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    Programa de EducaoContinuada a Distncia

    Curso de Enfermagem em

    Clnica Mdica

    Aluno:

    EAD - Educao a DistnciaParceria entre Portal Educao e Sites Associados

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    Curso de Enfermagem emClnica Mdica

    MDULO I

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos paraeste Programa de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao domesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autoresdescritos na Bibliografia Consultada.

    2Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

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    3Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    SUMRIO

    MDULO I

    1. SISTEMATIZAO DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM

    2. EQUILBRIO HIDROELETROLTICO

    1. CHOQUE E FALNCIA MULTISSISTMICA

    4. DISTRBIOS DO TRATO RESPIRATRIO SUPERIOR

    5. DISTRBIOS DO TRATO RESPIRATRIO INFERIOR

    MDULO II

    1. DISRITMIAS

    2. DOENA DA ARTRIA CORONRIA

    3. DOENAS INFECCIOSAS DO CORAO

    4. DISTRBIOS ARTERIAIS

    5. DISTRBIOS VENOSOS

    6. HIPERTENSO ARTERIAL6.1 CRISES HIPERTENSIVAS

    MDULO III

    1.DISTRBIOS HEMATOLGICOS

    1.1 ANEMIAS

    2. DISTRBIOS GSTRICOS E DUODENAIS

    3. DISTRBIOS INTESTINAIS E RETAIS4. DISTRBIOS HEPTICOS

    5.DISTRBIOS BILIARES

    MDULO IV

    1. DIABETE MELLITUS

    2.DISFUNO DO TRATO URINRIO SUPERIOR E INFERIOR

    2.1 INCONTINNCIA URINRIA

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    4Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    2.3 INSUFICINCIA RENAL AGUDA (IRA)

    2.4 INSUFICINCIA RENAL CRNICA (IRC)

    3.DISTRBIOS VASCULARES CEREBRAIS

    3.1 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUMICO (AVCI)

    3.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRGICO

    4. ONCOLOGIA

    4.1. TUMORES CEREBRAIS PRIMRIOS

    5.DOENAS INFECCIOSAS

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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    5Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    MDULO I

    1. SISTEMATIZAO DA ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM

    De acordo com o disposto nas Resolues - COFEN n 195/1997, 267/2001

    e 271/2002, a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem - SAE uma atividade

    privativa do enfermeiro, que utiliza mtodo e estratgia de trabalho cientfico para a

    identificao das situaes de sade/doena. Subsidiando aes de assistncia de

    Enfermagem que possam contribuir para a promoo, preveno, recuperao ereabilitao da sade do indivduo, famlia e comunidade.

    Segundo o artigo 1 desta resoluo, ao Enfermeiro incumbem

    privativamente a implantao, planejamento, organizao, execuo e avaliao do

    processo de enfermagem, que compreende as seguintes etapas:

    Consulta de Enfermagem - Compreende o histrico (entrevista),

    exame fsico, diagnstico, prescrio e evoluo de enfermagem.

    Para a implementao da assistncia de enfermagem, devem serconsiderados os aspectos essenciais em cada uma das etapas, conforme

    descriminados a seguir:

    Histrico: Conhecer hbitos individuais e biopsicossociais visando a

    adaptao do paciente unidade de tratamento, assim como a identificao de

    problemas.

    Exame Fsico: O Enfermeiro dever realizar as seguintes tcnicas:

    inspeo, ausculta, palpao e percusso, de forma criteriosa, efetuando olevantamento de dados sobre o estado de sade do paciente e anotao das

    anormalidades encontradas para validar as informaes obtidas no histrico.

    Diagnstico de Enfermagem: O Enfermeiro aps ter analisado os dados

    colhidos no histrico e exame fsico, identificar os problemas de enfermagem, as

    necessidades bsicas afetadas e grau de dependncia, fazendo julgamento clnico

    sobre as respostas do indivduo, da famlia e comunidade, aos problemas, processos

    de vida vigentes ou potenciais.

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    6Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Prescrio de Enfermagem: o conjunto de medidas decididas pelo

    Enfermeiro, que direciona e coordena a assistncia de Enfermagem ao paciente de

    forma individualizada e contnua, objetivando a preveno, promoo, proteo,

    recuperao e manuteno da sade.

    Evoluo de Enfermagem: o registro feito pelo Enfermeiro aps a

    avaliao do estado geral do paciente. Desse registro constam os problemas novos

    identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os

    problemas a serem abordados nas 24 horas subseqentes.

    De acordo com outros artigos das resolues 195/1997, 267/2001 e

    271/2002, a implementao da Sistematizao da Assistncia de Enfermagem - SAE- deve ocorrer em toda instituio da sade, pblica e privada e dever ser

    registrada formalmente no pronturio do paciente/cliente/usurio.

    A elaborao da sistematizao da assistncia de enfermagem um dos

    meios que o enfermeiro dispe para aplicar seus conhecimentos tcnico-cientficos e

    humanos na assistncia ao paciente e caracterizar sua prtica profissional,

    colaborando na definio do seu papel. As atividades de competncia e as funes

    da enfermagem tm ficado cada vez mais definidas pelos rgos oficiais delegislao da profisso. Hoje percebemos a nfase que se tem dado, por parte dos

    enfermeiros, importncia na documentao e registro do plano de cuidados de

    sade de sua clientela, inclusive exigido pela Lei do Exerccio Profissional

    Documentos Bsicos de Enfermagem. Assim sendo, precisamos encontrar caminhos

    para desvincular as atividades de enfermagem de tarefas burocrticas alheias s

    suas atividades especficas e assegurar o exerccio profissional centrado na

    assistncia ao paciente.Os enfermeiros ao longo da sua prtica profissional tm sido historicamente,

    sobrecarregados com atividades envolvendo registros, anotaes, relatrios e

    comunicaes, utilizando grande parte de seu tempo em atividades burocrticas e

    na busca e documentao das informaes. Diversos estudos estimam que os

    enfermeiros despendam at 50% de seu tempo coletando, administrando e

    documentando informaes. Um dos fatores que contribui para este achado o fato

    do pronturio mdico ser baseado em registros manuais. O enfermeiro consome

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    grande parte de seu tempo quando realiza, manualmente, o plano de cuidado para

    cada um dos pacientes sob sua responsabilidade. Essa prtica torna-se dificultada

    quando nas instituies hospitalares o nmero desse profissional deficitrio em

    relao taxa de ocupao de leitos. Os enfermeiros deparam-se assim, com o

    complexo desafio de administrar seu tempo para que todas as suas tarefas sejam

    realizadas integralmente e com qualidade na prestao de assistncia ao paciente.

    Estamos vivenciando nesse sculo a era da informtica. Podemos observar

    a tecnologia computacional aplicada nos cuidados com a sade, na presena de

    equipamentos eletrnicos computadorizados cabeceira dos leitos dos pacientes,

    monitorizando e controlando a melhor condio de sobrevida dos mesmos. Sabemosque para os enfermeiros prestarem cuidado aos pacientes buscando a melhoria na

    qualidade e maior produtividade, devem considerar a tecnologia computacional

    como uma ferramenta que, se utilizada adequadamente, resultar na otimizao da

    disponibilidade dos enfermeiros para atividades assistenciais, enquanto os registros

    podero ser processados com o auxlio dos computadores.

    Percebemos, atualmente, mudanas significativas na prestao do cuidado

    de enfermagem, no que diz respeito a sua forma de assistir. O enfermeiro estdeixando de atuar apenas no atendimento das ordens mdicas para estabelecer o

    seu prprio diagnstico, o planejamento da assistncia e a prescrio dos cuidados

    ao paciente.

    2. EQUILBRIO HIDROELETROLTICO

    Aproximadamente 60% do peso de um adulto comum so representados porlquido (gua e eletrlitos). Os fatores que influenciam a quantidade de lquido

    corporal so a idade, sexo e gordura corporal. Em geral, as pessoas mais jovens

    possuem um maior percentual de lquido corporal que as pessoas idosas, e,

    proporcionalmente, os homens possuem mais lquido que as mulheres. As pessoas

    obesas apresentam menos lquido que as pessoas magras porque as clulas

    adiposas contm menos gua.

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    8Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    O lquido corporal localiza-se em dois compartimentos lquidos: o espao

    intracelular (lquido nas clulas) e o espao extracelular (lquido fora das clulas).

    Aproximadamente dois teros do lquido corporal esto no compartimento do lquido

    intracelular (LIC) e se localizam principalmente na massa muscular esqueltica.

    O compartimento do lquido extracelular (LEC) ainda dividido nos espaos

    dos lquidos intravascular, intersticial e transcelular.

    Os eletrlitos nos lquidos corporais so substncias qumicas ativas

    (ctions, que carregam cargas positivas, e nions, que transportam cargas

    negativas). Os principais ctions nos lquidos corporais so os ons sdio, potssio,

    clcio, magnsio e hidrognio. Os principais nions so os ons cloreto, bicarbonato,fosfato, sulfato e proteinato.

    As concentraes eletrolticas no LIC diferem daquelas no LEC.

    REGULAO DOS COMPARTIMENTOS DE LQUIDOS CORPORAIS

    OSMOSE E OSMOLALIDADE

    Quando duas solues distintas so separadas por uma membrana que

    permevel s substncias dissolvidas, o lquido desloca-se atravs da membrana a

    partir da regio de baixa concentrao de soluto para a regio de alta concentrao

    de soluto, at que as solues tenham igual concentrao; essa difuso da gua

    causada por um gradiente de concentrao de liquido conhecida como osmose. A

    tonicidade a capacidade de todos os solutos para provocar uma fora de

    direcionamento osmtico que promove o movimento da gua de um compartimentopara o outro. O controle da tonicidade determina o estado normal da hidratao

    celular e o tamanho da clula. Trs outros termos esto associados osmose:

    presso osmtica, presso onctica e diurese osmtica.

    A presso osmtica a quantidade de presso hidrosttica necessria para

    parar o fluxo de gua por osmose. determinada principalmente pela concentrao

    dos solutos.

