38
UNIVERSIDADE DE BRASILIA UnB FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE SALSA EM AMBIENTE PROTEGIDO LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES BRASÍLIA - DF 2016

ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

UNIVERSIDADE DE BRASILIA – UnB

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV

ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE

SALSA EM AMBIENTE PROTEGIDO

LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES

BRASÍLIA - DF

2016

Page 2: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES

ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE SALSA EM

AMBIENTE PROTEGIDO

Trabalho de conclusão de curso

apresentada à Banca Examinadora da

Faculdade de Agronomia e Medicina

Veterinária como exigência final para

obtenção do título de Engenheiro

Agrônomo.

Orientador: Profa. Dra. Michelle Souza

Vilela

BRASÍLIA - DF

2016

Page 3: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

ENSAIO DE COMPETIÇÃO ENTRE CULTIVARES DE SALSA EM

AMBIENTE PROTEGIDO

LUIS FELIPE CARDOSO GONÇALVES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO À FACULDADE DE AGRONOMIA E

MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGRÔNOMO.

APROVADO PELA COMISSÃO EXAMINADORA EM ___/___/_____

BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ MICHELLE SOUZA VILELA, Dra. Universidade de Brasília Professora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (ORIENTADORA) CPF: 919.623.401-23; e-mail: [email protected] _________________________________________________ ROSA MARIA DE DEUS DE SOUSA, Msc. Universidade de Brasília Engenheira de Alimentos, Doutoranda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (EXAMINADOR) CPF: 239.019.771-04; e-mail: [email protected] _________________________________________________ ISADORA NOGUEIRA, Msc. Universidade de Brasília Engenheira Agrônoma, Doutoranda da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – UnB (EXAMINADOR) CPF :035.500.073-37; e-mail: [email protected]

BRASÍLIA - DF

Junho / 2016

Page 4: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

RESUMO

A população tem percebido que a utilização de hortaliças no consumo diário é de extrema importância quando o objetivo é um melhor funcionamento do organismo. A salsa, hortaliça folhosa, tem se tornado uma das plantas condimentares mais importantes, não em termos de volume de produção, mas pela ampla utilização comercial com fins medicinais e gastronômicos. Os estudos e pesquisas na área buscam encontrar plantas e sementes com mais qualidade de acordo com as condições ambientais fornecidas por diferentes regiões, visando menor custo e mais benefícios ao produtor. Dessa forma, o presente trabalho tem como principal objetivo avaliar o desempenho de três cultivares de Petroselinum crispum, com as mesmas condições externas disponíveis, devido ao cultivo realizado em ambiente protegido. Para tanto, as cultivares utilizadas foram Crespa, Lisa e Graúda Portuguesa, as quais receberam substratos de mesma origem, e manejo de irrigação semelhante. O experimento foi implantado em casa de vegetação, localizada na Estação Biológica da Universidade de Brasília-UnB, no ano de 2016. Na semeadura foram utilizadas três sementes por célula, em um delineamento de blocos ao acaso, com 3 repetições. O desenvolvimento das cultivares foi avaliado 37 dias após a emergência, escolhendo 5 plantas aleatoriamente – verificando o comprimento das partes aérea e radicular –, e o valor de suas massas fresca e seca. Ademais, foi realizada a contagem do número de folhas, e o acompanhamento germinativo, a fim de se verificar o índice de velocidade e a porcentagem de germinação. Após a realização das análises estatísticas, observou-se que a cultivar Lisa apresentou os melhores resultados para as variáveis de desenvolvimento de mudas, e a cultivar Crespa obteve os menores para porcentagem de germinação, valor muito inferior ao informado pelo fabricante da semente.

Palavras-chave: olericultura, Petroselinum crispum, ambiente protegido.

Page 5: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

ABSTRACT

The population has realized that the use of vegetables in the daily consumption is extremely importante when the objective is a better functioning body. Parsley, a leafy vegetable, has become one of the most importante spices plants, not because production volume, but to wide comercial use in medicine and gastronomy. Studies and researches seek to find plants and seeds with higher quality according to the provided environmental conditions by diferente regions, to objectify lower costs and more benefits to the producer. By the way, this study aims to evaluate the performance of three cultivars of Petroselinum crispum, provided by the same company with the same available environmental conditions due to the cultivation performed in a protected cutivation. The cultivars used were “Crespa”, “Lisa” and “Graúda Portuguesa”, that received same substrate, and handling irrigation. The experimente was conducted in a greenhouse located at Biological Station in the University os Brasília-UnB in april 2016. At sowing were used three seed per cell, in a design of randomized blocks, three replications, each represented by a polyethylene tray, and 24 plants per portion, totaling 216 seeds per tray. The development of cultivars was evaluated 37 days after germination, choosing 5 plants randomly – checking the length of the aerial and root parts –, and value of weight fresh and dry. Moreover, it was made a count of the leafe number, and the germinal monitoring, to verify the speed index and the percentage of germination. After the statistical analyzes, it was observed that “Lisa” showed the best results to variables of seedling development, and “Crespa” the worst to germination, much lower result than reported by the seed manufacturer.

Keywords: horticulture, Petroselinum crispum, protected cultivation.

Page 6: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Preparo do experimento em bandeja de polietileno expandido com

72 células e 120 mm de profundidade com substrato comercial. Brasília-DF,

2016...................................................................................................................24

Figura 2 – Verificação da germinação realizada em 04 de abril de 2016.

Brasília-DF, 2016...............................................................................................26

Figura 3 – Verificação da germinação realizada em 15 de abril de 2016.

Brasília-DF, 2016...............................................................................................26

Figura 4 – Petroselinum crispum com 37 dias – época em que foi realizada a

coleta de dados. Brasília-DF, 2016....................................................................27

Page 7: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo da análise de variância das variáveis analisadas no

trabalho, na comparação de três cultivares de salsa. Brasília-DF,

2016...................................................................................................................28

Tabela 2 – Resultado do teste de comparação de médias Tukey (5% de

probabilidade) das variáveis analisadas no trabalho. Brasília-DF,

2016...................................................................................................................29

Page 8: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 9

2. OBJETIVO GERAL .................................................................................... 11

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 11

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 12

3.1. OLERICULTURA .......................................................................................... 12 3.1.1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 12 3.1.2. O MERCADO DAS HORTALIÇAS .................................................................. 12 3.2. PLANTAS CONDIMENTARES ........................................................................ 13 3.2.1. ASPECTOS GERAIS .................................................................................. 13 3.2.2. HISTÓRICO DO CULTIVO ........................................................................... 14 3.2.3. CULTIVO E PROCESSAMENTO ................................................................... 14 3.3. A CULTURA DA SALSA (PETROSELINUM CRISPUM) ........................................ 15 3.3.1. FAMÍLIA APIACEAE ................................................................................... 15 3.3.2. ORIGEM DA CULTURA ............................................................................... 16 3.3.3. CARACTERÍSTICAS GERAIS ....................................................................... 16 3.3.4. CULTIVARES ........................................................................................... 17 3.3.5. PROCESSO GERMINATIVO E QUALIDADE DE SEMENTES ................................ 18 3.3.6. MANEJO ................................................................................................. 20 3.3.7. FUNCIONALIDADES .................................................................................. 21 3.4. SUBSTRATOS ............................................................................................ 22 3.5. CULTIVO EM AMBIENTE PROTEGIDO ............................................................ 22

4. METODOLOGIA ........................................................................................ 23

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 28

6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 31

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 31

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 32

Page 9: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

9

1. INTRODUÇÃO

A salsa (Petroselinum crispum) é uma hortaliça condimentar de origem

europeia, sendo esta uma planta herbácea pertencente à família botânica das

Apiáceas. Além de ter uma grande importância econômica devido a seus fins

medicinais, a salsa é uma das plantas condimentares mais populares da

gastronomia mundial, sendo uma excelente fonte de vitamina A, C, niacina,

riboflavina, cálcio, ferro e fósforo (FACTOR et al., 2008). Ademais, Rodrigues et

al. (2008) destaca que a salsa é uma hortaliça que não atinge sua importância

por seu volume ou valor de comercialização, mas pela ampla utilização

comercial como condimento.

