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entre MARGENS BIMENSAL | 28 MARÇO 2019 | N.º 624 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 NOVO ESPAÇO VERDE DA CIDADE DE SANTO TIRSO APRESENTA-SE EM FASE FINAL DE CONSTRUÇÃO E TEM DATA DE CONCLUSÃO PREVISTA PARA O VERÃO. Revolução do Passe Único chega a Santo Tirso em junho Implementação do passe único a 1 de abril para os municípios onde vigora o Andante. Santo Tirso espera pela colocação dos validadores que está prevista para junho. DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5 FUTEBOL | PÁG.S 14 E 15 Regresso de José Mota foi feliz... para os forasteiros ‘Revelações’ são líderes da tabela AVES FEST TRAZ QUIM BARREIROS À FÁBRICA DO RIO VIZELA Em Geão, o novo parque ganha forma com o verão no horizonte ATUALIDADE | PÁGINA 08

Entre Margens 624...cia. Das memórias do passado dois novos futuros se inspiraram, duas novas criações brotaram, para marcar o momento presente e continuar a desenhar o futuro,

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Page 1: Entre Margens 624...cia. Das memórias do passado dois novos futuros se inspiraram, duas novas criações brotaram, para marcar o momento presente e continuar a desenhar o futuro,

entreMARGENSBIMENSAL | 28 MARÇO 2019 | N.º 624 DIRETOR: AMÉRICO LUÍS FERNANDES

APARTADO 19 - 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

NOVO ESPAÇO VERDE DA CIDADE DE SANTO TIRSOAPRESENTA-SE EM FASE FINAL DE CONSTRUÇÃOE TEM DATA DE CONCLUSÃO PREVISTA PARA O VERÃO.

Revolução do Passe Únicochega a Santo Tirso em junho

Implementação do passe único a 1 de abrilpara os municípios onde vigora o Andante.Santo Tirso espera pela colocação dosvalidadores que está prevista para junho.

DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5

FUTEBOL | PÁG.S 14 E 15

Regresso de JoséMota foi feliz...

para os forasteiros

‘Revelações’ sãolíderes da tabela

AVES FEST TRAZ QUIM BARREIROS À FÁBRICA DO RIO VIZELA

Em Geão, o novo parqueganha forma como verão no horizonte

ATUALIDADE | PÁGINA 08

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FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU ALMOÇO NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestasegunda saída de março foi o nosso estimado

assinante Adelino Lobão, residente em Vila das Aves.

Dentro de portas -“Fool’s Gold”

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Olhando para a capa, a nossa intui-ção talvez nos leve para o terreno damúsica eletrónica. Reparamos nonosso equívoco ao ouvirmos “Fool’sGold”, de 2009. Somos surpreendi-dos pela sonoridade fresca que uneos ritmos africanos com as melodiasdo Médio Oriente. Mas essa nem éa nossa maior surpresa. O grupo deLos Angeles que empresta o seunome ao título do seu álbum de es-treia espanta-nos com as letras emhebraico. Se isso fosse motivo paradesconforto, cedo descobrimos quenão é. Facilmente entramos no dis-tante oásis e nas harmonias tórridase vibrantes. Caso fiquemos curiososcom as palavras, basta-nos acompa-nhar a tradução para inglês incluídano folheto interno do disco.

Quando a voz de Luke Top che-

Sonoridadefresca nalínguahebraica

ga até nós, já estamos imbuídos noespírito dançável e nas batidas ensola-radas. Os elementos exóticos conju-gam-se com as guitarras rodopiantes.As palmas exultantes e os metaisquentes ajudam a viciar-nos. Empilha-mos “Surprise Hotel”, “Ha Dvash” ou“Yam Lo Moshech” nos temas quearmadilham o nosso conformismo.Coros que encontramos em “TheWorld is All There Is” causam-nos umefeito semelhante, obrigando-nos aseguir a direção festiva. “Night Dan-cing” vasculha nas nossas memórias.É a única instrumental e relembra-nos a cadência frenética de DemonFuzz. A brisa imposta pelos Fool’sGold contagia-nos e desperta-nos acuriosidade em conhecer em breveos registos seguintes: “Leave No Tra-ce” (2011) e “Flying Lessons” (2015).Esperemos encaixar a nossa dispo-nibilidade nessa vontade.

A edição original em vinil nãoatinge valores altos. Sem dificuldade,atualmente consegue-se um exemplara rondar os 15 euros. Em 2010 saiuuma edição inglesa em duplo CD.Não encontramos temas diferentesmas sim um conjunto de remixes dasfaixas já conhecidas. |||||

“O grupo de Los Angelesque empresta o seunome ao título do seuálbum de estreia es-panta-nos com asletras em hebraico. Seisso fosse motivo paradesconforto, cedo des-cobrimos que não é.

Com o projeto iniciado há cerca deum ano em Santo Tirso, os “SequoiaGuzmán” dão os primeiros passosno mundo da música com as letras“Beira-mar” e “Mais perto de ti” e como álbum de estreia lançado recente-mente. Álvaro, André, Diogo e Gugacomeçaram no verão de 2017 e, em2018, lançaram o primeiro álbum.

Sequoia Guzmánna Noite TirsenseCENTRO CULTURAL MUNICIPAL DE VILA DAS AVES VOLTA AABRIR AS PORTAS PARA RECEBER MAIS UMA NOITETIRSENSE, SÁBADO, DIA 30 DE MARÇO PELAS 21H30.

De 27 de março a 23 de abril,o Centro Cultural Municipal deVila das Aves acolhe mais umaedição da exposição que, anu-almente, reúne os trabalhos dosalunos do agrupamento de Es-colas de São Martinho inspi-rados nas obras dos artistas ho-menageados.

Graça Morais, uma das maisconceituadas e galardoadas ar-tistas nacionais, é a figura dedestaque deste ano. Em 1997recebeu o grau Grande Ofici-al da Ordem do Infante, em2014 foi distinguida como Mu-lher criadora de Cultura e asua obra já foi exposta em vá-rios países do mundo.

As recriações inspiradas nasua obra podem ser vistas a par-tir de 27 de março, às 17h00,altura da inauguração. A en-trada é gratuita e a exposiçãomantém-se até 23 de abril. |||||

AgrupamentoEscolas SãoMartinho trazespírito deGraça Moraispara o CCMVAINICIATIVA “RECRIAR...OLHANDO” LEVA AOCENTRO CULTURALPELO SÉTIMO ANOCONSECUTIVO, OSTRABALHOS CRIATIVOSDOS ALUNOS BASEADOSNA PINTURA DA ARTIS-TA TRANSMONTANA.

VILA DAS AVES | ARTE

Apoiados num formato de rockde garagem que se inclina sobre umapanóplia de estilos e influências desdeo psicadélico e punk de eras passadascomo a loucura da era da informação,na música e na postura, do presentee do futuro, os Sequoia Guzmán atuamna Noite Tirsense a 30 de março,pelas 21h30. A entrada é livre. ||||||

“Mazgani com Sean Riley” é um en-contro entre dois amigos. Uma cele-bração da música e da amizade numpalco tomado de assalto por SeanRiley (Afonso Rodrigues) e ShahryarMazgani. O enredo é tecido peloscompanheiros de longa data de Maz-gani, Isaac Achega e Vítor Coimbra.

A parceria cúmplice de Mazganie Sean Riley na Casa das Artes

Juntos partem numa viagem em quereinterpretam temas do repertório deambos, injetando-lhes nova vida à luzda estética particular do projeto. Con-certo este sábado, 30 de março, às21h30, na Casa das Artes de Fama-licão. Bilhetes a 10 euros (5 euroscom cartão quadrilátero).

FAMALICÃO | MÚSICA

VILA DAS AVES | MÚSICA

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SEXTA, DIA 29 SÁBADO, DIA 30Céu limpo. Vento fraco.Max. 23º / min. 8º

Céu limpo. Vento fracoMáx. 24º / min. 6º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 25º / min. 8º

DOMINGO, DIA 31

ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 03

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Se não chover entremarço e abril,vende o lavradoros bois e o carril

João Salaviza e Renée Nader Mes-sora vão estar em Vila Nova de Fa-malicão, na Casa das Artes, paraacompanharem e discutirem com opúblico a apresentação do seu maisrecente filme “Chuva é Cantoria naAldeia dos Mortos” na segundaréplica do Close-Up que vai rodaraté sábado, 30 de março.

Esta segunda réplica de Close-Upcontinua a apresentar em evidên-cia a produção da América Latina,que esteve em destaque em outu-

João Salaviza eRenée NaderMessora noObservatórioPREMIADO CINEASTA PORTUGUÊS TRAZ A FAMALICÃO OSEU MAIS RECENTE TRABALHO QUE REALIZOU EMCONJUNTO COM A MULHER, RENÉE NADER MESSORA.

A Oficina mergulhou nos arquivosda sua companhia de teatro para ce-lebrar um quarto de século existên-cia. Das memórias do passado doisnovos futuros se inspiraram, duasnovas criações brotaram, para marcaro momento presente e continuar adesenhar o futuro, seguindo o cami-nho da liberdade criativa. Assim, apartir de 27 de março, Dia Mundialdo Teatro, e até dia 30, sempre às21h30, a companhia vimaranense es-treia em simultâneo no Centro Inter-nacional Artes José Guimarães (CIAJG)

‘Teatro da Memória’ comfocos dirigidos aos 25anos do Teatro OficinaDE 26 DE MARÇO A 1 DE ABRIL, A OFICINA DEDICA A 2ª PARTE DO ‘TEATRO DA MEMÓRIA’À COMPANHIA QUE AO LONGO DOS ÚLTIMOS 25 ANOS TEM SIDO UM DOS PRINCIPAISMOTORES E PROMOTORES DA PRÁTICA TEATRAL NA REGIÃO DE GUIMARÃES.

duas novas criações sob o mote “Ar-quivos Teatro Oficina”.

“Arquivo Público”, uma instalação-performance construída a partir dasmemórias de um grupo de espeta-dores de diferentes gerações que têmacompanhado os 25 anos do TeatroOficina, apresenta-se na Cafetaria doCIAJG. Manuela Ferreira é a respon-sável pela encenação, texto e conceçãoplástica desta criação interpretada porCarlos A. Correia e Luísa Oliveira.

A estreia de “Linha de Montagem”faz-se na Black Box do mesmo espa-

ço. Esta criação de Pedro Bastos, SaraCosta e Tânia Dinis parte do olhar dostrês artistas sobre o arquivo do Tea-tro Oficina, numa análise sobre o quepoderá ser um arquivo, a documen-tação, de uma política cultural de umacompanhia de teatro, com relaçãosocioeconómica de uma região. Comtexto de Pedro Bastos, a interpretaçãoda Linha de Montagem está a cargode Sara Costa e Tânia Dinis.

O público pode testemunhar estasduas estreias pelo valor de 5 eurosou 3,5 euros com desconto. ||||||

bro passado, e a dialogar com esco-las, com programação dirigida des-de o 1.º ciclo ao ensino secundário.

No dia 30, o público geral é con-vidado a apreciar, a partir das 15h,“Chuva é Cantoria na Aldeia dosMortos”, um indígena no Brasil con-temporâneo com realização premi-ada em Cannes da dupla João Sa-laviza e Renée Nader Messora.

Entrada tem o custo de 2 eurospara o público geral e 1 euro como cartão quadrilátero. ||||||

FAMALICÃO | CINEMA

GUIMARÃES | TEATRO

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04 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

DESTAQUE

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Uma verdadeira revolução na mobi-lidade pública. O anúncio do Gover-no da implementação do Passe Úni-co, nas áreas metropolitanas de Lis-boa e Porto, criou ondas de choqueum pouco por todo lado, dos parti-dos à sociedade civil, prometendomodificar o dia a dia e os orçamen-tos familiares de milhares de utiliza-dores dos transportes públicos.

“Esta revolução nos transportes eno tarifário será mais importante paramuitas famílias do que o aumento dosalário nos últimos anos”, enalteceuJoaquim Couto, presidente da câma-ra de Santo Tirso, em conferência deimprensa realizada na Central deTransportes da cidade.