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    A presso onctica a presso osmtica exercida por protenas (por

    exemplo, albumina).

    A diurese osmtica ocorre quando o dbito urinrio aumenta em virtude da

    excreo de substncias, como glicose, manitol ou agentes de contraste na urina.

    Difuso

    A difuso a tendncia natural de uma substncia para se mover de uma

    rea de concentrao mais elevada para outra de menor concentrao. Ela ocorre

    atravs do movimento aleatrio dos ons e molculas. Os exemplos de difuso so atroca de oxignio e dixido de carbono entre os capilares e alvolos pulmonares.

    Filtrao

    A presso hidrosttica nos capilares tende a filtrar o lquido para fora do

    compartimento vascular, para o interior do lquido intersticial. O movimento da gua

    e dos solutos ocorre de uma rea de alta presso hidrosttica para uma rea debaixa presso hidrosttica. A filtrao permite que os rins filtrem 180l de plasma por

    dia.

    Bomba de Sdio - Potssio

    A concentrao de sdio maior no LEC que no LIC, e, por causa disso, o

    sdio tende a entrar na clula por difuso. Essa tendncia contrabalanada pelabomba de sdio-potssio, que se localiza na membrana celular e movimenta

    ativamente o sdio da clula para dentro do LEC. De modo contrrio, a

    concentrao de potssio intracelular elevada mantida pelo bombeamento do

    potssio para dentro da clula. Por definio, o transporte ativo implica que a

    energia deve ser gasta para que acontea o movimento contra um gradiente de

    concentrao.

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    Vias de Ingesto e Excreo

    A gua e os eletrlitos so ingeridos de vrias maneiras. Uma pessoa

    saudvel ingere lquidos ao beber e alimentar-se. Nos pacientes com alguns

    distrbios, os lquidos podem ser fornecidos pela via parenteral ou por meio de uma

    sonda de alimentao enteral no estmago ou intestino.

    Mecanismos Homeostticos

    O corpo dotado de notveis mecanismos homeostticos para manter acomposio e o volume dos lquidos corporais dentro dos estreitos limites da

    normalidade. Os rgos envolvidos na homeostase incluem os rins, pulmes,

    corao, glndulas supra-renais, glndulas paratireides e hipfise.

    DISTRBIOS DO VOLUME DE LQUIDO

    DFICIT DO VOLUME DE LQUIDO (HIPOVOLEMIA)

    O dficit do volume de lquido (DVL) acontece quando a perda do volume do

    lquido extracelular excede a ingesto de lquido. Ele ocorre quando a gua e os

    eletrlitos so perdidos na mesma proporo que existem nos lquidos corporais

    normais, de modo que a relao entre os eletrlitos sricos e gua permanece

    inalterada. O DVL pode desenvolver-se a partir da ingesto inadequada isolada,

    quando a ingesto diminuda for prolongada. As causas do DVL incluem as perdasde lquido, como aquelas decorrentes do vmito, diarria, aspirao gastrointestinal

    e sudorese, e ingesto diminuda, como na nusea ou incapacidade de ter acesso

    aos lquidos.

    Os fatores de risco adicionais compreendem o diabetes inspido,

    insuficincia supra-renal, diurese osmtica, hemorragia e coma. Os deslocamentos

    de lquido para o terceiro espao, ou o movimento de lquido a partir do sistema

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    11Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    vascular para outros espaos corporais (por exemplo: formao de edema em

    queimaduras ou ascite com a disfuno heptica), tambm produzem o DVL.

    O DVL pode desenvolver-se rapidamente e ser brando moderado ou grave,

    dependendo do grau da perda de lquidos. As caractersticas importantes do DVL

    incluem a perda aguda de peso; turgor cutneo diminudo; oligria; urina

    concentrada; hipotenso postural; freqncia cardaca rpida e fraca; veias cervicais

    colabadas; temperatura aumentada; presso venosa central diminuda; pele fria e

    pegajosa relacionada com a vasoconstrio perifrica; sede; anorexia; nuseas;

    indisposio; fraqueza muscular e cibras.

    Tratamento

    Quando planeja a correo da perda de lquidos para o paciente com DVL, o

    profissional de sade considera os requisitos de manuteno usuais do paciente e

    outros fatores (como febre) que podem influenciar as necessidades de lquidos.

    Quando o dficit no grave, a via oral preferida, desde que o paciente possa

    beber. Quando, no entanto, as perdas de lquidos so agudas ou intensas, a via IV necessria. As solues eletrolticas isotnicas (lactato de Ringer ou cloreto de sdio

    a 0,9%) so freqentemente utilizadas para tratar o paciente hipotenso com DVL

    porque elas expandem o volume plasmtico. Logo que o paciente se torna

    normotenso, uma soluo eletroltica hipotnica (cloreto de sdio 0,45%)

    geralmente empregada para fornecer eletrlitos e gua para a excreo renal dos

    resduos metablicos.

    As avaliaes exatas e freqentes da ingesto e dbito, peso, sinais vitais,presso venosa central, nvel de conscincia, sons respiratrios e colorao cutnea

    devem ser efetuados para determinar quando a terapia deve ser lentificada para

    evitar a sobrecarga de volume. A velocidade da administrao de lquido

    fundamenta-se na gravidade da perda e na resposta hemodinmica do paciente

    reposio do volume.

    Quando o paciente com DVL grave no est excretando suficientemente e,

    portanto, est oligrio, o profissional de sade precisa determinar se a funo renal

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    12Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    deprimida o resultado do fluxo sangneo renal reduzido secundrio ao DVL ou, de

    forma mais grave, necrose tubular aguda por DVL prolongado. O teste utilizado

    nessa situao referido como um teste de carga hdrica. Durante um teste de

    carga hdrica, os volumes de lquido so administrados em velocidades e intervalos

    especficos enquanto se monitora a resposta hemodinmica do paciente a esse

    tratamento.

    Interveno de Enfermagem

    Na avaliao do DVL pela enfermeira, a mesma monitora e mede a ingestoe dbito de lquidos pelo menos a cada 8 horas e, por vezes, a cada hora. O peso

    corporal dirio monitorado. Os sinais vitais so rigorosamente monitorados. A

    enfermeira observa para um pulso fraco e rpido e para a hipotenso postural. A

    pele e o turgor cutneo so monitorados em uma base regular.

    Para evitar o DVL, a enfermeira identifica os pacientes em risco e

    empreende as medidas para minimizar as perdas de lquido.

    EXCESSO DE VOLUME DE LQUIDO (HIPERVOLEMIA)

    O excesso de volume de liquido (EVL) refere-se a uma expanso isotnica

    do LEC gerada pela reteno anormal de gua e sdio em propores

    aproximadamente iguais quelas que existem normalmente no LEC. Ele sempre

    secundrio a um aumento no contedo corporal total de sdio, que, por sua vez,

    leva a um aumento na gua corporal total. Como h reteno isotnica dassubstncias corporais, a concentrao srica de sdio permanece praticamente

    normal.

    O EVL pode estar relacionado simples sobrecarga de lquido ou funo

    diminuda dos mecanismos homeostticos responsveis por regular o equilbrio

    hdrico. Os fatores contribuintes podem incluir a insuficincia cardaca, insuficincia

    renal e cirrose do fgado. Outro fator contribuinte o consumo de quantidades

    excessivas de sal de cozinha ou de outros sais de sdio. A administrao excessiva

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    13Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    de lquidos portadores de sdio em um paciente com mecanismos reguladores

    prejudicados, tambm pode predisp-lo a um EVL grave.

    As manifestaes clnicas do EVL advm da expanso do LEC e incluem o

    edema, veias cervicais distendidas e estertores (sons pulmonares normais). As

    outras manifestaes compreendem taquicardia; presso arterial, presso de pulso e

    presso venosa central aumentada; peso aumentado; dbito urinrio aumentado;

    falta de ar e sibilncia.

    Tratamento

    O tratamento do EVL direcionado para as causas. Quando o excesso de

    volume est ligado administrao excessiva de lquidos contendo sdio, a

    interrupo da infuso pode ser tudo o que necessrio. O tratamento sintomtico

    consiste na administrao de diurticos e na restrio de lquidos e sdio.

    Terapia Farmacolgica

    Os diurticos so prescritos quando a restrio de sdio isolada na dieta

    insuficiente para diminuir o edema por inibir a reabsoro de sdio e gua pelos rins.

    A escolha do diurtico baseia-se na gravidade do estado hipervolmico, no grau de

    comprometimento da funo renal e na potncia do diurtico.

    Hemodilise

    Quando a funo renal est to gravemente prejudicada que os agentes

    farmacolgicos no conseguem agir de maneira eficiente, outras modalidades so

    consideradas para remover o sdio e o lquido do corpo. Pode-se usar a hemodilise

    ou a dilise peritoneal para remover os resduos nitrogenados e controlar o potssio

    e o equilbrio cido-bsico, bem como para remover o sdio e o lquido. A terapia de

    reposio renal contnua tambm pode ser considerada.

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    Terapia Nutricional

    O tratamento do EVL geralmente envolve a restrio de sdio na dieta. Uma

    dieta diria mdia no-restrita em sdio contm 6 a 15g de sal, enquanto a dieta

    hipossdica pode variar desde uma restrio branda at to pouco quanto 250mg de

    sdio por dia, dependendo das necessidades do paciente.

    Interveno de Enfermagem

    Para avaliar o EVL, a enfermeira mede a ingesto e dbito a intervalosregulares para identificar a reteno excessiva de lquidos. O paciente pesado

    diariamente e observa-se o ganho agudo de peso. A enfermeira tambm avalia os

    sons respiratrios a intervalos regulares nos pacientes em risco, principalmente

    quando os lquidos parenterais esto sendo administrados. A enfermeira monitora o

    grau de edema nas partes do corpo com maior ao da gravidade, como os ps e

    tornozelos, nos pacientes que deambulam, e na regio sacral em pacientes

    acamados.As prescries de enfermagem englobam a promoo do repouso, restrio

    de ingesto de sdio, monitorizao da terapia com lquidos parenterais e

    administrao de medicamentos apropriados.

