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IGREJA CATÓLICA São Pedro, São Paulo e Santo Antonio p. 2, 6 a 8 ENCARTE Demonstrações financeiras 2014 3 0 ENCONTRO NACIONAL Tríduo Preparatório p. 42 Equipes de Nossa Senhora Ano LV• jun-jul - 2015 • nº 490 A caminho do Encontro Nacional APARECIDA 2015 CARTA Mensal

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IGREJA CATÓLICASão Pedro, São Paulo

e Santo Antonio p. 2, 6 a 8

ENCARTEDemonstrações financeiras 2014

30 ENCONTRO NACIONAL

Tríduo Preparatório

p. 42

Equipes de Nossa Senhora

An

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º 490

A caminho doEncontro Nacional

ApArEcidA 2015

CARTAMensal

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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Foto capa (casal) - Henrique Rodrigues da Cunha - Responsável: Ivahy Barcellos - Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 24.600 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fer-nanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

EnCaRtEDEMOnStRaÇÕES FInanCEIRaS 2014

EDIToRIAL ............................................01

SuPER-REgIãoSão Pedro e São Paulo AD intra - AD extra ...............................02Misericórida, Senhor! ..........................03Servir com amor ...................................04Respeito da pessoa humana .................05Seja de Pádua ou LisboaAntônio é um exemplo de santidade ....06os homenageados dos festejos juninos ..............................08

CoRREIo DA ERIDiscípulos Missionários ........................09Zona Euráfrica amizade e comunhão ...10

IgREjA CATóLICACorpus Christi ..........................................12o pão do céu e a bebida da salvação ...13o Viver das equipes de Nossa Senhora ...15

VIDA No MoVIMENToProvíncia Leste .....................................16Província Sul II ......................................17Província Sul III .....................................17

RAíZES Do MoVIMENToSois Católicos? .........................................19Mas afinal, quem é a virgem para o Senhor? ....................................20

ACERVo LITERÁRIo Do PADRE CAFFARELSeguindo os escritos do Padre Caffarel ....21

BEATIFICAção Do PADRE CAFFARELAtualização no processo de beatificação .....................................23

TESTEMuNHo Rubens, um legado de fé! ....................26 uma equipe de membros antigos .........27Vida de equipe experiência dos primeiros cristãos .........................28Há 62 anos equipista ...........................29

PARTILHA E PCEjovens casais e os PCE ..........................31PCE na prática .....................................32

REFLEXãoÉ preciso dialogar .................................34Como está minha fé?. ............................ 35o amor e os sentidos . .........................36“o caminhar com Cristo” . ...................37

FoRMAçãoViver os PoNToS CoNCREToS DE ESFoRço ......................................... 38Coparticipação um processo em evolução .........................................39

3o ENCoNTRo NACIoNALEncontro de alegria! ............................40o logo e o hino do 3o Encontro . ..........41Tríduo preparatório para o 3o Encontro Nacional das ENS do Brasil ..................42

NoTíCIAS .............................................46

CaRta MEnSaLn0 490 • jun/jul 2015

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Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais Dos tempos”

Queridos Irmãos Equipistas: Paz e Alegria do Senhor! Desde o mundo antigo, as peregrinações, sob o ângulo

histórico e religioso, consistiam em jornadas realizadas individualmente ou em grupo para um determinado lugar consagrado, uma cidade ou um templo marcado por um acontecimento especial.

As peregrinações cristãs têm sua fonte de inspiração no Antigo Testamento, na história de Abraão e nas andanças do povo israelita, retratadas, por exemplo, no Êxodo. Jesus também tinha o hábito de peregrinar a Jerusalém.

Vamos a Aparecida movidos por algo muito importante: celebrar juntos  a vida da família, fazendo a experiência da unidade e da comunhão.

Desejamos um Encontro santo, revelador, integrador, demonstrador do carisma deste Movimento. Que ele seja mais um pilar de sustentação das ENS no mundo.

Ainda este mês celebramos São Pedro, São Paulo e San-to Antônio. Padre Paulo Renato, SCE-SRB e Frei Arthur, SCE da Província Leste,  nos falam sobre eles, suas inspirações e motivações.

Que o Corpo e o Sangue de Cristo, celebrados  nesse dia 4 de junho, nos fortaleça ainda mais em nossa fé .

 Boa Leitura!

Fernanda e MartiniCR da Carta Mensal

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Neste mês estamos celebrando a festa de São Pedro e São Paulo. Celebrar esses dois após-tolos tem uma grande importância para a vida e a missão da Igreja. Po-demos dizer, sem des-merecer a memória de outros grandes homens e mulheres do Cristianismo, que Pedro e Paulo são as “colunas da Igreja”. Celebrá-los juntos nos recorda uma men-sagem eclesiológica fundamental: a missão da Igreja é ad intra e ad ex-tra! O que significa isso?

Quem já teve a oportunidade de visitar a Basílica de São Pedro, no Vati-cano, ou mesmo apreciá-la por fotos, deve recordar que são as imagens de Pedro e Paulo, em grande destaque, de um lado e de outro na entrada da Basílica Vaticana, que “dão as boas vindas” aos fiéis peregrinos que che-gam do mundo inteiro. Além das “boas vindas”, as imagens de Pedro e Paulo transmitem uma mensagem.

A figura de Pedro evoca, por sua missão recebida de Cristo, a preo-cupação com o cuidado interno da Igreja: “... tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.” (Mt 16,18). São a ele confiadas a condu-ção da Igreja e a missão de mantê-la fiel ao Projeto de Deus. O governo da Igreja exige fidelidade que, depois de Pedro, vai sendo exercida pelos Papas em todas as diversas circunstâncias da História.

Paulo é o apostolo dos gentios, ou

seja, o apostolo daque-les que não são judeus. Sobre ele pesa a respon-sabilidade de anunciar a Palavra de Deus aos fiéis de culturas fora do Juda-ísmo. Paulo anuncia aos gregos a verdade sobre Jesus Cristo alargando as

fronteiras do Evangelho até os con-fins da Terra. Em ambientes diversos e muitas vezes hostis, Paulo não deixa de anunciar o que acredita ser a me-lhor notícia: Jesus Cristo.

Caríssimos, celebrar esses dois apóstolos é celebrar a missão da Igreja que está direcionada em dois flancos: para dentro e para fora (ad intra e ad extra). A Igreja tem a res-ponsabilidade de cuidar, zelar, formar e ajudar os fiéis a manterem-se den-tro do caminho trilhado por Jesus. Sem descuidar dessa dimensão inter-na, é também sua responsabilidade anunciar aquilo que ela acredita ser a melhor mensagem para um mundo mais humano, justo e solidário: a boa notícia do Evangelho.

Neste mês, renovemos nossa fide-lidade à Igreja, pedindo a intercessão de Pedro para que continuemos fiéis ao Evangelho e, ao mesmo tempo, a intercessão de Paulo para que a ousa-dia desse mesmo Evangelho nos im-pulsione para além dos nossos limites, anunciando sempre a Boa Nova.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

São PEDRo E São PAuLoad intra – ad extra

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Tudo em nossa vida começa com um encontro. E Jesus já está à nossa espera... e nos dá muitas oportunidades de nos encontrar-mos com Ele, e uma delas este mês é no Santuário de Aparecida, um lugar especial no qual a Mãe fará chegar nossa prece junto a Ele.

Ele nos diz: “Sede misericor-diosos, como também vosso Pai é misericordioso.” ( Lc 6, 36).

E o lugar privilegiado deste encontro é a misericórdia de Je-sus, em relação aos nossos peca-dos.

O caminho mais fácil é acusar, julgar e condenar os outros, mui-tas vezes pelas nossas próprias faltas: “Mas quem sou eu para julgar, se sou capaz de cometer ações piores?”. Este pensamento é o nosso trunfo para iniciarmos a mudança.

A capacidade de se envergo-nhar e acusar a si mesmo, sem “terceirizar” nossa culpa, faz sur-gir em nós o desejo de responder, de mudar e vislumbrar uma vida diferente, uma vida na qual nos tornamos mais generosos e mise-ricordiosos com os outros.

Não tenhamos vergonha de sentir vergonha diante de Deus, pois isto é uma virtude!

As impurezas e maldades que temos no coração só podem ser eliminadas com um gesto: bon-dade. “Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem”, como nos fala o profeta (Isaías 1, 17).

A Boa Nova deve transparecer em nosso rosto, nas nossas atitu-des e na maneira como tratamos os outros.

Ser fiéis ao nosso carisma sig-nifica “manter aceso o fogo e não adorar as cinzas”, nos diz Mahler.Centrados em Cristo, podemos ser braços, pés, mãos, mente e coração para servir Je-sus em cada pessoa marginaliza-da, abandonada e sem fé, muitas vezes decepcionada com a Igreja, com o Movimento, ou prisioneira do seu próprio egoísmo.

Francisco nos diz: “A luz de Cristo ilumina os momentos mais sombrios da nossa existência, e podemos compartilhá-la sorrindo com quem sorri, chorando com quem chora, caminhando com quem perdeu a esperança, con-tando nossa experiência de fé a quem busca um sentido para a vida e para a felicidade”.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

MISERICóRIDA, SENHoR!

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Nós, Cidinha e Vail, desde o Colegiado Nacional de agosto de 2014, atendendo ao chamado do Senhor, dissemos sim para as-sumir a responsabilidade que nos foi confiada como Casal Secreta-ria/Tesouraria da SRB.

Quando se fala em Secreta-ria/Tesouraria, vêm logo à nossa mente trabalhos burocráticos, fi-nanças, órgãos governamentais, como se essas atividades fossem desvinculadas da vida cristã.

Cremos que os cristãos estão no mundo para servir a Deus e evangelizar o povo que ainda não O conhece, e isso implica abrir mão de alguns confortos também para cumprir alguma missão que lhes seja atribuída, que envolve compromissos com o Reino de Deus na sociedade em que estamos inseridos e que, por sua vez, possui regras.

Nesse sentido, temos que pensar no Movimento como uma organização que, como tal,

exige algumas atitudes dos seus equipistas. Uma das necessida-des urgentes é o recadastramen-to dos seus membros. Pensando nisso, lembramo-nos que no tempo de Jesus eram difíceis as viagens para chegar ao local do recenseamento, e hoje dispomos da tecnologia e não podemos retroceder a esse avanço que é uma realidade e nesta perspec-tiva é que devemos juntos, com amor, assegurar a qualidade do nosso sistema Magnificat, atua-lizando-o.

Quanto à Tesouraria, sentimo--nos muito honrados em partici-par da SRB também nessa área, por entendermos que é de gran-de responsabilidade administrar as finanças que nos são confia-das pelo povo de Deus.

Agradecemos a acolhida, o carinho e as manifestações de apoio e amor cristão que rece-bemos todos os dias dos nossos queridos irmãos equipistas.

Pedimos a vocês que nos acompanhem com suas orações, que invoquem as luzes do Espíri-to Santo pela intercessão de Nos-sa Senhora, para o nosso fortale-cimento e para que façamos este trabalho com zelo, fidelidade e temor de Deus. Abraços carinho-sos em Cristo.

Cidinha e VailCR Secretaria/Tesouraria

SERVIR CoM AMoR

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Ao falar da pessoa, o pensamen-to cristão reconhece que, ao longo de sua história, o ser humano sempre se questionou a respeito do seu va-lor, dignidade e posição no mundo. Mediante as mais variadas formas, no mais profundo da sua interiorida-de, a pessoa também se perguntou, e ainda se pergunta o que de fato ela é, quais as suas características es-senciais e como buscar explicações racionais que possam satisfazê-la a respeito do valor da sua própria vida humana e do seu processo de perso-nalização.

A dignidade da pessoa humana é tão antiga quanto o próprio homem. Este tema nos faz repensar se esta-mos respeitando a nós mesmos e a pessoa que está ao nosso lado.

Sem o reconhecimento e respeito da dignidade mútua, não se estabe-lece um relacionamento verdadeira-mente cristão entre duas pessoas. Portanto, reconhecer e respeitar a dignidade própria e a do outro é pré-requisito para relacionamentos cristãos. Pois a dignidade procede do fato de cada um de nós ter sido criado por Deus, à Sua imagem e se-melhança (Gn1, 27). Este dom, dado por Deus, é perene. Ninguém pode tirar e nem o próprio Deus o toma de volta. Então, toda pessoa, indepen-dente de como vive, tem dignidade.

“Todos os homens são essencial-mente iguais, perante Deus e pe-rante os outros homens. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem. Sua missão divina é de ser

o RESPEITo DA PESSoA HuMANA

coparticipante na obra criadora de Deus e de construir o Reino de Deus, nesta terra. Foi originalmente consti-tuído por Deus em estado de justiça; tem uma vocação altíssima, sublime, divina: é chamado por Deus à comu-nhão perpétua na vida eterna; para a comunhão com Deus, em Cristo; para participar da natureza divina; tem por isso capacidade de conhe-cer e amar a Deus; autor, centro e fim de toda a vida econômico-social; é e deve ser o princípio, sujeito de todas as instituições sociais” (Gau-dium et Spes).

A passagem do Evangelho de Jesus segundo Marcos (10, 46-52), fundamento e inspiração da nossa reflexão, retrata a história da cura do cego Bartimeu e permi-te que percebamos: 1) Bartimeu como representante daqueles que estão em miseráveis condições e que pouca ou nenhuma chance têm de sair dessas situações – a não ser que sejam alcançados por Cristo, repre-sentado, hoje, pelos seus seguidores; 2) Bartimeu como exemplo daqueles que exercem fé salvífica em Jesus, fé que leva à ação do seguimento;

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3) Bartimeu como discípulo de cora-gem, que não mede esforços nem sacrifícios para seguir o Filho de Davi – mesmo que esse seguimento leve à cruz; 4) Jesus como o compassivo Salvador, o Messias de Deus que, prontamente, se detém para atender um grito por ajuda.

Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa ora-ção, passa às vezes mais perto, para que nos atrevamos a chamá-lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que a graça passe como a água da chuva sobre a terra dura. Temos de gritar para Je-sus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!

