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ENTÃO, FOI ASSIM?

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A CAIXA Cultural Brasília realizou evento de lançamento da coleção ENTÃO, FOI ASSIM? Os bastidores da criação musical brasileira – Volumes I, II e III O lançamento com a trilogia da série de livros Então, foi assim? Os bastidores da criação musical brasileira, de autoria do radialista e pesquisador Ruy Godinho, esteve à pauta do Teatro da CAIXA. Foi no dia 4 de agosto de 2015, terça-feira, a partir das 20h, com a presença do autor e tem ainda como convidado especial o cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo. A trilogia tem patrocínio da Oi, no âmbito da Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal, e conta com os apoios da CAIXA, Bancorbrás Cultural e Oi Futuro, o relançamento das publicações veio em uma caixa personalizada.

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A CAIXA Cultural Brasília realiza evento de lançamento da coleção

ENTÃO, FOI ASSIM?

Os bastidores da criação musical brasileira – Volumes I, II e III

O lançamento com a trilogia da série de livros Então, foi assim? Os bastidores da criação musical brasileira, de autoria do radialista e

pesquisador Ruy Godinho, já está à pauta do Teatro da CAIXA. Será dia 4 de agosto, terça-feira, a partir das 20h, com a presença do autor e tem ainda como convidado especial o cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo. A trilogia tem patrocínio da Oi, no âmbito da Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal, e conta com os apoios da CAIXA, Bancorbrás Cultural e Oi Futuro, o relançamento das publicações virá em uma caixa personalizada.

Como aconteceu nos lançamentos dos Volumes, separadamente, este

também contará com show, desta vez com o compositor e cantor Geraldo Azevedo, que será entrevistado por Ruy Godinho. Autor de Táxi Lunar, Dia Branco, Dona da Minha Cabeça, Chorando e Cantando, Canção da Despedida e outras pérolas da música popular, Geraldo Azevedo desvelará seu processo criativo, suas parcerias e ainda contará histórias do surgimento e de criação de algumas de suas obras.

O critério para seleção dos compositores convidados a contarem um pouco de sua trajetória, revelarem seus processos criativos e transportarem o leitor ao momento e às situações na qual surgiram as inspirações para a composição de determinado poema a ser musicado, Ruy Godinho busca autores de composições de relativa projeção diante do público, “se a música é conhecida, o leitor ilustra imediatamente com sua memória auditiva”, revela Ruy.

As gravações das entrevistas, concedidas por compositores novos ou

independentes, e que ainda não conseguiram uma projeção ampla junto ao grande público, são utilizadas em programa de rádio com o mesmo nome do livro, Então, foi assim?. O programa é veiculado pela Nacional FM, 96,1 MHz, de Brasília, retransmitido por 258 emissoras em todo o Brasil. Já se somam cerca de 240 programas desde agosto de 2010, que também podem ser ouvidos ou baixados através do site www.abravideo.org.br

Texto de apresentação do Volume III, por Ruy Godinho

“Procurei sarna pra me coçar, como dizia minha mãe Nazaré. E agora estou aí às voltas com essa tarefa interminável, porém prazerosa, de revelar a biografia de músicas brasileiras. Imagina contar a história de cinquenta músicas enquanto milhares são criadas. Se achei a sarna, consequentemente, a coceira. Contudo, posso assegurar que é uma coceirinha gostosa, tipo essas de bicho de pé. Imagina ficar ouvindo histórias interessantes e surpreendentes e depois compartilhá-las com os leitores. Despretensiosamente lancei o