Segundo Filgueira (2008), essa cultura se adapta melhor a temperaturas

amenas, pode ser cultivada o ano todo, mas preferencialmente semeada no

outono-inverno, em regiões com maior altitude. A produção de hortaliças, em

geral, é muito afetada por variações climáticas, as quais podem danificar,

prolongar o ciclo e até mesmo criar condições favoráveis para o aparecimento

de doenças. Com a utilização de cultivo protegido, é possível realizar o controle

das condições edafoclimáticas que interferem na produção das hortaliças,

visando uma melhoria na qualidade dos produtos, um aumento na

produtividade e um melhor aproveitamento dos fatores de produção

(REZENDE et al., 2005).

O crescimento das plantas de salsa e a qualidade do produto final, além

de estarem diretamente relacionados com o ambiente de cultivo, relacionam-se

com as propriedades genéticas da cultura. Tendo em vista a germinação lenta,

irregular e desuniforme das sementes de salsa – necessitando alcançar uma

condição adequada de hidratação, que permita a reativação do metabolismo e

consequente crescimento do eixo embrionário, sendo que quanto maior a

quantidade de água disponível, mais rápida será a absorção (POPINIGIS,

1985; CARVALHO e NAKAGAWA, 2000) – faz-se necessário a utilização de

sementes melhoradas geneticamente e de alta qualidade. Com esse processo

é possível ter maior garantia da obtenção de materiais com germinação mais

eficiente, uniforme e, consequentemente, a formação de plântulas vigorosas.

Page 10: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

10

O melhoramento genético de plantas medicinais/condimentares consiste

em selecionar espécies para estudo e fazer alterações em seus respectivos

genótipos, a fim de obter resultados mais satisfatórios em relação à massa

seca e fresca, altura da planta e comprimento radicular, além do aumento no

teor de óleos vegetais presentes nas diferentes espécies (OLIVEIRA; AMARAL;

CASALI; 2003).

Dentre as cultivares de salsa, de acordo com o Manual de Olericultura

(FILGUEIRA, 1982), as de folhas lisas e recortadas parecem ser as preferidas,

destacando-se a Lisa Preferida, com folhas lisas e largas, de excelente sabor e

aroma. Também a cultivar Grande Portuguesa, mais vigorosa e de folhas

maiores, também lisas, resistente ao florescimento, é muito cultivada.

Cultivares de folhas crespas, preferidas em países europeus e nos EUA, são

menos cultivadas e apreciadas entre nós. Portanto, o presente trabalho teve

por objetivo principal analisar três cultivares de salsa – Crespa, Lisa e Graúda

Portuguesa – todas elas cultivadas no mesmo ambiente protegido, a fim de

levantar dados comparativos em relação ao vigor e desenvolvimento de mudas.

Page 11: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

11

2. OBJETIVO GERAL

Esse trabalho teve como principal objetivo avaliar três cultivares de salsa

– Crespa, Lisa e Graúda Portuguesa – todas elas cultivadas no mesmo

ambiente protegido, a fim de levantar dados comparativos em relação ao vigor

e desenvolvimento de mudas.

2.1. Objetivos Específicos

Verificar o índice de velocidade de germinação e o potencial germinativo

de três cultivares de salsa;

Analisar as possíveis diferenças no desenvolvimento de plântulas de três

cultivares de salsa.

Page 12: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

12

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Olericultura

3.1.1. Introdução

No Brasil, a olericultura evoluiu de forma mais acentuada durante a

Segunda Guerra Mundial. Por volta da década de 1940, os denominados

“cinturões verdes” deixaram de ser os locais de principais explorações

agrícolas diversas, apesar de ainda pequenas, e deram espaços a áreas

maiores com explorações especializadas (FILGUEIRA, 2008).

A característica mais relevante da produção de oleráceas, que a

diferencia de outros setores agrícolas, principalmente quando se refere à

cultura de grãos, é a ampla diversidade de plantas cultivadas, contendo mais

de uma centena de espécies produzidas de forma temporária. Além disso, essa

atividade agroeconômica está concentrada em propriedades de exploração

familiar – 60% da produção (MELO & VILELA, 2007).

Diante disso, o Brasil tem possibilidades de fortalecer esse segmento

agrícola, contemplando produtos oleráceos naturais ou industrializados, em

uma escala maior do que a atual. Os países europeus, durante o rigoroso

inverno enfrentado, e também alguns países Asiáticos tendem a ser os

principais alvos do mercado brasileiro de hortaliças (FILGUEIRA, 2008).

3.1.2. O mercado das hortaliças

O consumo de hortaliças tem sido incentivado cada vez com mais

intensidade, visto que são alimentos importantes para a composição de dietas

saudáveis para o ser humano, com riqueza de micronutrientes, fibras, entre

outros componentes importantes para o organismo. Esse mercado é bastante

movimentado e fortemente influenciado pela preferência dos consumidores, os

quais exigem cada vez mais alimentos diferenciados quanto ao tamanho,

qualidade, coloração, forma, aroma e aspectos nutricionais (PURQUERIO &

MELO, 2011).

Page 13: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

13

A característica mais geral e marcante do agronegócio da produção de

hortaliças é o fato de ser uma atividade agroeconômica altamente intensiva, em

seus mais variados aspectos, em contraste com atividades extensivas, como a

produção de grãos. A olericultura exige alto investimento por hectare

explorado, ou seja, alto “input” em termos físicos e econômicos. Em

contrapartida, possibilita a obtenção de elevada produção física e de alta renda

(bruta e líquida), por hectare cultivado e por hectar/ano, ou seja, alto “output”

(FILGUEIRA, 2008).

As hortaliças são produzidas, predominantemente, no sistema

convencional; porém, visto que as exigências do consumidor têm se tornado

cada vez mais visíveis, tem se observado, nos últimos anos, cultivos

diferenciados de hortaliças, com destaque para aqueles sob sistemas

orgânicos e em ambiente protegido (MELO & VILELA, 2007).

3.2. Plantas Condimentares

3.2.1. Aspectos Gerais

Desde a Idade Média e a Renascença, as especiarias eram conhecidas

por possuírem substancias aromáticas ou picantes, e eram constituídas de

raízes, rizomas, bulbos cascas, folhas, flores, frutos, sementes e outras partes

das plantas (SOUZA & LORENZI, 2005; ALVES, 2007; STEURER, 2008). As

plantas condimentares, também chamadas de temperos, são aquelas utilizadas

para realçar o sabor e o aroma dos alimentos. Além disso, esse tipo de planta

apresenta substâncias com propriedades de conservação dos alimentos,

ativação das glândulas salivares – o que inicia o processo da digestão –

aromáticas e medicinais, como no tratamento de problemas respiratórios e

cardiovasculares e na atividade antimicrobiana (CARDOSO et al., 2005; LENZ,

2005).

Os objetivos da produção dessas plantas, além de envolver a

quantidade da biomassa vegetal, estão ligados com a qualidade da produção,

buscando cada vez mais os teores ideais dos princípios ativos do óleo

essencial. Vários órgãos vegetais das plantas condimentares apresentam a

possibilidade de serem utilizados na culinária e na conservação de outros

Page 14: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

14

alimentos, o que favorece a otimização da produção, visto que haverá menos

partes das plantas não utilizadas e descartadas pelo produtor (ALVEZ, 2007).

3.2.2. Histórico do Cultivo

Segundo Furlan (1998), na Idade Antiga, além de serem consumidas em

larga escala na alimentação, as plantas condimentares eram usadas como

remédios consagrados. Nas viagens feitas com fins de comercializar

especiarias, Cristóvão Colombo, Marco Polo, Carlos Magno, Alexandre Magno

e a rainha de Sabá foram personagens de destaque ao longo desses eventos

históricos.

