20
entre MARGENS BIMENSÁRIO | 10 SETEMBRO 2015 | N.º 545 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Candidatos a deputados pela coligação em visitas a Santo Tirso LESGISLATIVAS // PÁGINA 12 CARLOS VALENTE RESPONDE AO INQUÉRITO DO ENTRE MARGENS “As obras já não são a parte dominante do exercício do poder municipal” JOAQUIM COUTO // PRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO EM ENTREVISTA “Não estamos aqui só para correr com eles, estamos aqui para fazer melhor” O Secretário-geral do PS e candi- dato a primeiro-ministro esteve em Santo Tirso a 30 de agosto e rompeu com a habitual pacatez LEGISLATIVAS 2015 // ANTÓNIO COSTA (PS) dos últimos dias de férias de verão. António Costa teve uma receção apoteótica e chegou mesmo a ser levado ‘às costas’. PÁGINAS 10 E 11 Ulisses Morais substitui Abel Xavier Em cinco jogos, o Desportivo das Aves somou apenas dois pontos. Resultados ditaram a saída do treinador Abel Xavier. PÁGINA 16

entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

  • Upload
    vuminh

  • View
    222

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 10 SETEMBRO 2015 | N.º 545 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Candidatos adeputados pelacoligaçãoem visitasa Santo TirsoLESGISLATIVAS // PÁGINA 12

CARLOS VALENTE RESPONDE AO INQUÉRITO DO ENTRE MARGENS

“As obras já não são a parte dominantedo exercício do poder municipal”

JOAQUIM COUTO // PRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO EM ENTREVISTA

“Não estamos aqui sópara correr com eles,estamos aqui para fazer melhor”O Secretário-geral do PS e candi-dato a primeiro-ministro esteveem Santo Tirso a 30 de agosto erompeu com a habitual pacatez

LEGISLATIVAS 2015 // ANTÓNIO COSTA (PS)

dos últimos dias de férias de verão.António Costa teve uma receçãoapoteótica e chegou mesmo a serlevado ‘às costas’. PÁGINAS 10 E 11

Ulisses MoraissubstituiAbel XavierEm cinco jogos, o Desportivo dasAves somou apenas dois pontos.Resultados ditaram a saída dotreinador Abel Xavier. PÁGINA 16

Page 2: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta primeira saídade setembro foi o nosso estimado assinante Manuel Freitas Gouveia,

residente na rua do Rio Ave, n.º 707, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Bricolagede ideiasem 80 temas||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Ornatos Violeta, Supernada, Pluto eFoge Foge Bandido são projetosmusicais de Manuel Cruz. Até hoje,todos tiveram um prazo de validadecurto. O primeiro com dois registos(“Cão” e o célebre “O Monstro Preci-sa de Amigos”) e os outros três sócom um. Bem, pelo menos até agora,dado que a qualquer momento po-derão renascer das cinzas ou sair dehibernação.

Os Foge Foge Bandido distanci-am-se dos restantes, sendo mais expe-rimentais. O duplo CD saiu com umluxuoso livro de capa dura, rechea-do de ilustrações, fotografias e letrasdas músicas. O design é cuidado, es-pelhando uma bricolage de ideias emostrando indícios do que esperardo restante conteúdo: um espaço detrabalho exposto com poucos filtrose uma grande variedade de objetosque nos transportam para espaços ci-nematográficos. Realmente os inúme-ros instrumentos e os múltiplos tim-bres correspondem. A catarse funci-ona em pleno. Quem procura apenasmeia dúzia de êxitos pode esco-lhê-los sem grande dificuldades (“Tirem oMacaco da Prisão”, “Borboleta” ou“Ninguém É Quem Queria Ser” sãoalguns exemplos), mas isso seria umenorme desperdício. Cada lado ou CDtem quarenta temas! Ouvir toda asequência torna-se num caminho sor-ridente, não só com as asneiras adver-

Dona Clotilde é responsável por todas asempregadas da casa. Cita filósofos alemãesenquanto aspira. Gosta de Kant, apesar dedizer: aquilo não era um filósofo, era umrelógio. Uma pessoa pode saber que horassão só por pensar como ele.

Desengane-se quem pensa que vaiencontrar um livro sobre a vida deJesus Cristo ou algo do género. Afon-so Cruz apresenta-nos uma peque-na aldeia alentejana onde vive Rosa,a personagem principal, que teve umainfância penosa; viu o avô atirar-se aum poço, o pai enforcar-se e a mãefugir de casa. Ela vive com a sua avó,já avançada na idade, cujo últimodesejo é ir a Jerusalém. Rosa nãopossui meios financeiros nem a saú-de da sua avó permite que essa via-gem se cumpra. Por isso, decide trans-formar a aldeia na Terra Santa paraque a avó realize o seu sonho.

Esta obra possui uma galeria depersonagens surpreendente: DonaClotilde, uma mulher obcecada pe-las limpezas, Miss Whittemore, umainglesa que dorme dentro de umcachalote, o brutamontes do Sargen-to Oliveira, o erudito professor Borjaque defende que, de facto, Jesus Cris-to bebia cerveja e não vinho pois,segundo ele, O que se bebia no espaçogeográfico em que Cristo habitava era cer-veja. O vinho era uma bebida de roma-nos, dos invasores. Cristo não iria bebera bebida dos ricos, dos opressores.

Esta é uma poderosa obra de fic-ção, extremamente comovente e im-possível de largar. |||||

tidas na capa mas também com títu-los, textos ou sons pouco convenci-onais, como em “Casal Boss” ou “Dis-cussão Canina”. Com a manipulaçãodo discurso de um bispo brasileiro(“Eleva!”) é difícil ficar indiferente àsprovocações humorísticas. Pequenís-simos temas (“Mau Hálito” ou “AlgoBom”) convivem com trechos e peda-ços sonoros que estavam dispersosalgures. Tesoura aqui, cola acolá.Tudo numa justaposição agradável.

“O Amor Dá-me Tesão / Não FuiEu Que Estraguei”, de 2008, não é,mas parece ser o álbum a solo deManuel Cruz. Mostra-nos uma intimi-dade, fazendo de nós cúmplices. É co-mo estivéssemos presentes nas grava-ções caseiras, conseguindo espreitarmuitos episódios inusitados. Assim,só podemos agradecer-lhe em espi-caçar em nós um lado voyeurista. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

FAMALICÃO // EXPOSIÇÃO

Jesus Cristo Bebia CervejaAfonso CruzALFAGUARA

POR // BELANITA ABREU

Até ao próximo domingo, opor-tunidade para visitar em Seide, VilaNova de Famalicão, a exposição“História e Estórias”. Trata-se deuma mostra fotográfica e docu-mental em que se apresenta umconjunto de fotografias que retra-tam os 150 anos da Casa de Ca-milo e os projetos de arquiteturapara a reedificação do MuseuCamiliano em 1921, da autoria doarquiteto Carlos Fernando Leiturga,e para o restauro da Casa-Museude Camilo em 1958, da autoriado arquiteto Rogério Azevedo

A casa de S. Miguel de Seidefoi construída, por volta de 1830,com dinheiros amealhados emterras de Vera Cruz por PinheiroAlves. Após a sua morte, para oqual contribuiu o desgosto quelhe causara a absolvição de suaesposa, Ana Plácido, e de CamiloCastelo Branco no Tribunal da Re-lação do Porto, pelo crime de adul-tério de que os acusara, o roman-

cista instalou-se na casa amarela,no inverno de 1863, onde atéao fatídico dia de 1 de junho de1890, num processo febril de cri-ação literária e à custa da tragé-dia própria e alheia, escreveu gran-de parte da sua obra, onde serefletem os traços mais marcantese genuínos do Portugal oitocen-tista e da alma portuguesa em to-dos os tempos.

Depois do incêndio de 1915,o imóvel foi reconstruído e trans-formado, em 1921, em Museu Ca-miliano, assumindo atual desig-nação nos anos 50 do século XX.

Considerada hoje a maior me-mória viva de Camilo Castelo Bran-co e uma das mais conhecidas eprestigiadas Casas-Museu do país,a Casa de Camilo tem como prin-cipais funções adquirir, investigar,conservar e, muito especialmente,expor para fins de estudo, educa-ção e recreio, os testemunhos ma-teriais de âmbito camiliano. ||||||

História e estóriasda Casa de Camilo

Dentro de portas - “O Amor Dá-meTesão / Não Fui Eu Que Estraguei”

“Não é, mas este pareceser o álbum a solo deManuel Cruz. Mostra-nosuma intimidade, fa-zendo de nós cúmplices.

MOSTRA FOTOGRÁFICA E DOCUMENTAL RETRATA OS150 ANOS DA CASA DE CAMILO E OS SEUS DIFERENTESPROJETOS DE ARQUITETURA

Page 3: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

SEXTA, DIA 11 SÁBADO, DIA 12Céu muito nublado. Vento fraco.Max: 24º / min. 10º

Céu muito nublado. Vento fraco.Máx. 24º / min. 14º

Chuva moderada. Vento fraco.Máx. 21º / min. 10º

DOMINGO, DIA 13

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 03

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

MONTAGENS ELÉCTRICAS

MONTAGENS TELECOMUNICAÇÕES

PROJECTOS E ASSESSORIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

GUIMARÃES // DANÇA SANTO TIRSO // MÚSICA

Em setembro secamas fontes e aschuvas lavam as pontes

ROMEU RUNA, CATARINA FÉLIX E FRANCISCO CAMACHODÃO CORPO AO ESPETÁCULO QUE ENCERRA UM CICLOINICIADO PELO ÚTERO HÁ CINCO ANOS. “PÂNTANO”É APRESENTADO SÁBADO, ÀS 22 HORAS, EM GUIMARÃES

A comemorar o seu décimo ani-versário, o Centro Cultural Vila Flor,em Guimarães, acolhe a apresen-tação, este sábado, da mais recen-te criação da Útero. Depois de “TheOld King” (2011), “Europa” (2012),“Pele” (2013) e “Under” (2014), “Pân-tano” encerra um ciclo de criaçõesdaquela companhia que há três anostrocou Lisboa pela cidade-berço.

“Pântano” é um espaço construí-do por peregrinos, pessoas que re-solvem fazer uma profunda refle-xão sobre si mesmos em movimen-to. “Há um palhaço louco que espe-ra por si próprio. Há uma mulhermagra que finge a dança que foi clás-sica, lugar. Há o homem nu perdi-do”. O espetáculo é uma criação deMiguel Moreira, e tem Catarina Félix,Francisco Camacho e Romeu Runacomo cocriadores e intérpretes.

Espetáculo assumidamente pro-vocador, “Pântano” pode levar o pú-blico (e os próprios bailarinos) aolimite, desafiando cada espetador

A procura deliberdade numespetáculoprovocador

Arranca já amanhã, dia 11, a segun-da edição do Santo Tirso a Cores;iniciativa que desde a primeira edi-ção que se assume como a grandefesta do Desporto e da Juventude, eque inclui a realização da “Run Tirso”e da “Festa Kubik”.

Depois do sucesso da primeira edi-ção, em 2014, que juntou milharesde pessoas no Largo Coronel BaptistaCoelho, a iniciativa Santo Tirso a Corescomeça por desafiar os participantesa percorrerem cinco quilómetros chei-os de muitas surpresas, na chamadaRun Tirso, com partida marcada paraas 21 horas desta sexta-feira, no Lar-go Coronel Baptista Coelho. Em cadaponto estratégico, os participantesserão molhados pelos bombeiros, re-gados de pó colorido, de confettis ede espuma, sempre ao som de muitamúsica, proporcionada pelos Dj´s.

Os participantes levam consigo umkit luminoso, composto por mochila,t-shirt, pó colorido, óculos e dorsal.Após a Run Tirso, a festa irá conti-nuar no Largo Coronel Batista Coe-lho, com vários dj’s convidados.

