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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA UNIARA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL PROJETO PARA ADEQUAÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA DO RESIDENCIAL CONDOMÍNIO ALTO DA BOA VISTA VILLAGIO EM JABOTICABAL-SP EDSON IBELLI BRAGA Araraquara SP 2014

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA –UNIARA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

PROJETO PARA ADEQUAÇÃO DA REDE DE

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA DO RESIDENCIAL CONDOMÍNIO

ALTO DA BOA VISTA VILLAGIO EM JABOTICABAL-SP

EDSON IBELLI BRAGA

Araraquara – SP

2014

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EDSON IBELLI BRAGA

PROJETO PARA ADEQUAÇÃO DA REDE DE

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA DO RESIDENCIAL CONDOMÍNIO

ALTO DA BOA VISTA VILLAGIO EM JABOTICABAL - SP

Trabalho de Conclusão apresentado ao

Curso de Engenharia Civil do Centro

Universitário de Araraquara, como

requisito para obtenção do grau de

bacharel em Engenharia Civil sob a

orientação do Prof.º Msc. Eng. Marcelo

Romano Modolo.

Araraquara – SP

2014

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Centro Universitário de Araraquara – UNIARA

Departamento de Ciências da Administração e Tecnologia

Curso de Engenharia Civil

Aluno: Edson Ibelli Braga

Título do Trabalho: Projeto para Adequação da Rede de Distribuição de Água

Fria do Residencial Condomínio Alto da Boa Vista Villagio.

BANCA EXAMINADORA

Orientador: Prof.º Msc. Engenheiro Civil Marcelo Romano Modolo.

Assinatura _________________________________________

Examinador: Prof.º Msc. Engenheiro Civil Alexandre Coan Pierri.

Assinatura _________________________________________

Examinador: Prof.º Msc. Engenheiro Civil Fábio Braga da Fonseca.

Assinatura _________________________________________

Nota: ________

Araraquara, 04 de dezembro de 2014

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DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

Eu, EDSON IBELLI BRAGA, RG 9827465-X, aluno regularmente

matriculado no curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Araraquara –

Uniara, declaro ser o autor do texto apresentado como Trabalho de Conclusão de

Curso TCC com o título “PROJETO PARA ADEQUAÇÃO DA REDE DE

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA DO RESIDENCIAL CONDOMÍNIO ALTO DA BOA

VISTA VILLAGIO”.

Afirmo também, ter seguido as normas da ABNT referente às citações

textuais que utilizei e das quais eu não sou o autor, dessa forma, creditando a autoria

a seus verdadeiros autores (Lei nº 9.610 de 19/02/1998).

Através dessa declaração dou ciência de minha responsabilidade sobre

o texto apresentado e assumo qualquer responsabilidade por eventuais problemas

legais, no tocante aos direitos autorais e originalidade do texto.

Araraquara, 04 de dezembro de 2014.

Assinatura

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Dedico,

a minha esposa Fátima e filha Luiza que

tiveram paciência com minha ausência e

que sempre acreditaram em minha

capacidade.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que me permitiu esta jornada acadêmica, guardando-me

durante todos estes anos.

Em especial a minha saudosa mãe Maria Apparecida que sempre me estimulou a

estudar e a buscar meus objetivos.

Aos meus amados filhos Luiz Fillipe e Ovídio Neto que sempre me incentivaram a não

desistir de meus objetivos quando me sentia enfraquecido.

Ao Conselho Regional de Engenharia, Agronomia do Estado de São Paulo na pessoa

dos meus gestores que estimularam esta empreitada acadêmica.

Ao professor Engenheiro Civil Marcelo Romano Modolo orientador deste trabalho.

Aos demais professores pela base cientifica passada as quais somadas geraram os

conhecimentos necessários para a realização e a conclusão deste curso.

Aos colegas de classe que nestes anos todos dividiram as facilidades e dificuldades.

E ao Coordenador, Professor e Engenheiro Civil Osmar Barros Junior que me

recebeu, orientou-me e foi paciencioso quanto as minhas dificuldades e dúvidas.

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“Só em Deus a minha alma repousa, dele vem a minha

salvação; só ele é minha rocha, minha salvação, minha

fortaleza, — jamais vacilarei!”

SALMO 62 (61)

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RESUMO

Em vista de análises feitas em campo nos mais variados aspectos que envolvem a

distribuição de água do Condomínio Residencial Alto da Boa Vista o qual foi construído

no ano de 2001, nota-se que o mesmo vem sofrendo com perdas e em qualidade em

sua rede de distribuição de água, não tendo um controle do comportamento do

sistema de distribuição e quanto à captação, assim sendo este trabalho visa passar

aos responsáveis pela gestão mecanismos de controle e analises quanto a melhor

opção de capitação seja ela pelo poço artesiano ou pelo fornecimento de água da

concessionária local.

No decorrer da confecção deste trabalho, foram realizadas coletas de dados dos

consumos diários do que é capitado no poço artesiano e o que é consumido

mensalmente pelas unidades residenciais, bem como o levantamento de custos para

implantação do sistema de tratamento de água e elaboração de uma tabela e custos

de tais serviços a serem oferecidos aos usuários residentes do condomínio.

Palavras-Chave: Distribuição de água. Capitação de água. Tabela de custos

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ABSTRACT

In view of the analysis made in the field in various aspects involving the distribution of

water from Residential Condominium Alto da Boa Vista which was built in the year

2001 , we note that it has suffered loss and quality in your network water distribution ,

not having a behavior control of the distribution system and to capture and therefore,

this work aims to pass on the management control mechanisms and analysis as the

best option by either capitation or by artesian water supply the local utility .

During the preparation of this work , data collection of diaries that is capitated in

artesian well and what is consumed by the residential units monthly consumptions

were performed , as well as lifting costs for implementation of the water treatment

system and developing a table and cost of such services to be offered to residents of

the condominium .

Keywords: Distribution of water. Capita water. Table cost

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Medição diária da bomba d’água e entrada concessionária. 25

Tabela 02 – Modelo da medição mensal unidades consumidoras. 26 Tabela 03 – Modelo da totalização da medição diária da captação 26 Tabela 04 – Totalização das medições das unidades residenciais 27 Tabela 05 – Medição total captação 27

Tabela 06 – Dados para cálculo 28

Tabela 07 – Resultados da Vazão 28

Tabela 08 – Dados dos reservatórios 01 e 02 29

Tabela 09 – Valores consumo de água – SAAEJ 33

Tabela 10 – Valores consumo de água – SAAEMM 33

Tabela 11 – Valores consumo de água – SAMAE 34

Tabela 12 – Característica hidráulicas de bomba de recalque 35

Tabela 13 – Comparação dos preços de água e esgoto 37

LISTA DE FORMULAS

Formula 1 – Formula do cálculo da Vazão 27

ANEXOS

ANEXO A – Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2011. 41

ANEXO B – Teste de Bombeamento 61

ANEXO C – Teste de Bombeamento (continuação) . 62

ANEXO D – Relatório Final do poço 63

ANEXO E – Relatório Final do poço (continuação) 64

ANEXO F – Litologia 65

ANEXO G – Perfil construtivo final 66

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LISTA DE FIGURAS

Imagem 01 - Entrada condomínio 14

Imagem 02 - Área dos reservatórios 01 e 02 18

Imagem 03 - Tampas superiores dos reservatórios d’água 18

Imagem 04 - Suspiros dos reservatórios 01 e 02 19

Imagem 05 - Encanamentos de distribuição e captação de água 19

Imagem 06 - Hidrômetros (Bomba d’água e concessionária). 20

Imagem 07 - Vista parcial superior do condomínio 22

Imagem 08 - Torneira de irrigação das áreas verdes 22

Imagem 09 - Piscina na área de lazer 23

Imagem 10 - Hidrômetros bomba d’água submersa e concessionária 23

Imagem 11 - Desenho em “CAD” com as medidas dos reservatórios 29

Imagem 12 – Registro de gaveta de ruas 31

Imagem 13 – Registros esféricos das saídas dos reservatórios 01 e 02 32

Imagem 14 – Junção das saídas dos reservatórios 32

Imagem 15 – Comandos elétricos da bomba submersa 35

Imagem 16 – Desenho Cad – Área dos reservatórios 36

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ABREVIAÇÕES

ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR = Norma Brasileira

Sabesp = Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SAAE = Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Mogi Mirim

SAAEJ = Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal

SAMAE = Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque SC

Snatural = Síntese Natural Ambiente Ltda. – Me

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 14

1.1 Apresentação do Tema 14

1.2 Objetivo 16

1.3 Justificativa 17

1.4 Problema e hipótese da pesquisa 17

1.5 Matérias e métodos 20

1.6 Cronograma 23

2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 24

2.1 Importâncias sanitária e social 24

3. ANALISES DOS DADOS 25

3.1 Tabelas 25

3.2 Medições e Cálculos 26

3.3 Dados Técnicos do poço e bomba submersa 30

3.4 Equipamentos para o controle biológico 30

3.5 Tubulações 31

3.6 Tarifas 33

4. ALTERAÇÕES SUGERIDAS 34

4.1 Segurança 34

4.2 Tubulações nos reservatórios 34

4.3 Casa de Força 34

4.4 Bomba de recalque 35

4.5 Casa química 36

4.6 Tarifas – Água 36

4.7 Demais equipamentos hidráulicos 38

4.8 Documentação e Arquivos 38

5. CONCLUSÃO FINAL 39

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 40

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do Tema

A água constitui elemento essencial à vida vegetal e animal, portanto, o

homem sempre necessitará de água tratada para a proteção de sua saúde ou para

propiciar o desenvolvimento econômico e de bem estar, assim a maior demanda de

água extraída e tratada atualmente destina-se ao consumo humano, então pressupõe

exigência de qualidade no geral atendida pelas redes de abastecimento urbano.