A necessidade de sobrevivência, recuperação da saúde, conquista de

terras e inovação no preparo dos alimentos fez com que a descoberta e o

estudo das plantas condimentares acompanhassem o desenvolvimento da

humanidade. Até a Idade Média, esses eram os produtos mais atrativos da

Oriente, fazendo com que várias embarcações navegassem pelos oceanos em

busca dessas especiarias e descobrissem novas terras a serem exploradas

(PEREIRA & SANTOS, 2013).

As plantas condimentares são aceitas na cultura de quase todos os

povos, em virtude do gosto e aroma dados aos alimentos, além de valorizarem

os aspectos nutritivos, terapêuticos e visuais dos pratos (MATOS, 2007).

3.2.3. Cultivo e Processamento

A população tem percebido, cada vez mais, a importância do consumo

de hortaliças para o melhor funcionamento do organismo. Com a maior

demanda, e com exigências cada vez mais específicas, os produtores têm

procurado maneiras de manter o fornecimento de hortaliças, em quantidade e

qualidade, durante todo o ano. A etapa do cultivo é considerada como uma das

que mais pode interferir na qualidade e quantidade do condimento

(GUALBERTO et al., 2009).

A qualidade das plantas medicinais, aromáticas e condimentares é

obtida ao longo de todo o planejamento feito pelo produtor – escolha do

Page 15: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

15

material, determinação da época e do local do cultivo, tratos culturais a serem

utilizados, e cuidados na colheita da produção. Essa qualidade desejada deve

ser obtida durante o processo produtivo, visto que a pré-colheita consegue

interfere mais na minimização das perdas (MARCHESE & FIGUEIRA, 2005).

A produção agrícola, especialmente a de plantas medicinais, aromáticas

e condimentares, apresenta a particularidade de processar os produtos em

locais distantes ao da colheita. Diante da necessidade de se armazenar

produtos para serem comercializados meses após à colheita, a secagem surge

como uma operação muito importante e bastante utilizada, de acordo com a

estrutura possuída por cada produtor. Esses cuidados e demais aspectos

técnicos definem e agregam valor à viabilidade econômica de cada produto

(MARCHESE & FIGUEIRA, 2005).

3.3. A cultura da salsa (Petroselinum crispum)

3.3.1. Família Apiaceae

Considerada uma das maiores famílias de Angiospermas, a família

Apiaceae possui cerca de 400 gêneros e 4.000 espécies. Antigamente, era

conhecida como Umbelliferae, em virtude de as flores estarem dispostas em

forma de umbela. Normalmente, as plantas dessa família são aromáticas. As

flores são pequenas e possuem simetria radial com cinco sépalas, cinco

pétalas e cinco estames. Na maioria das espécies, está presente o dimorfismo

nas flores. A atração dos insetos é alcançada pelas pétalas externas, mais

vistosas; e a reprodução, pelas mais internas (JUDD et al., 2009).

As plantas da família Apiaceae caracterizam-se por apresentar

propriedades medicinais e condimentares, sendo bastante empregada no

mercado farmacêutico e culinário. Além dessa importante utilização, estudos

desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos mostram que as espécies

dessa família desempenham papéis ecológicos beneficiando inimigos naturais

(LANDIS et al., 2000; ALTIERI et al., 2003).

Na produção brasileira, muitas espécies da família Apiaceae são

cultivadas como condimentos e alimentos, sendo utilizadas diferentes partes

das plantas para o consumo. Na alimentação destacam-se a cenoura (Daucus

Page 16: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

16

carota) e a mandioquinha ou batata-baroa (Arracacia graveolens) – consumo

de partes subterrâneas –, o aipo (Anethum graveolens), o funcho (Foeniculum

vulgare), a salsa (Petroselinum crispum), o salsão (Apium graveolens) e o

coentro (Coriandrum sativum), no consumo das partes aéreas (SOUZA, 2005).

3.3.2. Origem da cultura

A espécie Petroselinum crispum, conhecida popularmente como salsa

ou salsinha, tem sua origem atribuída aos países do mediterrâneo,

propagando-se pelo sul europeu, chegando ao Brasil durante o período da

colonização, e hoje cultivada, praticamente, em todo o mundo (ZARATE et al,

2002).

A salsa é considerada como uma das plantas condimentares mais

antigas. O nome em latim vem do radical grego, sélinon que significa aipo, ou

salsão, e quando se coloca o radical petro o significado passa a ser “aipo da

pedra”. A partir disso, tem-se que sua origem, provavelmente, ocorreu em

lugares rochosos, já sendo cultivada pelos gregos alguns séculos antes de

Cristo. Hoje em dia, é considerada um dos condimentos mais utilizados na

culinária mundial (TRUDEAU, 2006 apud CHAVES, 2006).

3.3.3. Características Gerais

A salsa (Petroselinum crispum) é uma planta condimentar, pertencente à

família das Apiáceas. Essa espécie se adapta melhor a temperaturas mais

amenas, e são semeadas, preferencialmente, durante o outono-inverno. No

caso de semeaduras ao longo de todo o ano, recomenda-se que sejam feitas

em regiões mais altas (FILGUEIRA, 2008). Apesar de ser uma das plantas

condimentares mais consumidas no Brasil, a salsa não alcança sua maior

relevância em termo de volume de produção, se comparada a outras hortaliças

folhosas, como rúcula e alface (ESCOBAR et al., 2010).

Segundo Albuquerque Filho (2006), a salsa (Petroselinum crispum),

planta herbácea e perene, apresenta características peculiares quanto ao

caule, às flores e às folhas. Estas possuem aroma forte, são reunidas em

Page 17: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

17

roseta basal, possuem uma coloração verde-escura, além de serem compostas

por folíolos triangulares. As flores são pequenas e estão dispostas em

inflorescência – umbelas – e apresentam coloração amarelo-clara. O caule da

salsa é pouco ramificado, apresenta vários canais oleíferos, os quais conferem

o aroma e sabor, e possuem coloração verde-clara.

Predominantemente, a salsa é cultivada em pequenas propriedades,

assim como a maioria das hortaliças; por isso, destaca-se como uma

importante cultura para a agricultura familiar (GARCIA JUNIOR; TOMAZ, 2009

apud CARVALHO, 2011). O mercado mundial dessa espécie apresenta a salsa

como uma importante cultura no aspecto da comercialização para fins

condimentares e medicinais, e não devido ao volume produzido (RODRIGUES

et al., 2008).

3.3.4. Cultivares

Atualmente, não são muitas as cultivares utilizadas pelos produtores de

salsa. Existem cultivares tanto de folhas lisas quanto de folhas crespas. Dentro

do primeiro grupo, destacam-se a Lisa Preferida e a Graúda Portuguesa, as

quais apresentam, também, folhas aromáticas, sendo que a primeira cultivar

costuma produzir folhas menores. No segundo grupo, a Crespa Decora é a que

predomina. Ambas as cultivares, lisas e crespas, são resistentes ao

florescimento (FILGUEIRA, 2008).

Segundo Álvares (2006), as cultivares Salsas Lisa Comum, Graúda

Portuguesa e Crespa apresentam diferenças visíveis quanto ao porte e à

coloração. A mais vigorosa e que pode atingir 40 cm de altura é a Graúda

Portuguesa, a qual possui folhas de cor verde-escura. A Lisa Comum pode

atingir até 25 cm, e possui uma coloração verde-clara. Já a cultivar Salsa

Crespa alcança até 30 cm de altura, e apresenta uma coloração verde-escura.

No Brasil, as cultivares preferidas pelos produtores são a Lisa Comum e

a Graúda Portuguesa. As cultivares crespas encontram-se em um patamar

inferior na preferência do brasileiro. Na Europa, as cultivares de salsa

apresentam como produto comestível as raízes, as quais atingem de quatro a

cinco centímetros de diâmetro e cerca de 15 cm de comprimento (SALSINHA,

2008 apud PEDROSO, 2009).