Ao chamar por Ele, consolam-nos

São Paulo ve-mos uma es-treita proximi-dade temporal com a figura salvadora de Cristo Jesus. Com São João Batista, temos aquele que preparou o caminho do Messias e foi um dos protagonistas do batismo de Jesus e a confirma-ção de sua divindade pela presença do “Espírito em forma de pomba”. (cf. Lucas 3, 22). Da mesma forma, vemos a figura de Pedro junto a Je-sus recebendo o comando do gru-po e de sua futura igreja (cf. Mateus

estas palavras de São Bernardo, que tornamos nossas: “O meu único mé-rito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”.

O Mestre mostra o respeito e a gentileza que são devidos ao próxi-mo: quando talvez parecesse óbvio que o desejo daquele cego era voltar a ver, Jesus quis saber dele próprio: “o que você quer que eu faça por você?”. Nós, Igreja de Jesus, deve-mos segui-lo no cuidado dos irmãos, sem nos esquecermos de ouvi-los com carinho e atenção.

Bete e Carlos AlbertoCR Província Leste

SEjA DE PÁDuA ou LISBoA, ANTôNIo É uM EXEMPLo DE SANTIDADE

Os santos são exemplos concre-tos de que a vontade de Deus pode se manifestar de maneira efetiva na vida de todos aqueles que creem no amor de Deus e vivem segun-do os seus preceitos. Como nos diz Santo Agostinho no sermão 23, 4: “Nossa vocação é o amor, e o nos-so destino é participar da santidade do Amor.” Nesse sentido, temos a oportunidade de nos inspirarmos na figura de quatro grandes santos de nossa caminhada cristã católi-ca na história: Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo, os conhecidos e festejados “santos juninos”.

Em São João Batista, São Pedro e

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16, 18-19). E em São Paulo vemos aquele que assume a sua conversão como ponto de partida para uma nova vida (cf. Atos dos apóstolos 9, 4-5), transformando a experiência do contato interior com Jesus em razão primeira para ser anunciador da Palavra de Deus e expandir sua mensagem universal.

Dentro deste contexto de exem-plos de santidade, onde entra San-to Antônio?

Na verdade, sua história de vida cristã começa no final do século XII quando foi batizado com o nome de Fernando na cidade de Lisboa, Portugal. Sempre dedicado aos es-tudos, o jovem Fernando entrou no mosteiro de São Vicente de Fora como noviço da Ordem de Santo Agostinho. Desde seu ingresso mostrou grande habilidade para os estudos sendo enviado para o Mos-teiro agostiniano de Santa Cruz de Coimbra, grande centro de estudos em Portugal em sua época. Nesta cidade, o noviço Fernando conhece os missionários Franciscanos que se dedicavam à pregação e à conver-são cristã. Decidido a dedicar-se a estes dois ideais, ele entra para a Ordem de São Francisco e muda seu nome para Antônio, costume antigo entre aqueles que entram para a vida religiosa. De fato, a mu-dança de nome buscava expressar o desejo e a missão do religioso em sua nova etapa de vida. A de ‘Antô-nio’ seria a meditação, a pregação da Palavra e a pobreza.

Depois de frustrada a sua pri-meira tentativa de missão e prega-ção em Marrocos, o frade Antônio se muda para a região da Sicília, na Itália, até se instalar na cidade de

Pádua, onde desenvolverá grande parte de seus trabalhos. Pela sua grande capacidade intelectual e formação anterior como noviço agostiniano em Portugal, Antônio dedicou-se à pregação e à con-versão dos cristãos, assim como a ministrar aulas de Teologia nas pri-meiras universidades italianas surgi-das no início do século XIII. Junto a sua atividade intelectual, Antônio cultivava a sua espiritualidade com grandes períodos de asceses, reco-lhimento para orações e ajuda aos pobres e necessitados. Sua fama de santidade e milagres correu por todo o território italiano ao longo de sua vida. O frade Antônio mor-reu no dia 13 de junho de 1231, no convento das Clarissas de Arcella, no subúrbio da cidade de Pádua na Itália. No ano seguinte foi canoniza-do pelo Papa Gregório IX e, desde 1263, seus restos mortais se encon-tram na Basílica de Santo Antônio construída nesta mesma cidade.

Sua devoção se fez forte e am-plamente divulgada em nosso país pelos portugueses que o evocavam como Santo Antônio de Lisboa, ci-dade de seu nascimento e começo da vida religiosa. No Brasil, ele é de-votamente comemorado em todo o território no mês de junho e cla-mado pelos fiéis em suas necessi-dades, desde a perda de chaves até enlaces matrimoniais.

Para nós, cristãos, Santo Antô-nio, seja de Pádua ou de Lisboa, é exemplo dos cristãos, como os de-mais que comemoramos no mês de junho, que se dedicam a assumir a Palavra de Deus e a viver conforme a vocação do amor, não importan-do a proximidade histórica, mas a

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cercania ao amor a Deus. Este é o convite de santidade a ser vivido por casais, sacerdotes e religiosos nas ENS. Santo Antônio de Pádua – e também de Lisboa, do Brasil,

de toda Igreja Católica –, rogai por nós.

Frei Arthur Vianna Ferreira, OSASCE da Província Leste

oS HoMENAgEADoS DoS FESTEjoS juNINoS

As festas juninas são eventos tradicionais do calendário brasileiro e um bom retrato da diversidade cultural do país. Mas sua origem remete às festas populares europeias, principalmente de Portugal, que vieram para o Brasil durante o processo de colonização.

Na bagagem, os portugueses trouxeram as comemorações de alguns santos católicos que são celebrados no mês de junho.

Santo Antônio 13 de junhoNormalmente representado em imagens segurando o menino Jesus,

ele é o famoso santo casamenteiro. É invocado para ajudar solteiras e solteiros a encontrarem seu par ideal “arrumar casamento”. Há várias simpatias populares para “pressioná-lo” nessa ajuda aos desesperados: deixá-lo de cabeça para baixo ou, separá-lo do menino Jesus até o pe-dido ser atendido. Ele é eficaz também na busca por encontrar objetos perdidos. É bastante comum também as Igrejas distribuir os tradicionais pãezinhos de Santo Antônio. Em vez de comê-lo, o pão deve ficar guar-dado em uma lata de mantimento para garantir fartura de comida du-rante o ano.

São João 24 de junho O dia 24 é o auge das festividades, exatamente quando se come-

mora o aniversário de São João Batista, o santo festeiro. A lenda diz que nesse dia ele prefere dormir o dia todo para não ver as fogueiras na Terra e ficar com vontade de descer e comemorar também. Por isso mesmo, as pessoas soltam fogos de artifício para tentar acordá-lo. Entre os costumes católicos, a Festa Junina é marcada pelo levantamento do mastro de São João.

São Pedro - 29 de junho Pedro foi um dos doze apóstolos de Jesus, tendo o dia 29 dedicado

a ele. É nesse dia que se rouba o mastro de São João para marcar o fim das festas juninas. Como características do festejo para São Pedro, estão a fogueira em formato triangular e o pau-de-sebo.

Na sua lista de missões, São Pedro é o guardião das portas do céu e responsável por fazer chover na Terra. Além disso, protege pescadores e viúvas.

(Fonte Portal EBC - Leyberson Pedrosa – www.ebc.com.br)

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Na última carta que vos dirigi falei da impor-tância de dois pontos concretos de esforço – o dever de sentar-se e a oração conjugal – como meios fundamentais para promover e viver o mis-tério do amor conjugal. Nunca será demais insistir neste ponto, que para mim representam um aspecto fundamental na meto-dologia do nosso Movimento, para viver o nosso carisma, ou seja, tes-temunhar na Igreja e no mundo o mistério do sacramento do matri-mônio e o ideal da santidade em casal.

A vocação à santidade, carís-simos casais, faz parte essencial do mistério e da missão da Igreja. Aqui se encontra uma das grandes aquisições do Concílio Vaticano II. A Constituição dogmática sobre a Igreja, a Lumen Gentium, dedicou um capítulo inteiro a este tema da vocação universal à santidade, que não diz respeito apenas a um gru-po na Igreja, mas a todos os cris-tãos, desde o Santo Padre ao mais simples dos fiéis: todos somos cha-mados à santidade.

Esta sensibilidade pela vo-cação universal à santidade foi fruto também do nosso Movi-mento, cujo carisma e vocação foi desde o princípio procurar os meios de viver a santidade em casal. «Procuremos juntos», foi a resposta do Pe. Caffarel ao pri-meiro grupo de casais que a ele se dirigiu em 1939, pedindo-lhe

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que os ajudasse nesta procura.

Como horizonte que dá sentido e orientação ao nosso existir, a santi-dade não é uma questão que esteja à mercê das nossas opções pessoais, como uma alternativa

ou como uma possibilidade entre tantas que pudéssemos escolher. Só há dois caminhos, segundo a Escritura e a tradição sapiencial da humanidade: o caminho da vida e da verdade, que nos conduz ao Bem, ao Sumo Bem que é Deus; ou o caminho da falsidade e, por conseguinte, da morte. Na Escri-tura encontramos esta Palavra: co-loco diante de ti dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte (Dt 30, 19). Segue o cami-nho da vida e viverás, que o outro, que parece fácil e atraente, leva--nos para longe de nós mesmos e para a morte, para a destruição do homem e das suas relações, como se pode ver hoje na crise das famí-lias e das sociedades, num mundo profundamente doente.

No documento programático do seu ministério petrino, a exor-tação apostólica Evangelii Gau-dium, o papa Francisco insiste na afirmação de que todos nós, cada qual na sua condição, devemos ser «discípulos missionários» (EG 120), isto é, «enviados» para dar testemunho àqueles que vivem na nossa periferia, ou seja, ao nosso lado, a alegria de sermos discí-pulos do Senhor que nos amou e

DISCíPuLoS MISSIoNÁRIoS

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se entregou por nós, segundo as palavras do apóstolo S. Paulo (Gl 2,20).

Desejo verdadeiramente que esta minha carta vos encontre bem. Recebei as minhas muito cordiais

saudações, ao mesmo tempo que invoco para vós as mais abundantes graças e bênçãos de Deus.

Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scjSCE da ERI

ZoNA EuRÁFRICA: AMIZADE E CoMuNHão

Tivemos os nosso primeiro encontro pessoal com a Zona Euráfrica quando éramos responsáveis da

SR Espanha. Foi um belo encontro

em casa do Vasco e da Ana, nossos

antecessores na ERI. Descobrimos a riqueza da troca de experiências a nível internacional; a Síria ainda pertencia à nossa Zona, e Samia e Amer relatavam-nos os primei-ros episódios da catástrofe actual. Descobrimos também a beleza do acolhimento dos equipistas locais. Como não voltar às nossas regiões com o desejo de progredir no cami-nho que o Senhor mostrou às Equi-pes de Nossa Senhora?

Herdamos um estilo de comuni-dade aberta ao encontro e à solida-riedade. A entreajuda material é uma característica da Zona, neste tempo de crise económica na Europa. A con-figuração da Zona permite-nos tudo isto; somos apenas 5 casais: os res-ponsáveis das quatro super-regiões: Itália, Espanha, África Francófona e Portugal, (as regiões da África Lusófo-na) e nós como Casal Ligação da ERI.

Nos reunimos duas vezes por ano, e não são raras as visitas que os casais de uma super-região fazem às outras para colaborar em jornadas de ani-mação ou de formação. Assim, cresce entre nós uma amizade forte. Depois do último Colégio Internacional, atre-vemo-nos a viver cinco dias de con-vívio em Nova York, e graças ao Pe. Javier Grande, SCE da Super-Região Espanha, vivemos momentos ines-quecíveis, como a missa celebrada no Central Park, rodeados pelas pessoas que por ali passeavam. Que sentido e que força tudo ganha quando um padre faz parte do grupo!

Entre nós há diferentes expressões culturais de uma mesma fé, que são sinais da universalidade da Igreja. En-quanto nos países da Europa o núme-ro de equipes está estabilizado, a Áfri-ca cresceu cerca de 56% desde 2008.

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5 casais responsáveis das quatro Super-Regiões: Itália, Espanha, África Francófona e Portugal, (as regiões da África Lusófona) e nós como Casal Ligação da ERI

Devemos contribuir para que este desenvolvimento continue e esteja de acordo com o carisma fundador. Existem também contrastes nos desa-fios que se levantam ao matrimónio e à família, objeto da atual reflexão na Igreja. As ideologias dominantes na Europa, que conduzem à rejeição da religião, à falta de respeito pela vida, à aversão ao compromisso, ao aumen-to dos divórcios, ainda não conquis-taram a África, mas ameaçam-na. No entanto, a África sofre as suas pró-prias ameaças, muito antigas, que se referem à dignidade da mulher e das crianças, a concepções errôneas do casamento, velhas e novas formas de poligamia, conflitos étnicos, etc.

No início deste ano, na Zona Eu-ráfrica éramos mais de 3.200 equi-pes, mais de 38.000 equipistas e mais de 2.300 conselheiros espiritu-ais.Temos os seguintes desafios :

Desafio da Formação. Todos estão implicados na progressiva implanta-ção do plano proposto pela ERI. A SR Portugal vai abrindo caminho e parti-lha generosamente materiais e experi-ências, sem esquecer as necessidades das suas regiões africanas. A SR Áfri-ca Francófona tem feito um esforço para formar quadros de responsáveis,

o que é necessário para levar a cabo o desenvolvimento das equipes em todos os países da zona. A Espanha e a Itália adotam pouco a pouco os seus próprios esquemas, tendo uma atenção especial pelos EEN.

Desafio da Expansão: novos ter-ritórios e novos países onde há cris-tãos, mas não há equipes, como é o caso da Albânia, da Croácia e da Eslovênia. A SR Itália é um dos pontos de apoio para esta expansão.

Desafio da Nova Evangelização: Portugal e Espanha partilham o de-sejo de realizar um projeto de acom-panhamento dos casais que vivem nas periferias da Igreja, valorizando a Experiência Comunitária das Equipes de Nossa Senhora: a capacidade de escuta e de acolhimento, a compre-ensão profunda do valor do matrimô-nio, a pedagogia do Amor que temos desenvolvido e a nossa eclesialidade.

