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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN OSASCO ANA BEATRIZ DA SILVA DANILO SOARES SILVA ILDEMBERTO A. F. FILHO JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR RENATA O. B. DA SILVA ROSEMARY M. DA SILVA THIAGO P. DOS SANTOS ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS OSASCO 2012

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA - ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO

ANA BEATRIZ DA SILVA

DANILO SOARES SILVA

ILDEMBERTO A. F. FILHO

JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR

RENATA O. B. DA SILVA

ROSEMARY M. DA SILVA

THIAGO P. DOS SANTOS

ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS

ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS

OSASCO

2012

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA - ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO

ANA BEATRIZ DA SILVA

DANILO SOARES SILVA

ILDEMBERTO A. F. FILHO

JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR

RENATA O. B. DA SILVA

ROSEMARY M. DA SILVA

THIAGO P. DOS SANTOS

ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS

ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec Prof. André Bogasian, como requisito parcial para a obtenção do título de Técnico em Logística. Orientadora: Professora Elisabete B. Aragão Araújo.

OSASCO

2012

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO

Termo de Autorização de Divulgação do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico

de Logística, na qualidade de titulares dos direitos morais e patrimoniais de autores

da Obra ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS, Trabalho de

Conclusão de Curso apresentado na ETEC Prof. André Bogasian, município de

Osasco em 20 de junho de 2012 autorizamos o Centro Paula Souza reproduzir

integral ou parcialmente o trabalho e/ou disponibilizá-lo em ambientes virtuais, a

partir desta data, por tempo indeterminado.

Osasco, 20 de junho de 2012.

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC -

PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO

TERMO DE AUTENTICIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico

de Logística na ETEC Prof. André Bogasian, município de Osasco declaramos ter

pleno conhecimento do Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de

Curso do Centro Paula Souza. Declaramos, ainda, que o trabalho apresentado é

resultado do nosso próprio esforço e que não há cópias de obras impressas ou

eletrônicas, é autêntico e original.

Osasco, 20 de junho de 2012.

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ANA BEATRIZ DA SILVA

DANILO SOARES SILVA

ILDEMBERTO A. F. FILHO

JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR

RENATA O. B. DA SILVA

ROSEMARY M. DA SILVA

THIAGO P. DOS SANTOS

ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS

ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à Etec Prof. André

Bogasian, como requisito parcial para a obtenção do título de Técnico em Logística,

com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos

professores:

__________________________________

Elisabete B. Aragão Araújo

Profª Responsável pela Disciplina Desenvolvimento de

Trabalho de Conclusão de Curso e Orientadora - Etec Prof. André Bogasian

__________________________________

Prof. Etec Prof. André Bogasian

_______________________________________

Prof. Etec Prof. André Bogasian

_______________________________________

Prof. Convidado Etec Prof. André Bogasian

Osasco, 20 de junho de 2012.

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Dedicamos este trabalho aos nossos pais e

amigos que com seu apoio nos proporcionaram

motivação e coragem para a realização deste

trabalho, e a todos aqueles que acreditaram em

nossa capacidade.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por estar sempre presente e por possibilitar o

encontro e a união dos integrantes do nosso grupo, o que acarretou na existência de

uma amizade inestimável.

Aos nossos pais que sempre estiveram ao nosso lado e nos orientaram e

ensinaram a verdadeira essência da vida.

Aos nossos irmãos, irmãs e amigos que acreditaram na possibilidade da

realização deste trabalho, e que nos serviram de inspiração nesta jornada.

À nossa orientadora, Professora Elisabete B. Aragão Araújo cuja atenção e

compreensão foram de suma importância para o desenvolvimento, formatação e

apresentação final deste projeto.

À White Martins que abriu suas portas e apresentou-se disposta a nos

auxiliar, o que permitiu o enriquecimento e a finalização de nossas pesquisas.

A todos que direta e indiretamente colaboraram com o sucesso deste

trabalho.

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“A sua Atitude é o seu Sucesso, porque só se obtém sucesso quem tem atitude para correr atrás de seus objetivos.”

Olívia Profeta

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13

2. PROBLEMÁTICA ................................................................................................. 14

3. CLASSIFICAÇÃO DOS GASES ........................................................................... 15

3.1 Classificação dos Gases por suas Propriedades Físicas .................................... 15

3.2 Classificação dos Gases quanto ao Risco .......................................................... 15

4. CARACTERÍSTICAS E UTILIZAÇÕES DOS PRINCIPAIS GASES INDUSTRIAIS

E MEDICINAIS .......................................................................................................... 16

5. EMBALAGEM ....................................................................................................... 17

5.1 Etapas do Processo de Produção dos Cilindros ................................................. 17

5.2 Identificação dos Cilindros ................................................................................... 17

5.3 Inspeção dos Cilindros ........................................................................................ 17

6. PROCESSO DE ENVASE .................................................................................... 18

7. SEGURANÇA ....................................................................................................... 18

7.1 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual ..................................................... 19

8. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ............................................ 20

8.1 Planejamento estratégico da produção ............................................................... 20

8.2 Planejamento mestre da produção ...................................................................... 21

8.3 Administração dos estoques ............................................................................... 21

8.4 Acompanhamento e controle da produção .......................................................... 21

9. KANBAN ............................................................................................................... 21

10. LEGISLAÇÕES ................................................................................................... 23

11. SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA ...................................................................... 32

11.1 Funcionamento do Dispositivo .......................................................................... 32

11.2 Integração do Dispositivo com o Quadro Visual ................................................ 32

11.3 Vantagens do Dispositivo .................................................................................. 33

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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35

GLOSSÁRIO DE TERMOS....................................................................................... 38

APÊNDICES ............................................................................................................. 39

ANEXOS ................................................................................................................... 44

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

EPI Equipamento de Proteção Individual

OMS Organização Mundial da Saúde

ONU Organização das Nações Unidas

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PCP Planejamento e Controle da Produção

PMP Planejamento Mestre de Produção

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PVC Policloreto de Vinila

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RESUMO

Este estudo de caso tem como tema central o envase de gases medicinais e

industriais e tem como objetivo propor a melhoria do controle da produção, por meio

de um dispositivo que indicará a temperatura e nível de volume nos cilindros. O

procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de entrevista com profissionais

da área, desde o recebimento da matéria prima até a distribuição dos cilindros, em

sites especializados e blogs que abordam o assunto. No referencial teórico foram

mencionados os seguintes temas: planejamento e controle da produção, kanban e

segurança. Esses temas foram estudados a fim de identificar uma opção mais viável

para o controle do envase, bem como a segurança e as condições de trabalho dos

funcionários. Para auxiliar, foi criado um sistema semelhante ao kanban, que atuará

em conjunto com o dispositivo tornando rápido e simples os processos operacionais

realizados na produção. E, com isso, a empresa poderá ter redução nos atrasos e

atender de maneira mais eficiente aos clientes.