Page 18: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

18

3.3.5. Processo germinativo e qualidade de sementes

As sementes são como pacotes que armazenam os genes de cada

espécie, os quais darão as características particulares de cada planta, além de

determinarem o seu comportamento. Quando pesquisadores optam por um

determinado tipo de semente, entende-se que o seu comportamento é o ideal

para determinada condição de campo, relacionando-se com as condições

climáticas, o solo e as técnicas agrícolas utilizadas na região em questão

(CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).

Em se tratando da família Apiaceae, especialmente as espécies da

cenoura, salsa e coentro, a demanda brasileira era suprida, praticamente, pela

produção europeia. No entanto, a necessidade de uma maior produção e uma

menor dependência do mercado europeu fez com que cultivares nacionais

fossem desenvolvidas, buscando uma melhor adaptação às condições

climáticas brasileira, e as tecnologias agrícolas utilizadas no País (VIGGIANO,

1984).

O processo germinativo consiste na sucessão de fenômenos fisiológicos

motivados por fatores externos ou ambientais, e internos – qualidade da

semente e mecanismos de dormência, por exemplo. Os fatores ambientais

mais expressivos são a temperatura, a luz e a disponibilidade de água e

oxigênio (NASSIF et al, 1998, apud CARVALHO, 2011).

Segundo CARVALHO (2011), “a disponibilidade de água é o fator mais

importante no processo de germinação. A falta de água restringe o processo

germinativo. Por outro lado, o excesso de umidade gera condições de baixa

aeração (anoxia) e limita as trocas gasosas”. É por meio da absorção de água

ou embebição da semente que se dá seguimento, de forma acentuada, aos

processos metabólicos (NASSIF et al., 1998 apud CARVALHO, 2011).

A temperatura também é um fator externo extremamente importante,

visto que afeta diretamente a velocidade das reações químicas. A temperatura

ideal é aquela em que os processos metabólicos atingem o ponto ótimo,

verificando-se um maior número de germinações em um menor período de

tempo. Quando a temperatura do ambiente é inferior à determinada como ideal,

a velocidade e uniformidade do processo germinativo tendem a diminuir, o que

Page 19: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

19

ocasiona um aumento na suscetibilidade aos ataques de patógenos (NASSIF

et al., 1998 apud CARVALHO, 2011).

O estabelecimento das plântulas no campo, aspecto relacionado com o

potencial germinativo e o vigor das sementes, é um outro fator importante no

sucesso da produção de hortaliças. Diante disso, a busca pela obtenção de

sementes de alta qualidade é constante na cadeia produtiva de hortaliças

estabelecida pelos produtores (NASCIMENTO, 2000).

A emergência em campo da semente de salsa, comparada com outras

hortaliças, é considerada longa. Pode levar mais de quatro semanas,

dependendo das condições internas e externas disponibilizadas para a

semente. Em virtude disso, faz-se necessário, em muitas ocasiões, o uso de

técnicas agrícolas que aceleram e uniformizam o processo germinativo da

semente (RODRIGUES et al., 2008). A redução de tempo entre a semeadura e

a emergência das plântulas tem sido objeto de muitos estudos realizados

recentemente. A embebição das sementes, em quantidades limitadas ou não

de água, tem sido um procedimento utilizado com bastante frequência. Nesse

processo, as sementes são imersas ou entram em contato com substratos

umedecidos em temperaturas baixas ou médias, o que resulta no processo

chamado de pré-embebição ou pré-hidratação (ROSSETTO et al, 2000).

Com a necessidade de aumentar a produtividade e de responder às

exigências dos consumidores, as empresas produtoras de sementes têm

buscado, cada vez mais, alcançar padrões de qualidade mais elevados, aliados

a sistemas produtivos mais rentáveis. Diante disso, as empresas têm investido

em programas de qualidade interno, buscando supervisionar todas as etapas

de produção de forma exclusiva, uma vez que a produção de sementes é uma

atividade especializada (PINHO; SALGADO, 2006).

As empresas produtoras de sementes de salsa têm investido em

pesquisas que visam o desenvolvimento de novas cultivares, mais adaptadas e

com características desejadas pelos agricultores e consumidores do

condimento. Essa busca pelo desenvolvimento de cultivares que apresentem

um melhor desenvolvimento ocorre em virtude da alta do consumo de temperos

no Brasil. A elevada demanda por sementes de alta qualidade tem feito com

que novas tecnologias sejam incorporadas, ou por meio convencional, ou por

meio de tecnologia de DNA (PINHO; SALGADO, 2006).

Page 20: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

20

3.3.6. Manejo

A salsa adapta-se melhor em temperaturas amenas, variando entre 10 a

24°C. Essa cultura permite que novos cortes sejam aproveitados em virtude do

rebrotamento (ZARATE et al., 2002; FILGUEIRA, 2008).

A salsa alcança uma maior produtividade quando cultivada em solos

areno-argilosos, com alto teor de matéria orgânica e boa fertilidade (HEREDIA

et al, 2003). Apesar disso, a cultura é considerada pouco exigente em solo,

adaptando-se melhor na faixa de pH 6,0 a 6,5. Uma técnica agrícola utilizada e

que produz resultados satisfatórios é a incorporação de esterco de aviário

semanas antes da semeadura. Sugere-se que seja aplicado entre 100-180

kg/ha de P2O5 juntamente com 60-80 kg/ha no plantio; além de realizar

coberturas com 20-30 kg/ha de N, uma ou mais vezes, conforme o aspecto

nutricional das plantas (FILGUEIRA, 2008).

Segundo Filgueira (2008), semeia-se diretamente em sulcos

longitudinais distanciados 25 cm nos canteiros. Deixa-se cair um filete contínuo

de sementes, na profundidade de 5-10 mm. Quando as plantinhas apresentam

duas folhas definitivas, elas são desbastadas, deixando-se aquelas escolhidas

distanciadas 10-15 cm.

Para que o processo germinativo da semente de salsa ocorra de forma

ideal, tendo em vista a lenta e irregular germinação apresentada pela cultura,

faz necessário que seja alcançado um nível adequado de hidratação,

reativando, assim, o metabolismo da semente e resultando no crescimento do

eixo embrionário. Diante disso, entende-se que quanto maior a quantidade de

água disponível, mais rápida será a absorção pela semente (CARVALHO;

NAKAGAWA, 2000).

No momento em que as plantas atingem cerca de 15 cm, o que ocorre

por volta de 50 e 70 dias, tem-se a época da primeira colheita. O corte

realizado deve ser feito um pouco acima da superfície do solo. A colheita pode

se prolongar por 90 dias ou mais, haja vista o possível rebrotamento presente

no ciclo da cultura, o que permite mais alguns cortes a serem realizados

(HEREDIA et al., 2003).

Page 21: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

21

3.3.7. Funcionalidades

O mercado da salsa a comercializa para o consumo in natura, sozinha

ou em conjunto com a cebolinha (Allium fistulosum L.), compondo o

condimento chamado de cheiro verde, normalmente vendido na forma de

maços (HEREDIA et al., 2003).

Carvalho (2011) destaca que esse condimento fornece folhas

universalmente utilizadas na culinária, compondo diversos tipos de pratos –

frios (saladas), quentes (carnes) ou apenas para a ornamentação. Ademais, ela

possui ação diurética, previne doenças cardiovasculares, estimula o ciclo

menstrual e tem o seu óleo usado como flavour em fragrâncias no mercado de

perfumes (LORENZI & MATOS, 2002; CARDOSO et al., 2005; LEAL, 2009).

Além disso, essa cultura é uma ótima fonte de vitaminas, como niacina,

riboflavina, A e C, além de fornecer cálcio, ferro e fósforo (Factor et al., 2008).

Esse condimento possui, também, um óleo fixo, no qual estão presentes os

ácidos linoleico, oleico, palmático, e um óleo volátil composto por apiole,

myristicina, limoneno e eugenol (CAVALCANTE, 2010).