A partir do dia 1 de abril, os muni-cípios do “miolo” da Área Metropo-litana do Porto (AMP) vão passar uti-lizar o documento que acumula num

Revolução doPasse Únicochega a SantoTirso em JunhoIMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE APOIO À REDUÇÃO DO TARIFÁRIO DOSTRANSPORTES PÚBLICOS (PART) TEM TIRO DE PARTIDA A 1 DE ABRIL PARA OSMUNICÍPIOS ONDE VIGORA O ANDANTE. SANTO TIRSO ESPERA PELA COLOCAÇÃODOS VALIDADORES QUE ESTÁ PREVISTA PARA JUNHO. ATÉ LÁ, O PREÇO DOS PASSESJÁ EXISTENTES BAIXA PARA OS VALORES DAS NOVAS TARIFAS.

só título todos os meios de transpor-te público: comboio, autocarro e me-tro, agregando operadores públicose privados sob o mesmo guarda-chu-va em duas simples tarifas.

O passe único “municipal”, com opreço de 30 euros, será válido paratodas as viagens dentro de um só con-celho e também para viagens cujo per-curso cruze linhas concelhias, mas nãoultrapasse as três zonas contíguas.

Já a versão “metropolitana” do pas-se único, que custará 40 euros, daráacesso a viagens para qualquer zonadentro da Área Metropolitana do Por-to, de Vilarinho a Oliveira de Azeméis,utilizando um meio de transporte ouuma combinação entre as várias opções.

Uma aposta sem precedentes nostransportes públicos, naquilo que Jo-aquim Couto considera ser “a pedrade toque” da gestão do território.

REVOLUÇÃO NOSORÇAMENTOS FAMILIARESPara além da liberdade de movimen-to e circulação que o novo passe úni-co vai permitir, a novidade mais im-portante com esta nova realidadeserá mesmo a poupança significativapara as famílias no que diz respeitoàs suas deslocações pendulares.

Por exemplo, um passe da CP entreSanto Tirso e Porto São Bento tinha atéagora como preço total 53,65 euros.Com a entrada em vigor do passe úni-co fica a custar 40 euros por mês, ouuma poupança anual de 163, 8 euros.

Se tomarmos o mesmo percurso

como base, mas alterarmos o meiode transporte, o passe de autocarroentre Santo Tirso e a cidade invictatem o custo de 92,45 euros o que setransforma, a partir de 1 de abril, em40 euros, ou seja, 629,4 euros amenos no final do ano.

Sara Martins possui um passe daCP para a ligação entre Vila das Avese Espinho, cidade onde trabalha. Atual-mente, mesmo com o desconto jovemde 25 por cento, o passe custa-lhe60 euros mensais, que seriam 80 parao mesmo percurso sem o desconto.

“É uma mudança radical”, subli-nha em conversa com o Entre Mar-gens. “Vai obrigar as pessoas a repen-sar seriamente o uso de transportespúblicos. É muito mais barato”, afirmoua passageira da CP que, com a intro-dução do Passe Único, vai passar apagar 40 euros pelo passe para a vi-agem diária que atravessa grande par-te da AMP. “No final do mês ainda éuma boa diferença de valores.”

O caso de Pedro Leal é tambémmuito significativo do novo panora-ma de transportes. Doutorando naFaculdade de Ciências da Universi-dade do Porto, o seu percurso diáriocomeça na estação ferroviária de Viladas Aves onde embarca no comboioaté Porto- Campanhã. Aí, apanha ometro ou autocarro da STCP até àestação da Casa da Música ou para-

gem do Planetário, respetivamente.Esta mudança intermodal obriga-

o a ter dois passes distintos. Um pas-se da CP, pelo qual paga 60,65 euros,e o Andante, passe “mínimo” de 31euros. Ora, para além da questãologística, isto implica pagar duas con-tas diferentes que, somadas, formali-zam o total de 90 euros mensais

“A introdução do passe único, eno caso de um preço máximo de 40euros, significaria uma poupançamensal de cerca de 50 euros”, afir-ma. “Atualmente” acrescenta, “é van-tajoso fazer este percurso de carro, seduas pessoas partilharem os custos.Com a redução de preço seria muitomais vantajosa a viagem de transpor-tes públicos”, aponta Pedro Leal.

AMP A DUAS VELOCIDADESÉ certo que o novo Passe Único en-tra em vigor a 1 de abril, só que nemtodos vão ter acesso imediato a estanova realidade. No “miolo” da AMP, azona de influência do atual Andan-te, assim acontecerá. Contudo, os mu-nicípios da periferia, como o caso deSanto Tirso, terão um período de adap-tação à nova realidade que, segun-do Joaquim Couto, terminará em ju-nho, data se prevê que o Passe Únicoesteja cem por cento funcio-nal emtodos os concelhos da AMP.

Este atraso deve-se duas razões.

Esta revolução nos transportes e no tarifárioserá mais importante para muitas famílias

do que o aumento do salário nos últimos anos”“

JOAQUIM COUTO

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ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 05

Primeiro, aponta o autarca tirsense, anegociação entre a AMP e as ope-radoras privadas que maioritaria-men-te operam nestes concelhos tem sidocomplexa; segundo existem falta devalidadores no mercado para fazerface à procura.

“É devido a essas negociações, e àfalta de validadores que as transpor-tadoras querem para ter acesso a essesistema, que vai haver uma primeirafase em que tudo isto funciona a par-tir de 1 de abril e uma segunda fase naperiferia da AMP que funciona a partirde 1 de junho”, explica Joaquim Couto.

O Entre Margens contactou a Trans-dev, Landim e Pacense mas até ao fe-cho da edição não obteve resposta.

Com a introdução do Passe Único,a realidade no concelho vai alterar-sesignificativamente. Para lá das ligaçõesa outros pontos da AMP, também ospasses para viagens intraconcelhiasvão sofrer diminuições radicais.

Um passe de autocarro para opercurso Tojela (Vila das Aves) e SantoTirso tinha até ao momento o custode 40 euros mensais, segundo da-dos das empresas Transdev e daArriva, valor que baixará para os 30euros com o Passe Único.

Para um passe entre Roriz (Men-des) e Santo Tirso, as tabelas das trans-portadoras apontam um preço de50,50 euros por mês que se passará

a valer 30 euros. Nos casos de SãoTomé de Negrelos e Monte Córdova,o passe de ligação a Santo Tirso aredução é de 9,45 euros, o que mes-mo assim se traduz numa poupançaanual de 113,4 euros.

Já no caso de Vilarinho, o custoatual de um passe de ligação à sedede concelho está avaliado em 71,60euros, passando a custar apenas 30euros, ou seja, uma poupança anualde 499,2 euros.

Sob o abrigo da regra das três zo-nas contíguas também as ligações coma Trofa vão sair beneficiadas, uma vezque até ao momento o passe de auto-carro avaliado em 39,45 euros passaa custar 30 euros, realidade que tam-bém os habitantes das freguesias doextremo do Vale do Leça, como Agrelaou Água Longa, vão poder usufruirnas suas deslocações para Alfena noconcelho de Valongo.

Enquanto junho não chega, e oPasse Único não entrar em vigor acem por cento em território tirsense,Joaquim Couto adiantou que já apartir de 1 de abril todos os passesexistentes vão baixar para as novastarifas sendo, no entanto, apenas vá-lidos para o percurso e transporta-dora atualmente em vigor.

“Para ser conciso, os passes atuaispassam automaticamente para 30 ou40 euros no nosso município”, ex-

plicou o autarca. “A partir de 1 dejunho, com uniformização do An-dante, e a introdução de todas astransportadoras no sistema, será glo-bal e os passes válidos para andarem qualquer meio de transporte.”

UM JOGO DE PROCURA E OFERTAUma das preocupações que tem vin-do a público relativamente à medidado Governo está relacionada comas infraestruturas dos transportes pú-blicos e se possivelmente aguenta-rão o aumento de passageiros.

Para Joaquim Couto, “no atual sis-tema há muitas transportadoras etransportes que circulam com umapercentagem de passageiros muitobaixa, basta que as transportadorastenham maior ocupação dos seusautocarros para melhorarem franca-mente a mobilidade.”

Se no que diz respeito aos trans-portes rodoviários essa questão pa-rece ser pacífica, no que toca à CP eà rede de comboios a panorama édiferente. Sara Martins e Pedro Leal,utilizadores diários da linha de Gui-marães, são unânimes no quadro quepintam do quotidiano.

“Os comboios já vão muito chei-os e com muitos atrasos diariamen-te”, aponta Sara Martins. “Atualmentea CP tem, em média, um comboio porhora entre Guimarães e Porto, quase

sempre com uma só carruagem, emvez de duas. Para a procura que tem jáé muito reduzido e manter esse nú-mero de comboios com mais passa-geiros não me parece muito viável.”

Na visão de Pedro Leal, “seria ne-cessário um aumento no fluxo decomboios, quer seja pelo aumento decarruagens nos comboios já existen-tes ou pelo aumento do número deviagens ao longo do dia, uma vezque atualmente já existe uma lota-ção excessiva para uma viagem con-fortável nos comboios de horas degrande afluência.”

NOVA AUTORIDADETRIANGULAR FICA “A GANHAR”A constituição de uma nova autori-dade intermunicipal de transportesentre Santo Tirso, Trofa e Famalicãoestá em estudo desde julho de 2017,contudo esta nova realidade dentroda AMP, da qual o município famali-cense não faz parte, não vem alteraros planos, bem pelo contrário.

De acordo com Joaquim Couto,“a influência será positiva” já que estanova concessão “se vai enxertar emcima da AMP”, melhorando “a ofertados passageiros que neste momentoestão confinados à área metropolita-na que passarão a ter um horizontede partida e chegada em Famalicão.”

Já no que diz respeito aos bilhe-tes individuais, o presidente da câma-ra de Santo Tirso, adianta que o siste-ma se manterá. Apesar de conside-rar “razoável que também nos títulosindividuais se venha a fazer algo paramelhorar o tarifário”, Joaquim Coutoatira essa discussão para um futuropróximo. “Vamos pensar nessa vertentemais tarde, porque é um assunto mui-to importante para uma outra parteda população que não tem passes”,rematou o edil.

Para já, fica aquilo que classificacomo uma medida “emblemática doGoverno e da AMP” e a “principalreforma nos transportes de há mui-tos anos para cá.” |||||

A versão “metropo-litana” do passe único,que custará 40 euros,dará acesso a viagenspara qualquer zonadentro da ÁreaMetropolitana doPorto, de Vilarinho aOliveira de Azeméis,utilizando um meio detransporte ou umacombinação entre asvárias opções.

Um passe da CP entreSanto Tirso e PortoSão Bento tinha atéagora como preçototal 53,65 euros.Com a entrada emvigor do passe únicofica a custar 40 eurospor mês, ou umapoupança anual de163, 8 euros.

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OPINIAO~~~~~

E como “o prometido é devido”...Muito fui matutando deste lugar do

ser ou não ser e do sentimento que meune a muitos dos nossos conterrâneos quese encontram mundo afora. Aqui, nestelado do Atlantico, a língua oficial é a mes-ma, a portuguesa. Mas será que têm osmesmos significantes?

Reflito: como seres humanos comuni-camo-nos por meio palavras, que irei cha-mar de signos, que determinam uma gra-mática de pensamento. Como diz Saint-Exupéry em seu célebre livro “O Princi-pezinho”, as palavras são fontes de mal en-tendidos, uma vez que cada signo tem umsignificante, e esse significante é a repre-sentação que cada indivíduo tem para amesma palavra ou ideia. Lembremo-nos dasvariações linguisticas dentro do nosso pró-prio país. Quando se vai comprar um pão,o objeto diferencia-se pois depende dolugar onde se adquire: no norte poderáser pequeno, no sul poderá ser maior.

Imaginem-se num lugar onde a misci-genação é uma realidade insofismável,onde a integração e interação de culturasé permanente e difere em cada região,dada a continentalidade do país. Quemchega obrigatoriamente traz consigo suacultura, sua história familiar e de vida, ne-cessita não se despir de sua identidade,mas por outro lado, tem de se sentir acei-te nesse novo lugar, compreendendo ooutro e fazendo-se compreender.

