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DOSSIÊ TEMÁTICO
Pessoas eorganizações quemudaram
omundo
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2
SUMÁRIO
Mahatma Gandhi ..................................................................................................................................... 3
Aristides de Sousa Mendes ...................................................................................................................... 4
Madre Teresa de Calcutá ....................................................................................................................... 5
Nelson Mandela ........................................................................................................................................ 6
Andrei Sakharov ......................................................................................................................................... 7
Peter Benenson .......................................................................................................................................... 8
Malcolm X ................................................................................................................................................... 9
Martin Luther King Jr. ............................................................................................................................... 10
Obama cumpre sonho de Martin Luther King Jr. ............................................................................. 11
Wangari Maathai .................................................................................................................................... 12
Prémio Nobel da Paz .............................................................................................................................. 13
Organização das Nações Unidas ........................................................................................................ 14
UNICEF ........................................................................................................................................................ 15
Cruz Vermelha ......................................................................................................................................... 16
Médicos Sem Fronteiras ......................................................................................................................... 17
AMI - Assistência Médica Internacional .............................................................................................. 17
Amnistia Internacional ............................................................................................................................ 18
Greenpeace ............................................................................................................................................ 19
Declaração Universal dos Direitos Humanos (adaptada) .............................................................. 20
Glossário .................................................................................................................................................... 23
Exercícios de vocabulário ..................................................................................................................... 25
Sopa de Letras ......................................................................................................................................... 26
Palavras Cruzadas ................................................................................................................................... 27
Notas biográficas: exercício de correspondência ........................................................................... 28
Bilhetes de Identidade ........................................................................................................................... 29
Organizações: Puzzle Duplo .................................................................................................................. 32
Direitos Humanos: exercício de correspondência ........................................................................... 33
Índice ......................................................................................................................................................... 34
Bibliografia ................................................................................................................................................ 35
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3
Mahatma Gandhi Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido
popularmente por Mahatma Gandhi (1869-1948) foi um
dos fundadores do moderno estado indiano e um influ-
ente defensor do Satyagraha (princípio da não-
agressão, forma não-violenta de protesto) como um
meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido
como “o caminho da verdade” ou “a busca da verda-
de”, também inspirou gerações de ativistas democráti-
cos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson
Mandela.
Procedente de uma família de comerciantes ricos,
Gandhi estudou Direito em Inglaterra. Após obter o título
académico, instalou-se na África do Sul, dedicando-se aos negócios familiares. A discrimi-
nação de que eram objeto os indianos despertou nele a consciência social e organizou um
movimento para lutar contra as desigualdades.
Em 1915, regressou ao seu país e fundou o Congresso Nacional Indiano para lutar pela in-
dependência. Durante a Primeira Guerra Mundial, interrompeu as suas atividades políticas,
mas, em 1920, ao verificar que a Grã-Bretanha negava qualquer tipo de reforma, elaborou
um programa que preconizava a luta não violenta, a desobediência civil e o boicote aos
produtos britânicos. Encarcerado em 1922, foi libertado dois anos depois mercê da enorme
pressão popular e internacional. Até 1940 Gandhi confrontou a política colonialista da Grã-
Bretanha, foi preso várias vezes e protagonizou diversas greves de fome.
Ao rebentar a Segunda Guerra Mundial, os indianos voltaram a apoiar a Grã-Bretanha.
Gandhi, em desacordo, e ao ver contrariados os seus princípios pacifistas, abandonou a
presidência do Conselho Nacional Indiano. Após a contenda, em grande parte devido à
infatigável atividade pública e política de Gandhi, a Índia tornou-se independente em 1947.
Foi assassinado por um fanático, opositor à divisão da Índia em dois países, Índia e Paquis-
tão.
O exemplo de Mahatma Gandhi e as suas teses pacifistas tiveram uma enorme influência
em todo o mundo.
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4
Aristides de Sousa Mendes Aristides de Sousa Mendes (1885-1954) foi um diplo-
mata português. Recusou-se a seguir as ordens do seu
governo, o regime de Salazar, e concedeu vistos a refu-
giados de todas as nacionalidades que desejavam fugir
da França em 1940, ano da invasão do país pela Ale-
manha Nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Aristi-
des salvou dezenas de milhares de pessoas do Holo-
causto.
Pertenceu a uma família aristocrática com terras, ca-
tólica, conservadora e monárquica. O seu pai era membro do supremo tribunal.
Em 1907, instalou-se em Lisboa, após a licenciatura em Direito pela Universidade de Co-
imbra. Enveredou pela carreira diplomática, ocupando diversas delegações consulares por-
tuguesas, em Zanzibar, no Brasil e nos Estados Unidos da América. Em 1929, foi nomeado
Cônsul-geral em Antuérpia, cargo que ocupou até 1938.
O seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passou despercebido. Foi
condecorado por duas vezes por Leopoldo III, rei da Bélgica. Durante o período em que
viveu na Bélgica, conviveu com personalidades ilustres, como o escritor Maurice Maeter-
linck, Prémio Nobel da Literatura e Albert Einstein. Depois de quase dez anos de serviço na
Bélgica, Salazar, presidente do Conselho de Ministros e ministro dos negócios estrangeiros,
recolocou-o em Bordéus, na França.
A Circular 14 ordenava aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusas-
sem conferir vistos às seguintes categorias de pessoas: “estrangeiros de nacionalidade inde-
finida, contestada ou em litígio; os apátridas; os judeus, quer tenham sido expulsos do seu
país de origem ou do país de onde são cidadãos.” No entanto, a 16 de junho de 1940, Aristi-
des decidiu entregar um visto a todos os refugiados que o pedissem: “A partir de agora, da-
rei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião.”
Faleceu a 3 de abril de 1954, no hospital dos franciscanos, em Lisboa.