Sob o aspecto sanitário e social, o abastecimento de água visa

fundamentalmente a controlar e prevenir doenças, implantar hábitos higiênicos na

população, a limpeza de utensílios e higiene do ambiente, facilitando a limpeza pública

e as práticas desportivas, propiciar conforto, segurança e aumentar a esperança de

vida da população.

Imagem 01 - Entrada condomínio

Fonte: próprio autor

O que se pretende neste trabalho e em vista das análises feitas em campo

nos mais variados aspectos que envolvem a distribuição de água do Condomínio

Residencial Alto da Boa Vista Villagio em Jaboticabal/SP, o qual foi construído há 15

anos, nota-se que o mesmo vem sofrendo com perdas em qualidade na sua rede de

distribuição de água fria, bem como no fornecimento, visto não existir um controle mais

abrangente sobre o comportamento de tal sistema de distribuição e captação, a qual

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fica literalmente a sorte do seu dia a dia, sendo que tal situação não é crítica, em vista

dos equipamentos trabalharem de forma satisfatória não ocasionando assim

problemas ou prejuízo aos consumidores.

A água captada e consumida tem se mostrado satisfatória para o consumo

humano conforme análises feitas por alguns moradores que trabalham na área

biológica e em empresa que tem departamento biológico, mais tais análises não

servem como base legal para cumprir o disposto em Lei.

Alguns fatores chamam a atenção e que levam a estudos:

A falta do controle biológico da água fornecida para consumo como

é determinado pela portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2011

que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da

qualidade da água para consumo humano e seu padrão de

potabilidade bem como a não desinfecção ou cloração da água

fornecida, conforme determina o artigo 24 da mesma portaria

(“Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente,

deverá passar por processo de desinfecção ou cloração”).

O não controle diário da capitação a fim de acompanhar o trabalho

da bomba submersa;

A falta de um acompanhamento mais rigoroso do consumo mensal

das unidades consumidoras;

A não cobrança relativa do consumo d’água real das unidades

consumidoras;

A não existência de um projeto claro e detalhado de onde estão as

respectivas tubulações da rede de distribuição de água fria;

A não organização da documentação e ou projetos existentes dos

equipamentos e reservatórios;

A falta de segurança dos reservatórios com relação as tampas sem

cadeados ou trancas, respiros dos reservatórios e das tubulações

expostas ao tempo, podendo sofrer danos, e

Adequação da tubulação de saída de distribuição dos reservatórios

intercomunicados a fim de evitar que a água do reservatório 01

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fique sem uso ou parada podendo perder sua condição de

potabilidade.

1.2 Objetivo

O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um projeto para análises

e a readequação da rede de distribuição de água fria, bem como conscientizar o

síndico e condôminos da importância de se ter um serviço de abastecimento de água

dentro dos moldes estabelecidos pela legislação atual.

Orientar os responsáveis para a necessidade de se ter um controle diário

da capitação, com o intuito de se evitar surpresas quanto ao funcionamento da bomba

submersa e dos equipamentos de distribuição d’água, tendo controle sobre o consumo

real das residências, com isso evitar desperdícios e possíveis vazamentos e um

gerenciamento mais eficaz em relação aos prazos da outorga do poço e sobre a

manutenção do conjunto poço/bomba.

Promover caso seja necessário a cobrança adequada referente ao

consumo de água e manutenção dos hidrômetros residenciais, evitando assim deixar

vulnerável financeiramente o condomínio em casos de manutenção dos respectivos

equipamentos hidráulicos.

Com isso busca-se trazer uma melhoria no gerenciamento como um todo

referente a distribuição de água, bem como garantir ao condomínio condições de

manter o serviço de abastecimento dentro dos padrões das normas e segurança.

Tais situações abordadas na introdução e após as etapas analisadas e

sugeridas para a adequação e solução de alguns problemas existentes, trarão

resultados mais favoráveis, desde que sejam feitos investimentos no sistema atual de

distribuição de água, a fim de garantir ao síndico a segurança por lei do serviço

prestado, aos usuários o direito da qualidade da água consumida e aos equipamentos

hidráulicos uma proteção mais efetiva.

O que se pretende é que seja realizado um trabalho junto ao síndico e aos

condôminos, para garantir um abastecimento com qualidade, proporcionando conforto

quanto aos aspectos do consumo e a segurança de estarem prestando e recebendo

um serviço de abastecimento conforme o que determina as normas técnicas e a Lei.

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1.3 Justificativa

O interesse no desenvolvimento deste assunto surgiu em virtude de se ter

observado que a distribuição de água não tem um controle efetivo do que é captado

ou consumido e a não observância das normas legais conforme relatado no item “1.2

Objetivos”.

Com isso pode-se ter uma má qualidade da água consumida e que nem

sempre é perceptível à visão ou ao olfato, portanto, é necessária uma análise

constante e periódica para detectá-la em seu armazenamento e distribuição.

1.4 Problemas e Hipóteses da Pesquisa.

No início dos trabalhos citados nos itens 1.5, não se dispunha das

informações, arquivos dos quantitativos dos consumos das unidades residenciais, do

que era captado pela bomba submersa ou fornecido pela concessionária local e

arquivos sobre informações da distribuição de água e ou ocorrências hidráulicas.

A área da bomba d’água e reservatórios apesar de serem fechadas por

alambrados e portões com cadeados, as tampas dos reservatórios e as portinholas

dos quadros elétricos não apresentam nenhum tipo de tranca, portanto sem a devida

proteção, podendo qualquer pessoa não autorizada ter acesso a água armazenada e

as chaves de comando da bomba d´água.

O mesmo acontece com os respiros dos reservatórios que também não

têm proteção de telas, estando sujeitos assim a ação do tempo, podendo ter a entrada

de impurezas, insetos e de dejetos de pássaros que ficam pousados sobre os

mesmos.

Outra situação que pode vir a ter problemas é a disposição e a localização

das tubulações e dos registros de água das saídas para a distribuição e de entrada

da captação, sendo que tais encanamentos estão sobre o piso de concreto soltos e

sujeitos a serem danificados por qualquer tipo de objeto que possa cair, bem como

sob a ação do tempo, correndo riscos de sofrerem danos e ou manuseados

incorretamente por pessoas não autorizadas.

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Imagem 02 - Área dos reservatórios.

Fonte: próprio autor

Imagem 03 - Tampas superiores dos reservatórios

Fonte: próprio autor

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Imagem 04 - Respiros dos reservatórios

Fonte: próprio autor

Imagem 05 – Tubulação de água sobre piso na área dos reservatórios.

Fonte: próprio autor

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1.5 Matérias e métodos

Para o desenvolvimento dos trabalhos, foram coletados diariamente o

volume de vazão de água captado através do hidrômetro da bomba submersa e no

hidrômetro da concessionária local, sendo tais valores serão anotados em uma

planilha eletrônica.

Mensalmente é apurado os consumos das unidades residenciais

conforme as aferições feitas nos hidrômetros e lançadas em uma planilha Excel para

o cálculo do consumo mensal em metros cúbicos (m³).

Passado ao síndico e ao zelador orientações dos procedimentos para

uma correta aferição nos hidrômetros, sejam eles da captação ou das unidades

residenciais a fim de que possam observar possíveis alterações de excesso ou de

diminuição dos consumos ou da captação, tomando assim as devidas providências

evitando prejuízos ao sistema de modo geral.

Imagem 06 – Hidrômetros das captações

Fonte: próprio autor.

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Realizadas pesquisas junto ao mercado e com a concessionária local,

sobre as possíveis empresas com capacidade técnica comprovada, para que possam

prestar o serviço da instalação dos equipamentos para desinfecção e fornecimento

dos insumos e análises da água conforme determina a legislação.

Analisados os custos praticados no mercado pela concessionária local

SAAEJ – Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal e por concessionárias

de outras localidades, buscando assim o melhor sistema de cobrança para as

unidades residenciais, bem como a comparação dos custos da capitação e

distribuição própria com a da concessionária.

Apurado junto ao contador do condomínio as medições nos hidrômetros

realizadas de janeiro de 2014 até outubro de 2014 das unidades consumidoras, a fim

de ser elaborado relatórios dos consumos e orientando o síndico a identificar as

possíveis anomalias para prevenir vazamentos ou problemas nos cavaletes.

Tais medições ajudaram na elaboração das planilhas de custos/consumo

com o intuito de ser informado a cada consumidor o seu consumo e a sua participação

nos investimentos e custos da rede de distribuição, a fim de conscientizar cada um de

sua responsabilidade quantos aos excessos no consumo de água em sua residência.

Foram mapeadas e quantificadas as áreas verdes do condomínio em

metros quadrados (m²), a fim de se ter a dimensão exata e consequentemente um

cálculo do consumo aproximado de água para sua manutenção conforme determina

a normas ABNT.

Levantado junto ao mercado quais as melhores opções em qualidade de

tubulações para a adequação das mesmas na área dos reservatórios, a fim de que as

mesmas, sejam tiradas de cima do concreto e serem enterradas conforme também

orienta as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Analisadas as torneiras de irrigação das áreas verdes (jardins), banheiros

de áreas comum e dos funcionários, registros de entrada das piscinas, registro de

gavetas nas ruas e apurado o estado geral, conservação e funcionamento, a fim de

serem identificados os problemas existentes e informado ao síndico as possíveis

soluções caso se façam necessárias.

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22

E por fim foi levantado todos os documentos e projetos hidráulicos

existentes com o intuito de ser localizado os equipamentos existente as derivações e

os registros nas ruas, organizando-os e catalogando-os para futuras consultas.

Imagem 07 - Vista parcial superior do condomínio

Fonte: próprio autor.

Imagem 08 - Torneira de irrigação das áreas verdes

Fonte: próprio autor.

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23

Imagem 09 - Piscina na área de lazer

Fonte: próprio autor.

1.6 Cronograma

O primeiro contato foi realizado com o síndico do condomínio em

05/04/2014, o qual autorizou a começar os trabalhos das medições da captação e do

que é fornecido pela concessionária local, sendo que tais anotações foram feitas

diariamente e lançadas em planilha eletrônica.