Do programa do Santo Tirso ACores, constam ainda iniciativas du-rante o dia 12 de setembro, entre asquais diversas atividades desportivasComplexo Desportivo Municipal, gra-tuitas para jovens até os 30 anos deidade. À noite, novamente no LargoCoronel Baptista Coelho, pelas 22horas, a Festa Kubik, com diferentesdj’s convidados, promete animar o es-paço até às quatro da madrugada. |||||

Santo Tirsovolta a vestir ascores da festado desportoe da juventude

a encontrar o seu caminho, trilhan-do, ao lado da peça, a sua própriaperegrinação. Para Miguel Moreira,os bailarinos são o centro de tudo,são a fonte, são o princípio e o fim.A ligação do bailarino com o cor-po é algo que muito apraz ao cria-dor, nomeadamente a busca pelolimite físico, a obsessão com o cor-po, a luta constante contra o tem-po que desgasta o corpo, o amor eo ódio que resultam deste duelo.Ingredientes que fascinam MiguelMoreira e que têm caracterizadoos seus últimos trabalhos.

A sua obra, e este “Pântano” emparticular, expressa a necessidadede sermos livres, a procura desen-freada de cada um buscar dentrode si próprio a liberdade. Daí a peçase desenrolar sempre em solos ouduetos, porque a liberdade partede cada um e implica uma viagempara dentro, como os peregrinoscuja viagem que fazem é muito maisinterna do que externa. |||||

FOTO: LEONOR FONSECA

Page 4: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

JOAQUIM COUTO // PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Estamos no rescaldo de inúmeroseventos que encheram o concelhoeste verão e às portas de mais um, o“Santo Tirso a Cores”…Não apenas o “Santo Tirso a Cores”,mas também um congresso interna-cional sobre escultura que terá lugaraquando da inauguração dos mu-seus e que, no fundo, obedece aoguião que definimos para o conce-lho, nomeadamente com o lançamen-to de alguns eventos.

Na região, a cultura era vista comoum parente pobre dos vários gover-nos e das gestões municipais e a nos-sa primeira atitude foi criar o Depar-tamento de Cultura e Turismo. Foi umsinal político revelador da importân-cia que atribuímos à cultura que étambém um fator de dinamização eco-nómica e de desenvolvimento do con-celho e da região e é neste pressu-posto que surgem depois as iniciati-

vas. Mas voltando ao “Santo Tirso aCores”, tínhamos aqui um défice nasnossas atividades culturais, nomea-damente quanto às direcionadas pa-ra a juventude, daí o surgimento des-ta iniciativa, mais atrevida e radical,que mistura uma caminhada com fes-ta, música, Djs e que se tem reveladode grande sucesso.

Por outro lado, estamos a promo-ver os espaços culturais do conce-lho e é por isso que damos muitaimportância ao Centro Cultural da Viladas Aves. A missão da atual diretorado Centro Cultural é ‘transportar’ aque-le espaço para fora e fazer dele umcentro dinamizador da zona nascentedo concelho. A ideia está inseridano nosso guião de médio e longoprazo na cultura e está inserida tam-bém nesta ideia de descentralizaçãoe de proximidade do poder local ede proximidade das atividades queo município vai desenvolvendo.

Essa dinamização é uma forma dedar continuidade à qualidade de vi-da da população de que falou no ba-lanço do primeiro ano de mandato?Isso é uma questão mais vasta quetem a ver com a forma como o muni-cípio, como ator principal do territó-rio, pode ser uma instituição capazde acrescentar qualidade de vida, ca-paz de criar as condições para criarmais emprego, criar condições paraum desenvolvimento harmónico. Éóbvio que o município é uma peçafundamental nesse desiderato masnão depende só dele, depende das

políticas nacionais, depende das po-líticas dos governos. Nós somos umapeça na engrenagem mas não a peçaessencial. Agora, podemos fazer mui-to para melhorar a qualidade de vidae é isso que procuramos fazer.

Quando decidiu candidatar-se à Câ-mara Municipal alguma vez pensounão ganhar?Não, nunca penso nisso. Já perdi algu-mas vezes mas quando me meto numato eleitoral, e já fiz muitos, a minhaopção é sempre ganhar, nunca ponhoa opção de perder. Se acontecer pa-ciência, mas a verdade é que, porven-tura por uma questão temperamental,de personalidade, sou um otimistacompulsivo por isso eu nunca po-nho o cenário, à partida, de perder.Quando concorro é para ganhar.

Foi também deputado e GovernadorCivil, nunca pensou que voltar à Câ-mara fosse “descer de posto”?Não, antes pelo contrário, se há emPortugal algum lugar político onde opoder, no seu sentido nobre, se podeexercer com maior acuidade é nascâmaras municipais porque têm umconjunto de atribuições e competên-cias relativamente vasto. O poder deproximidade pode fazer-se, a câmarapode ser um elo do poder político

geral e eu faço esse exercício de pro-curar que o poder se faça com proxi-midade. Nós entendemos que a de-mocracia não se esgota nos atos elei-torais, na Câmara Municipal, na As-sembleia Municipal, na Junta de Fre-guesia e na Assembleia de Fregue-sia, entendemos que a prática demo-crática é o dever de informar conve-nientemente, é o direito de dialogar,de chamar as instituições a partilharconnosco as soluções para o muni-cípio, é a discussão pública de algu-mas matérias que são de importân-cia municipal, é a interlocução comas instituições e organizações quenos rodeiam, nomeadamente orga-nizações governamentais.

O que é que há de diferente em serpresidente da Câmara hoje e há 20/30 anos?Agora é mais complicado, mais difícile as populações também são maisexigentes. Porventura, não há uma cor-respondência entre a exigência de ago-ra com a participação cívica das pes-soas na coisa pública mas essa é umaquestão geral da Europa. Hoje os mu-nicípios já não têm escala para resol-ver muitos problemas, têm que serresolvidos a uma escala intermunici-pal ou supra municipal. O quadro le-gislativo e o quadro financeiro atuais

MENOS OBRAS MAS MAIS INVESTIMENTOS EM ÁREAS COMO A COESÃO SOCIAL,A EDUCAÇÃO E, ENTRE OUTRAS, A CULTURA, SUBLINHA JOAQUIM COUTO.MAS, AINDA ASSIM, E AGORA QUE SE CUMPRE METADE DO MANDATO, HÁ OBRASA INAUGURAR NOS PRÓXIMOS MESES

“As obras já não sãoa parte dominantedo exercício dopoder municipal”

04 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

ENTREVISTA

Page 5: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 05

são muito mais complexos. Na mi-nha opinião, em vez de melhorar eser reforçada a autonomia municipalnas suas varias vertentes, os sucessi-vos governos aparentemente têm ‘in-veja’ do exercício do poder munici-pal e foram cortando, cortando, cor-tando... Chegamos a um ponto emque tem que se fazer uma reformapois, com esta organização territoriale com estes meios financeiros (maisainda com o Estado a empurrar cadavez mais competências para os muni-cípios), um dia destes isto vai estou-rar e não vai ser possível aguentar mais.

Que novo ciclo se iniciou em outu-bro de 2013?O novo ciclo é isto de que eu estoua falar, do poder de proximidade, dorelacionamento mais estreito entre aestrutura Câmara Municipal e a socie-dade civil. O relacionamento com asjuntas de freguesia, o relacionamen-to institucional, as reuniões de Câma-ra descentralizadas, a discussão públi-ca de alguns assuntos de naturezamunicipal. Criou-se um outro climano município de expectativa e de es-perança. As pessoas falam mais, expri-mem mais as suas opiniões, sabemque o direito à crítica e o direito àreprovação é um direito político dademocracia. E sabem que, eu procu-

ro que isso aconteça, sabem que porparte da Câmara e do Presidente daCâmara há aceitação desses princípi-os e que ele os pratica, umas vezesmelhor outras vezes pior, mas pratica.Depois, as prioridades. De facto, aprioridade dada à cultura, à coesãosocial e ao emprego, é uma novida-de em termos municipais e porventuraaté em termos regionais. É óbvio queé necessário fazer obras, é necessá-rio fazer passeios, é necessário fazerruas, água e esgotos, há um conjuntode obras públicas que é preciso fazermas isso já não é a parte dominantedo exercício do poder municipal. Aparte dominante está muito mais re-lacionada com o turismo, com a cul-tura, com a coesão social, com os jo-vens, mais virada para as pessoas.

O emprego e as questões sociais ain-da são dos maiores problemas doconcelho?São, porque nós estamos numa zonado país em que a taxa de desempre-go é muito elevada. Aqui à volta, noVale do Ave, a taxa é muito elevadapelas razões históricas que todos co-nhecemos e houve, no passado, a ten-dência de repetir o modelo de salá-rios mínimos e de salários baixos e oque se passa aqui é um problemaque não é só de Portugal, é da Euro-pa e prende-se com a falta de equilí-brio entre o valor do trabalho e o ca-pital. Os sucessivos governos, tam-bém na própria Europa, tiveram ten-dência, com um agravamento brutalnos últimos quatro anos, de remu-nerar o capital à custa do valor dotrabalho e isso desequilibrou com-pletamente as sociedades e criou umfosso. Os pobres ficaram mais pobrese os ricos ficaram mais ricos. Quan-do cortam nas pensões, quando di-minuem os salários, quando tornamo trabalho precário, primeiro estão aatacar um direito constitucional queé o direito ao trabalho, depois, aque-les que trabalham não se sentem jus-tamente remunerados. Nós precisamosde um governo europeu e um gover-no português que reequilibre essa si-tuação, o trabalho, o valor do trabalho,a riqueza criada pelo trabalho e o ca-pital e esse equilíbrio só se faz compolíticas de esquerda.

Mas acha que, no caso de Santo Tirso,as famílias estão mais protegidashoje do que estavam antes de 2013?Estão, estão porque nós, ao definircomo prioridade um conjunto depolíticas de coesão social já instituí-mos um Fundo de Emergência Soci-al, já decidimos pagar as vacinas às

crianças com menos de dois anos, eé um investimento razoável de cemou cento e poucos mil euros. Decidi-mos recentemente pagar os transpor-tes aos alunos do 10º, 11º e 12º anos,que era feito 50/50 entre a câmarae o governo, aumentamos para odobro a habitação social, passamosde 125 mil para 250 mil euros/anoo apoio à habitação com o subsídiomunicipal de habitação, estamos a darum apoio aos transportes urbanos.Agora esta situação vai mudar por-que a concessão dos TUST acaba em2017 e temos que encontrar umasolução municipal, não pode ser maisuma solução só da cidade. Foi feitanaquela altura, foi o que se podearranjar mas não é justa, tem que searranjar uma solução e é possível, éum diálogo que estamos a estabele-cer com Famalicão, com Trofa e comGuimarães, agora que saiu uma leidos transportes, das autoridades me-tropolitanas dos transportes que en-trou em vigor no dia 9 de agosto,isso vai-nos permitir criar uma solu-ção para os transportes escolares epara os transportes em geral de cará-ter municipal e intermunicipal.

Equacionam aderir ao IMI familiar,lançado pelo governo que prevê adiminuição do IMI com base no nú-mero de filhos?Isso é uma imposição da lei, vamosfazê-lo, do mesmo modo que já bai-xamos o IMI da taxa máxima de 0,5para 0,375. Temos é que ser ponde-rados e prudentes. Nesta questão doIMI nós baixamos a taxa e mesmo as-sim muitas pessoas pagaram mais, porduas razões: primeiro porque o gover-no retirou o travão dos 75 euros ealguns IMIs aumentaram, em segun-do lugar as avaliações que as finançasfazem das casas são avaliações so-brevalorizadas sobre o mercado. Masno concelho, as empresas têm bene-fícios relativamente ao IMI, ao IMT eà derrama dependendo das circuns-tâncias, do número de postos de traba-lho que criem com sustentabilidadee têm também uma série de benefíci-os para fixarem aqui as empresas eos seus investimentos. Mas a questãodo IMI é delicada porque muitas pes-soas não compreenderam como éque a Câmara tendo descido a taxa,aumentou. Isto às vezes não é dito masmesmo que nós descêssemos para ataxa mínima 0,3 haveria muitos quepagariam mais porque não é a taxaque, em muitos casos, faz aumentar oIMI, é a saída do travão e a avaliação.