Segundo Farzaei et al. (2013), a salsa apresenta, como princípios ativos,

os óleos essenciais, cetonas, flavonoides, ácido ascórbico, ácidos graxos,

nutrientes – proteínas, gorduras e carboidratos –, entre outros. Além de possuir

um odor agradável, a planta é considerada uma fonte rica em tiamina,

riboflavina e minerais orgânicos. A miristicina e o apiol, componentes do óleo

essencial, são os principais responsáveis pela atividade antioxidante.

A salsa tem sido bastante utilizada, também, para fins medicinais de

forma caseira, visto que pesquisas mostram a eficácia dessa planta no auxílio

do tratamento de doenças (WONG; KITTS, 2006 apud PITTNE et al., 2013). A

presente atividade antimicrobiana faz com que seja empregada na terapia de

infecções. Essa crescente utilização pode estar relacionada ao fato de que

muitos medicamentos disponíveis no mercado já não são muito eficazes,

devido à resistência adquirida por algumas bactérias (BRESOLIN; CECHINEL

FILHO, 2003). Ademais, pesquisas anteriores relatam que muitas partes da

salsa têm sido utilizadas pela população contra problemas renais, uterinos,

digestivos, diurético e agente anti-infeccioso destas vias (OJALA et al., 2000;

KREYDIYYEH; USTA, 2002 apud PITTNE et al., 2013).

Page 22: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

22

3.4. Substratos

Após ser escolhida a espécie a ser cultivada, o primeiro passo a ser

dado, visando um bom desenvolvimento da planta, é a escolha de um bom

substrato, especialmente na fase de germinação e emergência. Em virtude

disso, recomenda-se que se dê uma atenção especial ao processo de escolha

e preparo do substrato a ser utilizado (FACHINELLO et al., 1995).

Nas últimas décadas, tem-se buscado melhores fontes e combinações

de substratos, realizando-se pesquisas visando o incremento da produção e

comercialização de mudas de salsa (GIORGETTI, 1991). Para o favorecimento

no desenvolvimento das mudas, busca-se, por meio de pesquisas, encontrar

características físicas, químicas e biológicas que ofereçam melhores condições

de germinação (ANDRIOLO, 2000; MINAMI & PUCHALA, 2000).

3.5. Cultivo em Ambiente Protegido

Na agricultura brasileira, as hortaliças são produzidas, de forma

predominante, no sistema convencional. Porém, tendo em vista o inicial de

produtores mais experientes, e depois adotado pelos demais, atraídos pela não

utilização de defensivos agrícolas e a garantia de um retorno líquido

aparentemente fácil, o cultivo protegido tem ganhado espaço nas áreas

destinadas à produção de produtos oleráceos (GOTO, 1997).

Hoje, a produção de hortaliças em sistema de cultivo protegido é

considerada uma atividade consolidada, e com bastante potencial para

crescimento, principalmente nas proximidades de grandes centros urbanos, os

quais geram grandes demandas – tanto em quantidade, quanto em qualidade

de produtos –, podendo ser bem aproveitadas pelos produtores atentos às

exigências do mercado (ARAÚJO et al., 2010).

O sistema de cultivo protegido tem permitido grande aumento da

produção de hortaliças exatamente por promover um certo controle dos fatores

ambientais e condições edafoclimáticas, como temperatura, umidade do ar,

radiação, ventos e solo. Ademais, esse sistema possibilita que se tenha

Page 23: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

23

produção em períodos da entressafra, o que aumenta os lucros obtidos pelo

produtor (PURQUERIO et al, 2006).

Além dessas vantagens, o cultivo protegido promove uma melhoria na

qualidade dos produtos; diminuição da sazonalidade da oferta, aumentando a

competitividade, justamente pela possibilidade de oferecer produtos de

qualidade o ano todo, inclusive na entressafra; uma otimização da utilização

dos recursos disponíveis e dos fatores de produção, principalmente adubos,

defensivos agrícolas e água; controle total ou parcial das condições climáticas;

fixação do homem no campo, aumentando a geração de empregos; melhoria

nas condições de trabalho; e uma notável possibilidade de aumento da

rentabilidade do produtor (MARTINS, 2007).

4. METODOLOGIA

O experimento foi realizado no período entre março e maio de 2016 na

Estação Experimental de Biologia – Departamento de Fitopatologia, parte

integrante da Universidade de Brasília, situada na cidade de Brasília/DF, a

15°46’47”de latitude Sul e 47°55’47” longitude Oeste, a 1020 m de altitude. O

clima tropical é o predominante no Distrito Federal. Dessa forma, o verão é a

estação do ano na qual predominam as intensas precipitações, sendo mais

habitual a ocorrência de chuvas nos meses de novembro a janeiro. A estação

do inverno compreende o período seco da região, mais acentuado entre os

meses de junho a agosto.

O plantio foi realizado no dia 23 de março, utilizando, para o plantio,

bandejas de polietileno expandido com 72 células e 120 mm de profundidade,

com células no formato de pirâmide invertida (Figura 1). A estrutura do

experimento era composta, também, por bancadas, as quais receberam a

aplicação do inseticida Proneem PLUS, visando o não aparecimento de

formigas ao longo dos dias de experimento. As bandejas, colocadas sobre as

bancadas, foram lavadas com água e hipoclorito de sódio antes de receberem

o substrato e as sementes do ensaio para evitar possíveis contaminações.

Page 24: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

24

Neste experimento, avaliou-se três cultivares diferentes, três

tratamentos, sendo todas as sementes adquiridas junto à empresa Isla

Sementes, a qual forneceu o material livre de defensivos agrícolas. As

sementes utilizadas, de acordo com a embalagem do produto, foram as

seguintes:

T1. Salsa Crespa – Taxa de Germinação: 82%; Taxa de Pureza:

100%; Germinação: 10 a 28 dias; Validade: NOV/2017;

T2. Salsa Lisa – Taxa de Germinação: 82%; Taxa de Pureza: 99,8%;

Germinação: 10 a 28 dias; Validade: JAN/2018; 10 a 28 dias;

T3. Salsa Graúda Portuguesa – Taxa de Germinação: 84%; Taxa de

Pureza: 100%; Germinação: 10 a 28 dias; Validade: DEZ/2017.

Figura 1: Preparo do experimento em bandeja de polietileno expandido com 72

células e 120 mm de profundidade com substrato comercial. Brasília-DF, 2015.

Na semeadura foram utilizadas três sementes por célula, num

delineamento de blocos ao acaso, com 3 repetições, cada uma representada

por uma bandeja ou bloco, e 24 plantas por parcela. Dessa forma foram

utilizadas um total de 216 sementes por bandeja.

O substrato utilizado no experimento foi o Vivatto Plus®, um substrato

composto por casca de pinus bio-estabilizada, vermiculita, moinha de carvão

Page 25: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

25

vegetal, água e espuma fenólica. Acrescentou-se ao substrato esterco

esterilizado de frango como adubação de plantio.

Foram avaliadas as seguintes características: IVG (índice de velocidade

de germinação), %G (porcentagem de germinação), CPA (comprimento de

parte aérea em cm), CR (comprimento de raiz em cm), MFPA (massa fresca da

parte área em g), MFR (massa fresca da raiz em g), RMFPA/R (Relação da

massa fresca da parte aérea sobre a massa fresca da raiz), MSPA (massa

seca da parte área em g), MSR (massa seca da raiz em g), , RMSPA/R

(Relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz) e NF

(número de folhas).

Para mensurar o IVG foram realizadas análises diárias de germinação a

partir do plantio das sementes dos três diferentes tratamentos. A partir dos

dados coletados, utilizou-se a fórmula abaixo para calcular o IVG (MAGUIRE,

1962):

IVG =

30

1i

i

i

G

G = número de sementes germinadas i dias após a instalação do teste

i = Número de dias após a instalação do teste

A porcentagem de germinação (%G) das sementes foi avaliada a partir

de doze contagens de germinação, sendo que a primeira foi realizada no

décimo terceiro dia após o plantio das sementes (dias 4 a 15 de abril de 2016).

