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E N T R E V I S T A Mariana Rebouças por Simone Pallone e Wanda Jorge 6 Pintec: pequenas empresas mostram melhor desempenho DESEMPENHO DA PEQUENA EMPRESA, AUMENTO DE PARCERIA COM CENTROS DE PESQUISA E O APOIO GOVERNAMENTAL SÃO PONTOS POSITIVOS DA PINTEC 2003 A taxa de inovação teve uma peque- na alta — de 31,5% para 33,3% — no triê- nio 2001-2003, em comparação com os três anos imediatamente anteriores, medidos pela primeira versão do estu- do realizados pela Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec) de 2003, divulgada pelo Instituto Brasi- leiro de Geografia e Estatística (IBGE) em junho último. A pesquisa foi feita entre 2000 e 2003, com uma amostra estatística colhida em todo o país e con- cluiu que, de um universo de 84,3 mil empresas, 28 mil inovaram. Segundo a coordenadora da pesquisa, Mariana Rebouças, a pesquisa contém algumas surpresas. A primeira é que mesmo diante de um cenário macroeconômico adverso, as empresas inovaram, e a segunda é que as empresas que garan- tiram esse resultado, foram as peque- nas, que são as que mais sofrem com alterações de ordem econômica. Em entrevista à revista Inovação Uniemp, a economista comenta os principais resultados da pesquisa e fala das novi- dades para a próxima Pintec. Os números divulgados pela Pintec, de crescimento de apenas 1.8 pontos per- centuais na taxa de inovação das em- presas, são relevantes, diante do quadro macroeconômico de 2003? Mariana Rebouças Não sei se são números relevantes, porque o aumen- to foi muito pequeno em termos estatís- ticos. Mas eles sinalizam que está havendo uma maior percepção da importância da inovação por parte dos empresários. Os anos de 2001, 2002 e 2003 foram de turbulências, difíceis para a indústria brasileira, principal- mente em relação à expectativa para o investimento. Em 2001 houve o início da crise da Argentina, depois o raciona- mento de energia, em seguida, a reper- cussão do 11 de setembro na economia americana, refletindo no desaqueci- mento econômico mundial. Em 2002, teve toda a tensão pré-eleitoral nos Esta- dos Unidos, a elevação do câmbio a quase R$ 4 o dólar, e 2003 foi um ano de crescimento muito baixo, pratica- mente nulo. Eu chamo esse cenário de adverso para o investimento. No entan- to, mesmo diante desse cenário, as empresas investiram em inovação, aumentando ligeiramente o número de empresas inovadoras. A expectativa era, então, de decrésci- mo nessa taxa? Mariana Exatamente. Mesmo assim os empresários investiram em proje- tos baratos, de baixo risco e por isso o gasto caiu. Nesse sentido parece-me que essa informação do ligeiro aumen- to da taxa de inovação sinaliza que os empresários estejam incorporando essa cultura inovativa. Em 1998-2000 predominava a inovação só em processo. Em 2001-2003 as em- presas parecem ter adotado a estraté- gia de inovar em produto e processo. A que é atribuída essa mudança? Mariana A inovação em produto é um dos sinais positivos na Pintec. Além do ligeiro aumento na taxa de inovação, percebe-se que a estratégia de inovar em produto e em processo foi maior que a de inovar apenas em processo, como ocorreu em 2000. Parece que estamos entrando em outro patamar de competitividade, no qual a diferenci- ação por produto é mais importante do que o corte de custos. Quando você

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E N T R E V I S T A

M a r i a n a R e b o u ç a s

por Simone Pallone e Wanda Jorge

6

Pintec: pequenas empresasmostram melhor desempenho

DESEMPENHO DA PEQUENA EMPRESA, AUMENTO DE PARCERIA COM CENTROS DE PESQUISA E O APOIO GOVERNAMENTAL SÃO PONTOS POSITIVOS DA PINTEC 2003

A taxa de inovação teve uma peque-na alta — de 31,5% para 33,3% — no triê-nio 2001-2003, em comparação com ostrês anos imediatamente anteriores,medidos pela primeira versão do estu-do realizados pela Pesquisa Industrialde Inovação Tecnológica (Pintec) de2003, divulgada pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE)em junho último. A pesquisa foi feitaentre 2000 e 2003, com uma amostraestatística colhida em todo o país e con-cluiu que, de um universo de 84,3 milempresas, 28 mil inovaram. Segundo acoordenadora da pesquisa, MarianaRebouças, a pesquisa contém algumassurpresas. A primeira é que mesmodiante de um cenário macroeconômicoadverso, as empresas inovaram, e asegunda é que as empresas que garan-tiram esse resultado, foram as peque-nas, que são as que mais sofrem comalterações de ordem econômica. Ementrevista à revista Inovação Uniemp,a economista comenta os principaisresultados da pesquisa e fala das novi-dades para a próxima Pintec.