Nos primeiros tempos de Brasil, frequen-tei a festa de uma família, com filhos e seusamigos adolescentes. Entre esses amigoshavia pessoas de várias descendências:italianos, espanhóis, alemães e japoneses.Claro que entre os descendentes ociden-tais não senti marcas da diferença e porisso a minha classificação estava clara naminha cabeça. Conversando com a jovemcom características niponicas perguntei:“Como se sente uma japoneza no Bra-sil?”. Resposta sábia, que me fez sentir ig-norante e etnocentrica: “Eu não soujaponeza, eu sou brasileira...”.

Sempre que estou com grupos de traba-lho me recordo desta passagem e me per-gunto Pode alguém ser quem não é? Precisome ajustar a este novo lugar de estar. Eoutros episódios irei jogando convosco! ||||||

Gostava de ter uma escrita pla-na, como uma estrada no Alen-tejo, onde dá gosto pedalar.Gostava de ter uma escrita sim-ples, como a satisfação de umgato que dorme ao sol mornode janeiro.

Gostava que a minha escri-ta subisse montanhas, alargas-se horizontes e mostrasse dife-rentes e belas paisagens.

Gostava que da minha es-crita se sentisse o cheiro do leitecreme acabado de queimar, oudo assado de domingo, numinverno chuvoso.

Gostava que da minha es-crita se visse o mar, como disseVirgílio Ferreira e se sentisse,nas palavras, o bater das ondase, na boca, o sabor de ostrasfrescas acabadas de abrir.

Gostava que a minha escri-ta fosse breve como o a-e-i-o-ue o seu sentido claro como água.

Gostava que na minha es-crita a verdade viesse ao de ci-ma como o azeite.

Gostava que a minha escri-ta navegasse à volta do mun-do, conquistasse castelo altanei-ros, desvendasse segredos,abrisse portas secretas, encon-trasse tesouros escondidos…milhares de palavras alinhadascomo soldados, prontas paraserem escolhidas e usadas… eque me permitissem escreversobre tudo o que vejo e sinto,sobre emoções recônditas, sen-

Descentralizaçãoe desconcentraçãoa nível local

Regionalização, descentralização edesconcentração são três conceitosque o professor e urbanista Valentede Oliveira, da Faculdade de Enge-nharia do Porto, introduziu na cadeirade Planeamento do curso de Enge-nharia Civil, há mais de 40 anos, eque hoje têm plena acuidade comotemas de discussão pública.

A regionalização chumbada no re-ferendo de 1998 não mais foi levadaa votos e quando recentemente foiproposta a sua discussão nos 50anos da CCDRN (Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento da Re-gião Norte) logo se viu que o PrimeiroMinistro entendeu por bem não estarpresente, porque, como disse a Secre-tária de Estado do DesenvolvimentoRegional, Maria do Céu Albuquerque,ex-autarca de Abrantes, não era a altu-ra para ser discutida, em ano de elei-ções europeias e legislativas!

Como também escreveu recente-mente o professor Vital Moreira no seublog Causa Nossa “...a revisão consti-tucional de 1997 - que resultou daconspiração do então primeiro minis-tro, Guterres, com o então líder daoposição do PSD, Marcelo Rebelo deSousa, para tramar a regionalização...”.

Castro Fernandes

Quando se fala de regionalização,fala-se de descentralização, que até temsido muito inconsequente no presen-te, também em ano de eleições, de-pois de se terem passado três anos emeio de mandato do governo, semque este tenha cumprido o progra-ma fruto das divergências suscitadas.

Tudo isto tem a ver com a macro-cefalia lisboeta onde a simples tenta-tiva de descentralização do Infarmedquase constituiu um “cisma” nacional!E quando se fala em descentralizaçãotambém se fala em desconcentraçãoquer ao nível nacional, quer ao nívelregional, quer ao nível municipal.

O Porto quer uma região comoseu novo “Terreiro do Paço”, talvez cen-tralizado nos Aliados, e que Braga,Vila Real e Bragança não aceitam. Ca-da município quer também ter o seupequeno ‘Terreiro do Paço’ e os própri-os regulamentos de financiamentodos fundos comunitários não dão alter-nativas que não sejam as da continui-dade de grandes investimentos locaisnas sedes de concelho! Realizar qual-quer grande investimento numa vilaou freguesia do concelho é uma ta-refa quase hercúlea, quase tornadaimpossível pela regulamentação exis-tente que, se não é, parece propo-sitada. E aos municípios não resta ou-tra alternativa que a de investir na sededo concelho para que as verbas quelhe tocam em quota não “fujam” paraoutras cidades mais competitivas damesma região. Daí a necessidade abso-luta de que no novo Acordo de Parce-ria, Portugal 2030, sejam autorizadasalterações aos complementos de regu-lamentação que permitam investimen-tos mais descentralizados, dentro dospróprios municípios, de forma a que nãose agravem as assimetrias internas.

Descentralização e desconcentra-ção não são mais temas somente na-cionais e merecem que os órgãos lo-cais câmara municipal, assembleia mu-nicipal, junta de freguesia e assem-bleia de freguesia assumam as suascompetências e tomem posição so-bre os mesmos junto das Comuni-dades Inter Municipais e das ÁreasMetropolitanas. ||||||

Pode alguém serquem não é?

Fátima Pacheco

timentos vividos, às vezes dehorror, outras de amor, muitasvezes de estupor, de pasmo ouassombro!

Algumas palavras são pala-vrinhas, pequeninas, gentis, amá-veis, outras, são palavrões, amar-gas, violentas, inesperadas, quedoem mais do que mil bofeta-das… cortam as palavrinhas aosoutros, dilaceram-nas, ferem-nas de morte… já nem apetecefalar delas.

Há palavras que o vento le-va, há palavras que o vento traz,neste vaivém, o “amo-te parasempre” hesita, avança e recua,uns dias é sim, outro é não,fica indeciso, no meio da pon-te como uma palavra tonta…

Palavras ditas e palavras es-critas são amigas para sempre,com elas se constroem muros,mas também se derrubam.

Gostava de usar a escritacomo os pintores usam os pin-ceis e, em pinceladas largas eassertivas, fazer um retrato domundo, um mundo livre e colo-rido, que roda em torno de sipróprio e do sol (sim a terra mo-ve-se ao contrário do que alguns,cada vez mais em maior núme-ro, estranhamente, pensam).

Gostava que a minha escri-ta provocasse sorrisos, e arran-casse gargalhadas jovens e fres-cas, como costumamos ouvirquando brincamos na areia jun-to ao mar, ou quando uma cri-ança dobra o riso ao ser lança-da ao ar.

Oh, o poder da palavra es-crita! Oh o poder da palavradita! Temos de pesar cada pa-lavrinha e medir o seu impactoporque, como uma vez já aquiescrevi, … “Palavra fora da boca,é pedra fora da mão”. |||||

Palavras

Maria Antónia Brandão

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ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

As manhãs dos meus domingos demenino eram gloriosas. Mal alveja-va, esgueirava-me sorrateiro para oquarto dos meus pais e devagarinho,muito devagarinho, como quem nãoquer a coisa, anichava-me entre eles...e quase de imediato mergulhava denovo num profundo sono de so-nho, aconchegado, completamentecerto e seguro que ali, mal nenhumme poderia atingir.

Certo e sabido também, era queo meu pai me acordava com cóce-gas que me contorciam em garga-lhadas histéricas e a minha mãe, jápronta para abalar para a missa pri-meira, saía, a abanar a cabeça, comum sorriso que iluminava este mun-do e o outro. E a pândega pegadalá continuava até meio da manhã, abrincar aos aviões, aos cavalinhos,aos carrosseis deixando a camanuma grande felga, como dizia aminha mãe.

Depois, impecavelmente aperalta-dos com as fatiotas de ver Deus, láíamos os dois, áquela casa gigantee misteriosa, que tinha, lá ao fundo,no alto, o coro, onde eu sentado nojoelho do meu pai, pasmava de cama-rote com aquele mundo de gente,que umas vezes cantava, outras re-

A nossa cascata Jacinda Ardern

Ouvi falar pela primeira vez da pri-meira-ministra da Nova Zelândia, Jacin-da Ardern, há cerca de 5 meses, quan-do se deslocou aos EUA para partici-par na 73ª Assembleia Geral das Na-ções Unidas. O facto de ter sido a 2ªlíder mundial a ter um filho enquan-to em funções e a primeira a levarum bebé para o auditório da ONUchamou a atenção da imprensa in-ternacional. Na altura, acompanhei asua entrevista no programa The LateShow with Stephen Colbert e apreciei asua atitude simpática, acessível e in-teligente durante toda a conversa.

Estes dias lembrei-me que tambémjá a tinha visto num outro programade comédia americano, Last WeekTonight, numa rubrica sobre o factode a Nova Zelândia não aparecer emmuitos dos mapas-mundo, até mes-mo em mapas expostos em aeropor-tos internacionais. Este lapso é fre-quente e já gerou reclamações porparte das entidades neozelandesas.

Por estes dias, pelas piores circuns-tâncias, a Nova Zelândia entrou nomapa e nas notícias de todo o Mun-do, na sequência do atentado terro-rista em Christchurch, em que umsupremacista branco matou 50 pes-soas em duas mesquitas.

Esse homem, que filmou e trans-mitiu em direto todas as suas açõese que publicou um manifesto de ex-trema-direita, tinha como objetivo ob-ter fama e visibilidade para os seusideais racistas. Mas a Nova Zelândia,nomeadamente a sua primeira-minis-tra, Jacinda Ardern, recusou-lhe o pro-tagonismo e optou por não mostrara cara do terrorista durante as audiên-cias em tribunal e nem sequer se re-ferir ao atacante pelo nome próprio.

“Ele é um terrorista, um criminoso,um extremista, mas quando eu falar, elenão terá nome. E imploro-vos: falemdos nomes dos que perderam a vida,em vez do homem que as levou. Elepode ter procurado notoriedade, masnós, na Nova Zelândia, não lhe vamosdar nada, nem mesmo o nome”, disseJacinda Ardern durante o seu primei-

Adélio Castro

zava e que se levantava, sentava eajoelhava todos muito certinhos atoque de uma caixa invisível.

De repente, aquelas enormesportas abriam-se e toda aquela gentese escoava apressada em todas asdirecções e nós regressávamos, nascalmas, pelo caminho das minas. Estecaminho encantado, que cortava oscampos verdes, era bordejado porregos de águas frescas e cristalinas,que em amena cantilena saltavamde campo em campo por cascatinhasde presépio. A meio do caminho,uma delas, surgia a espreitar por trásdo umbral de um portelo engalana-do por um velho carvalho e, de su-petão, mergulhava lá do alto, numestardalhaço de brilhos, esparri-nhando-se no lombo de três ca-lhaus rolados.

Essa era a cascata, a nossa cascata.Eu, que muito antes de meio de

caminho, já vinha repimpado às ca-valitas, estirava-me em ânsias a ten-tar vislumbrá-la ao longe. Mal che-gados, eu corria a apanhar quatrobugalhos taludos. O meu pai, tentan-do fazer um ar solene, cortava cui-dadosamente os três pauzinhosmágicos, espetava em dois deles umbugalho em cada ponta e amarra-va-os em cruz, juntamente com oterceiro a fazer de eixo e, pronto,estava construída a mais espectacu-lar roda de moinho de água.

Depois, enquanto eu sarcoteavaá volta dele completamente em pul-gas, ele com todo o cuidado, apro-ximava muito lentamente a roda dacascata e quando esta começava a

cair sobre os bugalhos... abacadabra...a roda começava a girar, a girar, cadavez mais veloz, zunindo melopeiasde embalar.

E lá ficavam perdidos tempos in-finitos, o menino com os olhos abrilhar... e o pai babado a sorrir...

Depois de Ele partir, nunca maisconsegui aproximar-me daquele cami-nho e menos ainda da nossa casca-ta. Mas este ano, no dia do pai, escon-jurei os fantasmas e fui visitá-la.

Achei-a desalmada, triste, morti-ça e sem música, como se lhe tives-se morrido um pedaço, mas se ca-lhar, o problema estava apenas nosmeus olhos, aguados por um ino-portuno cisco.

Ainda apanhei quatro bugalhostaludos, mas não fui capaz de cor-tar os três pauzinhos mágicos, nemde montar a roda.

Fiquei para ali perdido temposinfinitos, de olhar vazio, tolhido desaudade, de dor, com ganas de es-ganar o destino... e com a certeza quea morte não é apenas um momento.

