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UNIVERSIDADE DE BRASILIA – UnB
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV
ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE
SALSA EM AMBIENTE PROTEGIDO
LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES
BRASÍLIA - DF
2016
LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES
ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE SALSA EM
AMBIENTE PROTEGIDO
Trabalho de conclusão de curso
apresentada à Banca Examinadora da
Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária como exigência final para
obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo.
Orientador: Profa. Dra. Michelle Souza
Vilela
BRASÍLIA - DF
2016
ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE SALSA EM
AMBIENTE PROTEGIDO
LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À FACULDADE DE AGRONOMIA E
MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGRÔNOMO.
APROVADO PELA COMISSÃO EXAMINADORA EM ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ MICHELLE SOUZA VILELA, Dra. Universidade de Brasília Professora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (ORIENTADORA) CPF: 919.623.401-23; e-mail: [email protected] _________________________________________________ ROSA MARIA DE DEUS DE SOUSA, Msc. Universidade de Brasília Engenheira de Alimentos, Doutoranda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (EXAMINADOR) CPF: 239.019.771-04; e-mail: [email protected] _________________________________________________ ISADORA NOGUEIRA, Msc. Universidade de Brasília Engenheira Agrônoma, Doutoranda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (EXAMINADOR) CPF :035.500.073-37; e-mail: [email protected]
BRASÍLIA - DF
Junho / 2016
RESUMO
A população tem percebido que a utilização de hortaliças no consumo diário é de extrema importância quando o objetivo é um melhor funcionamento do organismo. A salsa, hortaliça folhosa, tem se tornado uma das plantas condimentares mais importantes, não em termos de volume de produção, mas pela ampla utilização comercial com fins medicinais e gastronômicos. Os estudos e pesquisas na área buscam encontrar plantas e sementes com mais qualidade de acordo com as condições ambientais fornecidas por diferentes regiões, visando menor custo e mais benefícios ao produtor. Dessa forma, o presente trabalho tem como principal objetivo avaliar o desempenho de três cultivares de Petroselinum crispum, com as mesmas condições externas disponíveis, devido ao cultivo realizado em ambiente protegido. Para tanto, as cultivares utilizadas foram Crespa, Lisa e Graúda Portuguesa, as quais receberam substratos de mesma origem, e manejo de irrigação semelhante. O experimento foi implantado em casa de vegetação, localizada na Estação Biológica da Universidade de Brasília-UnB, no ano de 2016. Na semeadura foram utilizadas três sementes por célula, em um delineamento de blocos ao acaso, com 3 repetições. O desenvolvimento das cultivares foi avaliado 37 dias após a emergência, escolhendo 5 plantas aleatoriamente – verificando o comprimento das partes aérea e radicular –, e o valor de suas massas fresca e seca. Ademais, foi realizada a contagem do número de folhas, e o acompanhamento germinativo, a fim de se verificar o índice de velocidade e a porcentagem de germinação. Após a realização das análises estatísticas, observou-se que a cultivar Lisa apresentou os melhores resultados para as variáveis de desenvolvimento de mudas, e a cultivar Crespa obteve os menores para porcentagem de germinação, valor muito inferior ao informado pelo fabricante da semente.
Palavras-chave: olericultura, Petroselinum crispum, ambiente protegido.
ABSTRACT
The population has realized that the use of vegetables in the daily consumption is extremely importante when the objective is a better functioning body. Parsley, a leafy vegetable, has become one of the most importante spices plants, not because production volume, but to wide comercial use in medicine and gastronomy. Studies and researches seek to find plants and seeds with higher quality according to the provided environmental conditions by diferente regions, to objectify lower costs and more benefits to the producer. By the way, this study aims to evaluate the performance of three cultivars of Petroselinum crispum, provided by the same company with the same available environmental conditions due to the cultivation performed in a protected cutivation. The cultivars used were “Crespa”, “Lisa” and “Graúda Portuguesa”, that received same substrate, and handling irrigation. The experimente was conducted in a greenhouse located at Biological Station in the University os Brasília-UnB in april 2016. At sowing were used three seed per cell, in a design of randomized blocks, three replications, each represented by a polyethylene tray, and 24 plants per portion, totaling 216 seeds per tray. The development of cultivars was evaluated 37 days after germination, choosing 5 plants randomly – checking the length of the aerial and root parts –, and value of weight fresh and dry. Moreover, it was made a count of the leafe number, and the germinal monitoring, to verify the speed index and the percentage of germination. After the statistical analyzes, it was observed that “Lisa” showed the best results to variables of seedling development, and “Crespa” the worst to germination, much lower result than reported by the seed manufacturer.
Keywords: horticulture, Petroselinum crispum, protected cultivation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Preparo do experimento em bandeja de polietileno expandido com
72 células e 120 mm de profundidade com substrato comercial. Brasília-DF,
2016...................................................................................................................24
Figura 2 – Verificação da germinação realizada em 04 de abril de 2016.
Brasília-DF, 2016...............................................................................................26
Figura 3 – Verificação da germinação realizada em 15 de abril de 2016.