Porque é que a delegação de com-

petências no domínio das funçõessocias do Estado (Educação, Saúde,Segurança Social e Cultura) é preo-cupante?É preocupante porque o Estado nun-ca quer dar aquilo que é necessáriogastar nisso. Eu defendo que o Esta-do deve ser descentralizado e issopermitirá também criar algum equilí-brio em que as Câmaras também po-deriam descentralizar umas coisas pa-ra as Juntas de Freguesia. No atualcontexto, Santo Tirso deve ser dosmunicípios que mais dinheiro, em ter-mos relativos, transfere para as Jun-tas de Freguesia. Tenho conversadocom responsáveis da Associação Na-cional de Freguesias e sei que o mu-nicípio de Santo Tirso às vezes até éreferido como um exemplo de trans-ferências e relacionamento institu-cional com as juntas dando-lhes mei-os necessários para poder funcionar.Há aqui uma série de matérias que énecessário descentralizar, o proble-ma é que o Estado quando quer trans-ferir estas competências não dá odinheiro suficiente par as exercer. Seo Estado tem uma competência queexerce mal, com meios insuficientese quer passá-la para a Câmara comos mesmos meios insuficientes, não,eu assim não aceitarei. Tem que sefazer uma peritagem, verificar quaissão os meios indispensáveis e míni-mos para o exercício dessa compe-tência e é esse dinheiro que deve virdo Estado para a Câmara. Se a com-petência custa 100 e o Estado querdar 30, então que fique com ela.

Há um ano a autarquia foi muito ques-tionada sobre a transferência dagestão das cantinas escolares parauma empresa privada. Agora queestamos no início de um novo anoletivo, essa tempestade já passou?Já passou, está tudo regularizado, oprocesso está em velocidade de cru-zeiro e hoje está provado que nós

“As redes de água e deesgotos estão atrasa-das 12 anos. O primei-ro programa de inves-timentos foi feito em1997 e só perto de2010 ou até maistarde é que a Câmararetomou o processo deinvestimento.”

“A Estrada Nacional105 não tem solução.Já não há corredorpossível para fazeruma variante ou umaalternativa à 105.”

“Na Vila das Aves énecessário fazer oarranjo do Parque doVerdeal. (...) Temosde priorizar isso coma Junta de Freguesia”.

“Se [determinada]competência custa 100e o Estado quer [trans-ferindo-a para os mu-nicípios] dar 30, en-tão que fique com ela”.

Criou-se no municí-pio, um clima deexpectativa e de espe-rança. As pessoasfalam mais, expri-mem mais as suasopiniões, sabem que odireito à crítica e odireito à reprovação éum direito político dademocracia.

[CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE]

Page 6: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

tínhamos razão porque estamos afornecer, de um modo uniforme, asrefeições, com qualidade higiénica ede saúde pública, com dietas apro-priadas e generalizadas. Não há di-nheiros a circular pelas gavetas já queas pessoas pagam através de multi-banco. Isso é que foi mais difícil imple-mentar, foi habituar as pessoas. Masé um processo que está estabilizado.As pessoas questionam o facto de ovalor [das refeições] ser ligeiramentemais caro, mas esquecem-se que nósassumimos que não despediríamosninguém, o que faz inflacionar umpouco o preço das refeições masquem faz essa crítica esquece-se que oEstado, na Escola de S. Tomé deNegrelos despediu o pessoal todo.

As pessoas ainda acreditam que otrabalho de uma Câmara Municipalse resume ao betão?Há alguma população, já não maio-ritária, que acha que a Junta de Fre-guesia ou a Câmara Municipal mexese tiver ruas, pavimentos a fazer-se.Já é uma minoria mas eu acho que éfalha também da própria Câmara nopassado e no presente, a nível de in-formação. A Câmara tem a obrigaçãode informar a população para que sesaiba onde é que se gasta o dinhei-ro e é isso que estamos a fazer com[a publicação] “Porta a Porta” que jádistribuímos na Vila das Aves e emSanto Tirso e que chegará a todas asfreguesias. 60% do orçamento daCâmara Municipal está neste momen-to concentrado na coesão social, naeducação, na cultura, na emergênciasocial, na área de habitação. Há defacto aqui uma lógica, neste casoconcreto, social, de aliviar as famílias.

Mas ainda há algumas necessidadesbásicas como o saneamento e águaque precisam ser resolvidas…Sim, sim, é óbvio. A água e os esgo-tos estão atrasados 12 anos. O pri-meiro programa de investimentos foifeito em 1997, depois, por circuns-

tâncias várias, foi sucessivamente adi-ado e só perto de 2010 ou até maistarde é que a Câmara retomou o pro-cesso de investimento . Sob o pontode vista da população há uma per-centagem muito elevada servida comrede de esgotos e rede pública deágua, sob o ponto de vista do terri-tório já não é bem assim. Se o territó-rio do Ave e do Vizela está muitobem coberto, já no do Vale do Leçasó agora é que está a ser feito uminvestimento de 3 milhões e poucosmil euros. Mas há depois aqui umfenómeno sobre o qual não posso dei-xar de fazer um apelo: é que nestemomento a rede pública de água temcapacidade para 23 mil utentes e30% não ligaram, ou porque têm po-ços, ou porque têm furos. Na rede deesgotos passa-se uma coisa idêntica,mas menos. Isto é incompreensívelporque se houve tempo em que fazera ligação custava dinheiro, hoje não.

Outra questão muitas vezes levanta-da é a da Nacional 105. Como é quese pode resolver o problema?A EN105 não tem solução. É maissegura a 105 do que a 14 porque a105 esta praticamente toda semafori-zada. Mas já não há corredor possí-

O nosso entendimento é que aque-le foi um processo um bocado atri-bulado e tinha, de facto um conjun-to de funções e um layout que ficoualgo tolhido com o nascimento dosdois museus que funcionam tambémcomo infraestrutura cultural e com aprópria Fábrica de Santo Thyrso quetem agora um conjunto de condi-ções para as atividades culturais.Mesmo assim, na nossa opinião fazsentido reformular o projeto docineteatro para ter ali algumas fun-ções nomeadamente um auditóriocom uma capacidade superior a 200pessoas, que não temos. A nossaopinião é de colocar a discussãopública o seu futuro, embora definin-do à partida algumas poten-cialidades que o cineteatro tem, nãoas limitar e deixar que a discussãopública traga alguma luz sobre isso.

No balanço do primeiro ano de man-dato falava também na reformulaçãoda Quinta de Geão; já foi dado al-gum passo nesse sentido?O projeto está pronto e neste últimosimpósio há uma ou duas esculturasque vão para lá. Vamos limpar umaparte tendo já em vista o projeto deexecução que aí vai ser feito. Esseparque é essencial porque, por umlado, a zona poente da cidade ficacom uma zona verde e cria-se ali tam-bém uma ligação com Secundária D.Dinis. Por outro lado, permitirá tam-bém à própria Biblioteca Municipalter outra dinâmica e outra interven-ção a nível cultural. E já que estamosa falar de parques, o município vaitendo aqui e acolá alguns espaçospúblicos. No vale do Leça já há al-guns, na zona nascente o Parque doOlival, em S. Mamede, já cumpre umatarefa importante. Na Vila das Aves énecessário fazer o arranjo do Parquedo Verdeal. Acho que foi ainda comi-go, enquanto Presidente da Câmara,há mais de 20 anos que compramosaquilo, depois os caminhos-de-ferrolevaram um bocado [do terreno] masainda tem uma grande dimensão e alocalização é excelente. Temos de prio-rizar isso com a Junta de Freguesia.

Mas está nos planos?Está nos planos, agora é preciso quea Junta também diga ‘isto é uma pri-oridade nossa’ para avançarmos comisso, até porque o projeto tem queser reformulado.

No que diz respeito ao mercado, fa-lou-se muito na criação de um pos-sível estacionamento subterrâneoali, agora com esta candidatura ao

Europan vão ponderar essa questãoou já está posta de parte?A questão do parque subterrâneoestá posta de parte. Vamos optar porlocalizar alguns parques no centro ena periferia da cidade, incluindo oparque lateral à camara. A ideia écriar dois ou três círculos à volta docentro, com parqueamento pago, dis-suadindo os automobilistas de esta-cionarem no centro. É óbvio que nin-guém gosta de pagar mas o parque-amento ate é barato relativamente aoque se passa à nossa volta. Isso con-ciliado com a restrição do centro dacidade à circulação de veículos e aoaumento das zonas pedonais e à cir-culação partilhada que é aquilo quenós vamos adotar.

Já é possível a quem passa ver o edi-fício da Quinta de Fora, em que pon-to está esse projeto?Vai ser inaugurado no dia 3 de ou-tubro. E será inaugurada também pro-ximamente a ponte de Caniços queliga Vila das Aves a Bairro (Famalicão).Penso que os acessos já estão a ficarprontos e durante este mês vamosinaugurar essa obra.

E já que estamos a falar em Vila dasAves, a Av. Conde Vizela estará prontaaté ao final do ano?É provável que sim. Ela está adju-dicada, ainda não foi feito o contra-to mas já está adjudicada. O valornem é muito elevado mas há a buro-cracia dos concursos.

As obras dos Museus também estãoa andar a todo o vapor…Vão ser inaugurados a 23 de outubro.

Essas duas inaugurações são a me-lhor forma de terminar os simpósios?É a melhor maneira de comemorardois anos de mandato. Depois va-mos continuar com a melhoria detodo aquele corredor dos museus.Para o lado da Vila das Aves vamosfazer passeios para as pessoas pode-rem circular para o Parque do Mata-douro, cujo projeto também está aser avançado para o ligar ao rio Ave,por debaixo da ponte de Frádegas.Para o lado de cá, entre os dois mu-seus, o rio e a Fábrica, toda essa zonavai ser melhorada urbanisticamente,vai nascer alí uma rua que ligará aFábrica à fonte dos cãezinhos. A zonados plátanos foi também objeto deuma reunião com as Estradas de Por-tugal porque vamos arranjar aquelespasseios e fazer uma ponte pedonalnova que nasce paralela àquela quelá está para ligar ao passadiço. |||||

vel para fazer uma variante ou umaalternativa à EN105 sobretudo entreSanto Tirso e Vila das Aves que éonde o bloqueamento é maior. A al-ternativa que estamos a estudar é me-lhorar a rede paralela, criar à voltatrajetos alternativos. Outro bloquea-mento que existe é o cruzamento naponte de Frádegas. Na sexta-feira (dia28 de agosto) houve uma reuniãocom as Estradas de Portugal e vamosver se finalmente conseguimos avan-çar com a obra. Também foi objeto dediálogo com as Estradas de Portugalo cruzamento do Barreiro e o da Au-toni. O do Barreiro está mais adian-tado, já estamos na fase de comprados terrenos. Ficará com um formatode grande ‘bolacha’ oval e resolve oproblema da saída para Roriz.

Já foi falando da importância que omunicípio dá à cultura, mas qual é avossa posição sobre o cineteatro?

06 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

ENTREVISTA

As obras dos museusvão ser inauguradasmo dia 23 de outubro”.

Page 7: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

Incluir as propostas dos partidoscom assento na Assembleia Munici-pal no orçamento e dar voz a todoseles nas cerimónias do 25 de abrilsignifica o quê?Significa uma abertura e um novo ci-clo, uma nova maneira de fazer politicae uma maneira de dar voz à oposi-ção. Cada um é como é, mas gosta-ria muito mais que as oposições fos-sem mais construtivas e menos “bota--abaixo”. As oposições, sobretudo ado PSD e a do P’ra Frente Santo Tirsosão muito do “bota-abaixo”, criticamtudo, dificilmente reconhecem algu-ma coisa que façamos de bom, estãosempre a dizer mal. Gostaria que nãofosse tanto assim, que fosse maisconstrutiva e proativa. Nós acolhe-mos no orçamento algumas propos-tas que vão sendo postas em práticae resultam da audição inicial do orça-mento que foram apresentadas querpelo PSD, quer por outros partidos, efomos acolhendo aquelas que en-tendemos. Isso é um sinal políticode que queremos gerir o concelhonão de um modo autocrático nemprepotente, queremos governar omunicípio em diálogo com todas asinstituições, com as forças politicas,com os grupos de cidadãos.