Palavras-chave: envase – gases – segurança – Kanban – controle.

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1. INTRODUÇÃO

Nesse projeto, iremos abordar o processo de envasamento nos cilindros.

Essa operação está inclusa no planejamento e controle da produção, parte

importante da logística. Por tratar-se de um processo perigoso, a ocorrência de

problemas no envase poderá acarretar danos à empresa, aos funcionários, ao meio

ambiente e à sociedade.

De acordo com o Portal Amazônia em 02 de setembro de 2006 “Explosão

em empresa mata funcionário em Manaus.” O acidente ocorreu enquanto o

funcionário operava a máquina secadora de gás acetileno, para fazer o enchimento

de 60 tanques do produto químico. Além da morte do funcionário, a explosão causou

a destruição de parte do muro da empresa e de sete casas próximas.

Para o desenvolvimento do nosso trabalho, realizamos pesquisas por meio

de sites de empresas do ramo, em sites especializados e blogs que abordam o

assunto. Além disso, participamos de uma visita técnica na empresa White Martins,

onde recebemos informações de profissionais da área, desde o recebimento da

matéria prima até a distribuição dos cilindros.

Conforme visto na visita, a medição da temperatura durante o envase é feita

manualmente. Por isso, nós elaboramos o croqui de um aparelho baseado no

sistema Kanban, que visa diminuir os riscos e aumentar a segurança durante o

envase.

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2. PROBLEMÁTICA

O setor responsável pelo envase de cilindros dentro de uma indústria

química requer diversos procedimentos de segurança, que têm por finalidade

minimizar a possibilidade de ocorrer imprevistos, que por sua vez, podem causar

danos à empresa, aos funcionários, ao meio ambiente e à sociedade.

Para a empresa poderá acarretar sérios danos, tais como: financeiros: os

acidentes irão resultar em grandes custos, devido a processos, multas, perdas de

seus equipamentos e com a contratação de novos funcionários; produção: terá

atraso em todo o processo de envase do produto, gerando gargalos, que irão

comprometer a entrega do produto; operacional: por ser responsável por todo o

funcionamento da empresa, desde o enchimento de tanques externos até a

distribuição, qualquer problema prejudicará toda operação. Como o cliente é

considerado o foco da empresa, devemos evitar tais ocorrências para que se

mantenha a confiança e fidelidade entre cliente e empresa.

Os funcionários passam por um desconforto devido ao calor produzido

durante a operação de envase. Por mais que a empresa adquira equipamentos que

permitam uma maior circulação de ar, como por exemplo, ventiladores, a

temperatura do ambiente permanece incomoda, podendo prejudicar a saúde dos

mesmos.

O meio ambiente é um fator que merece um grande destaque, pois envolve

a sustentabilidade. Portanto, qualquer acidente pode causar grande impacto aos

recursos naturais, devido aos gases serem químicos.

A sociedade é diretamente atingida caso ocorra um desastre, pois com o

vazamento o ar passa a ser impróprio aos seres humanos, o que possibilita

envenenamento ou sufocamento. Além disso, pode trazer transtornos às pessoas,

como a evacuação de suas residências.

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3. CLASSIFICAÇÃO DOS GASES

Os gases podem ser classificados de acordo com suas propriedades físicas

ou com o risco que apresentam.

3.1 Classificação dos Gases por suas Propriedades Físicas

Os gases podem ser classificados em gases comprimidos, liquefeitos ou

altamente refrigerados, de acordo com suas propriedades físicas. Esta classificação

é relacionada ao estado em que o gás é mais comumente manipulado ou

transportado.

Gases Comprimidos (ou Permanentes): são gases que sempre estão no

estado gasoso e são armazenados em cilindros de alta pressão (nitrogênio,

oxigênio, ar comprimido, etc.);

Gases Liquefeitos (ou Condensáveis): são gases que se tornam líquidos

através do aumento da pressão na temperatura de -10 °C, mas que voltam ao

estado gasoso à temperatura abaixo de 17,5 °C com a pressão abaixo de 1 atm.

Também são armazenados em cilindros no estado líquido em equilíbrio com o

estado gasoso (óxido nitroso, dióxido de carbono, etc.);

Gases altamente refrigerados (ou Criogênicos): são gases que se

liquefazem em temperaturas muito baixas à pressão ambiente. São armazenados e

transportados em tanques criogênicos ou garrafas térmicas (oxigênio, nitrogênio,

etc.).

3.2 Classificação dos Gases quanto ao Risco

Os gases podem ser classificados conforme o risco que apresentam em

gases oxidantes, inertes, tóxicos, não-tóxicos, inflamáveis e não-inflamáveis.

Gases oxidantes: são aqueles que reagem violentamente quando em

contato com óleos e graxas e são capazes de sustentar combustão (ar comprimido,

oxigênio, etc.);

Gases inertes: não reagem quimicamente e deslocam o oxigênio do ar

(argônio, hélio, etc.);

Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que causam riscos à saúde

das pessoas (monóxido de carbono, dióxido de carbono, etc.);

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Gases inflamáveis: são gases que a 20 °C e à pressão normal são

inflamáveis quando em mistura com o ar em volume de 13% ou menos, ou, que

apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de no mínimo 12% (butano,

hidrogênio, etc.);

Gases não-inflamáveis ou não-tóxicos: são gases asfixiante, oxidantes ou

que não se enquadram em nenhuma das classificações citadas anteriormente (hélio,

ar comprimido medicinal, etc).

