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03/12/2015 1 Definição Hidatidose é a infecção pela larva (metacestodo) de cestódeos do gênero Echinococcus Equinococose é a infecção pelo verme adulto Espécie HD Localização Morfologia HI Localização Forma Larval T. saginata Homem ID Até 15m Bovinos Musculatura C. bovis T. solium Homem ID Até 8m Suínos, cão, homem (zoonose) Musculatura, SNC C. cellulosae E. granulosus Canídeo ID Até 6mm Ovinos, bovinois homem (zoonose) Pulmõe,fígado , cavidade peritoneal Hidátide ou cisto hidático Cestóides da família Taeniidae de importância médica veterinária Fonte: http://www.coccidia.icb.usp.br/disciplinas/BMP222/aulas/Cestoides_Taenia_Echinococcus_2012.pdf

epidemiologia echinococcus granulosus - edisciplinas.usp.br · tosse hemoptise Ruptura dos cistos febre urticária eosinofilia choque anafilático, bem como a difusão do cisto. Outros

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03/12/2015

1

Definição

Hidatidose é a infecção pela larva

(metacestodo) de cestódeos do gênero

Echinococcus

Equinococose é a infecção pelo verme

adulto

Espécie HD Localização Morfologia HI LocalizaçãoForma Larval

T. saginata Homem ID Até 15m Bovinos Musculatura C. bovis

T. solium Homem ID Até 8mSuínos, cão,

homem (zoonose)

Musculatura,SNC

C. cellulosae

E. granulosus Canídeo ID Até 6mm

Ovinos, bovinoishomem

(zoonose)

Pulmõe,fígado, cavidade peritoneal

Hidátide ou cisto hidático

Cestóides da família Taeniidae de importância médica veterinária

Fonte: http://www.coccidia.icb.usp.br/disciplinas/BMP222/aulas/Cestoides_Taenia_Echinococcus_2012.pdf

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Classificação

Classe Cestoda

Família Taeniidae

Genero Echinococcus

Espécie Echinococcus granulosus

Echinococcus equinus

Echinococcus multilocularis

Echinococcus oligarthrus

Echinococcus vogeli

Echinococcus ortleppi

Echinococus canadensis

Echinococus felidis

Echinococus shiquicus

Classificação

2-7mm comprimento

3-4 segmentos

Ovos embrionados

Scolex

Espécies de Echinococcus, HI, HD, doença no homem, localização

Fonte: D.J. Jenkins et al International Journal for Parasitology 35 (2005) 1205–1219

Espécie HI ZoonosesDoença Homem

HD Local

E. granulosus

Ovino (bovino, suíno,

camelo, caprino)

Sim CistoCão, raposa, dingo, jacal,

hienaMundial

E. equine Equídeo Não X CãoEuropa, Oriente

MédioE. ortleppi Bovino Sim Cisto Cão ?

E.

multiloculares

Roedor, suíno, cão,

macacoSim

Alveolar (multivesic

ular)

Raposa, cão, gato, lobo,

raccon, coiote

Eurasia, América do

Norte

E. shiquicuslagomorfo

s? ? Raposa tibetana ?

E. vogeli Roedor Sim PolicistoCachorro vinagre

América do Sul

E. oligarthus Roedor Sim PolicistoFelinos

selvagensAmérica Latina

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3

Fonte: Torgerson e Budke Research in Veterinary Science 74 (2003) 191–202

Distribuição Global da E. granulosus

Prevalência Hidatidose ovina, humana e E. granulosus em cães no Uruguai

Ararnbulo Acta Tropica 67 (1997) 113-124

homem

ovino

cão

Nas áreas endêmicas os cães tem acesso as vísceras

Fonte: Moro et al International Journal of Infectious Diseases (2009) 13, 125—133 Craig et al Lancet Infect Dis 2007; 7:385–394