Imagem 10 - Hidrômetros bomba d’água submersa e

Concessionária local respectivamente.

Fonte: próprio autor.

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Foi autorizado a realização de consultas em nome do condomínio, para

o levantamento das empresas com capacidade técnica comprovada que farão as

análises biológicas e a instalação dos equipamentos para o tratamento da água a ser

distribuída.

As pesquisas nos arquivos do condomínio serão realizadas de acordo

com a necessidade do desenvolvimento dos trabalhos, sendo que foi programada com

o contador, o mês de julho/2014 o repasse das anotações das leituras dos hidrômetros

das unidades residências dos últimos 12 (doze) meses e as medições de abril de

2014, bem como, mês a mês as demais que se fizerem necessárias até o término do

presente.

Foi disponibilizada a documentação técnica da perfuração e da bomba

submersa, da outorga do poço, dos responsáveis técnicos pela perfuração e

instalação e das instalações das caixas de água.

Após a conclusão deste trabalho, será repassado uma cópia do mesmo

ao síndico, para ser analisado juntamente com os demais condôminos em uma

assembleia geral para tomarem ciência do que foi apurado e das sugestões propostas.

1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

1.1 Importâncias sanitária e social

O homem há muito tempo vem buscando métodos para aprimorar o

armazenamento e a distribuição da água tratada ou não, portanto, um sistema de

abastecimento pode ser elaborado e projetado para atender várias comunidades,

variando suas características e tamanho de suas instalações.

Caracteriza-se pela captação da água a adequação de sua qualidade e

o seu transporte até as unidades consumidoras em quantidade compatível com as

necessidades locais.

O sistema de Abastecimento de água é constituído por um conjunto de

obras, instalações e serviços, destinados a captar e distribuir água em quantidade e

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25

qualidade para uma comunidade, compatíveis com as necessidades daquela

população, para fins de consumo doméstico, serviços públicos e outros usos.

Assim, mesmo para as pequenas comunidades e para as áreas

periféricas de uma grande cidade, a solução coletiva é atualmente possível e

economicamente interessante, desde que seja adotado projetos adequados para a

exploração da água como foi o caso do condomínio objeto deste trabalho.

2 ANÁLISES DE DADOS

2.1 Tabelas

Como primeiro plano foi elaborado uma tabela em Excel para ser anotado

diariamente os valores dos hidrômetros referente ao que é captado de água na bomba

submersa ou da concessionária, tal aferição em metros cúbicos servirá como

parâmetro do consumo das unidades consumidoras e áreas comuns.

Tabela 01 – Medição diária da bomba d’água e entrada concessionária.

Fonte: própria autor

Outra tabela em Excel foi elaborada para a medição mensal do consumo

de água e gás GLP das unidades consumidoras, foi incorporada à tabela a anotação

BOMBA

POÇO

CONCES-

SIONARIADIA ACUM. LAZER VERDES RESID.

31/10/2014 104946,1 98857 119,1 3296,6 1.715,39 273,52 1.854,73

30/10/2014 104827,0 98857 76,7 3177,5 1.647,29 264,69 1.794,90

29/10/2014 104750,3 98857 114,3 3100,8 1.621,60 255,87 1.735,07

28/10/2014 104636,0 98857 118,4 2986,5 1.558,31 247,05 1.675,24

27/10/2014 104517,6 98857 146,8 2868,1 1.490,92 238,23 1.615,41

26/10/2014 104370,8 98857 0,0 2721,3 1.395,12 229,40 1.555,58

25/10/2014 104370,8 98857 109,8 2721,3 1.446,13 220,58 1.495,75

24/10/2014 104261,0 98857 154,9 2611,5 1.387,34 211,76 1.435,92

LEITURA

ANTERIOR101649,5 98857 Total mês

31 DIAS 106,34 m³

LEITURA DIARIA DA CAPTAÇÃO D'ÁGUA - MÊS OUTUBRO/2014CAPACITAÇÃO m³

DATA DA

LEITURA

HIDROMETROS TOTAL m³CONSUMO - ÁREAS m³

3.296,60 m³

CONSUMO MÉDIO / DIA

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do GLP a fim de facilitar o leiturista, sendo que tal leitura é feita todo dia 20 de cada

mês ou no primeiro dia útil a referida data.

Tabela 02 – Modelo da medição mensal das unidades consumidoras

Fonte: próprio autor

2.2 Medições e Cálculos

Realizada as leituras dos hidrômetros da bomba d’água e da entrada da concessionária lançados dia a dia em planilha Excel da Tabela 01, onde apurou-se os valores conforme a dados abaixo.

Tabela 03 – Modelo da totalização da medição diária da captação

Fonte: próprio do autor

Realizada as leituras mensais dos hidrômetros das unidades

residenciais, sendo apurado os valores lançados em uma Tabela 02 Excel e

totalizadas conforme dados abaixo.

Leitura cons Leitura cons Leitura cons Leitura cons

001 0 0 352934 8,00 028 0 0 47950 26,8

002 0 0 350076 24,68 029 0 0 27441 10,32

003 0 0 130141 1,64 030 0 0 18781 18,91

004 0 0 250213 46,40 031 0 0 78422 22,45

005 0 0 185679 9,50 032 0 0 7228 0,03

L E I T U R A D E Á G U A E G Á S Ref. ao Mês: out / 2014

CASA/LtGasometro Hidrometro

CASA/LtGasometro Hidrometro

Acum. Mês Acumulado Diario Acumulado

abr/14 25 25 1.318,2 m³ 1.318,2 m³ 52,73 m³ 52,73 m³

mai/14 31 56 3.858,1 m³ 5.176,3 m³ 124,45 m³ 92,43 m³

jun/14 30 86 3.090,4 m³ 8.266,7 m³ 103,01 m³ 96,12 m³

jul/14 31 117 3.103,3 m³ 11.370,0 m³ 100,11 m³ 97,18 m³

ago/14 31 148 3.401,3 m³ 14.771,3 m³ 109,72 m³ 99,81 m³

set/14 30 178 3.605,3 m³ 18.376,6 m³ 120,18 m³ 103,24 m³

out/14 31 209 3.296,6 m³ 21.673,2 m³ 106,34 m³ 103,70 m³

Inicio da aferição 05/04/2014

209 dias

Poço Art. + Concesionária

Captação MédiaCaptaçãoTotal de

diasMês

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Tabela 04 – Totalização das medições das unidades residenciais

Fonte: próprio do autor

Com as leituras do hidrômetro da bomba submersa apurou-se os

seguintes valores conforme abaixo.

Tabela 05 – Medição total captação

MEDIÇÃO DIÁRIA / TOTAL DE CAPTAÇÃO

Início das medições 5/4/2014 9:46 AM 83.857,90 m³

Medição atual / final 31/10/2014 9:13 AM 105.531,10 m³

Total de horas de captação / consumo 5015:27:00 21.673,20 m³

Captação média / dia 209 Dias 103,71 m³

Fonte: próprio do autor

Para os cálculos a seguir usamos a formula de vazão conforme abaixo.

Formula 1 – Formula do cálculo da Vazão

Fonte: próprio autor.

1.794,77 m³

1.715,39 m³

273,52 m³

3.783,68 m³

126,12 m³

42,04 m³

T o t a l M é d i a m ê s =

T o t a l Á r e a d e L a z e r =

T o t a l Á r e a V e r d e =

T o t a l G e r a l =

Data das leituras de 20/03/2014 a 20/10/2014 - Totalizando 214 dias

12.802,67 m³T o t a l a c u m u l a d o d e C o n s u m o =

Unidades Consumidoras

T o t a l M é d i a D i a =

90 residencias

Consumo médio mês por unidades residenciais =

1,40 m³/dia

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Onde:

Qc = Vazão em litros por segundo ou metros cúbicos por hora

K1 = Coeficiente do dia de maior consumo

K2 = Coeficiente da hora de maior consumo

P = habitantes

q = Consumo “per capta” por dia (litros/dia por habitante)

86400 = segundos por dia

Aplicando-se a formula da vazão teremos os resultados das tabelas

abaixo:

Tabela 06 – Dados para cálculo

DADOS A CONSIDERAR

K1 = Coeficiente do dia de maior consumo 1,25

K2 = Coeficiente da hora de maior consumo 1,50

q = Consumo “per capta” (litros por hab. / dia) 250 litros/dia

Lotes habitados 81 4 hab. previsto

Lotes em construção 9 1 hab. previsto

Lotes desocupados 18 0 hab. previsto

Total de lotes no condomínio 108

P o p u l a ç ã o e s t i m a d a 333 habitantes

Fonte: próprio do autor

Tabela 07 – Resultados da Vazão

Fonte: próprio do autor

Obs.: Convertendo 1,81 litros por segundo para metros cúbicos, teremos 1,81litros x 60 segundos x 60 minutos = 6.512 litros por hora, convertendo litros em metros cúbicos, onde 1 litro = 0,001 metros cúbicos, teremos = 6.512 x 0,001 = 6,512 m³/h

Foi realizada a medição externa (circunferências) e das alturas total dos reservatórios e altura de reservação, conforme imagens com os dados abaixo:

CÁLCULO DA VAZÃO (m³/dia) PREVISTO

Qc Calculado: 1,81 l/s 6,52 m³/h

Consumo diário – Subtotal 156,09 m³/dia

Áreas verdes 5.882,10 m² X 1,5 litros/dia/m² 8,82 m³/dia

Incêndio 0% 0,00 m³/dia

Perdas Considerando em 1% 1,56 m³/dia

TOTAL PREVISTO PARA CAPTAÇÃO 166,48 m³/dia

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Imagem 11 – Desenho em “CAD” com as medidas dos reservatórios metálicos.

Fonte: próprio autor.