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Madre Teresa de Calcutá Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), cujo nome de
baismo era Agnes Gonxha Bojaxhiu, foi uma missionária
católica albanesa, nascida na República da Macedó-
nia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Ca-
tólica.
Teresa de Calcutá é considerada a missionária do
século XX. Concretizou o projeto de apoiar e recuperar
os desprotegidos na Índia. Através da sua congrega-
ção “Missionárias da Caridade”, partiu em direção à conquista de um mundo que acabou
rendido ao seu apelo de ajudar os mais pobres dos pobres.
Agnes Bojaxhiu partiu para a Índia em 1931, para a cidade de Darjeeling, onde fez o no-
viciado no colégio das Irmãs de Calcutá. A 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa e
emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência, tomando o nome de “Te-
resa”.
Impressionada com os problemas sociais da Índia, refletidos nas condições de vida das
crianças, mulheres e idosos, que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpé-
tua a 24 de maio de 1937.
Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insis-
tência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para ini-
ciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler.
Desta forma, nasceu a sua Ordem, As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o
sári, nas cores, justificou ela, “branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem
Maria”. Como princípios, adotou o abandono de todos os bens materiais.
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prémio Templeton,
em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Morreu em 1997, aos 87 anos.
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6
Nelson Mandela Nelson Rolihlahla Mandela (1918-2013) foi ad-
vogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da Áfri-
ca do Sul, entre 1994 e 1999. Foi o principal repre-
sentante do movimento anti-apartheid, como
ativista, sabotador e guerrilheiro. Passou a infân-
cia na região de Thembu, antes de prosseguir
estudos em Direito. Em 1990, foi-lhe atribuído o
Prémio Lenine da Paz, que recebeu em 2002.
Atividade política
Mandela formou-se em Direito e iniciou muito cedo a sua atividade política. Com a im-
plantação do regime de apartheid, que negava os direitos políticos, sociais e económicos à
população negra, no final da década de 40, assumiu frontalmente a sua oposição à segre-
gação e aos preconceitos raciais.
Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos apoiantes da política de segregação racial,
Mandela tornou-se ativo no CNA (Congresso Nacional Africano), tomando parte do Con-
gresso do Povo, em 1955, que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um
programa fundamental para a causa anti-apartheid.
Comprometido de início apenas com atos não violentos, Mandela e os seus colegas
aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, a 21 de março de 1960, quan-
do a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas
e ferindo 180.
Em agosto de 1962, Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar
ilegalmente e incentivar greves. A 12 de junho de 1964, foi sentenciado novamente, desta
vez a prisão perpétua, por planear ações armadas. No decorrer dos vinte e seis anos seguin-
tes, tornou-se de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor “Libertem Nel-
son Mandela” se transformou no slogan de todas as campanhas e grupos anti-apartheid à
volta do mundo.
Em 1993, recebeu o Prémio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de
acabar com a segregação racial. Em maio de 1994, foi eleito presidente da África do Sul,
naquelas que seriam as primeiras eleições multirraciais do país.
Nelson Mandela foi um dos maiores líderes políticos da História moderna.
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Andrei Sakharov Andrei Dmitrievich Sakharov (1921-1989) foi um fí-
sico nuclear da extinta União Soviética.
Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1975 pela
defesa dos direitos humanos no seu país.
Filho de um professor de Física e de uma pianis-
ta, frequentou a Universidade de Moscovo a partir
de 1938.
Desempenhou um papel de relevo na prepara-
ção da primeira bomba de hidrogénio, que foi de-
senvolvida na União Soviética, cujos primeiros en-
saios se realizaram em 1953. Este feito valeu-lhe a
entrada na Academia das Ciências da URSS no
mesmo ano. No entanto, não tardou a pedir a limi-
tação dos armamentos nucleares.
Em 1965, reclamou a desestalinização efetiva do país e do partido. A sua obra A Liberda-
de Intelectual na URSS e a Coexistência Pacífica, publicada no estrangeiro em 1967, deu-
-lhe um lugar de destaque na oposição ao regime. Tal como Aleksandr Solzhenitsyn, a quem
apoiou sem esconder o seu desacordo com o romantismo místico do escritor, denunciou os
gulags, os internamentos arbitrários e outras violações da Constituição Soviética e dos Direi-
tos Humanos.
Galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1975, não foi autorizado a ir receber a sua
distinção em Oslo. Com residência fixa a partir de 1980, só conseguiu a liberdade de movi-
mentos após a chegada ao poder de Mikhail Gorbachev, apesar da pressão da opinião
pública internacional e de uma greve de fome em 1984.
Morreu a 14 de dezembro de 1989, com um enfarte do miocárdio.
Em sua memória, a União Europeia instituiu o Prémio Sakharov para destacar pessoas que
lutam pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Este prémio é atribuído
desde 1988.
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Peter Benenson Peter Benenson nasceu no dia 31 de julho de 1921,
em Londres. Neto de um banqueiro judeu de origem
russa, Benenson nunca passou por grandes dificuldades
materiais. A morte do pai, porém, obrigou-o a dar valor
à vida.
Na escola, preocupava os professores devido às suas
“tendências revolucionárias” e aos 16 anos organizou a
sua primeira campanha para obter apoios para a cau-
sa dos órfãos republicanos da guerra Civil Espanhola. No
entanto, a sensação de que poderia ter feito mais
acompanhou-o para sempre: “Se há coisa de que me
arrependo na vida é de não ter ido a Espanha partici-
par na Guerra Civil.”
Quando se candidatou a Oxford, escolheu o curso que acreditava poder dar uma outra
dimensão aos seus protestos: Direito. No entanto, quando se viu numa sala de audiências,
apercebeu-se de que não seria assim.