    3. CHOQUE E FALNCIA MULTISSISTMICA

    O choque uma condio com risco de vida em razo das diversas causassubjacentes. Caracteriza-se pela perfuso tissular inadequada que, quando no

    tratada, resulta na morte celular.

    O choque pode ser melhor definido como uma condio em que a presso

    arterial sistmica inadequada para fornecer oxignio e nutrientes para sustentar os

    rgos vitais e a funo celular. O fluxo sangneo adequado para tecidos e clulas

    requer os seguintes componentes: bomba cardaca adequada, sistema circulatrio

    ou vascular a efetiva e volume sangneo suficiente. Quando um componente est

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    15Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    prejudicado, o fluxo sangneo para os tecidos ameaado ou comprometido. Sem

    tratamento, o fluxo sangneo inadequado para os tecidos resulta em liberao

    deficiente de oxignio e nutrientes para as clulas, inanio celular, morte celular,

    disfuno orgnica progredindo para falncia orgnica e, mais adiante, morte.

    O choque afeta todos os sistemas orgnicos. Ele pode desenvolver-se de

    maneira rpida ou lenta, dependendo da causa subjacente. Durante o choque, o

    corpo se esfora para sobreviver, convocando todos os seus mecanismos

    homeostticos para restaurar o fluxo sangneo e a perfuso tissular. Qualquer

    agresso ao corpo pode criar uma cascata de eventos que resultam em m perfuso

    tissular. Portanto, quase todo paciente com algum estado patolgico pode estar emrisco de desenvolver choque.

    CLASSIFICAO DO CHOQUE

    O choque pode ser classificado por etiologia e pode ser descrito como:

    choque hipovolmico; choque cardiognico; choque circulatrio ou distributivo.

    CHOQUE HIPOVOLMICO

    O choque hipovolmico, o tipo de choque mais comum, caracteriza-se por

    um volume intravascular diminudo. O lquido corporal est contido nos

    compartimentos intracelular e extracelular. O choque hipovolmico acontece quando

    existe uma reduo no volume intravascular de 15 a 25%. Isso representaria uma

    perda de 750 a 1.300ml de sangue em uma pessoa de 70 Kg. O choquehipovolmico pode ser causado por perdas lquidas externas, como a perda

    sangnea traumtica, ou por deslocamentos de lquido internos, como na

    desidratao grave, edema grave ou ascite. O volume intravascular pode ser

    reduzido por perda de lquido e deslocamento de lquido entre os compartimentos

    intravascular e intersticial.

    A seqncia de eventos no choque hipovolmico comea com uma

    diminuio no volume intravascular. Isso resulta em um menor retorno venoso do

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    16Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    sangue para o corao e no subseqente enchimento ventricular diminudo. O

    enchimento ventricular diminudo resulta em reduo do volume sistlico (a

    quantidade do sangue ejetada a partir do corao) e dbito cardaco diminudo.

    Quando o dbito cardaco cai, a presso arterial diminui e os tecidos no podem ser

    adequadamente perfundidos.

    CHOQUE CARDIOGNICO

    O choque cardiognico ocorre quando a capacidade do corao de contrair

    e bombear o sangue esto comprometidos e o suprimento de oxignio inadequadopara o corao e tecidos. As causas de choque cardiognico so conhecidas como

    coronria e no-coronria. O choque cardiognico coronrio mais comum que o

    choque cardiognico no-coronrio, sendo observado com maior freqncia nos

    pacientes com infarto do miocrdio. O choque cardiognico coronrio acontece

    quando foi destruda uma quantidade significativa do miocrdio ventricular esquerdo.

    Os pacientes que vivenciam um infarto do miocrdio de parede anterior, esto em

    risco mximo para desenvolver o choque cardiognico por causa docomprometimento potencialmente extenso do ventrculo esquerdo, devido ocluso

    da artria coronria descendente anterior esquerda. As causas no-coronrias

    podem estar relacionadas com problemas metablicos graves (hipoxemia grave,

    acidose, hipoglicemia e hipocalcemia) e com pneumotrax hipertensivo.

    Os pacientes em choque cardiognico podem experimentar a dor anginosa e

    desenvolver disritmias e instabilidade hemodinmica.

    CHOQUE CIRCULATRIO

    O choque circulatrio ou distributivo acontece quando o volume sangneo

    deslocado de maneira anormal na vasculatura, por exemplo, quando o volume

    sangneo represa nos vasos sangneos perifricos. O deslocamento do volume

    sangneo provoca uma hipovolemia relativa porque uma quantidade insuficiente de

    sangue retorna para o corao, o que leva subseqente perfuso tissular

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    17Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    inadequada. A capacidade dos vasos sangneos de se contrair ajuda o sangue a

    retornar para o corao. Dessa maneira, o tnus vascular determinado por

    mecanismos reguladores centrais, como na regulao da presso arterial, e por

    mecanismos reguladores locais, como nas demandas tissulares por oxignio e

    nutrientes. Assim, o choque circulatrio pode ser causado por uma perda do tnus

    simptico ou pela liberao de mediadores bioqumicos a partir das clulas.

    Os mecanismos variados que levam vasodilatao inicial no choque

    circulatrio subdividem ainda mais essa classificao do choque em trs tipos:

    choque sptico, choque neurognico e choque anafiltico.

    Os diferentes tipos de choque circulatrio provocam variaes na cadeiafisiopatolgica de eventos. Em todos os tipos de choque circulatrio, a dilatao

    arterial e venosa macia possibilita que o sangue se represe na periferia. A dilatao

    arterial reduz a resistncia vascular sistmica. A princpio, o dbito cardaco pode

    estar alto no choque circulatrio, tanto a partir da reduo na ps-carga (resistncia

    vascular sistmica) quanto a partir do esforo aumentado do msculo cardaco para

    manter a perfuso, apesar da vasculatura incompetente secundria dilatao

    arterial. O represamento de sangue na periferia resulta em retorno venosodiminudo. O retorno venoso diminudo resulta em menor volume sistlico e dbito

    cardaco diminudo. O dbito cardaco diminudo, por sua vez, gera a presso arterial

    diminuda e, por fim, a perfuso tissular diminuda.

    Fisiopatologia do Choque

    No choque, as clulas carecem do aporte sangneo adequado e soprivadas de oxignio e nutrientes; portanto, elas devem produzir a energia atravs

    do metabolismo anaerbico. Isso resulta em fornecimentos de baixa energia a partir

    dos nutrientes e em um ambiente intracelular acidtico. Por causa dessas

    alteraes, cessa a funo celular normal. A clula incha-se e a membrana celular

    torna-se mais permevel, possibilitando que os eletrlitos e lquidos passem para

    fora e para dentro da clula. A bomba de sdio-potssio fica prejudicada; as

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    18Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    estruturas celulares, principalmente as mitocndrias, so lesionadas, sobrevindo a

    morte celular.

    Estgios do Choque

    Alguns percebem a sndrome do choque como um continuumao longo do

    qual o paciente se esfora para sobreviver. Uma maneira conveniente para

    compreender as respostas fisiolgicas e os sinais e sintomas clnicos subseqentes

    consiste em dividir esse continuum em estgios separados: compensatrio,

    progressivo e irreversvel. Embora alguns identifiquem um estgio inicial do choque,as alteraes atribudas a esse estgio acontecem no nvel celular e, em geral, no

    so detectveis clinicamente. Quando mais precocemente os tratamentos mdico e

    de enfermagem puderem ser iniciados ao longo desse continuum, maior ser a

    possibilidade de sobrevida do paciente.

    Estgio Compensatrio

    No estgio compensatrio do choque, a presso arterial do paciente

    permanece dentro dos limites de normalidade. Vasoconstrio, freqncia cardaca

    elevada e contratilidade cardaca aumentada contribuem para manter o dbito

    cardaco adequado. Isso resulta da estimulao do sistema nervoso simptico e da

    subseqente liberao de catecolaminas (epinefrina e noropinefrina). O paciente

    demonstra a resposta freqentemente descrita como de luta ou fuga. O corpo

    desvia o sangue de rgos como a pele, rins e trato gastrintestinal para o crebro ecorao, visando adequar o suprimento sangneo para esses rgos vitais. Em

    conseqncia disso, a pele do paciente fica fria e pegajosa, a peristalse se mostra

    hipoativa e o dbito urinrio diminui em resposta liberao de aldosterona e ADH.

    Apesar de uma presso arterial normal, o paciente mostra inmeros sinais

    clnicos que indicam a perfuso orgnica inadequada. O resultado da perfuso

    inadequada o metabolismo anaerbico e o acmulo de cido lctico, produzindo a

    acidose metablica. A freqncia respiratria aumenta em resposta acidose

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    19Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    metablica. Esta freqncia respiratria rpida facilita a remoo do excesso de

    dixido de carbono, mas eleva o pH sangneo e, com freqncia, causa uma

    alcalose respiratria compensatria. O estado alcaltico provoca alteraes do

    estado mental, como a confuso ou combatividade, bem como a dilatao arteriolar.

    Se o tratamento comea nesse estgio do choque, o prognstico para o paciente

    bom.

    Estgio Progressivo

    No estgio progressivo do choque, os mecanismos que regulam a pressoarterial no conseguem mais compensar e a presso arterial mdia (PAM) cai abaixo

    dos limites normais, com uma presso arterial sistlica mdia inferior a 90mmHg.

    Embora todos os sistemas orgnicos sofram com a hipoperfuso nesse

    estgio, dois eventos perpetuam a sndrome do choque. Em primeiro lugar, o

    corao sobrecarregado se torna disfuncional; a incapacidade do corpo de satisfazer

    as demandas crescentes de oxignio produz isquemia; e os mediadores bioqumicos

    causam a depresso miocrdica. Isso leva falncia da bomba cardaca, mesmoquando a causa subjacente do choque no for de origem cardaca. Em segundo

    lugar, a funo auto-reguladora da microcirculao falha em responder aos inmeros

    mediadores bioqumicos liberados pelas clulas, resultando em permeabilidade

    capilar aumentada, com as reas de constrio arteriolar e venosa comprometendo

    ainda mais a perfuso celular. Nesse estgio, o prognstico do paciente se agrava.