4. CARACTERÍSTICAS E UTILIZAÇÕES DOS PRINCIPAIS GASES INDUSTRIAIS

E MEDICINAIS

Argônio [I e M]: incolor, inodoro e inerte. Pode ser utilizado tanto na proteção

de solda e na produção de aços de qualidade quanto em cirurgias, proporcionando

maior eficiência no corte cirúrgico;

Criptôneo [M]: incolor e praticamente inerte. É utilizado para otimizar

imagens obtidas através de tomografias e em cirurgias da retina dos olhos;

Dióxido de Carbono [I] 1: incolor e inodoro. Uma de suas utilizações é ser

colocado em bebidas para dar-lhes efervescência;

Dióxido de Carbono Medicinal [M] 2: incolor e inodoro. Pode ser utilizado em

tratamentos de acidentes vasculares e cerebrais;

Gás Natural [I]: incolor e com odor levemente desagradável. Pode ser

utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e

força motriz;

Hélio [I e M] 3: incolor, inodoro, inerte e não-inflamável. Pode ser utilizado

tanto em dirigíveis (aeronaves mais leves do que o ar), quanto em tratamento de

asma;

Hidrogênio [I e M]: incolor, inodoro e inflamável. Utilizado para acabamento

de peças metálicas e corte de metais nobres;

Nitrogênio Medicinal [M]: incolor e praticamente inerte. É utilizado como

agente mecânico para impulsionar equipamentos medicinais pneumáticos;

1 Gás Industrial.

2 Gás Medicinal.

3 Gás Industrial e Medicinal.

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Oxigênio [I e M]: gás insípido, não-inflamável, inodoro e altamente oxidante.

Utilizado para soldagem e corte de materiais de ferro e aço. Sua utilização é

imprescindível nos casos de reanimação cardiorrespiratória e em anestesias;

Xenônio [M]: incolor e inodoro. Utilizado em anestesias inalatórias e em

tratamento de retina e vítreo.

5. EMBALAGEM

Os gases são envasados em embalagens denominadas cilindros. Esses

cilindros são produzidos a partir de tubos de aço, sem costura e com vários

comprimentos e diâmetros.

5.1 Etapas do Processo de Produção dos Cilindros

1ª Laminação: tem por finalidade reduzir a espessura dos tubos de aço sem costura,

para melhorar a relação entre peso e volume do produto final;

2ª Corte: estabelece as bases para o tamanho e capacidade hidráulica;

3ª Conformação: consiste no fechamento das extremidades do tubo de aço sem

costura, por meio de repuxamento giratório a quente, sem solda;

4ª Tratamento Térmico: possui três processos, sendo eles tratamento térmico de

têmpera, revenimento e normalização;

5ª Usinagem: inclui o corte do pescoço do cilindro, a modelagem da rosca e a

inspeção das peças;

6ª Pintura: os cilindros são pintados conforme o gás que será envasado.

5.2 Identificação dos Cilindros

São informações importantes sobre o tipo de gás que está armazenado no

cilindro, contidas nos rótulos de calota e de corpo. Neles estão especificados dados

como: nome do gás, periculosidade, grau de pureza, simbologia de risco, número da

ONU, classe do produto e número da conexão. Além de informações sobre o

manuseio correto do produto.

5.3 Inspeção dos Cilindros

Para garantir a segurança e a pureza do gás, os cilindros são tratados

individualmente por processos de limpeza e controle das impurezas. Há uma

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periodicidade para a inspeção que varia de acordo com o tipo de gás que foi

armazenado no cilindro. As embalagens que foram utilizadas para o envase de

produtos gasosos corrosivos e tóxicos passam pela inspeção de dois em dois anos;

para o envase de produtos gasosos industriais, de cinco em cinco anos e; para o

envase de produtos gasosos medicinais, de dez em dez anos.

6. PROCESSO DE ENVASE

A matéria prima chega em um caminhão tanque no estado líquido e é

depositada no tanque existente na empresa. Após esse procedimento, o líquido é

transformado em gás e este é envasado no cilindro através de uma mangueira.

Durante o envase, os cilindros devem ficar acomodados na vertical presos

através de uma corrente, evitando assim, a chance desse cilindro vir a sofrer

quedas. Além disso, deve haver ventilação no local para minimizar a temperatura do

cilindro, que é aumentada devido à agitação molecular causada pela pressão.

Entretanto, mesmo utilizando ventiladores, há aumento da temperatura, o que causa

a expansão do cilindro e consequentemente, possibilita que este corra o risco de

explodir.

Como medida de segurança, um funcionário é encarregado de supervisionar

a área de envase com o objetivo de controlar os níveis de temperatura do cilindro.

Quando é verificado que o cilindro está com a temperatura elevada, o envase é

interrompido e o cilindro só retorna ao processo de envase, após ser constatado que

sua temperatura é aceitável.

A tarefa de verificação da temperatura é realizada através de medição

individual, que consiste na utilização de um dispositivo medidor que é encostado

cilindro por cilindro. Justamente por esse motivo, o processo de envase pode tornar-

se demorado.

7. SEGURANÇA

As empresas responsáveis pelo envasamento de gases possuem diversos

procedimentos de segurança que visam evitar acidentes e danos. Para isso, elas

devem seguir normas da área, aderir a equipamentos de segurança e treinar seus

colaboradores.

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Dentro da entidade, há um alarme que é acionado quando tem vazamento e

os procedimentos que devem ser seguidos são: evacuação dos funcionários e

localização do vazamento para interrompê-lo. Outro método de segurança é a

medição de temperatura dos cilindros durante o envase. Se o cilindro atingir sua

temperatura máxima, o envasamento deve ser interrompido para resfriamento, de

forma a evitar explosões. Desse modo, o setor de envase deve ser aberto e bem

ventilado.

Além disso, a empresa deve possuir a Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes (CIPA), composta por funcionários treinados para identificar falhas que

possam causar acidentes. Além disso, eles são responsáveis por orientar os demais

funcionários em caso de acidentes e de auxiliarem nas investigações das causas

dos acidentes.

7.1 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual

São equipamentos utilizados para a proteção dos funcionários durante os

processos operacionais, eliminando os riscos que podem prejudicá-los. Eles devem

ser higienizados, livres de contaminação e armazenados em locais de fácil acesso.