Brasília-DF, 2016...............................................................................................26
Figura 4 – Petroselinum crispum com 37 dias – época em que foi realizada a
coleta de dados. Brasília-DF, 2016....................................................................27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resumo da análise de variância das variáveis analisadas no
trabalho, na comparação de três cultivares de salsa. Brasília-DF,
2016...................................................................................................................28
Tabela 2 – Resultado do teste de comparação de médias Tukey (5% de
probabilidade) das variáveis analisadas no trabalho. Brasília-DF,
2016...................................................................................................................29
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 9
2. OBJETIVO GERAL .................................................................................... 11
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 11
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 12
3.1. OLERICULTURA .......................................................................................... 12 3.1.1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 12 3.1.2. O MERCADO DAS HORTALIÇAS .................................................................. 12 3.2. PLANTAS CONDIMENTARES ........................................................................ 13 3.2.1. ASPECTOS GERAIS .................................................................................. 13 3.2.2. HISTÓRICO DO CULTIVO ........................................................................... 14 3.2.3. CULTIVO E PROCESSAMENTO ................................................................... 14 3.3. A CULTURA DA SALSA (PETROSELINUM CRISPUM) ........................................ 15 3.3.1. FAMÍLIA APIACEAE ................................................................................... 15 3.3.2. ORIGEM DA CULTURA ............................................................................... 16 3.3.3. CARACTERÍSTICAS GERAIS ....................................................................... 16 3.3.4. CULTIVARES ........................................................................................... 17 3.3.5. PROCESSO GERMINATIVO E QUALIDADE DE SEMENTES ................................ 18 3.3.6. MANEJO ................................................................................................. 20 3.3.7. FUNCIONALIDADES .................................................................................. 21 3.4. SUBSTRATOS ............................................................................................ 22 3.5. CULTIVO EM AMBIENTE PROTEGIDO ............................................................ 22
4. METODOLOGIA ........................................................................................ 23
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 28
6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 31
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 31
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 32
9
1. INTRODUÇÃO
A salsa (Petroselinum crispum) é uma hortaliça condimentar de origem
europeia, sendo esta uma planta herbácea pertencente à família botânica das
Apiáceas. Além de ter uma grande importância econômica devido a seus fins
medicinais, a salsa é uma das plantas condimentares mais populares da
gastronomia mundial, sendo uma excelente fonte de vitamina A, C, niacina,
riboflavina, cálcio, ferro e fósforo (FACTOR et al., 2008). Ademais, Rodrigues et
al. (2008) destaca que a salsa é uma hortaliça que não atinge sua importância
por seu volume ou valor de comercialização, mas pela ampla utilização
comercial como condimento.
Segundo Filgueira (2008), essa cultura se adapta melhor a temperaturas
amenas, pode ser cultivada o ano todo, mas preferencialmente semeada no
outono-inverno, em regiões com maior altitude. A produção de hortaliças, em
geral, é muito afetada por variações climáticas, as quais podem danificar,
prolongar o ciclo e até mesmo criar condições favoráveis para o aparecimento
de doenças. Com a utilização de cultivo protegido, é possível realizar o controle
das condições edafoclimáticas que interferem na produção das hortaliças,
visando uma melhoria na qualidade dos produtos, um aumento na
produtividade e um melhor aproveitamento dos fatores de produção
(REZENDE et al., 2005).
O crescimento das plantas de salsa e a qualidade do produto final, além
de estarem diretamente relacionados com o ambiente de cultivo, relacionam-se
com as propriedades genéticas da cultura. Tendo em vista a germinação lenta,
irregular e desuniforme das sementes de salsa – necessitando alcançar uma
condição adequada de hidratação, que permita a reativação do metabolismo e
consequente crescimento do eixo embrionário, sendo que quanto maior a
quantidade de água disponível, mais rápida será a absorção (POPINIGIS,
1985; CARVALHO e NAKAGAWA, 2000) – faz-se necessário a utilização de
sementes melhoradas geneticamente e de alta qualidade. Com esse processo
é possível ter maior garantia da obtenção de materiais com germinação mais
eficiente, uniforme e, consequentemente, a formação de plântulas vigorosas.
10
O melhoramento genético de plantas medicinais/condimentares consiste
em selecionar espécies para estudo e fazer alterações em seus respectivos
genótipos, a fim de obter resultados mais satisfatórios em relação à massa
seca e fresca, altura da planta e comprimento radicular, além do aumento no
teor de óleos vegetais presentes nas diferentes espécies (OLIVEIRA; AMARAL;
CASALI; 2003).
Dentre as cultivares de salsa, de acordo com o Manual de Olericultura
(FILGUEIRA, 1982), as de folhas lisas e recortadas parecem ser as preferidas,
destacando-se a Lisa Preferida, com folhas lisas e largas, de excelente sabor e
aroma. Também a cultivar Grande Portuguesa, mais vigorosa e de folhas
maiores, também lisas, resistente ao florescimento, é muito cultivada.
Cultivares de folhas crespas, preferidas em países europeus e nos EUA, são
menos cultivadas e apreciadas entre nós. Portanto, o presente trabalho teve
por objetivo principal analisar três cultivares de salsa – Crespa, Lisa e Graúda
Portuguesa – todas elas cultivadas no mesmo ambiente protegido, a fim de
levantar dados comparativos em relação ao vigor e desenvolvimento de mudas.
11
2. OBJETIVO GERAL
Esse trabalho teve como principal objetivo avaliar três cultivares de salsa
– Crespa, Lisa e Graúda Portuguesa – todas elas cultivadas no mesmo
ambiente protegido, a fim de levantar dados comparativos em relação ao vigor
e desenvolvimento de mudas.
2.1. Objetivos Específicos
Verificar o índice de velocidade de germinação e o potencial germinativo
de três cultivares de salsa;
Analisar as possíveis diferenças no desenvolvimento de plântulas de três
cultivares de salsa.
12
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Olericultura
3.1.1. Introdução
No Brasil, a olericultura evoluiu de forma mais acentuada durante a
Segunda Guerra Mundial. Por volta da década de 1940, os denominados
“cinturões verdes” deixaram de ser os locais de principais explorações
agrícolas diversas, apesar de ainda pequenas, e deram espaços a áreas
maiores com explorações especializadas (FILGUEIRA, 2008).
A característica mais relevante da produção de oleráceas, que a
diferencia de outros setores agrícolas, principalmente quando se refere à
cultura de grãos, é a ampla diversidade de plantas cultivadas, contendo mais
de uma centena de espécies produzidas de forma temporária. Além disso, essa
atividade agroeconômica está concentrada em propriedades de exploração
familiar – 60% da produção (MELO & VILELA, 2007).
Diante disso, o Brasil tem possibilidades de fortalecer esse segmento
agrícola, contemplando produtos oleráceos naturais ou industrializados, em
uma escala maior do que a atual. Os países europeus, durante o rigoroso
inverno enfrentado, e também alguns países Asiáticos tendem a ser os
principais alvos do mercado brasileiro de hortaliças (FILGUEIRA, 2008).