Em algumas reuniões de Câmara, ejá que fala da posição da oposição,há um assunto sensível que chegou,inclusivamente a levar os vereado-res do PSD/PPM a abandonar a reu-nião, que são os ajustes diretos. Por-que é que acha que há essa tomadade posição?Eu penso que é por ignorância, por-que o código de contratação públicadefine várias maneiras de a Câmarafazer fornecimentos, uma delas é pre-cisamente o ajuste direto. Eu até gos-taria de saber o que os vereadores

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 07

nhor Eng. Luciano pediu a renúnciado mandato e eu rapidamente osubstituí. Depois especulou-se sobrea não tomada de posse por parte donúmero 6 da lista, a Dra. Virgínia Fon-seca. Mas não o fez por questões pes-soais e muito particulares, e o tempoo mostrará. Mas em dois dias fiz a subs-tituição, distribuí os pelouros e nodia 31 de julho estava tudo fechado.

Neste momento para Santo Tirso émais importante destacar-se comoperiferia do Porto ou ser um polode interesse no Vale do Ave?Nem uma coisa nem outra, estamosa consolidar o papel de charneira, ouseja, colhendo os benefícios da ÁreaMetropolitana do Porto (AMP) e co-lhendo as vantagens também de es-tar no Médio Ave. Funcionar comocharneira das duas áreas é o posicio-namento que é mais vantajoso paranós. Penso que o estamos a fazer comsucesso porque temos alguns proje-tos com a Área Metropolitana masestamos a trabalhar na área dos trans-portes, das ciclovias, do INA, temosaqui alguns protocolos com Famalicãoe vamos ter com a Trofa e com Gui-marães que eu penso que acentua-rão este papel de charneira entre oMédio Ave e a Área Metropolitana.

Sobre a questão do Hospital, no úl-timo comunicado que a Câmara emi-tiu dá ideia que mudou de opinião.Mudou alguma coisa?Não, não mudamos de opinião, fize-mos foi algumas exigências. O pro-cesso é um processo político que nãopassa pela Câmara, é uma negocia-ção entre o governo e a União dasMisericórdias. Quando o governo ti-nha prometido que nos integrava nodiálogo e não o fez, nós reclamamosvarias vezes. À terceira abriu as por-tas ao diálogo e chamou-nos. Nessediálogo nós estabelecemos um con-junto de exigências que, independen-temente da Misericórdia, achávamosque eram absolutamente cruciais paranós: não haver despedimentos, nãohaver diminuição das valências dohospital, estar escrito que um próximogoverno podia revogar o acordo, ga-rantir que a referenciação do hospi-tal fosse para o S. João e para a ma-ternidade Júlio Dinis. As pessoas es-tão habituadas a ir para o Porto e ocordão umbilical, se eles fizeram atransferência, que não sei se vão fa-zer, será cortado com Famalicão. Man-tem-se na mesma o acesso pelo Ser-viço Nacional de Saúde e, portanto,se estes pressupostos forem garanti-dos como nos prometeram, tudo bem.

Agora se algum deles não for, esta-remos aqui para bater o pé.

Mas a verdade é que estamos a sensi-velmente um mês das eleições e seessa transferência não acontecer já...Eu também disse isso. É o mesmoque acontece com a STCP, com o ajustedireto de 870 milhões. Dissemos aogoverno que era mais sensato e pru-dente esperar pelo próximo governo,seja ele do PS ou do PSD, para concre-tizar eventualmente isto. Mas a nos-sa posição foi uma posição proativae de crítica construtiva, não foi umaposição de oposição pura e dura.

Como é que gostava de ver o conce-lho em 2017?Vejo que provavelmente alguns in-vestimentos se vão concretizar até lá.Melhorará a taxa de desemprego,provavelmente. Estamos a fazer umesforço muito grande para fazer umacobertura quase total de esgotos eda água. Vejo 2017 com uma gran-de mudança: mudança no estilo, mu-dança no exercício de poder, mudan-ça nas pessoas. Hoje as pessoas jácomeçam outra vez a dizer ‘a nossacâmara’, ‘o nosso município’, já come-çam a ter orgulho de ser do conce-lho de Santo Tirso e de ser das Avesou de ser de Além-Rio, porque hou-ve um momento em que se sentia umdivórcio muito grande entre a socie-dade civil organizada e os cidadãosem geral e a própria estrutura Câma-ra Municipal. Estava muito fechadasobre si própria, muito autocrática.

Neste momento está mais ou menosa meio do seu primeiro mandato, jápensa no segundo?Já. Não sei se vou ser o candidato,provavelmente sim, não sei, ainda nãoestá decidido, provavelmente o parti-do só tomará uma posição no anodas eleições, em 2017. Mas o parti-do está estabilizado, está coeso e nãoprevejo nenhuma convulsão interna.Vamos ver, eu neste momento, comosempre, estou disponível. Estou comliberdade e abertura total para tudo:para ficar, para sair. Não tenho ne-nhuma opção tomada, quero é che-gar ao final do mandato e poder olharpara trás e dizer ‘valeu a pena estemandato porque consegui mudarmuitas coisas e consegui fazer ou-tras que não eram feitas’ e seguindoaquele slogan que tínhamos na cam-panha que era ‘a força de todos’, comtodos fazer mais e melhor. Ainda fal-tam dois anos mas a verdade é queessa ambição existe, ou seja, de fazercom todos mais e melhor. |||||

“Gostaria que asoposiçõesfossem maisconstrutivas”

JOAQUIM COUTO // PRESIDENTE DA CÂMARAMUNICIPAL DE SANTO TIRSO

pensam dos 870 milhões de ajustedireto da STCP do Porto. Numa pri-meira fase, acho eu, de facto, que aoposição reagiu do modo como rea-giu aos ajustes diretos, por ignorân-cia. Em segundo lugar, não quis reco-nhecer o erro político e insistiu, insis-tiu, insistiu nisso. Do mesmo modoque noutras matérias que estão per-feitamente tipificadas na lei, tam-bém vota contra, como as autorizaçõesprévias para contratações de serviços.

Em relação ao abandono das reu-niões por parte dos vereadores daoposição, e sob o ponto de vista po-lítico não tenho dúvidas em afirmarque é uma falta de ética e uma faltade responsabilidade muito grande.Sob o ponto de vista legal, tenho sé-rias reservas se não é uma ilegalida-de a saída das reuniões.

Há um “antes” e um “depois” da apre-sentação do projeto da Rua SilvaAraújo, em Vila das Aves?Nem há antes, nem depois. A verda-de é que não era expectável, mas euponho o problema ao contrário. Ima-gine que o Ministro da Economiavinha a Santo Tirso anunciar um in-vestimento de dois milhões e meiode euros. Alguma vez eu iria lá dizerao ministro que aquilo era show off eque estava a fazer propaganda? Agar-raria aquilo com as duas mãos, nãoo receberia com uma pedra na mão.O raciocínio é igual para a Vila dasAves. Não me pareceu apropriado epenso que, politicamente, tambémnão entendi. Tratava-se de um anún-cio de um investimento que é espe-rado há tantos anos e cujo projetotem tido várias evoluções e finalmentequando estávamos para lançar a obrae o anunciamos publicamente… E bemvistas as coisas, se calhar eu nem ti-nha que convidar a Presidente daJunta para estar presente. Aquilo tra-tava-se de um investimento munici-pal, podia fazer como na Câmaraanterior, que fazia obras e o Presi-dente da Junta nem sabia. E foi issoque eu disse lá. O Presidente da Juntaanterior também ficou muito zangado,mas ele bem se lembra que o diálo-go estabelecido com a Câmara eranulo e que muitas vezes a Câmarafez lá coisas que ele não sabia.

Mas se alguém está a pensar quevamos fazer revanchismo para com aVila das Aves por causa disso, não!Ponto assente! É um episódio que nãoconta para isso, gostava muito quenão tivesse sido assim, mas paciên-cia. O processo de concurso públicoestá a avançar, do mesmo modo quea Conde Vizela, do mesmo modo queoutros investimentos.

Muito se escreveu na imprensa sobreesta questão: as recentes alteraçõesno executivo municipal são um “nãoassunto”?Está resolvido. Os factos são: o se-

JOAQUIM COUTO: “ESTAMOSA CONSOLIDAR O PAPEL DECHARNEIRA, OU SEJA, CO-LHENDO OS BENEFÍCIOS DAÁREA METROPOLITANA DOPORTO (AMP) E COLHENDOAS VANTAGENS TAMBÉMDE ESTAR NO MÉDIO AVE”.

Page 8: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

08 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

OPINIAO~

1. Veio a Câmara de Santo Tirso, atra-vés do seu ilustre Presidente, Dr. Joa-quim Couto, usar o direito de res-posta relativamente aos meus artigosde opinião publicados no jornal En-tre Margens nas edições de 28 demaio e de 23 de julho de 2015, epi-grafados com os títulos “IMI – Taparo Sol com a peneira” e “No rescaldodas Festas de S. Bento”, respetivamente.

2. Relativamente ao IMI (abreviatu-ra de Imposto Municipal sobre Imó-veis), convém lembrar, antes de mais,o que foi escrito na crónica publicadana edição de 28 de maio, de que sedestaca sumaria e designadamente:

a) Que, ao contrário do divulga-do pelo Gabinete de Comunicaçãoda Câmara não houve redução doIMI em Santo Tirso”, mas houve ape-nas a redução da taxa do IMI e nãoa redução do imposto, o qual, ape-sar da redução daquela, aumentousignificativamente, como resulta dosdocumentos da prestação de contasda CMST relativos à gerência do anode 2014, que apresentam um aumen-to de Euros 1.107.748,29 (cerca de18%) relativamenrte à cobrança doano anterior (2013);

b) Que, mercê do fim da cláusulade salvaguarda, limitativa do aumen-to anual do IMI, haveria um aumen-to brutal do valor do IMI na cobran-ça a decorrer no ano de 2015;

c) Que a Câmara de Santo Tirsopoderia ter decidido aplicar a taxa mí-nima de 0,3%, procedimento adop-tado em muitas câmaras do país.

aquisição ou construção da sua ha-bitação, ainda tenha de pagar à Câ-mara o equivalente a uma rendamensal de 35, 40, 50 ou mais euros,conforme os casos.

8. Esclareço ainda que o IMI de2015, cuja cobrança ainda decorre, sóficará apurado no final do ano, peloque o termo de comparação, quantoao seu valor como imposto municipal,com os demais impostos ou receitas,não é com os documentos e presta-ção de contas de 2014, como preten-de o Dr. Joaquim Couto, mas com osde 2015, a apresentar em 2016, peloque, até lá, mantenho o que foi escrito.

9. Por falta de espaço, só na próxi-ma crónica responderei aos comen-tários tecidos pelo ilustre autarca noseu esclarecimento ao meu texto de23-07-2015, intitulado “No rescaldodas Festas de S. Bento”. |||||

3. Na sua resposta ao meu textode opinião de 28-05-2015, o Dr.Joaquim Couto, sem razão plausível,acusa-me de sacudir a água do capo-te do governo na questão do aumen-to brutal do valor do IMI, cuja respon-sabilidade imputa exclusivamente àadministração central, mas corrige olapso manifesto do seu Gabinete deComunicação – objeto do meu repa-ro no citado texto – e reconhece que,apesar da redução da taxa, houve efe-tivamente aumento e não reduçãodo imposto, como divulgou o referi-do gabinete.

4. Apesar da autarquia tirsense per-filhar o entendimento de que o au-mento “drástico” do IMI é da inteiraresponsabilidade do governo, reite-ro a opinião de que a administraçãomunicipal – para minorar os efeitosexcessivos do fim da cláusula de sal-

vaguarda e da reavaliação dos pré-dios urbanos operada em 2011 e2012, que, em muitos casos, fizeramdisparar o IMI para valores de 100%,200%, 300% ou mesmo 500% rela-tivamente ao imposto cobrado antesda reavaliação - poderia ter optadopela fixação da taxa mínima de 0,3%,mecanismo legal ao seu alcance, àsemelhança da opção tomada pormuitas câmaras do país.