A morte é um processo longo,penoso e sádico. A megera malditavai-nos matando lentamente ao lon-go da vida, arrancando-nos entesqueridos e despedaçando-nos pe-daço a pedaço. E nós, umas vezesmais mortos, outras mais vivos, lános vamos arrastando, cada vez maisestropiados, mais vazios, mais dori-dos, até ao dia em que a besta feranos arrebanhará o derradeiro naco.

Dava o meu reino por uma, ape-nas mais uma, daquelas manhãs dedomingo. |||||

ro discurso no Parlamento desde oatentado. Há quem não concorde comesta postura e que se considere nodireito de ver e de saber tudo em re-lação a este tipo de tragédias. Eu souda opinião que quem quer ver e sabermais, pode sempre pesquisar; não con-cordo que todos tenhamos que serexpostos, de uma forma tão gratuitae cada vez mais rotineira, à violênciaprovocada por pessoas que só preten-dem gerar o ódio, a divisão e o medo.

Nessa comunicação, que inicioucom a saudação árabe “As-Salaam-Alaikum”, que significa “a paz estejacom vocês”, Jacinda Ardern recusou-se em dividir o país em “nós” e “eles”,em destacar a comunidade muçulma-na em relação às restantes comunida-des: “Nós somos um, eles são nós”.Abordou ainda três pontos importan-tes: tolerância religiosa, redes sociaise restrições a armas. Neste último pon-to, a Nova Zelândia tomou uma deci-são que vai ao encontro da opiniãode muitos especialistas: estes ataquesnão se evitam com mais armas espa-lhadas pela população, mas sim comleis mais restritivas de acesso às mes-mas e, por essa razão, vai proibir avenda de armas semiautomáticas deestilo militar a partir de Abril.

A primeira-ministra neozelande-sa destacou-se também na sua visitaa Christchurch, logo no dia a seguirao massacre, por ter usado um véu epor ter conversado longamente eabraçado quem estava a fazer o lutopelos seus familiares. Nós em Portugalestamos acostumados ao “estilo Mar-celo”, mas este afeto a desconheci-dos é mais estranho em países anglo-saxónicos. E, embora a utilização dovéu tivesse sido criticada, muitos dossobreviventes do ataque entrevista-dos consideraram essa ação comoum sinal de respeito e de apoio. |||||

Realizar qualquer grande investimento numa vilaou freguesia do concelho é uma tarefa quase hercúlea, quase tornada impossível pela regulamen-tação existente que, se não é, parece propositada.

“CASTRO FERNANDES

Raquel Freitas

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ATUALIDADE

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Encaixado entre a Biblioteca Municipal ea escola secundária D. Dinis, cruzado deforma transversal pelo ribeiro Sanguinhe-do, o novo parque urbano de Geão ga-nha forma, tendo data de conclusão pre-vista para o verão.

De visita ao local, para marcar o inícioda primavera e atestar na primeira pes-soa o avanço dos trabalhos, Joaquim Cou-to, presidente da câmara, adiantou queeste novo espaço verde “vai fazer a liga-ção aquela que é considerada como a

Em Geão, o novo parqueganha forma como verão no horizonteNOVO ESPAÇO VERDE DA CIDADE DE SANTO TIRSO APRESENTA-SE EM FASE FINALDE CONSTRUÇÃO E TEM DATA DE CONCLUSÃO PREVISTA PARA O VERÃO.

Violênciadoméstica,álcool e ameaçasde morte valemprisão preventiva

INSCRITO NA E.R.C. SOB O Nº 112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 3.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 16 EUROS / EUROPA - 30 ,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 33,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

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O ESTATUTO EDITORIAL DO ENTRE MARGENS PODE SER LIDO EM:

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COLABORADORES: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, NUNO MOTA, MIGUEL MIRANDA,

ADÉLIO CASTRO, FELISBELA FREITAS, FELISBELA LUÍS FREITAS, MARIA ANTÓNIA BRANDÃO, HUGO RAJÃO, ASSUNÇÃO

LINO, CELSO CAMPOS, LUÍS AMÉRICO FERNANDES, SÍLVIA ABREU.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS.

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO.

DISTRIBUIÇÃO: NARCISO GONÇALVES.

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA DE S. BRÁS, 1 - GUALTAR 4710 -073 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 624 - 28 MARÇO 2019

O Posto Territorial da GNR de Viladas Aves deteve um homem de 51anos por violência doméstica e con-dução sob efeito do álcool, em Viladas Aves, na tarde de domingo, 17de março.

“No âmbito de uma denúncia porviolência doméstica, o suspeito foiabordado quando se encontrava achegar à sua residência, sendo queno momento da abordagem foi sub-metido ao teste de despistagem de alco-olemia, acusando uma taxa de álcoolno sangue acima do permitido porlei, e ainda foi detetado na sua pos-se 6,24 gramas de folha de cannabis”,adiantou a GNR em comunicado.

Segundo a força policial, “no de-senrolar da ação, o suspeito amea-çou de morte a sua esposa e sogra,com 50 e 75 anos, apurando-se queo mesmo residia com as vítimas”.

O detido, com antecedentes crimi-nais pelo crime de violência domés-tica, foi presente ao Tribunal Judicialde Matosinhos, tendo-lhe sido apli-cada a medida de coação de prisãopreventiva e encaminhado para o esta-belecimento prisional de Custóias. |||||

zona antiga da cidade e a expansão daparóquia de São Bartolomeu de Fontis-cos”, classificando este investimento como“uma necessidade” uma vez que vai tra-zer “equilíbrio” à cidade.

Este novo ‘pulmão’ verde na cidadefoi pensado com as preocupações ambien-tais como prioridade, aliando a biodiversi-dade do local com questões urbanísticase de mobilidade, através da arte e dospercursos pedonais e cicláveis.

Em nota de imprensa, a câmara de San-to Tirso informa ainda que o parque “pre-vê a criação de áreas de estadia informal,

espaços de jogos e recreio de ‘streetwor-kout’”, para além dos já citados percursospedonais e cicláveis que contabilizarãocerca de 1,5 quilómetros de extensão, doskate parque já funcional e das três escul-turas do espólio ao ar livre do Museu In-ternacional de Escultura Contemporânea.

Neste momento, encontram-se a de-correr os “trabalhos de execução de mu-ros de suporte em granito, estão a serfeitos acessos em betão armado e está aproceder-se à modelação de terrenos eplantações diversas”, avança o Municí-pio que pretende ainda o enquadramentodo parque com a Associação Amigos doSanguinhedo e o Ginásio Clube de San-to Tirso, enquanto polo lúdico e peda-gógico, e o acesso privilegiado à Escolasecundária D. Dinis.

O novo parque de Geão pode estarainda em fase de finalização, no entantoJoaquim Couto já olha para o futuro euma expansão que a câmara já está acontemplar, quer para norte, quer parasul, áreas que incluem as azenhas e ter-renos que já estão a ser negociados comos novos proprietários da fábrica do Arco.

Com conclusão prevista para o verão,o futuro parque Urbano de Geão envol-ve uma área verde de 70 mil metros qua-drados que poderá chegar aos dez hecta-res num futuro não muito longínquo. ||||||

SANTO TIRSO | OBRAS

VILA DAS AVES |VIOLÊNCIA

O suspeito ameaçoude morte a esposa esogra, apurando-seque o mesmo resi-dia com as vítimas”.

“O PARQUEURBANO DEGEÃOENVOLVE UMAÁREA VERDEDE 70 MILMETROSQUADRADOS

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Central de comunicações ebalneários alvo de requalificação

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Requalificações que satisfazem necessida-des e olham para o futuro. O quartel dosbombeiros voluntários de Vila das Avesestá a ser intervencionado em duas áreasque se apresentavam como necessidadesde há vários anos a esta parte, o balneáriomasculino e a central de comunicações.

Carlos Valente, presidente da associa-ção humanitária, diz que no total o inves-timento nas duas áreas já se encontra“perto dos 70 mil euros”, sendo que a re-qualificação do balneário masculino estáterminada e chegou aos 35 mil euros.

“Os bombeiros passaram de um T0para um T2”, explica o presidente da dire-ção referindo-se aos novos cacifos que,passaram de armários com 20cm paraperto de um metro de largura. Para alémdos cacifos, a zona de banho foi totalmen-te remodelada e foi criada, na antecâmarado balneário, uma zona de prontidão.

Como explica o comandante HugoMachado, “é fundamental darmos sem-pre as melhores condições aos nossosbombeiros.” Até agora, diz, os bombeiros“não tinham condições para colocar osequipamentos todos, nomeadamente osde proteção individual para incêndiosurbanos e florestais que muitas vezesguardavam nos carros próprios.”

Neste momento, com a zona de pronti-dão, “em vez do profissional estar a ir aoarmário tirar e equipar-se, chega cá aoserviço põe o fato na zona de prontidão,e torna-se assim muito mais rápida a sa-ída para a ocorrência”, garante Hugo Ma-

INVESTIMENTO DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA ASCENDE A CERCA DE 70 MIL EUROS COM AREQUALIFICAÇÃO DOS BALNEÁRIOS FEMININOS PREVISTA MAIS PARA O FINAL DO ANO.

VILA DAS AVES | BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

chado, sobretudo no caso dos incêndiosurbanos onde vestem os fatos por cimada roupa que têm.

No caso da central de comunicações,Carlos Valente indica que a remodelaçãoestá a ser profunda a todos os níveis, nãosó do espaço e do mobiliário, tornandoa área mais agradável e acessível, comode tecnologia, encontrando-se a ser ins-talados servidores modernos, computado-res, rádios e telefones novos. “Metemosaqui quase 4 quilómetros de cabos”, refe-riu adiantando que nesta área o orça-mento já ultrapassa os 30 mil euros,encontrando-se ainda em execução.

Para Hugo Machado, a questão dacentral de comunicações advém da “ne-cessidade de evoluirmos para as novastecnologias.” “Optámos por fazer remo-delação toda total porque é “fundamen-

tal, hoje em dia, ter uma central adequa-da ao presente e a pensar no futuro.”

No mês passado os bombeiros volun-tários de Vila das Aves foram contempla-dos com quatro mil euros para equipa-mentos, verba que reverteu de um jantarsolidário da associação luxemburguesa“Amigos Emigrantes”. O comandante Hu-go Machado revelou que a verba já temdestino e irá ser usada para a compra de“dez peças faciais para as aricas, equipa-mentos que os bombeiros usam quandovão para incêndios nas casas e nas fá-bricas e ainda dois espaldares para oencaixe da garrafa de oxigénio.”

“Um equipamento de valor avultado,que está a ficar obsoleto devido ao des-gaste”, confirmou o comandante.

Até ao fim do ano está prevista aindaa requalificação do balneário feminino. ||||

O acidente ocorreu pouco antes das5h da madrugada do passado do-mingo, 24 de março, na variante àEN 105 na entrada da cidade deSanto Tirso, zona de Frádegas ondeestá a nascer uma nova rotunda.

Colisão aparatosa provocou 9 fe-ridos ligeiros, sendo que dois delestiveram que ser desencarceradosBombeiros Voluntários de Santo Tirso.Oito destes feridos foram transporta-dos para Centro Hospitalar do Mé-dio Ave, em Famalicão, e Hospital deSão João, no Porto, quatro respetiva-mente para cada unidade hospitalar.

No local estiveram presentes trêscorporações do concelho, os Voluntá-rios Tirsenses apoiados pelos Voluntá-rios de Santo Tirso e Vila das Aves, maisagentes da PSP e Polícia Municipal. |||||

Colisão emFrádegasfaz nove feridosAPARATOSO ACIDENTE EN-TRE DUAS VIATURAS LI-GEIRAS FEZ NOVE FERIDOS

SANTO TIRSO | ACIDENTE

Começa a 12 de abril a próxima edi-ção do Mercado Nazareno que, à se-melhança do ano anterior, volta a terlugar no Parque D. Maria II.