Aos 39 anos, ao folhear um jornal, uma notícia chamou-lhe a atenção. Referia que dois
jovens tinham sido presos pelo regime de Salazar por brindarem à liberdade num restaurante
de Lisboa. Ao lê-la, Benenson sentiu-se mais impotente do que nunca. Irritado, percorreu as
ruas de Londres durante horas, até concluir: “Se uma pessoa isolada protestar, a influência
será insignificante mas, se muitas pessoas se reunirem, a pressão terá que surtir efeito.”
Nessa mesma manhã escreveu um artigo de protesto e apelo, intitulado The Forgotten
Prisoners (Os Prisioneiros Esquecidos), que foi publicado na edição de 28 de maio de 1961 do
jornal The Observer e conquistou a opinião pública. O governo de Salazar foi então inunda-
do com pedidos de amnistia para os dois jovens.
Era o primeiro passo de um movimento que, em breve, atingiria uma escala mundial e se
transformaria na mais conceituada organização de defesa dos Direitos Humanos: a Amnistia
Internacional, que está hoje representada em mais de 150 países e tem milhões de membros
em todo o mundo. Em 1977, a Amnistia Internacional recebeu o Prémio Nobel da Paz pela
sua campanha contra a tortura.
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9
Malcolm X Malcolm X (1925-1965) foi um dos principais defenso-
res dos direitos dos negros nos Estados Unidos da Améri-
ca. Fundou a Organização para a Unidade Afro-
Americana, de inspiração socialista.
Nasceu em Omaha, no estado do Nebraska. Aos seis
anos perdeu o pai. A mãe, Louise, não conseguiu man-
ter a família unida. A sua infância e adolescência ficari-
am marcadas pela violência característica dos guetos
pobres norte-americanos. Começou a praticar peque-
nos furtos no Harlem e envolveu-se no tráfico de droga.
Com mais três amigos, assaltou residências até que
acabou por ser preso, em 1946.
Na prisão, de onde saiu em 1952, ocorreu a grande transformação na vida de Malcolm,
ao converter-se ao islamismo.
Enquanto Martin Luther King Jr. apostava na resistência pacífica como arma para enfren-
tar o racismo e a segregação, Malcolm X defendia a separação das raças, a independên-
cia económica e a criação de um estado autónomo para os negros. Ao lado de Elijah
Muhammed, viajou pelos principais Estados norte-americanos para divulgar as suas ideias.
Em 1964, já casado, fundou a organização Muslim Mosque Inc. e, mais tarde, a Afro-
American Unity.
No dia 21 de fevereiro de 1965, quando discursava no Harlem, foi assassinado, mas as su-
as ideias continuaram a ser divulgadas, principalmente nos anos 70, por movimentos negros
como o “Black Power” ou os “Panteras Negras”.
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Martin Luther King Jr. Martin Luther King Jr. (1929-1968) foi um ativista
político norte-americano. Membro da Igreja Bap-
tista, tornou-se num dos mais importantes líderes
da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e no
mundo, através de uma campanha de não-
violência e de amor para com o próximo. Em
1964, recebeu o Prémio Nobel da Paz, pouco
antes de ser assassinado. O seu discurso mais fa-
moso é “Eu Tenho Um Sonho”.
Filho de um agricultor, Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, nos Estados Unidos. Gra-
duou-se no Morehouse College, em 1948, com um bacharelado em Sociologia. Em 1955,
doutorou-se em Teologia Sistemática, na Universidade de Boston.
Ativismo político
Em 1955, Rosa Parks, uma mulher negra, negou-se a dar o seu lugar a uma mulher branca
num autocarro e foi presa. Os líderes negros da cidade organizaram um boicote aos auto-
carros de Montgomery para protestar contra a segregação racial em vigor. Durante a cam-
panha de 381 dias, co-liderada por King, muitas ameaças foram feitas contra a sua vida.
King foi preso e viu a sua casa ser atacada. O boicote foi encerrado com a decisão do Su-
premo Tribunal Americano de tornar ilegal a discriminação racial nos transportes públicos.
Martin Luther King Jr. organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito de voto, o
fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A
maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei norte-americana com a aprova-
ção da Lei de Direitos Civis (1964), e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).
A 14 de outubro de 1964, King tornou-se na pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel
da Paz, que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência não-
violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos.
Em 1968, King e o SCLC organizaram uma campanha por justiça socioeconómica, contra
a pobreza (a Campanha dos Pobres), que tinha por objetivo principal garantir ajuda para as
comunidades mais pobres do país.
Martin Luther King Jr. foi assassinado no dia 4 de abril de 1968.
Biblioteca Escolar
11
Obama cumpre sonho de Martin Luther King Jr.
A eleição de Barack Obama para a presidên-
cia dos EUA cumpriu o “sonho” de Martin Luther
King de pôr fim à divisão racial no país, segundo
concluiu uma sondagem da rede de televisão nor-
te-americana CNN publicada em 2009, coincidin-
do com a comemoração do aniversário do líder
dos direitos civis.
De acordo com a sondagem, 69% da população negra dos EUA afirma que o sonho de
King se completou nos 45 anos transcorridos desde que, em 1963, pronunciou o seu famoso
discurso “Tenho um sonho”.
O oimismo não transparece na população caucasiana. Segundo a sondagem da CNN, a
maioria acredita que ainda há caminho a percorrer para tornar realidade o sonho de King
de ter uma nação “onde as pessoas não sejam julgadas pela cor da pele, mas pelo cará-
ter”.
No entanto, o número de caucasianos que acredita que já se realizou o desejo de King
também subiu, no mesmo período, de 35% para 46%.
Em 2009, O Prémio Nobel da Paz foi atribuído a Barack Obama.