Foram consideradas germinadas as plantas que apresentaram folhas

cotiledonares (Figuras 2 e 3).

Page 26: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

26

Figura 2: Verificação da germinação realizada em 04 de abril DE 2016. Brasília-

DF, 2016.

Figura 3: Verificação da germinação realizada em 15 de abril de 2016. Brasília-

DF, 2016.

No dia 27 de abril, após decorridos 36 dias, foi realizado o desbaste no

experimento. Em 10 de maio, 37 dias após a emergência e 49 após a

semeadura (Figura 4), foram realizadas as análises para verificar o

desenvolvimento das mudas das três diferentes cultivares. Os resultados foram

obtidos a partir da análise de 5 plantas por parcela, escolhidas de forma

aleatória, de cada repetição ou bloco. Como variáveis resposta verificou-se: o

índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G),

comprimento de parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR),

massa fresca da parte área em g (MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR),

Page 27: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

27

relação da massa fresca da parte aérea sobre a massa fresca da raiz

(RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz em g

(MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz

(RMSPA/R) e número de folhas (NF). A avaliação de CPA e CR foi verificada

com auxílio de régua milimetrada, a partir da inserção radicular até a gema

apical no comprimento de parte aérea, e em todo o comprimento da raiz

principal, para comprimento de raiz. Os resultados de MFPA e MFR foram

obtidos por uma balança de alta sensibilidade e devidamente tarada. Após a

verificação, as plantas foram colocadas em uma estufa de ventilação forçada,

passando por um processo de secagem – 70 °C ± 2 °C –, até que

apresentassem massa constante, sendo necessário, aproximadamente, 24

horas para a estabilização. Após esse procedimento, realizou-se a análise de

MSPA e MSR, utilizando-se da mesma balança.

Os dados de todas as características avaliadas foram previamente

transformados em raiz quadrada de x+1 para normalização dos dados e

estabilização das variâncias de tratamentos. Todos dados foram submetidos à

análise de variância, ao teste de comparação de médias Tukey a 5% de

probabilidade e ao teste de correlação linear de Pearson utilizando programa

computacional GENES (CRUZ, 2007).

Figura 4: Petroselinum crispum com 37 dias – época em que foi realizada a

coleta de dados. Brasília-DF, 2016.

Page 28: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

28

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na análise de variância, foi possível verificar que houve

diferenças significativas entre as cultivares para as variáveis CPA, MFPA e

MSPA no teste F a 5% de probabilidade, indicando que as cultivares que

representam os tratamentos diferiram entre si para essas características, como

observado na Tabela 1.

Ainda em relação a Tabela 1, observa-se que os dados apresentaram

boa precisão experimental, haja vista os baixos valores dos coeficientes de

variação encontrados para todas as variáveis resposta analisadas.

Tabela 1: Resumo da análise de variância das variáveis analisadas no trabalho, na

comparação de três cultivares de salsa. Brasília-DF, 2016.

IVG % G CPA CR MFPA MFR RMFPA/R MSPA MSR RMSPA/R NF

F 2,86ns 2,05ns 10,12* 1,02ns 7,83* 1,40ns 0,02ns 11,06* 2,38ns 0,11ns 3,08ns

Média Geral

7,94 53,46 12,03 12,54 4,76 1,10 4,76 0,82 0,30 2,96 10,29

CV (%)

18,36 21,05 5,23 8,00 8,77 12,19 12,77 2,89 4,01 8,43 6,06

* significativo no teste F a 5% de probabilidade.

ns não significativo no teste F a 5% de probabilidade.

Índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G), comprimento de

parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR), massa fresca da parte área em g

(MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR), relação da massa fresca da parte aérea sobre a

massa fresca da raiz (RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz

em g (MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz (RMSPA/R) e

número de folhas (NF).

Além da análise de variância, as características analisadas no presente

trabalho foram submetidas a um teste de comparação de médias, Tukey a 5%

de probabilidade. Foi possível observar na Tabela 2 que somente as variáveis

CPA e MSPA apresentaram formação de diferentes grupos (a e b), sendo as

únicas variáveis que diferiram entre si pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade. Tanto a variável CPA quanto a MSPA apontaram a cultivar Salsa

Page 29: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

29

Lisa como a que mais se destacou, com maiores médias, 13,67a e 1,02a,

respectivamente. Já a cultivar Salsa Crespa obteve os menores resultados

para esses dois parâmetros, 9,30b e 0,54b, respectivamente. Assim como no

presente trabalho, Kolota et. al. (2011), com objetivo de avaliar os efeitos

causados pela diferença genética em cultivares lisas e crespas na quantidade e

na qualidade da produção comercial de salsa, verificou que as cultivares lisa

apresentaram resultados superiores, tanto para a produção comercial de folhas

e massa da parte aérea quanto para altura da planta.

Tabela 2: Resultado do teste de comparação de médias Tukey (5% de probabilidade)

das variáveis analisadas no trabalho. Brasília-DF, 2016.

IVG % G CPA CR MFPA MFR RMFPA/R MSPA MSR RMSPA/R NF

Crespa 4,62a 33,69a 9,30b 11,18a 3,04a 0,72a 4,90a 0,54b 0,19a 2,84a 8,80a

Lisa 10,09a 65,26a 13,67a 12,91a 5,81a 1,22a 4,71a 1,02a 0,35a 3,08a 10,97a

Graúda Portuguesa

9,63a 64,45a 13,36a 13,59a 5,71a 1,53a 4,66a 0,99a 0,32a 2,92a 11,32a

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.

Índice de velocidade de germinação (IVG), porcentagem de germinação (%G), comprimento de

parte aérea em cm (CPA), comprimento de raiz em cm (CR), massa fresca da parte área em g

(MFPA), massa fresca da raiz em g (MFR), relação da massa fresca da parte aérea sobre a

massa fresca da raiz (RMFPA/R), massa seca da parte área em g (MSPA), massa seca da raiz

em g (MSR), relação da massa seca da parte aérea sobre a massa seca da raiz (RMSPA/R) e

número de folhas (NF).

Segundo Oliveira et al. (2009), a determinação de matéria seca de

plântulas determina quais plântulas serão mais vigorosas. Dessa forma,

amostras que apresentarem maiores pesos médios de matéria seca de

plântulas são consideradas plântulas de maior vigor. Nesse sentido, Nakagawa

(1999), observa que sementes mais vigorosas apresentam capacidade de

proporcionar, na fase de germinação, uma transferência maior de massa seca

de seus tecidos de reserva para o eixo embrionário, o que irá originar plântulas

com maior peso. Assim, plântulas mais vigorosas serão as que apresentarem

maiores valores dessas características.

Page 30: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

30

As características CR, MFR e NF indicaram a cultivar Graúda

Portuguesa como a que melhor respondeu às condições propostas,

apresentando como médias, respectivamente, 13,59a, 1,53a e 11,32a (Tabela

2). No entanto, os tratamentos não diferiram entre si para essas características

pelo teste F e pelo teste de comparação de médias Tukey a 5% de

probabilidade.

A observação de todos os outros parâmetros – IVG, %G, MFPA, MSR e

RMSPA/R, colocou a cultivar Salsa Lisa como a que mais se destacou,

alcançando o melhor desempenho com as maiores médias. Respectivamente,

os resultados obtidos foram: 10,09a, 65,26a, 5,81a, 0,35a e 3,08a (Tabela 2).

Em contrapartida, a cultivar Salsa Crespa obteve os menores resultados ao se

analisar essas mesmas variáveis.

O índice de velocidade de germinação apresentou valores diferentes

entre as cultivares avaliadas, sendo que a que apresentou o maior índice foi a

cultivar Salsa Lisa (Tabela 2). Quanto maior o índice, utilizado por Maguire

(1962), maior será a velocidade de germinação das sementes (OLIVEIRA et al.,

2009).

