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Disciplina: MIN238 – 11 ENGENHARIA DE PROCESSOS Prof. Miguel G. P. Sánchez - I - Semestre de 2009 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Minas

Engenharia de Processos - Apuntes Siderurgia MIN238 2010 I Aglomeração

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Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de MinasDisciplina: MIN238 – 11 ENGENHARIA DE PROCESSOS Prof. Miguel G. P. Sánchez - I - Semestre de 2009Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de MinasCAPÍTULO I INTRODUÇÃO À SIDERURGIAIntrodução à Siderurgia Definição Siderurgia é a parte da tecnologia metalúrgica que engloba os processos de obtenção de produtos à base de ferro, na forma de graneis (ferro-esponja), lingotes (gusa), laminados plan

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Disciplina: MIN238 – 11 ENGENHARIA DE PROCESSOS

Prof. Miguel G. P. Sánchez - I - Semestre de 2009

Universidade Federal de Ouro PretoEscola de Minas

Departamento de Minas

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO À SIDERURGIA

Universidade Federal de Ouro PretoEscola de Minas

Departamento de Minas

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Definição

Siderurgia é a parte da tecnologia metalúrgica que engloba os processos de obtenção de produtos à base de ferro, na forma de graneis (ferro-esponja), lingotes (gusa), laminados planos, tubulares e perfilados (aços comuns e especiais) com características de qualidade requeridos pelo mercado consumidor: Industria automobilística, eletro-domésticos, construção em geral, química, mecânica, petroquímica e fundições, entre outros.

Introdução à Siderurgia

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Siderurgia – Matéria Prima – Minério de Ferro1. MAGNETITA: Fe3O4 Cor cinza escura a preta. Contém até 72,4% de Fe. Rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.

2. HEMATITA: Fe2O3 Cor cinza brilhante e vermelho marrom. Contém até 69,5% de Fe.Constituinte da maioria dos minérios de ferro no Brasil, é de origem metamórfico.

3. LIMONITA: Fe2O3 . nH2O Cor amarela a marrom, contém entre 52,3% até 60,3% de Fe. É um óxido hidratado com misturas variadas de goetita (αHFe2) e lepidocrocita (ßFe2O3OH2).

4. SIDERITA: FeCO3

Cor clara a cinza esverdeado. Carbonato de ferro, com 48,3% de Fe.

PIRITA: FeS2 (Marcassita)Logo da ustulação na produção de ácido sulfúrico, transforma-se em óxido com até 45,0% de Fe.

ILMENITA : FeTiO3 Até 36,8% de Fe.

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Siderurgia – Matéria Prima – Minério de Ferro

Outras substancias típicas nas jazidas:Carbonatos, Sílica, Alumina, Argila, Enxofre, Fósforo, Manganês e Magnésio

BIF: rocha sedimentar ou metassedimentar química ou vulcanoquímica estratificada, 50% de Fe, camadas ritmicamente alternadas de óxidos, carbonatos ou silicatos de ferro.

Itabirito: formação ferrífera bandada (BIF) metamorfisada, 30 a 55% de Fe, níveis de hematita (±magnetita) e silicatos.Itabirito duro (ID): compacto, 43,7% FeItabirito brando (IB): bandado – friável, 54,1% Fe

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Siderurgia – Matéria Prima – Minério de Ferro

Hematita Semibranda (HSB): minero bandado, hematita – martita, 66,7% Fe.

Hematita Branda (HB): hematita cinzento-escuro, 66,3% Fe.

Hematita Dura (HD): minério compacto, constituído por especularita, com ou sem óxidos ferríferos, sem quartzo, 66,2% Fe.

Hematita Semidura (HSD): minério bandado, especularita+martita – goethita+limonita, 65,9% Fe.

Canga de minério: trata-se do material limonítico (óxidos hidratados de ferro), com argila e pobre em fragmentos detríticos, entre 56,8% e 64,1% Fe, conforma comumente o capeamento das jazidas.