    O relaxamento dos esfncteres pr-capilares faz com que o lquido extravase dos

    capilares, criando o edema intersticial e o retorno de menos lquido para o corao.Mesmo quando a causa subjacente do choque revertida, a prpria ruptura do

    sistema circulatrio perpetua o estado de choque, estabelecendo-se um ciclo

    vicioso.

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    Estgio Irreversvel

    O estgio irreversvel (ou refratrio) do choque representa o ponto ao longo

    do continuumdo choque em que o comprometimento do rgo to grave que o

    paciente no responde ao tratamento e pode sobreviver. Apesar do tratamento, a

    presso arterial permanece baixa. A insuficincia renal e heptica completa,

    composta pela liberao das toxinas de tecido necrtico, criam uma acidose

    metablica avassaladora. O metabolismo anaerbico contribui para o agravamento

    da acidose lctica. As reservas de ATP esto quase totalmente depletadas, e foram

    destrudos os mecanismos para armazenar os novos suprimentos de energia.Ocorre a disfuno orgnica progressiva, avanando at a falncia orgnica

    completa, sendo a morte iminente. A disfuno de mltiplos rgos pode acontecer

    como uma progresso ao longo do continuumdo choque ou como uma sndrome

    prpria.

    Tratamento do Choque

    O tratamento, em todos os tipos e em todas as fases do choque, inclui o

    seguinte:

    Reposio de lquido para restaurar o volume intravascular.

    A reposio de lquidos administrada em todos os tipos de choque.

    O tipo de lquido administrado e a velocidade de fornecimento variam, mas os

    lquidos so fornecidos para melhorar a oxigenao cardaca e tissular, o que

    depende, em parte, do fluxo. Os lquidos administrados podem incluir cristalides(solues eletrolticas que se movem livremente entre os espaos: intravascular e

    intersticial), colides (solues intravenosas com molculas grandes) ou

    componentes sangneos.

    Medicamentos vasoativos para restaurar o tnus vasomotor e

    melhorar a funo cardaca.

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    21Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Os medicamentos vasoativos so administrados em todas as formas de

    choque para melhorar a estabilidade hemodinmica do paciente, quando a terapia

    hdrica isolada no pode manter a presso arterial mdia adequada. Os

    medicamentos especficos so selecionados para corrigir a alterao hemodinmica

    em questo que esteja prejudicando o dbito cardaco. Os medicamentos vasoativos

    especficos so prescritos para o paciente em choque porque eles podem sustentar

    o estado hemodinmico do paciente. Esses medicamentos ajudam a aumentar a

    fora da contratilidade miocrdica, a regular a freqncia cardaca, a reduzir a

    resistncia miocrdica e a iniciar a vasoconstrio.

    Suporte nutricional para abordar as exigncias metablicas que, com

    freqncia, se mostram dramaticamente aumentadas no choque.

    O suporte nutricional um aspecto importante do cuidado para o paciente

    em choque. As taxas metablicas aumentadas durante o choque elevam os

    requisitos de energia e, portanto, as exigncias calricas. O paciente em choque

    requer mais de 3.000 calorias por dia. O suporte nutricional parenteral ou enteraldeve ser iniciado o mais precocemente possvel, com alguma forma de nutrio

    enteral sempre sendo administrada.

    Interveno de Enfermagem

    No choque, a interveno precoce a chave para melhorar o prognstico do

    paciente. O papel da enfermagem nestes casos avaliar sistematicamente aquelespacientes em risco de choque para reconhecer os sinais clnicos do estgio

    compensatrio antes que a presso arterial do paciente caia.

    Ao avaliar a perfuso tissular, a enfermeira observa para as alteraes no

    nvel de conscincia, sinais vitais, dbito urinrio, pele e valores laboratoriais. No

    estgio compensatrio do choque, a funo da enfermeira consiste em monitorar o

    estado hemodinmico do paciente e reportar de imediato os desvios para o mdico,

    auxiliar na identificao e tratamento do distrbio adjacente. Por meio da avaliao

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    22Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    profunda do paciente, administrar os lquidos e medicamentos prescritos e promover

    a segurana do paciente.

    4. DISTRBIOS DO TRATO RESPIRATRIO SUPERIOR

    Os distrbios do sistema respiratrio so comuns, sendo encontrados em

    todos os ambientes, desde o comunitrio at a unidade de terapia intensiva. Para

    avaliar o sistema respiratrio, o profissional de sade deve estar habilitado para

    detectar anormalidades no histrico do paciente. As boas competncias de

    avaliao devem ser desenvolvidas e usadas quando se cuida dos pacientes com

    problemas respiratrios agudos e crnicos. Alm disso, essencial umacompreenso da funo respiratria e do significado dos resultados anormais dos

    testes diagnsticos.

    Reviso anatmica e fisiolgica

    O sistema respiratrio composto dos tratos respiratrios: superior e

    inferior. Em conjunto, os dois tratos so responsveis pela ventilao (movimento doar para dentro e para fora das vias areas). O trato superior, conhecido como via

    area superior, aquece e filtra o ar inspirado, de modo que o trato respiratrio inferior

    (os pulmes) pode realizar a troca gasosa. A troca gasosa envolve a liberao de

    oxignio para os tecidos atravs da corrente sangnea e a expulso dos gases

    residuais, como dixido de carbono, durante a expirao.

    Distrbios do trato respiratrio superior

    Os distrbios das vias areas superiores so condies comuns que afetam

    ocasionalmente a maioria das pessoas. Algumas infeces so agudas, com

    sintomas que duram vrios dias; outras so crnicas, com sintomas que duram um

    longo tempo ou reincidem. Os pacientes com essas condies raramente precisam

    de hospitalizao. Contudo, os profissionais de sade que trabalham em ambientes

    comunitrios ou em instituies de cuidados de longo prazo, podem encontrar

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    23Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    pacientes que apresentem essas infeces. Dessa maneira, importante o

    reconhecimento dos sinais e sintomas e o fornecimento de cuidados apropriados.

    RINITE

    A rinite um grupo de distrbios caracterizados por inflamao e irritao

    das mucosas do nariz. Ela pode ser classificada como no-alrgica ou alrgica. A

    rinite pode ser uma condio aguda ou crnica.

    A rinite no-alrgica pode ser causada por diversos fatores, inclusive os

    fatores ambientais, como as alteraes na temperatura ou umidade, odores oualimentos; idade; doena sistmica; drogas (cocana) ou medicamentos prescritos;

    ou a presena de um corpo estranho. A rinite induzida por substncias est

    associada ao uso de agentes anti-hipertensivos e contraceptivos orais e ao uso

    crnico de descongestionantes nasais. A rinite tambm pode ser a manifestao de

    uma alergia, em cujo caso ela referida como rinite alrgica.

    Os sinais e sintomas da rinite incluem a rinorria (drenagem nasal

    excessiva, coriza), congesto nasal, secreo nasal (purulenta com a rinitebacteriana), prurido nasal e espirros. A cefalia pode acontecer, principalmente

    quando a sinusite tambm est presente.

    Tratamento

    O tratamento da rinite depende da etiologia, que pode ser identificada na

    histria e exame fsico. O examinador pergunta ao paciente sobre os sintomasrecentes, bem como sobre a possvel exposio aos alrgenos na casa, ambiente ou

    local de trabalho. Se a rinite viral a causa, os medicamentos so administrados

    para aliviar os sintomas. Na rinite alrgica, os testes podem ser realizados para

    identificar os possveis alrgenos. Dependendo da gravidade da alergia, as

    imunizaes dessensibilizantes e corticosterides podem ser necessrios. Se os

    sintomas sugerem uma infeco bacteriana, ser empregado um agente

    antimicrobiano.

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    24Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    A terapia medicamentosa para a rinite alrgica e no-alrgica enfoca o alvio

    do sintoma. Os anti-histamnicos so administrados para os espirros, prurido e

    rinorria. Os agentes descongestionantes orais so utilizados para a obstruo

    nasal. Alm disso, os corticosterides intranasais podem ser usados para a

    congesto grave, sendo os agentes oftlmicos utilizados para aliviar a irritao,

    prurido e rubor nos olhos.

    Interveno de Enfermagem

    O paciente com rinite alrgica deve ser orientado pela enfermeira a evitar oureduzir a exposio ao alrgenos e irritantes, como poeiras, mofos, animais,

    fumaas, odores. Alm disso, a enfermeira instrui o paciente sobre o uso apropriado

    e a tcnica para administrar os medicamentos nasais, como o soro fisiolgico nasal

    ou os sprays em aerossol.

    RINITE VIRAL (RESFRIADO COMUM)

    O termo resfriado comum freqentemente empregado quando nos

    referimos a uma infeco do trato respiratrio superior que autolimitada e

    provocada por um vrus (rinite viral). Caracteriza a congesto nasal, rinorria,

    espirros, dor de garganta e indisposio geral. De maneira especfica, o termo

    resfriado refere-se a uma inflamao aguda, infecciosa e afebril das mucosas da

    cavidade nasal. De modo mais amplo, o termo refere-se a uma infeco aguda do

    trato respiratrio superior, enquanto termos como rinite, faringite e laringitediferenciam os stios dos sintomas. Ele tambm pode ser usado quando o vrus

    causal o influenza. Os resfriados so altamente contagiosos porque o vrus se

    dissemina por aproximadamente 2 dias antes que os sintomas apaream e durante a

    primeira parte da fase sintomtica.

    Os sinais e sintomas da rinite viral so a congesto nasal, coriza, espirros,

    secreo nasal, lacrimejamento, sensao de arranhadura ou dor na garganta,

    indisposio geral, febre baixa, calafrios e, com freqncia, cefalia e dores

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    musculares. medida que a doena progride, a tosse geralmente aparece. Em

    algumas pessoas, a rinite viral exacerba o herpes simples, comumente chamado de

    herpes labial.