3.1.2. O mercado das hortaliças
O consumo de hortaliças tem sido incentivado cada vez com mais
intensidade, visto que são alimentos importantes para a composição de dietas
saudáveis para o ser humano, com riqueza de micronutrientes, fibras, entre
outros componentes importantes para o organismo. Esse mercado é bastante
movimentado e fortemente influenciado pela preferência dos consumidores, os
quais exigem cada vez mais alimentos diferenciados quanto ao tamanho,
qualidade, coloração, forma, aroma e aspectos nutricionais (PURQUERIO &
MELO, 2011).
13
A característica mais geral e marcante do agronegócio da produção de
hortaliças é o fato de ser uma atividade agroeconômica altamente intensiva, em
seus mais variados aspectos, em contraste com atividades extensivas, como a
produção de grãos. A olericultura exige alto investimento por hectare
explorado, ou seja, alto “input” em termos físicos e econômicos. Em
contrapartida, possibilita a obtenção de elevada produção física e de alta renda
(bruta e líquida), por hectare cultivado e por hectar/ano, ou seja, alto “output”
(FILGUEIRA, 2008).
As hortaliças são produzidas, predominantemente, no sistema
convencional; porém, visto que as exigências do consumidor têm se tornado
cada vez mais visíveis, tem se observado, nos últimos anos, cultivos
diferenciados de hortaliças, com destaque para aqueles sob sistemas
orgânicos e em ambiente protegido (MELO & VILELA, 2007).
3.2. Plantas Condimentares
3.2.1. Aspectos Gerais
Desde a Idade Média e a Renascença, as especiarias eram conhecidas
por possuírem substancias aromáticas ou picantes, e eram constituídas de
raízes, rizomas, bulbos cascas, folhas, flores, frutos, sementes e outras partes
das plantas (SOUZA & LORENZI, 2005; ALVES, 2007; STEURER, 2008). As
plantas condimentares, também chamadas de temperos, são aquelas utilizadas
para realçar o sabor e o aroma dos alimentos. Além disso, esse tipo de planta
apresenta substâncias com propriedades de conservação dos alimentos,
ativação das glândulas salivares – o que inicia o processo da digestão –
aromáticas e medicinais, como no tratamento de problemas respiratórios e
cardiovasculares e na atividade antimicrobiana (CARDOSO et al., 2005; LENZ,
2005).
Os objetivos da produção dessas plantas, além de envolver a
quantidade da biomassa vegetal, estão ligados com a qualidade da produção,
buscando cada vez mais os teores ideais dos princípios ativos do óleo
essencial. Vários órgãos vegetais das plantas condimentares apresentam a
possibilidade de serem utilizados na culinária e na conservação de outros
14
alimentos, o que favorece a otimização da produção, visto que haverá menos
partes das plantas não utilizadas e descartadas pelo produtor (ALVEZ, 2007).
3.2.2. Histórico do Cultivo
Segundo Furlan (1998), na Idade Antiga, além de serem consumidas em
larga escala na alimentação, as plantas condimentares eram usadas como
remédios consagrados. Nas viagens feitas com fins de comercializar
especiarias, Cristóvão Colombo, Marco Polo, Carlos Magno, Alexandre Magno
e a rainha de Sabá foram personagens de destaque ao longo desses eventos
históricos.
A necessidade de sobrevivência, recuperação da saúde, conquista de
terras e inovação no preparo dos alimentos fez com que a descoberta e o
estudo das plantas condimentares acompanhassem o desenvolvimento da
humanidade. Até a Idade Média, esses eram os produtos mais atrativos da
Oriente, fazendo com que várias embarcações navegassem pelos oceanos em
busca dessas especiarias e descobrissem novas terras a serem exploradas
(PEREIRA & SANTOS, 2013).
As plantas condimentares são aceitas na cultura de quase todos os
povos, em virtude do gosto e aroma dados aos alimentos, além de valorizarem
os aspectos nutritivos, terapêuticos e visuais dos pratos (MATOS, 2007).
3.2.3. Cultivo e Processamento
A população tem percebido, cada vez mais, a importância do consumo
de hortaliças para o melhor funcionamento do organismo. Com a maior
demanda, e com exigências cada vez mais específicas, os produtores têm
procurado maneiras de manter o fornecimento de hortaliças, em quantidade e
qualidade, durante todo o ano. A etapa do cultivo é considerada como uma das
que mais pode interferir na qualidade e quantidade do condimento
(GUALBERTO et al., 2009).
A qualidade das plantas medicinais, aromáticas e condimentares é
obtida ao longo de todo o planejamento feito pelo produtor – escolha do
15
material, determinação da época e do local do cultivo, tratos culturais a serem
utilizados, e cuidados na colheita da produção. Essa qualidade desejada deve
ser obtida durante o processo produtivo, visto que a pré-colheita consegue
interfere mais na minimização das perdas (MARCHESE & FIGUEIRA, 2005).
A produção agrícola, especialmente a de plantas medicinais, aromáticas
e condimentares, apresenta a particularidade de processar os produtos em
locais distantes ao da colheita. Diante da necessidade de se armazenar
produtos para serem comercializados meses após à colheita, a secagem surge
como uma operação muito importante e bastante utilizada, de acordo com a
estrutura possuída por cada produtor. Esses cuidados e demais aspectos
técnicos definem e agregam valor à viabilidade econômica de cada produto
(MARCHESE & FIGUEIRA, 2005).
3.3. A cultura da salsa (Petroselinum crispum)
3.3.1. Família Apiaceae
Considerada uma das maiores famílias de Angiospermas, a família
Apiaceae possui cerca de 400 gêneros e 4.000 espécies. Antigamente, era
conhecida como Umbelliferae, em virtude de as flores estarem dispostas em
forma de umbela. Normalmente, as plantas dessa família são aromáticas. As
flores são pequenas e possuem simetria radial com cinco sépalas, cinco
pétalas e cinco estames. Na maioria das espécies, está presente o dimorfismo
nas flores. A atração dos insetos é alcançada pelas pétalas externas, mais
vistosas; e a reprodução, pelas mais internas (JUDD et al., 2009).
As plantas da família Apiaceae caracterizam-se por apresentar
propriedades medicinais e condimentares, sendo bastante empregada no
mercado farmacêutico e culinário. Além dessa importante utilização, estudos
desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos mostram que as espécies
dessa família desempenham papéis ecológicos beneficiando inimigos naturais
(LANDIS et al., 2000; ALTIERI et al., 2003).