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Siderurgia – Fonte de ferro

Operações mecânicas

LavraBritagemMoagemPeneiramento (classificação pelo tamanho) Homogeneização

Classificação gravimétricaFlotaçãoLavagemCalcinaçãoConcentração magnética

Classificação e concentração

Aglomeração

BriquetagemNodulizaçãoSinterizaçãoPelotização

Principais operações de beneficiamento empregadas na mineração de ferro.

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Objetivo: Redução de Tamanho

Tipos Primária : 1200 mm 300

mm Secundária : 300 mm 50

mm Terciária : 50 mm 6,35 mm

Equipamentos Britadores Giratórios Britadores de Mandíbulas

BRITAGEMBRITAGEM

BRITADOR DEMANDÍBULAS

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Objetivo: Separação por Tamanho

Equipamentos Peneiras Vibratórias Classificadores Hidrociclones

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

HIDROCICLONE

PENEIRAVIBRATÓRIA

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Objetivo: Separação de Minerais

Tipos Gravimétrica

Jigues: - 6,35 a 1,0 mm Espirais: - 1,0 mm a 0,15

mm Magnética

Separadores Magnéticos: - 1,0 mm ou - 0,15 mm

Físico/Química Células de Flotação:

Mecânicas ou Coluna: - 0,15 mm

Necessidade de Moagem

CONCENTRAÇÃOCONCENTRAÇÃO

CÉLULA DEFLOTAÇÃO

MOINHO

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Siderurgia – Fonte de ferro

Bitolado: Padronização granulométrica das matérias primas em tamanhos adequados para uso posterior (homogeneização, transporte, estocagem, metalização, fundição ou comercialização).

BITOLADOS

Lavra

Finos < 10 mmMédios, de 10 a 25 mmGrossos, de 25 a 100 mmBruto (lump, ROM), < 1200 mm

Minério granulado entre 10 a 50 mmMinério de 0,07 a 9 mm Sinter de 6 a 40 mmMinério < 0,04 mm Pellets de 10 a 25 mm

Minério no alto-forno

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GranuladosSiderurgia Siderurgia

Pellet Feed

Sinter Feed

Pelotização

Britagem

Classificação

Concentração

Siderurgia – Fonte de ferro

BITOLADOS

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter

Na mineração de Ferro: 55% finos < 10 mm.Operação de alto-forno: requere de minério médio mínimo entre 10 e 30mm.Sinterização: recebe os materiais entre 0,1 e 10 mm,

Sinterização = Reconstituir por aglomeração a partir de materiais finos a pedaços grandes de minério, adequados ao carregamento e operação do alto-forno.

Consiste na semi-fusão redutora-oxidante (1200 – 1400°C) de misturas de matérias primas dosadas + umidade controlada + combustível.

CALOR

Fundentes,Adições

Água,CoqueM

atér

ias

prim

as

(fin

os)

Mis

tura

me

nto

Sinterização

Tra

tam

en

to

Me

cân

ico

SÍNTERSÍNTER

Fumaça

Finos

Massa Porosas

Aspiração do ar (exaustão)

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter

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Forno de ignição

Alimentador

Chaminé

Exaustor Caixa deDespoeiramento

Tambor de mistura

A B C D E F

Silos de armazenagem

INSUMOSA:Finos de retornoB:Finos de minérioC:CoqueD:CalcárioE:Pó de alto fornoF:?

Fragmentação do bolo de sinter

Peneiramento a quente

Sinter

Peneiramento a frioFinos de retorno

Resfriador rotativo

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter – Sinterização

Grelhas móveis

Ignição

Carga

Grelha falsa Sínter

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter – Sinterização

Alimentação: 27% < 5 mm, 73% 5 < < 10 mm.Grelha falsa: briquetes entre 20 e 25 mm ; 7% da carga.Coque: < 1,6 mm ; 8 a 12% na carga; distribuição / evitar elevada t°CUmidade da mistura: 6 a 12%; equilíbrio: aglomerante – porosidade da camada – permeabilidade.Calcário: < 3,0 mm ; aglomerante – reduz formação de silicatos de ferroIgnição: inicio entre 800 - 1000°C (20 – 30 s) ; manter um frente de igniçãoAltura da Camada: > H eficiência térmica ; < H maximização permeabilidade.Velocidade da esteira (v) = V (H / L) ; V: sinterização ; H: altura camada ; L: comprimento da máquina.Densidade de Carga: > ρ < permeabilidade