Os números divulgados pela Pintec, de

crescimento de apenas 1.8 pontos per-

centuais na taxa de inovação das em-

presas, são relevantes, diante do quadro

macroeconômico de 2003?

Mariana Rebouças Não sei se sãonúmeros relevantes, porque o aumen-to foi muito pequeno em termos estatís-ticos. Mas eles sinalizam que estáhavendo uma maior percepção daimportância da inovação por parte dosempresários. Os anos de 2001, 2002 e2003 foram de turbulências, difíceispara a indústria brasileira, principal-mente em relação à expectativa para oinvestimento. Em 2001 houve o inícioda crise da Argentina, depois o raciona-mento de energia, em seguida, a reper-cussão do 11 de setembro na economiaamericana, refletindo no desaqueci-mento econômico mundial. Em 2002,teve toda a tensão pré-eleitoral nos Esta-dos Unidos, a elevação do câmbio aquase R$ 4 o dólar, e 2003 foi um anode crescimento muito baixo, pratica-mente nulo. Eu chamo esse cenário deadverso para o investimento. No entan-to, mesmo diante desse cenário, asempresas investiram em inovação,aumentando ligeiramente o número deempresas inovadoras.

A expectativa era, então, de decrésci-

mo nessa taxa?

Mariana Exatamente. Mesmo assimos empresários investiram em proje-tos baratos, de baixo risco e por isso ogasto caiu. Nesse sentido parece-meque essa informação do ligeiro aumen-to da taxa de inovação sinaliza que osempresários estejam incorporandoessa cultura inovativa.

Em 1998-2000 predominava a inovação

só em processo. Em 2001-2003 as em-

presas parecem ter adotado a estraté-

gia de inovar em produto e processo. A

que é atribuída essa mudança?

Mariana A inovação em produto é umdos sinais positivos na Pintec. Alémdo ligeiro aumento na taxa de inovação,percebe-se que a estratégia de inovarem produto e em processo foi maiorque a de inovar apenas em processo,como ocorreu em 2000. Parece queestamos entrando em outro patamar decompetitividade, no qual a diferenci-ação por produto é mais importantedo que o corte de custos. Quando você

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PARECE QUE ESTAMOS ENTRANDO EM

OUTRO PATAMAR DE COMPETITIVIDADE, NO

QUAL A DIFERENCIAÇÃO POR PRODUTO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O CORTE DE CUSTOS

inova em processo, está tentando me-lhorar a produtividade, introduzir ino-vações no processo de produção daque-les produtos de que dispõe. O objetivoé aumentar a competitividade via me-lhor eficiência do processo. Esse tipode inovação era o que predominava. Ocrescimento na taxa de inovação emproduto e em processo indica que oscustos continuam sendo importantes,mas a diferenciação de produto entrana pauta.

Apesar dessa mudança, a taxa relati-

va à introdução de produtos novos para

o mercado caiu de 4,1% para 2,7%. O que

isto significa em termos de competitivi-

dade dessas empresas? Melhora a com-

petição interna, mas a externa fica pre-

judicada?

Mariana O cenário adverso fez comque, mesmo indo para esse novo pata-mar de competitividade, as empresasbuscassem projetos baratos e de me-nor risco. O projeto que inova para omercado nacional tem um grau de no-

vidade maior embutido e, provavel-mente, tem um custo maior e um riscomaior. Diante desse cenário, as empre-sas procuraram diferenciar produtosproduzindo similares. O empresárioidentifica que o concorrente está fa-zendo um produto, que é aceito e dese-jado pelo mercado, então passa aimitá-lo, e faz algo que não sabia fa-zer. As empresas inovaram, a taxacresceu, mas inovaram com projetosde custo mais baixo e de risco menorcomparado a 2000. Com um grau denovidade menor.

E como isso se reflete nas exportações?

Mariana As exportações foram o úni-co vetor positivo naquele cenário de2003. Naquele ano, a formação brutade capital fixo, que é a taxa de investi-mento na economia, caiu. Caiu o con-sumo das famílias, o consumo do go-verno, e o que cresceu foram as expor-tações. O crescimento da indústria em2003 foi impulsionado em grande partepelo movimento da agroindústria e dasexportações. Houve um esforço paraexportar. Produtos novos para umadeterminada empresa, mas não neces-sariamente novos para o mercado mun-dial ou para o nacional, e apenas algunspoucos realmente novos para o merca-do doméstico.

Quantas dessas empresas inovaram

para o mercado mundial?

