o quorum de validação estabelecido no artigo 49 do estatuto, devendo-se apenas dar interpretação para desconsiderar, quando da 2ª convocação, o índice de 60% previsto, vez que superior ao da 1ª convocação, adotando-se, neste momento, o índice previsto para a 3ª convocação. 4. Conceder prazo mínimo de 10 (dez) dias uteis, a contar da publicação dos editais convocatórios, para registro e participação dos interessados em se inscrever ao processo eleitoral. 5. No caso de se entender necessária a utilização de urnas itinerantes, será oportunizado que cada chapa designe 01 (um) fiscal para acompanhamento. Fica, também, notificada a informar a este Ofício do Ministério Público do Trabalho o recebimento da presente notificação, seu acatamento ou não e meios de cumprimento, no prazo de 10 (dez) dias úteis, conforme previsto na lei n. 7.347/1985. A notificada devera cumprir a presente recomendação imediatamente, sob pena de responder, civil e administrativamente pela eventual infração cometida. Porto Velho, RO, 05 de fevereiro de 2010. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Gustavo Luís Teixeira das Chagas Procurador do Trabalho

Como o governo de SP tornou o excesso de chuvas uma tragédia (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Carlos Lopes, Hora do Povo Serra ficou três anos sem limpar o Tietê. Mas, segundo a isenta “Veja”, o problema é uma “rara combinação de fatores atmosféricos”, além do povo, que mora no lugar errado, e a Dilma A administração do Estado de São Paulo, como diz o governador, José Serra, tem por princípios inabaláveis a prioridade e o planejamento. Desde que Serra tomou posse, acabaram-se os tempos em que a esculhambação não tinha prioridade – nem planejamento. Há semanas a mídia vinha publicando que o governo paulista retirava 400 mil metros cúbicos de resíduos do Tietê a cada ano. O volume é totalmente insuficiente para livrar São Paulo do perigo de um transbordamento, porque o Tietê recebe mais de um milhão de metros cúbicos por ano de sedimentos. Porém, a situação, segundo o próprio governo estadual, é pior: comunicado da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia (SSE) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) informa que: 1º) não foram 400 mil, mas 380 mil metros cúbicos que foram retirados em 2009; 2º) esse volume não foi retirado apenas do Tietê, mas “dos rios Tietê, Cabuçu de Cima, Tamanduateí e dos piscinões do ABC e Pirajuçara”. O problema é que somente o Tietê recebe 1,2 milhão de metros cúbicos de resíduos por ano. Isso já seria um desastre. Só a estúpida “Veja” conseguiu colocar a culpa na natureza, atribuindo a devastação em São Paulo às chuvas intensas – e na ministra Dilma, que estaria explorando eleitoralmente a questão, enquanto Serra, o homem da prioridade e do planejamento, se recusa a fazer campanha. Logo Serra, que só faz uma coisa na vida: campanha. Se não faz mais, é porque está difícil apresentar bairros alagados e sem luz, gente desabrigada, ruas venezianas e esgotos flutuando na porta das casas como obras espetaculares da sua operosa administração.