--- Produto ---retorno por peneiramento: (< 5 mm) em média 35% ;Material à redução: 66% entre 5 < < 50 mm ; com < 4% < 5 mm

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Fonte: Tetti U. 2004

Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter – Sinterização

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter – Sinterização

Mecanismo da Sinterização: - Físico: transferência de calor da parte superior à inferior- Químico: combustão do combustível (coque) gerando reações químicas que evoluem em função da reatividade dos materiais, quantidade de combustível, umidade e composição química da mistura.

Zona Úmida: t < 100 °C

Zona de Secagem: t entre 100 e 500°C

Zona de Reação: t > 900°C 1200°C

Zona de Resfriamento: t < 900°C

t passa rapidamente de 100 e 500°C 1200°C

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Siderurgia – Fonte de ferro – Sínter – Sinterização

Na zona úmida:

CaO + H2O Ca (OH)2 + Calor

Na zona de Secagem:

H2O l (H2O) g – Calor

Ca (OH)2 CaO + H2O – Calor

Na zona de Reação:

2C + O2 2CO + Calor

C + O2 CaO2 + Calor

CaCO3 CaO + CO2 – Calor

binárias

2CaO . Fe2 O3

CaO. Fe2 O3

CaO . 2Fe2O3

Ternárias

CaO . FeO . Fe2 O3

3CaO. FeO . 7Fe2 O3

4CaO . FeO . 4Fe2O3

CaO. 3FeO . Fe2 O3

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets

PELOTIZAÇÃO

ACIARIA

REDUÇÃO

PELOTAS

ALTO FORNO

REDUÇÃO DIRETA FERRO ESPONJA

FERRO GUSA

FORNOS ELÉTRICOS

CONVERSORES A OXIGÊNIO

AÇO

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets I – PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS

Minério de ferro: Finos e/ou concentrados ( 100%< 0,15 mm ; )Moagem (Moinho de bola): 80 a 95% < 0,044 mm ; superfície especifica 1450 cm2 / g.Classificador - hidrocicloneConcentração - espessadorFiltração - filtro de vários discos : reduze a umidade < 8%Adição de aglomerante e aditivos: (2 – 3%) cal hidratada, bentonita, dolomita, etc.

II – FORMAÇÃO DAS PELOTAS CRUAS (Pelotamento)

Rolamento: Tambores, DiscosDiscos ou Cones rotativos(Aderência capilar da água + ação rotativa pelota)Peneiramento em rolos: 85 – 95% retido + 10,0 mm e – 16,0 mm

III– PROCESSAMENTO TÉRMICO

Forno: Verticais (Cuva), Rotativos (Grate-Kiln) ou Grelhas móveis Grelhas móveis (Lurgi-Dravo ou Dwight-Lloyd)

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets – Pelotamento

Disco pelotizador

Rotação: 15 rpmInclinação: 45º

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets – Pelotamento

Disco pelotizador

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Disco pelotizador (rolamento)

Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets – Pelotamento

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pellets – Pelotamento

Fatores que influenciam nos mecanismos de união:

Teor de umidade.Características físicas das partículas.Tipo e quantidade de aglomerante. Equipo utilizado.Estrutura dos porosCaracterísticas químicas da matéria prima.E outros

Película de água + aglomerante

Partícula

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Siderurgia – Fonte de ferro – Pelotas (Pellets)

Fe2O3Fe2O3 – Fe2O3

Pontes1200°C

CaO CaO . SiO2 ; 2CaO . SiO2 ; CaO . Fe2O3

Complexos

Pelotas Matéria prima para Reatores SiderúrgicosResistência física para o transporteBaixos teores de impurezas (fósforos, enxofre, álcalis, etc.)Alta redutibilidadeBaixo inchamento