Na Zona Euráfrica, queremos viver um autêntico espírito de co-munhão e desejamos que as nossas equipes, comunidades vivas onde padres e casais se encontram, se-jam reflexo da Igreja unida e mis-sionária. José Antonio e Amaya Marcén-Echandi

CL da Zona Euráfrica

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A festa solene e procissão de Corpus Christi teve seu início no ano de 1263 na cidade de Orvie-to, Itália. A instituição dessa so-lenidade, que este ano será co-memorada no dia 04 de Junho, está relacionada com o milagre eucarístico de Bolsena – Itália, acontecido naquele ano. Conta a história que um sacerdote de costumes rígidos e corretos, de nome Pedro de Praga, vivia an-gustiado por dúvidas sobre a pre-sença real de Cristo na Eucaristia. Não conseguindo livrar-se desse pensamento, resolveu peregri-nar a Roma para rezar no túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo. De passagem por Bolsena, Pe. Pedro celebrou a Santa Missa na cripta de Santa Cristina, quando acon-teceu o que se tornou conhecido como o milagre de Bolsena. No altar da celebração, o sacerdote, ainda atormentado de dúvidas após a consagração, não conse-guiu continuar a missa. A hóstia branca havia se mudado milagro-samente em carne viva. Entre as mãos trêmulas do sacerdote res-

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Cidade de Orvieto

pingava sangue, manchando o Corporal; contudo, suas mãos não se mancharam porque a parte da hóstia que estava en-tre seus dedos havia conservado o aspecto do pão ázimo (sem fermento). O sacerdote levou a hóstia milagrosa e as peças, com o Preciosíssimo Sangue, para a sacristia, avisando, a seguir, as autoridades eclesiásticas. O Papa à época, Urbano IV, que tinha a residência pontifícia em Orvieto, informado do prodigioso acon-tecimento, encarregou o Bispo local de trazer para a cidade a Hóstia e o Corporal; pessoal-mente, Urbano IV, acompanhado pela corte pontifícia e pelo povo, foi receber o Bispo portador dos objetos milagrosos na entrada da cidade.

No ano seguinte, o Papa Ur-bano IV lançou ao mundo um novo preceito sobre a festa de Corpus Christ i . O documento prescrevia que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes de cada ano, fosse celebrada uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor, e a primeira aconteceu em 1338, quando a procissão conduziu o Corporal Eucarístico pelas ruas de Orvieto, e o colocou em artís-tico relicário.

Erenita e AttanazioEq.02B - N. S. das Vitórias

Brasília-DF

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Tendo em vista o dia de Corpus Christi, seria oportuno lembrar um texto do século quarto,

de S. Cirilo de Jerusalém (315-387?). Temos aí um testemunho da fé dos primeiros séculos.

o Pão Do CÉu E A BEBIDA DA SALVAção

(Cat. 22, Mystagogica 4,1.3-6.9: PG 33, 1098-1106) (Séc.IV)

“Na noite em que foi entregue, nosso Senhor Jesus Cristo tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e deu-o a seus discípulos, dizendo: ’Tomai e comei: isto é o meu corpo’. Em seguida, tomando o cálice, deu graças e disse: ’Tomai e bebei: isto é o meu sangue’” (cf. Mt 26, 26-27; 1Cor 11,23-24). Ten-do, portanto, pronunciado e dito sobre o pão: “Isto é o meu corpo”, quem ousará duvidar? E tendo afirmado e dito: “Isto é o meu sangue”, quem se atreverá ainda a duvidar e a dizer que não é o Seu sangue?

Recebamos, pois, com toda a convicção, o Corpo e o San-gue de Cristo. Porque sob a forma de pão é o corpo que te é dado, e sob a forma de vinho, é o sangue que te é entregue. Assim, ao receberes o corpo e o sangue de Cristo, te trans-formas com ele num só corpo e num só sangue. Deste modo,

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tendo assimilado em nossos membros o seu corpo e o seu sangue, tornamo-nos portadores de Cristo; tornamo-nos, como diz São Pe-dro, participantes da natureza divina (2Pd 1,4).

Outrora, falando aos judeus, dizia Cristo: Se não comerdes a mi-nha carne e não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós (cf. Jo 6,53). Como eles não copreenderam o sentido espiritual do que lhes era dito, afastaram-se escandalizados, julgando estarem sendo induzidos por Jesus a comer carne humana.

Na Antiga Aliança havia os pães da propiciação; por pertencerem ao Velho Testamento, já não mais existem. Na Nova Aliança, porém, trata-se de um pão do céu e de um cálice da salvação que santificam a alma e o corpo. Assim como o pão é próprio para a vida do corpo, também o Verbo é próprio para a vida da alma.

Por isso, não consideres o pão e o vinho eucarís-ticos como se fossem elementos simples e vulgares. São realmente o corpo e o sangue de Cristo, segun-do a afirmativa do Senhor. Muito embora os senti-dos te sugiram outra coisa, tem a firme certeza do que a fé te ensina.

Se foste bem instruído pela doutrina da fé, acreditas firmemente que aquilo que parece pão, embora seja como tal sensível ao paladar, não é pão, mas é o corpo de Cristo. E aquilo que parece vinho, muito embora tenha esse sabor, não é vinho, mas é o sangue de Cristo. An-tigamente, bem a propósito, já dizia Davi nos salmos: O pão revigora o coração do homem, e o óleo ilumina a sua face (Sl 103,15). Forti-fica, pois, teu coração, recebendo esse pão espiritual e faze brilhar a alegria no rosto de tua alma.

Com o rosto iluminado por uma consciência pura, contemplando como num espelho a glória do Senhor, possas caminhar de claridade em claridade, em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem sejam dadas honra, poder e glória pelos séculos sem fim. Amém.”

Colaboração

Padre Flávio CavalcaSCE Carta Mensal

(Veja em http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2007/documents/hf_ben-xvi_aud_20070627.html, um texto de Bento XVI sobre S. Cirilo)

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Maria nos ensina como proceder ao ouvir as Palavras do Senhor: “Ma-ria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração.” (Lc 2,19). Preocupada com o que ouvia, não ponderou, não argumentou, não buscou explicações, recolheu-se a seu interior e passou a meditar o que ou-via. Aceitou e viveu o que o Senhor lhe disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua pala-vra.” (Lc 1,38).

Maria ensina a vivência da “Escuta da Palavra”: escutar, meditar e viver as Palavras do Senhor.

O silêncio de Maria evoca um complexo prisma de ressonâncias. “Quando digo silêncio no caso de Maria estou pensando em sua dispo-nibilidade e receptividade. Quando digo silêncio de Maria, quero signifi-car expressões como profundidade, plenitude, fecundidade. Quisera evo-car, também, conceitos como fortale-za, domínio de si, maturidade huma-na. E, de maneira muito especial, os vocábulos Fidelidade e Humildade, que consideraria quase sinônimos de silêncio”.

Maria, ao visitar Isabel, nos mos-tra um aspecto da mística das Equi-pes de Nossa Senhora: a fé no poder do “Auxílio Mútuo” fraternal mani-festando-se na vivência do espírito de cooperação, eis no seu conjunto a ideia-força, a ideia-motriz, a místi-ca das Equipes de Nossa Senhora.” Acolhimento, atenção, diálogo.

o VIVER DAS EQuIPES DE NoSSA SENHoRA.

Maria disse: “A minha alma en-grandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coi-sas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de gera-ção em geração sobre aqueles que o temem. [...]” (Lc 1,46-55).

“O Magnificat, conhecido como o Cântico de Maria, é um hino de lou-vor, que contém citações do Antigo Testamento. Apresenta uma imagem de Deus que o Novo Testamento re-cebe como herança do Antigo Tes-tamento. Três atributos de Deus são mencionados no Magnificat: Deus é transcendente, Deus é misericordio-so, Deus é forte. O poder de Deus se manifesta na sua ternura e na sua misericórdia. A memória da promes-sa feita aos antepassados é a forma concreta de misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a causa da iniciativa divina na encarnação do Filho Unigê-nito de Deus. O Magnificat apresenta um paralelismo entre a libertação do povo eleito do Egito e a libertação anunciada quando do anúncio do nascimento de Jesus. No anúncio do nascimento de Jesus, a humanidade passa da escravidão do pecado para a filiação divina em Cristo.”

Edyr e JoãoEq.10 - N. S. de Lourdes

Rio de Janeiro-RJ “O Silêncio de Maria”, Frei Ignácio Larrañaga – A mística das Equipes de Nossa Se-nhora, “O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”.– Pe Carlos Alberto Contieri, sj, “Bíblia dia a dia, ano A”, Paulinas Editora.

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Província Leste

FoRMAção DE NíVEL III REgIão RIo I: Rj/RECREIo

Nos dias 21 e 22 de março de 2015, participamos da Formação III da Província Leste, no Convento Madre Regina, em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Bem recebidos e acolhidos pela Beth e Carlos Alberto, Casal Pro-vincial, foram iniciadas as Palestras e Grupos para discutirmos os Te-mas propostos.

Apesar de ainda não nos co-nhecermos, sentimos como se estivéssemos em nossa equipe de base; estabeleceu-se clima de amizade e companheirismo du-rante todo o Encontro.

Os Temas, abordados com cla-reza, foram de grande valor para o conhecimento do Movimento; o clima de espiritualidade contribuiu muito para o excelente andamen-to dos trabalhos.

Quatro fatores foram essenciais para o sucesso desta Formação: a organização impecável, respon-sabilidade da Província Leste; as reuniões de grupos - oportunidade única de trocar ideias e experiên-cias da região, que abrange quase 20% das Equipes do Brasil; as pa-lestras bem transmitidas por casais que conhecem o Movimento e a carinhosa dedicação das Irmãs do Convento em nos receber e servir.

Ficamos muito felizes por par-ticipar dessa Formação, colher os frutos ali distribuídos para melhor “servir” conforme os ensinamentos do Senhor e com fidelidade ao Ca-risma fundador do Movimento.

Lourdes e Carlos / Ligia e RamónEq. 1 – N. S. do Amor

Rio de Janeiro-RJ

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Província Sul II

REGIÃO SP NORDESTE RIBEIRÃO PRETO/SP

Foram dois dias de imensa alegria: o 1º EEN da Região SP Nordeste, Província Sul II, aconteceu nos dias 14 e 15 de março de 2015, em Ribeirão Preto, na Casa Bakhita. Agra-decemos aos Irmãos Canossianos que tão bem nos acolhe-ram em sua Casa de Retiro.

Estavam reunidos casais de seis Setores com muitos ca-sais jovens. Agradecemos à Equipe de Formadores que veio de longe: Brotas, São José do Rio Preto e Votuporanga, o CRP, sempre atento, comunicativo e humilde. Também se fez presente o CRR que, sem descanso, organizou a aco-lhida de todos.

Estes casais, bem preparados, informaram, formaram e alegraram os corações sedentos de conhecimento. Estas Equipes Novas saíram de lá no mínimo fortalecidas e cheias de fulgor para continuarem a caminhada como Equipistas.

Que Maria, nossa Mãe e Medianeira, ampare estes casais e não deixe que este “fogo” se apague.

Maria José e AgenorCRS B - Ribeirão Preto/SP

EEN: ENCoNTRo DE EQuIPES NoVAS

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Região PARANÁ SULQueridos irmãos equipistas,

irmãos de fé e de busca pela san-tidade conjugal:Estamos no iní-cio da nossa caminhada nas ENS, nossa equipe está no segundo ano e recebemos para 2015 a benção de sermos o CRE. Aco-lhemos essa responsabilidade e acolhemos o EACRE como pre-sente e dom de Deus.

Muita oração, formação, tes-temunhos, orientações e tam-bém descontração e alegria. Presenciar o carinho envolvido e a demonstração de total obla-ção pelo próximo nos faz teste-munhar o quanto é maravilhosa essa caminhada. E juntos, esse exercício é muito melhor!

Ficamos felizes e honrados com a presença do CRP, Adria-

ACoLHENDo o EACRE CoMo PRESENTE DE DEuS

Província Sul III

na e Hudson, que passaram as Orientações para 2015 e tam-bém do SCE da Província, Pe. Antônio Junior, que falou sobre o Tema de Estudo e frisou que “o mundo está carente de homens e mulheres que vivam a santidade: assim, somos chamados a fazer a diferença em um mundo cada vez mais descartável e consumis-ta, para sermos fermento de re-novação na Igreja”.

Auxiliados na reflexão e dis-cernimento sobre a caminhada no Movimento, nesses dias fo-mos abastecidos e fortalecidos para mais um ano de crescimen-to espiritual pessoal, conjugal e em equipe.

Letícia e João Paulo Eq. 32B - N. S. Auxiliadora

Curitiba-PR

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Sois católicos? É católica vossa Equipe de Nossa Senhora?

Não vos apresseis em me res-ponder.

Não é suficiente estar inscri-to nos registros paroquiais para ser católico; é preciso, antes, ser “permeado” pela catolicidade da Igreja. Quanto mais viva for, no ho-mem, no grupo esta catolicidade, mais verdadeiramente católicos se-rão eles.

Para que possais me responder, será mister que eu vos diga em que consiste esta catolicidade da Igreja.

De início, eliminemos uma fal-sa definição: não é porque ela se estende por todo o universo que nossa Igreja se denomina católica, “A Igreja” - escreveu o Pe. de Lu-bac – “era já católica na manhã de Pentecostes, quando todos os seus membros estavam contidos dentro de uma pequena sala.”

Dizer que a Igreja é católica é reconhecer a vontade de Deus de reunir toda a humanidade em um só Corpo; é afirmar que a rique-za espiritual da Igreja é destinada a todos os homens, sem exceção; que nela e somente nela podem e devem os homens encontrar a concretização de suas aspirações humanas e religiosas; e formando apenas um único todo, não exige de cada um que abdique sua per-sonalidade, sua originalidade.

Já nossa Igreja é maravilhosa-mente diversa e una. Pensai nos seus variados ritos: latino, grego,

maronita, copta... nas suas múl-tiplas espiritualidades: benedi-tina, franciscana, inaciana... E como não será ainda mais ad-mirável a diversidade dentro da unidade, e quanto não será mais rebrilhante a catolicidade da Igre-ja, no dia em que as grandes ci-vilizações indianas, chinesa, árabe entrarem para o seu seio – aban-donando aquilo que nelas é cadu-co e errado – com suas admiráveis riquezas culturais e espirituais.