Na produção brasileira, muitas espécies da família Apiaceae são
cultivadas como condimentos e alimentos, sendo utilizadas diferentes partes
das plantas para o consumo. Na alimentação destacam-se a cenoura (Daucus
16
carota) e a mandioquinha ou batata-baroa (Arracacia graveolens) – consumo
de partes subterrâneas –, o aipo (Anethum graveolens), o funcho (Foeniculum
vulgare), a salsa (Petroselinum crispum), o salsão (Apium graveolens) e o
coentro (Coriandrum sativum), no consumo das partes aéreas (SOUZA, 2005).
3.3.2. Origem da cultura
A espécie Petroselinum crispum, conhecida popularmente como salsa
ou salsinha, tem sua origem atribuída aos países do mediterrâneo,
propagando-se pelo sul europeu, chegando ao Brasil durante o período da
colonização, e hoje cultivada, praticamente, em todo o mundo (ZARATE et al,
2002).
A salsa é considerada como uma das plantas condimentares mais
antigas. O nome em latim vem do radical grego, sélinon que significa aipo, ou
salsão, e quando se coloca o radical petro o significado passa a ser “aipo da
pedra”. A partir disso, tem-se que sua origem, provavelmente, ocorreu em
lugares rochosos, já sendo cultivada pelos gregos alguns séculos antes de
Cristo. Hoje em dia, é considerada um dos condimentos mais utilizados na
culinária mundial (TRUDEAU, 2006 apud CHAVES, 2006).
3.3.3. Características Gerais
A salsa (Petroselinum crispum) é uma planta condimentar, pertencente à
família das Apiáceas. Essa espécie se adapta melhor a temperaturas mais
amenas, e são semeadas, preferencialmente, durante o outono-inverno. No
caso de semeaduras ao longo de todo o ano, recomenda-se que sejam feitas
em regiões mais altas (FILGUEIRA, 2008). Apesar de ser uma das plantas
condimentares mais consumidas no Brasil, a salsa não alcança sua maior
relevância em termo de volume de produção, se comparada a outras hortaliças
folhosas, como rúcula e alface (ESCOBAR et al., 2010).
Segundo Albuquerque Filho (2006), a salsa (Petroselinum crispum),
planta herbácea e perene, apresenta características peculiares quanto ao
caule, às flores e às folhas. Estas possuem aroma forte, são reunidas em
17
roseta basal, possuem uma coloração verde-escura, além de serem compostas
por folíolos triangulares. As flores são pequenas e estão dispostas em
inflorescência – umbelas – e apresentam coloração amarelo-clara. O caule da
salsa é pouco ramificado, apresenta vários canais oleíferos, os quais conferem
o aroma e sabor, e possuem coloração verde-clara.
Predominantemente, a salsa é cultivada em pequenas propriedades,
assim como a maioria das hortaliças; por isso, destaca-se como uma
importante cultura para a agricultura familiar (GARCIA JUNIOR; TOMAZ, 2009
apud CARVALHO, 2011). O mercado mundial dessa espécie apresenta a salsa
como uma importante cultura no aspecto da comercialização para fins
condimentares e medicinais, e não devido ao volume produzido (RODRIGUES
et al., 2008).
3.3.4. Cultivares
Atualmente, não são muitas as cultivares utilizadas pelos produtores de
salsa. Existem cultivares tanto de folhas lisas quanto de folhas crespas. Dentro
do primeiro grupo, destacam-se a Lisa Preferida e a Graúda Portuguesa, as
quais apresentam, também, folhas aromáticas, sendo que a primeira cultivar
costuma produzir folhas menores. No segundo grupo, a Crespa Decora é a que
predomina. Ambas as cultivares, lisas e crespas, são resistentes ao
florescimento (FILGUEIRA, 2008).
Segundo Álvares (2006), as cultivares Salsas Lisa Comum, Graúda
Portuguesa e Crespa apresentam diferenças visíveis quanto ao porte e à
coloração. A mais vigorosa e que pode atingir 40 cm de altura é a Graúda
Portuguesa, a qual possui folhas de cor verde-escura. A Lisa Comum pode
atingir até 25 cm, e possui uma coloração verde-clara. Já a cultivar Salsa
Crespa alcança até 30 cm de altura, e apresenta uma coloração verde-escura.
No Brasil, as cultivares preferidas pelos produtores são a Lisa Comum e
a Graúda Portuguesa. As cultivares crespas encontram-se em um patamar
inferior na preferência do brasileiro. Na Europa, as cultivares de salsa
apresentam como produto comestível as raízes, as quais atingem de quatro a
cinco centímetros de diâmetro e cerca de 15 cm de comprimento (SALSINHA,
2008 apud PEDROSO, 2009).
18
3.3.5. Processo germinativo e qualidade de sementes
As sementes são como pacotes que armazenam os genes de cada
espécie, os quais darão as características particulares de cada planta, além de
determinarem o seu comportamento. Quando pesquisadores optam por um
determinado tipo de semente, entende-se que o seu comportamento é o ideal
para determinada condição de campo, relacionando-se com as condições
climáticas, o solo e as técnicas agrícolas utilizadas na região em questão
(CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).
Em se tratando da família Apiaceae, especialmente as espécies da
cenoura, salsa e coentro, a demanda brasileira era suprida, praticamente, pela
produção europeia. No entanto, a necessidade de uma maior produção e uma
menor dependência do mercado europeu fez com que cultivares nacionais
fossem desenvolvidas, buscando uma melhor adaptação às condições
climáticas brasileira, e as tecnologias agrícolas utilizadas no País (VIGGIANO,
1984).
O processo germinativo consiste na sucessão de fenômenos fisiológicos
motivados por fatores externos ou ambientais, e internos – qualidade da
semente e mecanismos de dormência, por exemplo. Os fatores ambientais
mais expressivos são a temperatura, a luz e a disponibilidade de água e
oxigênio (NASSIF et al, 1998, apud CARVALHO, 2011).