Tabela 08 – Dados dos reservatórios 01 e 02

Fonte: próprio do autor

3.3 Dados técnicos do poço e bomba submersa

Foram fornecidas as documentações do poço artesiano e da bomba

submersa, os quais são importantes para a verificação das especificações técnicas e

DADOS DOS RESERVATÓRIOS CILINDRICOS

Reservatório 01

litros

148539,80

litros

48470,05

197,00984 m³ 197.009,84 litros

48,47Raio

Altura do Nivel água

Dimensões (m)

1,2764

9,4700

Dimensões (m)

1,9735

12,14

Raio

Reservatório 02

148,5

TOTAL DE RESERVAÇÃO

Altura do Nivel água

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realizar os cálculos necessários quanto a vazão na captação, da sua instalação e da

vazão atual, sendo que tais documentos de forma parcial encontram-se no final deste

trabalho nos anexos B, C, D, E, F e G.

3.4 Equipamentos para o controle biológico

Foi contatado duas empresas do setor de instalação e análises

biológicas para fornecer orçamentos para a instalação e manutenção do sistema de

cloração e análises conforme determina a Portaria Federal do M.S. nº 2914 de

12/12/2011.

Abaixo encontra-se um dos orçamentos para a construção da casa dos

equipamentos de cloração aqui denominada como “casa química” e a instalação dos

referidos equipamentos:

Equipamentos para cloração + instalação .......... R$ 2.800,00

Construção da casa química (M.O. + Material) ...R$ 3.500,00

Total aproximado..................................................R$ 6.300,00

O custo apurado para a contratação mensal de empresa para fornecer

os insumos (cloro) e as análises da água bruta mensalmente, ficou em R$ 1.200,00

(hum mil e duzentos Reais) mensais, sendo que a confecção do laudo técnico das

coletas biológicas da água bruta e de água em diversos pontos do condomínio a cada

180 dias conforme determina a legislação acima citada fica em R$1.800,00 (hum mil

oitocentos Reais) por análises.

3.5 Tubulações

A distribuição de água as residências são feitas por tubulação enterrada

com 950 metros de extensão de PVC (Cloreto de Polivinila) com diâmetro nominal de

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60 mm na cor marrom soldável, pressão de serviço a 20ºC de 7,5 Kgf/cm² ou 75 m.c.a.

conforme determina a norma da ABNT-NBR 5648.

Tal tubulação tem aproximadamente 950 metros e conta com 3 registros

tipo válvulas de gaveta com cunha metálica DN 60mm na rua, sendo um de entrada

da concessionária e dois para manutenção.

Imagem 12 – Registros de Gavetas de rua

Fonte: próprio autor.

Tais instalações conforme o observado em campo e nos projetos, estão

de acordo com as NBR 5648-1999, substituída pela NBR 5648-2010.

Os dos reservatórios contam com 02 registros tipo esférico DN 60 mm,

conforme a imagem 13.

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Imagem 13 – Registros esféricos das saídas dos reservatórios 01 e 02 respectivamente

Fonte: próprio autor.

A junção das saídas de distribuição dos reservatórios 01 e 02 na imagem

19, apresentam uma particularidade que faz com que o reservatório 01 de menor

capacidade tenha sua água bloqueada pelo reservatório 02 com maior capacidade

devido à pressão, tudo isto se deve em função do tipo de montagem incorreta que foi

realizada na tubulação.

Imagem 14 – Junção das saídas dos reservatórios

Fonte: próprio autor.

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33

Tal situação traz um problema para o síndico que precisa fechar o reservatório

02 de maior capacidade para poder liberar a água para que a mesma não fique velha

(morta) e comprometa a sua potabilidade

3.6 Tarifas

Em pesquisas nos sites de 03 concessionárias de distribuição de água e coleta

de esgoto, foram apurados diversos valores para a cobrança de tal serviço e os

valores são diferentes para cada região, sendo que a melhor tarifa é a da

concessionária SAAEJ – Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Jaboticabal

conforme tabelas dos valores a seguir.

Tabela 09 – Valores consumo de água - SAAEJ

Fonte: Site da SAAEJ – Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Jaboticabal

Tabela 10 – Valores consumo de água - SAAEMM

Fonte: Site da SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Mogi Mirim

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Tabela 11 – Valores consumo de água – SAMAE

Categoria Residencial, Pública e Assistencial

Valor (RS)

Até 10m³ 21,89

De 11 a 15m³ 21,89 + 4,04 p/m³ excedente

De 16 a 20m³ 42,09 + 5,16 p/m³ excedente

De 21 a 25m³ 67,89 + 5,87 p/m³ excedente

De 26 a 50m³ 97,24 + 6,48 p/m³ excedente

Acima de 50m³ 259,24 + 6,81 p/m³ excedente

Fonte: Site da SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto; Brusque SC

3 ALTERAÇÕES SUGERIDAS

3.1 Segurança

Tendo em vista a proteção dos reservatórios 01 e 02, torna-se necessário

providenciar a colocação de cadeados para trancar as tampas e providenciar a

colocação de telas contra insetos nos respiros e na tampa do reservatório 01.

3.2 Tubulações nos reservatórios

Providenciar para que as tubulações existentes apoiadas no chão na área

dos reservatórios, sejam enterradas ou que sejam construídas canaletas com

profundidade de 30 cm para que as mesmas sejam acomodadas e envoltas com areia,

de forma que possam ficar presas e livres de sofrerem danos e movimentos bruscos

com os choques dos golpes de aríetes ao ligar e desligar da bomba d’água.

3.3 Casa de Força

Providenciar que o poste de entrada de energia elétrica seja mudado para

a divisa com o alambrado para que o funcionário da fornecedora de energia elétrica

não tenha que entrar no recinto dos reservatórios toda vez que precisar aferir o relógio

de força. Providenciar também a construção de uma casa de força para acomodar os

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comandos elétricos da bomba submersa e dos futuros equipamentos a serem

implantados.

Imagem 15 – Comandos elétricos da bomba submersa

Fonte: própria do autor

3.4 Bomba de recalque

Alterar o reservatório 01 para que o mesmo passe a receber a água captada

pela bomba submersa, devendo ser instalada uma bomba de recalque com vazão

mínima de 15m³/h e 20 mca para ser recalcada ao reservatório 02 conforme tabela de

bombas na figura abaixo.

Tabela 12 – Característica hidráulicas de bomba de recalque

Fonte: http://www.schneider.ind.br/arquivos/download/?id=224&count=1

Tal alteração se faz necessária para que o reservatório 01 com capacidade

de 48 m³ (48.000 Litros) tenha “de fato” serventia aos condôminos, uma vez que na

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configuração atual a sua água parada pode perder a potabilidade em função do tipo

de montagem incorreta que foi realizada na tubulação.

3.5 Casa química Em função das alterações sugeridas nos itens anteriores com relação as

tubulações e bombeamento para o reservatório 02, a mesma passará a receber o

tratamento de desinfecção (cloração) pelo sistema da casa química a ser construída

conforme croqui da área dos reservatórios abaixo.

Imagem 16 – Desenho em Cad da área dos reservatórios

Fonte: próprio autor.

3.6 Tarifas - Água

Uma vez que não existe relatórios específicos sobre os débitos e créditos

do sistema da captação e da distribuição da água, sendo que todos os serviços

realizados de reparos no sistema são lançados como despesas diversas dentro das

contas do condomínio, sugiro a administração que crie dentro da contabilidade um

espaço exclusivo para os referidos lançamentos, bem como criar uma conta exclusiva

para se separar tais débitos e créditos das demais despesas, a fim de que se tenha

um valor armazenado como reserva para futuros reparos e ou manutenções como é

o caso atualmente da cota extra existente no caixa.

Considerando que atualmente é cobrado uma taxa de R$ 20,00 de

consumo de água para cada uma das 90 unidades residenciais o que totaliza ao caixa

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um crédito mensal de R$ 1.800,00, a sugestão como melhor opção de tarifação é a

da concessionaria local SAAEJ de Jaboticabal, onde se tem uma cobrança

progressiva do consumo, ou seja, tomando-se por base a média de consumo de água

das residências já computados também os consumos das área comuns, totalizando

42,02 m³ por mês, a tarifa de água sem a cobrança do esgoto ficaria em R$ 28,10

conforme a tabela abaixo.

Tabela 13 – Comparação dos preços de água e esgoto

Fonte: próprio autor

Tendo em vista que o tipo de construções em metros quadrados das

residências no condomínio se equiparam, tal tarifa poderia ser nivelada em metros

cúbicos, ou seja, R$ 0,85 por metro cúbico consumido, assim a gestão atual teria um

aporte financeiro com base no consumo do mês de outubro de 2014 em torno de R$

3.216,06 em função do consumo de 3783,68 m³ e do valor atual recebido de R$

1.800,00 pela água consumida.

É importante salientar que tais valores não cobrem 100% das despesas

com a manutenção dos equipamentos e do sistema de distribuição de água por

enquanto, visto que a concessionária local o SAAEJ – Serviço Autônomo de Agua e

Esgoto de Jaboticabal não tem responsabilidade com o sistema existente.

3.7 Demais equipamentos hidráulicos

Criar mecanismos de controle, catalogando cada equipamento hidráulico

existente, por exemplo torneiras das áreas verdes, registros de gavetas das ruas e

das áreas comuns, registros de piscinas, registrando todas a manutenções ou trocas,

facilitando assim o acompanhamento e desempenho de cada um.