A iniciativa prolonga-se até dia 15e para além das habituais recriaçõesbíblicas, os visitantes poderão acom-panhar a elaboração de ofícios anti-gos, e outras vivências como as tradi-ções da aldeia ou o acampamentoromano. O Mercado Nazareno temainda uma zona de gastronomiadedicada aos sabores da época. |||||

Mercado Nazarenoregressa a 12 de abril

“OS BOMBEIROSPASSARAM DE UMT0 PARA UM T2”,EXPLICA OPRESIDENTE DADIREÇÃO REFERIN-DO-SE AOS NOVOSCACIFOS QUE,PASSARAM DEARMÁRIOS COM20CM PARA PERTODE UM METRO DELARGURA.

HORÁRIO DE VERÃOO horário de verão começa oficialmente em Portugal no próximo

domingo dia 31 de março (na madrugada de sábado para domingo).Os relógios devem ser adiantados uma hora.

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ATUALIDADE

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Olhar para a contemporaneidade comrecurso às ferramentas do drama clássi-co, remisturando-as com a eternidade dapoesia e a modernidade do vídeo e dosom. Há um cenário inesperado mas per-feito que combinado com o conteúdocriou um contexto estranhamente com-plementar, como uma manta retalhada avárias fases que se tornou una.

A nova produção do teatro Aviscena,realizada em parceria com a Universida-de Sénior de Vila das Aves e inserida noprograma do Poesia Livre, não escondeas influências que libertaram a criatividadee construíram o seu esqueleto. Sob a te-mática da natureza e do ambiente, moti-vo geral da iniciativa, a companhia ama-dora de Vila das Aves lançou-se ao desa-fio de algo fora do que costumam traba-lhar, como que confessou a própria pre-sidente da associação do teatro, CristinaFerreira, no final.

Há símbolos clássicos da literatura eda arte, figuras mitológicas do cânone gre-go em busca de um equilíbrio entre o es-paço espiritual, aqui numa vertente qua-se panteísta, e a natureza em estado puro,em batalha pelo domínio da sua existência.

A interseção entre natureza,ecologia e sociedadesegundo o AviscenaESPETÁCULO INSERIDO NO PROGRAMA DO POESIA LIVRE TRANSFORMOU O EXTERIORDA FÁBRICA DO RIO VIZELA NUM ANFITEATRO CLÁSSICO ONDE PONTIFICARAMDEUSES E SIMBOLOGIA MITOLÓGICA NA PROCURA DO EQUILÍBRIO DA NATUREZA.Nova rua na zona

industrial da Ermidapara atrairinvestimento

A metáfora não precisa de estar es-condida em vários níveis de sentido paraser eficaz. Fala-se das guerrilhas entredeuses, da sua ganância e proteção dosinteresses próprios, como referente ao serhumano em versão contemporânea. Fac-to que se torna mais evidente quandocalibrado com o espaço envolvente, a fá-brica do Rio Vizela, expoente da indus-trialização e símbolo de um capitalismoperdido que, embora diferente e insidio-samente mais perverso, mantém o seuADN no tempo presente.

Em “Aether ou o 5º Elemento”, o te-atro Aviscena lança-se na procura de res-postas para o imbróglio ecológico e soci-al do século XXI, um equilíbrio entre asvárias forças conseguido através de umaentidade externa imaterial. Um apelo àempatia com o outro personificado nes-se “Aether”.

Para além do aspeto teatral, o espetá-culo formalizado nas margens do rio Vi-zela na escadaria em frente aos escritóri-os da fábrica, com público sentado sobrea ponte, a Universidade Sénior de Viladas Aves ficou responsável pela decla-mação de poesia do catálogo da iniciati-va Poesia Livre, acompanhados pelo de-dilhar da guitarra de Mário Gouveia. |||||

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A empreitada arrancou esta terça-feirae, na visita à obra, o presidente da câ-mara de Santo Tirso, Joaquim Cou-to, acompanhado por vários empre-sários, realçou a importância do inves-timento, tendo em vista “a instalaçãode novas empresas” naquela área.

“Temos margem de crescimento naZona Empresarial da Ermida e, tendoem conta a nossa aposta na capta-ção de investimento para o municí-pio, faz todo o sentido dotá-la deacessibilidades e infraestruturas”, de-fendeu o autarca de Santo Tirso.

Em nota de imprensa, a autarquiainforma que o projeto prevê a cons-trução de um novo arruamento, bemcomo drenagem de águas pluviais,infraestruturas de águas residuais eabastecimento de água, telecomunica-ções, entre outros equipamentos, numvalor global acima dos 755 mil euros.

Citado em comunicado, JoaquimCouto diz que só nos últimos quatroanos, o investimento realizado ou emcurso pelas empresas sedeadas nazona empresarial da Ermida atingiuos 120 milhões de euros”, o que sig-nifica “a criação de mais de 500 pos-tos de trabalho”, recordando tambémque esta área será dotada de umasubestação da EDP que irá permitir“melhorar a qualidade e fiabilidadeno fornecimento de energia elétricaàs empresas”.

Ainda no campo de melhoria dasacessibilidades às zonas empresari-ais, no caso particular da Ermida, estáem fase de projeto a requalificaçãodo “nó da Ermida”, num processo queestá a ser articulado com a Infraes-truturas de Portugal (IP).

Próxima do nó da A3, na ZonaEmpresarial da Ermida estão, atual-mente, instaladas nove empresas. |||||

EMPREITADA DE 755 MIL EUROS NA ZONA INDUSTRIALVAI PERMITIR LIGAÇÃO AO ENTREPOSTO LOGÍSTICODO LIDL E CRIAR MELHORES CONDIÇÕESPARA RECEBER MAIS EMPRESAS NA ERMIDA.

VILA DAS AVES | POESIA LIVRE

EM “AETHER OU O 5ºELEMENTO”, O TEATROAVISCENA LANÇA-SE NAPROCURA DE RESPOSTASPARA O IMBRÓGLIOECOLÓGICO E SOCIAL DOSÉCULO XXI, UMEQUILÍBRIO ENTRE ASVÁRIAS FORÇASCONSEGUIDO ATRAVÉSDE UMA ENTIDADEEXTERNA IMATERIAL.

SANTO TIRSO | OBRAS

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A natureza do quotidiano, a vitória doinstante e do ato comum. Nome emdestaque no Poesia Livre 2019, JoãoLuís Barreto Guimarães foi homenagea-do no átrio da câmara municipal, nu-ma sessão onde os seus versos forammoeda corrente para os presentes.

O cirurgião plástico natural da ci-

A ironia comoferramentade interpretaçãodo quotidianoJOÃO LUÍS BARRETO GUIMARÃES TROUXE A SUA POÉTICADO DIA-A-DIA, PLENA DE JOGOS FORMAIS, A SANTO TIRSOONDE FOI O NOME EM DESTAQUE DE UMA EDIÇÃODO POESIA LIVRE SUBORDINADA AO TEMA DA NATUREZA.

dade do Porto é um poeta do “real”como o próprio admite. O cenário dasua lírica é o mundo que o rodeia,as suas observações sobre o pulsarda vivência quotidiana, dos hábitoscíclicos e dos atos singulares e irrepe-tíveis. Uma espécie de cronista dotempo presente.

“Sou um escritor do tempo presen-te e que escreve de dentro da vida”,confessava João Luís Barreto Guima-rães em conversa com os jornalistasno final da sessão de homenagem,questionado precisamente sobre a ver-tente de cronista. “Isso é um juízoque o tempo fará.”

Numa iniciativa subordinada aomotivo da natureza, o autor explicaque no seu sentido mais tradicionala natureza surge nos seus poemas“através do elemento do tempo, quersejam as diversas fases do dia, quersejam as estações do ano.”

“No meu caso”, realça, “é o rastoque a presença humana e que a per-sona poética deixa ficar numa reali-dade um pouco mais cosmopolita eurbana mas assistida pelos fenóme-nos naturais como sejam o dia ou anoite, a primavera ou o inverno.”

É nessa realidade cosmopolita queexpande a sua lírica e vai tecendo assuas considerações, recorrendo a jo-

gos formais e sobretudo à ironia, fer-ramenta que usa como bisturi paradissecar o que está à sua volta.

“A ironia é um bocado a vitóriados derrotados”, admite João LuísBarreto Guimarães, na medida emque todos são derrotados pela pas-sagem do tempo e pela efemeridadeinerente à condição humana.

“Permite-nos vencer mesmo quan-do perdemos, é uma arma que não étão cínica como o sarcasmo mas nãoé tão ligeira como o humor. É um hu-mor interventivo que, percebendo queperde a perenidade, se recusa a entre-gar as armas e se recusa a aceitar oque a realidade e a própria naturezalhe dá”, argumenta o homenageado.

Figura em destaque da edição2019 do Poesia Livre, João Luís Bar-reto Guimarães mostrou-se surpre-endido, não só pelo convite, mas tam-bém pelo entusiasmo dos estudan-tes nos eventos em que teve a opor-tunidade de participar.

“Os trabalhos dos alunos à voltados poemas, a realização dos cartazes,a decoração de guarda-chuvas comversos”, enumerou, “é sempre muito sur-preendente perceber que, de tudo aqui-lo que se escreve, a forma como osversos chegam às pessoas e depois oque as pessoas fazem com os poemas.”

Para Joaquim Couto, presidente dacâmara, a escolha de João Luís Barre-to Guimarães foi muito feliz, conside-rando que a poesia do autor “permi-te ter uma liberdade de pensamentoimensa, imaginar e percorrer mental-mente, através das palavras, os sonse os ritmos da poesia ligar isso aoambiente.”

O autarca disse ainda que esta ini-ciativa “faz parte do plano mais globalde programação e planeamento da cul-tura”, com vista a promover as questõesde cidadania desde os mais novos.

Medidas que encaixam de formalata na ideia de poesia como armapolítica, especialmente relevante nostempos que correm. Como confirmaJoão Luís Barreto Guimarães, “poe-sia é sempre uma linguagem de re-sistência porque reflete e tem umaatitude crítica. Nestes tempos que pas-samos na europa, permite-nos ter umpapel que conjuga o lugar dos incon-formados e daqueles que de algumamaneira não permitem passivamenteque as coisas sucedam da forma quetêm sucedido.”

O Poesia Livre culminou com umespetáculo intimista na Fábrica deSanto Thyrso de Pedro Abrunhosa,onde o músico portuense aliava apalavra escrita, dita e musicada. |||||

SANTO TIRSO | POESIA LIVRE

“A ironia é um bocado a vitória dos derrotados”,admite João Luís Barreto Guimarães, na medidaem que todos são derrotados pela passagem dotempo e pela efemeridade inerente à condição humana.

FIGURA EM DESTAQUE DA EDIÇÃO2019 DO POESIA LIVRE, JOÃO LUÍSBARRETO GUIMARÃES MOSTROU-SE SURPREENDIDO, NÃO SÓ PELOCONVITE, MAS TAMBÉM PELOENTUSIASMO DOS ESTUDANTES

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

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Entrar na área polivalente da EscolaBásica do Bom Nome a uma sexta demanhã, com aulas a decorrer, e veruma mesas com uma urna e biombosa taparem uma zona de votação, éalgo que não se vê todos os dias.

Mas o passado dia 15 de marçoera uma ocasião especial. Os alunosdo primeiro ciclo da instituição aven-se passaram os últimos meses numaacérrima e colorida campanha elei-toral para escolher o “livro mais fixe”de uma seleção de dezoito títulos,no âmbito de uma iniciativa a nívelnacional da revista Visão Júnior.

Alzira Dias é professora do pri-meiro ciclo e coordenadora do proje-to a nível da escola. Em conversa como Entre Margens não conteve a satis-fação pelo sucesso e impacto que ainiciativa tem tido no seio dos alunose em toda a comunidade escolar.

“Não esperávamos um empenhoe um envolvimento tão grande. Nempor sombras”, confessou a docente en-quanto os alunos formavam fila à boca

À procura do “livromais fixe” naEscola de Bom NomeINICIATIVA DA REVISTA VISÃO JÚNIOR CONTAGIOU ACOMUNIDADE ESCOLAR DE BOM NOME COM OOBJETIVO DE INCENTIVAR A LEITURA E FORMAR OSMAIS NOVOS PARA AS FERRAMENTAS DA DEMOCRACIA.

da urna para exercerem o seu direito.Durante três meses a iniciativa

“Miúdos a Votos” contagiou, miúdose graúdos, alunos, professores e pais,extravasando mesmo os limites daescola para a comunidade em geral,com o objetivo de promover hábitosde leitura e as ferramentas da cida-dania e da democracia.