Segundo CARVALHO (2011), “a disponibilidade de água é o fator mais
importante no processo de germinação. A falta de água restringe o processo
germinativo. Por outro lado, o excesso de umidade gera condições de baixa
aeração (anoxia) e limita as trocas gasosas”. É por meio da absorção de água
ou embebição da semente que se dá seguimento, de forma acentuada, aos
processos metabólicos (NASSIF et al., 1998 apud CARVALHO, 2011).
A temperatura também é um fator externo extremamente importante,
visto que afeta diretamente a velocidade das reações químicas. A temperatura
ideal é aquela em que os processos metabólicos atingem o ponto ótimo,
verificando-se um maior número de germinações em um menor período de
tempo. Quando a temperatura do ambiente é inferior à determinada como ideal,
a velocidade e uniformidade do processo germinativo tendem a diminuir, o que
19
ocasiona um aumento na suscetibilidade aos ataques de patógenos (NASSIF
et al., 1998 apud CARVALHO, 2011).
O estabelecimento das plântulas no campo, aspecto relacionado com o
potencial germinativo e o vigor das sementes, é um outro fator importante no
sucesso da produção de hortaliças. Diante disso, a busca pela obtenção de
sementes de alta qualidade é constante na cadeia produtiva de hortaliças
estabelecida pelos produtores (NASCIMENTO, 2000).
A emergência em campo da semente de salsa, comparada com outras
hortaliças, é considerada longa. Pode levar mais de quatro semanas,
dependendo das condições internas e externas disponibilizadas para a
semente. Em virtude disso, faz-se necessário, em muitas ocasiões, o uso de
técnicas agrícolas que aceleram e uniformizam o processo germinativo da
semente (RODRIGUES et al., 2008). A redução de tempo entre a semeadura e
a emergência das plântulas tem sido objeto de muitos estudos realizados
recentemente. A embebição das sementes, em quantidades limitadas ou não
de água, tem sido um procedimento utilizado com bastante frequência. Nesse
processo, as sementes são imersas ou entram em contato com substratos
umedecidos em temperaturas baixas ou médias, o que resulta no processo
chamado de pré-embebição ou pré-hidratação (ROSSETTO et al, 2000).
Com a necessidade de aumentar a produtividade e de responder às
exigências dos consumidores, as empresas produtoras de sementes têm
buscado, cada vez mais, alcançar padrões de qualidade mais elevados, aliados
a sistemas produtivos mais rentáveis. Diante disso, as empresas têm investido
em programas de qualidade interno, buscando supervisionar todas as etapas
de produção de forma exclusiva, uma vez que a produção de sementes é uma
atividade especializada (PINHO; SALGADO, 2006).
As empresas produtoras de sementes de salsa têm investido em
pesquisas que visam o desenvolvimento de novas cultivares, mais adaptadas e
com características desejadas pelos agricultores e consumidores do
condimento. Essa busca pelo desenvolvimento de cultivares que apresentem
um melhor desenvolvimento ocorre em virtude da alta do consumo de temperos
no Brasil. A elevada demanda por sementes de alta qualidade tem feito com
que novas tecnologias sejam incorporadas, ou por meio convencional, ou por
meio de tecnologia de DNA (PINHO; SALGADO, 2006).
20
3.3.6. Manejo
A salsa adapta-se melhor em temperaturas amenas, variando entre 10 a
24°C. Essa cultura permite que novos cortes sejam aproveitados em virtude do
rebrotamento (ZARATE et al., 2002; FILGUEIRA, 2008).
A salsa alcança uma maior produtividade quando cultivada em solos
areno-argilosos, com alto teor de matéria orgânica e boa fertilidade (HEREDIA
et al, 2003). Apesar disso, a cultura é considerada pouco exigente em solo,
adaptando-se melhor na faixa de pH 6,0 a 6,5. Uma técnica agrícola utilizada e
que produz resultados satisfatórios é a incorporação de esterco de aviário
semanas antes da semeadura. Sugere-se que seja aplicado entre 100-180
kg/ha de P2O5 juntamente com 60-80 kg/ha no plantio; além de realizar
coberturas com 20-30 kg/ha de N, uma ou mais vezes, conforme o aspecto
nutricional das plantas (FILGUEIRA, 2008).
Segundo Filgueira (2008), semeia-se diretamente em sulcos
longitudinais distanciados 25 cm nos canteiros. Deixa-se cair um filete contínuo
de sementes, na profundidade de 5-10 mm. Quando as plantinhas apresentam
duas folhas definitivas, elas são desbastadas, deixando-se aquelas escolhidas
distanciadas 10-15 cm.
Para que o processo germinativo da semente de salsa ocorra de forma
ideal, tendo em vista a lenta e irregular germinação apresentada pela cultura,
faz necessário que seja alcançado um nível adequado de hidratação,
reativando, assim, o metabolismo da semente e resultando no crescimento do
eixo embrionário. Diante disso, entende-se que quanto maior a quantidade de
água disponível, mais rápida será a absorção pela semente (CARVALHO;
NAKAGAWA, 2000).
No momento em que as plantas atingem cerca de 15 cm, o que ocorre
por volta de 50 e 70 dias, tem-se a época da primeira colheita. O corte
realizado deve ser feito um pouco acima da superfície do solo. A colheita pode
se prolongar por 90 dias ou mais, haja vista o possível rebrotamento presente
no ciclo da cultura, o que permite mais alguns cortes a serem realizados
(HEREDIA et al., 2003).
21
3.3.7. Funcionalidades
O mercado da salsa a comercializa para o consumo in natura, sozinha
ou em conjunto com a cebolinha (Allium fistulosum L.), compondo o
condimento chamado de cheiro verde, normalmente vendido na forma de
maços (HEREDIA et al., 2003).
Carvalho (2011) destaca que esse condimento fornece folhas
universalmente utilizadas na culinária, compondo diversos tipos de pratos –
frios (saladas), quentes (carnes) ou apenas para a ornamentação. Ademais, ela
possui ação diurética, previne doenças cardiovasculares, estimula o ciclo
menstrual e tem o seu óleo usado como flavour em fragrâncias no mercado de
perfumes (LORENZI & MATOS, 2002; CARDOSO et al., 2005; LEAL, 2009).