Consumos Valor m³ Total m³ Total R$ Consumos Valor m³ Total m³ Total R$ Consumos Valor m³ Total m³ Total R$

10 10,00 8,23 10 10,00 21,89 10 10,00 22,90

11-20 1,00 10,00 10,00 18,23 11-15 4,04 20,20 5,00 42,09 11-15 2,26 11,30 5,00 34,20

21-30 1,25 12,50 10,00 30,73 16-20 5,16 25,80 5,00 67,89 16-20 10,27 51,35 5,00 85,55

31-40 2,06 20,60 10,00 51,33 21-25 5,87 29,35 5,00 97,24 21-30 10,37 103,70 10,00 189,25

41-50 2,39 4,88 2,04 56,21 26-50 6,48 110,42 17,04 207,66 31-40 10,82 108,20 10,00 297,45

51-60 3,38 - 0,00 56,21 50-999 6,81 - 0,00 207,66 41-50 11,36 23,17 2,04 320,62

61-70 3,71 - 0,00 56,21 - 0,00 207,66 51-75 12,05 - 0,00 320,62

71-80 4,09 - 0,00 56,21 - 0,00 207,66 76-100 13,18 - 0,00 320,62

81-90 4,53 - 0,00 56,21 - 0,00 207,66 100-999 14,43 - 0,00 320,62

91-100 4,98 - 0,00 56,21 0,00 207,66 0,00 320,62

101-999 5,47 - 0,00 56,21 0,00 207,66 0,00 320,62

Agua R$ 28,10 Agua R$ 103,83 Agua R$ 160,31

Esgoto R$ 28,10 Esgoto R$ 103,83 Esgoto R$ 160,31

8,23

R$ 56,21

Total metros cúbicos 42,04

COBRANÇA: SAAEJ - JABOTICABAL COBRANÇA: SAAEMM - MOGI MIRIM

Total metros cúbicos 42,04

R$ 320,62

22,90

COBRANÇA: SAMAE - BRUSQUE SC

21,89

Total metros cúbicos 42,04

R$ 207,66

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Para que o zelador seja conscientizado da necessidade do

acompanhamento constante dos equipamentos observando seus desempenhos com

o intuito de prevenir problemas como vazamentos ou mal funcionamento, procurando

manter o síndico informado de todas as alterações que houver, e, quando for

necessário a execução de manutenções, que as mesmas sejam executadas por

pessoa ou empresa devidamente qualificada, de preferência sempre com o

acompanhamento de profissional legalmente habilitado na área da Engenharia Civil.

3.8 Documentação e Arquivos

Sugere-se que o síndico e condôminos tomem ciência dos documentos

existentes sobre os equipamentos e rede de distribuição de água, a fim de delegarem

pessoal responsável para auxiliar o síndico na tarefa do controle sobre tal serviço,

organizando documentos e analisando as análises aqui citadas para o

acompanhamento do desempenho e das necessidades que por ventura venham

existir a fim de garantir constantemente a qualidade da água distribuída conforme

determina a legislação.

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39

4 CONCLUSÃO FINAL

Por questões financeiras a fim de baratear as contas de água os

condôminos optaram pela perfuração do poço por empresa devidamente

registrada no Conselho de Engenharia e com profissional legalmente habilitado,

serviços estes feitos também de acordo com as normas técnicas.

Neste trabalho procurou-se mostrar não as falhas, mas sim onde pode ser

melhorado, para garantir uma distribuição de água com mais qualidade, dando

segurança jurídica ao síndico e a pessoa jurídica do condomínio, uma vez que tais

serviços devem ser conduzidos conforme determina as normas e a legislação do

anexo A.

É importante que o condomínio na pessoa do síndico procure orientações

e acompanhamento técnico de profissionais legalmente habilitados das áreas da

Engenharia Civil e Biológica para conduzirem as alterações ora propostas,

conforme determina as normas editadas pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT) que é o órgão no Brasil responsável pela normalização técnica

e que fornece documentos que são a base necessária para o desenvolvimento

tecnológico dos profissionais.

Assim, mesmo para as pequenas comunidades e para as áreas periféricas

de uma grande cidade, a solução coletiva é atualmente possível e

economicamente interessante, desde que seja adotado projetos adequados para

a exploração da água como foi o caso do condomínio objeto deste trabalho.

As sugestões aqui propostas para as alterações no sistema de captação e

distribuição de água, se forem levadas adiante, serão de grande importância a

todos os usuários em função da melhoria da qualidade do serviço prestado pelo

condomínio.

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40

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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- Koogan 1992.

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2009/2/biblia-ecossistema-e-meio-ambiente.html.

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Snatural - Síntese Natural Ambiente Ltda. – Me – são Paulo-SP

- Fenerich, Carlos - Engenheiro Civil - Funcionário e Engenheiro Civil na empresa

Serviço Autônomo Água e Esgoto de Jaboticabal. - Referencias e experiências

coletadas “in-loco” com o profissional.

- Franklin Electric Indústria de Motobombas S.A.- http://www.schneider.ind.br/

arquivos/download/?id=224&count=1

- Instalação Hidráulica Água Fria - Prof.: Dib Gebara - Ilha Solteira - Março 2001

- Instalações Hidro Sanitárias Prediais - Prof. Msc. Engº Marcelo Romano Modolo /

Uniara – Engenharia Civil – 2014 - (1º E 2º Semestre 2014)

- Manual de abastecimento de água – 2004 - ENGENHARIA & ROJETOS -Diretor

Executivo - Márcio Augusto Magalhães

- NBR 12211/1992 - Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento

de água – Procedimento

- NBR 12217/1994 - Projeto de reservatório de distribuição de água para

abastecimento público - Procedimento

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- NBR 12218/1994 - Projeto de rede de distribuição de água abastecimento público

- NBR 5626/1998 - Instalação Predial de Água Fria

- NBR 5647-1/1998 - Sistemas para adução e distribuição de água.

- NBR 5647-2/1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões

de PVC 6,3com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 Parte 2:

Requisitos específicos para tubos com pressão nominal PN 1,0 MPa.

- NBR 5648/2010 - Tubos e conexões em PVC-U com junta soldável.

- RDA Equipamentos Ltda.-http://www.rdaequipamentos.com.br/análises-laboratoriais

/analise-de-água

- Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Glossário -

http://www2.sabesp.com.br/fale%20conosco/perguntas_frequentes/glossario.asp

- SAAE-Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Mogi Mirim - http://www.saaemogi

.com.br/files/tarifas_2014.pdf

- SAAEJ-Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal - http:// www. saaej.sp.

gov.br/tarifas.html

- SAMAE-Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque SC -

http://www. Samaebru.com.br/tarifas

- Sistema de Abastecimento - Notas de aula – prof. Dib Gebara – Dep. Engenharia -

Unesp Ilha Solteira – Setembro 2000

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ANEXO A

MINISTÉRIO DA SAÚDE GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 DOU de 14/12/2011 (nº 239, Seção 1, pág. 39)

Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade

da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe

conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura

infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções respectivas;

Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe

sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a

organização e o funcionamento dos serviços correspondentes;

Considerando a Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política

Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição e altera o art.

1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de

dezembro de 1989;

Considerando a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre

normas gerais de contratação de consórcios públicos;

Considerando a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece

diretrizes nacionais para o saneamento básico, altera as Leis nº s 6.766, de 19 de

dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993,

8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978;

Considerando o Decreto nº 79.367, de 9 de março de 1977, que dispõe

sobre normas e o padrão de potabilidade de água;

Considerando o Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005, que estabelece

definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de

abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação

ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano; e

Considerando o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que

regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes

nacionais para o saneamento básico, resolve:

Art. 1º - Esta Portaria dispõe sobre os procedimentos de controle e de

vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

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CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º - Esta Portaria se aplica à água destinada ao consumo humano

proveniente de sistema e solução alternativa de abastecimento de água.

Parágrafo único - As disposições desta Portaria não se aplicam à água

mineral natural, à água natural e às águas adicionadas de sais, destinadas ao

consumo humano após o envasamento, e a outras águas utilizadas como matéria-

prima para elaboração de produtos, conforme Resolução (RDC) nº 274, de 22 de

setembro de 2005, da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA).

Art. 3º - Toda água destinada ao consumo humano, distribuída

coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento

de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.

Art. 4º - Toda água destinada ao consumo humano proveniente de

solução alternativa individual de abastecimento de água, independentemente da

forma de acesso da população, está sujeita à vigilância da qualidade da água.

CAPÍTULO II DAS DEFINIÇÕES

Art. 5º - Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições:

- água para consumo humano: água potável destinada à ingestão,

preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua

origem;

- água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido

nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde;

- padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro

da qualidade da água para consumo humano, conforme definido nesta Portaria;

- padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por

provocar estímulos sensoriais que afetam a aceitação para consumo humano, mas

que não necessariamente implicam risco à saúde;

- água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou

combinação destes, visando atender ao padrão de potabilidade;

- sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação

composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de

captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo

de água potável, por meio de rede de distribuição;

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- solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo

humano: modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável,

com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de

distribuição;

- solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo

humano: modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a

domicílios residenciais com uma única família, incluindo seus agregados familiares;

- rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formada por

tubulações e seus acessórios, destinados a distribuir água potável, até as ligações

prediais;

- ligações prediais: conjunto de tubulações e peças especiais, situado

entre a rede de distribuição de água e o cavalete, este incluído;

- cavalete: kit formado por tubos e conexões destinados à instalação do

hidrômetro para realização da ligação de água;

- interrupção: situação na qual o serviço de abastecimento de água é

interrompido temporariamente, de forma programada ou emergencial, em razão da

necessidade de se efetuar reparos, modificações ou melhorias no respectivo sistema;

- intermitência: é a interrupção do serviço de abastecimento de água,

sistemática ou não, que se repete ao longo de determinado período, com duração

igual ou superior a seis horas em cada ocorrência;

- integridade do sistema de distribuição: condição de operação e

manutenção do sistema de distribuição (reservatório e rede) de água potável em que

a qualidade da água produzida pelos processos de tratamento seja preservada até as

ligações prediais;

- controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de

atividades exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução

alternativa coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água

fornecida à população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição;

- vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de

ações adotadas regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o

atendimento a esta Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade

local, para avaliar se a água consumida pela população apresenta risco à saúde

humana;

- garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para

monitorar a validade dos ensaios realizados;

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- recoleta: ação de coletar nova amostra de água para consumo humano

no ponto de coleta que apresentou alteração em algum parâmetro analítico; e

X - passagem de fronteira terrestre: local para entrada ou saída

internacional de viajantes, bagagens, cargas, contêineres, veículos rodoviários e

encomendas postais.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

Seção I

Das Competências da União

Art. 6º - Para os fins desta Portaria, as competências atribuídas à União

serão exercidas pelo Ministério da Saúde e entidades a ele vinculadas, conforme

estabelecido nesta Seção.