Mas, voltemos à nossa ques-tão. Um grupo é verdadeiramente católico quando se interessa, com fraternal interesse, por todas essas raças e civilizações, por todas essas classes sociais, ainda afastadas da doutrina de Cristo, quando dese-jam, um impaciente desejo, que ingressem todas elas na barca de Pedro – pelo amor que lhes têm, a fim de que elas tenham “opor-tunidade de realização” para to-dos os seus recursos espirituais: e também, (e em primeiro lugar, por amor à Igreja) a fim de que nela a santidade de Cristo resplandeça nas mais variadas formas.

Pelo contrário, o grupo que ex-cluísse dos seus pensamentos, de seu amor, de sua oração – explícita ou simplesmente por esquecimen-to, indiferença, desconhecimento – esta grande intenção de conver-ter os povos, não mais mereceria o seu título de católico, pois nele o espírito de seita abafou o espírito católico. Espírito sectário, espírito

SoIS CATóLICoS?1

1 Editorial do Pe. Caffarel, Carta Mensal no 6, ano II, julho de 1954

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católico: dois termos opostos e contraditórios.

Mais concretamente ainda: o grupo de casais que se fecha em seu círculo recusando outros casais de nível social diverso ou de outra educação, que recusa acolher um casal porque estrangeiro, porque convertido do judaísmo ou pro-testantismo, este grupo trai a ca-tolicidade da Igreja. Isto é racismo religioso, sectarismo e nunca cato-licismo.

Queria vos pedir hoje apenas uma coisa, que indagásseis: nos vossos casais, nas vossas equipes, a catolicidade da Igreja está pre-sente, é viva, inspiradora; ou o espírito de seita existe de forma a ressecar os corações?

Henri Caffarel Colaboração

Maria Regina e Carlos EduardoEq.01A - N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

As Equipes serão então protegidas contra o intelectualismo e o espírito de crítica – este é o primeiro benefício da intimidade do cristão com a Virgem. Os corações serão guardados na humildade, quem poderá bancar o esperto junto a Nossa Senhora? O amor fraterno reinará: é sempre assim quando a mãe está com os filhos... Então a fonte de alegria nunca secará, porque a “Causa de nossa alegria” estará conosco!

... Conheci um empresário que fazia prospecção de petróleo no Marrocos, na Arábia, etc..., que tinha indústrias em diversas partes do mundo. Profundamente cristão, ele acabava de me contar o lugar importante que a Virgem ocupava em sua vida. Eu quis compreender o porquê disso e perguntei: “Mas afinal, quem é a Virgem para o senhor?” Grande foi a minha surpre-sa – e o meu constrangimento – ao ver esse homem tão forte emocionar-se, seus olhos encherem-se de lágrimas, enquanto deixava escapar: “Minha Mãe!”. Imediatamente, mudei o rumo da conversa, envergonhado como alguém que, sem querer, sur-preendeu um segredo de amor e feliz como alguém que desco-briu porque nossos robustos ancestrais da Idade Média tinham uma tal veneração por Maria.

Seja o conjunto de nossas Equipes uma cátedra para a glória de Nossa Senhora! E que possamos todos trabalhar nela com o vigoroso entusiasmo dos construtores da Idade Média!

(Pe. Caffarel - Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora, maio de 1949)

MAS AFINAL, QuEM É A VIRgEM PARA o SENHoR?

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Detendo-nos no seu livro O Amor e a Graça, vimos no mês passado o pensamento do

Padre Caffarel sobre a importan-te graça que o sacramento do matrimônio confere ao casal: a graça da cura1. Mas no mesmo capítulo daquele livro, intitulado “O Matrimônio é um Sacramen-to”, ele acrescenta que “esta graça interior de cura e purifica-ção não é a única. Ou melhor, ela é apenas o germe de outra graça: a de engrandecimento e de transfiguração. Pela graça de Cristo, o amor aprende não apenas a se manter, mas a se superar. Ele supera-se pelo des-prendimento total de si mesmo e pelo sacrifício em prol do ou-tro.”

E o Padre Caffarel acrescenta essa magnífica imagem do ca-samento: “O cristianismo cabe inteirinho entre a noite da Sexta Feira Santa e a alvorada da Pás-coa, ou seja, em um mistério de morte e de ressurreição. Morrer para ressuscitar, esta é a lei da vida cristã, esta é a lei do amor cristão. [...] Desapegar-se dos prazeres e do conforto para que o outro seja mais feliz, é morrer e ressuscitar; renunciar ao bem estar que a presença do outro causa, para que ele ou ela cum-

SEguINDo oS ESCRIToS Do PADRE CAFFAREL

pra uma missão necessária em outro lugar, é morrer e ressusci-tar; aceitar que ele ou ela sofra para sair melhor do sofrimento, é morrer e ressuscitar; aceitar de ser incompreendido, negligen-ciado, talvez até esquecido, se por meio deste suplício obtêmse as graças excepcionais de que o outro ou a outra precisa, é mor-rer e ressuscitar.”

É algo muito além do com-bate ao egoísmo. “Trata-se por vezes, de renunciar ao gozo mais normal, mais legítimo, mais exigido pelo coração humano: o de saber-se e sentir-se ama-do.” É nisso que consiste esse engrandecimento, essa transfi-guração do amor conjugal. “A graça conjugal não é uma gra-ça de conforto e de facilidade!” Superar os obstáculos humanos para chegar à última e definitiva ressurreição é fruto da presença de Cristo em nosso casal.

Depois da graça da cura e da graça da transfiguração, Pa-dre Caffarel fala-nos também da graça de fecundidade que Cristo nos concede através do sacramento do matrimônio. Po-der-se-ia pensar que esta graça é um convite a ter o maior nú-mero possível de filhos. Mas não se trata disso, não se trata de um prêmio que Cristo daria à maior quant idade! O amor cr istão,

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1 Ver na Carta Mensal de maio 2015 “Seguindo os escritos do Padre Caffarel”

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através do sacramento de ma-trimônio, dá um novo valor ao conceito de fecundidade. “Não se trata de nada menos, diz o Padre Caffarel, do que de dar fi-lhos a Deus.” A expressão pare-ce meio extravagante e pompo-sa, mas mostra bem o alcance da geração de filhos na visão cristã. “Ela esclarece o sentido da pro-criação e esclarece sobretudo o sentido da educação. Procriar consiste em fazer um ser huma-no; educar significa fazer crescer este ser humano não somente nas possibilidades infinitas de ordem humana, mas também na infinidade divina da graça do ba-tismo.”

Os pais , colaboradores de Deus e co-redemptores com Cris-to, têm a tarefa não somente de despertar no filho o sentido de Deus, “mas devem moldá-lo aos poucos para assemelhar-se a seu Irmão divino”. A graça de fecun-didade do matrimônio lhes torna possível, dia após dia, de escul-pir uma obra prima: “um filho semelhante ao Filho de Deus”.

A esta perspectiva de fecun-didade, podemos acrescentar um outro aspecto muito realçado em outros textos do Padre Caffarel. Ao vivenciar o amor de Deus que os une no sacramento de matri-mônio, o casal dá testemunho da presença de Cristo em sua vida e torna mais ampla a sua fecun-didade, empenhando-se a trazer outros casais a desejar desfrutar dessa presença.

***

Ao concluir esse capítulo do livro O Amor e a Graça, Padre Caffarel tira uma conclusão fun-damental para todos nós, casais cristãos: “No Evangelho, quando Cristo ia operar um milagre, exi-gia a fé: ‘Tu crês...? Vai, tua fé te salvou...’. Àqueles que se com-prometem no matrimônio, (e o Padre acrescenta: um amor bem sucedido é também um mila-gre), não é diferente o que Cristo pede: ‘Vocês creem que sou eu que estou à obra no amor de vocês? Vocês creem que a cada instante eu lhes ofereço o poder de se superarem?” Ao se darem o sacramento de matrimônio, e quando dizem sim um ao outro, na verdade é a Cristo que o casal está dando seu sim.

Parece mais um bom assunto para o próximo dever de sentar--se: será que temos esta fé? Será que cremos nisso? Em que mo-mentos de nossa vida conjugal sentimos a força da graça que nos permitiu superar nossas fra-quezas e apegos humanos? Nos-so testemunho da presença de Cristo atende à fecundidade que Ele espera de nós?

Que lhes parece? Hélène e Peter

Eq.05A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP

Monique e Gérard Eq.01A - N. S. do Sim

São Paulo-SPM. Regina e Carlos Eduardo

Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP

Cidinha e IgarEq.01B - N. S. Aparecida

Jundiai-SP.

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Foi transposta uma etapa im-portante no caminho que levará à beatificação do Pe. Caffarel: o in-quérito diocesano terminou no dia 18 de Outubro de 2014 em Paris, e a 10 de Dezembro o dossier foi entregue à Congregação para a Causa dos Santos em Roma.

É preciso aguardar o decreto de validade que dirá se o inquérito foi conduzido segundo as regras da Igreja. A próxima etapa será a re-dação da “positio”: a partir do in-quérito, mostrar a vida, as virtudes e a santidade do Pe. Henri Caffa-rel. Este processo é habitualmente longo, dada a precisão exigida na descrição da vida do futuro santo.

Desta vez, temos dois pedidos:1. Todos temos de pedir ao Se-nhor que faça um milagre pela intercessão do seu servo o Pe. Caffarel.– Um milagre é uma cura física,

instantânea e definitiva. O mi-lagre é uma “confirmação do céu”. Confirma o que a Igreja pretende proclamar: a santida-de do servo de Deus, que pode depois ser percebida pelos fiéis como um exemplo.

– Se, pela oração do Pe. Caffarel, Deus intervém de forma extraordi-nária na vida de alguém, isso con-firma a santidade do Pe. Caffarel.

2. Devemos também pedir ao Senhor graças pela intercessão do Pe. Caffarel.

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lATuALIZAção No PRoCESSo DE BEATIFICAção

– Com efeito, muita gente pede a um santo que a ajude na mul-tiplicidade dos acontecimentos da sua vida quotidiana. Pede-se com frequência ao Pe. Caffarel que interceda junto ao Senhor para problemas de casal, recon-ciliações… mas também para coisas materiais, físicas…

– Pedir-lhe que intervenha junto de Deus é mostrar que o Pe. Caffarel está presente na nossa vida quotidiana, que pensamos que a sua ação tão fecunda na terra é também — e mesmo mais — fecunda agora que acreditamos que ele está no céu, na presença de Deus.Agradecemos que nos comu-

niquem as graças que receberem: elas são sinais da presença do Pe. Caffarel no meio de nós. É no meio dessas graças que um milagre será dado por Deus ao seu povo.

Que o Senhor nos abençoe a todos! Padre Paul-Dominique Marcovits, o.p.

Association les Amis du Père Caffarel

Carta aos correspondentes Março de 2015

Nota: No caso das equipes bra-sileiras recomendamos o conta-to com os responsáveis de setor que farão a comunicação aos demais responsáveis chegando a Super-Região Brasil.

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DEMoNSTRAçÕES FINANCEIRAS 2014Equipes de Nossa Senhora

BALANçO PATRImONIAL (em R$)

31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 ATIVO

Circulante 4.799.255 3.345.654 3.241.863Circulante- XI Enc. Internacional 26.924 152.012 Circulante- III Enc. Nacional 4.302.222 558.255Não Circulante 938.072 955.872 20.888 Total Ativo 10.039.549 4.886.705 3.414.763

PASSIVO

Circulante 96.885 90.226 67.807 ProvisõesOutras Obrigações - Encontros 4.880.446 585.179 152.012 Patrimônio Líquido 5.062.218 4.211.300 3.194.944 Total Passivo 10.039.549 4.886.705 3.414.763

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO (em R$)

RECEITAS

Contribuições 3.169.190 2.961.665 2.711.413 Receitas Diversas 577.779 325.130 299.372 Receitas Financeiras 307.683 236.013 186.621 Total das Receitas 4.954.651 3.522.808 3.197.407

DESPESAS

Despesas com Encontros 1.453.701 906.480 768.794 Carta Mensal e Despesas Postais 841.645 792.310 894.375 Desp.c/Adm.Equipes 186.787 148.168 145.908 Despesas com Pessoal 278.085 237.289 218.922 Despesas Gerais 385.366 422.112 331.936 Total das Despesas 3.145.584 2.506.459 2.359.935

RESULTADO

Resultado do Exercício 909.067 1.016.350 837.472 Fundo Patrimonial 4.153.149 3.136.801 2.299.329 RESULTADO ACUMULADO 5.062.216 4.153.150 3.136.801

Queridos irmãos em Cristo!Com as graças de Deus, a contribuição leal e generosa de cada casal Equipista,

apresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezem-bro de 2014, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e as Notas Explicativas, para o devido conhecimento de todos vocês, equipistas do Brasil.

Secretaria e Tesouraria

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NOTAS EXPLICATIVASExercício 2014

1. Ativo1.1 – No total do ativo circulante

está incluído o valor de R$4.880.446,00 referente ao saldo do III Encontro Na-cional recebido até o dia 31.12.2014.

2. Passivo

2.1 – No Passivo circulante está registrado o valor de R$4.880.446,00 correspondente ao saldo do III Encon-tro Nacional recebido até 31/12/2014.

3. Receitas

3.1 – As contribuições leais e es-pontâneas no ano de 2014 totalizaram R$ 3.169.190,52, o que representam um aumento de 7% em relação ao ano de 2013.

3.2 – Receitas Diversas registra o valor de R$577.778,00 relativo ao res-sarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições.

3.3 – Receitas Financeiras regis-tram o valor de R$307.683,32 referen-te ao valor bruto auferido com aplica-ções financeiras.

4. Despesas

4.1 – No ano de 2014 houve um crescimento no total das despesas do Movimento de 25,5%.

4.2 – Despesas com Encontros regis-tram todas as despesas do Colegiado Na-cional, Encontros Provinciais, Colegiados Provinciais, reuniões da equipe da Super-Região, Sessões de Formações, Encontro Nacional de Coordenadores dos EEN e encontro nacional de CRS, bem como to-das as despesas de transportes relaciona-das a estes eventos.

4.3 – Despesas com Pessoal incluem os gastos com os funcionários do Secre-tariado, salários, encargos e benefícios, bem como todo o serviço de terceiros com os respectivos encargos.