5. O ilustre autarca sabe, porquetem a obrigação de saber, que maisde 40% dos municípios do país - entreos quais o de Lisboa (na altura presi-dido pelo Dr. António Costa, líder so-cialista e candidato às eleições legis-lativas de 4 de outubro), Paços deFerreira, Felgueiras, Penafiel, Amarante,Baião e Póvoa de Varzim – adoptarama taxa mínima de 0,3%, não constan-do que se encontrem em “falência

técnica” ou sejam “maus exemplos”.6. E que a minha opinião não é

uma voz isolada, como pretende fa-zer crer a administração camarária,pois a “SIC Notícias” já informava em29-12-2014 que “cerca de metadedas câmaras municipais do país vaiaplicar a taxa mínima de IMI em 2015– ao todo são 135 autarquias...” e,em 30-12-2014, o “Jornal de Negó-cios” divulgava que “dos 308 municí-pios, 43,8% vai, no próximo ano, op-tar por manter a taxa mínima de IMI...”

7. Aliás, na minha opinião, todasas famílias, por razões de justiça so-cial, deveriam ficar isentas do IMIsobre a sua habitação própria e per-manente. Com efeito, não faz senti-do que o munícipe, a par das dificul-dades que sente e do esforço quefaz para cumprir e pagar as presta-ções do empréstimo contraído para

ENTRE MARGENSAssine e divulgue | [email protected]

Manuel Neto

Réplica a propósito do IMI

Page 9: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 09

Enquanto se preparam as eleições legislativas, chegaa meio o mandato autárquico dos eleitos de há doisanos. Nesta edição, salientamos os dois anos doexecutivo camarário liderado por Joaquim Couto.

“CARTOON // VAMOS A VER...

A citação é longa, mas devo dá-la aconhecer, para que se perceba deque modo a perda de autonomiaprecipitou o sucateamento da escolapública, provocou a sua desintegra-ção: Essa desintegração se completa coma supressão da autonomia quanto aoensino, sua seriação, métodos e exames.Levada a ordenação externa da escolaaté esse ponto, é evidente que nada res-tará senão o automatismo de diretores emestres, a executar o que não planeja-ram, nem pensaram, nem estudaram,como se estivessem no mais mecânicodos serviços. Ora, mais não será precisodizer para explicar a pobreza, a estag-nação, a total ausência de pedagogia,que vai pelas nossas escolas. De todasas instituições, nenhuma precisa de mai-or autonomia e liberdade de ação doque a escola. Cumpre dar a cada estabel-ecimento o máximo de autonomia pos-sível e essa regra é a grande regra de ou-ro da educação. As escolas só voltarão aser vivas, progressivas, conscientes e hu-

Quem tem medo daautonomia da escola?

manas, quando se libertarem (...) as-sumindo todas as responsabilidades.Eis o que Anísio pensava da admi-nistração e gestão das escolas. Sá-bias e atuais considerações, escritashá sessenta anos. De então para cá,o discurso sobre autonomia apenaslogrou enfeitar normativos. Abun-da no texto dos projetos educativos,mas está ausente das práticas efetivasdas escolas portuguesas. Isso mes-mo: as escolas portuguesas não cum-prem os seus projetos, porque nãosão autônomas.

A nossa Lei de Bases, não sendoperfeita, abre possibilidades de aces-so das escolas ao exercício de auto-nomia. Mas, quase trinta anos decor-ridos sobre a sua publicação, o seuartigo 45º ainda é letra morta, por-que o sistema educativo portuguêsse mantém cativo de legalistas que,à tralha normativa herdada da dita-dura, foram acrescentando despa-chos, resoluções e outros documen-tos caraterísticos de uma gestãoburocratizada. Se muitas dessas nor-mas forem analisadas à luz da pe-dagogia, concluir-se-á que são... ile-gais. E os contratos de autonomia,que vêm sendo celebrados, são ca-ricaturas de autonomia.

Fenômenos como a corrupção ea impunidade, comuns no contexto

da crise moral que nos afeta, radi-cam, em parte, na prática de um mo-delo escolar reprodutor, controla-do por uma gestão hierarquizada eautoritária. Interesses ocultos man-têm as escolas numa crônica depen-dência, pelo que urge assegurar oexercício de uma gestão adminis-trativa e financeira baseada na pe-dagogia.

A autonomia pedagógica da es-cola será o primeiro passo para ocumprimento efetivo dos desideratosda Lei de Bases. Após o cinzentismoda era Crato, tempos de mudançahão-de vir. Quero acreditar que oseducadores portugueses irão reivin-dicar a dignidade do exercício daprofissão, celebrando verdadeiroscontratos de autonomia. Se assimfor, talvez os critérios de naturezapedagógica, finalmente, passem aprevalecer nas decisões de políticaeducativa. Pois que assim seja! |||||

EDITORIALJosé Pacheco

Aquilo a que se costuma chamar“rentrée” não é senão a retoma dasatividades habituais depois do pe-ríodo de férias. Retoma das ativi-dades escolares, laborais, políticas,etc., desta vez num ambiente de ve-rão tardio aquecido por imagenschocantes duma crise humanitáriasem precedentes na história recen-te. Milhares de famílias fugidas àsguerras em curso na África e no Mé-dio Oriente, a procurar a todo o cus-to um lugar onde a vida seja possí-vel. Retomar a luta pela paz pareceser o imperativo moral das nações.

Como jornal regionalista de ca-rácter generalista, nesta edição emque retomamos a atividade, procu-ramos acompanhar algumas inicia-tivas de pré-campanha para as elei-ções legislativas marcadas para 4 deoutubro e que tiveram lugar no con-celho. Não podendo ser exaustivos,procuramos equilibrar de forma ade-quada o relevo dado aos aconteci-mentos que tivemos oportunidadede acompanhar.

Enquanto se preparam as elei-ções legislativas, chega a meio o man-dato autárquico dos eleitos de hádois anos. Neste número do EntreMargens quisemos salientar os doisanos do executivo camarário lide-rado por Joaquim Couto, que ementrevista à jornalista Elsa Carvalho,não recusou responder a nenhumdos desafios que algumas pergun-tas colocavam. Queremos realçar a

disponibilidade do presidente daCâmara, facto que nos dá garantias(no mínimo, implicitamente), de quereconhece a importância de uma in-formação independente numa altu-ra em que é notória e evidente a in-sistência numa informação elabora-da no interior do sistema (vide “San-to Tirso em Revista” e “Santo TirsoPorta a Porta”).

No que se refere ao noticiáriodesportivo, a “rentrée” já vai longeporque os campeonatos começammuito cedo e muitos jogos decorre-ram entre duas edições do EntreMargens e as notícias falam já demudança de treinador no Despor-tivo das Aves. Um mau começo aindapode ter uma saída feliz, porque “atéao lavar dos cestos é a vindima”.Como esperam os adeptos, espera-mos nós: boas vindimas, que é tem-po delas. ||||| AAAAA REDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃO

A retoma daatividade comeleições à porta

A nossa Lei de Bases,não sendo perfeita,abre possibilidadesde acesso das escolasao exercíciode autonomia.

Page 10: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

10 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

ATUALIDADE

“Não estamos aqui sópara correr com eles,estamos aqui para fazer melhor”

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

António Costa esteve em Santo Tirsopara a ‘rentrée’ do partido na zonanorte mas não veio sozinho. Nomescomo Gabriela Canavilhas (antigaministra da Cultura), Elisa Ferreira,Ana Paula Vitorino, Francisco Assis,José Luís Carneiro, Carlos César evários candidatos a deputados pelodistrito, com natural destaque para onúmero um da lista, Alexandre Quin-tanilha, juntaram-se a caras bem co-nhecidas do concelho, como JoaquimCouto, atuais e antigos vereadoressocialistas, presidentes de junta, mili-tantes e simpatizantes. Mas ao ladode Costa esteve também Castro Fer-

O SECRETÁRIO-GERAL DO PARTIDO SOCIALISTA E CANDIDATO A PRIMEIRO-MINISTROESTEVE EM SANTO TIRSO A 30 DE AGOSTO E ROMPEU COM A HABITUAL PACATEZ DOSÚLTIMOS DIAS DE FÉRIAS DE VERÃO. ANTÓNIO COSTA TEVE UMA RECEÇÃO AVASSALADORAE APOTEÓTICA E CHEGOU MESMO A SER LEVADO ‘ÀS COSTAS’.

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

CRISTINA VALENTE, CATARINA GONÇALVES, MANUEL NETO, FERNANDO TORRES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 545 - 10 DE SETEMBRO 2015

LEGISLATIVAS 2015 // ANTÓNIO COSTA (PS)

Page 11: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 11

nandes. Depois de uma aparição dis-creta na inauguração das novas ins-talações da PSP de Santo Tirso, o an-tigo presidente da Câmara fez agoraa sua primeira aparição oficial no con-celho enquanto membro da direçãodistrital de Campanha do PS deAntónio Costa que “programa, coor-dena e dirige todas as ações de cam-panha articulando com as estruturasdo PS e com a Direção Nacional deCampanha todas as ações políticas”.

Costa foi recebido no Parque D.Maria II por uma multidão eufóricaem total clima de Campanha eleito-ral. Bandeiras, chapéus, cartazes e mui-tos gritos de guerra acompanharamo candidato a primeiro-ministro portodo o caminho até à Praça Conde S.Bento. Isso e beijos, e abraços, e umsol abrasador. “É uma honra arran-carmos aqui com uma campanhadistrital para fazer com que o AntónioCosta seja primeiro ministro de Por-tugal”, dizia José Luís Carneiro, presi-dente da distrital do PS. JoaquimCouto, presidente da concelhia tirsen-se, aproveitou a presença de nomesbem conhecidos do PS no concelhopara lembrar que se trata de uma partedo território “onde o desemprego éelevado e onde os que trabalham

não vêm satisfatoriamente o seu es-forço recompensado justamente”. Cou-to garante que têm vindo a ser leva-dos a cabo ataques sistemáticos “aosdireitos dos cidadãos, nomeadamen-te ao direito ao trabalho” e acreditaser “absurdo e contraditório que estegoverno queira continuar a desvalo-rizar o trabalho numa saga ideológi-ca suicida”.

Num discurso muito centrado nasconquistas e dificuldades que as em-presas do vale do Ave ultrapassaramnos últimos anos, a eurodeputadaElisa Ferreira mostrou-se convicta deque Portugal tem que mudar. “Temque passar a ser o país que sabe paraonde vai, que sabe quais são os seusinteresses e é capaz com realismo einteligência de os defender”.

Sem papas na língua, Elisa Ferreirasublinhou que “esta região foi sem-pre o coração produtivo do Pais mes-mo perante governantes que, parola-mente, a desprezaram”. O cenário tra-çado pela eurodeputada é o de umaaltura em que, por um lado, as em-presas da região “iam às bolsas mun-diais do algodão e das fibras com-prar matéria-prima, com as máquinase a tecnologia mais sofisticada domundo, formavam os seus técnicos

nas melhores escolas internacionaise exploravam como ninguém as opor-tunidades”, mas que não via a regiãodesenvolver da mesma forma. “Oscamiões TIR que levavam a mercado-ria para a exportação andavam blo-queados pelas quelhas, pelas ruasestreitas sem acessibilidades, a polui-ção do rio ave e dos outros rios aquiao lado inviabilizava, matava a vida ematava a indústria”, lembrou. A mu-dança, garante, foi feita não com aajuda dos governos mas com o “com-bate dos trabalhadores desta zona,dos seus sindicatos, dos presidentesde junta de freguesia, dos professo-res e acima de tudo dos presidentesdas Câmaras e dos autarcas desta re-gião entre os quais Joaquim Couto eCastro Fernandes”.

“Costa, amigo, o povo está conti-go”, ouvia-se quando o candidato aprimeiro-ministro subiu ao palco. Lá,mostrou-se convicto de que o seu pro-grama de governo “não é só umasoma de palavras que o vento podelevar” e garantiu: “não estamos aquisó para correr com eles, estamos aquipara fazer diferente, para fazer melhor”.

Costa acredita que no que toca àspróximas legislativas a escolha dosportugueses recairá sobre quatro di-

ferenças essenciais: “se queremos vi-rar a página da austeridade ou se que-remos prosseguir com ela”; “se que-remos desenvolver o nosso país combase no conhecimento e na inova-ção ou com base no empobrecimen-to e na precariedade”; “se queremosserviços públicos de qualidade, queassegurem uma Segurança Social paratodos, um Serviço Nacional de Saú-de e a escola pública ou se queremosprivatizar o sistema de pensões, oacesso à saúde e o acesso ao ensi-no”; “se queremos continuar numa po-sição submissa na Europa ou se que-remos restaurar a dignidade nacio-nal na defesa do interesse nacional”.