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4

PeríodoPrevalência

arecolina

Prevalência

ELISATipo amostra

RS

1998 7,7% (5/65)10,8%

(7/65)Cães errantes

Argentina 1984-85 1,12% Cães

Uruguai 1995 4,4% Cães

Peru 19973,4 Lima

48,2 ArequipaCães

RS 201022,2%

(500/2250)Bovinos

201115,4%

(581/3754)Bovinos

Incidência de E. granulosus em Cães no Brasil

Fonte: Arambulo lll Acta Tropica 67 (1997) 113-124 e Hoffmann et al Cienc. Rural v.31 n.5 2001

DE LA RUE, M.L. - Cystic echinococcosis in southern Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 50(1): 53-56, 2008

PeríodoN. Casos

Novos

Média por

ano

Incidência anual

por 100.000 hab

RS

1973-84 470 31 0,33

1980-91 >600 >50 0,54

Argentina

1988-92 464 1,42

Uruguai

1972 552 552 17,4

1995 293 293 9,2

1997 6,5

Incidência de Cisto Hidático em Humanos no Brasil e América do Sul

DE LA RUE, M.L. - Cystic echinococcosis in southern Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 50(1): 53-56, 2008

Tipo Propriedade (%)

Rural Suburbano Urbana

Anti Helminto 61,9 10,1 77,7

Carne Crua 58,3 0,0 0,0

Acesso a Matadouro 83,3 - -

Avaliação (%)

Tratamento 30 dias PT 120 dias PT

Arecolina 7,69 (5/44) 0,0 (0/40) 36,84 (7/19)

ELISA

CoproAg27,69 (17/44) 0,0 (0/40) 47,37 (9/19)

Acesso dos cães a tratamento, carne crua e matadouro StaLivtamento RS

Apesar de ter acesso ao tratamento, este era feito com benzimidazole e

não com praziquantel, droga de eleição.

Fonte: Farias Rev. Inst. Med. trop. SP v.46 n.3 2004

Avaliação Pós-Tratamento

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5

Ciclo de Vida

Adulto ID

d

I

Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Echinococcosis.htm

Adulto em 30-45 dias PI

>Figado<Pumão

10-14 dias

Ciclo de Vida

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6

Padrão do ciclo de vida do E. granulosus e E.multilocularis

mostrando ciclo presumido natural (silvestre) e os ciclos derivados

Ciclo de vida das seis

variantes genéticas de

E. granulosus

AB

cão ovino

A. Período pré-patente em cães (6-12 semanas)

B. Fertilidade dos cistos e idade do E. granulosus nos ovinos (50% de

fertilidade aos 6,65 anos)

Período pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do

agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis doagente etiológico.

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Infecção por E. granulosus em cães de pastoreio ou de vila de acordo com a idade do cão (número de cães x idade)

Fonte: Shaikenov et al. Acta Tropica 85 (2003) 287/293

Prevalência E. granulosus pastoreio 23,2%urbano 5,8%

Fonte: Shaikenov et al. Acta Tropica 85 (2003) 287/293

Intensidade da Infecção por E. granulosus emcães de pastoreio ou de vila de acordo com a idade do cão

Característica E. granulosus

N. médio de ovos por proglotide 587

N. médio de proglotides excretadas por verme por dia 0,071

N. médio de vermes por hospedeiro 202

N. de ovos excretados por cão por dia 8,470

Proporção de ovos transformados em cistos viáveis 0,0033

Potencial número de cistos viáveis por cão por dia (potencial biótico)

28

Estimativa do potencial biotico do Echinococcus granulosus

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Diagnóstico Hospedeiro Definitivo Cão

Diagnóstico direto

�Difícil ovos não são diferenciados de outros cestodos

como Taenia

�Excreção de ovos é irregular

�Segmentos dificilmente são encontrados

Fonte: WHO/OIE Manual on echinococcosis in humans and animals

Diagnóstico Hospedeiro Definitivo Cão

Diagnóstico direto

�Difícil ovos não são diferenciados de outros cestodos

como Taenia

�Excreção de ovos é irregular

�Segmentos dificilmente são encontrados

Fonte: WHO/OIE Manual on echinococcosis in humans and animals

Diagnóstico Hospedeiro Definitivo Cão

Fonte: WHO/OIE Manual on echinococcosis in humans and animals

Técnicas de Rotina

Flutuação ou Fita adesiva na região perianal

•Uso da Arecolina tem ação depressora nos cetodos e também

estimula o peristaltismo e expulsão do parasita.