Além disso, essa cultura é uma ótima fonte de vitaminas, como niacina,
riboflavina, A e C, além de fornecer cálcio, ferro e fósforo (Factor et al., 2008).
Esse condimento possui, também, um óleo fixo, no qual estão presentes os
ácidos linoleico, oleico, palmático, e um óleo volátil composto por apiole,
myristicina, limoneno e eugenol (CAVALCANTE, 2010).
Segundo Farzaei et al. (2013), a salsa apresenta, como princípios ativos,
os óleos essenciais, cetonas, flavonoides, ácido ascórbico, ácidos graxos,
nutrientes – proteínas, gorduras e carboidratos –, entre outros. Além de possuir
um odor agradável, a planta é considerada uma fonte rica em tiamina,
riboflavina e minerais orgânicos. A miristicina e o apiol, componentes do óleo
essencial, são os principais responsáveis pela atividade antioxidante.
A salsa tem sido bastante utilizada, também, para fins medicinais de
forma caseira, visto que pesquisas mostram a eficácia dessa planta no auxílio
do tratamento de doenças (WONG; KITTS, 2006 apud PITTNE et al., 2013). A
presente atividade antimicrobiana faz com que seja empregada na terapia de
infecções. Essa crescente utilização pode estar relacionada ao fato de que
muitos medicamentos disponíveis no mercado já não são muito eficazes,
devido à resistência adquirida por algumas bactérias (BRESOLIN; CECHINEL
FILHO, 2003). Ademais, pesquisas anteriores relatam que muitas partes da
salsa têm sido utilizadas pela população contra problemas renais, uterinos,
digestivos, diurético e agente anti-infeccioso destas vias (OJALA et al., 2000;
KREYDIYYEH; USTA, 2002 apud PITTNE et al., 2013).
22
3.4. Substratos
Após ser escolhida a espécie a ser cultivada, o primeiro passo a ser
dado, visando um bom desenvolvimento da planta, é a escolha de um bom
substrato, especialmente na fase de germinação e emergência. Em virtude
disso, recomenda-se que se dê uma atenção especial ao processo de escolha
e preparo do substrato a ser utilizado (FACHINELLO et al., 1995).
Nas últimas décadas, tem-se buscado melhores fontes e combinações
de substratos, realizando-se pesquisas visando o incremento da produção e
comercialização de mudas de salsa (GIORGETTI, 1991). Para o favorecimento
no desenvolvimento das mudas, busca-se, por meio de pesquisas, encontrar
características físicas, químicas e biológicas que ofereçam melhores condições
de germinação (ANDRIOLO, 2000; MINAMI & PUCHALA, 2000).
3.5. Cultivo em Ambiente Protegido
Na agricultura brasileira, as hortaliças são produzidas, de forma
predominante, no sistema convencional. Porém, tendo em vista o inicial de
produtores mais experientes, e depois adotado pelos demais, atraídos pela não
utilização de defensivos agrícolas e a garantia de um retorno líquido
aparentemente fácil, o cultivo protegido tem ganhado espaço nas áreas
destinadas à produção de produtos oleráceos (GOTO, 1997).
Hoje, a produção de hortaliças em sistema de cultivo protegido é
considerada uma atividade consolidada, e com bastante potencial para
crescimento, principalmente nas proximidades de grandes centros urbanos, os
quais geram grandes demandas – tanto em quantidade, quanto em qualidade
de produtos –, podendo ser bem aproveitadas pelos produtores atentos às
exigências do mercado (ARAÚJO et al., 2010).
O sistema de cultivo protegido tem permitido grande aumento da
produção de hortaliças exatamente por promover um certo controle dos fatores
ambientais e condições edafoclimáticas, como temperatura, umidade do ar,
radiação, ventos e solo. Ademais, esse sistema possibilita que se tenha
23
produção em períodos da entressafra, o que aumenta os lucros obtidos pelo
produtor (PURQUERIO et al, 2006).
Além dessas vantagens, o cultivo protegido promove uma melhoria na
qualidade dos produtos; diminuição da sazonalidade da oferta, aumentando a
competitividade, justamente pela possibilidade de oferecer produtos de
qualidade o ano todo, inclusive na entressafra; uma otimização da utilização
dos recursos disponíveis e dos fatores de produção, principalmente adubos,
defensivos agrícolas e água; controle total ou parcial das condições climáticas;
fixação do homem no campo, aumentando a geração de empregos; melhoria
nas condições de trabalho; e uma notável possibilidade de aumento da
rentabilidade do produtor (MARTINS, 2007).
4. METODOLOGIA
O experimento foi realizado no período entre março e maio de 2016 na
Estação Experimental de Biologia – Departamento de Fitopatologia, parte
integrante da Universidade de Brasília, situada na cidade de Brasília/DF, a
15°46’47”de latitude Sul e 47°55’47” longitude Oeste, a 1020 m de altitude. O
clima tropical é o predominante no Distrito Federal. Dessa forma, o verão é a
estação do ano na qual predominam as intensas precipitações, sendo mais
habitual a ocorrência de chuvas nos meses de novembro a janeiro. A estação
do inverno compreende o período seco da região, mais acentuado entre os
meses de junho a agosto.
O plantio foi realizado no dia 23 de março, utilizando, para o plantio,
bandejas de polietileno expandido com 72 células e 120 mm de profundidade,
com células no formato de pirâmide invertida (Figura 1). A estrutura do
experimento era composta, também, por bancadas, as quais receberam a
aplicação do inseticida Proneem PLUS, visando o não aparecimento de
formigas ao longo dos dias de experimento. As bandejas, colocadas sobre as
bancadas, foram lavadas com água e hipoclorito de sódio antes de receberem
o substrato e as sementes do ensaio para evitar possíveis contaminações.
24
Neste experimento, avaliou-se três cultivares diferentes, três
tratamentos, sendo todas as sementes adquiridas junto à empresa Isla
Sementes, a qual forneceu o material livre de defensivos agrícolas. As
sementes utilizadas, de acordo com a embalagem do produto, foram as
seguintes:
T1. Salsa Crespa – Taxa de Germinação: 82%; Taxa de Pureza:
100%; Germinação: 10 a 28 dias; Validade: NOV/2017;
T2. Salsa Lisa – Taxa de Germinação: 82%; Taxa de Pureza: 99,8%;
Germinação: 10 a 28 dias; Validade: JAN/2018; 10 a 28 dias;
T3. Salsa Graúda Portuguesa – Taxa de Germinação: 84%; Taxa de
Pureza: 100%; Germinação: 10 a 28 dias; Validade: DEZ/2017.