Biblioteca Escolar
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Wangari Maathai Wangari Muta Maathai (1940-2011) foi uma ativista ambiental e política queniana. Em
2004, recebeu o Prémio Nobel da Paz por contribuir para o “desenvolvimento sustentável,
democracia e paz”, tornando-se a primeira mulher africana a receber o prémio. Maathai foi
um membro eleito do parlamento queniano e exerceu funções de secretária de estado do
Ambiente durante o governo do presidente Mwai Kibaki, entre janeiro de 2003 e novembro
de 2005.
Após ter terminado os estudos no Quénia, estudou Biologia nos Estados Unidos e na Ale-
manha.
Prémio Nobel da Paz
“Maathai permaneceu corajosamente contra o antigo regime opressivo do Quénia”,
afirmou o Comité Norueguês do Nobel, numa declaração. “As suas formas de ações únicas
contribuíram para chamar a atenção para a opressão política, nacional e internacional-
mente. Ela serviu de inspiração para muitos na luta pelos direitos democráticos e tem espe-
cialmente encorajado as mulheres a melhorar a sua situação.”
Controvérsia
Maathai causou controvérsia nos meios de comunicação social quando, numa confe-
rência de imprensa, alegou que o vírus HIV era um produto criado pelo homem através de
bioengenharia, tendo sido lançado em África por cientistas ocidentais não identificados
como uma arma de destruição, para “punir os negros”. A alegação foi apoiada apenas por
uma pequena minoria. Maathai não voltou a expressar-se sobre o assunto.
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Prémio Nobel da Paz O Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel, legado pelo inventor da dinamite, o sue-
co Alfred Nobel. Os prémios para a Física, Química, Medicina e Literatura são entregues
anualmente em Estocolmo, mas o Nobel da Paz é atribuído em Oslo, capital da Noruega. O
Comité Nobel norueguês, cujos membros são nomeados pelo Parlamento norueguês, tem a
função de escolher o laureado pelo prémio, que é entregue pelo seu presidente.
Na altura da morte de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega estavam unidas. O parlamen-
to sueco ficava responsável pela política internacional e o Stortinget (Parlamento norue-
guês) estava encarregue da política interna norueguesa. Alfred Nobel decidiu, assim, que
fosse a Noruega a decidir o laureado pelo Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de
poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.
De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir “a pessoa que ti-
vesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e re-
dução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz”.
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou
organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de
apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos numa área específica. É, portan-
to, um prémio Nobel com características próprias.
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14
Organização das Nações Unidas A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada
oficialmente a 24 de outubro de 1945, em São Francisco,
Califórnia, por 51 países, após o término da Segunda Guer-
ra Mundial. A primeira Assembleia Geral celebrou-se a 10
de janeiro de 1946, em Londres. A atual sede situa-se em
Nova Iorque.
A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações (também conhecida como
“Liga das Nações”), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira
Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes,
“para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança”.
Objetivos da ONU:
• Manter a paz mundial.
• Proteger os Direitos Humanos.
• Promover o desenvolvimento económico e social das nações.
• Estimular a autonomia dos povos dependentes.
• Reforçar os laços entre todos os estados soberanos.
Um dos feitos mais destacáveis da ONU foi a proclamação da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, em 1948.
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UNICEF O Fundo das Nações Unidas para a Infân-
cia (em inglês United Nations Children's Fund -
UNICEF) é uma agência das Nações Unidas
que tem por objetivo promover a defesa dos
direitos das crianças, ajudar a dar resposta às
suas necessidades básicas e contribuir para o
seu pleno desenvolvimento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, que
terminou em 1945, muitas crianças perderam as famílias, ficaram sem casa, sem cuidados
de saúde e sem comida. Ao constatar este fato, um grupo de países decidiu, a 11 de de-
zembro de 1946, criar o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
A UNICEF rege-se pela Convenção dos Direitos da Criança e trabalha para que esses di-
reitos se convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta internacio-
nais.
A UNICEF trabalha com governos e organizações não-governamentais (ONGs) de 191 pa-
íses e territórios em todo o mundo para que os direitos das crianças sejam respeitados. O
dinheiro do Fundo vem de doações voluntárias do governo, de ONGs e de particulares.
Biblioteca Escolar
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Cruz Vermelha A Cruz Vermelha foi fundada por iniciativa
de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome
de Comité Internacional para ajuda aos mili-
tares feridos, designação alterada, a partir de
1876, para Comité Internacional da Cruz Ver-
melha.
A assistência aos prisioneiros de guerra te-
ve grande avanço a partir de 1864, quando
foi realizada a Convenção de Genebra, para a melhoria das condições de amparo aos
feridos, e em 1899, quando foi realizada a Convenção de Haia, que disciplinava as “nor-
mas” de guerra terrestre e marítima.
Atualmente, a Cruz Vermelha não se tem limitado apenas à proteção de prisioneiros mili-
tares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em nações que violem os Esta-
tutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção,
a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a for-
necer assistência médica e a melhorar as condições de saneamento, especialmente em
acampamentos de refugiados ou detidos. Também tem atuado em assistência a vítimas de
desastres naturais, como enchentes, terramotos, furacões, especialmente em nações com
carência de recursos próprios para assistência às vítimas.
A Cruz Vermelha baseia-se no princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões
militares ou políticas, de modo a ser digna da confiança das partes em conflito e, assim,
exercer as suas atividades humanitárias livremente.
Biblioteca Escolar
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Médicos Sem Fronteiras Médicos Sem Fronteiras é uma organização
internacional não-governamental sem fins
lucrativos que oferece assistência à saúde, em
conflitos armados, catástrofes naturais, epi-
demias, fome e exclusão social. Na área da
saúde é a maior organização de ajuda hu-
manitária não governamental do mundo.