4.4 – Despesas Gerais correspondem aos gastos gerais, como a edição de li-vros, impressos e documentos do Movi-mento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Pro-jeto Vocacional, Contribuição anual à ERI e outros gastos administrativos.

4.5 – O Total das despesas com a Carta Mensal, Encontros e Impressos, so-maram R$2.295.346,00 o que representa aplicação de 73% dos recursos recebidos em Formação dos Equipistas do Brasil, demonstrando nossa linha de priorizar as aplicações em benefício dos Equipistas.

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O casal Jacy e Rubens Villaça participou da equipe 11 de Bau-ru desde a sua formação, sempre demonstrando postura exemplar, espiritualidade invejável, profundo interesse pela pedagogia das ENS e pela vivência dos PCE. Jacy faleceu em 2004, mas Rubens continuou a caminhada com os irmãos equipis-tas até o seu retorno para o Pai em 2014, logo após a equipe comple-tar 40 anos de existência.

Muito prestativo, de coração acolhedor, Rubens jamais deixou de pedir, nas reuniões, pela alma da Jacy. Sempre tinha abordagens inteligentes, citações oportunas de sua bagagem cultural e contribui-ção valiosa no estudo dos temas, o que ocasionou uma brincadeira por parte do Padre Sé, então SCE da equipe, ao ouvir uma de suas explanações: “Que ótimo! Agora não preciso preparar a Homilia do domingo!”

Um homem que vivia para a família, que contava, com alegria, sobre os filhos e seus feitos na profissão. Com dedicação e amor também exerceu seu papel de avô, pois durante muitos anos, cuidou de, diariamente, levar os netos para a escola. Um homem agrade-cido a Deus, tranquilo e feliz, sem-pre lembrando de sua esposa Jacy.

Apaixonado e agradecido pelas ENS, logo após a comemoração dos 40 anos da equipe, escreveu uma carta de despedida para os irmãos equipistas e outra para os filhos. Avisou sua família da exis-

tência das cartas e comentou com os familiares que, no momento oportuno, as encontrariam. Logo após o seu falecimento, sua filha encontrou as cartas no meio dos seus documentos, e foi com pro-funda emoção que a entregou à família equipista a carta-testemu-nho que lemos a seguir. Esta carta foi motivo de grande comoção en-tre todos os equipistas da cidade, que agradeceram a Deus o fato de terem podido conviver com Ru-bens durante todos esses anos!

Transcrição da carta deixada por ele:

Equipistas da 11A N.S. do DesterroPaz e AmorQuando lerem esta carta, já terei ido para a casa do Pai, e estarei junto da Jacy.Durante o tempo que estivemos juntos (desde 1974) na “nossa” Equipe 11, sob a proteção da Senhora do Desterro, formamos uma verdadeira Família.Estivemos juntos de em ativida-des, que serviram, e muito, para aprendermos as coisas de Deus.As nossas reuniões foram sem-

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o RuBENS, uM LEgADo DE FÉ!

RUBENS BONINI VILLAÇA

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pre sérias e com alegrias.Não significa que não tivemos tristezas que, em conjunto, foram superadas.Assim, rimos juntos, oramos jun-tos e choramos juntos.A nossa vida (Jacy e eu) teve dois períodos: antes e depois de ser-mos equipistas.A Jacy e eu, sempre os considera-mos verdadeiros irmãos.

Só posso dizer de coração, aber-to: VALEU.Um forte abraço a todosRubens

Rezem sempre por nós.”

Ivanny /Sebastião, Terezinha/Nero, Heloisa/Arnaldo,Cariene, M.Luisa/

Pedro, M.Cecília/HelcoEq.11 - N. S. do Desterro

Bauru-SP

uMA EQuIPE DE MEMBRoS ANTIgoS

Como nossa equipe, hoje, percebe o apelo à santidade (in-dagada no questionário que nos foi enviado)? Vamos responder exemplificando. É o caso do esfor-ço despendido para manter conti-nuamente alto o gosto pela vida, assim citado pelo então Papa João Paulo II, na sua penosa fase final, ao se referir à sua missão de ex-pandir a boa nova evangélica.

Nossa equipe foi fundada em 1958 e assumiu o compromisso solene em 1963. Com o decorrer do tempo, vários de seus membros “voltaram para o Pai”, depois de dignificarem com o seu exemplo

de fiéis ao amor de Deus até o fim... É desnecessário dizer que os remanescentes, todos originários da primeira hora, excetuando um que foi admitido posteriormente, são oito longevos, isto é, porque não dizê-lo, são bem antigos. A caçula já completou 80 anos, três estão atingindo os 90, três já ul-trapassaram, sendo que a decana, com seus 97, ostenta lucidez in-vejável. E quanto aos conselheiros espirituais? Atualmente é Frei Lino que nos dá seu apoio espiritual. Conhecedor profundo do Movi-mento, dispensa-nos interesse e carinho especiais, e faz a diferença

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de faixa etária, pois apenas rodeia os 50 anos. É o sucessor de quatro sacerdotes que nos acompanha-ram em nossa história, mas já re-tornaram à casa paterna. Transmi-tiram, porém, exemplos e conheci-mentos inesquecíveis.

Diante deste quadro, não é di-fícil entender a alegria com que foi recebida a notícia de uma possível reunião. A satisfação reinante pela aproximação do encontro, já vale o esforço despendido para aten-der ao convite. Dos que tinham condições de comparecer, apenas um foi impedido por repentino achaque. Acontece, e os longevos sabem disso. Não faltou assunto, pois todos queriam falar. Depois de uma hora aguardando Frei Lino, que celebrara missa, a reunião cor-reu célere, em clima da maior fra-ternidade, “matando a saudade”, como se diz.

Dentro dos assuntos versados, foi comentada a expansão do Mo-vimento, principalmente no Brasil, o que constitui notícia alentadora para nossa equipe, que vivenciara

os primórdios claudicantes de seu início. Não menos surpreendente é a presença do casal Hermelinda e Arturo no Sínodo dos Bispos, con-forme publicado na CM 486 – de-zembro de 2014, pedindo pressa ao magistério em dar aos padres e aos fiéis, primordialmente aos casais jovens, as grandes linhas de uma pedagogia pastoral que ajude a adotar e a observar os princípios acordados pela Humane Vitae. Logo em seguida, veio o almoço com a oração de Frei Lino e gene-ralizado elogio à cozinheira.

Fica a pergunta: um encontro tão rico de valores humanos, cujos participantes se empenharam se-riamente em superar as inúmeras dificuldades para estarem presen-tes, pode ser uma resposta viva ao “apelo à santidade” proposto no Questionário? Pensamos que sim. Foi a ocasião para agradecermos a Deus tanta longevidade, tanto “gosto pela vida”.

Idalina e Fernando Eq.01 - N. S. do Monte Serrat

Santos-SP

VIDA DE EQuIPE EXPERIêNCIA DoS PRIMEIRoS CRISTãoS

Quando fomos convidados para entrar nas Equipes de Nossa Senhora, acreditamos que senti-mos um pouco daquilo que os pri-meiros casais das ENS sentiram.

Moramos em Uruaçu/GO, nas-cemos no seio da Igreja Católica e quando éramos jovens, solteiros, tínhamos uma vida intensa em meio a grupos de jovens, acam-

pamentos e congressos. Após nos casarmos nos sentimos um pouco deslocados, pois a partir daque-le momento éramos um casal e precisávamos nos encontrar como tal, continuar servindo sim, porém juntos e de forma diferente. Par-ticipamos do Encontro de Casais com Cristo e foi um ótimo ponto de partida.

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Algum tempo depois, recebe-mos o convite para participar de uma equipe que estava iniciando. Já havíamos ouvido falar nas ENS, mas não fazíamos ideia da ampli-tude e profundidade do Movimen-to.

Após quatro anos caminhando na Equipe Nossa Senhora da Guia, podemos testemunhar que os an-seios iniciais do nosso matrimônio foram preenchidos e com muita alegria podemos dizer: NOS EN-CONTRAMOS.

No decorrer da nossa caminha-da de equipe, fomos conhecendo cada irmão de equipe, aprendendo a partilhar, a confiar. A história da nossa equipe é muito bonita, com muitos encontros, chegadas e par-tidas. Pessoas entraram e saíram, por motivos diversos, que às vezes nos entristeceram. A nossa maior tristeza foi quando faleceu uma irmã equipista, pois ela, juntamen-te com o esposo, era para nós um exemplo de vida matrimonial e perseverança na fé e no amor.

Hoje, a nossa vida de equipe é

muito intensa e ficamos felizes de olhar para cada irmão e sentir que todos estão desejosos de progredir na vida espiritual, nos PCE’s, de participar de tudo o que é propos-to pelo Movimento: formações, Missa mensal, Mutirão, etc. É bom saber que temos Cristo em primei-ro lugar em nossas vidas, temos também a amizade de cada um e a coparticipação não se limita ape-nas à reunião formal.

É importante ressaltar a presen-ça do nosso SCE Pe. Rogério que nos acompanha desde o início. Ele nos aconselha, nos orienta e nos corrige. Podemos afirmar que além de nosso conselheiro, é tam-bém nosso amigo e sabemos que podemos contar com o seu apoio, como também ele pode contar com o nosso.

Enfim, de fato, através do Mo-vimento temos vivido a experiência dos primeiros cristãos, somos uma pequena ecclesia.

Gilda e RodrigoEq.06 - N. S. da Guia

Uruaçu-GO

HÁ 62 ANoS EQuIPISTA

Com surpresa, ouvimos Pe. Caffarel dizer em 1972, no Brasil:

“Não estou certo de que os equipistas tenham bem compreen-dido o que significa espiritualidade conjugal”.

Há um grande desejo de vida espiritual, marido e mulher indivi-dualmente, mas espiritualida-de conjugal é mais do que duas espiritualidades individuais vividas juntas,”

( cf, Nancy Moncau, “ENS no Brasil”- Ensaio sobre seu histórico” pg.124)

Procuramos rever os nossos co-nhecimentos. E, sobretudo, pedin-do as luzes do Espírito para enten-der o que era uma séria lacuna em nossos conhecimentos.

Em 1982, quando da criação do Pontifício Conselho da Família pelo Papa João Paulo II, fomos nomea-dos como um dos seus membros.

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Tivemos oportunidade de ouvir inúmeras conferencias. Dom Dio-nigi Tettamanzi, nomeado Cardeal de Milão discorreu sobre “A sacra-mentalidade do matrimonio e a espiritualidade coniugal”, e disse :. “a espiritualidade conjugal é uma espiritualidade radicada no sacra-mento do matrimonio e alimenta-da permanentemente deste”.

Para entender isto é impres-cindível ter presente o verdadei-ro significado do sacramento do matrimonio. Este, contudo, é bem pouco conhecido, mesmo entre católicos praticantes.

O Concilio de Trento, declara, como finalidade do sacramento do matrimonio :

“levar o amor natural à sua perfeição, e assim santificar os côn-juges”. Sessão XXIV Denz,1797)

É o Papa João Paulo II declara na Exortação Apostólica “Familia-ris Consortium” 13 :

“O efeito primeiro e imediato do matrimônio não é a graça so-brenatural, mas o vínculo natural” ( vd..CIC 1641)

Vê-se, pois, que o nosso sacra-mento não se destina a nos tornar mais piedosos, mais rezadores, mais assíduos à igreja, mais fiéis ao terço ou mais adeptos de novenas ou leitores frequentes de leituras espirituais. Não estamos com isso querendo dizer que tais práticas sejam condenadas. O enfoque é completamente outro.

Todos sabemos, que os sacra-mentos são sinais sensíveis que produzem a invisível graça divina. Assim qual o sinal próprio deste sacramento?

Esclarece Pe. Caffarel: “é atra-

vés de todas as realidades da vida conjugal tornadas, pelo sacramen-to, instrumentos de sua graça, que Cristo santifica os membros do casal: seja pela troca de agrados corporais, seja pela comunhão de bens espirituais” (revista L´Anneau d´or nº111,pg.330 )

E invocando o Episcopado da América:

“O ato sexual corresponde ao momento da máxima densidade sacramental da vida matrimonial porque atravéz de nenhum ou-tro ato, pode-se refletir melhor a misteriosa e total comunicação de amor que Cristo vive em sua Igreja (CELAN : La família a la luz de Pue-bla, pag. 39)

Mas aí está, em nosso enten-der, uma missão própria dos ca-sais, porquanto só quem vive o en-cantamento do beijo entre marido e mulher, só quem acostumou-se a vibrar com o carinho e a ternu-ra do abraço que une os dois, só quem conhece a meiguice com que se elogiam, só aqueles que co-nhecem o ardor com que os dois se abraçam com uma boa notícia, só aqueles que não trocam festa al-guma pelo encantamento de uma conversa amorosa, é que vivem realmente o sacramento, geram a graça divina e se tornam mais ima-gem Daquele que é Amor .

Tenhamos presente o que o papa João Paulo II disse:

“Devemos responder ao apêlo da Igreja por uma nova evangeli-zação baseada no amor humano” ( Guia das ENS pag.47).

Esther e Luiz MarcelloEq.01A – N. S. do Sim

São Paulo-SP

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Nós nos casa-mos há pouco mais de um ano e, poucos meses após o

casamento, to-mamos a deci-

são de ingressar no movimento

das ENS. Durante a pilotagem, fomos introduzidos aos PCE. Logo depois, foi desa-fiador assumir o compromisso de ser CRE pois, em decorrência do pouco tempo de ENS, tínhamos logrado experiência relativamen-te pequena acerca dos pontos concretos de esforço.

Talvez por sermos casados há pouco tempo, raramente discor-damos. Praticamente, não briga-mos. Por que, então, dedicar-se a um PCE profundo como o dever de sentar-se? A resposta veio por intermédio da notável palestra do Pe. Luís Henrique no EACRE 2015 da Região Minas II.

Por que os PCEs são tão difí-ceis? Porque são esforços (como o próprio nome já diz) e exigem força além da natural. O esforço é a única forma de alcançar a virtu-de. Ninguém se torna grande atle-ta ou grande músico sem árduo empenho. Da mesma forma, nin-guém alcança vultosa espiritua-lidade sem significativo esforço e disposição. Mesmo os maiores santos da Igreja apenas lograram seu desenvolvimento espiritual após grandioso empenho de vida

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E oS PCEe de oração para Jesus.