Capacete de Segurança Classe A: capacete de segurança tipo aba frontal,

injetados em polietileno de alta densidade, com três nervuras no casco, dotado de

suspensão regulável absorvedora de suor, confeccionada de material sintético;

Óculos Ampla Visão: armação única em PVC incolor. Podem ser

encontrados três modelos: sem ventilação, perfurado e com válvulas;

Protetores Auriculares: São encontrados nos tamanhos P, M e G com três

flanges tipo "cogumelo". Macio, antialérgico, seu design se adapta confortavelmente

ao canal auditivo;

Máscara de Proteção: Composta por concha em fibra sintética, elástico para

ajuste na face e clipe metálico adaptável a qualquer tipo de rosto. Gramatura:

240g/m2;

Macacão PVC Forrado: confeccionado em PVC com fios de poliéster,

fechamento com zíper e velcro;

Luvas de Malha Pigmentada: fabricadas em fios de algodão e poliéster.

Possuem palma revestida com pigmentos de PVC para maior aderência;

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Botina com Bico de aço: Confeccionada em couro vacum curtido ao cromo,

elástico, palmilha de montagem em couro, solado de poliuretano monodensidade,

com bico de aço. Aplicada para proteção dos pés do usuário em locais onde haja

riscos de queda de materiais ou objetos pesados.

8. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

O planejamento e controle da produção (PCP) é responsável por criar planos

que atinjam as metas e estratégias do sistema produtivo. Baseado nesses planos, o

departamento de planejamento e controle da produção deve administrar os recursos

físicos e humanos, bem como direcionar e acompanhar as ações dos recursos

humanos sobre os físicos, de maneira a corrigir prováveis desvios.

Além disso, o planejamento e controle da produção deve atender da melhor

maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico (associado aos

objetivos globais e amplos da organização definidos no longo prazo), tático

(associado aos objetivos de departamento específicos definidos no médio prazo) e

operacional (associado aos objetivos voltados para a execução das operações

cotidianas da organização definidos no curto prazo), através da coordenação e

aplicação dos recursos produtivos.

Para atingir seus objetivos, o planejamento e controle da produção precisa

administrar informações vindas das áreas de engenharia do produto, engenharia do

processo, compras, marketing, finanças, recursos humanos e manutenção. Com

essas informações é possível formular o planejamento estratégico da produção, o

planejamento mestre da produção, programar e acompanhar a produção.

8.1 Planejamento estratégico da produção

O Planejamento estratégico da produção consiste em determinar condições

para que as empresas possam decidir com velocidade diante das oportunidades e

ameaças. Além disso, busca aumentar os resultados das operações e diminuir os

riscos das decisões das empresas, pois o impacto de suas decisões é de longo

prazo e afeta a empresa como um todo. Desse modo, o planejamento estratégico da

produção possibilita que a empresa melhore suas capacidades produtivas em

relação aos seus concorrentes.

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8.2 Planejamento mestre da produção

O planejamento mestre da produção tem por objetivo esquematizar as

etapas de programação e execução das atividades operacionais da empresa. Para

isso, precisa desmembrar os planos estratégicos produtivos de longo prazo em

planos específicos de produtos acabados de médio prazo, resultando assim, no

plano mestre de produção (PMP), que é responsável por formalizar as decisões que

devem ser tomadas quanto à necessidade de produtos acabados para cada período

analisado.

8.3 Administração dos estoques

Sua função é definir quanto e quando comprar, fabricar ou montar cada item.

Uma de suas atividades é planejar e controlar os estoques pelo tamanho dos lotes,

também a forma de reposição e os estoques de segurança.

As empresas mesmo trabalhando com estoques diferentes elas precisam de

administração, pois necessitam que o almoxarifado seja concentrado para que

possa ser distribuído pelas seções da empresa.

8.4 Acompanhamento e controle da produção

Seu papel é fornecer uma ligação entre o planejamento e a execução das

atividades operacionais identificando seus erros, sendo ele grande ou pequeno,

fornecendo recursos para que os responsáveis possam agir. Os equívocos sempre

podem ocorrer, porém sendo identificados, mais rápido eles poderão ser resolvidos

e menor será o dano, economizando tempo e despesas com ações corretivas.

9. KANBAN

O sistema kanban, desenvolvido pelos engenheiros da Toyota Motors Cia

nos anos 60, atua dentro do planejamento e controle da produção no nível

operacional com o objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de

programação, acompanhamento e controle da produção.

Esse sistema caracteriza-se por “puxar” os lotes dentro do processo

produtivo, isto é, não há produção até que haja a solicitação do cliente. Para isso, o

kanban utiliza cartões que sinalizam as medidas que a produção deve seguir.

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Basicamente, esses cartões são diferenciados pelas cores vermelho, amarelo e

verde, que significam urgência na requisição ou produção do item, atenção e

condições normais de operação, respectivamente. Os cartões são colocados em

painéis ou quadros que sinalizam o fluxo de movimentação e consumo dos itens.

Além de aplicado a produção, o kanban também pode ser utilizado na

requisição interna de itens e em paralelo com o fornecedor. Existem também outros

tipos de kanbans, como: kanban contenedor, quadrado kanban, painel eletrônico (ou

kanban eletrônico) e kanban informatizado, que também são baseados no uso de

sinalizações para ativar a produção e movimentar os itens pela fábrica.

Resumidamente, algumas das funções executadas pelo kanban e suas

vantagens não só no planejamento e controle da produção, mas dentro do processo

produtivo, são:

Administração dos estoques;

Indica mais rápido as variações na demanda, o que reduz os estoques e

acelera os lead times produtivos;

Contribui para a simplicidade operacional;

Permite o acompanhamento e controle visual e automático do programa de

produção;

Contribui para localização do produto e o volume de produção em cada

seção, evitando a transmissão e ampliação das mesmas;

Ajuda a diminuir o estoque de produtos acabados, reduzindo os custos;

Possibilita aos gestores movimentarem-se pela produção e estoque, desse

modo eles não ficam centralizados em um único local;

Produz a quantidade certa na hora certa.