O PROCESSO ELEITORALA Visão Júnior elaborou uma listade dezoito obras que reuniam a prefe-rência dos alunos de todo o país. Des-sa lista, os alunos das duas turmasdo 4º ano da Básica do Bom Nomeescolheram seis obras sobre as quaisdesenvolveriam a campanha eleito-ral, respetivamente distribuídas porgrupos de três pessoas.

Ficaria a cabo desse grupo pro-mover e defender o seu livro até à vo-tação final, numa campanha eleitoralque consumiu a escola durante se-manas a fio.

“Cada grupo tinha liberdade paradecidir o que queriam fazer durantea campanha eleitoral”, esclareceu Alzira

Dias. “Começaram por elaborar carta-zes, bandeiras, escolher uma cor paraidentificar o livro, os seus elementos eapoiantes, montaram bancas com bebi-das e bolos feitos pelas mães para osintervalos, até roupas”, enumerou aresponsável, criando um ambiente decacofonia de cores e sons que a esco-la provavelmente nunca tinha visto.

Ninguém ficou indiferente. Comorefere a coordenadora do projeto, “aolongo destes três meses foram-se ex-plorando todas as áreas do 1º ciclo,do português à matemática, estudo domeio à expressão dramática e musi-cal”, porque cada grupo desenvolveue criou “slogans, foram feitos jingles,podcasts para a ‘Rádio Miúdos’ quedepois fez uma emissão a partir danossa escola.”

Um dos pontos altos decorreu nofinal do passado mês de fevereiro.“Fizemos uma arruada em que junta-mos tudo. As cores das camisolas,os cartazes, os jingles, os slogans tu-

do numa arruada até às Fontainhasque culminou com a assembleia dealunos no Centro Cultural Municipalde Vila das Aves (CCMVA), onde ca-da grupo apresentou um pequenosketch de resumo do conteúdo do li-vro, defendeu a sua obra e respondeuàs questões dos colegas na plateia.”

Alzira Dias ficou “boquiaberta”.Não só com “o nível de conhecimentode cada um dos livros”, mas tambémcom o modo como se expressaram empalco e souberam “desenvencilhar-se quando ficavam embaraçados, sen-do ajudados inclusive por criançasde outros grupos.”

Outro desses momentos foi a apre-sentação do projeto no Fórum Educa,evento dedicado a professores orga-nizado pelo Centro de Formação Se-bastião da Gama. Uma apresentaçãofeita por duas alunas em modo tea-tral que “deixou a sala pé a aplaudir”.

Em manhã de eleições, depois deouvidos os casos para os livros can-

VILA DAS AVES | EDUCAÇÃO

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ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 13

www.ortoneves.pt

didatos, todos os alunos foram cha-mados às urnas. “Tudo foi fornecidopela Visão Júnior, exceto a junta defreguesia que fez o favor de nos for-necer a mesa de voto, os biombos ea urna”, completou Alzira Dias.

Do ato eleitoral participado por187 alunos, o título que saiu vence-dor foi “Poemas da Mentira e da Ver-dade” de Luísa Ducla Soares.

“Dá muito trabalho, mas no final,quando decorrem umas eleições comoestas, a gente fica de coração cheio”,admitiu a coordenadora do projeto.

“MUITAS HORASA FAZER QUEQUES”Naquela manhã, Isabel Moura e Ca-rina Leal estavam entusiasticamentea fotografar a votação de cada crian-ça que se deslocava à urna. São mãesde duas alunas envolvidas na cam-panha que ao longo destes mesesnão descansaram.

“Muitas horas a fazer queques”,

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Funciona como medida de promoção do su-cesso escolar, de prevenção do abandonoprecoce e de igualdade de acesso a umaeducação de boa qualidade num mundo cadavez mais tecnológico e informatizado.

Segundo nota de imprensa da câmaramunicipal de Santo Tirso, a inclusão de aulasde programação e robótica no 1º ciclo doconcelho está a dotar as escolas de um kit“all aboard”, que inclui uma impressora 3D, eé fundamental para a aprendizagem deeletrónica básica, de programação e robótica.O processo é simples e tem como objetivofinal a construção de um robot através dométodo “ver, aprender e criar”.

A iniciativa, explica o município, decorreem três fases. A primeira envolve os docen-

Programação erobótica no1º ciclo éuma realidadeMEDIDA IMPLEMENTADA PELO MUNICÍPIO DESANTO TIRSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DOCONCELHO TEM EM VISTA O DESEN-VOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS TECNO-LÓGICAS DOS ALUNOS DESDE TENRA IDADE.

tes, através de ações de sensibilização e capa-citação da classe para a promoção do uso detecnologias inovadores a nível pedagógico.Num segundo momento serão realizadas ati-vidades em contexto escolar, através da me-todologia baseada na resolução de proble-mas e, numa fase final, será possível criar sis-temas recorrendo a equipamentos como aimpressão em 3D.

Citado pelo comunicado, Joaquim Couto,presidente da câmara, assinala que é vonta-de do município “aumentar as competênciastecnologias dos alunos” naquela que é a “erada tecnologia”.

“Mas queremos fazê-lo explorando a ver-tente do desenvolvimento social, motivandoas crianças para o seu sucesso educativo ecriando um ambiente de aprendizagem ino-vador”, esclarece o presidente.

A medida irá permitir a adaptação às neces-sidades de cada aluno, estimulando e refor-çando o seu processo de ensino com impactono desenvolvimento de competências comoa criatividade, a imaginação e o espírito crítico.

KARATÉ PASSA A INTEGRARPROGRAMA DE DESPORTO ADAPTADOCom benefícios ao nível cognitivo, compor-tamental, social e motor, o karaté adaptado éa nova modalidade do Programa Municipalde Desporto Adaptado de Santo Tirso e, umavez por semana, irá permitir a prática de aulasnos agrupamentos de escolas do concelho,na CAID e na CASL, lecionadas pelo mestreJoaquim Fernandes, mestre do clube KaratéShotokan de Vila das Aves e árbitro interna-cional da modalidade.

Trata-se de uma iniciativa sem qualquercusto para os participantes que tem “um im-pacto profundo no bem-estar geral dos jo-vens e no seu desenvolvimento físico e psi-cológico”, explica Joaquim Couto, ressalvan-do que “as atividades e os objetivos defini-dos para a prática da modalidade têm emconta e respeitam sempre as limitações epotencialidades dos alunos.”

A prática da modalidade já se encontra emfuncionamento e conta com mais de 60 alu-nos inscritos. A arte do karaté estimula e desen-volve competências como o raciocínio, a auto-confiança, o espirito de equipa, a independên-cia e autonomia, a agilidade, entre outras. |||||

confessava Isabel Moura em tom jo-coso. Com a filha envolvida na cam-panha por um dos livros, a colabora-ção da mãe foi fundamental. “Isto paranós, enquanto mães, foi extraordiná-rio. Eu gosto de participar nas ativida-des dela. Sinto-me bem e ela tambémme cobra um bocadinho isso”, revelou.

“É bom para elas e bom para nós”,acrescentou Carina Leal. “Ver o orgu-lho delas em ter-nos cá a participar ea ajudar. Não há nada como isso.”

Quer para Isabel Moura, quer paraCarina Leal, o mais significativo des-ta iniciativa foram as boas práticas dotrabalho em grupo e da entreajudacom todos os participantes, para alémda desinibição em público, da pro-moção da leitura, da cidadania e dademocracia.

“No Centro Cultural, por exemplo,houve uma colega com mais dificul-dades, não se sentia tão bem em fa-lar em público e elas ajudavam a res-ponder. Nem sequer era do livrodelas, mas houve ali uma entreajudaentre elas que acho fantástico”, des-tacou Carina Leal.

Uma iniciativa que nunca mais irãoesquecer, “pelo envolvimento da es-cola, das turmas, dos professores, ofacto de irem às outras salas falar comoutros colegas é um obstáculo mui-to importante ultrapassarem”, referiuIsabel Moura sublinhando que tam-bém elas, mães, aprenderam muito.

Foram 250 queques, 250 floresalusivas e muitas horas de preocu-pação para que um dia, quando fo-rem votar pela primeira se lembremdaquilo que fizeram no 1º ciclo. |||||

CONCELHO | EDUCAÇÃO

Do ato eleitoral par-ticipado por 187alunos, o título quesaiu vencedor foi“Poemas da Mentirae da Verdade” deLuísa Ducla Soares.

É VONTADE DOMUNICÍPIO“AUMENTAR ASCOMPETÊNCIASTECNOLOGIASDOS ALUNOS”NAQUELA QUEÉ A “ERA DATECNOLOGIA”,DIZ JOAQUIMCOUTO.

UMA DAS ILUSTRAÇÕES DE ANA CRISTINA INÁCIOPARA O LIVRO “POEMAS DA MENTIRA

E DA VERDADE” DE LUÍSA DUCLA SOARES

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14 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

DESPORTOLiderançaque lhesassenta bem

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Uma caminhada simplesmente fan-tástica dos jovens sub-23 do Des-portivo das Aves. Durante toda a épo-

CD AVES | VOLEIBOL FEMININO

SUB-23 DO DESPORTIVO DAS AVES SUBIRAM ÀLIDERANÇA DA FASE DE APURAMENTO DO CAMPEÃOAPÓS VITÓRIA EM VILA DO CONDE.||||| TEXTEXTEXTEXTEXTTTTTOOOOO: : : : : PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Tarde de domingo com ambiente defesta no pavilhão do Desportivo dasAves. A receção ao Sporting, rival dire-to na luta pela subida, levou muitagente ao recinto criando uma moldu-ra humana espetacular. Era efetiva-mente um jogo grande. O públicopercebeu e as intervenientes também.

Depois de duas vitórias apertadasna fase regular frente às verdes e bran-cas, o Aves até poderia ter o ascen-dente emocional perante as adversá-rias, contudo foram as visitantes quemostraram primeiro as garras.

O primeiro set pareceu continua-ção dos encontros anteriores. Umaescalada, ponto acima ponto abaixo atéà decisão final nas vantagens. O Des-portivo teve dois set point ao seu dis-por que não conseguiu concretizar,dando oportunidade ao Sporting defechar a primeira partida por 27-29.

A entrada no segundo set dei-xou antever uma formação avense embusca do empate de forma implacá-vel. Depois de terem conquistado umavantagem que chegou a ser de 5 pon-tos, vários erros de serviço e cober-tura defensiva, no bloco e nas cos-tas, permitiu às adversárias igualaremo marcador e fechar mesmo o se-

PAVILHÃO CHEIO PARA A RECEÇÃO AO SPORTINGEM PARTIDA DISPUTADA AO PONTO QUE ACABOU PORSORRIR PARA A FORMAÇÃO DE ALVALADE.DESPORTIVO DESCE AO 2º LUGAR DA CLASSIFICAÇÃO

gundo set com o parcial de 23-25.A perder por 0-2, as jogadoras

avenses não deitaram a toalha aochão e tal como acontecera na se-gunda partida rapidamente se colo-caram com uma vantagem conside-rável no marcador. Desta feita, ape-sar de alguns calafrios, os serviçosvenenosos de Bárbara, cinco conse-cutivos, ajudaram a fechar o terceiroset com parcial de 25-18.

Com o efeito da adrenalina do fi-nal do set a deixar marcas, físicas ementais, a equipa leonina controloua seu bel prazer o quarto set, aprovei-tando os contantes erros de serviçodas jogadoras da casa para fugiremno marcador e fecharem o encontrocom um parcial final de 12-25.

O Desportivo das Aves averbou ape-nas a terceira derrota da temporada quejá conta com trinta e quatro jogos dis-putados. As comandadas de ManuelBarbosa ficam assim mais longe dolíder Sporting, com os mesmos pon-tos do Espinho, terceiro classificado. |||||

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

ca surpreenderam tudo e todos e agora,na fase de apuramento do campeão fren-te às seis melhores equipas do nacional,não deixam os créditos por mãos alhei-as e lideram a tabela classificativa ao fimde cinco jornadas.