Mariana Apenas 177 empresas ino-varam para o mercado mundial, numuniverso de 84.262 empresas. Para omercado nacional, as empresas que ino-varam em produto foram 2.297, enquan-to que, em novos processos, apenas1.023 empresas. Ao todo, 2.844 empre-sas puderam ser consideradas inovado-ras no mercado nacional. Ou seja, emum universo de 84.262, o estudo iden-tifica 28 mil como inovadoras, dessas,apenas 2.844 inovaram para o merca-do interno. E, ainda, somente 177 foraminovadoras para o mercado mundial.Nesse sentido, é possível observar queas inovações de maior teor de novidadesão de poucas empresas e, geralmente,as grandes. Em relação aos setoreseconômicos, as inovações não foramdesenvolvidas naqueles de maior inten-sidade tecnológica. Algumas são dosetor de alimentos, por exemplo. Entreas empresas que inovaram em produ-to, que foram 148, uma pertence ao setorextrativo, outra ao de refino, 17 dequímica e 32 pertencem ao setor me-

Assessoria de Im

prensa do IBGE

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tal-mecânico — que é de média-baixaintensidade tecnológica. Ou seja, essasempresas estão distribuídas em setoresque não são os mais intensivos.

Isto significa que nos setores mais

intensivos não houve inovações?

Mariana Houve, sim. Os quatro setoresde intensidade alta, nos quais ocor-reram inovações seriam os de aparelhose equipamentos de comunicação, comduas em produto; material eletrônicobásico, que teve uma em produto; e in-formática, sem nenhuma inovaçãomundial. Normalmente esses setoressão os que têm forte participação demultinacionais e que fazem a inovaçãona matriz ou, dependendo do caso,quando o Brasil é uma plataforma deexportação, a inovação pode até ser fei-ta aqui. Isso depende da estratégia glo-bal da empresa. Algumas fazem, comono caso do setor de biocombustível.Empresas de fabricação de peças paraveículos e automóveis também têm pro-movido inovações mundiais no Brasil.

Dos 33 setores industriais que a

pesquisa engloba, a taxa de inovação

só apresentou crescimento em oito deles

e os restantes apresentaram queda na

relação receita líquida e dispêndio. Que

setores apresentaram melhor desem-

penho na pesquisa?

Mariana Alguns setores apresentaramuma taxa elevada comparada com amédia da indústria, que foi de 33,3%. Osetor de aparelhos e equipamentos paracomunicações, por exemplo, apresen-tou uma taxa de 51,8% e material

eletrônico básico de 61,7%, portanto,bem acima da média da indústria.Entretanto, com relação ao ano de 2000,esses setores tiveram a taxa de ino-vação reduzida. No caso de materialeletrônico básico, a taxa que era de62,9% passou para 61,7% em 2003.Material eletrônico e aparelhos eequipamentos de comunicações, quetinham um índice de 62,5%, caíram para56,7%. Ainda assim, elas são a segun-da e a quarta indústrias que mais ino-varam. A primeira foi informática(71,2%), depois material eletrônico bási-co (61,7%), em seguida automóveis,caminhões, camionetas, utilitários eônibus (57,5%), depois material eletrôni-co e de aparelhos e equipamentos decomunicações (56,7%). Em quinto lugar,ficaram os produtos farmacêuticos(50,4%). Ou seja, houve crescimento emtodos os setores de alta ou de médiaintensidade de inovação, como é o casode automóveis.

O aumento de 31,5% para 33,3% decor-

reu, principalmente, do movimento das

empresas que empregam de 10 a 49 pes-

soas. Por quê?

Mariana Essa é a grande novidade daPintec. Mostrar que mesmo naquelecenário adverso houve empresasinvestindo em inovação e essencial-mente as pequenas. Todas as outrasfaixas de tamanho apresentaram que-da. Para mim, isso sinaliza que a ino-vação está entrando na agenda dasempresas, principalmente das peque-nas. Houve uma mudança de cultura. Apequena empresa, que num cenárioadverso é a mais atingida, mesmoassim inovou. Há um movimento dasexportações ajudando, mas observa-mos que há uma preocupação dessasempresas de entrar no mercado comprodutos mais novos, o que levou aoaumento da taxa de inovação no perío-do. Até nas empresas de 500 ou maispessoas ocupadas teve uma retração,embora pequena, de 75,7 para 72,5%. Épossível reparar que todo mundoinvestiu, mas investiu pouco, até mes-mo a pequena empresa investiu umpouco. Quando se fala em termos degastos, a relação entre gasto e receita,a taxa caiu em vários setores, mas ataxa só cresceu, por faixa de tamanho,na pequena.

A parceria das empresas com as uni-

versidades e centros de pesquisa tam-

bém caiu de 2,5 mil para apenas 1 mil.

Quais os problemas detectados para

que isso tenha acontecido?