    Os sintomas duram de uma a duas semanas. Se existe febre significativa ou

    sintomas respiratrios sistmicos mais graves, ela no mais uma rinite viral, mas

    uma das outras infeces agudas do trato respiratrio superior. As condies

    alrgicas tambm podem afetar o nariz, mimetizando os sintomas de um resfriado.

    Inflamao dos Sistemas Internos do Nariz.www.cabano.com.br/ar_condicionado_e_alergias

    Tratamento

    No existe tratamento especfico para o resfriado comum. O tratamento

    consiste na terapia sintomtica. Algumas medidas compreendem estimular a

    ingesto adequada de lquidos, encorajar o repouso, evitar o calafrio, aumentar a

    ingesto de vitamina C e usar expectorantes, quando necessrio. Gargarejos de

    gua quente salgada suavizam a dor de garganta, e os agentes antiinflamatrios

    no-esteroidais (AINEs) como a aspirina ou ibuprofeno, aliviam as dores e a febre

    nos adultos. Os anti-histamnicos so usados para aliviar os espirros, rinorria e

    congesto nasal. Os agentes descongestionantes tpicos (nasais) podem aliviar a

    congesto nasal; entretanto, se usados em excesso, podem criar uma congesto por

    rechao, que podem ser pior que os sintomas originais. Os agentes antimicrobianos

    25Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    http://www.cabano.com.br/ar_condicionado_e_alergias_respi.htmhttp://www.cabano.com.br/ar_condicionado_e_alergias_respi.htm
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    26Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    (antibiticos) no devem ser utilizados porque no afetam o vrus nem reduzem a

    incidncia das complicaes bacterianas.

    SINUSITE AGUDA

    Os seios paranasais, as cavidades revestidas de muco cheias com ar que

    drenam normalmente para dentro do nariz, so envolvidas em uma alta proporo

    de infeces do trato respiratrio superior. Se suas aberturas para dentro das

    passagens nasais esto limpas, as infeces curam-se de forma imediata.

    Entretanto, se sua drenagem est obstruda por um septo desviado ou porturbinados hipertrofiados, espores ou plipos nasais ou tumores. A infeco sinusal

    pode persistir como uma infeco secundria latente ou progredir para um processo

    supurativo agudo (gerando secreo purulenta).

    A sinusite aguda uma infeco dos seios paranasais. Com freqncia, ela

    se desenvolve em conseqncia de uma infeco respiratria alta, como uma

    infeco viral ou bacteriana no resolvida, ou de uma exacerbao da rinite alrgica.

    A congesto nasal, causada por inflamao, edema e transudao de lquido, leva obstruo das cavidades sinusais. Isso propicia um meio excelente para o

    crescimento bacteriano. Os organismos bacterianos contribuem com mais de 60%

    dos casos de sinusite aguda.

    Os sintomas de sinusite aguda podem incluir a dor facial ou presso sobre a

    rea sinusal afetada, obstruo nasal, fadiga, secreo nasal purulenta, febre,

    cefalia, plenitude e dor no ouvido, odontalgia, tosse, sensao de olfato diminuda,

    dor de garganta, edema palpebral ou plenitude ou congesto facial. A sinusite agudapode ser difcil de diferenciar de uma infeco respiratria alta ou rinite alrgica.

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    Inflamao dos seios paranasais.blogdalergia.blogspot.com/2007/03/rinite-alergia

    Tratamento

    As metas do tratamento da sinusite aguda so combater a infeco,

    descongestionar a mucosa nasal e aliviar a dor. H crescente preocupao em

    relao ao uso inadequado de antibiticos para as infeces respiratrias altas

    virais; esse uso excessivo resultou do fato de os antibiticos serem menos efetivos

    no tratamento das infeces bacterianas. (mais resistentes) como a sinusite. Em

    conseqncia disso, dada cuidadosa considerao para o patgeno potencial

    antes que sejam prescritos os agentes antimicrobianos.

    Os agentes antimicrobianos de escolha para uma infeco bacteriana variam

    na prtica clnica. Os antibiticos de primeira linha incluem a amoxicilina,

    sufametoxazol-trimetroprim e eritromicina. Os antibiticos de segunda linha incluem

    as cefalosporinas, como a cefuroxima axetil, cefpodoxima e cefprozil e amoxilina

    com clavulanato. Antibiticos mais modernos e mais dispendiosos com um espectro

    mais amplo incluem os macroldeos, azitromicina e claritromicina. Tambm foram

    usadas as quinolonas, como a ciprofloxacina, levofloxacina e esparfloxacina. O

    curso do tratamento geralmente de 10 a 14 dias.

    O uso de agentes descongestionantes orais e tpicos podem diminuir o

    edema da mucosa dos plipos nasais, melhorando, assim, a drenagem dos seios

    27Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

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    28Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    paranasais. A umidade aquecida e a irrigao com soro fisiolgico tambm podem

    ser efetivas para abrir as passagens bloqueadas.

    Os anti-histamnicos como a difenidramina, cetirizina e fexofenadina, podem

    ser empregados quando se suspeita de um componente alrgico. Se o paciente

    continua a apresentar sintomas depois de 7 a 10 dias, pode ser necessrio irrigar os

    seios paranasais assim como a hospitalizao.

    FARINGITE AGUDA

    A faringite aguda uma inflamao ou infeco na garganta, geralmentecausando os sintomas de uma dor de garganta.

    Muitos casos de faringite aguda so devidos infeco viral. Quando o

    estreptococo beta-hemoltico do grupo A, o organismo bacteriano mais comum,

    provoca a faringite aguda, a condio conhecida como faringite estreptoccica. O

    corpo responde ao deflagrar uma resposta inflamatria na faringe. Isso resulta em

    dor, febre, vasodilatao, edema e leso tissular, manifestada por rubor e edema

    nos pilares tonsilares, vula e palato mole.Em geral, as infeces virais simples diminuem de maneira imediata, dentro

    de 3 a 10 dias depois do incio. Entretanto, a faringite causada por bactrias mais

    virulentas, como os estreptococos beta-hemolticos do grupo A, uma doena mais

    grave. Quando fica sem tratamento, as complicaes podem ser graves e com risco

    de vida. As complicaes incluem a sinusite, otite mdia, abscesso peritonsilar,

    mastoidite e adenite cervical. Em casos raros,a infeco pode levar bacteremia,

    pneumonia, meningite, febre reumtica ou nefrite.Os sinais e sintomas da faringite aguda incluem tonsilas e membrana

    farngea de cor vermelha intensa, folculos linfides edemaciados e salpicados com

    exsudato branco-purpreo, e linfonodos cervicais hipertrofiados e dolorosos e sem

    tosse. Tambm pode estar presentes: a febre, indisposio e dor de garganta.

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    Rubor e edema nos pilares tonsilares, vula e palato mole.

    pt.wikipedia.org/wiki/Faringite

    Tratamento

    A faringite viral tratada com medidas de apoio, pois os antibiticos no

    tero efeito sobre o microorganismo. A faringite bacteriana tratada com diversos

    agentes antimicrobianos.Se uma causa bacteriana sugerida ou demonstrada, a penicilina , em

    geral, o tratamento de escolha. Os antibiticos so administrados no mnimo por 10

    dias, para erradicar a infeco a partir da orofaringe.

    As dores de garganta intensas tambm podem ser aliviadas por

    medicamentos analgsicos, conforme prescrito. O medicamento antitussgeno, pode

    ser necessrio para controlar a tose persistente e dolorosa, a qual, com freqncia,

    acompanha a faringite aguda.

    Interveno de Enfermagem

    O paciente instrudo pela enfermeira a permanecer no leito durante o

    estgio febril da doena e a repousar com freqncia. Os gargarejos ou irrigaes

    com soluo salina aquecida so empregados, dependendo da gravidade da leso e

    da intensidade da dor.

    29Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Faringitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Faringitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Pharyngitis.jpg
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    30Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    FARINGITE CRNICA

    A faringite crnica uma inflamao persistente da faringe. Ela comum

    nos adultos que trabalham ou vivem em ambientes empoeirados, usam sua voz em

    excesso, sofrem de tosse crnica e usam habitualmente lcool e tabaco.

    Trs tipos de faringite crnica so reconhecidos:

    Hipertrfica: caracterizada por espessamento geral e congesto da

    mucosa farngea;

    Atrfica: provavelmente um estgio tardio do primeiro tipo (a

    membrana fina, esbranquiada, brilhosa e, s vezes enrugada)

    Granular crnica: caracterizada por inmeros folculos linfticos

    edemaciados na pele farngea.

    Os pacientes com faringite crnica queixam-se de uma sensao constante

    de irritao ou congesto na garganta, muco que se coleta na garganta e pode ser

    expelido por tosse, bem como dificuldade de deglutio.

    Tratamento

    O tratamento da faringite crnica baseia-se no alvio dos sintomas em evitar

    a exposio aos irritantes e corrigir qualquer condio respiratria alta, pulmonar ou

    cardaca que poderia ser responsvel por uma tosse crnica.

    A congesto nasal pode ser aliviada pelo uso, por curto prazo, de sprays

    nasais ou medicamentos que contm sulfato de efedrina ou cloridrato de fenilefrina.Se existe uma histria de alergia, um dos medicamentos descongestionantes anti-

    histamnicos administrado por via oral a cada 4 a 6 horas. Recomenda-se a

    aspirina ou acetaminofen por suas propriedades antiinflamatrias e analgsicas.

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    31Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    LARINGITE

    A laringite, uma inflamao da laringe, freqentemente ocorre como uma

    conseqncia do abuso vocal ou exposio poeira, substncias qumicas, fumaa

    e outros poluentes, ou como parte de uma infeco do trato respiratrio superior.

    Tambm pode ser causada por infeco isolada que envolva apenas as cordas

    vocais.