Art. 7º - Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS):

- promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo

humano, em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios e respectivos responsáveis pelo controle da qualidade da água;

- estabelecer ações especificadas no Programa Nacional de Vigilância da

Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA);

- estabelecer as ações próprias dos laboratórios de saúde pública,

especificadas na Seção V desta Portaria;

- estabelecer diretrizes da vigilância da qualidade da água para consumo

humano a serem implementadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios,

respeitados os princípios do SUS;

- estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da

qualidade da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão

Intergestores Tripartite; e

- executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo

humano, de forma complementar à atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.

Art. 8º - Compete à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS)

executar, diretamente ou mediante parcerias, incluída a contratação de prestadores

de serviços, as ações de vigilância e controle da qualidade da água para consumo

humano nos sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água das aldeias

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indígenas.

Art. 9º - Compete à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) apoiar as

ações de controle da qualidade da água para consumo humano proveniente de

sistema ou solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano, em

seu âmbito de atuação, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta

Portaria.

Art. 10 - Compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

exercer a vigilância da qualidade da água nas áreas de portos, aeroportos e

passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos

nesta Portaria, bem como diretrizes específicas pertinentes.

Seção II

Das Competências dos Estados

Art. 11 - Compete às Secretarias de Saúde dos Estados:

- promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em

articulação com os Municípios e com os responsáveis pelo controle da qualidade da

água;

- desenvolver as ações especificadas no VIGIAGUA, consideradas as

peculiaridades regionais e locais;

- desenvolver as ações inerentes aos laboratórios de saúde pública,

especificadas na Seção V desta Portaria;

- implementar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para

consumo humano definidas no âmbito nacional;

- estabelecer as prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância

da qualidade da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão

Intergestores Bipartite;

- encaminhar aos responsáveis pelo abastecimento de água quaisquer

informações referentes a investigações de surto relacionado à qualidade da água para

consumo humano;

- realizar, em parceria com os Municípios em situações de surto de doença

diarreica aguda ou outro agravo de transmissão fecal-oral, os seguintes

procedimentos:

Análise microbiológica completa, de modo a apoiar a investigação

epidemiológica e a identificação, sempre que possível, do gênero ou espécie de micro-

organismos;

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Análise para pesquisa de vírus e protozoários, no que couber, ou

encaminhamento das amostras para laboratórios de referência nacional, quando as

amostras clínicas forem confirmadas para esses agentes e os dados epidemiológicos

apontarem a água como via de transmissão; e

Envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência

nacional para identificação sorológica;

- executar as ações de vigilância da qualidade da água para consumo

humano, de forma complementar à atuação dos Municípios, nos termos da

regulamentação do SUS.

Seção III

Das Competências dos Municípios

Art. 12 - Compete às Secretarias de Saúde dos Municípios:

- exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência,

em articulação com os responsáveis pelo controle da qualidade da água para

consume humano;

- executar ações estabelecidas no VIGIAGUA, consideradas as

peculiaridades regionais e locais, nos termos da legislação do SUS;

- inspecionar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as

práticas operacionais adotadas no sistema ou solução alternativa coletiva de

abastecimento de água, notificando seus respectivos responsáveis para sanar a(s)

irregularidade(s) identificada(s);

- manter articulação com as entidades de regulação quando detectadas

falhas relativas à qualidade dos serviços de abastecimento de água, a fim de que

sejam adotadas as providências concernentes a sua área de competência;

- garantir informações à população sobre a qualidade da água para

consumo humano e os riscos à saúde associados, de acordo com mecanismos e os

instrumentos disciplinados no Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005;

- encaminhar ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva

de abastecimento de água para consumo humano informações sobre surtos e agravos

à saúde relacionados à qualidade da água para consumo humano;

- estabelecer mecanismos de comunicação e informação com os

responsáveis pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água

sobre os resultados das ações de controle realizadas;

- executar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo

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humano definidas no âmbito nacional e estadual;

- realizar, em parceria com os Estados, nas situações de surto de doença

diarreica aguda ou outro agravo de transmissão fecal oral, os seguintes

procedimentos:

Análise microbiológica completa, de modo a apoiar a investigação

epidemiológica e a identificação, sempre que possível, do gênero ou espécie de micro-

organismos;

Análise para pesquisa de vírus e protozoários, quando for o caso, ou

encaminhamento das amostras para laboratórios de referência nacional quando as

amostras clínicas forem confirmadas para esses agentes e os dados epidemiológicos

apontarem a água como via de transmissão; e

Envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência

nacional para identificação sorológica;

- cadastrar e autorizar o fornecimento de água tratada, por meio de

solução alternativa coletiva, mediante avaliação e aprovação dos documentos

exigidos no art. 14 desta Portaria.

Parágrafo único - A autoridade municipal de saúde pública não autorizará

o fornecimento de água para consumo humano, por meio de solução alternativa

coletiva, quando houver rede de distribuição de água, exceto em situação de

emergência e intermitência.

Seção IV

Do Responsável Pelo Sistema Ou Solução Alternativa Coletiva de

Abastecimento de Água Para Consumo Humano

Art. 13 - Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa

coletiva de abastecimento de água para consumo humano:

- exercer o controle da qualidade da água;

- garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao

abastecimento de água potável em conformidade com as normas técnicas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das demais normas pertinentes;

- manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída, nos

termos desta Portaria, por meio de:

Controle operacional do(s) ponto(s) de captação, adução, tratamento,

reservação e distribuição, quando aplicável;

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Exigência, junto aos fornecedores, do laudo de atendimento dos requisitos

de saúde estabelecidos em norma técnica da ABNT para o controle de qualidade dos

produtos químicos utilizados no tratamento de água;

Exigência, junto aos fornecedores, do laudo de inocuidade dos materiais

utilizados na produção e distribuição que tenham contato com a água;

Capacitação e atualização técnica de todos os profissionais que atuam de

forma direta no fornecimento e controle da qualidade da água para consumo humano;

e

Análises laboratoriais da água, em amostras provenientes das diversas

partes dos sistemas e das soluções alternativas coletivas, conforme plano de

amostragem estabelecido nesta Portaria;

- manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva

de abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base nos

seguintes critérios:

Ocupação da bacia contribuinte ao manancial;

Histórico das características das águas;

Características físicas do sistema;

Práticas operacionais; e

Na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de

Segurança da Água (PSA) recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

ou definidos em diretrizes vigentes no País;

- encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios relatórios das análises dos parâmetros mensais, trimestrais

e semestrais com informações sobre o controle da qualidade da água, conforme o

modelo estabelecido pela referida autoridade;

- fornecer à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios os dados de controle da qualidade da água para consumo humano,

quando solicitado;

- monitorar a qualidade da água no ponto de captação, conforme

estabelece o art. 40 desta Portaria;

- comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e

ao órgão de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer

alteração da qualidade da água no ponto de captação que comprometa a tratabilidade

da água para consumo humano;

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- contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por

meio de ações cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e da

bacia(s) hidrográfica(s);

- proporcionar mecanismos para recebimento de reclamações e manter

registros atualizados sobre a qualidade da água distribuída, sistematizando-os de

forma compreensível aos consumidores e disponibilizando-os para pronto acesso e

consulta pública, em atendimento às legislações específicas de defesa do

consumidor;

- comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e

informar adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde,

ocasionado por anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva de

abastecimento de água para consumo humano ou por não conformidade na qualidade

da água tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 desta Portaria; e

- assegurar pontos de coleta de água na saída de tratamento e na rede

de distribuição, para o controle e a vigilância da qualidade da água.

Art. 14 - O responsável pela solução alternativa coletiva de abastecimento

de água deve requerer, junto à autoridade municipal de saúde pública, autorização

para o fornecimento de água tratada, mediante a apresentação dos seguintes

documentos:

- nomeação do responsável técnico habilitado pela operação da solução

alternativa coletiva;

- outorga de uso, emitida por órgão competente, quando aplicável; e

- laudo de análise dos parâmetros de qualidade da água previstos nesta

Portaria.

Art. 15 - Compete ao responsável pelo fornecimento de água para

consumo humano por meio de veículo transportador:

- garantir que tanques, válvulas e equipamentos dos veículos

transportadores sejam apropriados e de uso exclusivo para o armazenamento e

transporte de água potável;

- manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e a fonte de

água;

- manter registro atualizado das análises de controle da qualidade da

água, previstos nesta Portaria;

- assegurar que a água fornecida contenha um teor mínimo de cloro

residual livre de 0,5 mg/L; e

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- garantir que o veículo utilizado para fornecimento de água contenha, de

forma visível, a inscrição "ÁGUA POTÁVEL" e os dados de endereço e telefone para

contato.

Art. 16 - A água proveniente de solução alternativa coletiva ou individual,

para fins de consumo humano, não poderá ser misturada com a água da rede de

distribuição.

Seção V

Dos Laboratórios de Controle e Vigilância

Art. 17 - Compete ao Ministério da Saúde:

- habilitar os laboratórios de referência regional e nacional para

operacionalização das análises de maior complexidade na vigilância da qualidade da

água para consumo humano, de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria nº

70/SVS/MS, de 23 de dezembro de 2004;

- estabelecer as diretrizes para operacionalização das atividades

analíticas de vigilância da qualidade da água para consumo humano; e

- definir os critérios e os procedimentos para adotar metodologias

analíticas modificadas e não contempladas nas referências citadas no art. 22 desta

Portaria.

Art. 18 - Compete às Secretarias de Saúde dos Estados habilitar os

laboratórios de referência regional e municipal para operacionalização das análises

de vigilância da qualidade da água para consumo humano.