A posição face à Europa é, de res-to, algo deixou bem claro. “Nãoestamos disponíveis para pôr em ris-co a nossa presença na Europa nema nossa participação no euro, agoratambém não estamos disponíveis paraestarmos na Europa da mesma for-ma que os outros estão”. Até por-que, acredita, “precisamos de maisdignidade na Europa e menos sub-missão de Portugal aos interesses dosoutros”. Quanto às eleições de 4 deoutubro a convicção de JoaquimCouto é só uma: “António Costa, tués a esperança dos portugueses”. |||||

“O Vale do Ave foisempre o coraçãoprodutivo do Paismesmo perantegovernantes que,parolamente, o des-prezaram.”ELISA FERREIRA, EURODEPUTADA

ANTÓNIO COSTA, CANDIDATO DO PSA PRIMEIRO MINISTRO

Não estamos disponí-veis para pôr em riscoa nossa presença naEuropa nem a nossaparticipação no euro,agora também nãoestamos disponíveispara estarmos na Eu-ropa da mesma formaque os outros estão”.

NA IMAGEM, ANTÓNIO COSTALADEADO POR CASTRO FERNANDESE JOAQUIM COUTO, COM ELISAFERREIRA À ESQUERDA E,ATRÁS, ALEXANDRE QUINTANILHA

Page 12: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

12 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

ATUALIDADE

MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

MARCAÇÃO DE CONSULTASTELEFONE 252 872 021 | TELEMÓVEL 918 182 018 - 938 130 893

VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

||||| TEXTO E FOTOS: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Estiveram em Rebordões, foram aVilarinho, andaram pelo centro de San-to Tirso, seguiram para Areias e pas-saram por Vila das Aves. Um dia emeio foi suficiente para os candida-tos a deputados da coligação conhe-cerem de perto sucessos e frustra-ções de várias instituições do conce-lho. Muitos dos rostos já se torna-ram familiares no concelho, tantas asvezes que o visitaram enquanto de-putados da nação. Agora, em précampanha, voltam a fazê-lo. AndreiaNeto, que é novamente, candidata adeputada assegura que uma das pri-oridades da coligação são as empre-sas e os empresários. “Nesse sentidodedicamos alguns dias de contactocom os empresários do nosso distri-to e, neste caso concreto, de SantoTirso, para percebermos qual é a rea-lidades que viveram e vivem”, explica.

“A única formade estar napolítica é estarjunto das pessoas”

A tarde de sexta-feira, dia 4, foi,por isso mesmo, dedicada a visitarduas empresas do concelho. Primei-ro a Estamparia Têxtil Adalberto, emRebordões, depois a Vizelpas, em Vi-larinho. A primeira é uma referênciana indústria têxtil e emprega cercade 380 pessoas, a segunda é conh-ecida “como uma empresa produto-ra de filmes flexíveis para a produçãode embalagens flexíveis” e tem cercade 190 funcionários. “Nós procura-mos diversificar os diferentes setoresdas nossas empresas e procuramostambém encontrar empresas exporta-doras e empresas que ultrapassaramum período de crise e que hoje es-tão a produzir, estão a crescer e a criarpostos de trabalho e é o caso querda Estamparia Adalberto quer daVizelpas”, adianta Andreia Neto.

Pelas 9h30 da manhã de segun-da-feira, dia 7, os candidatos do cír-culo do Porto estavam novamente no

concelho para um dia que se reve-lou repleto. “Esta é uma semana to-talmente dedicada à área social enesse sentido iniciamo-la com algu-mas visitas a instituições de cariz so-cial de Santo Tirso”, afirmou a depu-tada. A primeira paragem aconteceuna Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Santo Tirso (ver-melhos), a comitiva seguiu, depois,para a Associação de SolidariedadeSocial de Areias, para a Misericórdiade Santo Tirso e, durante a tarde, parao Lar da Tranquilidade, em Vila dasAves. Conheceram espaços, valências,detalhes de sucessos e preocupações.No final do dia, o balanço, era “ex-tremamente positivo”. “Na realidadeficamos bastante satisfeitos porque osconstrangimentos já não são os mes-mos que eram há uns tempos atrás eas direções das instituições em cau-sa estão também, de certa forma, sa-tisfeitas com o apoio que têm, embo-ra falte sempre algo”. As visitas doscandidatos a deputados pelo círculodo Porto da coligação “Portugal à Fren-te” a várias instituições e empresasdo distrito têm sido uma aposta forteneste período de pré campanha epara Andreia Neto a questão é sim-ples: “a única forma de estar na polí-tica é estar junto das pessoas, estarcom as pessoas, ouvir as pessoas”.

GARANTEM PÔR “PORTUGAL À FRENTE” E, AINDA EM PRÉCAMPANHA, TÊM-SE DESDOBRADO EM INICIATIVAS EVISITAS. OS CANDIDATOS A DEPUTADOS PELA COLIGAÇÃOPSD/CDS PELO CÍRCULO DO PORTO, ENTRE ELES ATIRSENSE ANDREIA NETO, ESTIVERAM EM SANTOTIRSO A 4 E 7 DE SETEMBRO PARA ALGUMAS VISITAS

LEGISLATIVAS 2015 // PSD

Dos candidatos a deputados, na-turais e/ou residentes no conce-lho de Santo Tirso, apenas An-dreia Neto, que ocupa o 12.º lu-gar das listas da coligação PSD/CDS-PP, deverá ser eleita. Ou, poroutras palavras, manter o cargoconquistado nas últimas legisla-tivas; é de resto a única deputadatirsense na Assembleia da Repú-blica. Natural de S. Martinho doCampo, Andreia Neto, 35 anos,advogada, acumula ainda a pre-sidência da Comissão Política doPSD de Santo Tirso. |||||

ANDREIA NETO

Page 13: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 13

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE TACÓGRAFOS Nº 101.25.04.6.052CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE LIMITADORES DE VELOCIDADE Nº 101.99.04.6.053

A credenciação foi atribuída ao muni-cípio pelo Instituto de Emprego e For-mação Profissional e irá permitir à au-tarquia criar mais condições para atrairinvestimento e aumentar a capacidadeprodutiva das empresas já instaladasno concelho. Na prática irá permitir acriação, através do Invest Santo Tirso,de um serviço de apoio técnico espe-cializado elaboração de candidatura,com vista ao desenvolvimento de com-petências e à criação de projetos.

O presidente da Câmara, JoaquimCouto, acredita que a classificação atri-buída ao município “é a prova do tra-balho e do esforço que tem vindo aser desenvolvido pela Câmara Mu-nicipal, com vista a apoiar aqueles quequerem lançar um novo projeto, ouque pretendem fazer crescer o que játêm mas precisam de acompanha-mento técnico para ultrapassar as bar-reiras burocráticas e administrativas”.

Entre estes estão a conceção de pla-nos de investimento e de negócio e oapoio técnico nos dois primeiros anosde atividade da empresa, para con-solidação dos projetos, abrangendo,por exemplo o acompanhamento dosprojetos no âmbito dos programas deapoio ao empreendedorismo, ou aconsultoria direcionada à gestão e àoperacionalização dos projetos.

MENOS 9% DE DIVIDA ATÉ JULHOÉ, garante a autarquia, uma descidade 9% nos primeiros sete meses de2015. O endividamento desceu e opassivo fixa-se agora nos 32 milhões

SANTO TIRSO É O ÚNICO MUNICÍPIO DO NORTE E UMDOS DOIS EM TODO O PAÍS CREDENCIADO COMOENTIDADE PRESTADORA DE APOIO TÉCNICO A PROJETOSNA ÁREA DO EMPREENDEDORISMO

de euros, valor que inclui a divida dosServiços Municipalizados de água,eletricidade e saneamento (SMAES)e o montante destinado ao Fundo deApoio Municipal, de cerca de 1,7 mi-lhões de euros. Por outro lado, as con-tas do município, no final de julho,mostram ainda um aumento da pou-pança corrente que chega aos 4,8milhões de euros.

Os resultados agora obtidos deri-vam de um aumento da receita corren-te, que aumentou 10 por cento, peloaumento da receita de capital (19 porcento) e pela redução da despesa cor-rente (diminuiu 3% nos primeiros setemeses de 2015). E o presidente daCâmara garante que a despesa cor-rente só não foi menor, dada a neces-sidade de incluir na estrutura os tra-balhadores dos SMAES. A autarquianão terá, inclusivamente, recorrido aqualquer empréstimo bancário atéjulho. “Estamos a poupar onde deve-mos”, assegura Joaquim Couto, “coma receita corrente registada em julhoa ser superior e a despesa corrente aser inferior à do ano passado, a pou-pança corrente aumentou e atingiuos 4,8 milhões de euros”, explica.

O resultado é visto pelo presidenteda Câmara como “positivo” e “revela-dor de uma gestão rigorosa que permi-te que a autarquia esteja cerca de 30%abaixo da sua capacidade máxima deendividamento”. Por isso mesmo, Cou-to, garante esperar que “a execuçãoorçamental atinja, no final do ano, umataxa próxima ou superior a 85%”. |||||

Já é mais fácilatrair investimentopara Santo Tirso

SANTO TIRSO // INVESTIMENTO

Com o objetivo de reavivar a tra-dição das comemorações em hon-ra de S. Bartolomeu a Junta daUnião de Freguesias de Santo Tir-so, Couto Sta. Cristina, Couto SãoMiguel e Burgães levou a cabo aorganização das Festas em honrado Santo. As comemorações tive-ram o seu arranque no dia 24 deagosto, dia do padroeiro, com acelebração uma missa na Capelade S. Bartolomeu. Já a dia 29, aanimação esteve a cargo dos Le-ões da Batalha, e o final da noiteficou marcado por um espetáculode fogo-de-artifício.

No último dia, 30 de agosto,

Santo Tirso voltou acelebrar S. Bartolomeu

A partir de hoje, quinta-feira, Viladas Aves tem oficialmente a fun-cionar o seu Banco de Livros, noquiosque junto à igreja. A inicia-tiva é da junta de freguesia e pro-mete espalhar o bichinho da lei-tura por toda a freguesia. Agarrenos livros que tem naquela últi-ma prateleira da estante cuja úni-ca utilidade atual é ganhar pó,

Banco de Livrosentregue-o no Banco e deixe queas histórias que fizeram parte dasua vida cheguem ao dia-a-diade outras pessoas. Podem ser en-tregues todos os tipos de livros,desde que estejam em bom esta-do. O banco estará a cargo de vo-luntários que o irão manter aber-to e pode, a partir de hoje, serusado por toda a população. |||||

decorreu a Eucaristia em honrade S. Bartolomeu, seguida de umaprocissão que contou com cercade 300 pessoas. A tarde foi dedi-cada ao folclore com a presençados grupos de S. Paio de Guimareie de S. Tiago Rebordões.

O presidente da União de fre-guesias, Jorge Gomes, garante queao “reavivar esta tradição em hon-ra de S. Bartolomeu pretende de-volver e assinalar esta data nosnossos calendários”. “É sem dú-vida alguma uma marca históricae representativa da nossa génesee que deve ser preservada, con-clui o presidente. |||||

VILA DAS AVES

José Moraislança livroEstrada da VidaÉ músico, natural de Roriz e lançaagora o seu primeiro livro. “Estradada vida”, de José Morais, explica oamor e a vida em verso.

Escreve há anos e tem guardadosum bom milhar de poemas mas sóagora decidiu colocá-los em livro emostrá-los ao público. “As minhas fi-lhas escolheram alguns poemas meusque compilaram para me oferecerem”,conta. Foi tudo o que foi preciso paraque José Morais abraçasse a ideia dejunta-los num livro. “Estrada da vida”reúne cerca de 220 poemas e já vaina segunda edição. “Está a vendermuito bem, se continuar assim, pen-so em publicar mais”, confidencia. Oslivros de José Morais podem ser ad-quiridos entrando o contacto com opróprio em Roriz ou num dos muitosconcertos que dá um pouco por todoo norte do país. |||||

SANTO TIRSO // UNIÃO DE FREGUESIAS

““Estrada da vida”reúne cerca de 220poemas e já vaina segunda edição

RORIZ // LIVRO

Page 14: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

VALE DO AVE

Faleceu, após doença prolongada, Ber-nardino Vasconcelos, médico pedia-tra e antigo diretor clínico e adminis-trador do Hospital de Santo Tirso.