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Volume I, em abril de 2008, que surpreendeu ao ser bem recebido pela crítica e pelo público. Tanto que logo em seguida começaram as cobranças pelo próximo volume, que foi lançado em junho de 2010. E o processo se repetiu, tanto no tocante à receptividade quanto às cobranças, desta feita pelo Volume III. É bom que se diga que continuo usando como critério de seleção as histórias de composições de relativa projeção diante do público. Se a música é conhecida, o leitor a ilustra imediatamente com sua memória auditiva. As entrevistas concedidas por compositores novos e independentes, que ainda não se projetaram para fora de suas regiões de origem, estão sendo fartamente utilizadas nos programas de rádio. Isso mesmo, programas de rádio. No Volume I me limitei apenas a contar com singeleza as histórias das canções. No Volume II, aprofundei a abordagem ao incluir os processos criativos e as relações de parceria. Neste, e acompanhando o natural processo evolutivo da série, inseri a relação que existe entre a criação musical e o Divino, já que a maioria dos compositores atribui o ato criativo a algo que transcende o físico. Como cada história ganhou mais volume, a quantidade diminuiu, para manter o padrão e a viabilidade econômica do tomo. Bem, é isso. Mais uma vez estou aí pronto para sentir o imenso prazer de compartilhar interessantes biografias musicais”. Aperitivo

Muitas e muitas músicas têm o dom de iludir. Fazem-nos pensar que foram feitas para uma coisa, quando, na realidade, foram feitas para outra. Quanta gente namorou ao som de “Teletema” (Antonio Adolfo/Tibério Gaspar), sem jamais imaginar que Tibério houvera feito a letra como despedida para a namorada recém-falecida?

Quanta gente pensou em seu amor distante ouvindo “Sonho meu” (D. Ivone Lara/Délcio Carvalho), sem desconfiar que Délcio dedicou a letra aos brasileiros distantes da pátria, exilados pela ditadura militar? Serviço: Lançamento da trilogia: Então, foi Assim? - Os bastidores da criação musical brasileira. Local: Teatro da CAIXA Endereço: SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa. Data: 04 de agosto de 2015 Horário: 20h Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) Bilheteria: De terça a sexta e domingo, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 21h. Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes) Informações: 32069448. Custo do box com a trilogia: R$ 80,00 Produção: ABRAVIDEO 3349-5656 ou [email protected] Contato autor: 3349-5656 ou 8116-1860 [email protected]

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PREFÁCIO DO VOLUME III, por Márcio Borges

Criador de Sensações O trabalho de Ruy Godinho tem algo de demiúrgico, no sentido de que possui uma força criativa poderosa, um artesanato próprio e, em sentido mais figurado, uma energia capaz de recriar universos inteiros, pelo entalhe cuidadoso e dedicado, pela profundidade do mergulho e fôlego exigida na tarefa de tornar viva a lembrança de um momento único – o sopro da criação que faz nascer uma canção. O que ela traz, desde seu berço, que a torna tão única e essencial, para sempre impressa na alma?

A palavra poderia se referir ainda ao minucioso esforço de pesquisa que antecede a revelação e acomoda o leitor – desse terceiro tomo de uma bela série – num confortável leito de informações sobre história e política, modos e costumes, práticas e teorias, em suma, a própria realidade e todos os aspectos relevantes que envolvem o universo da criação da canção popular brasileira.

O tema, por si mesmo, é poderoso, vasto e denso. A coleta de Ruy Godinho trata de cristalizar no tempo e no espaço, através da

palavra impressa, o justo instante que transformou a ideia em ato, o sentimento em verso, o potencial em energia viva e pulsante. E, como já me referi, tudo que envolveu ou motivou aquele instante. Da vida infantil à carreira de sucesso, tudo é tema, tudo é esmiuçado.

Mais de cem anos de música brasileira são repassados assim, pelo lado de dentro, no testemunho dado sempre que possível na primeira pessoa do singular, pelo próprio artista-criador, sobre a motivação e a circunstância, o preciso ato de criar justamente aquela obra singular.

Assim, saberemos – neste caso, não pelo autor – que um dos grandes hits brasileiros de todos os tempos, A casinha pequenina, (“tu não te lembras da casinha pequenina/onde o nosso amor nasceu...”) foi composto “anonimamente”, se é que compreendem a dubiedade intencional do termo, pelo paraense Bernardino Belém de Souza, num tempo em que não existia direito autoral no Brasil e que a canção era considerada “passarinho é de quem pegar”.

Segundo a rica narrativa de Ruy Godinho, o desrespeito era tanto que, em 1903, a maestrina e compositora Chiquinha Gonzaga, numa visita a Paris, encontrou partituras de composições suas numa loja especializada, editadas por uma editora alemã, autorizadas à revelia da autora pelo “amigo” Fred Figner, tcheco dono da famosa Casa Edison, responsável pelas primeiras gravações fonográficas feitas no Brasil.