Art. 19 - Compete às Secretarias de Saúde dos Municípios indicar, para

as Secretarias de Saúde dos Estados, outros laboratórios de referência municipal para

operacionalização das análises de vigilância da qualidade da água para consumo

humano, quando for o caso.

Art. 20 - Compete aos responsáveis pelo fornecimento de água para

consumo humano estruturar laboratórios próprios e, quando necessário, identificar

outros para realização das análises dos parâmetros estabelecidos nesta Portaria.

Art. 21 - As análises laboratoriais para controle e vigilância da qualidade

da água para consumo humano podem ser realizadas em laboratório próprio,

conveniado ou subcontratado, desde que se comprove a existência de sistema de

gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC

17025:2005.

Art. 22 - As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros

previstos nesta Portaria devem atender às normas nacionais ou internacionais mais

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recentes, tais como:

- Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater de

autoria das instituições American Public Health Association (APHA), American Water

Works Association (AWWA) e Water Environment Federation (WEF);

- United States Environmental Protection Agency (USE-PA);

- normas publicadas pela International Standartization Organization (ISO);

e IV - metodologias propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

CAPÍTULO IV

DAS EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS SISTEMAS E SOLUÇÕES

ALTERNATIVAS COLETIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO

HUMANO

Art. 23 - Os sistemas e as soluções alternativas coletivas de

abastecimento de água para consumo humano devem contar com responsável

técnico habilitado.

Art. 24 - Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente,

deverá passar por processo de desinfecção ou cloração.

Parágrafo único - As águas provenientes de manancial superficial devem

ser submetidas a processo de filtração.

Art. 25 - A rede de distribuição de água para consumo humano deve ser

operada sempre com pressão positiva em toda sua extensão.

Art. 26 - Compete ao responsável pela operação do sistema de

abastecimento de água para consumo humano notificar à autoridade de saúde pública

e informar à respectiva entidade reguladora e à população, identificando períodos e

locais, sempre que houver:

I - situações de emergência com potencial para atingir a segurança de

pessoas e bens; II - interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de

abastecimento;

- necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição,

que possa submeter trechos a pressão negativa;

- modificações ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de

abastecimento; e V - situações que possam oferecer risco à saúde.

CAPÍTULO V

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DO PADRÃO DE POTABILIDADE

Art. 27 - A água potável deve estar em conformidade com padrão

microbiológico, conforme disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria.

§ 1º - No controle da qualidade da água, quando forem detectadas

amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios

presuntivos, ações corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser

coletadas em dias imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios.

§ 2º - Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no

mínimo uma recoleta no ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes

totais e duas amostras extras, sendo uma ao montante e outra à jusante do local da

recoleta.

§ 3º - Para verificação do percentual mensal das amostras com resultados

positivos de coliformes totais, as recoletas não devem ser consideradas no cálculo.

§ 4º - O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula

o resultado originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com

resultado positivo.

§ 5º - Na proporção de amostras com resultado positivo admitidas

mensalmente para coliformes totais no sistema de distribuição, expressa no Anexo I

a esta Portaria, não são tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos

termos do § 1º deste artigo.

§ 6º - Quando o padrão microbiológico estabelecido no Anexo I a esta

Portaria for violado, os responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas

de abastecimento de água para consumo humano devem informar à autoridade de

saúde pública as medidas corretivas tomadas.

§ 7º - Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos

ensaios analíticos na determinação de coliformes totais e Escherichia coli, deve-se

fazer a recoleta.

Art. 28 - A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada

como um dos parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição

(reservatório e rede).

§ 1º - A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20%

(vinte por cento) das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas

de distribuição (reservatório e rede).

§ 2º - Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser

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priorizadas pontas de rede e locais que alberguem grupos populacionais de risco à

saúde humana.

§ 3º - Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias

heterotróficas devem ser investigadas para identificação de irregularidade e

providências devem ser adotadas para o restabelecimento da integridade do sistema

de distribuição (reservatório e rede), recomendando-se que não se ultrapasse o limite

de 500 UFC/ml.

Art. 29 - Recomenda-se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos

no(s) ponto(s) de captação de água proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de

abastecimento, com o objetivo de subsidiar estudos de avaliação de risco

microbiológico.

Art. 30 - Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em

complementação às exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser

atendido o padrão de turbidez expresso no Anexo II e devem ser observadas as

demais exigências contidas nesta Portaria.

§ 1º - Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez

superiores ao VMP estabelecido no Anexo II a esta Portaria, para água subterrânea

com desinfecção, o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT,

assegurado, simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 uT em toda a extensão

do sistema de distribuição (reservatório e rede).

§ 2º - O valor máximo permitido de 0,5 uT para água filtrada por filtração

rápida (tratamento completo ou filtração direta), assim como o valor máximo permitido

de 1,0 uT para água filtrada por filtração lenta, estabelecidos no Anexo II desta

Portaria, deverão ser atingidos conforme as metas progressivas definidas no Anexo

III a esta Portaria.

§ 3º - O atendimento do percentual de aceitação do limite de turbidez,

expresso no Anexo II a esta Portaria, deve ser verificado mensalmente com base em

amostras, preferencialmente no efluente individual de cada unidade de filtração, no

mínimo diariamente para desinfecção ou filtração lenta e no mínimo a cada duas horas

para filtração rápida.

Art. 31 - Os sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas

de abastecimento de água que utilizam mananciais superficiais devem realizar

monitoramento mensal de Escherichia coli no(s) ponto(s) de captação de água.

§ 1º - Quando for identificada média geométrica anual maior ou igual a

1.000 Escherichia coli/100mL deve-se realizar monitoramento de cistos de Giárdia

spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captação de água.

§ 2º - Quando a média aritmética da concentração de oocistos de

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Cryptosporidium spp. for maior ou igual a 3,0 oocistos/L no(s) pontos(s) de captação

de água, recomenda-se a obtenção de efluente em filtração rápida com valor de

turbidez menor ou igual a 0,3 uT em 95% (noventa e cinco por cento) das amostras

mensais ou uso de processo de desinfecção que comprovadamente alcance a mesma

eficiência de remoção de oocistos de Cryptosporidium spp.

§ 3º - Entre os 5% (cinco por cento) das amostras que podem apresentar

valores de turbidez superiores ao VMP estabelecido no § 2º do art. 30 desta Portaria,

o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser menor ou igual a 1,0 uT, para

filtração rápida e menor ou igual a 2,0 uT para filtração lenta.

§ 4º - A concentração média de oocistos de Cryptosporidium spp. referidas

no § 2º deste artigo deve ser calculada considerando um número mínimo de 24 (vinte

e quatro) amostras uniformemente coletadas ao longo de um período mínimo de um

ano e máximo de dois anos.

Art. 32 - No controle do processo de desinfecção da água por meio da

cloração, cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os

tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída

do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria.

§ 1º - Para aplicação dos Anexos IV, V e VI deve-se considerar a

temperatura média mensal da água.

§ 2º - No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado

o produto concentração e tempo de contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura

média da água igual a 15º C.

§ 3º - Para valores de temperatura média da água diferentes de 15º C,

deve-se proceder aos seguintes cálculos:

- para valores de temperatura média abaixo de 15º C: duplicar o valor de

CT a cada decréscimo de 10º C.

- para valores de temperatura média acima de 15º C: dividir por dois o

valor de CT a cada acréscimo de 10º C.

§ 4º - No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser

observada a dose mínima de 1,5 mJ/cm2para 0,5 log de inativação de cisto de Giárdia

spp.

Art. 33 - Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento

de água supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por

Escherichia coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do

sistema de distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no art.

34 a esta Portaria.

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§ 1º - Quando o manancial subterrâneo apresentar contaminação por

Escherichia coli, no controle do processo de desinfecção da água, devem ser

observados os valores do produto de concentração residual de desinfetante na saída

do tanque de contato e o tempo de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta

Portaria ou a dose mínima de radiação ultravioleta expressa no § 4º do art. 32 a desta

Portaria.

§ 2º - A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial

subterrâneo deve ser feita mediante coleta mensal de uma amostra de água em ponto

anterior ao local de desinfecção.

§ 3º - Na ausência de tanque de contato, a coleta de amostras de água

para a verificação da presença/ausência de coliformes totais em sistemas de

abastecimento e soluções alternativas coletivas de abastecimento de águas, supridas

por manancial subterrâneo, deverá ser realizada em local ao montante ao primeiro

ponto de consumo.

Art. 34 - É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro

residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de

cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).

Art. 35 - No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como

desinfetante, deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter

residual mínimo no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as

disposições do art. 34 desta Portaria.

Art. 36 - Para a utilização de outro agente desinfetante, além dos citados

nesta Portaria, deve-se consultar o Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS.

Art. 37 - A água potável deve estar em conformidade com o padrão de

substâncias químicas que representam risco à saúde e ciano toxinas, expressos nos

Anexos VII e VIII e demais disposições desta Portaria.

§ 1º - No caso de adição de flúor (fluoretação), os valores recomendados

para concentração de íon fluoreto devem observar a Portaria nº 635/GM/MS, de 30 de

janeiro de 1976, não podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII a

esta Portaria.

§ 2º - As concentrações de ciano toxinas referidas no Anexo VIII a esta

Portaria devem representar as contribuições da fração intracelular e da fração

extracelular na amostra analisada.

§ 3º - Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria,

quando for detectada a presença de gêneros potencialmente produtores de

cilindrospermopsinas no monitoramento de cianobactérias previsto no § 1º do art. 40

desta Portaria, recomenda-se a análise desse ciano toxinas, observando o valor

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máximo aceitável de 1,0 µg/L.

§ 4º - Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria,

quando for detectada a presença de gêneros de cianobactérias potencialmente

produtores de anatoxina-a(s) no monitoramento de cianobactérias previsto no § 1º do

art. 40 a esta Portaria, recomenda-se a análise da presença deste ciano toxina.