Em 1997, Bernardino de Vascon-celos foi cabeça de lista da coligaçãoPSD/PP nas eleições para a CâmaraMunicipal de Santo Tirso, tendo as-sumido, em consequência do resul-tado eleitoral, o lugar de vereador,em oposição, que exerceu em simul-tâneo com as funções de deputadona Assembleia da República, para quehavia sido anteriormente eleito. Naqualidade de deputado, teve açãopreponderante no movimento que, emconsequência abertura à autonomiade Vizela, se abalançou a lutar pelacriação de outros novos municípiose resultou, em novembro de 1998,nos municípios de Odivelas e daTrofa. Como é sabido, este foi criadopor desanexação, do concelho de SantoTirso, das freguesias de Bougado(Santiago e S. Martinho), do Coro-nado (S. Romão e S. Mamede), deAlvarelhos, Guidões, Covelas e Muro.

Bernardino de Vasconcelos lide-rou a Comissão Instaladora do novomunicípio e nas eleições seguintescandidatou-se e foi eleito presidenteda Câmara da Trofa em dois manda-tos sucessivos, dedicando dez anosde intensa vida política à sua terrade adoção.

O funeral realizou-se no passadodia 8 e a Câmara da Trofa decretou3 dias de luto municipal. |||||

BERNARDINOVASCONCELOS[1947 - 2015]

São cerca de 12 mil as famíliasfamalicences, com dois ou mais fi-lhos, que irão beneficiar de uma re-dução do Imposto Municipal sobreImóveis (IMI) já a partir do próximoano. A medida surge na sequênciadas alterações introduzidas peloGoverno ao Código do ImpostoMunicipal sobre Imóveis que deu àsautarquias a possibilidade de criaremo IMI familiar. Os agregados familia-res famalicenses com dois dependen-tes vão ter uma redução de 15 porcento do IMI, enquanto as famíliascom três ou mais dependentes vãoter uma redução de 20 por cento. Aserá realizada automaticamente pelaAutoridade Tributária e Aduaneira,com base na deliberação da autarquiae tendo em conta o número de de-pendentes que integram o agregadofamiliar na declaração anual do IRS.

“Esta medida é mais um passo im-portante da autarquia no desenvol-vimento de uma política de apoio aosagregados familiares famalicensessuavizando a carga fiscal sobre asmesmas, principalmente sobre as maisnumerosas”, adianta o presidente daCâmara Paulo Cunha, que acreditatratar-se também “de uma medida deincentivo à natalidade”.

“A opção por uma taxa reduzida deIMI, a que acresce ainda os descon-tos para famílias com dois ou mais fi-lhos, e a isenção da derrama para em-presas com um volume de negóciosque não ultrapassem os 150 mil eu-ros, são medidas de grande alcancesocial e económico que procuram ga-rantir o desenvolvimento harmoniosodo concelho”, refere Paulo Cunha. |||||

Famalicensesvão pagarmenos IMI

FAMALICÃO

14 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

O evento é organizado pela Associa-ção para a Proteção do Vale do Coro-nado (APVC) e pela Associação parao Estudo e Proteção do Gado Asinino(EPGA), de Miranda do Douro e pre-tende juntar todos quantos tenham umcarinho especial pelo burro. “Se tem umburro, ou se conhece alguém que te-nha, pois bem, a ZURRA foi especial-mente criada para os asininos: contactea organização, inscreva o animal e leve-o à festa!”, incentiva a organização queestende o convite a associações decariz ambiental ou cultural.

A edição deste ano da Zurra in-cluirá atividade para todas as idades,que vão desde caminhadas com bur-ros, à literatura, à música, passando peloHatha yoga. No que toca à música nãovão faltar concertos dos mais variadosestilos musicais, desde o hip hop aorock, ao pop contemporâneo. Os D’alba,Concertinas on Rock, 61 e SonorisCausa são algumas das bandas com

ALIA O AMBIENTE À SUSTENTABILIDADE E À CULTURA E PROMETE DIGNIFICAR,REVALORIZAR E PROMOVER O BURRO. A SEGUNDA EDIÇÃO DA ZURRA,A FESTA DO BURRO 2015 ACONTECE JÁ DIA 19 DE SETEMBRO NA TROFA.

presença marcada. Mas não é só. Do-mingos Fonseca é o artista convidadodeste ano. Também conhecido por DeVelasco, o artista plástico será respon-sável por uma instalação rural, em for-ma de espiral, com fardos de palha e105 milheiros, denominada “OutraNatureza”. Mas se nada disto é sufici-ente para o convencer, saiba que po-derá usufruir de uma oficina sobre Águae Sustentabilidade, da responsabilida-de do Projeto Rios ou de uma forma-ção com aula prática sobre maneio deasininos, a cargo da AEPGA.

“Vozes de Burro Chegam ao Céu” éo nome da secção inteiramente dedi-cada à literatura e que inclui para alémde leituras diversas a apresentação dolivro “Sultão - o Burreco que veio de Mi-randa”, de Isabel Mateus. A manhã estáreservada para caminhadas com bur-ros e hatha yoga, atividades gratuitas massujeitas a inscrição, que poderá ser fei-ta através do e-mail valedocoronado

@gmail.com ou através o 917040207.O evento decorrerá no Coronado,

no vizinho concelho da Trofa, “em am-biente campestre, informal, no habitatdos dos três burros da associação am-bientalista APVC”. A entrada é livre. |||||

Trofa acolhe Festa do BurroTROFA // CORONADO

Page 15: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

No regresso do Inquérito do EntreMargens, desafiamos o atual presi-dente da direção dos Bombeiros deVila das Aves, Carlos Valente, a res-ponder às velhas e novas perguntasde que se faz esta rúbrica. Natural deVila das Aves, Carlos Alberto Carva-lho Fernandes (mais conhecido porCarlos Valente), foi eleito em 2002,pelo PSD, presidente da Junta de Fre-guesia de Vila das Aves, cargo quemanteve ao longo de três mandatos.Atualmente é diretor de Campanhada Coligação “Portugal à Frente” parao concelho de Santo Tirso.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Sinto falta de um executivo camarárioatento aos REAIS problemas dos seusmunícipes e verdadeiramente empe-nhado na resolução dos mesmos, de-finindo prioridades, não esbanjando onosso dinheiro de forma tão insípida...

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Depois da loja do Cidadão, porquenão uma loja da Vodafone ou da PT?

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Vila das Aves tem Câmara? Ultima-mente, nem parece...

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Juízo, senhores, juízo!

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Por um dia? NUNCA!

A Casa de chá, no Parque D. Maria II

dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Depende da companhia.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…...não se podia falar de liberdade emuito menos discutir politica.

Eu faria um abaixo-assinado para…Ajudei a fazer alguns e de nada vale-ram... Assim vai a nossa democracia!

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Que mauzinhos, então agora tam-bém já comem “jesuítas”?

Eu pagava para…...ter saneamento à minha porta. Esta-mos no século XXI, não é verdade?

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Já lá vão décadas, concordo! Mas étempo de mudança e 2017 tem maisencanto e está aí tão perto.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Com o Costa, com o Costa...

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Será a mesma da Loja do Cidadãono Centro Cultural de Vila das Aves?

Quantas vezes já esteve em Rabada?Livra! “Em rabada” ou no parque daRabada?

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do Parque doAmieiro Galego, que outro nome lheocorre para um novo parque no con-celho?Parque do Verdeal, nem mais! O atualpresidente da Câmara Municipal deSanto Tirso e presidente de então,Dr. Joaquim Couto, deliberou a 12de setembro de 1991 adquirir os ter-renos da Quinta do Verdeal em Viladas Aves, para a construção de umParque. Hoje, passados 24 anos, ape-nas pervertidas promessas...

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Porque não! Afinal já não era a pri-meira vez... e o concelho ficava, segu-ramente, a ganhar!

A quem dava com um pau de selfie?Normalmente uso tripé que é muitomais eficiente. Logo, em vez de um,posso atingir 3 de uma vez... Ah, va-lente!

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Pelos vistos, festa não falta... falta, issosim, muita OBRA para chegar à “meta”.

A quem oferecia uma medalha demérito?Pela formação que me permitiram ad-quirir, pelos valores que sempre meincutiram e por tudo que hoje sou,ofereço uma medalha de mérito, atítulo póstumo, aos meus pais. |||||

“Festa não falta...falta, isso sim,muita obrapara chegar à meta”INQUÉRITO A CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DOS BOMBEIROSDE VILA DAS AVES E DIRETOR DE CAMPANHA DA COLIGAÇÃO‘PORTUGAL À FRENTE’ PARA O CONCELHO DE SANTO TIRSO

O Dr. Joaquim Couto, delibe-rou a 12 de setembro de 1991adquirir os terrenos da Quin-ta do Verdeal em Vila dasAves, para a construção deum Parque. Hoje, passados24 anos, apenas pervertidaspromessas...”CARLOS VALENTE

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 15

´INQUERITO

Page 16: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

16 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

DESPORTO

FUTEBOL // DESPORTIVO DAS AVES

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O Clube Desportivo das Aves teve uminício de época difícil ao comando

Início de épocadifícil para oDesportivo das AvesEM CINCO JOGOS, DESPORTIVO DAS AVES SOMOU APENASDOIS PONTOS. RESULTADOS DITARAM A SAÍDA DEABEL XAVIER. ULISSES MORAIS É O NOVO TREINADOR

atamente a seguir à saída de AbelXavier. Uma conferência que serviupara anunciar as mudanças que oclube pretendia levar a cabo e, comojá era esperado, serviu também paraapresentar o novo treinador e suaequipa técnica. Estiveram vários no-mes em cima da mesa, mas o deUlisses Morais prevaleceu.

Ulisses tem 55 anos e o seu últi-mo clube em Portugal foi o Beira-Marna época de 2012/13. A sua equipatécnica conta com dois nomes daequipa técnica anterior – Daniel Cas-tro e Fraco, para além dos adjuntosRui Borges e o Manuel Gomes (trei-nador de guarda redes).

Luiz Andrada, presidente da SAD,informou que Ulisses Morais assinoupor dois anos, revelando ainda na oca-sião total confiança no seu trabalho.

O novo mister, Ulisses Morais, dis-se na mesma conferência de impren-sa que chega ao Clube Desportivodas Aves com a ambição pura de con-cretizar todos os objetivos, mas su-bindo um degrau de cada vez, sem-pre de forma muito ponderada. Afir-mou ainda acreditar no projeto e porisso foi fácil aceitá-lo. Disposto a co-laborar com o clube, Ulisses Moraisagradeceu prontamente a forma pro-fissional como foi abordado e a for-ma como foi recebido.

(0-1), com o Braga B (1-0) e com oSanta Clara (1-3). Os empates foramconseguidos no jogo com o Feirense(2-2) e com o Portimonense (1-1).

Posto isto, a SAD do clube resol-veu convidar Abel Xavier a sair. Oacionista máximo da SAD não estavafeliz com os resultados e exigiu mu-danças, alegando “estar em causa osfundos que suportavam o clube”.

A pensar em recuperar o clube esuperar esta série de maus resulta-dos, a SAD convoca os jornalistas parauma conferência de imprensa imedi-

de Abel Xavier que entretanto já foidispensado pela SAD do clube.

Nos primeiros cinco jogos da tem-porada, o Aves apenas conseguiudois empates. Perdeu contra o Covilhã

DESLOCAÇÃO A OLHÃOO Desportivo da Aves, SAD infor-mou todos os adeptos e simpati-zantes do clube que no dia 12 desetembro disponibilizará trans-porte gratuito para o jogo Olha-nense – CDAves no Algarve, nacidade de Olhão. Os interessadospodem inscrever-se no pavilhão,no Café Sede e na Associação deAdeptos Desportivo das Aves –1930. A SAD encontra assim umaforma positiva de aproximar aspessoas do clube e destas mani-festarem o apoio que o Aves tan-to precisa. |||||| CATARINA GONÇALVES

ULISSES MORAIS

Page 17: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 17

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

Para começar, o S.Martinho. A equi-pa de Jorge Regadas, a jogar em casa,cedo assumiu o comando do jogo.A equipa adversária, Arões SC, aospoucos foi equilibrando mas, o S. Mar-tinho foi quem teve sempre as melho-res oportunidades. Num jogo sem in-tensidade e de ritmo baixo, o empatea zero ao intervalo justificava-se.