Mariana Acredito que a escolha de pro-jetos de menos risco e menos caros le-vou a essa retração no número de em-presas desenvolvendo parcerias parainovar. Repare que na grande empresanão houve queda. O número de grandesempresas que inovavam por meio de

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prensa do IBGE

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E N T R E V I S T A

parcerias continuou, e até aumentou.A grande empresa tem muito maiscapacidade de construir uma rede decooperação. A pequena vai depender deum Arranjo Produtivo Local (APL), oude estar envolvida em uma dessas redesde uma grande empresa e, normal-mente, são as médias as que têm maisacesso a essas redes. Quanto à peque-na, acredito que tenha deixado de bus-car parcerias com a universidadeporque, provavelmente, os projetos queenvolvem a parceria são mais caros emais arriscados.

Qual foi o impacto dos apoios governa-

mentais à P&D sobre a taxa de inovação?

Mariana A maior parte dos instrumen-tos de apoio à inovação foram consti-tuídos a partir de 1999. São, portanto,muito recentes. Entretanto, a Pintec2003, comparada com a anterior, já mos-tra um crescimento no número de em-presas que utilizaram esses instrumen-tos, o que é positivo. Mesmo assim, essenúmero ainda é reduzido. Apenas 18,7%das empresas receberam apoio gover-namental, quando no período entre 1998e 2000 foram 16,9%. Isso está relaciona-do ao ambiente econômico.

Essa maior oferta de apoios governa-

mentais a partir de 1999 pode ter se

refletido na avaliação dos problemas

e obstáculos apontados pelas empre-

sas? Entre os obstáculos apontados

pelos empresários, houve uma queda

de 62,1 para 56,6 no item "Escassez de

fontes de financiamento".

MarianaO principal obstáculo sempresão os elevados custos da inovação, queestão relacionados ao ambiente eco-nômico, que diz respeito às taxas dejuros para inovar, ao preço do financia-mento, enfim, riscos econômicos exces-sivos e escassez de fontes de financia-mento. Esses três itens tiveram umdecréscimo, mas não acredito que te-nha sido em função de uma maior ofer-ta de programas governamentais. Háuma queda na freqüência de todos es-ses itens, exceto em falta de pessoalqualificado e dificuldade para se ade-quar a padrões. Essa freqüência temque ser olhada com cuidado, porqueacredito que a queda em alguns itensse deve ao fato de as empresas terem seacostumado com a pesquisa, respon-dendo de forma mais criteriosa àsquestões, em relação à anterior.

Nas mais de 28 mil empresas consul-

tadas, a quantidade de profissionais

de nível superior em tempo integral tra-

balhando com inovação subiu de 20 mil

para 21,8 mil. Se houve menor gasto das

empresas, dá para concluir que houve

achatamento salarial?

Mariana O menor gasto da empresafoi principalmente devido à queda naaquisição de equipamentos. Não pos-so concluir que tenha havido achata-

mento salarial. A pesquisa não pergun-ta isso diretamente. No entanto, a Pin-tec é uma sub-amostra da pesquisaindustrial anual. Vamos construir umabase de dados ampliada da Pintec, naqual traremos informações de variáveiseconômicas não levantadas por estapesquisa, mas que as empresas respon-deram no levantamento industrialanual. Custos, despesas, salários, va-lor da transformação industrial, queé uma proxy do PIB industrial, sãoalguns exemplos de variáveis que per-mitem aos estudiosos, com tabulaçõesespeciais solicitadas ao IBGE, desco-brir mais detalhes sobre as empresasinovadoras. Introduzimos tambémdados da Secex [Secretaria de Comér-cio Exterior], para saber se as empre-sas exportadoras são as mais inovado-ras e vice-versa. Ou seja, essa pergun-ta deve ficar para quando tivermos abase de dados ampliada.

Quais devem ser as novidades para a

próxima Pintec?

MarianaNesta Pintec ainda, em breve,vamos disponibilizar ao público umabase mais ampliada, cruzando infor-mações da pesquisa industrial anual eda Secex e estamos negociando a pos-sibilidade de introduzir a Rais [RelaçãoAnual de Informações Sociais], juntocom a Pintec, para solicitações de tabu-lações especiais. Para a próxima Pintec,pretendemos expandir o âmbito paraalém da indústria, incluindo setores deserviços tais como telecomunicações,informática, P&D, e outros que conside-ramos importantes para ajudar a traçarum perfil de inovação tecnológica nosetor industrial brasileiro.

O NÚMERO DE GRANDESEMPRESAS QUE INOVAM POR MEIO DE PARCERIAS CONTINUOU, PORQUE AGRANDE EMPRESA TEM MUITO MAIS CAPACIDADE DE CONSTRUIR UM REDE DE COOPERAÇÃO

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