Esta organização proporciona também
ações de longo prazo, na ajuda a refugiados, em casos de conflitos prolongados, instabili-
dade crónica ou após a ocorrência de catástrofes. A organização foi criada com a ideia de
que todas as pessoas têm o direito a tratamento médico e que essa necessidade é mais
importante que as fronteiras nacionais.
Atualmente, atua em mais de 70 países.
AMI - Assistência Médica Internacional
A AMI é uma instituição humanitária portuguesa não governamental, sem fins lucrativos,
criada a 5 de dezembro de 1984 pelo médico-cirurgião Fernando Nobre. Reúne médicos,
profissionais de saúde e outros voluntários, baseando a sua ação em situações de crise e
emergência.
A instituição tem por missão prestar ajuda e alertar consciências contra a intolerância e a
indiferença, lutando contra a pobreza, a exclusão social, o subdesenvolvimento, a fome e
as sequelas da guerra, em qualquer parte do mundo.
Dispõe de um orçamento anual proveniente de financiamentos públicos, nomeadamen-
te de organismos internacionais (cerca de 30 %) e de financiamentos privados.
Biblioteca Escolar
18
Amnistia Internacional A Amnistia Internacional foi fundada em 1961, pelo advogado in-
glês Peter Benenson, na sequência de uma notícia publicada pelo
jornal The Observer, que mencionava o caso de dois jovens estudan-
tes portugueses que tinham sido presos, após gritarem, publicamen-
te, “viva a liberdade”, durante o regime de Salazar.
Benenson apelou a que se tomassem medidas a fim de ajudar
pessoas privadas da liberdade em virtude das suas convicções polí-
ticas e religiosas. Passados dois meses, representantes de cinco paí-
ses criavam as bases de um movimento internacional que tinha como objetivo defender os
Direitos Humanos.
A Amnistia Internacional averigua factos que provêm de denúncias de prisões políticas,
torturas ou execuções. Assim, o Departamento de Investigação do Secretariado Internacio-
nal recolhe toda a informação e, caso seja necessário, envia missões de investigação para
observação de julgamentos. No entanto, a Amnistia tem que garantir a imparcialidade das
suas tomadas de decisão. Os grupos locais podem desempenhar no seu país um trabalho
de sensibilização e informação da opinião pública em relação aos direitos fundamentais.
O papel desempenhado por esta organização não-governamental na defesa dos Direi-
tos Humanos foi, e continua a ser, de tal forma importante que, em 1974, Sean MacBride,
presidente da organização, recebeu o prémio Nobel da Paz. Três anos mais tarde, a própria
organização foi galardoada com o mesmo prémio.
Biblioteca Escolar
19
Greenpeace A Greenpeace é uma organização não-governamen-
tal com sede em Amesterdão, na Holanda, e escritórios
espalhados por quarenta e um países.
Atua internacionalmente em questões relacionadas
com a preservação do meio ambiente e desenvolvimen-
to sustentável, através de campanhas dedicadas à área
de florestas, clima, energia nuclear, oceanos, engenha-
ria genética, substâncias tóxicas, transgénicos e energia
renovável.
A organização foi criada em 1971, no Canadá, por imigrantes americanos e é financiada
com dinheiro de particulares, não aceitando recursos de governos ou empresas. Tem atual-
mente cerca de três milhões de colaboradores em todo o mundo. Recebe ainda doações
de equipamentos e outros bens materiais, usados geralmente nas campanhas e ações do
grupo.
A Greenpeace procura sensibilizar a opinião pública através da ação direta, publicidade
e outros meios. As suas campanhas e protestos procuram atrair a atenção para assuntos
urgentes e confrontar os que agridem o meio ambiente. Desta forma, o grupo conseguiu, ao
longo da sua história, algumas vitórias importantes, como o fim dos testes nucleares no Alas-
ca e no Oceano Pacífico, o encerramento de um centro de testes nucleares americano, a
proibição da importação de pele de morsa pela União Europeia, a moratória à caça de
baleias e a proteção da Antártida contra a mineração.
Biblioteca Escolar
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Declaração Universal dos Direitos Humanos (Adaptada)
Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e
iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns
para com os outros em espírito de fraterni-dade.
Artigo 2.º
Os direitos enunciados na Declaração são
para toda a gente: homem ou mulher, independentemente da cor da pele, da
língua, das ideias, da religião, da fortuna, do meio social ou do país de origem.
Artigo 3.º
Tens o direito de viver livre e em segurança.
Artigo 4.º
Ninguém tem o direito de te escravizar
nem tu tens o direito de escravizar os ou- tros.
Artigo 5.º
Ninguém tem o direito de te fazer mal.
Artigo 6.º
Deves ser protegido pela lei como todas as
outras pessoas em qualquer parte do mundo.
Artigo 7.º
A lei é a mesma para toda a gente; deve
ser aplicada do mesmo modo para todos.
Artigo 8.º
Deves poder pedir a proteção da polícia quando os direitos que o teu país te reco-
nhece não forem respeitados.
Artigo 9.º
Ninguém tem o direito de te prender ou de te expulsar do teu país injustamente ou
sem motivo.
Artigo 10.º
Se tiveres que ser julgado, tens de o ser publicamente. Os que te julgarem devem
ser independentes e imparciais.
Artigo 11.º
Deves ser considerado inocente até prova em contrário. Se fores acusado de uma
infração, deves ter sempre o direito de te defender. Ninguém tem o direito de te
condenar ou castigar por algo que não tenhas feito.
Artigo 12.º
Tens o direito de pedir proteção se alguém
quiser entrar em tua casa, abrir as tuas car-tas, importunar-te ou incomodar a tua fa-
mília.
Artigo 13.º
Tens o direito de circular como quiseres no teu país. Tens o direito de ir para outro país
e de voltares quando quiseres.
Artigo 14.º
Se fores perseguido, tens o direito de ir pa-
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ra outro país e pedir aí proteção.