No estádio dos Arcos frente ao RioAve, na altura líder, os avenses entrarama perder depois de um golo de Schutteaos 24’. Contudo, no segundo tempo,os comandados por Leandro deram avolta ao marcador. Primeiro Bruno Lou-renço igualou o resultado aos 64’ e ca-torze minutos mais tarde foi a vez de Bru-no Gomes marcar aquele que seria ogolo da vitória e da liderança.

De regresso a casa na jornada seguin-te, o Desportivo recebeu e venceu o Spor-ting de Braga por 2-0. Na primeira parte,Ricardo Rodrigues inaugurou o marcadore colocou a equipa da casa na frente. Ján segundo tempo, logo a abrir, aos 46’,Miguel Tavares fez o segundo do jogo,garantindo a vitória e a liderança.

Na próxima jornada o Desportivo re-cebe no seu estádio o SL Benfica, dia 30de março, sábado, pelas 11h. |||||

Derrota comSportingcomplica as contas

Com o efeito da adrena-lina do final do set adeixar marcas, aequipa leonina con-trolou o quarto set

CD AVES | LIGA REVELAÇÃO

IMAGEM DO JOGODO AVES COM OSPORTING DE BRAGA

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ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 15

18 - FEIRENSE26 24 17 - CHAVES26 15

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - BENFICA 26 63

2 - FC PORTO 26 63

3 - BRAGA 26 58

4 - SPORTING 26 555 - V. GUIMARÃES 26 42

7 - BELENENSES SAD 26 38

9 - SANTA CLARA 26 32

10 - PORTIMONENSE 26 32

11 - MARÍTIMO 26 27

6 - MOREIRENSE 26 42

26

13 - NACIONAL 26 26

16 - TONDELA

26 2614 - BOAVISTA

26 25 15 - V. SETÚBAL26 25

12 - CD AVES 26 26

328 - RIO AVE

SPORTING 1 - SANTA CLARA 0

V. SETÚBAL 0 - BRAGA 1

BELENENSES SAD 2 - PORTIMONENSE 2

V. GUIMARÃES 3 - BOAVISTA 1FC PORTO 3 - MARÍTIMO 0

NACIONA 0 - RIO AVE 1

PORTIMONENSE - MOREIRENSE

BRAGA - FC PORTO

CD AVES 0 - CHAVES 1

SANTA CLARA - V. GUIMARÃESBENFICA - TONDELAMARÍTIMO - NACIONAL

RIO AVE - CD AVES

CHAVES - SPORTING

JORNADA 26 - RESULTADOS

BOAVISTA - BELENENSES SAD

MOREIRENSE 0 - BENFICA 4TONDELA 1 - FEIRENSE 1

TONDELA - V. SETÚBAL JOR

NADA

27

| 29

MAR

ÇO -

01 A

BRIL

LIGA NOS | CD AVES

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Jogos destes podem valer campeo-natos. A jogar perante os seus adep-tos numa tarde repleta de iniciativasparalelas ao jogo, o Desportivo entra-va em campo com a responsabilida-de de assegurar os três pontos. E casoo conseguisse fazer distanciar-se deforma clara da linha de despromoção.

Do outro lado da barricada, esta-va uma cara bem conhecida. Um no-

Regresso deMota foi feliz...para osforasteirosPARTIDA ENTRE ADVERSÁRIO DIRETOSADOCICADA PELO REGRESSO DE JOSÉ MOTA A UMESTÁDIO ONDE FOI MUITO FELIZ, TERMINOUCOM VITÓRIA FLAVIENSE E UM COMPLICAR DEMATEMÁTICA PARA OS HOMENS DE INÁCIO

corresponder da melhor forma a umcanto batido por Bressan, levando aodelírio o cerca de milhar de adeptostransmontanos que se deslocaram atéà Vila das Aves.

Depois do golo, o jogo ficou-sepelo mesmo sentido, exceção para opontual lance venenoso dos visitan-tes. Baldé dispôs de uma par de oca-siões flagrantes para repor a igual-dade ainda no primeiro tempo, noentanto o marcador teimava em nãomexer. Aliás, Maras, foi herói não sópelo golo que marcou, mas tambémpelo que evitou, já que nos descon-tos da primeira parte negou o empa-te a Derley com um corte praticamen-te em cima da linha de baliza.

O segundo tempo não teve gran-de história para contar. O Chaves de-fendeu como podia a preciosa van-tagem que vinha desde os 10’ e o Aves,pouco criativo é certo, ia tentando,mais com o coração do que com a ca-beça, chegar ao golo que já merecia.

Desde a saída por lesão de VítorGomes ainda na primeira parte queLuquinhas se afirmou como motorofensivo, sendo o único com rasgoindividual para criar algo do nada.Baldé e Derley eram soldados muitodesapoiados e o Aves nunca conse-guiu desmontar o esquema defensi-vo de José Mota.

No final da partida, a frase da tar-de pertenceu mesmo ao ex-técnicodo Desportivo. “Queremos uma equi-pa de campeões para um campeona-to que está para homens de barbarija”, completa por Augusto Inácio mi-nutos depois. “É para homens debarba rija e para meninos a quemainda está a crescer o pelo na cara”,completou o treinador avense refe-rindo-se à diferença de experiênciaentre plantéis. ||||||

Iniciativa “1 Alimento por 1 Bilhete”conseguiu arrecadar duas toneladasde bens alimentares que revertempara o Banco Alimentar contra aFome da cidade do Porto. Mais de40 pessoas – entre atletas, staff eadeptos do clube – que garantiram,em regime de voluntariado, todas asquestões logísticas que uma iniciati-va desta dimensão exige.

me que ficará gravado na história doclube avense e que agora, dois me-ses depois de ter abandonado o co-mando técnico da equipa com quemconquistou a Taça de Portugal, regres-sava em estreia ao leme da aflita for-mação transmontana.

O primeiro lance de perigo até per-tenceu ao Desportivo das Aves, comum cabeceamento de Derley, mas oprimeiro grande bruaá pertenceu aosvisitantes, à passagem do minuto 5’,quando Luther Singh atirou do meioda rua com um pontapé fantástico eacertou em cheio no poste da balizade Beunardeau.

Uma ameaça que se transformouem prenúncio de um golo que acaba-ria mesmo por surgir para o Chaves.O central Maras foi à área contrária

DUAS TONELADAS PARAO BANCO ALIMENTAR

Desportivo das Aves aproveitou ointervalo da partida frente ao Chavespara apresentar aos sócios e adep-tos avenses todos os escalões, mo-dalidades, profissionais e atletas queenvergam o símbolo do clube ao peitono âmbito do “Domingo em Família”.A imensa mancha vermelha que sal-tou da bancada para o relvado con-tava cerca de 500 pessoas. ||||||

TODA A FAMÍLIA AVENSESUBIU AO RELVADO

Em antecipação do Dia do Pai, os jo-gadores da equipa avense entraramem campo acompanhados pelos fi-lhos, dos mais velhos, já adolescen-tes, até aos mais pequeninos compoucos meses de vida.

CELEBRAR O DIA DO PAI

Atletas do Desportivo das Aves en-traram em campo com os nomes devítimas de violência doméstica nolugar dos seus, numa iniciativa dacampanha #NãoFiqueàEspera daMeo, patrocinador do CD Aves. To-das as camisolas foram colocadasnum leilão online, disponível na pla-taforma Esolidar, que termina no dia14 de abril. O valor angariado rever-te a favor da APAV – Associação Por-tuguesa de Apoio à Vítima.

CONTRA A VIOLÊNCIADOMÉSTICA

VER O DESPORTIVO – RIO AVE POR 12,5 EUROSO CD Aves vai disponibilizar autocarros para a deslocação a Vila do Conde com o acréscimode 2,5 euros ao preço do bilhete. Os ingressos para o jogo estão disponíveis na secretariado clube (até sexta-feira, dia 29 de março, às 18h30) e têm o custo de 10 euros. No sábado edomingo (até às 13h00), os bilhetes podem ser encontrados na sede-café.

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16 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

DESPORTO

18 - BAIÃO29 25 17 - NUN’ÁLVARES29 16

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - REBORDOSA AC 29 63

2 - TIRSENSE 29 56

3 - ALIADOS LORDELO 29 52

4 - FREAMUNDE 29 515 - SÃO PEDRO DA COVA 29 50

7 - LIXA 29 45

9 - GONDOMAR B 29 37

10 - VILA MEÃ 29 36

11 - BARROSAS 29 36

6 - SOUSENSE 29 45

29

13 - CD SOBRADO 29 34

16 - VILA CAIZ

29 3114 - ERMESINDE 193629 29 15 - VILARINHO29 25

12 - ALIANÇA GANDRA 29 35

408 - LOUSADA

SÉRIE 2 | DIVISÃOELITE AF PORTO

SERIE A | CAMPEONATODE PORTUGAL

18 - GIL VICENTE27 11 17 - GD MIRANDÊS00 00

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - VIZELA 27 61

2 - TROFENSE 27 57

3 - S. MARTINHO 27 554 - FAFE 27 545 - FELGUEIRAS 1932 27 53

7 - CHAVES SATÉLITE 27 37

9 - PEDRAS SALGADAS 27 32

10 - MERELINENSE 27 29

11 - MARIA DA FONTE 27 27

6 - MIRANDELA 27 44

27

13 - LIMIANOS 27 24

16 - VILAVERDENSE

27 2214 - AD OLIVEIRENSE

27 18 15 - C. TAIPAS27 12

12 - TORCATENSE 27 25

368 - MONTALEGRE

São Martinhovence e continuano encalcedo TrofenseSÉRIE A DO CAMPEONATODE PORTUGAL ESTÁ AORUBRO COM QUATROEQUIPAS A LUTAR PELOÚLTIMO LUGAR DE ACESSOAO PLAY-OFF DE PROMOÇÃO

São Salvador évice-campeãonacional de veteranos

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Um dos jogos que certamente vai fi-car na memória coletiva dos sócios eadeptos que encheram o Abel AlvesFigueiredo com mais de nove mil pes-soas. O FC Tirsense bateu o Freamun-de por 3-2 num jogo de emoções àflor da pele até ao último minuto.

Tirsenseisola-se nosegundo lugarEQUIPA JESUÍTA VENCEU ORIVAL DIRETO NA TABELAFREAMUNDE EM MAIS UMAENCHENTE HISTÓRICA DOABEL ALVES FIGUEIREDO EDESTACOU-SE NA SEGUNDAPOSIÇÃO DO CAMPEONATO

Dois pontos separam terceiro de se-gundo classificado. Dois pontos se-param quinto de terceiro. As contasdo campeonato de Portugal fazem-seao ponto, ao golo mesmo. E o quenuma jornada é verdade, na seguintepode já não o ser.

Os comandados de AgostinhoBento têm cumprido o seu papel.Depois da vitória por 2-0 no terrenodo último classificado, conquistadano últimos minutos é certo com go-los de George Ofosu (80’) e Nei(90’), os campenses foram a Chavesdefrontar a equipa Satélite.

O triunfo por 2-0 foi também con-seguido apenas no segundo tempo.Desta feita, aproveitando um auto-golo de Pedro José aos 62’ e maistarde, aos 74’, Vasco Costa dilatou avantagem e estabeleceu o resultadofinal.

O São Martinho aproveitou assimo deslize do Fafe para se isolar noterceiro lugar, mantendo distânciaspara o Trofense e Felgueiras 1932.Na próxima jornada, o regresso acasa para defrontar o Limianos. ||||||

O campeonato nacional de corta ma-to, competição rainha do calendá-rio de inverno do fundo portuguêsrealizou-se em Lisboa no parque daBela Vista e o São Salvador do Cam-po mais uma vez destacou-se comouma das melhores equipas nacio-nais ao ser 2° classificado em vete-ranos com 5 medalhas individuais.Davide Figueiredo em M45 e Joa-quim Figueiredo M50, subiram aolugar mais alto do pódio e conquis-taram o ouro. Já, Abílio Costa emM50, António Costa Prata M45 eJoaquim Lopes M55, trouxeram paracasa a medalha de bronze.

Em absolutos o clube de SantoTirso lutou até aos últimos metrospelo pódio mas ficou pelo 4° lugara escassos pontos do troféu.