O exercício, o esforço, é o que nos faz ser a pessoa que queremos ser. É preciso esforço homogê-neo e contínuo. Por exemplo: não adianta o indivíduo rezar 3 horas seguidas e achar que já rezou pela semana inteira. Cada dia tem a sua história, desafios e acontecimen-tos. Assim, em cada dia, será ne-cessário exercitar a espiritualidade, para que nós realmente nos torne-mos pessoas melhores.

Os PCEs devem ocorrer mesmo quando as emoções não estão à flor da pele (quando choramos, brigamos...). O mais importante é exatamente quando não achamos necessário ou não estamos com vontade. É aí que eles são essen-ciais, quando tudo parece bem. Jesus não é um médico em que você vai quando fica doente. Je-sus é um ESTILO DE VIDA. O dever de sentar-se é PCE exemplar nes-se sentido. É errado pensar que o dever de sentar-se só é necessário quando há incômodos por par-te de algum cônjuge. Seria como pensar que um time de basquete só deve treinar quando perde um jogo. Pelo contrário, é exatamente quando está tudo bem que o de-ver de sentar-se e todos os outros PCEs serão mais importantes para o desenvolvimento espiritual do marido e da mulher.

Daiane e João FlávioEq.15C- N. S. Aparecida

Belo Horizonte-MG

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Em nosso primeiro retiro tínha-mos pouco tempo de equipe e es-távamos muito animados com todas as novidades e maravilhas que o Movimento nos apresentava nesse primeiro ano. Nosso chamado foi para recompletar uma equipe que, na época, estava com apenas três casais.

Confessamos que até o dia do retiro, a vivência de alguns PCEs ain-da era algo um pouco abstrato para nós. Em alguns casos duvidávamos até da real necessidade. Porém nesse dia fomos apresentados na prática - e não só na teoria - a todos eles.

Através de uma dinâmica simples, elaborada pelo SCE do setor na épo-ca, Padre Sérgio, fomos chamados a dialogar sobre algum problema que estivesse prejudicando nosso matri-mônio e nosso crescimento espiritu-al; e materializar em algo escrito que seria guardado em uma caixinha de papel para ser apresentada aos pés de nosso Senhor.

Escutamos uma Palavra apropria-da, meditamos, oramos e conver-

PCE NA PRÁTICA

APRENDER A SILENCIARNote como Deus fez a natureza

silenciosa, calma e produtiva. Não sentimos e nem vemos a planta crescer, mas cresce sem cessar. Uma floresta inteira cresce sem fazer ba-rulho. É no silêncio que a natureza produz suas maravilhas: a flor que se abre, a borboleta que deixa o casu-lo, a fruta que amadurece, a criança que se desenvolve, as trilhões de es-

trelas que brilham… A natureza não tem pressa.

Tudo acontece no si lêncio, como numa bela sinfonia. É por causa do silêncio que tudo existe: a música surge do silêncio; a arte nasce dele; a inspiração, a poesia e a bela música, surgem no silên-cio; nós a escutamos porque fa-zemos silêncio; e ela vai além de

samos. Identificamos algo que nos atrapalhava muito e não estávamos conseguindo vencer. Fomos orienta-dos em como deveríamos transfor-mar aquilo em uma regra de vida. Tivemos verdadeira fé que, a partir daquele dia, com seriedade e per-severança, poderíamos superar esse obstáculo.

Em pouco tempo começamos a sentir os benefícios na nossa vida conjugal. Passamos a ter mais paci-ência um com o outro e modifica-mos a forma de encarar os proble-mas e desavenças. Amadurecemos muito nesse ponto e hoje, quase dez anos depois, conseguimos ver como nos modificou para melhor.

Somos gratos a Deus por nos ter aberto a mente, o coração e o espí-rito, num só dia, às maravilhas dos PCEs. Especialmente o retiro e a re-gra de vida.

O Senhor nos toca na simplicida-de!

Mônica e André - CRSEq.07 - N.S. da Luz

Magé-RJ

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nós. Onde cessa a fala começa a música.

Quem se arrisca a falar sem aprender no silêncio, se arrisca a en-sinar coisas erradas. O autor da “Imi-tação de Cristo”, o monge Thomas de Kemphis, disse que “ninguém fala com segurança, senão quem sabe se calar.” A sabedoria nos vem da meditação e da oração, e essas duas realidades só podem acontecer no silêncio. O silêncio dos homens às vezes está mais perto da verdade do que suas palavras.

Os homens se gastam tanto em palavras que não entendem o silêncio de Deus. É na medida que a alma re-cebe no silêncio, que ela dá na ativi-dade. Madre Teresa de Calcutá disse que: “Quanto mais recebermos do silêncio da oração, mais nos entrega-mos a uma vida ativa. Temos necessi-dade do silêncio para tocar as almas.”

O religioso que não aprendeu a silenciar, meditar e rezar, acaba cain-do no ativismo doentio e frustrante. Ele pode até semear com abundân-cia, mas a semente é estéril, não ger-mina.

É tão rara a paz divina nos cora-ções dos homens porque não sabem encontrar-se com Deus na própria alma, em silêncio. E ninguém toca os corações dos homens e os enri-quece sem primeiro abastecer-se a si mesmo, por uma vida interior em Deus, no silêncio. Para serem ajuda-dos espiritualmente, os homens não

precisam de simples homens, mas de “homens de Deus”. Somente aqueles que são fortes pelo contato com o “Hóspede da alma” podem ir sem receio e firmes ao encontro das criaturas para socorrê-las, nos ensina Raul Plus.

O amor se exprime mais pelo si-lêncio do que pelas palavras. É sabe-doria saber se calar até o tempo cer-to de falar. André Maurois disse que os homens temem o silêncio como temem a solidão, porque ambos lhes dão uma visão do terrível vazio da vida. Mas esse vazio só pode ser preenchido quando, no silêncio e na meditação, encontramos a sua cau-sa e nos fortalecemos para superá--lo. Ele é o remédio que o homem moderno não compra nas farmácias.

Muitos se agitam no mundo e quebram o precioso silêncio. Pois bem, há um provérbio alemão que diz que: “A melhor resposta à cólera é o silêncio”. Voltaire avisava aos cor-tesãos do rei francês que “na corte, a arte mais importante não é a de falar bem, mas a de saber calar-se.”

O fato de o silêncio ser de ouro explica por que ele é tão raro. A Pa-lavra de Deus diz que: “Há quem se cala por não saber falar, e há quem se cala porque reconhece quando é tempo de falar” (Eclo 20,6).

Prof. Felipe AquinoDonizeti da Silvia

Eq.07 - N. S. Madre de DeusMogi das Cruzes-SP

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Reflitamos sobre a importância de es-tarmos atentos ao outro, no modo de agir e falar, mas que deixamos na maioria das vezes de fazer, porque esbarramos na velha desculpa do corre-cor-re da vida, que nos tira atos bási-cos como acordar e olhar para o outro ao nosso lado, dar um beijo, um abraço, um sorriso, ou somen-te o de falar um “bom dia”.

Se não prestamos atenção nes-tas pequenas ações, a vida passa rapidamente e deixamos de dar importância aos gestos e olhares de nosso cônjuge, e com o tempo deixamos de perceber o que o ou-tro possa estar sentindo. Confun-dimos momentos de tristeza do outro com aspereza, e momentos de alegria com pouco caso do ou-tro. Conversar, falar do que senti-mos nunca é demasiado.

Independentemente do nosso tempo de convivência, um ano ou trinta anos, precisamos estar sem-pre atentos ao outro, pois é preci-so carinho e atenção – quem não precisa?

Para isto, nos são apresen-tadas regras bem simples: o de-ver de sentar-se – um dos pontos concreto de esforço, e porque o dever? Para não tornarmos nosso diálogo um hábito rotineiro, sem importância. Marcar um encontro, a princípio pode-se pensar: banal! Mas devemos assumir como um compromisso e refletir: Gostamos

Ref

lexã

o É PRECISo DIALogAR

de estar juntos e de acolher o outro? Gos-tamos de falar e de ou-vir um ao outro?

Marquemos este encontro e, perante Deus, coloquemos nos-sos problemas, nossas

desavenças, abramos nossos co-rações e deixemos que o Espírito Santo aja sobre nós e conduza esse diálogo. De preferência, escolha-mos um local onde não possamos ser incomodados, desliguemos nossos celulares, este momento é só nosso. O motivo? Evitar uma tormenta, o estouro de uma crise caso isto já possa estar ocorrendo. Coloquemo-nos diante de Deus, e humildemente reconheçamos nos-sas faltas, nossa impotência diante dos problemas que se apresentam. Sem acusações, esforcemo-nos para ouvir, falar, aceitar e perdoar - sejamos humildes.

A vida é feita de pequenos trajetos. Nem sempre sabemos o caminho. É preciso parar, pergun-tar e seguir em frente.

Às vezes, procuramos motivos para uma regra de vida, esta pas-sou um dia a fazer parte da nossa vida, do nosso mês, dialogar para não estarmos distantes.

“Ó Tu, que habitas no fundo do meu coração, eu me ofereço a ti, no fundo do meu coração.” (Padre Caffarel)

Leila e Fernando CRR Rio II

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Gostaria de partilhar um senti-mento muito forte, fruto de uma experiência vivida na reunião mensal do mês de março, cujo tema foi o capítulo “2ª Reunião – Reunidos em Nome de Cristo” do livro: Reunião de Equipe – Tema de Estudo, o qual as ENS em formação inicial devem estu-dar. Durante a semana anterior à reunião mensal, nosso SCE Pe. Quefren nos mandou mensagens informando que receberíamos uma visita especial na reunião, um convidado ilustre, o que des-pertou a curiosidade de todos os casais. Os integrantes da equipe se manifestaram questionando quem seria, o padre fez mistério e desconversou dizendo que ti-nha certeza que todos gostariam da visita, porém sem dar pistas de quem seria. Pensamos que era o casal ligação ou o casal CRS.

No sábado, dia da reunião, quando chegamos descobrimos que a visita era o próprio Jesus. Realmente foi uma surpresa, sentimos uma paz incrível, uma “formalidade espiritual” que encheu os corações dos casais presentes. O padre informou que seria uma reunião um pouco di-ferente. Foi feita a acolhida, a aclamação, a escuta da Palavra e logo em seguida ele informou que as preces espontâneas não seriam feitas como de costume, com o crucifixo passado de mão em mão, e sim com o Cristo em nossas mãos. Conforme Ele pas-

CoMo ESTÁ MINHA FÉ?sava de mão em mão, notei sem-blantes alegres e olhos cheios de lágrimas, não de tristeza, mas de muita alegria por estarmos tão perto dAquele que cura tudo, pode tudo, é tudo e salva a to-dos que estão dispostos a segui--lo. Todos estavam emocionados ao fazerem suas preces e agrade-cimentos, algumas delas, não di-tas, feitas do nosso coração para o dEle, ao final, todos estavam com feições mais leves e alegres. Depois fizemos um momento de perdão e cura em casal e final-mente todos comungaram. Real-mente nosso SCE estava inspira-do pelo Espírito Santo.

Após este momento, uma dúvida me veio à mente e pedi para partilhar com a equipe: por que nossa reunião foi tão carre-gada de espiritualidade e nossas preces espontâneas foram tão fortes e significativas, cheias de emoção e entrega? Será que foi porque Nosso Senhor estava fi-sicamente presente na Partícula Consagrada? Mas Ele mesmo disse que “onde dois ou três es-tão reunidos em Meu nome aí estou no meio deles” (Mt 18,20). Então, o que houve?

Na minha mente a resposta surgiu como um puxão de ore-lha! Onde está a sua fé? Fé é acreditar naquilo que não se vê, portanto minha fé se demons-trou fraca, pois em todas as reu-niões anteriores Ele estava comi-go e eu não O senti como senti

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naquele momento. Por isso gos-taria de partilhar com os irmãos equipistas, para que esse deslize não ocorra com vocês. Peço per-dão a Deus e ao mesmo tempo agradeço por Ele acreditar que

Outro dia parei para pensar na resposta que nossa filha do meio deu a uma pergunta minha:

“Fi lha, porque você gosta tanto da cama da mamãe?”

Ela respondeu, com a natura-lidade e inocência de uma crian-ça de três anos:

“Porque tem cheirinho de pa-pai e mamãe!”.

Cheguei à conclusão de que o amor tem cheiro, tem gosto, é palpável, é visível, tem som; é pra ser vivido com os cinco sen-tidos!

Quem não se lembra do sabor daquela comida da avó, da mãe?

Qual tempero é usado em maior quantidade que a deixa tão gostosa? O amor.

Por que a música que foi tema

o AMoR E oS SENTIDoS

posso ser salvo pela sua miseri-córdia.

Maril e LucianoEq.13 - N. S. do Carmo

Aracaju-SE

do casal na juventude ainda aquece o coração?

Por que sentimos o cheiro da pessoa amada de longe?

Na família também é assim: o amor, para ser pleno, é vivido, partilhado, conhecido, acaricia-do com todos os sentidos.

Já parou para refletir sobre isto? Qual cheiro traz seu leito hoje? Que sabores tem oferecido aos seus? Quais sons são ouvi-dos no seu lar? Que atitudes têm sido vistas no seio familiar, que toques têm ocorrido?

Se tudo isso foi feito com amor, tudo é justificável, é edifi-cante e agradável a Deus.

Luciana e DaniloEq.03 - N. S. Aparecida

Monte Alegre de Minas-MG

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Como é difícil a caminhada da vida com Deus! Muitos desistem pelo meio do caminho. Muitos são vencidos pelos apelos do mundo.

É preciso que saibamos que o caminhar com Deus não nos dei-xa imunes, tão pouco a salvo, de nossas cruzes. Mas, com certeza, a presença de Deus em nossas vi-das nos faz muito mais fortes para podermos transformar aquilo que pode ser transformado e aceitar o que não podemos mudar. Isso tudo faz parte de um emaranhado de escolhas que fazemos no decorrer de nossa existência, muitas vezes na tentativa de driblar sofrimentos.

Imagine como seria nossa vida se Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não nos protegesse! Se Nossa Senhora não intercedesse por nós junto ao Pai! Nossa cami-nhada, que já é árdua, seria ainda mais difícil.