Artigo 15.º
Tens o direito de pertenceres a uma na-
ção.
Artigo 16.º
Tens o direito de casar e constituir uma família, desde que a lei o permita. A cor da
pele, o país de origem e a religião não podem ser obstáculos. O governo do teu
país deve proteger a tua família e os seus elementos.
Artigo 17.º
Tens o direito de possuir coisas e ninguém
tem o direito de tas tirar sem uma razão.
Artigo 18.º
Tens o direito de escolher livremente a tua religião, de mudar e de a praticar sozinho
ou com outras pessoas.
Artigo 19.º
Tens o direito de pensar e de dizer o que quiseres sem que ninguém te possa proibir.
Deves poder trocar ideias livremente com os outros, incluindo os habitantes de outros
países.
Artigo 20.º
Tens o direito de organizar reuniões pacífi-cas ou de participar em reuniões com fins
pacíficos. Ninguém tem o direito de obrigar alguém a tornar-se membro de um grupo.
Artigo 21.º
Todas as pessoas têm o direito de partici-
par nos assuntos políticos do seu país, quer
fazendo parte do governo quer escolhen-do os políticos.
Artigo 22.º
A sociedade em que vives deve ajudar-te
a beneficiar de todas as vantagens (cultu-ra, trabalho, proteção social) que te são
oferecidas, assim como a todos os homens e mulheres do teu país.
Artigo 23.º
Tens o direito de escolher livremente o teu
trabalho, de ter um salário suficiente para viver e sustentar a tua família. Se um ho-
mem e uma mulher desempenham as mesmas funções, devem ter o mesmo salá-
rio. Todos os que trabalham têm o direito de se agruparem para defender os seus
interesses.
Artigo 24.º
A duração do trabalho diário não deve ser demasiado longa, porque cada um tem
direito ao descanso e deve poder gozar regularmente férias pagas.
Artigo 25.º
Tu e a tua família têm direito a terem meios
que lhes permitam comer, vestir, ter uma casa e o que seja preciso em caso de do-
ença, de velhice ou de desemprego.
Artigo 26.º
Tens o direito de ir à escola. A escola bási-
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ca deve ser gratuita. Deves poder apren-
der uma profissão ou estudar o que quise-res.
Artigo 27.º
Deves poder beneficiar das artes e das
ciências do teu país. Os artistas, escritores ou cientistas devem ter os seus trabalhos
protegidos e poder lucrar com eles.
Artigo 28.º
Para que os teus direitos sejam respeitados,
é preciso que a sociedade esteja organi-zada de forma a protegê-los.
Artigo 29.º
Também tens deveres para com os outros.
São eles que te permitem o desenvolvi-mento pleno da tua personalidade. A lei
deve garantir os direitos humanos, nomea-damente o de ser respeitado.
Artigo 30.º
Nenhuma sociedade, nenhum ser humano,
em nenhuma parte do mundo pode permi-tir-se destruir os direitos descritos.
Fonte: Noesis nº 69 (Destacável)
Ilustrações: Irisz Agocs
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GLOSSÁRIO
Ativismo: A imprensa, por vezes, utiliza o termo ativismo como sinónimo de
manifestação ou protesto. Normalmente, pode ser entendido co-mo militância ou ação continuada com vistas a uma mudança
social ou política, privilegiando a ação direta, através de meios pacíficos ou violentos.
Apartheid: É uma palavra de origem afrikaans, adotada legalmente em 1948, na África do Sul, para designar um regime segundo o qual os
brancos detinham o poder e os restantes povos eram obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras que os impe-
diam de ser verdadeiros cidadãos. A palavra tornou-se de uso quase comum em muitas outras línguas. É sinónimo de segrega-
ção racial.
Boicote: É o ato de recusar quaisquer relações com um indivíduo ou uma
coletividade (grupo de pessoas, empresa, país etc.) como forma de protesto.
Democracia: Democracia é uma forma de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, o povo, dire-
ta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos. Uma de-mocracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamenta-
rista, republicano ou monárquico. A democracia opõe-se à dita-dura e ao totalitarismo.
Direitos: Os direitos cívicos são proteções e privilégios de poder pessoal dados a todos os cidadãos por lei. Distinguem-se de “direitos hu-
manos” na medida em que são estabelecidos pelas nações, no âmbito do seu território, enquanto os direitos humanos são aqueles
que os indivíduos têm por natureza, ao nascer.
Discriminação: Discriminar significa “fazer uma distinção”. A discriminação racial
pode ser definida como qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem na-
cional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar a igualdade de direitos humanos e liberdades funda-
mentais.
Preconceito: Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na
forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou “estranhos”.
Segregação racial: Segregação racial é o ato de separar diferentes raças nas mesmas instituições, lugares e responsabilidades, como restaurantes, trans-
portes públicos, instituições educacionais e religiosas, etc. É um ato de violência cultural empregado de forma consciente, baseado
em teorias como a superioridade de uma raça, género ou nacio-nalidade.
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EXERCÍCIOS
1 Vocabulário: exercício de correspondência
2 Sopa de letras
3 Palavras cruzadas
4 Notas biográficas: exercício de correspondência
5 Bilhetes de identidade
6 Organizações: Puzzle duplo
7 Direitos Humanos: exercício de correspondência
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Vocabulário: exercício de correspondência
Insere as seguintes palavras junto da respetiva definição. Consulta o glossário da página 23 ou um dicionário.
ativista | apartheid | boicote | democracia | desigualdade | direito
discriminação | preconceito | racismo | segregação
1. Sistema político em que os cidadãos escolhem os seus dirigentes por votação direta, em atos eleitorais.
2. Faculdade legal de praticar determinados atos, de exigir, usu-fruir ou possuir alguma coisa.
3. Ideia ou conceito previamente formado que interfere no com-portamento do indivíduo.
4. Separação de pessoas ou grupos segundo a condição social
ou cultural, a idade, ou o sexo.