    A causa da infeco quase sempre um vrus. A invaso bacteriana pode

    ser secundria. Em geral, a laringe est associada rinite alrgica ou faringite. O

    incio da infeco pode estar associado exposio, s alteraes sbitas datemperatura, deficincias na dieta, desnutrio e a um estado imunossuprimido. A

    laringe comum no inverno, sendo facilmente transmitida.

    Os sinais de laringite aguda incluem rouquido ou afonia e tosse intensa. A

    laringite crnica marcada pela rouquido persistente. A laringite pode ser uma

    complicao de infeces respiratrias altas.

    Tratamento

    O tratamento da laringite aguda inclui repousar a voz, evitar o fumo,

    descansar e inalar vapor frio ou aerossol. Se a laringite faz parte de uma infeco

    respiratria mais extensa, devido a um organismo bacteriano, ou se grave,

    instituda a terapia antibacteriana apropriada. A maioria dos pacientes recupera-se

    com o tratamento conservador; no entanto, a laringite tende a ser mais grave nos

    pacientes idosos e pode ser complicada por pneumonia.Para a laringite crnica, o tratamento inclui o repouso da voz, a eliminao

    de qualquer infeco primria do trato respiratrio, a eliminao do tabagismo e a

    preveno contra o tabagismo passivo. Tambm podem ser utilizados os

    corticosterides tpicos, como a inalao de dipropionato de beclometasona. Essas

    preparaes no apresentam efeitos sistmicos ou de longa durao e podem

    reduzir as reaes inflamatrias locais.

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    32Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Interveno de Enfermagem

    A enfermeira orienta o paciente a repousar a voz e a manter um ambiente

    bem umidificado. Se as secrees larngeas esto presentes durante os episdios

    agudos, so sugeridos os agentes expectorantes, juntamente com uma ingesto

    hdrica diria de 3 litros para liquefazer as secrees.

    5.DISTRBIOS DO TRATO RESPIRATRIO INFERIOR

    As condies que afetam o trato respiratrio inferior variam desde osproblemas agudos aos distrbios crnicos de longo prazo. Muitos desses distrbios

    so graves e, com freqncia, apresentam risco de vida. O ensino do paciente e da

    famlia de grande importncia no tratamento de todos os distrbios do trato

    respiratrio inferior.

    ATELECTASIA

    A atelectasia refere-se ao fechamento ou colapso dos alvolos e, com

    freqncia, descrita em relao aos achados radiogrficos e sinais e sintomas

    clnicos. A atelectasia pode ser aguda ou crnica e pode cobrir uma ampla faixa de

    alteraes fisiopatolgicas, desde a microatelectasia at a macroatelectasia com a

    perda do volume pulmonar segmentar ou lobar. A atelectasia mais comumente

    descrita a atelectasia aguda, que ocorre com freqncia no ambiente ps-

    operatrio ou em pessoas que ficam imobilizadas e apresentam um padrorespiratrio superficial e montono. As secrees excessivas ou os tampes

    mucosos tambm podem causar obstruo do fluxo de ar e resultam em atelectasia

    em uma rea do pulmo. A atelectasia tambm observada em pacientes com uma

    obstruo crnica da via area, a qual prejudica ou bloqueia o fluxo de ar para uma

    rea do pulmo.

    A atelectasia pode ocorrer no adulto em conseqncia da ventilao alveolar

    reduzida ou de qualquer tipo de bloqueio prejudicial passagem do ar para dentro e

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    33Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    fora dos alvolos, que, normalmente, recebem o ar atravs dos brnquios e da rede

    de vias areas. O ar alveolar aprisionado absorvido dentro da corrente sangnea,

    mas o ar exterior no pode substituir o ar absorvido por causa do bloqueio. Como

    resultado, a poro isolada do pulmo fica sem ar e os alvolos se colabam. Isso

    pode ocorrer com padres respiratrios alterados, secrees retidas, dor, alteraes

    na funo das pequenas vias areas, posio de decbito dorsal prolongada,

    presso abdominal aumentada, volumes pulmonares reduzidos devido a distrbios

    msculos-esquelticos ou neurolgicos, defeitos restritivos e procedimentos

    cirrgicos especficos. Os baixos volumes pulmonares persistentes, as secrees ou

    massas que obstruem ou prejudicam o fluxo areo e a compresso do tecidopulmonar pode, sem exceo, causar o colabamento ou obstruo das vias areas,

    o que leva atelectasia.

    Em geral, o desenvolvimento da atelectasia insidioso. Os sinais e sintomas

    incluem a tosse, produo de escarro e febre baixa. A febre universalmente citada

    como sinal clnico da atelectasia, porm existem poucos dados para sustentar isso.

    Mais provavelmente, a febre que acompanha a atelectasia deve-se infeco ou

    inflamao distal da via area obstruda.Na atelectasia aguda envolvendo uma grande quantidade de tecido

    pulmonar, pode ser observada a angstia respiratria acentuada. Alm dos sinais e

    sintomas supracitados, podem ser antecipadas a dispnia, taquicardia, taquipnia,

    dor pleural e cianose central. De maneira peculiar, o paciente apresenta dificuldade

    respiratria na posio de decbito dorsal e se mostra ansioso. Os sinais e sintomas

    de atelectasia crnica so semelhantes queles da atelectasia aguda.

    Tratamento

    A meta, ao tratar o paciente com atelectasia, consiste em melhorar a

    ventilao e remover as secrees. As estratgias para evitar a atelectasia, as quais

    englobam a deambulao precoce, manobras de expanso do volume pulmonar e a

    tosse, tambm servem como medidas de primeira linha para minimizar ou tratar a

    atelectasia ao melhorar a ventilao.

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    34Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Nos pacientes que no respondem s medidas de primeira linha ou que no

    podem realizar os exerccios de respirao profunda, outros tratamentos, como a

    terapia com presso expiratria positiva ou PEP (uma mscara simples e um

    sistema valvar unidirecional que fornece quantidades variadas de resistncia

    expiratria, respirao com presso positiva intermitente (RPPI) ou contnua ou

    broncoscopia) podem ser empregados.

    O tratamento da atelectasia crnica focaliza a remoo da causa da

    obstruo das vias areas ou da compresso do tecido pulmonar.

    PNEUMONIA

    A pneumonia uma inflamao do parnquima pulmonar causada por um

    agente microbiano. A pneumonite um termo mais genrico que descreve um

    processo inflamatrio no tecido pulmonar que pode predispor ou colocar um

    paciente em risco de invaso microbiana.

    Diversos sistemas so empregados para classificar as pneumonias.

    Classicamente, a pneumonia tem sido categorizada em uma das quatro seguintescategorias: bacteriana ou tpica, atpica, anaerbica/cavitria e oportunista.

    Entretanto, existe uma superposio nos microorganismos julgados como

    responsveis pelas pneumonias tpicas e atpicas. Um esquema de classificao

    mais amplamente usado categoriza as principais pneumonias como: pneumonia

    adquirida na comunidade, adquirida no hospital, hospedeiro imunocomprometido e

    pneumonia por aspirao.

    A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ocorre no ambientecomunitrio ou dentro das primeiras 48 horas de hospitalizao ou

    institucionalizao. A necessidade da hospitalizao para a PAC depende da

    gravidade da pneumonia.

    A pneumonia adquirida em hospital (PAH), tambm conhecida como

    pneumonia nosocomial, definida como o incio dos sintomas de pneumonia mais

    de 48 horas depois da admisso no hospital. A PAH contribui com aproximadamente

    15% das infeces adquiridas em hospital, porm a infeco nosocomial mais

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    35Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    letal. A pneumonia associada ao ventilador pode ser considerada um tipo de

    pneumonia nosocomial que est associada intubao endotraqueal e ventilao

    mecnica.

    A pneumonia no hospedeiro imunocomprometido observada com maior

    freqncia porque os hospedeiros imunocomprometidos representam uma poro

    crescente da populao de pacientes.

    A pneumonia por aspirao refere-se s conseqncias pulmonares

    decorrentes da entrada de substncias: endgenas ou exgenas na via area

    inferior. A forma mais comum de pneumonia por aspirao a infeco bacteriana a

    partir da aspirao de bactrias que normalmente residem nas vias areassuperiores.

    Fisiopatologia

    Em regra, as caractersticas da via area superior evitam que as partculas

    potencialmente infecciosas alcancem o trato respiratrio inferior normalmente estril.

    Dessa maneira, os pacientes com pneumonia causada por agentes infecciososfreqentemente apresentam uma doena subjacente aguda ou crnica que

    compromete as defesas do hospedeiro. A pneumonia origina-se da flora

    normalmente presente em um paciente cuja resistncia foi alterada, ou resulta da

    aspirao da flora presente na orofaringe.

    Com freqncia, a pneumonia afeta a ventilao e a difuso. Uma reao

    inflamatria pode ocorrer nos alvolos, produzindo um exsudato que interfere com a

    difuso do oxignio e dixido de carbono. As reas do pulmo no estoadequadamente ventiladas por causa das secrees e do edema de mucosa, os

    quais causam a ocluso parcial dos brnquios e alvolos, com uma resultante

    diminuio na presso de oxignio alveolar. Por causa da hipoventilao, ocorre um

    desequilbrio da ventilao-perfuso na rea afetada do pulmo. O sangue venoso

    que entra na circulao pulmonar atravessa a rea subventilada e sai para o lado

    esquerdo do corao mal oxigenado. A mistura de sangue oxigenado e no-

    oxigenado, ou mal oxigenado, resulta em hipoxemia arterial.

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    Quando uma parte substancial de um ou mais lobos afetada, a doena

    referida como pneumonia lobar. O termo broncopneumonia utilizado para

    descrever a pneumonia que se distribui em placas, tendo se originado em uma ou

    mais reas localizadas dentro dos brnquios e estendendo-se para o parnquima

    pulmonar circunvizinho. A broncopneumonia mais comum que a pneumonia lobar.