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10. LEGISLAÇÕES

Resolução nº 9 de 04/03/2010 / ANVISA - Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (D.O.U. 08/03/2010)

Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais.

Altera dispositivos da RDC nº 69, de 1º de outubro de 2008, que dispõe sobre as

Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da

atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo

Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e

nos §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da

Portaria n° 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de

agosto de 2006, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2010, adota a seguinte

Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua

publicação:

Art. 1º O art. 2º da RDC nº 69, de 1º de outubro de 2008, passa a vigorar com a

seguinte redação:

"Art. 2º Fica concedido prazo, até 31 de dezembro de 2012, para que as empresas

fabricantes de gases medicinais sejam regularizadas quanto à Autorização de

Funcionamento, e prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data da

Autorização de Funcionamento, para a obtenção do Certificado de Boas Práticas de

Fabricação."

Art. 2º Os subitens 2.2, 5.1, 12.2, 13.6, 13.8 e 13.9 do Anexo da RDC nº 69, de 1º de

outubro de 2008, passam a vigorar com a seguinte redação:

"2.2 Este Regulamento se aplica não somente à empresa que produz o gás

medicinal, mas a todas aquelas que, sem realizar o processo completo, participam

do controle, da elaboração de alguma etapa do processo, como o envase

(enchimento) de cilindros, tanques criogênicos e caminhões-tanque."

"5.1 Os gases medicinais devem ser envasados em cilindros ou em tanques

criogênicos móveis em áreas separadas daquelas destinadas a gases não

medicinais, não sendo permitidas trocas de recipientes entre estas áreas.

Entretanto, o envasamento de gases medicinais em cilindros ou em tanques

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criogênicos móveis pode ocorrer em área destinada ao envasamento de gases não

medicinais, desde que tomadas precauções especiais e que as devidas validações

sejam realizadas."

"12.2 Os gases a granel destinados ao uso medicinal devem ser analisados e

liberados antes da realização da etapa de enchimento."

"13.9 O fabricante deve garantir por meio de procedimentos escritos que a

organização dos cilindros e tanques criogênicos nos caminhões, ainda na unidade

fabril, seja feita de modo a evitar a mistura entre gases medicinais e gases não

medicinais e de recipientes cheios e vazios." (NR).

10.1 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 340, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003.

Dispõe sobre a utilização de cilindros para o envasamento de gases que destroem a

Camada de Ozônio, e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das

competências que lhe são conferidas pelos arts. 6º e 8º da Lei nº 6.938, de 31 de

agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e

tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, Anexo à Portaria nº 499, de 18

de dezembro de 2002.

Considerando o disposto na Resolução CONAMA nº 267, de 14 de setembro de

2000, que disciplinou o processo de coleta e armazenamento de gases destruidores

da Camada de Ozônio durante a manutenção de equipamentos, resolve:

Art. 1º Fica proibido o uso de cilindros pressurizados descartáveis que não estejam

em conformidade com as especificações desta Resolução, bem como de quaisquer

outros vasilhames utilizados indevidamente como recipientes, para o

acondicionamento, armazenamento, transporte, recolhimento e comercialização de

CFC-12, CFC114, CFC-115, R-502 e dos Halons H-1211, H-1301 e H-2402.

§ 3º A transferência do fluido refrigerante liquefeito ou Halon para o recipiente

deverá ser cuidadosamente controlada pelo peso, levando-se em consideração a

capacidade líquida do recipiente e a densidade da substância controlada à 25 °C.

§ 4º Os cilindros e as máquinas de recolhimento deverão ser projetados para conter

um dispositivo antitransbordamento que irá automaticamente limitar o nível máximo

da substância refrigerante ou de extinção de incêndio transferido respeitando o nível

de oitenta por cento do seu volume líquido.

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"Art. 15. O não-cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores,

entre outras, às penalidades e sanções, respectivamente, previstas na Lei nº 9.605,

de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto n o 3.179, de 21 de setembro de 1999".

10.2 RESOLUÇÃO Nº 470, DE 28 DE MARÇO DE 2008

Regula as atividades do Farmacêutico em gases e misturas de uso terapêutico e

para fins de diagnóstico.

O Conselho Federal de Farmácia, no uso de suas atribuições legais e regimentais;

Considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, que

outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, atendidas as qualificações que

a lei estabelecer;

Considerando que o Conselho Federal de Farmácia, no âmbito de sua área

específica de atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada, exerce

atividade típica do Estado, nos termos dos artigos 5º, XIII; 21, XXIV e 22, XVI, todos

da Constituição Federal;

Considerando que é atribuição do Conselho Federal de Farmácia expedir resoluções

para eficácia da Lei Federal nº 3.820/60 e, ainda, compete-lhe o múnus de definir ou

modificar a competência dos profissionais de farmácia em seu âmbito, conforme o

artigo 6º, alíneas "g" e "m" da Lei Federal nº 3.820/60;

Considerando, ainda, a outorga legal ao Conselho Federal de Farmácia de zelar

pela saúde pública, promovendo ações que implementem a assistência farmacêutica

em todos os níveis de atenção à saúde, conforme alínea "p" do artigo 6º da Lei

Federal nº 3.820/60 com as alterações da Lei Federal nº 9.120/95;

Considerando que a Lei Federal nº 5.991/73, regulamentada pelo Decreto nº

74.170/74, consideram como medicamento todo produto farmacêutico, tecnicamente

obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de

diagnóstico;

Considerando a 14ª edição da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização

Mundial da Saúde (OMS) que incluiu gases de uso terapêutico e os classificou como

"Anestésicos Gerais e Oxigênio";

Considerando que a "Relação de Medicamentos Essenciais" inclui o Óxido nitroso e

o Oxigênio, em sua 4ª Edição da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

(Rename), classificados como anestésicos gerais;

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Considerando a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, aprovada por meio

da Resolução nº 338, de 06/05/04, do Conselho Nacional de Saúde;

Considerando que os gases medicinais atuam principalmente por meios

farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, apresentam propriedades de:

prevenir, diagnosticar, tratar, aliviar ou curar enfermidades ou doenças e que são

utilizados nas terapêuticas de inalação/ nebulização, anestesia, diagnóstico "in vivo",

medicina hiperbárica, entre outras ou para conservar ou transportar órgãos, tecidos

e células destinadas à prática biomédica;