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

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LinhitoAntracito

Betuminoso (Hulha)Betuminoso (Hulha)

Sub-betuminoso

TurfaCoque Metalúrgico

Coque Petróleo

Carvão VegetalSiderurgia – Fonte de Redutor Sólido

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

O carvão compõe-se, principalmente de matéria orgânica de origem vegetal, que se alterou por decomposição, resultado da compressão e aquecimento durante longos períodos de tempo submersos na crusta terrestre. Além da matéria orgânica, contem constituintes minerais (da mesma planta) e de outros componentes inorgânicos arrastados durante sua formação.

Para expressar a composição do carvão, usam-se dois tipos de análise: análise elementar (elementos químicos mais importantes) e análise industrial (mais comum),

Elementar % Industrial %

Umidade 9,61 Umidade 9,61

Cinzas (corrigidas) 9,19 Cinzas 9,37

Carbono 66,6 Carbono fixo 50,34

Hidrogênio livre 3,25 Materiais voláteis 30,68

Enxofre 0,49

Nitrogênio 1,42

H2O combinada 9,44

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

1 kilocalorie [15° C] = 3.9673727 Btu1 kilogram = 2.2046226 pound

kilocalorie/kilogram * (3.9673727 / 2.2046226) = Btu/libra

kilocalorie/kilogram * 1.79957 = Btu/libra

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Qualidade, ou grau de carbonização do carvão:

(proporção combustível)

A qualidade combustível de um carvão define-se como a relação entre a sua percentagem de carbono fixo e a de materiais voláteis.

Qualidade ou grau de carbonização

Proporção combustível

Antracite 10 a 60

Semiantracite 6 a 10

Semibetuminoso 3 a 7

Betuminoso 0,5 a 3

Combustíveis de qualidade menor aos betuminosos, como são sub-betuminosos e lenhitos, podem estar dentro do intervalo dos betuminosos, mas, sua qualidade é caracterizado pelos teores elevados de água e oxigênio.

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Poder calorífico do carvão: (potencia calorífica)

O poder calorífico superior (P.C.) de um carvão pode determinar-se por medida calorimétrica direta e expressar-se geralmente em BTU / libra ou Kcal / Kg.

Logo o P.C. inferior obtém subtraindo do P.C. superior , o calor de vaporização a 25 ºC da água.

P.C. inferior = P.C. superior – 8,94 x H x 1050

P.C. =(BTU/libra)

H = (fração ponderal do hidrogênio total, incluindo o livre e da água (umidade e combinada)

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Poder calorífico do carvão: (Dulonng)

Uma aproximação aceitável do poder calorífico (P.C.) de um carvão pode obter-se considerando cada um dos constituintes combustíveis, carbono, hidrogênio livre e enxofre, no seu estado elementar.

P.C. superior = (14490 x C) + (61000 x Hα) + (5550 x S)

P.C. superior = poder calorífico , em BTU/libra

C, Hα, S = frações em peso de carbono, hidrogênio livre e enxofre, respectivamente.

Elemento Poder calorífico, em BTU/lb

Carbono 14490

Hidrogênio (total) 61000

Hidrogênio (livre) 51610

Enxofre (FeS2): considerando que os elementos se queimam ou transformam em SO2 e Fe2O3

5550

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Poder calorífico do carvão: (Uehling)

Relação entre a potência calorífica do carvão por libra de carbono total e a sua qualidade.

Qualidade P.C. Teor de hidrogênio disponível

Coque 14490 0,0

Antracite 16100 0,029

Semibetuminoso

17400 0,049

Betuminoso 17900 0,054

Sub-betuminoso 17600 0,045

Lenhito 17100 0,037

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Um carvão forneceu as seguintes análises:

1- Determine a qualidade ou grau de carbonização deste carvão.

2- O poder calorífico superior pela fórmula de Dulong.

3- O poder calorífico superior pela formula de Ueling.

4- O teor de hidrogenio disponível pelo método de Ueling.