Além disso, foi possível observar que a porcentagem de germinação das

cultivares testadas no presente trabalho apresentaram valores inferiores do que

as apresentadas pelos fabricantes de sementes. Esse fato pode ter relação

com diferentes fatores, tais como a temperatura, visto que as sementes são

analisadas em laboratório sob condições ótimas de germinação para se

determinar a porcentagem indicada nos rótulos das embalagens. Assim, caso a

temperatura não seja a ideal para determinada espécie, a germinação poderá

ser diferente – geralmente menor, assim como verificado em trabalhos com

coentro (MUNIZ; NASCIMENTO; PEREIRA, 2003). Outro fator que interfere na

germinação, observado em alface por Nascimento (2002), é a umidade atingida

pelas sementes. Altos níveis de umidade no solo ou no substrato podem inibir a

germinação devido à aeração insuficiente, provocando diferenças entre a

porcentagem de germinação apresentada pelo fornecedor da semente e a

obtida pelo produtor.

Page 31: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

31

É importante salientar que existem poucos trabalhos envolvendo

melhoramento genético de plantas para a cultura da salsa. Dessa forma,

verificando a diferença no desenvolvimento de mudas dos diferentes

tratamentos alvo desse estudo em ambiente protegido no Distrito Federal, o

desenvolvimento de trabalhos envolvendo testes de desenvolvimento de

plântulas e plantas para essa cultura são importantes.

6. CONCLUSÃO

De acordo com o presente trabalho, foi possível verificar que a cultivar

Salsa Lisa apresentou os melhores resultados para o desenvolvimento de

mudas em ambiente protegido. A cultivar Salsa Crespa foi a que obteve os

menores resultados de desenvolvimento de planta.

Em relação ao índice de velocidade de germinação e a porcentagem de

germinação, comparadas às informações obtidas na embalagem da semente, a

cultivar Salsa Crespa apresentou resultados inferiores ao fabricante, com

médias também abaixo das outras cultivares analisadas.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observou-se que a produtividade da cultura da salsa, tanto

quantitativamente quanto qualitativamente, sofre influência das variáveis

abordadas no presente estudo. Dessa maneira, sabendo que a produção da

salsa é um negócio atrativo nos mercados gastronômico e medicinal,

compreende-se a importância da realização de trabalhos que visam a avaliação

da qualidade das diferentes cultivares de salsas produzidas e consumidas no

mercado.

Diante o exposto, recomenda-se que os estudos relacionados à seleção

de cultivares de salsa tenham continuidade e sejam mais incentivados

academicamente, a fim de que se alcance um melhoramento genético mais

preciso de acordo com as exigências dos consumidores quanto à qualidade da

planta.

Page 32: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

32

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE FILHO, J. A. C. Eficiência do uso da água no cultivo do

coentro e da salsa na presença de um polímero hidroabsorvente. 2006.

107 f. Tese (Doutorado em Recursos Naturais) – Universidade Federal de

Campina Grande, Campina Grande, PB. 2006.

ALTIERI, M. A.; SILVA, E. N.; NICHOLLS, C. I. O papel da biodiversidade

no manejo de pragas. Ribeirão Preto: Holos. p. 226. 2003.

ÁLVARES, V. S. Pré–resfriamento, embalagem e hidratação pós – colheita

de salsinha. 2006. 161f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) – Universidade

Federal de Viçosa, Viçosa – MG, 2006.

ALVES, J. N. Utilização da radiação gama do cobalto – 60 como

tratamento quarentenário de plantas medicinais, aromáticas e

condimentares desidratadas infestadas por Lasioderma serricorne e

Plodia interpunctella. 2007. 83f. Dissertação (Mestrado). Instituto de

Pesquisas Energéticas e Nucleares. São Paulo-SP, 2007.

ANDRIOLO, J.L. Fisiologia da produção de hortaliças em ambiente protegido.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 18, suplemento, p.26-32, 2000.

ARAÚJO, T. S. et al. Crescimento da alface-americana em função dos

ambientes, épocas e graus-dias. Revista Brasileira Ciências Agrária, v. 5, n.

4, p. 441-449, 2010.

BERTATTI, R. Desempenho de cultivares de salsa, no verão, com e sem

cobertura de solo, em casa de vegetação. 2002. 31f. Dissertação

(Graduação) – a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade

Estadual Paulista, Jaboticabal, 2002.

BRAGA, A. H. et al. Desempenho de cultivares de salsa (Petroselinum crispum)

sob telas de sombreamento, termo-refletoras e campo aberto. Revista

Cultivando o Saber, Cascavel, v. 7, n. 4, p. 332-342, 2014.

Page 33: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

33

BRESOLIN, T. M. B.; CECHINEL FILHO, V. Ciências Farmacêuticas:

contribuição ao desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Itajaí,

S.C.: UNIVALI, 2003. 239 p.

CARDOSO, M. G.; CASTRO, D. P.; MUNIZ, F. R.; SILVA, V. F. Plantas

aromáticas e condimentares. (Boletim Técnico, p.78) Lavras-MG. 2005

Disponivel em: <http://www.editora.ufla.br/site/boletim_list.php?me

nu=m11&t=boletins-tecnicos>. Acesso em: 20 de maio de 2016.

CARVALHO, N. L. Cultura da Salsa (Petroselinum crispum). 2011.

Dissertação (Graduação) da Universidade de São Paulo, Escola Superior de

Agricultura Luiz Queiroz-SP, Piracicaba, 2011.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e

produção. 4.ed. Jaboticabal: Funep, 2000. 588p.

CHAVES, D. S. A.; Estudo químico e potencial antitrombótico da espécie

medicinal Petroselinum crispum (Apiaceae). 2006. Dissertação (Mestrado).

Programa de Pós-graduação em Química de Produtos na Universidade Federal

do Rio de Janeiro. 2006.

CORRÊA FILHO, L. C. Avaliação dos processos de higienização e

secagem na qualidade de folhas de salsinha (Petroselinum crispum).

2014. Dissertação (Mestrado) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia

de Biossostemas da Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ, 2014.

ESCOBAR, A. C. N. et al. Avaliação da produtividade de três cultivares de

salsa em função de diferentes substratos. Horticultura Brasileira. v. 28, n. 2,

julho. 2010.

FACHINELLO, J.C. et al. Propagação de plantas frutíferas de clima

temperado. 2. ed. Pelotas: UFPel, 1995. 178 p.

Page 34: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

34

FACTOR, T. L.; PURQUEIRO, L. F. V.; LIMA, S. L.; TIVELLI, S. W. Produção

de salsa em função do período de cobertura com Agrotêxtil. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 48., Maringá, 2008. Anais... Brasília, v.26,

n.2, 2008, CD-ROM.

FARZAEI, M. H. et al. Parsley: a review of ethnopharmacology, phytochemistry

and biological activities. Journal of traditional Chinese medicine, v. 33, n. 6,

p. 815-826. 2013

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna

na produção e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, p. 13-21,

2008.

FURLAN, M. R. Ervas e temperos: cultivo e comercialização. Cuiabá:

SEBRAE/MT, 1998. 128 p. (Coleção Agroindustrial, v. 15).

GIORGETTI, J. R. Produção e comercialização de mudas de tomate. In:

Encontro Nacional de Produção e Abastecimento de Tomate, 2., 1991,

Jaboticabal. Anais... Jaboticabal: UNESP, 1991. p. 242-244.

GOTO, R. Plasticultura nos trópicos: uma avaliação técnico–econômica.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 15, p. 163–65, 1997. Suplemento.

GUALBERTO, R.; OLIVEIRA, P.S.R.; GUIMARAES, A.M. Adaptabilidade e

estabilidade fenotípica de cultivares de alface do grupo crespa em cultivo

hidropônico. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 27, n. 1, p. 7-11, 2009.