Figura 1: Preparo do experimento em bandeja de polietileno expandido com 72
células e 120 mm de profundidade com substrato comercial. Brasília-DF, 2015.
Na semeadura foram utilizadas três sementes por célula, num
delineamento de blocos ao acaso, com 3 repetições, cada uma representada
por uma bandeja ou bloco, e 24 plantas por parcela. Dessa forma foram
utilizadas um total de 216 sementes por bandeja.
O substrato utilizado no experimento foi o Vivatto Plus®, um substrato
composto por casca de pinus bio-estabilizada, vermiculita, moinha de carvão
25
vegetal, água e espuma fenólica. Acrescentou-se ao substrato esterco
esterilizado de frango como adubação de plantio.
Foram avaliadas as seguintes características: IVG (índice de velocidade
de germinação), %G (porcentagem de germinação), CPA (comprimento de
parte aérea em cm), CR (comprimento de raiz em cm), MFPA (massa fresca da
parte área em g), MFR (massa fresca da raiz em g), RMFPA/R (Relação da
massa fresca da parte aérea sobre a massa fresca da raiz), MSPA (massa
seca da parte área em g), MSR (massa seca da raiz em g), , RMSPA/R
(Relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz) e NF
(número de folhas).
Para mensurar o IVG foram realizadas análises diárias de germinação a
partir do plantio das sementes dos três diferentes tratamentos. A partir dos
dados coletados, utilizou-se a fórmula abaixo para calcular o IVG (MAGUIRE,
1962):
IVG =
30
1i
i
i
G
G = número de sementes germinadas i dias após a instalação do teste
i = Número de dias após a instalação do teste
A porcentagem de germinação (%G) das sementes foi avaliada a partir
de doze contagens de germinação, sendo que a primeira foi realizada no
décimo terceiro dia após o plantio das sementes (dias 4 a 15 de abril de 2016).
Foram consideradas germinadas as plantas que apresentaram folhas
cotiledonares (Figuras 2 e 3).
26
Figura 2: Verificação da germinação realizada em 04 de abril DE 2016. Brasília-
DF, 2016.
Figura 3: Verificação da germinação realizada em 15 de abril de 2016. Brasília-
DF, 2016.
No dia 27 de abril, após decorridos 36 dias, foi realizado o desbaste no
experimento. Em 10 de maio, 37 dias após a emergência e 49 após a
semeadura (Figura 4), foram realizadas as análises para verificar o
desenvolvimento das mudas das três diferentes cultivares. Os resultados foram
obtidos a partir da análise de 5 plantas por parcela, escolhidas de forma
aleatória, de cada repetição ou bloco. Como variáveis resposta verificou-se: o
índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G),
comprimento de parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR),
massa fresca da parte área em g (MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR),
27
relação da massa fresca da parte aérea sobre a massa fresca da raiz
(RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz em g
(MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz
(RMSPA/R) e número de folhas (NF). A avaliação de CPA e CR foi verificada
com auxílio de régua milimetrada, a partir da inserção radicular até a gema
apical no comprimento de parte aérea, e em todo o comprimento da raiz
principal, para comprimento de raiz. Os resultados de MFPA e MFR foram
obtidos por uma balança de alta sensibilidade e devidamente tarada. Após a
verificação, as plantas foram colocadas em uma estufa de ventilação forçada,
passando por um processo de secagem – 70 °C ± 2 °C –, até que
apresentassem massa constante, sendo necessário, aproximadamente, 24
horas para a estabilização. Após esse procedimento, realizou-se a análise de
MSPA e MSR, utilizando-se da mesma balança.
Os dados de todas as características avaliadas foram previamente
transformados em raiz quadrada de x+1 para normalização dos dados e
estabilização das variâncias de tratamentos. Todos dados foram submetidos à
análise de variância, ao teste de comparação de médias Tukey a 5% de
probabilidade e ao teste de correlação linear de Pearson utilizando programa
computacional GENES (CRUZ, 2007).
Figura 4: Petroselinum crispum com 37 dias – época em que foi realizada a
coleta de dados. Brasília-DF, 2016.
28
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na análise de variância, foi possível verificar que houve
diferenças significativas entre as cultivares para as variáveis CPA, MFPA e
MSPA no teste F a 5% de probabilidade, indicando que as cultivares que
representam os tratamentos diferiram entre si para essas características, como
observado na Tabela 1.
Ainda em relação a Tabela 1, observa-se que os dados apresentaram
boa precisão experimental, haja vista os baixos valores dos coeficientes de
variação encontrados para todas as variáveis resposta analisadas.
Tabela 1: Resumo da análise de variância das variáveis analisadas no trabalho, na
comparação de três cultivares de salsa. Brasília-DF, 2016.
IVG % G CPA CR MFPA MFR RMFPA/R MSPA MSR RMSPA/R NF
F 2,86ns 2,05ns 10,12* 1,02ns 7,83* 1,40ns 0,02ns 11,06* 2,38ns 0,11ns 3,08ns
Média Geral
7,94 53,46 12,03 12,54 4,76 1,10 4,76 0,82 0,30 2,96 10,29
CV (%)
18,36 21,05 5,23 8,00 8,77 12,19 12,77 2,89 4,01 8,43 6,06
* significativo no teste F a 5% de probabilidade.
ns não significativo no teste F a 5% de probabilidade.
Índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G), comprimento de
parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR), massa fresca da parte área em g
(MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR), relação da massa fresca da parte aérea sobre a
massa fresca da raiz (RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz
em g (MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz (RMSPA/R) e
número de folhas (NF).