Art. 38 - Os níveis de triagem que conferem potabilidade da água do ponto

de vista radiológico são valores de concentração de atividade que não excedem 0,5

Bq/L para atividade alfa total e 1Bq/L para beta total.

Parágrafo único - Caso os níveis de triagem citados neste artigo sejam

superados, deve ser realizada análise específica para os radionuclídeos presentes e

o resultado deve ser comparado com os níveis de referência do Anexo IX desta

Portaria.

Art. 39 - A água potável deve estar em conformidade com o padrão

organoléptico de potabilidade expresso no Anexo X a esta Portaria.

§ 1º - Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja

mantido na faixa de 6,0 a 9,5

§ 2º - Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual livre em

qualquer ponto do sistema de abastecimento seja de 2 mg/L.

§ 3º - Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expresso

nos Anexos VII, VIII, IX e X, eventuais ocorrências de resultados acima do VMP devem

ser analisadas em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água e não

de forma pontual.

§ 4º - Para os parâmetros ferro e manganês são permitidos valores

superiores ao VMPs estabelecidos no Anexo X desta Portaria, desde que sejam

observados os seguintes critérios:

- os elementos ferro e manganês estejam complexados com produtos

químicos comprovadamente de baixo risco à saúde, conforme preconizado no art. 13

desta Portaria e nas normas da A B N T;

- os VMPs dos demais parâmetros do padrão de potabilidade não sejam

violados; e

- as concentrações de ferro e manganês não ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L,

respectivamente.

§ 5º - O responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de

abastecimento de água deve encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios informações sobre os produtos químicos

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utilizados e a comprovação de baixo risco à saúde, conforme preconizado no art. 13

e nas normas da ABNT.

CAPÍTULO VI

DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM

Art. 40 - Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas

ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano,

supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem coletar amostras semestrais

da água bruta, no ponto de captação, para análise de acordo com os parâmetros

exigidos nas legislações específicas, com a finalidade de avaliação de risco à saúde

humana.

§ 1º - Para minimizar os riscos de contaminação da água para consumo

humano com ciano toxinas, deve ser realizado o monitoramento de cianobactérias,

buscando-se identificar os diferentes gêneros, no ponto de captação do manancial

superficial, de acordo com a Tabela do Anexo XI a esta Portaria, considerando, para

efeito de alteração da frequência de monitoramento, o resultado da última

amostragem.

§ 2º - Em complementação ao monitoramento do Anexo XI a esta Portaria,

recomenda-se a análise de clorofila no manancial, com frequência semanal, como

indicador de potencial aumento da densidade de cianobactérias.

§ 3º - Quando os resultados da análise prevista no § 2º deste artigo

revelarem que a concentração de clorofila em duas semanas consecutivas tiver seu

valor duplicado ou mais, deve-se proceder nova coleta de amostra para quantificação

de cianobactérias no ponto de captação do manancial, para reavaliação da frequência

de amostragem de cianobactérias.

§ 4º - Quanto a densidade de cianobactérias exceder 20.000 células/ml,

deve-se realizar análise de ciano toxinas na água do manancial, no ponto de captação,

com frequência semanal.

§ 5º - Quando as concentrações de ciano toxinas no manancial forem

menores que seus respectivos VMPs para água tratada, será dispensada análise de

ciano toxinas na saída do tratamento de que trata o Anexo XII a esta Portaria.

§ 6º - Em função dos riscos à saúde associados às ciano toxinas, é vedado

o uso de algicidas para o controle do crescimento de microalgas e cianobactérias no

manancial de abastecimento ou qualquer intervenção que provoque a lise das células.

§ 7º - As autoridades ambientais e de recursos hídricos definirão a

regulamentação das excepcionalidades sobre o uso de algicidas nos cursos d'água

superficiais.

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Art. 41 - Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistema

e solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano

devem elaborar e submeter para análise da autoridade municipal de saúde pública, o

plano de amostragem de cada sistema e solução, respeitando os planos mínimos de

amostragem expressos nos Anexos XI, XII, XIII e XIV.

§ 1º - A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos: I -

distribuição uniforme das coletas ao longo do período; e

II - representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuição

(reservatórios e rede), combinando critérios de abrangência espacial e pontos

estratégicos, entendidos como: aqueles próximos a grande circulação de pessoas:

terminais rodoviários, terminais ferroviários entre outros; edifícios que alberguem

grupos populacionais de risco, tais como hospitais, creches e asilos; aqueles

localizados em trechos vulneráveis do sistema de distribuição como pontas de rede,

pontos de queda de pressão, locais afetados por manobras, sujeitos à intermitência

de abastecimento, reservatórios, entre outros; e locais com sistemáticas notificações

de agravos à saúde tendo como possíveis causas os agentes de veiculação hídrica

§ 2º - No número mínimo de amostras coletadas na rede de distribuição,

previsto no Anexo XII, não se incluem as amostras extras (recoletas).

§ 3º - Em todas as amostras coletadas para análises microbiológicas,

deve ser efetuada medição de turbidez e de cloro residual livre ou de outro composto

residual ativo, caso o agente desinfetante utilizado não seja o cloro.

§ 4º - Quando detectada a presença de ciano toxinas na água tratada, na

saída do tratamento, será obrigatória a comunicação imediata às clínicas de

hemodiálise e às indústrias de injetáveis.

§ 5º - O plano de amostragem para os parâmetros de agrotóxicos deverá

considerar a avaliação dos seus usos na bacia hidrográfica do manancial de

contribuição, bem como a sazonalidade das culturas.

§ 6º - Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expressos

nos Anexos VII, VIII, IX e X a esta Portaria, as detecções de eventuais ocorrências de

resultados acima do VMP devem ser analisadas em conjunto com o histórico do

controle de qualidade da água.

§ 7º - Para populações residentes em áreas indígenas, populações

tradicionais, dentre outras, o plano de amostragem para o controle da qualidade da

água deverá ser elaborado de acordo com as diretrizes específicas aplicáveis a cada

situação.

CAPÍTULO VII DAS PENALIDADES

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Art. 42 - Serão aplicadas as sanções administrativas previstas na Lei nº

6.437, de 20 de agosto de 1977, aos responsáveis pela operação dos sistemas ou

soluções alternativas de abastecimento de água que não observarem as

determinações constantes desta Portaria, sem prejuízo das sanções de natureza civil

ou penal cabíveis.

Art. 43 - Cabe ao Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS, e às

Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal dos Municípios, ou órgãos

equivalentes, assegurar o cumprimento desta Portaria.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 44 - Sempre que forem identificadas situações de risco à saúde, o

responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água e

as autoridades de saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e

tomar as medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo

das providências imediatas para a correção da anormalidade.

Art. 45 - É facultado ao responsável pelo sistema ou solução alternativa

coletiva de abastecimento de água solicitar à autoridade de saúde pública a alteração

na frequência mínima de amostragem de parâmetros estabelecidos nesta Portaria,

mediante justificativa fundamentada.

Parágrafo único - Uma vez formulada a solicitação prevista no caput deste

artigo, a autoridade de saúde pública decidirá no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,

com base em análise fundamentada no histórico mínimo de dois anos do controle da

qualidade da água, considerando os respectivos planos de amostragens e de

avaliação de riscos à saúde, da zona de captação e do sistema de distribuição.

Art. 46 - Verificadas características desconformes com o padrão de

potabilidade da água ou de outros fatores de risco à saúde, conforme relatório técnico,

a autoridade de saúde pública competente determinará ao responsável pela operação

do sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo

humano que:

- amplie o número mínimo de amostras;

- aumente a frequência de amostragem; e

- realize análises laboratoriais de parâmetros adicionais.

Art. 47 - Constatada a inexistência de setor responsável pela qualidade

da água na Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

os deveres e responsabilidades previstos, respectivamente, nos arts. 11 e 12 desta

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Portaria serão cumpridos pelo órgão equivalente.

Art. 48 - O Ministério da Saúde promoverá, por intermédio da SVS/MS, a

revisão desta Portaria no prazo de 5 (cinco) anos ou a qualquer tempo.

Parágrafo único - Os órgãos governamentais e não governamentais, de

reconhecida capacidade técnica nos setores objeto desta regulamentação, poderão

requerer a revisão desta Portaria, mediante solicitação justificada, sujeita a análise

técnica da SVS/MS.

Art. 49 - Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses,

contados a partir da data de publicação desta Portaria, para que os órgãos e entidades

sujeitos à aplicação desta Portaria promovam as adequações necessárias ao seu

cumprimento, no que se refere ao monitoramento dos parâmetros gosto e odor,

saxitoxina, cistos de Giárdia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp.

§ 1º - Para o atendimento ao valor máximo permitido de 0,5 uT para

filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta), fica estabelecido o prazo de

4 (quatro) anos para cumprimento, contados da data de publicação desta Portaria,

mediante o cumprimento das etapas previstas no § 2º do art. 30 desta Portaria.

§ 2º - Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses,

contados a partir da data de publicação desta Portaria, para que os laboratórios

referidos no art. 21 desta Portaria promovam as adequações necessárias para a

implantação do sistema de gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados

na NBR ISO/IEC 17025:2005.

§ 3º - Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses,

contados a partir da data de publicação desta Portaria, para que os órgãos e entidades

sujeitos à aplicação desta Portaria promovam as adequações necessárias no que se

refere ao monitoramento dos parâmetros que compõem o padrão de radioatividade

expresso no Anexo VIII a esta Portaria.

Art. 50 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão

adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento desta Portaria.

Art. 51 - Ao Distrito Federal compete as atribuições reservadas aos

Estados e aos Municípios.

Art. 52 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 53 - Fica revogada a Portaria nº 518/GM/MS, de 25 de março de 2004,

publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, do dia 26 seguinte, página 266.

ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA

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ANEXO B

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ANEXO C

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ANEXO D

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ANEXO E

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ANEXO F

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ANEXO G