HEREDIA, Z. N. A.; VIEIRA, M. C.; WEISMANN, M. LOURENÇÃO, A. L. F.

Produção e renda bruta de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e

consorciado. Horticultura Brasileira, Brasília, DF, v. 21, n. 3, p. 574-577,

2003.

JUDD, W. S.; KELLOGG, E. A.; STEVENS, P. F. Sistemática vegetal: um

enfoque filogenético. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 612.

Page 35: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

35

KOLOTA, E.; SOWINSKA, K. A.; WINIARSKA, S. The effects os genetic and

agronomic factors on quantity and quality os leaf parsley yield. 2011. Pol.

J. Environ. Stud. Vol. 21, No. 4, 937-942. 2012.

LANDIS, D. A.; WRATTEN, S. D.; GURR, G. M. Habitat management to

conserve natural enemies of arthropod pests in agri culture. Annual Review of

Entomology, n. 45, p. 175-201, 2000.

LEAL, J. A. C. Elaboração de salsa desidratada. Revista eletrônica, 2009,.

vol. 5, n. 1. Disponível em: http://www.inesul.edu.br/revista/index.php?vol=6.

Acesso em: 20 de maio de 2016. ISSN 1980 – 5969.

LENZ, M. H. Viabilidade agroeconômica da produção orgânica de plantas

condimentares para o desenvolvimento sustentável em propriedades

familiares na região do Vale do Rio Pardo/RS. 2005. 100f. Dissertação

(Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Universidade de Santa Cruz do Sul

– UNISC, Santa Cruz do Sul/RS, 2005.

LORENTZ L. H. et al. Variação temporal do tamanho de amostra para

experimentos em estufa plástica. Ciência Rural 34, 2004, p. 1043-1049.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil. Nativas e

Exóticas. 2ªed. Plantarum, 2002, p. 576.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for

seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p. 176-177,

1962.

MARCHESE, J. A.; FIGUEIRA, G. M. O uso de tecnologias pré e pós–colheita

e boas práticas agrícolas na produção de plantas medicinais e aromáticas.

Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 7, n. 3, p. 86-96, 2005.

MARTINS, G. Cultivo em ambiente protegido – o desafio da plasticultura.

In: Filgueira F. A. R. (Ed.) Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna

na produção e comercialização de hortaliças. 3ª ed. Viçosa, Universidade

Federal de Viçosa. 421, p. 2007.

Page 36: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

36

MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego das plantas

usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 3. ed. Fortaleza: Ed. UFC, 2007.

p. 365.

MELO, P. C. T; VILELA, N. L. Importância da cadeia produtiva brasileira de

hortaliças. In: 13ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva

de Hortaliças – MAPA, Brasília-DF, p. 1-3, 2007.

MINAMI, K; PUCHALA, B. Produção de mudas de hortaliças de alta qualidade.

Horticultura Brasileira, Brasília, v. 18, suplemento, p. 162-163, 2000.

MUNIZ, M. F. B.; NASCIMENTO, W. M.; PEREIRA, R. S. Aspectos

relacionados à qualidade de sementes de coentro. Horticultura Brasileira,

Brasília, v.23, n.3, p.703-706, jul-set 2005. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/hb/v23n3/a02v23n3. Acesso em: 22 de junho de 2016.

NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas.

In: KRZYZANOSWKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Ed.). Vigor

de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. p. 2.1- 2.24.

NASCIMENTO, W. M. Temperatura x germinação. Seednews, v.4, n.4, 2000.

p.44-45.

NASCIMENTO, W. M. Germinação de Sementes de Alface. Circular Técnica,

29. Embrapa Hortaliças, p. 5. Brasília. 2002.

OLIVEIRA, A. C. S.; MARTINS, G. N.; SILVA, R. F.; VIEIRA, H. D. Testes de

vigor em sementes baseados no desempenho de plântulas. Inter Science

Place, ano 2, n. 4, jan 2009. Disponível em: http://docplayer.com.br/9400945-

Testes-de-vigor-em-sementes-baseados-no-desempenho-de-plantulas.html.

Acesso em: 21 jun. 2016.

Page 37: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

37

OLIVEIRA, J. E. Z.; AMARAL, C. L. F.; CASALI, V. W. D. Recursos genéticos

e melhoramento de plantas para o nordeste brasileiro: recursos genéticos e

perspectivas do melhoramento de plantas medicinais. Disponível em: <http://

http://www.cpatsa.embrapa.br/catalogo/livrorg/medicinaismelhoramento.pdf>.

Acesso em: 27 maio. 2016.

OLIVEIRA, F. A. Cultivo de pimentão em ambiente protegido utilizando

diferentes manejos de fertirrigação. 2012. Dissertação (Doutorado) da

Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2012.

PEDROSO, D. C. Associação de Alternaria spp. com sementes de

Apiáceas: métodos de inoculação e influência na qualidade fisiológica.

2009. Dissertação (Mestrado) do Programa de Pós-Graduação em Agronomia

da Universidade Federal de Santa Maria-RS, Santa Maria, 2009.

PEREIRA, R. C. A; SANTOS, O. G. Plantas Condimentares: cultivo e utilização.

Documentos Embrapa, Fortaleza, n. 161, p. 8-10, dez. 2013.

PINHO, E. V. R. V.; SALGADO, K. C. P. C. Inovações tecnológicas na

produção de sementes. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 27, n. 232,

p. 22-31, 2006.

PITTNE, E. et al. Avaliação da atividade antibacteriana de diferentes extratos

de raiz de salsa. Revista de Ciências Médicas e Biológicas. Salvador, v. 12,

n. 1, p. 94-100, jan/abr. 2013.

POPINIGIS, F. Fisiologia de sementes. Brasília: AGIPLAN, 1985. 289p.

PURQUERIO L. F. V.; MELO, P. C. T. Hortaliças pequenas e saborosas.

Horticultura Brasileira. v. 29, n. 1, p. 1-1. 2011.

PURQUERIO, L. F. V, TIVELLI, S. W. Manejo do ambiente em cultivo

protegido. Manual Técnico de Orientação: Projeto Estadual Hortalimento.

São Paulo: Codeagro, 2006, p. 15-29.

Page 38: ensaio de competição entre cultivares de salsa em ambiente

38

REZENDE, B. L. A; CECÍLIO FILHO, A. B.; MARTINS, M. I. E. G.; COSTA, C.

C.; FELTRIM, A. L. Viabilidade econômica das culturas de pimentão, repolho,

alface, rabanete e rúcula em cultivo consorciado, na primavera-verão,

Jaboticabal, Estado de São Paulo. Informações Econômicas, São Paulo, v.

35, n. 3, p. 23-37, 2005.

RODRIGUES, A.P.D.C. et al. Absorção de água por semente de salsa, em

duas temperaturas. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 30, n.1, p. 49-

54, 2008.

ROSSETTO, C.A.V. et al. Germinação de sementes de maracujá-doce

(Passiflora alata dryand) em função de tratamento pré-germinativo. Revista

Brasileira de Sementes, v. 22, n. 1, p. 81-87, 2000.

SOUZA, V.C.; LORENZI, H.; Botânica sistemática: guia ilustrado para

identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado

em APG II. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2005, p. 640.

STEURER, F. Especiarias: aplicações e propriedades. 2008. 30 f.

Dissertação (Bacharelado em Química de Alimentos), Universidade Federal de

Pelotas, Pelotas, 2008.

VIGGIANO, J. Produção de sementes de algumas umbelíferas. Informe

Agropecuária, Belo Horizonte, v.10, n.120, p. 60-64, 1984.

ZARATE, N. A. H. et al. Produção de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e

consorciado. In: 42º Congresso Brasileiro de Olericultura/11º Congresso Latino-

Amerciano de Horticultura, 2002, Uberlândia. Horticultura Brasileira:

Resumos expandidos e palestras. Uberlândia: Promoções & Cia, 2002. v. 20.

p. (CD-ROM).