    Inflamao aguda no parnquima pulmonar

    www.medicinageriatrica.com.br/.../pneumonia.jpg

    36Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

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    RX AP e Lateral de um paciente com pneumonia

    www.medvarsity.com/.../cme/pneumonia/comm.htm

    Manifestaes Clnicas

    A pneumonia varia em seus sinais e sintomas, dependendo do organismo e

    da doena subjacente do paciente. Entretanto, a despeito do tipo de pneumonia

    (PAC,PAH, hospedeiro imunocomprometido, aspirao), um tipo especfico de

    pneumonia no pode ser diagnosticado apenas pelas manifestaes clnicas. O

    paciente com pneumonia estreptoccica (pneumoccica) Poe exemplo, geralmente

    apresenta um incio sbito de calafrios, febre rapidamente crescente (38,5 a 40,50C)

    e dor torcica pleurtica que se agrava com a respirao profunda e tosse. O

    paciente est gravemente doente, com acentuada taquipnia (25 a 45

    incurses/min), acompanhada por outros sinais de angstia respiratria (falta de ar,

    uso dos msculos acessrios na respirao). O pulso mostra-se rpido e com

    rechao, e, em geral, ele aumenta 10 batimentos/min. para cada grau de elevao

    na temperatura. Uma bradicardia relativa para a quantidade de febre pode sugerir

    infeco viral, infeco por micoplasma ou infeco pelo organismo Legionella.

    37Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    http://www.medvarsity.com/vmu1.2/dmr/dmrdata/cme/pneumonia/comm.htmhttp://www.medvarsity.com/vmu1.2/dmr/dmrdata/cme/pneumonia/comm.htm
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    38Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Alguns pacientes exibem uma infeco do trato respiratrio superior

    (congesto nasal, faringite), e o incio dos sintomas de pneumonia gradual e

    inespecfico. Os sintomas predominantes podem ser cefalia, febre baixa, dor

    pleurtica, mialgia, erupo cutnea e faringite. Depois de alguns dias, expectorado

    um escarro mucide ou mucopurulento, na pneumonia grave, as bochechas ficam

    ruborizadas e os lbios e leitos ungueais evidenciam cianose central (hipoxemia).

    Tipicamente, o paciente apresenta ortopnia (falta de ar quando se reclina);

    ele prefere ficar apoiado no leito inclinando-se para diante (posio ortopnica),

    tentando alcanar a troca gasosa adequada sem tossir ou respirar profundamente. O

    apetite deficiente, e o paciente se mostra sudorico e se cansa com facilidade.Com freqncia, o escarro purulento. O escarro tinto de sangue e com cor de

    ferrugem pode ser eliminado com a pneumonia estreptoccica (pneumoccica),

    estafiloccica e por Klebsiella.

    O diagnstico de pneumonia feito por meio da histria (principalmente de

    uma infeco recente do trato respiratrio), exame fsico, exames radiogrficos do

    trax, hemocultura (a invaso da corrente sangnea, chamada de bacteremia,

    acontece com freqncia) e exame do escarro.

    Tratamento

    O tratamento da pneumonia inclui a administrao do antibitico apropriado,

    conforme determinado pelos resultados da colorao de Gram. Entretanto, um

    agente etiolgico no identificado em 50% dos casos de PAC e a terapia emprica

    deve ser iniciada. A terapia para a PAC est evoluindo continuamente. Existemorientaes para nortear a escolha do antibitico; entretanto, os padres de

    resistncia, a prevalncia de agentes etiolgicos, os fatores de risco do paciente e

    os custos e disponibilidade de agentes antibiticos mais modernos devem ser

    levados em considerao, sem exceo.

    As recomendaes para o tratamento de pacientes ambulatoriais com PAC,

    os quais no possuem nenhuma doena cardiopulmonar ou outros fatores

    modificadores, incluem um macroldeo (eritromicina, azitromicina), ou claritromicina,

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    39Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    doxiciclina ou uma fluroquinolona, levofloxacina com atividade aumentada contra o

    S. pneumoniae.

    Para pacientes com PAC que so hospitalizados e no possuem doena

    cardiopulmonar ou fatores modificadores, o tratamento consiste em azitromicina

    intravenosa ou monoterapia com uma fluroquinolona antipneumoccica.

    Na suspeita de PAH ou pneumonia nosocomial, o tratamento emprico

    usualmente iniciado com um antibitico de largo espectro por via intravenosa e pode

    ser uma monoterapia ou terapia combinada.

    O tratamento da pneumonia viral principalmente de suporte. Os

    antibiticos so ineficazes nas infeces respiratrias altas virais e na pneumonia,podendo estar associados a efeitos adversos. Os antibiticos esto indicados para

    uma infeco respiratria viral apenas quando est presente uma sinusite, bronquite

    ou pneumonia bacteriana secundria. A hidratao uma parte necessria da

    terapia, porque a febre e a taquipnia podem resultar em perdas hdricas

    insensveis. Os antitrmicos podem ser usados para tratar a cefalia e a febre; os

    medicamentos antitussgenos podem ser empregados para a tosse associada.

    Inalaes midas e quentes so valiosas no alvio da irritao brnquica. Os anti-histamnicos podem proporcionar benefcio ao reduzirem os espirros e a rinorria.

    Os descongestionantes nasais tambm podem ser empregados para tratar os

    sintomas e melhorar o sono; no entanto, o uso excessivo pode provocar congesto

    nasal por rechao. O tratamento para pneumonia viral (com exceo da terapia

    antimicrobiana) idntico quela para a pneumonia bacteriana. O paciente

    colocado em repouso no leito at que a infeco mostre sinais de resoluo.

    Quando hospitalizado, o paciente cuidadosamente observado at que melhore acondio clnica.

    Prescries e Orientaes de Enfermagem

    Melhorar a permeabilidade da via area atravs da remoo das

    secrees retidas;

    Promover repouso e evitar esforo excessivo;

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    40Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Promover o aumento da ingesto de lquidos;

    Manter a nutrio necessria;

    Instruir o paciente e a famlia a respeito da causa, tratamento e

    sintomas da pneumonia;

    Monitorar e tratar as complicaes potenciais da patologia.

    EDEMA PULMONAR

    O edema pulmonar definido como o acmulo anormal de lquido no tecido

    pulmonar e/ou espao alveolar. Trata-se de uma condio grave, com risco de vida.

    O edema de pulmo ocorre mais amide em conseqncia da presso

    microvascular aumentada a partir da funo cardaca anormal.

    O paciente apresenta angstia respiratria crescente, caracterizada por

    dispnia, fome de ar e cianose central. Em geral, o paciente mostra-se muito ansioso

    e, com freqncia, agitado. medida que o lquido extravasa para dentro dos

    alvolos e se mistura com o ar, forma-se uma espuma ou escuma. O paciente

    expectora ou realizada uma aspirao dessas secrees espumosas ouescumosas e, com freqncia, tintas de sangue. O paciente mostra angstia

    respiratria aguda e pode tornar-se confuso ou torporoso.

    Achados Diagnst icos

    A ausculta revela estertores nas bases pulmonares (principalmente nas

    bases posteriores) que progridem rapidamente no sentido dos pices dos pulmes.Esses estertores devem-se ao movimento do ar atravs do lquido alveolar. A

    radiografia de trax revela tramas intersticiais aumentadas. O paciente pode ficar

    taquicrdico, os valores de oximetria de pulso comeam a cair e a anlise

    gasomtrica arterial demonstra hipoxemia crescente.

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    41Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Tratamento

    O tratamento focaliza a correo do distrbio subjacente. Se o edema

    pulmonar de origem cardaca, ento a melhora na funo ventricular esquerda

    meta. Podem ser administrados vasodilatadores, medicamentos inotrpicos, agentes

    de ps-carga ou pr-carga ou medicamentos para contratilidade. Se o problema for

    sobrecarga hdrica, os diurticos so administrados e o paciente colocado sob

    restries de lquido. O oxignio administrado para corrigir hipoxemia; em algumas

    circunstncias, so necessrias a intubao e a ventilao mecnica. O paciente fica

    extremamente ansioso, sendo a morfina administrada para reduzir a ansiedade econtrolar a dor.

    Interveno de Enfermagem

    A interveno de enfermagem do paciente com edema de pulmo inclui

    assistir com a administrao de oxignio e intubao e ventilao, se ocorrer

    insuficincia respiratria. A enfermeira tambm administra medicamentos conformeprescrio, e monitora a resposta do paciente.

    INSUFICINCIA RESPIRATRIA AGUDA (IRA)

    A insuficincia respiratria uma deteriorizao sbita e com risco de vida

    da funo da troca gasosa do pulmo. Ela existe quando a troca de oxignio por

    dixido de carbono nos pulmes no consegue se compatibilizar com a velocidadede consumo de oxignio e produo de dixido de carbono pelas clulas do corpo.

    A insuficincia respiratria aguda (IRA) definida como uma queda na

    presso de oxignio arterial para menos de 50 mmHg (hipoxemia) e uma elevao

    na presso de dixido de carbono arterial para mais de 50mmHg (hipercapnia), com

    um pH arterial inferior a 7,35. Na IRA, os mecanismos de ventilao ou perfuso no

    pulmo esto prejudicados. Os mecanismos do sistema respiratrio que levam IRA

    incluem:

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    42Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Hipoventilao alveolar;

    Anormalidades de difuso;

    Desequilbrio da ventilao-perfuso;

    Shunt

    importante diferenciar entre IRA e a insuficincia respiratria crnica. A

    insuficincia respiratria crnica definida como a deteriorizao na funo da troca

    gasosa do pulmo que se desenvolveu de maneira insidiosa ou persistiu por um

    perodo longo depois de um episdio de IRA. A ausncia de sintomas agudos e a

    presena de uma acidose respiratria crnica sugerem a cronicidade da insuficincia

    respiratria. Duas causas de insuficincia respiratria crnica so a DPOC e as

    doenas neuromusculares. Os pacientes com esses distrbios desenvolvem uma

    tolerncia ao agravamento gradual da hipoxemia e hipercapnia. Entretanto, um

    paciente com insuficincia respiratria crnica pode desenvolver IRA.