A única certeza que devemos ter é que, caminhando com Deus, ainda que tenhamos quedas, lutas e perdas, seremos vencedores. Se mantivermos nossa tranquilidade e serenidade, de repente recebe-remos um sinal. É Deus agindo. Amar a Deus e segui-lo muda a forma de vivenciarmos nossas afli-ções e tristezas.

O afastamento de Deus é um dos maiores pecados que o cristão pode cometer!

Sabemos que a natureza huma-na nos impulsiona a sermos ime-

“o CAMINHAR CoM CRISTo”

diatistas e buscarmos caminhos mais fáceis, nos quais os resultados são mais rápidos, mas sem dura-bilidade. E por vezes escolhemos ser do mundo, nos afastando do caminhar com Deus.

No mundo temos ilusões de felicidade, amor, paz e justiça. No lugar da felicidade, o mundo nos oferece momentos felizes que se vão com a mesma intensidade com que chegaram. Ao invés de amor, o mundo proporciona pai-xão, que dura pouco, fica só por um dia. E você pode se perguntar: e a paz e a justiça, essas duas últi-mas o mundo pode nos dar? Não, porque a verdadeira paz e justiça vêm do amor de Deus por nós!

O que Deus te oferece é um rei-no de paz, justiça, alegria e amor. Não um amor com data de venci-mento. Mas um amor incondicio-nal de doação. Essa é a vida que Deus nos oferece se nós decidir-mos segui-lo.

“Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1,12).

Reconheçamos que somos fi-lhos de Deus e saibamos, com seus ensinamentos, discernir os sinais dos tempos, para que cumpramos a tarefa de ousar o Evangelho.

Magnificat!

Cristiane e FábioEq.13A – N. S. da Alegria

Belém-PA

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A palavra “concreto” define ação e a palavra “esforço” solici-ta discernimento, criatividade e perseverança.

Os PCEs não devem ser vistos como imposição, mas como oportu-nidade de crescimento pessoal e con-jugal que abrange todo o nosso ser.

São atitudes a despertar e não “coisas” a cumprir num caminho de conversão que, pouco a pouco, vai transformando nossa vida. Esses são pontos que nos oferecem os meios mais adequados para realizar um verdadeiro encontro com o Senhor (Mística dos PCE e Partilha-Álvaro e Mercedes Gomes).

Eles são 06: Escuta da Palavra, Me-ditação, Regra de Vida, Oração Con-jugal, Dever de Sentar-se e Retiro.

Dos 05 momentos da REUNIÃO MENSAL os PCEs têm um momen-to só para eles e se chama PARTI-LHA DOS PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO.É um tempo forte em que nos responsabilizamos e ajudamos mutuamente na busca das três ati-tudes que assimilamos na pilotagem e que são a base dos Pontos Concre-tos de Esforço:- busca assídua da vontade de

Deus; - busca da verdade sobre nós mes-

mos; - experiência do encontro e da co-

munhão.Os PCEs culminam em ações,

mudanças e transformações. É o ponto de partida e caminho de conversão. O processo de conversão

Form

ação VIVER

oS PoNToS CoNCREToS DE ESFoRço

acontece quando saímos da infan-tilidade e atingimos a maturidade. Se isso não acontece fica impossível assumir o outro em si mesmo. Fica impossível viver o Cristo no esposo ou esposa.

A espiritualidade conjugal é a experiência de DEUS que fazemos. Começa com a primeira pessoa indo para o outro. Para que possamos viver a Espiritualidade Conjugal é preciso começar por nós. Ninguém pode fazê-lo por nós. Daí parte a Palavra, escutar com assiduidade A PALAVRA DE DEUS. Aquilo que Deus fala para mim, eu esvazio de mim mesmo e ELE vem.

meditação: eu e Deus dialogan-do, encontro e conversa. É quando eu entro em cena. Já não só escuto o que Ele tem a me dizer, mas falo para Ele.

Regra de Vida: o meu propósito de ser uma pessoa melhor, progredir na direção de um crescimento espiri-tual e humano.

Oração Conjugal rezar juntos um pelo outro todos os dias, renova-ção do seu SIM a Deus.

Dever de sentar-se é o diálogo a três. A cada mês é um tempo de verdadeiro diálogo conjugal, sincero sob o olhar do Senhor num ambien-te tranquilo. Não é um ajuste de con-tas. O dever de sentar-se mantém vivo o amor e evita a rotina de nossa vida de casal.

Retiro. O retiro é o momento de silêncio, revisão, fixação e de-terminação. Ele propicia as diretri-

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zes da vida espiritual ao longo do ano. A cada ano somos convidados a escutar a Deus e a buscar qual o plano Dele para nós, casal.

Os PCEs são os meios propostos pelas ENS que nos levam a fazer uma experiência de amor, a mergu-lhar intensamente. O que é o amor?

O amor é quando saímos de nós mesmos e vamos em direção ao ou-

Embora a separação entre Partilha e Coparticipação só tenha ocorrido nas modificações introduzidas nos Estatutos em 1972, o espírito que norteia a Coparticipação está pre-sente desde as primeiras equipes, na França.

É o próprio Pe. Caffarel que es-creve acerca dos primeiros tempos no Movimento (1938 a 1945). “Há uma segunda área onde se manifesta um aprofundamento nesses anos: a amizade entre os casais. Favorecida pela alegria das descobertas feitas em comum, a amizade tinha nascido esponta-neamente no seio do primei-ro grupo. No clima grave dos anos de guerra, ela descobriu em maior pro-fundidade as exigências da caridade de Cristo. A cruz está presente no lar dos casais daqueles primeiros anos.

Assim, o aspecto terceiro do título Cooperação, no capítulo dos Estatu-tos, que trata da Mística das Equipes, assim se expressa: “Não seria ilusório pretender ajudar os amigos a levarem uma vida espiritual, sem auxiliá-los primeiramente a superar as próprias preocupações e dificuldades? É por isso que os casais das ENS praticam largamente o auxílio mútuo, tanto no

CoPARTICIPAçãoUm processo em evolução

Documento ENS: A Coparticipaçãpo / 1995

plano material como no plano mo-ral, obedientes ao ensinamento de S. Paulo: carregai os fardos uns dos outros...

Esforçam-se, portanto, em satis-fazer à quádrupla exigência da ami-zade fraterna; dar, receber (é mais difícil do que dar), pedir (é ainda mais difícil), saber recusar (a simplicidade em pedir não pode existir onde não haja a simplicidade em recusar o ser-viço pedido, quando este não puder ser prestado sem uma dificuldade ex-cessiva)”.

Por ocasião da Segunda Inspira-ção, surge mais fortemente o caráter de comunidade de fé das E.N.S. e somos então convocados a vivermos profundamente o encontro e a co-munhão.

“A própria palavra ‘comunhão’ já indica que não se trata de atingir um determinado nível de perfeição, mas que cada casal, em união com os demais, se integra num processo vivo e dinâmico, visando reconciliar o que está dividido, aproximar o que está afastado, fortalecer o que está inaca-bado, realizar uma tarefa comum no contexto do amor fraterno que nos une a Cristo”

tro. Vamos para o cônjuge, vamos para os filhos, comunidade e igreja.

Os PCEs nos propiciam um amor encorajado e que progride. Além disso, revelam nas nossas vidas a presença de Deus. Fomos criados para amar! Este é o convite!

Elaine e WaldeirEq.06 - N. S. do Carmo

Belo Horizonte-MG

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Caríssimos irmãos, estamos a poucos dias do início do 3º Encon-tro Nacional em Aparecida! Deus seja louvado! Não vemos a hora de nos encontrar com todos vocês que lá estarão, e celebrarmos juntos a vida da família, fazendo a experi-ência da unidade e da comunhão. Sem dúvida, será uma grande fes-ta!

Desde o início da preparação do 3o E.N., diversas comissões de casais equipistas se esmeraram em preparar tudo com muito carinho, para que o 3o Encontro Nacional acontecesse da melhor forma pos-sível: equipes da hospedagem, de transporte, de traslados, da acolhi-da, da alimentação, secretaria, fi-nanceiro, apresentação, animação, comunicação... E lá se foram dois anos de intensos trabalhos, com muita oração para perceber em tudo a vontade de Deus.

Agora chegou a hora de ar-rumarmos as malas e com muita animação desfrutar de tudo o que Deus preparou para nós! E o que devemos levar para Aparecida? Su-gerimos que em nossas malas colo-quemos muita alegria, entusiasmo, abertura de coração, desejo de cres-cer, muitos abraços para serem dis-tribuídos, sorrisos, disposição para

3o E

nco

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o n

acio

nal ENCoNTRo DE

ALEgRIA!

o encontro com os irmãos etc, etc. Será que vai caber tudo nas malas? Tomara que sim! Se for possível, le-vemos também algumas lembranci-nhas de nossas regiões para serem trocadas com casais de outras loca-lidades durante os intervalos de re-feições e lanches – como é gostoso conhecer irmãos equipistas de ou-tros lugares, parece até que somos velhos amigos de muitos anos... É a nossa “identidade equipista”!

O Tema do Encontro é maravi-lhoso: “Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”. De fato, o que celebraremos no 3o Encontro Nacional será apenas uma pequena imagem do nosso matri-mônio quando celebramos a vida, quando vivemos a comunhão no dia a dia, ou a partilha, a doação, o serviço, o diálogo... o amor! E a festa? A festa em nossas vidas de casais cristãos é o prenúncio das Bodas do Cordeiro com a sua Igre-ja, quando todos nós seremos rece-bidos em Sua glória para a grande festa que não terá fim. Por isso so-mos alegres, por isso festejamos, por isso “fazemos tudo o Ele nos pede”, porque somos o Seu povo e Ele é o nosso Deus. “Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21,3).

Nosso coração está muito feliz! Nosso coração exulta em Deus nos-so Salvador! Ele fará em todos nós grandes coisas! Aleluia!

Nena e Ronaldo PedrosoCC de Animação

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Queridos Equipistas, Faltam poucos dias para o 3º

Encontro Nacional em Aparecida. Começamos devagar, chamando companheiros, construindo o ca-minho. Logo a visão clareou e as comissões de serviços se en-volveram nas atividades, cores, sons, nomes. Nesta caminhada, dois signos se destacaram: a Lo-gomarca e o Hino. Ganharam identidade, projeção e são reco-nhecidos por muitos.

Para a logomarca foi elabora-do um concurso que contou com participantes de todas as Provín-cias. Num Encontro dos Casais Regionais em Itaici/SP, em agos-to/2013, foi realizada uma elei-ção e a logomarca vencedora foi a do casal Eliana e David Yang, de SP Capital. Eles contaram que elaboraram e enviaram a propos-ta no final do prazo de entrega. E foi a eleita.

Quanto ao Hino, foram con-vidados alguns casais equipistas

o Logo E o HINo Do 3o ENCoNTRo

Hino Eq.14A - N. S. Serva

Jundiaí-SP

Logo - Eliana e David Yang, Eq.16D - N. S. Medjugorje São Paulo-SP

com o dom da música. Uma co-missão formada por equipistas ligados à música analisaram as contribuições. A escolhida foi a composição da Equipe 14 A - Nossa Senhora Serva, de Jundiaí/SP. A música é do Edison e a letra fizeram todos juntos; arranjo do maestro Júlio Ricarte do PEMSA (Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida), cuja orquestra estará na Abertura do Encontro. No site www.ensapa-recida2015.com.br você encon-tra a letra e ouve a interpretação da Equipe acompanhada do vio-lão e da orquestra do PEMSA.

Agradecemos a Deus por estes irmãos que foram dóceis ao Es-pírito Santo e deram vida a estes signos que representarão um mo-mento tão importante: encontro da família equipista no Santuário Nacional de Aparecida/SP.

Vera e Renato CC do 3o Encontro Nacional

das ENS

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3º Dia: FAZER O mUNDO NOVO DO

AmOR E DA PAZ

1. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

– Menos de um mês e começará o 3o Encontro Nacional das ENS no Santuário Nacional de Nossa Se-nhora Aparecida. Neste momen-to de reflexão, oração e partilha, queremos preparar-nos para esse momento de graça. O casal é amado, escolhido e enviado por Deus para levar ao mundo uma mensagem de vida, amor e esperança. Deve revigorar o dom recebido para fazer de seu ma-trimônio um motivo de alegria para todos.

2. Canto de abertura1:

Grava-me Grava-me como um selo em teu coraçãoGrava-me com o selo da graça que é força e palavra em teu coração.Grava-me com o amor que não passa de graça em graçaE se faz doação.

Refrão: Grava-me com o selo do amor, que é mais forte que a morte Em teu peito, Senhor (bis).Grava-me como um selo em teu

TRíDuo PREPARATóRIo PARA o 3o ENCoNTRo NACIoNAL

DAS ENS Do BRASIL

1 Os cantos sugeridos podem ser trocados conforme as preferências dos particulares

braço, Senhor.Grava-me com uma seta afiada que fica cravada na alma a dorGrava-me em tua mão delicada que deixa inflamado o meu coração.

(Pe. Joãozinho)

3. Leitura do Livro de Tobias, dos capítulos 7 e 8:

“12Raguel chamou sua filha Sara e, quando ela se apresentou, tomou-a pela mão e entregou-a a Tobias, dizendo: “Recebe-a, pois ela te é dada por esposa, segundo a lei e a sentença escrita no livro de Moisés. Toma-a e leva-a sã e salva para a casa de teu pai. E que o Deus do céu vos dê boa viagem e a paz”. Chamou depois a mãe da moça e mandou que trouxesse uma folha de papiro, e redigiu o documento do matrimônio, pelo qual dava a Tobias sua filha por es-posa, conforme a sentença da Lei de Moisés.

Depois disso começaram a co-mer e a beber. Raguel chamou sua mulher Edna e disse-lhe: “Irmã, prepara o outro quarto e leva Sara para lá”. (...)

1Quando acabaram de comer e beber, decidiram ir dormir; condu-ziram, pois, o jovem e o introduzi-ram no aposento. (...)

Entretanto, os pais haviam sa-

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ído e fechado a porta do quarto. Então Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: “Levanta-te, minha irmã! Rezemos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve”.