O trabalho de Ruy se revela também na qualidade das indagações e temas “paralelos” que propõe na captura das entrevistas, instigando o autor a abrir plenamente o coração e a memória, numa busca proustiana do tempo passado, reavivado não por ruídos de talheres e sinos ou pelo gosto da madeleine, mas pela escuta dirigida e atenta dos sons e silêncios que o próprio artista um dia criou.

A lista de autores que este livro abrange é portentosa e eclética, como o é a própria música popular brasileira. Modestamente, aceitei o convite do amigo Ruy e contei-lhe como compus, juntamente com meus irmãos Lô e Bituca,Clube da esquina n° 2. Meu depoimento faz parte deste Volume, mas absolutamente não sugiro que isso torna o livro portentoso.

Acrescento que não me sentiria à vontade citando apenas três ou quatro, ou mesmo cinco ou seis, nesta coletânea de obras geniais e essenciais à fonografia brasileira.

No entanto, depois que li e reli com delícia e encantamento tantas dezenas de histórias musicais, não posso evitar a lembrança da emoção que senti ao ler a narrativa do encontro de meu querido amigo Caetano Veloso com o pai de Torquato Neto, em Teresina, quando ambos tomam na varanda a típica bebida chamada cajuína e, num dado momento, o pai do falecido poeta vai até o jardim e colhe para

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Caetano uma rosa, e este, instantaneamente, cai em prantos convulsivos. “Pois quando tu me deste a rosa pequenina/vi que és um homem lindo...”

Também não vou conseguir a isenção de não citar a história igualmente notável que envolve a criação de, por exemplo, Besta é tu, quando Moraes Moreira relembra o velho refrão com que eram “zuados” os violonistas iniciantes, no interior da Bahia: “Então, já sabe tocar o besta é tu”? Essa pergunta se referia a um exercício primário, uma valsa, cujo ritmo “tum té, té, tum té, té” (segundo onomatopeia do próprio compositor) sugeria aquelas palavras. Quando virou letra pronta, uma das locomotivas dos Novos Baianos, Besta é tu tornou-se imediatamente sucesso nacional.

Não vou ficar aqui antecipando as surpreendentes revelações que este livro contém nem tirar o inédito prazer de ninguém.

Também nunca acho demais repetir que este é o terceiro volume da série Então, Foi Assim? que Ruy Godinho mais uma vez nos brinda com seu texto, suas belas ideias, sua paciência de Jó e suas qualidades inatas de garimpeiro de almas e sons.

Essa trilogia constitui um valioso instrumento para quem deseja estudar a história da moderna música brasileira e será de grande utilidade para pesquisadores e amantes do tema em geral. Por si só, esta é uma grande contribuição de Godinho para a MPB.

Quando reli o início deste prefácio, achei um pouco exagerada a expressão “demiúrgico”. Sabe o que eu fiz? Corri de volta ao texto original, este que você, leitor, terá o prazer de saborear na sequência, e me detive em cada detalhe: Fênix, Eu também quero beijar, Casa no campo, Mama África, Besame, Beijo partido, cada qual com sua história secreta, seu destino irreversível, prestei atenção ao encadeamento laborioso, ao acabamento bem-polido, cheio de ritmo e emoção que o texto de Ruy imprime aos depoimentos espontâneos – e desfiz aquela impressão de exagero.

Na verdade, reafirmo que este trabalho tem é muito de demiúrgico, é um criador de mundos e sensações novas, por detrás daquilo que achávamos que sabíamos para descobrirmos, de súbito, que tudo é pura novidade.

E acrescento: ainda mais justa é a palavra, em se tratando de trabalho realizado por Ruy Godinho, um ser de raro talento e elevada estatura espiritual, um irmão de alma e de fé, como costumamos nos chamar amistosamente.

Parabéns, irmão-amigo, por mais esta tacada certeira. Um beijo fraterno do Márcio Borges

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Relatório de interativos

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