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Evidente que choveu e continua chovendo muito. Serra não criou a chuva. Mas, exatamente por somente se preocupar com sua campanha, deixou o Estado ainda mais despreparado do que já estava para as chuvas, apesar de vários avisos anteriores da natureza - e de outros, como o INPE. Até mesmo os 380 mil ou 400 mil metros cúbicos de retiradas de resíduos, apesar de minúsculos para as necessidades, são duvidosos. A repórter Conceição Lemes, em matéria no site “Viomundo”, do jornalista Luiz Carlos Azenha, conta a sua peregrinação para comprovar essa retirada. Alguns trechos: “Uma primeira busca nos portais do Daee e da secretaria de Saneamento e Energia, nada a respeito. Entre dezembro de 2005, término da obra da calha [do Tietê], e outubro de 2008, início da vigência do contrato de desassoreamento, há um ‘buraco’. Um período sem explicações sobre limpeza do Tietê. “O Viomundo questionou a assessoria de imprensa da secretaria de Energia e Saneamento (SSE) sobre a limpeza em 2006, 2007, 2008 e 2009. O motivo: a falta de dados oficiais mostrando que os 380 mil ou 400 mil metros cúbicos foram removidos nos três primeiros anos. “‘A limpeza é feita sistematicamente todo ano’, diz por telefone a esta repórter o assessor de imprensa da SSE, Hugo Almeida. ‘Tem máquinas limpando o Tietê o ano inteiro.’ “A repórter insistiu. Enviou e-mail a Hugo Almeida e, por orientação dele, também a Gregory Melo (da assessoria de imprensa do Daee, órgão vinculado à SSE). Reenviou a mensagem mais três vezes. Nenhum dos dois retornou. “A repórter reforçou por telefone a solicitação à assessoria de imprensa da SSE, já que, segundo ela, as informações seriam fornecidas pela SSE e não pelo Daee. “A primeira ligação, na segunda-feira cedo, 21 de dezembro, Hugo Almeida atendeu: - Estou indo atrás das informações para você, mas esses documentos são difíceis, faz muito tempo... - É impossível instituições como as de vocês [Daee e SSE] não terem esses documentos à mão, arquivados ou no Diário Oficial do Estado... São comprovações atestando que esses serviços foram feitos... “Seguiram-se outros telefonemas para o assessor de imprensa: ‘Ele não está’. ‘Está numa reunião’. ‘Volta mais tarde’. ‘Deu uma saidinha, mas volta’. ‘Acabou de sair’... “Invariavelmente essas respostas eram precedidas pelo ‘Quem gostaria de falar? Vou verificar...’. Fazia-se breve silêncio. E aí vinha a negativa, manjadíssima, aliás. “Na terça-feira, 22, como a mudez do outro lado era absoluta, esta repórter tentou logo cedo contato. Júnior, assistente da assessoria de imprensa, informou: ‘O Hugo não está, só volta no final da tarde’. “A repórter ligou de novo, mas, propositalmente, deu um nome qualquer sem sobrenome. “Adivinhem o que aconteceu? Hugo atendeu. “Inicialmente, o assessor de imprensa da SSE/Daee tentou ser dono da verdade. Não deu certo. Acabou entregando os pontos: - Não vou dispor das informações que você quer – disse e desligou”. A repórter lembra que, depois de 2005, “foi somente no segundo semestre de 2008 que o governo do Estado de São Paulo resolveu licitar o desassoreamento de 400 mil metros cúbicos de sedimentos do Tietê”. “Da barragem da Penha ao Cebolão, relembramos, são lançados anualmente no rio Tietê cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos (1,2 milhão m³) de sedimentos. A partir daí o professor Julio [Cerqueira César Neto, especialista em Hidráulica e Saneamento] fez as contas: · 1,2 milhão m³ (em 2006) + 1,2 milhão m³ (2007) + 1 milhão m³ (em 2008, janeiro a final de outubro) = 3,4 milhões de metros cúbicos. · Portanto, até outubro de 2008, já havia depositado na calha do leito do Tietê um passivo de 3,4 milhões de metros cúbicos.

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· Do final de 2008 a dezembro de 2009, segundo a secretária Dilma Pena, removeram-se 380 mil metros cúbicos. Ou seja, permaneceram no Tietê 820 mil metros cúbicos. · Pois bem, somando os 3,4 milhões de metros cúbicos (não tirados de 2006 a final de 2008) com os 820 mil metros cúbicos (não removidos de 2008 /2009), o rio Tietê está com, pelo menos, 4,2 milhões de metros cúbicos de terra e lixo. Conclusão 1: Atualmente, estima-se, o Tietê tem ao redor 4,2 milhões de metros de sedimentos depositados no seu leito na capital. É como se quase metade dos 9 milhões de metros cúbicos retirados durante a obra da calha tivesse sido jogada, de novo, dentro do rio. Conclusão 2: Os 4,2 milhões de metros cúbicos dão uma altura de sedimentos de 4,2 metros. Supera de longe, portanto, os 2,5 metros de aprofundamento da calha. Conclusão 3: O nível do Tietê voltou ao que era antes das obras da calha; R$ 1,7 bilhão praticamente jogado no lixo”. O último valor é o dinheiro gasto com o alargamento e aprofundamento da calha do Tietê, atualizado pelo IGP-DI