Elementar % Industrial %

Umidade 2,97 Umidade 2,97

Cinzas (não corrigidas) 2,94

Carbono 84,39 Carbono fixo 56,34

Hidrogênio disponível

4,81 Materiais voláteis 37,75

Enxofre 1,02

Nitrogênio 2,00

H2O combinada 7,78

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Siderurgia – Fonte de Redutor Sólido

Linhito

Antracito

Betuminoso (Hulha)Betuminoso (Hulha)

Sub-betuminoso

Turfa

92 - 96

82 - 92

Carbono%

73 - 82

65 - 73

55 - 65

Umidade%

< 3

5 - 10

15 - 30

20 - 40

> 70

Cinzas%

2 - 3

3,5 - 9,1

4 – 6,5

6 - 7,5

8 - 15

Poder calórico (MJ/Kg)

23 -33

24 - 35

20 - 21

10 - 20

9 - 14

Coque Metalúrgico < 5 < 9 29,29

Coque Gás 22,59

Coque Petróleo 10 0,2 35,5988

Coque Lenha (pouco comum) 31,82

Carvão Vegetal 31,40

Car

vão

Min

eral

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Siderurgia – Coque Siderúrgico

10 – 20 mm

3 – 0,5 mm

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Siderurgia – Coque Siderúrgico

O coque é formado pela “destilação”, em fornos de coqueificação com atmosfera e temperatura controladas, de uma mistura de carvões mineraismistura de carvões minerais que devem possuir propriedades físico-químicas tais que o coque produzido seja capaz de atender a requisitos de qualidade.

Propriedades Físico–Químicas do Carvão Mineral

Carbono fixo ; umidade ; cinzas ; enxofre ; fluidez ; refletância ; dilatação

Coqueificação(média 1200ºC)

Propriedades Físico–Químicas do Coque

Carbono fixo entre 78 e 90%Carbono fixo entre 78 e 90%Baixa umidadeAlta resistência mecânica à compressãoElevada porosidadeFacilidade de queimaAlto ponto de fusão Elevado poder caloríficoElevado poder caloríficoReatividade com COReatividade com CO22

Baixos teores de S, P e cinzas

Gás e Subprodutos

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Siderurgia – Coque Siderúrgico - Coqueificação

Vista geral de uma bateria de fornos para coqueificação (Koppers Company).

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Seqüência de operações em um dos fornos de coqueificação

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Siderurgia – Coque Siderúrgico – Coqueificação

Principais Produtos Obtidos pela Destilação do Carvão Mineral

Carvão

Gás Impuro

Alcatrão

Amônia

Enxofre

Óleos Leves

Gás Combustível

Coque

100ºC : evaporação da umidade

350 - 420ºC : derramamento das substancias betuminosas e transformando ao carvão numa massa plástica

600ºC : carvão se aglomera numa massa dura

> 600ºC : coque

1000 Kg CM 750 Kg coque + 300 m3 gases

(britagem 50 – 100 mm no AF)

>85% CVoláteis <2%

S <1%> 29 MJ/Kg

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Siderurgia – Fonte de fundentes

Os Fluxantes mais empregados são o calcário (CaCO3) e a dolomita (CaCO3 .

MgCO3) . Também são utilizados a cal (CaO) e a magnésia (MgO)

Aquecimento a temperaturas superiores a 900ºC

Calcário (CaCO3) CaO + CO2

Dolomita (CaCO3 . MgCO3) MgO + CaO + CO2

O tempo de aquecimento depende do tamanho da matéria prima

25 mm 1,5 h

125 mm 8,0 h

A relação entre os óxidos ácidos (SiO2) contida na ganga do minério de ferro e os óxidos básicos (CaO e MgO) influi na viscosidade da escória e no poder dessulfurante.

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Bibliografia consultada

Houghen O. A. Watson K. M. Ragatz R. A. 1972. Princípios dos Processos Químicos. I Parte – Balaços materiais e energéticos. Versão portuguesa. Editora Lopes Da Silva. Porto. 591 p.