Considerando que se torna de grande importância o conhecimento de que os gases

medicinais são drogas e, desse modo, devem ser selecionados e monitorizados com

muito rigor, definindo-se o objetivo do uso, modo de administração, dosagem e as

respostas e alterações decorrentes do uso desta terapia;

Considerando a Resolução RDC nº 50, de 21/02/02, da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária - ANVISA, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para

planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de

estabelecimentos assistenciais de saúde, com destaque na necessidade desses

estabelecimentos possuírem, dentre outros, de uma descrição básica do sistema de

fornecimento de gases medicinais (oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido medicinal

e outros) quando for o caso, e a previsão do seu consumo;

Artigo 2º - Os gases de uso terapêutico e com propósito de diagnóstico são, entre

outros, o hélio; oxigênio; óxido nitroso; dióxido de carbono;nitrogênio; xenônio;

perfluorpropano; hexafluoreto de enxofre; ar comprimido medicinal; argônio.

Artigo 3° - As misturas de uso terapêutico e com propósito de diagnóstico são, entre

outras, as de óxido nítrico e nitrogênio; de oxigênio e óxido nitroso; de oxigênio e

dióxido de carbono; de oxigênio e nitrogênio; de oxigênio e hélio; de monóxido de

carbono, oxigênio e nitrogênio; de dióxido de carbono, hélio e nitrogênio, de flúor e

argônio; de flúor e hélio; de neônio, hidrogênio, ácido clorídrico e xenônio.

Artigo 4º - A responsabilidade técnica pelos locais de envase, distribuição primária e

secundária da mesma empresa, comercialização a terceiros, dispensação nas filiais

e recebimento, armazenamento, controle de qualidade e liberação de gases

medicinais nas instituições de saúde caberá ao farmacêutico, inscrito no Conselho

Regional de Farmácia da sua jurisdição, respeitadas as atividades afins com outras

profissões.

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§ 3º - Caberá ao farmacêutico responsável técnico pelas empresas distribuidoras de

gases e misturas de uso terapêutico e para fins de diagnóstico, a responsabilidade

pela rastreabilidade e orientações necessárias sobre o produto, como por exemplo:

composição, forma farmacêutica, informações de segurança, particularidades

clínicas (indicações terapêuticas, metodologia de administração), posologia, contra-

indicações, recomendações especiais, precauções, interações, efeitos colaterais,

sobredose, propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas, vida útil, cuidados

de armazenamento e transporte.

§ 4º - No caso de assistência domiciliar, onde o SAD desempenhe a função de

empresa dispensadora de gases e misturas de uso terapêutico, compete ao

farmacêutico, também, orientar o cuidador sobre o uso desses produtos.

Artigo 5º - O farmacêutico deve garantir a eficácia, a segurança e a qualidade

desses produtos, quando suas expedições forem feitas para atender a um EAS ou a

um SAD.

10.3 NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO

TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

32.1 Do objetivo e campo de aplicação

32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as

diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à

saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem

atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer

edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as

ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em

qualquer nível de complexidade.

II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando:

a) a finalidade e descrição do local de trabalho;

b) a organização e procedimentos de trabalho;

c) a possibilidade de exposição;

d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho;

e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.

32.3 Dos Riscos Químicos

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32.3.1 Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos

produtos químicos utilizados em serviços de saúde.

32.3.2 Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser

identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição

química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável

pela manipulação ou fracionamento.

32.3.4 Do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

32.3.4.1 No PPRA dos serviços de saúde deve constar inventário de todos os

produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos, com indicação daqueles que

impliquem em riscos à segurança e saúde do trabalhador.

32.3.4.1.1 Os produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos que impliquem

riscos à segurança e saúde do trabalhador, devem ter uma ficha descritiva contendo,

no mínimo, as seguintes informações:

a) as características e as formas de utilização do produto;

b) os riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, considerando

as formas de utilização;

c) as medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde dos

trabalhadores;

d) condições e local de estocagem;

e) procedimentos em situações de emergência.

32.3.4.1.2 Uma cópia da ficha deve ser mantida nos locais onde o produto é

utilizado.

32.3.7 Das Medidas de Proteção

32.3.7.1 O empregador deve destinar local apropriado para a manipulação ou

fracionamento de produtos químicos que impliquem riscos à segurança e saúde do

trabalhador.

32.3.7.1.1 É vedada a realização destes procedimentos em qualquer local que não o

apropriado para este fim.

32.3.7.1.2 Excetuam-se a preparação e associação de medicamentos para

administração imediata aos pacientes.

32.3.7.1.3 O local deve dispor, no mínimo, de:

a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente,

respeitando o disposto na NR-26;

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b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo

dos limites de tolerância estabelecidos nas NR- 09 e NR-15 e observando-se os

níveis de ação previstos na NR-09;

c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não

potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de

trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa;

d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados

semanalmente;

e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos

trabalhadores;

f) sistema adequado de descarte.

32.3.7.2 A manipulação ou fracionamento dos produtos químicos deve ser feito por

trabalhador qualificado.

32.3.7.3 O transporte de produtos químicos deve ser realizado considerando os

riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente.

32.3.7.4 Todos os estabelecimentos que realizam, ou que pretendem realizar,

esterilização, reesterilização ou reprocessamento por gás óxido de etileno, deverão

atender o disposto na Portaria Interministerial nº 482/MS/MTE de 16/04/1999.

32.3.7.5 Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamáveis, o sistema

de prevenção de incêndio deve prever medidas especiais de segurança e

procedimentos de emergência.

32.3.7.6 As áreas de armazenamento de produtos químicos devem ser ventiladas e

sinalizadas.

32.3.7.6.1 Devem ser previstas áreas de armazenamento próprias para produtos

químicos incompatíveis.

32.3.8 Dos Gases Medicinais

32.3.8.1 Na movimentação, transporte, armazenamento, manuseio e utilização dos

gases, bem como na manutenção dos equipamentos, devem ser observadas as

recomendações do fabricante, desde que compatíveis com as disposições da

legislação vigente.