Na segunda parte, os da casa en-tram muito melhor deixando os visi-

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O Bairro Futebol Clube venceu oGrupo Desportivo do Louro por 4-1no jogo de apresentação aos adep-tos. A partida disputada teve lugarno renovado Campo da Ribeira, pe-las 17 horas.

No passado domingo (6 de se-tembro) perto das 16 horas já se vi-via grande alvoroço nas ruas que da-vam acesso ao campo. O próprio tem-po convidava a sair de casa e os po-pulares fizeram questão de presenci-ar e apreciar o espetáculo que o clu-be tinha preparado.

Cerca das 16 horas, hora estipu-lada para a apresentação do plantelà massa associativa e comunicaçãosocial, os jogadores que vão repre-sentar o Bairro, na AF Braga 2ª Divi-são - foram desfilando pelo relvado,um a um, procedendo-se à respetivaapresentação.

Num ambiente otimo, o Bairro Fu-tebol Clube arranca para a nova épo-ca convicto num bom campeonato. |||||

FUTEBOL // TAÇA DE PORTUGAL

S.MARTINHO E FC TIRSENSE ENTRARAM NA TAÇA DE PORTUGAL A VENCER.A DISPUTAR O CAMPEONATO NACIONAL DE SENIORES, SERIE B E SERIE C,AS DUAS EQUIPAS DO CONCELHO DE SANTO TIRSO SEGUEM JUNTAS PRA A2ª ELIMINATÓRIA DESTA COMPETIÇÃO.

tantes sem reação. O golo chegouaos 63 minutos, através de grandepenalidade convertida por Moreno.

A partida após a grande penali-dade só volta a ganhar interesse notempo de desconto, quando ao mi-nuto 93, através de Martinho, se fir-mou o resultado final, 2-0 para oscampenses.

Por sua vez, o FC Tirsense qualifi-cou-se para a segunda eliminatóriada Taça de Portugal mas sofreu, poissó nas grandes penalidades conse-

guiu vencer o Felgueiras por 4-2.Este jogo, muito bem disputado,

teve vários lances que poderiam tersido decisivos para os Tirsenses, porexemplo: João Paulo, aos 5 minutose Beirão aos 39 minutos, perderamexcelentes oportunidades para mar-car. O Felgueiras pouco fez mas tam-bém não conseguiu marcar.

Na segunda parte, volta a repetir-se o filme da primeira, com Tito eMiguelito a desperdiçar as oportuni-dades mais flagrantes. O empate nofinal dos 90 minutos era um castigodemasiado pesado para um Tirsenseque passou 90 minutos a atacar e afalhar na finalização, perante umFelgueiras, sem muitas ideias na cons-trução das suas jogadas.

O empate volta a repetir-se no pro-longamento, acabando por injustiçaro trabalho da turma de Santo Tirso.Só nos penaltis o jogo ficou resolvi-do; Gil Barros e Zé Lopes falharampara o Felgueiras, Miguelito, Tito, Kikoe Marques não falharam para o Fu-tebol Clube Tirsense. |||||

S.Martinho e FC Tirsenseseguem paraa 2ª eliminatória

Bairro FutebolClube venceLouro em jogode apresentação

FUTEBOL // BAIRRO

O ONZE INICAL DO JOGODO FC TIRSENSECOM O FELGUEIRAS.4-2 FOI O RESULTADO FINAL

Page 18: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

18 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

DIVERSOSVILA DELORDELO

Maria da Cunha

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 83 anos de idade, falecida noHospital de Guimarães no dia 29 de Julho de 2015.Ofuneral realizou-se no dia 31 de Julho, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DAS AVES

António Neto da Costa

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 81 anos de idade, falecidono Hospital de V. N. de Famalicão no dia 29 de Julho de2015. O funeral realizou-se no dia 30 de Julho, naCapela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Laurentino Machado Ferreira

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 74 anos de idade, falecido nasua residência no dia 28 de Julho de 2015. O funeralrealizou-se no dia 29 de Julho, na Capela Mortuáriada Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo.Sua família renovm os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Celeste Maria da Silva (Celeste Funtona)

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Caires - Amares, com 87 anos de idade,falecida no Lar de S. Tirso no dia 3 de Agosto de 2015.O funeral realizou-se no dia 4 de Agosto, no CentroPastoral Polivalente de Cense, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DAS AVES Arnaldo Clemente Alves Pereira

(Arnaldo Agripino)A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 61 anos de idade, falecidonos Cuidados Continuados de Delães no dia 1 de Agostode 2015. O funeral realizou-se no dia 2 de Agosto, naCapela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

José Augusto Alves de Castro

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 51 anos de idade, falecido noHospital de Guimarães no dia 2 de Agosto de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 3 de Agosto, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Célia da Silva Machado

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Guilhufe - Penafiel, com 84 anos de idade,falecida no S. João do Porto no dia 29 de Agosto de2015. O funeral realizou-se no dia 30 de Agosto, naCapela Mortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz,indo de seguida a sepultar no Cemitério de Vila dasAves. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

Adelina Ferreira

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Guardizela, com 83 anos de idade, falecidano Lar de Lordelo no dia 22 de Agosto de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 23 de Agosto, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO FAFE

Maria da Conceição Rodrigues

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Miguel do Monte - Fafe, com 83 anos deidade, falecida na sua residência no dia 11 de Agosto de2015. O funeral realizou-se no dia 12 de Agosto, naIgreja Nova de S. Miguel do Monte, indo de seguida asepultar no Cemitério de S. Miguel do Monte. Suafamília renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Maria Eduarda de Sousa Machado

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 80 anos de idade, falecida nasua residência no dia 20 de Agosto de 2015. O funeralrealizou-se no dia 21 de Agosto, na Capela Mortuáriada Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério da Vila de Lordelo.Sua família renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

António Martinho Coelho Ferreira daCosta

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Roriz, com 53 anos de idade, falecido noHospital de Guimarães no dia 7 de Agosto de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 8 de Agosto, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO VILA DELORDELO

José Augusto de Faria Mendes

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 63 anos de idade, falecidoem S. Vitor - Braga no dia 16 de Agosto de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 17 de Agosto, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

No passado dia 10 de agosto, faleceu o jovem RuiTiago Ferreira de Almeida, com 21 anos, residente nolugar da Ribeira.

Rui Tiago Ferreira de AlmeidaAgradecimento

S. Tomé de Negrelos

Seus pais e demais família vêm assim, muito sensibilizados, agradecer atodos que se associaram à sua dor, e pelas provas de carinho e amizade quelhes foram endereçadas aquando do falecimento do seu ente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

O EntreMargensenvia àsfamíliasenlutadas ascondolências

No passado dia 8 de agosto, faleceu o Sr. Abel Fernandesda Silva, com 86 anos, viúvo da D. ConceiçãoFernandes Rebelo, residente no lugar da Aldeia Nova.

Sr. Abel Fernandes da SilvaAgradecimento

S. Tomé de Negrelos

Seus filhos(as) e demais família vêm assim, muito sensibilizados, agra-decer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas de carinho eamizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimento do seu entequerido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

Page 19: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015 | 19

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP.Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise noportal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foipreenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Tenha a suaassinatura em dia e

Estrela do Monte

Page 20: entre margens 349 novas medidas ·  · 2017-04-27a bebida dos ricos, dos opressores. Esta é uma poderosa obra de fic- ... de parte da sua obra, onde se refletem os traços mais

A FECHAR20 | ENTRE MARGENS | 10 SETEMBRO 2015

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancas a24 de setembro

RELAÇÃO ENTRE “A ESCO-LA E A COMUNIDADE”

Apresentação dosresultados doprojeto “Põe-te fino”||||| TEXTO E FOTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A Faculdade de Desporto da Univer-sidade do Porto, em parceria com aEBI do Agrupamento de Escolas deS. Martinho, realizou um estudo, aolongo de três anos letivos consecuti-vos, visando caraterizar variáveis re-lativas ao crescimento, à composiçãocorporal e ao desempenho motor, as-sim como a aptidão e a atividade físi-

EDUCAÇÃO // ESCOLA BÁSICA DE S. MARTINHO

ca e proceder à sinalização de fato-res de risco e dos estilos de vida dosalunos. Os estudos alargaram-se tam-bém a professores e funcionários eprocuraram detetar também possíveisalterações de comportamentos ao lon-go do período que durou o estudo.

O trabalho foi coordenado porJosé Maia, professor da Faculdade deDesporto e teve a colaboração dealunos de mestrado e doutoramento

daquela escola da Universidade doPorto, bem como dos professores, no-meadamente da área de Educação Físi-ca da EBI de S. Martinho do Campo.

Os resultados do estudo foramagora apresentados em sessão reali-zada no passado dia 8 na sede doAgrupamento de S. Martinho e dis-ponibilizados em livro editado peloAgrupamento de S. Martinho e pelaFaculdade de Desporto da Universi-dade do Porto. Na sessão, a que as-sistiram António Fonseca, presiden-te do Conselho Científico da Facul-dade, Ana Maria Ferreira, vice-presi-dente da Câmara e Marco Cunha,Presidente da Junta de Vila Nova doCampo, Queijo Barbosa, diretor doAgrupamento descreveu o desenvol-vimento da parceria e o professor JoséMaia referiu as dificuldades que espe-rava encontrar e a abertura de todospara o sucesso do projeto “Põe-te finopara uma vida mais saudável”, quepela “extensão da informação obtidae a aventura que ligou” as duas ins-tituições “são acontecimentos rarosem qualquer escola do país e do es-trangeiro. A escola tem uma grandemassa de dados que pode tratar comomelhor aprouver”. Alguns dos resul-tados do estudo foram sumariamen-te apresentados de seguida, com al-gumas conclusões na forma de boase más notícias e atentamente segui-dos pelos presentes.

O livro apresentado pode ser ad-quirido na EBI de S. Martinho e serácertamente da maior utilidade paraquem queira aprofundar o seu co-nhecimento sobre as caraterísticas dapopulação escolar no que respeitaaos aspetos considerados e à neces-sidade de criar mecanismos de aler-ta para situações de risco. ||||||

A oitava edição do colóquio Com-municare et Educare, levado a cabopelo agrupamento de Escolas de S.Martinho debruçou-se, este ano,sobre a relação entre a “Escola e aComunidade” e convidou responsá-veis de três associações para deba-ter o assunto. Francisco Bessa, daUnião Desportiva e Social de Roriz,Marta Pacheco, da Escola de Músicade S. Martino do Campo, e CatarinaOliveira, do Centro Social e Paro-quial de Vilarinho foram os convi-dados de honra e, explicando umpouco da história de cada institui-ção materializaram a relação de cadauma com a escola. “A nossa relaçãopassou durante muitos anos pelapartilha do mesmo espaço físico,passa pelos alunos que temos em co-mum nas duas instituições e pela co-laboração que é feita em todas asatividades”, referiu Marta Pacheco,que não deixou de sublinhar que“não são muitas as escolas que têmuma ligação tão próxima com a po-pulação em geral como esta”. Para odiretor do agrupamento, QueijoBarbosa, “um agrupamento de esco-las deve estar articulado com a co-munidade envolvente e procuraruma valorização da sua identidade”.O diretor acredita que tão impor-tante quanto trabalhar em rede é“que cada um cumpra o seu papelseja na área social, artística oudesportiva”. A cerimónia que, termi-nou com a entrega de diplomas aosmelhores alunos, contou com a pre-sença da vereadora da educação, AnaMaria Ferreira. ||||||

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

FICHA DE ASSINATURA

FAÇA UMA ASSINATURA DO ENTRE MARGENS

O TRABALHO FOI COORDENADOPOR JOSÉ MAIA, PROFESSORDA FACULDADE DE DESPORTO