No Porto, na Corrida de dia do

Consequência do ambiente fan-tástico, o Tirsense entrou forte no en-contro chegou mesmo ao golo atra-vés de Ben, aos 17’, com um remateforte à entrada da área. Sete minutosmais tarde, foi a vez de Bobô fazer ogosto ao pé e ampliar a vantagem daequipa da casa com uma emenda aum remate de Maicon. Só que quan-do os adeptos da casa faziam a festa,Freamunde reduziu de imediato, comum golo de Ítalo Cortés.

Até ao intervalo, o Tirsense este-ve por cima e perto do terceiro golo,mas foi com 2-1 que se chegou aofinal da primeira parte.

No segundo tempo o sentido dejogo manteve-se e o Tirsense subiuao relvado com o mesmo ímpeto ofen-sivo e não deu grandes chances aoFreamunde, acabando mesmo por che-gar ao terceiro golo, novamente commarca do goleador Bobô aos 65’.

A perder por três bolas a uma, oFreamunde mostrou-se mais ao jogoe nos últimos minutos colocou oshomens da casa em apuros. Contu-do, os visitantes só conseguiram re-duzir em cima do minuto 90’, golode Carlão.

Frente ao Sousense, a equipa deTonau foi ao terreno do adversáriovencer por dois zero, golos Bobô aos43’ e Bana Soares 79’ e aproveitou oempate a zero do Freamunde para sedistanciar do adversário mais direto.

O Vilarinho bateu o Barrosas por3-1 no Municipal das Agras e ganhoualgum fôlego na luta do fim da tabe-la. Golos foram apontados por Mica,de penalti, Mário Neiva e Rui Peto.

Na próxima jornada o FC Tirsensevolta a jogar fora de portas, desta fei-ta frente ao Gondomar B. Já o Vila-rinho desloca-se a Baião para de-frontar a formação local. |||||

ATLETISMO

pai, António Pedro Rocha foi o gran-de vencedor enquanto Daniel Pi-nheiro subiu ao pódio na 3ª posi-ção, numa prova muito participadaonde o São Salvador do Campo foio clube dominador.

Em Amarante, na Meia Marato-na, Carlos Costa foi o 5° classifica-do da geral, enquanto Abílio Costafoi 2° em M50, Nuno Queiroz 3°em M40 e Belmiro Rodrigues 3°emM55. Nos 10km inseridos na meiamaratona, Nuno Costa foi o grandevencedor deixando na segundaposição Carlos Silva.

Em Lisboa na Meia Maratona,Carlos Silva com um excelente re-sultado venceu o escalão M35, en-quanto Pedro Cruz em Albergaria-a-Velha subiu ao pódio na 3°posi-ção do mesmo escalão. ||||||

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ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019 | 17

O atleta do Maratona Clube de Portu-gal garantiu os mínimos nos 100 me-tros, com o registo de 25,21 segun-dos, após a participação na prova extrado Km Jovem Regional, competiçãorealizada na cidade de Braga.

João Correia, natural de Santo Tir-so, afirma que “este apuramento espe-lha o trabalho que tenho desenvol-vido nos últimos meses. Estabeleceresta marca após 7 meses da cirurgiaque me colocou entre a vida e a mor-te, é algo que a mim me faz refletir!”

João Correia nasceu em 1983 e,aos dois anos, sofreu um acidente queo deixou numa cadeira de rodas. Em1991, começou a praticar desporto, tor-nando-se no primeiro português aganhar uma medalha internacional,na modalidade de atletismo em cadei-ra de rodas. Já conta com 18 anos decarreira e mais de 65 participações emprovas nacionais e internacionais. |||||

João Correiaqualifica-separa oProgramaParalímpicoPRIMEIRO ATLETA PORTU-GUÊS A GANHAR UMAMEDALHA INTERNACIONALPARA O ATLETISMO EMCADEIRAS DE RODAS,QUALIFICA-SE PARA O PRO-GRAMA DE PREPARAÇÃODOS JOGOS PARALÍMPICOSDE TÓQUIO 2020

A Federação Nacional Karate Por-tugal, com o apoio do Karate ClubeAlto Tâmega, organizou o campeo-nato regional de infantis, iniciadose juvenis da região norte, prova quedecorreu no dia 16 de março nopavilhão municipal de Chaves, reu-nindo 500 atletas das três catego-rias, masculinos e femininos.

Pelo segundo ano consecutivo,o atleta da AR Rebordões, Gonçalo

KARATÉ | CAMPEONATO REGIONAL

Gonçalo Pereira sagrou-se campeão regional

Armindo competeno Rali de Santo TirsoConfessa que era “um sonho anti-go” que apenas agora se vai concre-tizar. Armindo Araújo vai, pela pri-meira vez, participar no Rali de San-to Tirso, como concorrente. “Ape-sar de já ter corrido pelo mundofora, em quase todos os continen-tes, nunca tinha feito o Rali de San-to Tirso. Este ano, foram criadas ascondições para estarmos presentes”,revela o piloto natural de Santo Tirso.

Atualmente a defender o títulode campeão nacional de ralis, Ar-mindo Araújo irá juntar-se aos maisde 80 participantes na prova. Como público a crescer de ano para ano,o piloto de Santo Tirso acredita queserá “um dia fantástico” e promete“um bom espetáculo”.

Para o presidente da Câmara Mu-nicipal, Joaquim Couto, “é um orgu-lho” contar com a participação deArmindo Araújo no Rali de SantoTirso. “É mais um contributo que dá

prestígio a esta prova”, sublinha oautarca.

O Rali de Santo Tirso é a tercei-ra prova do Campeonato Norte deRalis, a primeira disputada em asfal-to, e tem lugar nos dias 29 e 30 demarço. Assim, já na sexta-feira à noi-te, realiza-se a super-especial, a partirdas 20h30, junto ao Mosteiro deS. Bento e do Museu Internacionalde Escultura Contemporânea.

No sábado, a prova concentra-se,este ano, na zona este do Municí-pio. Vila Nova do Campo/ Roriz (com6,2 quilómetros e tripla passagem),Mourinha/Hortal (com 8,7 quilóme-tros tripla passagem e ainda MonteCórdova/Assunção (com 6,1 quiló-metros e dupla passagem) serão osfocos da animação. No total são 58,5quilómetros de competição.

Nesta edição, o Rali de Santo Tirsopontua ainda para o “Desafio Kum-ho Portugal” e para a Copa 106. |||||

Pereira sagrou-se campeão regionalem kumite juvenil masculino -40kg.Também, Rui Costa, da mesma as-sociação, alcançou a medalha debronze em kumite juvenil +60kg.Do Shotokan Vila das Aves, Igor Pe-reira conseguiu um excelente 3ºlugar em kumite juvenis -45kg.

Os atletas medalhados estarãono dia 27 de abril, na Mealhada,para lutarem pelo título nacional. |||||

AUTOMOBILISMO

TÓQUIO 2020

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20 | ENTRE MARGENS | 28 MARÇO 2019

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

11 de abril

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Colocar a Vila das Aves na rota dosgrandes concertos de verão. A pri-meira edição do “Aves Fest” chegapleno de ambição e um cartaz quepromete fazer cumprir as promessas.

Nos dias 29, 30 e 31 de agos-to, a Fábrica do Rio Vizela vai rece-ber Toy, Quim Barreiros, Piruka, osAzeitonas, Sérgio Mirra, Camaleãopara além dos DJs FunkYou2, Mi-guel Rendeiro e Francisco Praia.

O evento será organizado emparceria com a junta de freguesia deVila das Aves e a associação SótãoEstival pretende, segundo JoaquimFaria, presidente da junta de fregue-sia de Vila das Aves, “implementara nível concelhio e regional um fes-tival multicultural com vários tiposde artistas para várias faixas etárias.”

Nesse sentido, Filipa Coelho, res-ponsável pela área da juventudena autarquia local, refere que oobjetivo é “colocar a juventude asair do lugar do conforto, vir paraa rua e para isso nada melhor queos pôr a ouvir música.”

Depois de um pequeno ensaio

Quim Barreiros, Toy eos Azeitonas lideramcartaz do primeiro ‘Aves Fest’EVENTO A REALIZAR DE 29 A 31 DE AGOSTO NA FÁBRICA DO RIO VIZELAPROMETE COLOCAR VILA DAS AVES NO MAPA DOS FESTIVAIS ESTIVAIS.BILHETES DIÁRIOS E PASSES GERAIS ESTARÃO À VENDA A PARTIR DE 1 DE ABRIL.

Os aficionados dos hábitos de vida sau-dável e do equilíbrio ente o corpo e amente encontram-se no “Rest Day”, queapresenta uma abordagem diferente aoconceito do fitness e junta várias moda-lidades a serem praticadas ao mesmo tem-po e onde os participantes são desafia-dos a abraçar aquelas com que mais seidentifiquem.

Estimular o autoconhecimento, a auto-confiança, a promoção da saúde e o res-peito pelas diferenças de cor, religião egénero são alguns dos pontos nos quaiso evento se irá focar, nomeadamente atra-vés da meditação, da ioga ou o reiki.Psycle Hiit, massagens, bodypainting e ummercado com produtos locais onde aalimentação saudável e a nutrição serãoos pontos de destaque.

Animação, performances, bandas e Djstrazem ao festival a componente mais ale-gre e descontraída. O foco mantém-se,ainda assim, na vida saudável com a pre-sença de chefs de cozinha a proporcio-nar experiências gastronómicas que pre-tendem incentivar a mudança de hábitosde alimentação.

O festival decorre no Parque Ribeiro

Parque RibeiroMatadouro recebe1º ‘Rest Day Festival’DIA 6 DE ABRIL SANTO TIRSO RECEBE A PRIMEIRA EDIÇÃO DOFESTIVAL DEDICADO À SAÚDE E BEM-ESTAR QUE INCLUIATIVIDADES COMO AULAS DE PILATES CHI KUNG EWORKSHOPS DE LIMPEZA HEPÁTICA E AUTO-HIPNOSE.

do Matadouro (Santo Tirso), no dia6 de abril, e os bilhetes, que dão aces-so a todas as atividades do progra-ma, começam nos 20 e vão até aos40 euros e podem ser adquiridosno site do festival. ||||||

Animação, performan-ces, bandas e Djs tra-zem ao festival acomponente maisalegre e descontraída.

SANTO TIRSO | SAÚDErealizado no verão transato, a jun-ta de freguesia decidiu avançar paraalgo de maior envergadura. “A ideiafoi bonita, as pessoas gostaram eentão este ano decidimos não pa-rar, vamos crescer, vamos continu-ar a aumentar a fasquia”, elucidou.

No centro do evento, para alémdas vertentes musical e social, estáa componente histórica inerente aoespaço que vai acolher o Aves Fest,a Fábrica do Rio Vizela. “Este foi oespaço em que pensamos pela di-mensão, pela história”, assinalou Fi-lipa Coelho. “Um espaço com umespólio fantástico, um passado quenos leva a momentos das nossas fa-mílias. Agora estão aqui os netos demuita gente que aqui trabalhou. Tra-zer os jovens aqui é sensibilizá-lospara uma história que existe e nãose deve deixar morrer”, argumentou.

Uma dicotomia entre passado ejuventude que interessou à SótãoEstival e convenceu a associação deRiba de Ave a tornar-se parceira naorganização do evento. SegundoJosé Castro, representante da Só-tão Estival, “a expectativa é muitogrande” para aquilo que classifica

como “um festival eclético”.“Há um acreditar de toda a gente

de que efetivamente vai mover dealguma maneira Vila das Aves e nãosó”, afirmou o representante da Só-tão Estival que anunciou ainda umaparceria com a rede de supermerca-dos Jumbo para a venda de bilhetes.

O passe geral para os três diasterá o custo de 15 euros, sendoque o bilhete diário custará 8 euros.Os bilhetes estarão à venda no dia1 de abril na junta de freguesia deVila das Aves, no mercado em Ribad’Ave (sede da Sótão Estival) e em8 lojas do Jumbo (Gondomar, Maia,Famalicão, Guimarães, ArrábidaShopping, Mar Shopping, ParqueNascente e Santo Tirso). |||||

VILA DAS AVES | FESTIVAL

O passe geral para ostrês dias terá o custode 15 euros, sendoque o bilhete diáriocustará 8 euros.Os bilhetes estarãoà venda a partir dopróxio dia 1 de abril