32.3.8.1.1 As recomendações do fabricante, em português, devem ser mantidas no

local de trabalho à disposição dos trabalhadores e da inspeção do trabalho.

32.3.8.2 É vedado:

a) a utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás;

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b) submeter equipamentos a pressões superiores àquelas para as quais foram

projetados;

c) a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de

segurança;

d) a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção

individual adequados;

e) a submissão dos cilindros a temperaturas extremas;

f) a utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se

destinam;

g) o contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares com

gases oxidantes;

h) a utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositivo

apropriado para impedir o fluxo reverso;

i) a transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da

capacidade dos cilindros;

j) o transporte de cilindros soltos, em posição horizontal e sem capacetes.

32.3.8.3 Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e acetileno,

devem ser armazenados a uma distância mínima de oito metros daqueles contendo

gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras vedadas

e resistentes ao fogo.

32.3.8.4 Para o sistema centralizado de gases medicinais devem ser fixadas placas,

em local visível, com caracteres indeléveis e legíveis, com as seguintes informações:

a) nominação das pessoas autorizadas a terem acesso ao local e treinadas na

operação e manutenção do sistema;

b) procedimentos a serem adotados em caso de emergência;

c) número de telefone para uso em caso de emergência;

d) sinalização alusiva a perigo.

32.3.9.3 Dos Gases e Vapores Anestésicos

32.3.9.3.1 Todos os equipamentos utilizados para a administração dos gases ou

vapores anestésicos devem ser submetidos à manutenção corretiva e preventiva,

dando-se especial atenção aos pontos de vazamentos para o ambiente de trabalho,

buscando sua eliminação.

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32.3.9.3.2 A manutenção consiste, no mínimo, na verificação dos cilindros de gases,

conectores, conexões, mangueiras, balões, traqueias, válvulas, aparelhos de

anestesia e máscaras faciais para ventilação pulmonar.

32.3.9.3.2.1 O programa e os relatórios de manutenção devem constar de

documento próprio que deve ficar à disposição dos trabalhadores diretamente

envolvidos e da fiscalização do trabalho.

32.3.9.3.3 Os locais onde são utilizados gases ou vapores anestésicos devem ter

sistemas de ventilação e exaustão, com o objetivo de manter a concentração

ambiental sob controle, conforme previsto na legislação vigente.

32.3.9.3.4 Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas

com possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização

por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações

contidas no PPRA.

32.3.10 Da Capacitação

32.3.10.1 Os trabalhadores envolvidos devem receber capacitação inicial e

continuada que contenha, no mínimo:

a) as principais vias de exposição ocupacional;

b) os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à

saúde, a longo e curto prazo;

c) as normas e os procedimentos padronizados relativos ao manuseio, preparo,

transporte, administração, distribuição e descarte dos quimioterápicos

antineoplásicos;

d) as normas e os procedimentos a serem adotadas no caso de ocorrência de

acidentes.

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11. SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA

Nosso projeto tem por finalidade desenvolver um dispositivo capaz de

auxiliar o processo de envasamento, com o intuito de agilizar os processos logísticos

envolvidos e consequentemente aumentar a capacidade de atendimento aos

clientes. Além do mais, nosso dispositivo pode aumentar a segurança e diminuir os

custos.

Para isso, criamos o croqui de um equipamento que funcionará como uma

ferramenta de gestão, que tornará os procedimentos manuais em um sistema de

operações automáticas.

11.1 Funcionamento do Dispositivo

O dispositivo trabalhará como controlador e indicador de variações de

temperaturas e de volume, dessa maneira, necessitará de indicações que permitem

ao operador supervisionar o envase individual dos cilindros.

As indicações serão feitas por dois meios: luzes e números. As luzes serão

responsáveis por possibilitar o controle visual dos cilindros, onde serão classificadas

as variações de temperatura e volume através de quatro cores: amarelo, vermelho,

azul e verde.

A luz amarela será acionada enquanto o cilindro estiver em processo de

envase; a luz vermelha indicará que o cilindro atingiu a temperatura limite; a azul

será responsável por indicar que a temperatura do cilindro está aceitável para

retornar ao processo de envase e, a luz verde, indicará o fim do envasamento.

Os números servirão para indicar a atual temperatura do cilindro bem como

sua identificação.

11.2 Integração do Dispositivo com o Quadro Visual

Para essa integração, cada cilindro terá um dispositivo fixado em si e todos

os dispositivos estarão ligados a um programa de computador que possibilitará uma

gestão em tempo real do processo de envase. Assim, todas as mudanças de

temperaturas serão apontadas no “quadro eletrônico”, permitindo que qualquer

funcionário visualize o processo de envase e tome as devidas decisões necessárias.

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Isso permite que o fluxo de informações seja acelerado, tornando mais rápido o

processo de produção.

Dessa maneira, não haveria a necessidade do funcionário ficar

constantemente próximo aos cilindros, podendo desse modo, realizar outras

atividades dentro da empresa.

11.3 Vantagens do Dispositivo

Aumento da Segurança;

Agilizar o acompanhamento no envase;

Melhorar as condições de trabalho dos funcionários;

Eficiência no processo de medição de temperatura;

Economizar custos.

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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste trabalho, constatamos que o processo do envase de gases

necessita de um cuidado específico, pois lida com elementos de alta periculosidade.

O processo de envase inicia-se após a passagem do estado líquido para o gasoso e

depois desta transformação, o gás passa a ser envasado através de uma mangueira

que esta conectada ao cilindro.

Os riscos que podem ocorrer durante este processo são: a explosão do

cilindro e o vazamento do gás, que irá contaminar o ar, causando assim o

envenenamento e/ou sufocamento do ser envolvido na atividade do envase. Ambos

os riscos implicarão em prejuízos à empresa, à sociedade e ao meio ambiente.

Por conta disso, a empresa tem o dever de seguir normas que garantem a

segurança como, por exemplo, fornecer os equipamentos de proteção individual aos

funcionários.