Ela se levantou e começaram a rezar e a pedir para obterem a sal-vação. E começaram a dizer:

“Bendito sejais, Deus de nossos pais,

e bendito seja vosso nome por todos os séculos dos séculos!

Bendigam-vos os céus e vossa criação inteira em todos os sécu-los!

Vós criastes Adão e criastes Eva, sua mulher, para ser sua ajuda e amparo, e de ambos nasceu o gê-nero humano.

Vós mesmo dissestes: ‘Não é bom que o homem fique só: faça-mos-lhe uma ajuda semelhante a ele’.

E agora, não é por luxúria que tomo esta minha irmã, mas com reta intenção. Dignai-vos ter pie-dade de mim e dela e conduzir-nos juntos a uma idade avança-da! E disseram em coro: Amém! Amém!”

E dormiram a noite toda.”

4. Refletir

Na imaginosa narrativa bíblica, Tobit e Ana, Raguel e Edna eram dois piedosos casais levados para longe da pátria. Duas famílias ví-timas da violência, da guerra, da pobreza e do sofrimento. Sabiam o que era sofrer, e só com muita fé podiam olhar para o futuro. A res-posta de Deus foi o amor. O amor

que vigiava no coração de Sara, e o amor que brilhou nos olhos de Tobias quando a viu. A vida de to-dos foi diferente depois que se en-contraram.

No querer de Deus é sempre as-sim que acontece quando o amor une uma mulher e um homem. É como se o mundo voltasse ao co-meço, e Adão e Eva se vissem pela primeira vez, e como quando o mundo renascia renovado do dilú-vio.

Amar é recomeçar sempre de novo a construir o mundo dos ho-mens, a reescrever o poema ima-ginado por Deus. É tecer na trama da vida uma aventura única, só de-les, entrelaçando alegrias e dores, descobertas e perdas.

De novo Adão e Eva se unem, não só para tentar a felicidade possível como casal e como famí-lia, mas também para obedecer ao “sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28), gerando humanidade nova de mais amor e mais união.

Como será bom quando hou-ver uma floração de casais como Sara e Tobias, comprometidos com o amor e dispostos a gerar um mundo novo. Ou melhor: um mundo novo já está renascendo porque há tantos Sara e Tobias. Já vemos tantos casais que não se deixam vencer pelo exílio de um ambiente desfavorável, mas acre-ditam na proposta de Deus e têm coragem de amar sem limites. Não são ingênuos, mas sabem que sua fidelidade ao amor pode garantir para o mundo um futuro melhor.

É isso. O futuro será melhor porque há tantos casais que veem

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o casamento como “Festa da ale-gria e do amor conjugal”. Estão prontos a seguir as propostas de Jesus, fazendo tudo que ele lhes diz, prontos a ir pelo mundo levan-do as talhas que encheram com o vinho generoso do amor que en-contraram.2

•Olhandoparaopassado, atéhoje, como Deus foi tramando sua história de amor?

•Depoisdessesanosvividosnocasamento, que mensagem vo-cês podem transmitir?

•Ocasamentodeve tê-los feitomais santos e mais sábios. Então, como podem ajudar os casais de seu ambiente?

•Vocêssãofelizesnocasamento.Como podem fazer que o mun-do acredite que “o matrimônio cristão é festa da alegria e do amor conjugal”?

5. Canto de meditação:

Como vai ser nossa festa?Como vai ser? Nossa festa não pode seguir:Tarde demais para buscar outro vi-nho e servir.

Refrão: Em meio a todo sobressal-to, é Maria quem sabe lembrar:Se meu Filho está presente, nada pode faltar! (bis)Mas que fazer? Se tem água tem vinho também.

Basta um sinal e em Caná, quem provou: tudo bem!

Como não crer? A alegria da vida

2 Questões e sugestões: aproveitem as que lhes parecerem mais adequadas à sua realidade.

nos vem quando os irmãos põem à mesa seus dons e o que têm.

6. Abrir-se

− Como o casamento ajudou você a crescer como pessoa?

− Como o casamento ajudou você a crescer na vida cristã?

− Como o casal está ajudando outros casais, principalmente os mais necessitados de apoio?

− Até onde vai seu comprome-timento com as propostas das Equipes de Nossa Senhora?

7. Orar

Vamos agora responder a Deus numa oração espontânea, pedin-do-lhe também pelo bom êxito do 3o Encontro Nacional das ENS no Brasil. Sinta-se à vontade para abrir seu coração.

− Se vocês fossem Sara e To-bias, ou Edna e Raguel, ou Ana e Tobit, que vocês diriam a Deus, quais seriam seus pedidos?

− Olhem para tantos casais a seu redor, jovens ou idosos, vejam sua felicidade e suas lutas. Agra-deçam e peçam por eles.

− Orem pelos casais que ainda não descobriram a felicidade do amor que tudo perdoa.

− Orem pelos que gostariam de se ter casado, mas não o puderam fazer.

− Orem pelo que assumiram a vida no amor celibatário.

− Peçam que Deus os ajude a mos-

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trar a todos como é bom o ma-trimônio.

8. Conversar

− Partilhem informações e comu-nicados referentes ao Encontro.

− Partilhem textos, fotos, vídeos, sites etc. sobre o encontro futuro e os passados.

− Como poderão ajudar os que irão a Aparecida?

− Relembrem o conteúdo dos dois encontros anteriores, Brasília e Florianópolis.

9. Oração pelo bom êxito do 3º Encontro Nacional das ENS

Senhor nosso Deus, aben-çoai o 3o Encontro Nacional de nossas Equipes. Somos casais que querem chegar à felicidade e à perfeição pela vivência do amor conjugal, da paternidade e da maternidade. Esperamos que esse encontro seja um momento forte de nossa caminhada, mesmo para os casais que não puderem estar em Aparecida. Ajudai-nos, para que sejamos casais peregrinos, desalojados, a caminho de rumos novos que nos apontais.

Reunidos na casa de Maria, mãe de Jesus e esposa de José, queremos retomar alento para a caminhada, agradecer o amor que nos destes, alegrar-nos por ser homens e mulheres que se amam, cantar vossas bondades, renovar nossas esperanças, e ajudar todos a perceber que nos dais o casamento como caminho de felicidade e realização.

É o que vos pedimos por Cris-to, vosso Filho, pela intercessão de Maria, Nossa Senhora da Con-ceição Aparecida.

10. Canto Final: magnificat

O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!

A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus,

meu Salvador!

Por que olhou para a humilda-de de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me

de bendita!

O Poderoso fez em mim maravi-lhas, e Santo é seu nome!

Seu amor para sempre se estende, sobre aqueles que o temem!

Manifesta o poder de seu braço,

dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.

Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor,

como havia prometido a nos-sos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre!

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre

Amém!

O poderoso fez em mim maravilhase Santo é o seu nome!

Colaboração Padre Flávio Cavalca

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marina e TitinhoEssa data tem que ser comemorada; afinal de contas, são 50 anos de amor, cumplicidade, respeito e batalhas. Este é um casal muito que-rido nas ENS, exemplo para todos os casais que convivem com eles. Marina e Titinho integram a Equipe 10-Nossa Senhora da Conceição, em Teresópolis. A eles nosso carinho. (Iensuny e Francisco - CRS Teresópolis - Teresópolis-RJ)

Cristina e AntônioIntegrantes da Eq.17 – Nossa Senhora da Conceição, de Aracaju, celebraram 25 anos de Matrimônio. A comemoração ocorreu na Missa de Abertura do Pós-EACRE do Setor A de Aracaju, na Capela do Colégio Arquidio-cesano, no dia 01 de março de 2015, presidi-da pelo Pe. Anderlan, SCE do Setor. (Noélia e Francisco - CR Setor A - Aracaju-SE)

no

tíci

as BODAS DE OURO

Netinha e Cesário Em 21/02/2015Eq. 01B - Imaculado Coração de Maria Natal-RN

Heloísa Helena e João maurícioEm 21 de abril de 2015 - 43 anos de ENS“O Senhor fez em nós maravilhas”! Obri-gado Senhor! Obrigado Conselheiros e irmãos equipistas que nos deram as mãos nesta caminhada. Equipe 5, N. S. da Paz Guaratinguetá-SP

BODAS DE PRATA

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Vanilde e Amintas Em 27/07/2015Eq. 02 – N. S. AparecidaNossa Senhora Aparecida-SE

Ana e DjalmaEm 23 de dezembro de 2014 e com as bênçãos de Deus, comemoraram seus 25 anos de casados. Eles fazem parte da Eq.01 - N. S. das Graças. Na ocasião, o SCE Pe. João Paulo presidiu a Missa e renovaram a sua aliança de amor com Cristo. Toda a equipe esteve presente e – como sempre – muito alegres, brindaram o casal com um saboroso jantar. So-mos gratos a Deus por vivenciarmos momentos tão bonitos em nossa Equipe. (Suzete e Otoniel - Eq.01 - N. S. das Graças - Pesqueira-PE)

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Frei Eduardo Quirino Oliveira-OPNo dia 08 de abril, completou 80 anos de idade, 50 anos de Sacerdócio e 43 anos na Eq. 04B, na região SP Capital 1. Agradecemos sua vida de dedicação ao sacerdócio. Deus continue abençoando-o! (Rachel e Fernando - CR Região São Paulo – Capital 1)

Pe. Ângelo Galatto, Em 11/07/2015SCE das Eq.01A e 05B de Criciúma-SC

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

Pe. Vilmar Vicente, Natural de Florianópolis, celebra seu jubileu de prata de sacerdócio no dia 30/06/2015. SCE das Equipes de N. S. de Fátima (Setor B) e N. S. do Rosário (Setor A), ambas de Florianópolis, entrou para o Movimento em 2012. Tem sua vida sacerdotal pautada na formação de novos padres (atualmente é diretor administrativo da

Faculdade Católica de Santa Catarina - FACASC) e na valoriação da famí-lia e do matrimônio.No último dia 23/03, por ocasião das comemorações do aniversário de sua cidade natal, em homenagem prestada pela Câmara de Vereadores,

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Pe. Vilmar foi condecorado com as medalhas Francisco Dias Velho e Virgí-lio Várzea, em reconhecimento aos seus 25 anos de sacerdócio e serviços prestados à educação e à evangelização.Agradecemos ao Pe. Vilmar sua dedicação e pedimos a Deus que conti-nue abençoando seu sacerdócio. (Andréea e Julio - CR Setor B - Floria-nópolis-SC)

ORDENAçÃO PRESBITERAL

Flávio Pereira, Hachid Ilo, José Jorge Santos, Tiago de macêdo e Tobias Glêriston

No dia 28.08.14, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Campi-na Grande-PB, foram ordenados presbíteros, pela imposição das mãos de sua Excelência Reverendíssima Dom Frei Manuel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap, Bispo da Diocese de Campina Grande, os Diáconos e Acompa-nhantes Espirituais Temporários (na foto, da esquerda para direita): Hachid ILo (Equipe 4), Tiago de macêdo (Experiência Comunitária), José Jorge (Equipe 11), Flávio Pereira (Equipe 6) e Tobias Glêriston (Acompanhante Espiritual de uma EJNS).Todos os equipistas do Setor Campina Grande saúdam, com alegria, os novos sacerdotes da nossa Igreja, que, com tanto amor e dedicação, têm contribuído com as ENS e EJNS em nossa cidade. Que o Senhor torne fecunda a vocação desses nossos irmãos.

VOLTA AO PAI

Cecília (do Armando), em 08/02/2015

Integrava a Eq.1A - N. S. do SimSão Paulo/SP

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MEDItanDO EM EquIPEELE ESTÁ PARA FICAR ENTRE NÓS

Em 4 de junho temos o dia de Corpus Christi, como se diz tradicionalmente em latim. Celebramos um aspecto particular da Eucaristia: a presença real de Jesus, não só no momento da Missa, mas também depois. Vejamos o Evangelho:

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção,partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. Jesus disse-lhes: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos.Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus’.Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.” (Mc 14,22-26)

ReflexãoJesus ressuscitado continuava e continua realmente presente entre seus discípulos de outrora, e entre nós agora. Quando, porém, Jesus se mostrava aos discípulos, conversava com eles e permitia que o tocassem, ele estava presente de maneira especial entre eles. Assim também hoje, o Jesus que está sempre realmente entre nós está também realmente presente de um modo especial na Eucaristia. Não estamos diante de uma ideia, de uma imagem ou de apenas uma lembrança, mas de uma pessoa.

− Que significado tem para você a presença de Jesus na Eucaristia?− Como isso influencia sua maneira de ser e de orar?− Como poderá aprofundar seu relacionamento com Jesus?

Oração Litúrgica(Hino das Primeiras Vésperas da Festa)

Vamos todos louvar juntos o mistério do amor,pois o preço deste mundo foi o sangue redentor, recebido de Maria, que nos deu o Salvador.

Veio ao mundo por Maria, foi por nós que ele nasceu. Ensinou sua doutrina, com os homens conviveu. No final de sua vida, um presente ele nos deu.

Observando a Lei mosaica, se reuniu com os irmãos. Era noite. Despedida. Numa ceia-refeição. Deu-se aos doze em alimento, pelas suas próprias mãos.

A Palavra do Deus vivo transformou o vinho e o pão no seu sangue e no seu corpo para a nossa salvação. O milagre nós não vemos, basta a fé no coração.

Tão sublime sacramento adoremos neste altar, pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar. Venha a fé por suplemento os sentidos completar.

Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade, eterno amor. Ao Deus Uno e Trino demos a alegria do louvor.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de nossa Senhora

visite o site oficial do Encontrowww.ensaparecida2015.com.br

VENHA PARTICIPAR

Santuário Nacional Basílica

*01 de julho (quarta feira) – 09h00 Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (SP)

*02 de julho (quinta-feira) – 08h10 Oração da Manhã e 09h00 – Celebra-ção Eucarística - presidida pelo Cardeal dom Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo (SP)

Santuário Nacional Tribuna Bento XVI

01 de Julho (quarta-feira) – 17h30 Terço Luminoso – saída do Centro de Eventos Pe Vitor Coelho de Almeida. Traga sua vela.

01 de julho (quarta-feira) – 18h00Ato Público em louvor a Deus pelas ENS e pela beatificação do Pe.Caffarel

*transmitidas pela TV Aparecida, Rede Vida e pelo site www.a12.org.br