    As causas comuns de IRA podem ser classificadas em quatro categorias:

    Estmulo respiratrio diminudo: pode acontecer com a leso cerebral

    grave, grandes leses do tronco cerebral (esclerose mltipla), uso de medicamentossedativos e distrbios metablicos, como o hipotireoidismo;

    Disfuno da parede torcica: quaisquer doenas ou distrbios dos

    nervos, medula espinhal, msculos ou juno neuromuscular envolvidos na

    respirao afetam a ventilao e podem levar IRA;

    Disfuno do parnquima pulmonar: derrame pleural, hemotrax,

    pneumotrax e obstruo da via area superior so condies que interferem com a

    ventilao ao evitar a expanso do pulmo.Outros: no perodo ps-operatrio, a IRA pode ser causada pelos efeitos

    dos agentes anestsicos, analgsicos e sedativos, que podem deprimir a respirao

    ou estimular os efeitos dos opiides e levar hipoventilao.

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    43Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Manifestaes Clnicas

    Os sinais precoces esto associados oxigenao prejudicada e podem

    englobar a inquietao, fadiga, cefalia, dispnia, fome de ar, taquicardia e presso

    arterial aumentada. medida que a hipoxemia progride, sinais mais bvios podem

    estar presentes, inclusive a confuso, letargia, taquicardia, taquipnia, cianose

    central, sudorese e, por fim, parada respiratria. Os achados fsicos so aqueles da

    angstia respiratria aguda, incluindo o uso dos msculos acessrios, sons

    respiratrios diminudos, se o paciente no consegue ventilar da forma adequada, e

    outros achados relacionados especificamente com o processo patolgico subjacentee com a causa da IRA.

    Tratamento

    Os objetivos do tratamento so corrigir a causa subjacente e restaurar a

    troca gasosa adequada no pulmo. A intubao e a ventilao mecnica podem ser

    necessrias para manter a ventilao e oxigenao adequadas, enquanto a causasubjacente corrigida.

    Interveno de Enfermagem

    A interveno de enfermagem do paciente com IRA inclui assistir com a

    intubao e manter a ventilao mecnica. Alm disso, avalia o estado respiratrio

    do paciente ao monitorar o nvel de resposta deste, a gasometria arterial, a oximetriade pulso e os sinais vitais.

    HIPERTENSO PULMONAR

    A hipertenso pulmonar uma condio que no fica clinicamente evidente

    at um perodo tardio em sua progresso. A hipertenso pulmonar existe quando a

    presso arterial pulmonar sistlica excede a 30 mmHg ou a presso arterial

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    pulmonar mdia excede a 25 mmHg. Essas presses no podem ser medidas

    indiretamente como acontece com a presso sistmica; em vez disso, elas devem

    ser medidas durante o cateterismo cardaco direto. Na ausncia dessas condies, o

    reconhecimento clnico torna-se o nico indicador para a presena da hipertenso

    pulmonar.

    www.actelion.com.br/.../Vasoconstricao+pulmonar

    Existem duas formas de hipertenso pulmonar: primria (ou idioptica) e

    secundria. A hipertenso pulmonar primria uma doena cujo diagnstico feito

    excluindo-se todas as outras causas possveis. A etiologia exata desconhecida,

    mas existem varias causas possveis. A apresentao clnica da hipertenso

    pulmonar primria existe sem evidncia de doena pulmonar ou cardaca ou de

    embolia pulmonar. Ela ocorre com maior freqncia em mulheres de 20 a 40 anos

    de idade e, em geral, fatal dentro de 5 anos do diagnstico.

    A hipertenso pulmonar secundria mais comum e resulta da doena

    cardaca ou pulmonar existente. O prognstico depende da gravidade do distrbio

    subjacente e das alteraes no leito vascular pulmonar.

    O processo subjacente da hipertenso pulmonar varia e, com freqncia,

    mltiplos fatores so responsveis. Normalmente, o leito vascular pulmonar pode

    receber o volume sangneo liberado pelo ventrculo direito. Ele apresenta uma

    baixa resistncia ao fluxo sangneo e compensa o volume sangneo aumentado

    por meio da dilatao dos vasos na circulao pulmonar. Entretanto, se o leito

    vascular pulmonar est destrudo ou obstrudo, como na hipertenso pulmonar, a

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    45Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    capacidade de receber qualquer fluxo ou volume do sangue fica prejudicada, e,

    ento, o fluxo sangneo aumentado eleva a presso da artria pulmonar.

    Manifestaes Clnicas

    A dispnia o principal sintoma da hipertenso pulmonar, ocorrendo, a

    princpio, com o esforo e, mais adiante, em repouso. A dor torcica subesternal

    tambm comum. Os outros sinais e sintomas incluem fraqueza, fadiga, sncope,

    hemoptise ocasional e sinais de insuficincia cardaca direita (edema perifrico,

    ascite, veias cervicais distendidas, ingurgitao heptica, estertores, soprocardaco).

    Tratamento

    A meta do tratamento controlar a condio cardaca ou pulmonar

    subjacente. Muitos pacientes com hipertenso pulmonar primria no apresentam

    hipoxemia em repouso, mas exigem oxignio suplementar com exerccio. A terapiaadequada com oxignio reverte a vasoconstrio e reduz a hipertenso pulmonar

    em um intervalo de tempo relativamente curto. Na hipertenso pulmonar primria, os

    vasodilatadores foram administrados com sucesso varivel. Os anticoagulantes tm

    sido administrados aos pacientes por causa da embolia pulmonar crnica. O

    transplante de corao-pulmo foi bem sucedido em pacientes seletos com

    hipertenso primria que no foram responsivos a outras terapias.

    Interveno de Enfermagem

    A enfermeira assiste no procedimento de intubao e mantm a ventilao

    mecnica. Avalia os estados: respiratrio e cardaco do paciente e administra os

    medicamentos de acordo com a prescrio.

    Durante a internao do paciente, a enfermeira o instrui sobre a importncia

    da monitorizao rigorosa e a adeso ao regime teraputico, em especial o uso de

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    46Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    oxignio durante 24 horas. Os fatores que afetam a adeso do paciente ao regime

    de tratamento so explorados e abordados.

    EMBOLIA PULMONAR

    A embolia pulmonar (EP) refere-se obstruo da artria pulmonar ou de

    seus ramos por um trombo (ou trombos) que se origina em algum local no sistema

    venoso ou no lado direito do corao. Mais amide, a EP causada por qualquer

    massa intravascular slida, lquida ou gasosa transportada pelo sangue at um local

    distante de seu ponto de origem. A maior parte dos casos origina-se de trombos, dao termo tromboembolia. Outras formas incluem gotculas de gordura, bolhas de gs,

    restos arterosclerticos, fragmentos de tumor, medula ssea ou corpos estranhos. A

    EP um distrbio comum e, com freqncia, est associada ao trauma, cirurgia

    (ortopdica, abdominal importante, plvica, ginecolgica), insuficincia cardaca,

    idade acima de 50 anos, estados hipercoagulveis e imobilidade prolongada. Ela

    tambm pode ocorrer em uma pessoa aparentemente saudvel.

    Os fatores de risco para desenvolver a EP so: Estase venosa retardamento do fluxo sangneo nas veias;

    Hipercoagulabilidade devido liberao da tromboplastina tissular

    depois da leso/cirurgia;

    Doena endotelial vascular;

    Determinados estados patolgicos combinao de estase,

    alteraes da coagulao e leso venosa;

    Outras condies predisponentes idade avanada, obesidade,gestao, uso de contraceptivo oral, histria de tromboembolia prvia, embolia

    pulmonar, roupas apertadas.

    Fisiopatologia

    Quando um trombo obstrui, total ou parcialmente, uma artria pulmonar ou

    seus ramos, o espao morto alveolar aumentado. A rea, embora continue a ser

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    ventilada, recebe pouco ou nenhum fluxo sangneo. Dessa maneira, a troca gasosa

    fica prejudicada ou ausente nessa rea. Alem disso, diversas substncias so

    liberadas a partir do cogulo e da rea circunvizinha, provocando a constrio dos

    vasos sangneos regionais e dos bronquolos. Isso causa um aumento na

    resistncia vascular pulmonar. Essa reao compe o desequilbrio da ventilao-

    perfuso.

    Obstruo da artria pulmonar

    www.nlm.nih.gov/.../spanish/lungdiseases.html

    Manifestaes Clnicas

    Os sintomas da EP dependem do tamanho do trombo e da rea da artria

    pulmonar ocluda pelo trombo; eles podem ser inespecficos. A dispnia o sintoma

    mais freqente e a taquipnia o sinal mais freqente. A dor torcica um e, em

    geral, sbita e pleurtica. Ela pode ser subesternal e mimetizar a angina de peito

    ou um infarto do miocrdio. Os outros sintomas incluem ansiedade, febre,

    taquicardia, apreenso, tosse, sudorese, hemoptise e sncope.

    Uma embolia macia mais bem definida pelo grau de instabilidade

    hemodinmica em lugar do percentual de ocluso vascular pulmonar. Produz

    dispnia pronunciada, dor subesternal sbita, pulso rpido e fraco, choque, sncopes

    e morte sbita.

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    http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/lungdiseases.htmlhttp://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/lungdiseases.html
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    48Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    A obstruo emblica de artrias de mdio calibre pode resultar em

    hemorragia pulmonar, mas geralmente no causa infarto pulmonar, devido ao fluxo

    sangneo colateral da artria brnquica. Na presena de insuficincia cardaca

    esquerda, podem ocorrer infartos.

    Tratamento

    Como a EP com freqncia uma emergncia mdica, o tratamento de

    emergncia de preocupao primria e consiste em estabilizar o sistema

    cardiopulmonar. Depois que as medidas de emergncia foram empreendidas e acondio do paciente se estabiliza, a meta do tratamento consiste em dissolver os

    mbolos existentes e evitar a formao de novos. So iniciadas medidas para

    melhor