Além da análise de variância, as características analisadas no presente
trabalho foram submetidas a um teste de comparação de médias, Tukey a 5%
de probabilidade. Foi possível observar na Tabela 2 que somente as variáveis
CPA e MSPA apresentaram formação de diferentes grupos (a e b), sendo as
únicas variáveis que diferiram entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade. Tanto a variável CPA quanto a MSPA apontaram a cultivar Salsa
29
Lisa como a que mais se destacou, com maiores médias, 13,67a e 1,02a,
respectivamente. Já a cultivar Salsa Crespa obteve os menores resultados
para esses dois parâmetros, 9,30b e 0,54b, respectivamente. Assim como no
presente trabalho, Kolota et. al. (2011), com objetivo de avaliar os efeitos
causados pela diferença genética em cultivares lisas e crespas na quantidade e
na qualidade da produção comercial de salsa, verificou que as cultivares lisa
apresentaram resultados superiores, tanto para a produção comercial de folhas
e massa da parte aérea quanto para altura da planta.
Tabela 2: Resultado do teste de comparação de médias Tukey (5% de probabilidade)
das variáveis analisadas no trabalho. Brasília-DF, 2016.
IVG % G CPA CR MFPA MFR RMFPA/R MSPA MSR RMSPA/R NF
Crespa 4,62a 33,69a 9,30b 11,18a 3,04a 0,72a 4,90a 0,54b 0,19a 2,84a 8,80a
Lisa 10,09a 65,26a 13,67a 12,91a 5,81a 1,22a 4,71a 1,02a 0,35a 3,08a 10,97a
Graúda Portuguesa
9,63a 64,45a 13,36a 13,59a 5,71a 1,53a 4,66a 0,99a 0,32a 2,92a 11,32a
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
Índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G), comprimento de
parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR), massa fresca da parte área em g
(MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR), relação da massa fresca da parte aérea sobre a
massa fresca da raiz (RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz
em g (MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz (RMSPA/R) e
número de folhas (NF).
Segundo Oliveira et al. (2009), a determinação de matéria seca de
plântulas determina quais plântulas serão mais vigorosas. Dessa forma,
amostras que apresentarem maiores pesos médios de matéria seca de
plântulas são consideradas plântulas de maior vigor. Nesse sentido, Nakagawa
(1999), observa que sementes mais vigorosas apresentam capacidade de
proporcionar, na fase de germinação, uma transferência maior de massa seca
de seus tecidos de reserva para o eixo embrionário, o que irá originar plântulas
com maior peso. Assim, plântulas mais vigorosas serão as que apresentarem
maiores valores dessas características.
30
As características CR, MFR e NF indicaram a cultivar Graúda
Portuguesa como a que melhor respondeu às condições propostas,
apresentando como médias, respectivamente, 13,59a, 1,53a e 11,32a (Tabela
2). No entanto, os tratamentos não diferiram entre si para essas características
pelo teste F e pelo teste de comparação de médias Tukey a 5% de
probabilidade.
A observação de todos os outros parâmetros – IVG, %G, MFPA, MSR e
RMSPA/R, colocou a cultivar Salsa Lisa como a que mais se destacou,
alcançando o melhor desempenho com as maiores médias. Respectivamente,
os resultados obtidos foram: 10,09a, 65,26a, 5,81a, 0,35a e 3,08a (Tabela 2).
Em contrapartida, a cultivar Salsa Crespa obteve os menores resultados ao se
analisar essas mesmas variáveis.
O índice de velocidade de germinação apresentou valores diferentes
entre as cultivares avaliadas, sendo que a que apresentou o maior índice foi a
cultivar Salsa Lisa (Tabela 2). Quanto maior o índice, utilizado por Maguire
(1962), maior será a velocidade de germinação das sementes (OLIVEIRA et al.,
2009).
Além disso, foi possível observar que a porcentagem de germinação das
cultivares testadas no presente trabalho apresentaram valores inferiores do que
as apresentadas pelos fabricantes de sementes. Esse fato pode ter relação
com diferentes fatores, tais como a temperatura, visto que as sementes são
analisadas em laboratório sob condições ótimas de germinação para se
determinar a porcentagem indicada nos rótulos das embalagens. Assim, caso a
temperatura não seja a ideal para determinada espécie, a germinação poderá
ser diferente – geralmente menor, assim como verificado em trabalhos com
coentro (MUNIZ; NASCIMENTO; PEREIRA, 2003). Outro fator que interfere na
germinação, observado em alface por Nascimento (2002), é a umidade atingida
pelas sementes. Altos níveis de umidade no solo ou no substrato podem inibir a
germinação devido à aeração insuficiente, provocando diferenças entre a
porcentagem de germinação apresentada pelo fornecedor da semente e a
obtida pelo produtor.
31
É importante salientar que existem poucos trabalhos envolvendo
melhoramento genético de plantas para a cultura da salsa. Dessa forma,
verificando a diferença no desenvolvimento de mudas dos diferentes
tratamentos alvo desse estudo em ambiente protegido no Distrito Federal, o
desenvolvimento de trabalhos envolvendo testes de desenvolvimento de
plântulas e plantas para essa cultura são importantes.
6. CONCLUSÃO
De acordo com o presente trabalho, foi possível verificar que a cultivar
Salsa Lisa apresentou os melhores resultados para o desenvolvimento de
mudas em ambiente protegido. A cultivar Salsa Crespa foi a que obteve os
menores resultados de desenvolvimento de planta.
Em relação ao índice de velocidade de germinação e a porcentagem de
germinação, comparadas às informações obtidas na embalagem da semente, a
cultivar Salsa Crespa apresentou resultados inferiores ao fabricante, com
médias também abaixo das outras cultivares analisadas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se que a produtividade da cultura da salsa, tanto
quantitativamente quanto qualitativamente, sofre influência das variáveis
abordadas no presente estudo. Dessa maneira, sabendo que a produção da
salsa é um negócio atrativo nos mercados gastronômico e medicinal,
compreende-se a importância da realização de trabalhos que visam a avaliação
da qualidade das diferentes cultivares de salsas produzidas e consumidas no
mercado.
Diante o exposto, recomenda-se que os estudos relacionados à seleção
de cultivares de salsa tenham continuidade e sejam mais incentivados
academicamente, a fim de que se alcance um melhoramento genético mais
preciso de acordo com as exigências dos consumidores quanto à qualidade da
planta.
32
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