5. Pessoa que assume, como atitude moral, a primazia da neces-
sidade de ação.
6. Teoria fundada na crença da superioridade de certas raças
humanas; intensificação do sentimento racial de um grupo étni-co em relação a outro ou outros.
7. Sistema político que vigorou na África do Sul até 1993, baseado
na discriminação racial e imposto pela minoria branca.
8. Prática que consiste em conferir a uma pessoa ou a um grupo
um tratamento desigual, injusto ou desfavorável.
9. Diferença de estatuto, de direitos, de nível económico ou social
e de responsabilidades entre os membros de uma sociedade.
10. Bloqueio, isolamento social ou económico imposto a uma pes-soa, empresa, instituição ou estado, como represália ou como
forma de pressão.
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Sopa de Letras
Localiza as seguintes palavras na Sopa de Letras.
apartheid | boicote | democracia | desigualdade | direito
discriminar | lei | liberdade | luta | pacifismo | paz
política | preconceito | racismo | resistir | segregar | voto
I Q N O X B E O F F M R K Z O Q F Q K Z Y H J W H N B S A B
V Q P V E Y C M G M O X E Y O C K D S O H P B Q C N M W C O
E W U G G N T S T Z Y S P L R E S I S T I R T E P M P A Z I
Y D X W O Z X I P M O M D I J T Y F B G V R S Q V P R U A C
I H A H H B S F H L T H C C P K L I M J V M B S T C J C R O
O X R D P H K I E N O Y Q H B P B C Q B A D W U F B I A S T
H H D Y R B A C C Y V R I X S E R L P G Q J T F U T F S G E
Z S F D T E O A E Q B H G X E J D C N Z M O A H Í L I J T R
U V U J F D B P J N S P I D M I H I D T Y H T L S E A D Z Z
S D K Y V S L I P V D N R W R U A O V D R W O F L C D M J G
S E W T O N N E L P V P A E Z H Q Z J N C P L L T Y W B F G
K L G L P K L N L W I K I N C Z K X W T Z E O I K C O D N H
O T B R V B H Q R W V T J R E O N I R P H P V L A K N G Y O
M I Z T E C E R G C O V A D W R N D H M S I Q G U S D G H R
D C Q E Z G P D A T U K A U W H N C X M S U E T T X I D M I
U C Z Z J R A I W E H D R P Z B W R E M D R I U L B I H O Y
F E L A E A B R U A L K P M J K N F O I D O D N Z U K B J U
A M Q S M S I U V A H A O F H Z E A Z M T Y E J C E O I J G
U L T A H C Q E U D I S C R I M I N A R N O K W J O V I B R
X T Z Q D Z P G S E K C I I J H T F H B G U R V F L Q O Q O
I R B D Z L I D N V D O R B U Z M M E A X T S P A L A V A F
J A C I H S O E W I O F Q Y G Y N J B N A Q E P T L W H N Z
Y J O E E W M M Z D O W Q X F Z B K O Y W O Z H A U N F V T
M U X D I S P O I R X N I V J U W H T K V D J R E Z J Z L T
P Z Q B J T C C D I E H T R A P A K Q Q V E H U D I A K D W
Y C Z Z Y H A R D Y G K A M Q B S U H W E B O M S I C A R Y
R R B U Z M N A U Z Y B O T T N Y P A Y I O U W X Y P Q H B
T D F Z V H S C E T J J Y P U V G K A M V P Y K A Y F X W U
U W A K B C V I A I H O G T U L S U K I W F O W P F G A Q W
E N I L U A J A D L Z T H G D Z U Q W M P P Z H V Z U E S C
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Palavras Cruzadas
No texto sobre Mahatma Gandhi, na página 3, identifica os adjetivos que qualificam os se-guintes substantivos e insere-os na grelha.
HORIZONTAL 5. política
6. título 9. negócios
10. consciência
VERTICAL 1. ativistas
2. defensor 3. atividades
4. teses 7. desobediência
8. comerciantes
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Notas biográficas
Insere cada nome junto das respetivas notas biográficas.
Andrei Sakharov (1921-1989)
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) Mahatma Gandhi (1869-1948)
Martin Luther King, Jr. (1929-1968) Nelson Mandela (1918)
Peter Benenson (1921-2005)
Nasceu em Nova Deli, a 2 de outubro de 1869. Foi um dos fun-
dadores do moderno estado indiano e um influente defensor do Satyagraha ― princípio da não agressão, forma não violenta de
protesto ― como um meio de revolução.
Missionária católica albanesa, nasceu na República da Mace-
dónia e naturalizou-se indiana. Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os des-
protegidos na Índia.
Ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul, foi o principal
representante do movimento anti-apartheid. Passou a infância na região de Thembu, antes de prosseguir os estudos em Direito.
Em 1993, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz.
Foi um importante físico nuclear da extinta União Soviética. Re-cebeu o Prémio Nobel da Paz em 1975 pelo seu projeto de defe-
sa dos direitos humanos na União Soviética.
Fundador da Amnistia Internacional, lutou sem tréguas pela de-
fesa dos Direitos Humanos. Filho de um banqueiro judeu de ori-gem russa, perdeu o pai muito cedo. Formou-se em Direito pela
Universidade de Oxford e, em 1961, fundou a Amnistia Internaci-onal em Londres, uma instituição destinada a proteger os prisio-
neiros políticos e religiosos.
Foi um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos
civis nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência. Foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio
Nobel da Paz, em 1964, pouco antes de ser assassinado. “Eu tenho um sonho” é o seu discurso mais famoso.
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Bilhetes de Identidade
Completa os espaços em branco com a informação dos textos.