Nas ruas de Brasília: "Pacotão" de solidariedade ao Haiti (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por CUT-DF Um Pacotão para o Haiti. Esse é o tema do enredo que o Clube da Imprensa, a TV Comunitária de Brasília e o Bloco carnavalesco Pacotão promovem nesta semana, com encerramento domingo (7), a partir do meio-dia, no clube. A iniciativa conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, da Associação Brasileira de TVs Comunitárias-DF e adesão de diversas entidades civis do Distrito Federal. Não somente os jornalistas, toda a comunidade de Brasília está convidada a participar do esforço, que incentiva depósitos na conta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (HSBC) ou da Arquidiocese de Belo Horizonte (Banco do Brasil), recolhimento de donativos e roupas para a população vítima do terremoto no Haiti e conclama a doação de radinhos de pilha portáteis, com objetivo de fortalecer os laços das comunidades organizadas haitianas. Além de pretender ajudar os órfãos, os demais familiares dos mortos e os sobreviventes com as doações financeiras e demais donativos, o evento favorece a criação de condições de instalação de rádios comunitárias, na defesa da nacionalidade, da soberania, da independência e da auto-organização do povo haitiano. Os donativos serão encaminhados também às comunidades brasileiras atingidas por enchentes e desabamentos, como a cidade de São Luiz do Paraitinga (SP), entre outras. As cidades receberão ainda todas as doações de roupas que não puderem ser enviadas pelos meios oficiais brasileiros ao Haiti. Os materiais deverão ser levados para o Clube da Imprensa no domingo, quando o Pacotão lançará as camisetas do bloco e o CD com as músicas do carnaval 2010. A TV Comunitária montará um pequeno estande onde recolherá os radinhos de pilha e gravará declarações de solidariedade a serem encaminhadas ao Haiti e veiculadas na programação. A ética não se exige somente na política, a ética é exigida na utilização do meio ambiente, no respeito aos direitos humanos e nas ações de solidariedade entre os povos. Essa é a linha da campanha comunitária de apoio ao Haiti e às cidades brasileiras que sofrem com enchentes e desabamentos. De modos distintos, o bloco carnavalesco Pacotão, o Clube da Imprensa e a TV Comunitária têm tradição em Brasília na defesa de ideais humanitários. Qualquer quantia pode ser depositada. Conta aberta pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha para receber doações: Comitê Internacional da Cruz Vermelha Banco: HSBC Agência: 1276

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CC: 14526-84 CNPJ: 04359688/0001-51 Arquidiocese de Belo Horizonte: Banco do Brasil Agência: 3494-0 Conta Corrente: 24847-9 Em nome do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política Coordenação da Campanha: Emília Magalhães, Lecino Leléu e Júnia Lara - Clube da Imprensa; Joca Pavarotti e Paulo Varadero - Pacotão; Paulo Miranda - TV Comunitária Contatos no Clube da Imprensa: Telefones: 3306.1156 e 3306.2238 E-mail: [email protected] endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email Endereço: Setor de Clubes Norte - Trecho 1 - Conjunto 2 - Lote 1A (Ao lado da Vila Planalto).

Unesco: Cuba é o melhor da AL em relação a metas na educação (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Opera Mundi Cuba é o país da América Latina que melhor cumpre as metas sobre acesso e qualidade de ensino estabelecidas pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Numa lista de 128 países, a ilha está em 14º lugar, à frente de países ricos, como Espanha (17º), Suíça (20º) e Bélgica (23º). Os três primeiros da lista são Noruega, Japão e Alemanha, respectivamente. O Brasil está em 88º. Estados Unidos e Canadá não foram listados. “Estudantes do ensino básico em Cuba tiveram um desempenho extremamente bom”, diz o relatório, apresentado em janeiro. No país, constatou-se que mais de 85% dos alunos têm habilidade de leitura considerada além do básico. E mais de 40% alcançaram o nível mais alto. Um anexo do documento mostra que a situação na América Latina é desigual. Por um lado, Cuba, a Argentina (38ª posição no ranking geral) e o Uruguai (39ª) obtiveram os melhores resultados da região e estão perto de alcançar o grau de "educação para todos" - ou seja, em que 100% dos alunos concluem o ensino básico. O México (55ª), Trinidad e Tobago (57ª) e a Venezuela (59ª) também estão próximos deste objetivo. No extremo oposto, estão República Dominicana (97ª), Guatemala (98ª) e Nicarágua (101ª). A posição do Brasil é considerada intermediária pela Unesco. Os problemas brasileiros estão relacionados principalmente à alta taxa de repetência e ao baixo índice de conclusão da educação básica. Segundo relatório de 2007 do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), do MEC, 4,8% dos alunos brasileiros abandonam o ensino fundamental (1º ao 9º ano). Quando se trata do ensino médio, a taxa de evasão sobe para 13,2%. Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e proibição dos pais de ir à escola são os motivos mais frequentemente alegados pelos pais a partir dos anos finais do ensino fundamental e pelos próprios alunos no ensino médio. Por outro lado, o Brasil tem um bom desempenho no relatório da Unesco no que se refere à alfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade de gênero. Algumas iniciativas do governo federal foram elogiadas, como o programa Fome Zero, o Brasil Alfabetizado e, especialmente, o Bolsa Família.