Em relação à produção, pode ser utilizado o Kanban, que é um método

eficaz utilizado de maneira a facilitar o seu controle através da gestão visual. Por

esse motivo, utilizamos esse sistema como influência para encontrar uma opção

mais viável ao atual processo de envase. Por esse motivo, elaboramos o croqui de

um dispositivo que atuará em conjunto com o painel eletrônico, que permitirá a

substituição do controle da temperatura manual para visual, trazendo benefícios

para a empresa.

Desse modo, a aplicação do dispositivo na área de envase permitirá que os

processos logísticos envolvidos (planejamento e controle da produção,

movimentação de materiais, expedição e distribuição) se tornem mais eficientes e

seguros, visto que o dispositivo facilitará o controle da produção, agilizará os

procedimentos manuais e aumentará a segurança durante toda operação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em: 13/01/2012.

Autor desconhecido. Kanban. Disponível em: <http://www.aliadaconsultoria.com.br/

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em: 31/03/2012.

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Imagem virtual. Protetor auricular. Disponível em: <http://protesil.com.br/loja/

listaprod.asp?lista=categoria&cat_id=180&cat_nome=PROTE%C7%C3O%20AUDITI

VA%20-%20Protetores%20Auriculares>; Acesso em: 27/04/2012.

Imagem virtual. Máscara de proteção. Disponível em: <http://www.ciadoepi.com.br/

page_1209414951887.html>; Acesso em: 27/04/2012.

Imagem virtual. Macacão PVC forrado. Disponível em:

<http://www.grupobrascamp.com.br/brascamp/produtos/macacoes>; Acesso em:

27/04/2012.

Imagem virtual. Luvas de malha pigmentada. Disponível em:

<http://www.proteshop.com.br/mostra_produto.asp?produto=82>; Acesso em:

27/04/2012.

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Imagem virtual. Botina com bico de aço. Disponível em:

<http://www.royalmaquinas.com.br/loja/website/152/1070/e-p-i/botina-em-couro-com-

elastico-e-com-biqueira-de-aco.html>; Acesso em: 27/04/2012.

Norma Regulamentadora 32 – NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em

Serviços de Saúde. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/

legislacao/nr/nr32.htm>; Acesso em: 31/03/2012.

Resolução ANVISA Nº 9, de 4 de março de 2010. Disponível em:

<http://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=213658>; Acesso em:

23/03/2012.

Resolução CONAMA Nº 340, de 25 de setembro de 2003. Disponível em:

<http://www.mp.rs.gov.br/ambiente/legislacao/id4823.htm>; Acesso em: 23/03/2012.

Resolução Nº 470, de 28 de março de 2008 CFF. Disponível em:

<http://www.crfsp.org.br/legislacao/708-resolucao-470-de-28-de-marco-de-

2008.html>; Acesso em: 31/03/2012.

TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2 ed. –

São Paulo: Atlas, 2000. 23-26 e 196-215 p.

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GLOSSÁRIO DE TERMOS

Inerte: Inativo por incapacidade.

Insípido: Sem sabor.

Periculosidade: Condição que oferece risco acentuado.

Revenimento: Tratamento térmico que tem por finalidade corrigir aços cuja

tenacidade é frágil e a dureza excessiva.

Têmpera: Tratamento térmico que possibilita aos aços durezas e resistências

mecânicas elevadas.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – CROQUIS DO DISPOSITIVO

Alça Visor

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APÊNDICE B – CROQUIS DO QUADRO ELETRÔNICO

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APÊNDICE C – LAYOUT DO AMBIENTE DE ENVASE

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ANEXOS

ANEXO I – NOTÍCIA EXPLOSÃO PORTAL AMAZÔNIA

02 de Setembro de 2006 - 08h31min

Amazonas

Notícias Explosão em empresa de gás mata funcionário em Manaus Fonte: Diário do Amazonas

MANAUS - O operador de gás químico Ricardo Assunção Porfírio, 26 anos, morreu

ontem na explosão no setor de gás acetileno da indústria química Nitron da

Amazônia, na rua 4 do conjunto Itacolomy, bairro Armando Mendes, zona Leste de

Manaus. A explosão causou a destruição parcial de pelo menos sete casas, que

ficam próximas à empresa. O acidente ocorreu por volta de 9h. As causas estão

sendo investigadas tanto pelo Corpo de Bombeiros, quanto pela Delegacia

Especializada em Ordem Pública e Social (Deops) e pelo 4º Distrito Policial (DP). O

resultado da perícia vai sair entre 25 e 30 dias, informou o delegado titular do 4º DP,

Turíbio Costa. “A perícia vai apontar o real motivo do acidente e se a empresa

oferece segurança para produzir gases químicos neste local”, disse. Segundo o

gerente-geral da Nitron, Marcelo Martins, a explosão ocorreu quando Ricardo

operava a máquina secadora de gás acetileno, para fazer o enchimento de 60

tanques do produto químico. Ele trabalhava sozinho no setor, por isso, ninguém

sabe o que provocou a explosão. O gás acetileno é resultado da mistura de pedra de

carbureto de cálcio com água. Extremamente inflamável, o acetileno é usado por

empresas metalúrgicas e oficinas mecânicas para fazer corte de metais e soldas,

usando maçarico. A explosão foi tão forte que uma parte do muro da fábrica ficou

destruída. Os estilhaços do tanque de acetileno, que era enchido por Ricardo, foram

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achados a cerca de 100 metros do local. As casas que ficam próximas à Nitron

tiveram os telhados destruídos, portas arrebentadas e os aparelhos eletroeletrônicos

queimados, por causa do impacto. A Nitron funciona no bairro Armando Mendes há

cerca de nove anos e opera também com a produção de oxigênio e nitrogênio para

indústrias e hospitais. Ricardo trabalhava no local há três meses. Ele era casado,

tinha duas filhas pequenas e morava no bairro João Paulo, zona Leste. SK

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ANEXO II – PLACAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS GASES

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ANEXO III – CILINDROS

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ANEXO IV – ESQUEMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DOS CILINDROS

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ANEXO V – IDENTIFICAÇÃO DOS CILINDROS

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ANEXO VI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Capacete de Segurança Classe A Óculos Ampla Visão

Protetor Auricular Máscara de Proteção

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Macacão PVC Forrado Luvas de Malha Pigmentada

Botina com Bico de Aço