Mahatma Gandhi
Ano em que nasceu:
Forma de protesto adotada:
O que legou ao mundo:
Ano da morte:
Aristides de Sousa Mendes
Ano em que nasceu:
Nacionalidade:
O que lhe deu notoriedade:
Ano da morte:
Nelson Mandela
Ano em que nasceu:
Período em que foi presidente da África do Sul:
Prémio que recebeu em 2002:
Prémio Nobel recebido/ano:
Ano da morte:
Biblioteca Escolar
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Madre Teresa de Calcutá
Ano em que nasceu:
Local de nascimento:
O que a tornou respeitada
no mundo inteiro:
Prémio Nobel recebido/ano:
Data da morte:
Andrei Sakharov
Ano em que nasceu:
País onde nasceu:
O que o tornou famoso:
Prémio Nobel recebido/ano:
Data da morte:
Peter Benenson
Ano em que nasceu:
Objetivo da primeira campanha
que organizou:
O que o tornou famoso:
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Malcolm X
Ano em que nasceu:
Local de nascimento:
Ideias que defendia:
Data da morte:
Martin Luther King Jr.
Ano em que nasceu:
Local de nascimento:
Área em que se destacou:
Prémio Nobel recebido/ano:
Data da morte:
Wangari Maathai
Ano em que nasceu:
Nacionalidade:
Países onde prosseguiu os estudos:
Razões para a atribuição
do Nobel da Paz:
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Organizações: Puzzle Duplo
1. Coloca as letras na ordem correta para formares siglas e nomes de organizações que lu-
tam pela defesa dos direitos humanos.
2. Copia as letras numeradas para as quadrículas na última linha e desvenda o título do mais
famoso discurso proferido por Martin Luther King Jr.
MAI
MIINSTAA TNERANIIONCAL
URCZ HEMRVELA
EEEEGNPACR
SMÉICDO ESM IROFTEARSN
OUN
IEUCFN
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Nome: __________________________________________ N.º do Grupo: _______ Ano/Turma: _______
Direitos Humanos
Consulta as páginas 20-22. Identifica os artigos que estão a ser desrespeitados nas seguintes situações e insere o seu número na coluna da direita.
Situação Número do artigo desrespeitado
Não te é permitido viver livre e em segurança.
A lei não protege os teus direitos.
És preso sem culpa formada.
Foste considerado culpado de um crime sem provas.
Estás proibido de te deslocares dentro do teu país.
O governo do teu país não protege a tua família.
És impedido de professar a religião que escolheste.
Foste proibido de organizar uma reunião pacífica.
Trabalhas demasiadas horas por dia.
Não tens meios para ser assistido em caso de doença.
A lei do teu país impede-te de frequentares a escola.
Foi-te vedado o acesso a bens de cultura.
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ÍNDICE
ativistas .................................................................................................................................................. 3, 27
AMI - Assistência Médica Internacional .............................................................................................. 17
Amnistia Internacional ................................................................................................................. 8, 18, 28
Apartheid ...................................................................................................................... 6, 23,25, 26, 28
Benenson, Peter ...................................................................................................................... 8, 18, 28, 30
Cruz Vermelha ......................................................................................................................................... 16
direitos humanos ...................................................................................... 7, 14, 16, 18, 20, 23, 28, 32, 33
Einstein, Albert ............................................................................................................................................ 4
Gandhi, Mahatma ................................................................................................................. 3, 27, 28, 29
Greenpeace ............................................................................................................................................ 19
judeus ........................................................................................................................................................... 4
King, Martin Luther ................................................................................................. 3, 9, 10, 11, 28, 31, 32
liberdade .......................................................................................................................... 6, 7, 8, 18, 23, 26
Maathai, Wangari ............................................................................................................................. 12, 31
Madre Teresa de Calcutá .......................................................................................................... 5, 28, 30
Maeterlinck, Maurice ................................................................................................................................ 4
Malcolm X ............................................................................................................................................. 9, 31
Mandela, Nelson ...................................................................................................................... 3, 6, 28, 29
Médicos Sem Fronteiras ......................................................................................................................... 17
Mendes, Aristides de Sousa ............................................................................................................... 4, 29
multirraciais ................................................................................................................................................. 6
Nobel da Paz ............................................................................................ 5, 6, 7, 8, 10, 12, 13, 18, 28, 31
Obama, Barack ....................................................................................................................................... 11
Organização das Nações Unidas ........................................................................................................ 14
pacifistas ..................................................................................................................................................... 3
prisão ........................................................................................................................................................ 6, 9
problemas sociais ...................................................................................................................................... 5
racial ................................................................................................................................... 6, 10, 11, 23, 25
Sakharov, Andrei .......................................................................................................................... 7, 28, 30
satyagraha ........................................................................................................................................... 3, 28
segregação ......................................................................................................................... 6, 9, 10, 23, 25
Solzhenitsyn, Aleksandr ............................................................................................................................. 7
União Soviética .................................................................................................................................... 7, 28
UNICEF ........................................................................................................................................................ 15
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BIBLIOGRAFIA
FONSECA, Teresa (org.) - Direitos humanos em ação. Noesis. N.º 69 (abril/junho 2007)
HORTELÃO, Rui – Peter Benenson (1921-2005). Sábado. (4 março 2005), p. 107.
MAHATMA Gandhi. [em linha]. Vidas Lusófonas. [consult. 19 janeiro 2009]. Disponível na Inter-net: <http://www.vidaslusofonas.pt/mahatma_gandhi.htm>
OBAMA cumpre sonho de Martin Luther King Jr. [em linha]. Correio da Manhã. [consult. 19
janeiro 2009]. Disponível na Internet: <http://www.correiodamanha.pt/>
WIKIPÉDIA. [em linha]. [consult. 19 janeiro 2009]. Disponível na Internet: <http://pt.wikipedia.org>