Entre a ciência e a sapiência

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ENTRE

A CINCIA E A SAPINCIA EDUCAO

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O DILEMA DA

E

ntre a cincia e a sapincia O dilema da educao Autor: Rubem Alves atravs da paixo pela educao que Rubem Alves descreve as cenas da beleza da aprendizagem; o sentido potico do sonhar; a importncia do apreender; a valorizao do homem no mundo do saber viver; a importncia de se gostar do mundo, valorizando o que belo. O autor coloca como misso no s a cientificidade da aprendizagem mas, a importncia de se ver o mundo atravs dos olhos da beleza, isto , aprender exleticamente atravs do prazer de saber. Descreve em seu livro sua vontade de disseminar os seus sonhos, suas esperanas, as sementes da educao para quem quiser fazer delas um jardim florido de pensamentos e idias. Entre metforas, atravs de cartas aos produtores de sonhos, o autor coloca sua opinio do dever educacional instituindo seu parecer para aqueles que comandam e divulgam a cultura, aqueles que com seu poder interferem na construo e formao dos conceitos existenciais, como o presidente da Rede Globo de televiso, o Ministro da Educao, os mestres, professores e educadores, artistas do meio scio-educacional; levando sua ideologia e s vezes traduzindo a vontade que o envolve como jardineiro que sonha, ama e curte a tarefa de cuidar do seu jardim. Tambm bastante crtico quanto leitura, no acreditando na quantidade do que se l, mas na qualidade e no processo crtico da leitura. Ler por prazer se transforma em alegria, conhecimento adquirido e assumido. Refere-se s escolas como instituies que transmitem conhecimento cientfico, no valorizando o homem como um sonhador. Mas, visando o bem estar do povo, tendo como tarefa a desenvolver nos cidados, a capacidade de pensar. Pois o que faz um povo so os pensamentos que os compem. Valorizam os diversos saberes, as tecnologias de ensino, vislumbrando sempre os prazeres e alegrias de aprender; a felicidade de saber viver. Faz crticas cientificidade, cincia propriamente dita, pois ela no deixa o simples, o mero cotidiano de o conhecimento natural fluir; s validando o que cientfico. O que no cientfico muito mais atraente e enfeitiante, e preciso saber compreender essas coisas importantes da vida como a poesia, a msica, a beleza, a alegria. preciso saber conviver com os dois: o conhecimento e a beleza. Mas, a beleza no cientfica. A cincia busca ser a imagem fiel da realidade, trabalha com resultados vlidos, confiveis e reprodutveis, sendo este, o critrio da verdade da cincia. O prazer no pode ser medido, nem sempre repetido, o sentimento no vem pronto,

no h mtodo, nem teoria, simplesmente se sente, se deseja; e o desejo do prazer, do sentir que move o mundo. Rubem Alves a favor das pesquisas cientficas desde que a cientificidade tambm valide aquilo que no cientfico. O saber profano do sentir, viver, amar, apreciar, questionar, gostar e degustar as coisas simples de vida, as coisas de todos os momentos. No entanto, a cincia que produz e contribui para a construo da vida e a formao da cultura. As pequenas sensaes que fazem do homem um ser nico, com sentimentos religiosos, intuitivos, criativos, fazedor de sonhos, construtor de sua prpria imaginao, admirador das belezas da vida, um pensador, um praticante do amor, um viajante do conhecimento, um inventor da liberdade, vido de informao e aprendizagem, um ser que pensa, reflete, critica e continua em busca de luz, de conhecimento, sempre em busca da cincia sendo um aprendiz do Universo. assim, poeticamente, por meio de metforas, que Rubem Alves interpreta a sabedoria da cincia no conhecimento do cotidiano, na esperana de alargar e expandir a educao.