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Crise mundial Segundo o documento, a crise financeira mundial vai afetar os esforços para o acesso à educação em diversos países. O relatório estima que será preciso suprir um déficit de 16 bilhões de dólares anuais para que seja possível atingir a universalização do ensino fundamental no mundo até 2015. “A principal mensagem é a de que a educação está em risco, e que toda uma geração será perdida porque a interrupção dos recursos financeiros que são necessários para a educação está aumentando – especialmente com a crise”, declarou a diretora da Unesco, Irina Bokova, durante o lançamento do relatório, em Nova York. Além das consequências da crise mundial na educação, o relatório traz o ranking dos países em relação ao cumprimento das cinco metas estabelecidas no Fórum Mundial de Educação em 2000, na capital do Senegal, Dacar. No encontro, representantes de mais de 150 países reafirmaram o compromisso de alcançar as metas da educação para todos no ano de 2015. Os cinco objetivos da Unesco são, pela ordem de prioridade: aumentar os cuidados e educação para a infância; proporcionar educação primária gratuita; estimular ensinamentos e habilidades para jovens e adultos; aumentar em 50% a alfabetização adulta; atingir a igualdade entre os gêneros em 2015 e melhorar a qualidade da educação.

TST manda empresa pagar indenização de R$ 10 mil a trabalhadora por assédio (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Spalhanet A Terceira Turma do TST acolheu, unanimemente, o recurso de uma empregada que só podia ir ao toalete mediante autorização da empresa. Tal prática, confirmada pelo Tribunal Regional da 18.ª Região (Goiás), resultou, no TST, em condenação da empregadora ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de dez mil reais. Segundo o Regional, a empregadora – Teleperformance CRM S.A. – limitava a uma vez a ida dos trabalhadores aos toaletes, com tempo máximo de cinco minutos. Outras idas ao banheiro precisavam ser justificadas. A relatora do processo, ministra Rosa Maria Weber, alegou violação dos artigos 1.º, III, da Constituição da República e 2.º da CLT e determinou como acréscimo à condenação da empregadora o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Caixa adia negociação com a Contraf/CUT sobre jornada de trabalho (CUT Nacional) 09/02/2010 Escrito por Fenae Por solicitação da Caixa Econômica Federal, a rodada de negociações da mesa permanente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), inicialmente prevista para quarta-feira, dia 10 de fevereiro, foi adiada. Nova data deverá ser agendada na semana de 22 a 26 de fevereiro. A reunião desta semana daria sequência ao debate sobre jornada de trabalho, iniciado na reunião do último dia 22 de janeiro, quando a empresa frustrou mais uma vez a expectativa dos empregados ao anunciar intenção de reduzir a jornada dos ocupantes de cargos técnicos de oito para seis horas, com redução salarial, antes mesmo da implantação do novo Plano de Cargos Comissionados (PCC). Essa proposta, aliás, feita de forma unilateral pela Caixa, foi duramente criticada pela Contraf/CUT - CEE/Caixa, sobretudo por contrariar o que defende o conjunto dos empregados: jornada de seis horas para todos sem redução de salário. Em virtude do adiamento das negociações da mesa permanente, a reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), marcada para esta terça-feira, dia 9 de fevereiro, na sede da Fenae, também não mais ocorrerá.

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Coordenador da CUT denuncia as ações da Justiça e das polícias de José Serra (CUT SP) 09/02/2010 Subsede de Bauru Nesta segunda-feira (08), o Coordenador da CUT/SP na região de Bauru, companheiro Chicão, usou o tempo livre da Tribuna da Câmara Municipal da cidade, para denunciar as ações da Justiça e das polícias de José Serra nas prisões de líderes do MST (Movimento Sem Terra) na cidade de Iaras, distante cerca de 100km de Bauru. Para a CUT, o "aparato" utilizado para prender trabalhadores acusados de invasão da Fazenda onde a Cutrale planta laranja, assim como a forma com que as polícias militar e civil agiram para o cumprimento dos mandatos, deixam claro que se trata de uma ação política, orquestrada pelo Governador de SP, José Serra (PSDB). "A ação pirotecnista comandada pelo Delegado Benedito Antônio Valencise deixa clara a intenção política de criminalizar os movimentos sociais, especialmente a luta pela reforma agrária. Não podemos esquecer que os "ladrões do SUS" que dirigiam o Hospital de Base, ficaram presos apenas por dois dias, enquanto trabalhadores que não oferecem nenhum risco à sociedade, nem ao processo investigatório tiveram suas prisões preventivas decretadas. Se houvesse realmente a intenção de se fazer justiça, poderiam começar prendendo os diretores da Cutrale, a verdadeira invasora de terras públicas", analisou Chicão. O sindicalista falou também da situação em que se encontram as Fazendas Monções, área onde se localizam as plantações de laranja da Cutrale. "Estas terras são públicas há mais de um século e a Cutrale agiu - no mínimo - de má fé, pois este fato é publico, notório e extremamente comprovável", concluiu. Com excessão do vereador Roque Ferreira (PT) que discursou apoiando a luta pela Reforma Agrária e concordou com a posição da Central e do vereador Dr. Paulo (PSB) que chamou a atenção de seus colegas para formarem opinião sobre o assunto, os demais legisladores não mencionaram a participação da Central na sessão.

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