•Dose Cão 1-2mg/kg

Desvantagens:

•não pode ser usado em cadelas prenhas, jovens ou idosos.

•Valor preditivo 1 dose 65% 2 dose 78%

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Diagnóstico Hospedeiro Definitivo Cão

Fonte: WHO/OIE Manual on echinococcosis in humans and animals

Imunodiagnóstico1. Detecção de antígenos nas fezes (coproantígeno)

Coproantígenos detectado 5 a 10 dias PI, não depende da eliminação

de ovos

Alta correlação com infecção ativa

Especificidade alta >96%, sem reação cruzada com Taenia

Sensibilidade E. granulosus (carga) >100 = 92-100%

<100 = 29-70%

Possibilita diferenciação E. granulosus x E. multilocularis

Kit comercial

2. Detecção de anticorpos no soro

Anticorpos detectados 2-3 semanas PI

Sensibilidade 73%

Especificidade 73-<95%

Tratamento HD Cão

• Praziquantel (Droncit®) 5 mg/kg, droga de eleição, efetiva

para forma imatura e maturas, mas não é ovicida

• Epsiprantel (Cestex®) 5,5 mg/kg cão e 2,75 mg/kg gato

Para controle massal tratamento único com intervalo de 6 semanas

para E. granulosus e 4 semanas para E. multilocularis

Para individual duas doses seguida ou com um intervalo de 7 dias

Sintomatologia Hidatidose

Infecções Echinococcus granulosus podem permanecer em silênciodurante anos antes do aumento dos cistos causar sintomas nosórgãos afetados.

Hepático �dor abdominal�aumento de volume na região hepática�obstrução do ducto biliar

Pulmonar�dor no peito�tosse �hemoptise

Ruptura dos cistos�febre�urticária �eosinofilia�choque anafilático, bem como a difusão do cisto.

Outros órgãos como cérebro, ossos, coração também podem estar envolvidos

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Diagnóstico Hidatidose

Imunológico

•Inibição da Hemaglutinação

•ELISA

•Imunofluorescência Indireta

Sensibilidade 60 a 90%

Problema falso positivo NCC (5-25%)

Utilizado para monitoramento de sucesso cirúrgico, Ac devem

cair, mas se houver cistos 2os há aumento de Ac.

Fonte: http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Echinococcosis.htm

Radiológico Imagem

•Radiografia

•Ecografia, Ultrasom

•Ressonância Magnética, TC

Sensibilidade dos testes em relação aos sítios dos Cistos

Teste Fígado PulmãoFígado e Pulmão

Outros

Latex (LA)

80 58 88 57

HI 80 61 90 57

ELISA 93 83 96 93

Sensibilidade dos Testes de DiagnósticosSorológicos para a Hidatidose

Tomografia computadorizada de um fígadomostrando um cisto contendo cistos filhas

WHO/OIE Manual on echinococcosis in humans and animals 2002

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Tratamento Hidatidose - Humanos

PAIR puncture aspiration injection reaspiration: é a punção para remoção do

líquido, injeção de álcool 95% e esvaziamento docisto

após 10 min para matar os protoescóleces

Vantagens: sem complicações, alívio imediato de compressões,

sem necessidade de anestésia geral, menor custo

Cirúrgico: para cistos grandes (> 10 cm), cisto único no fígado,

compressão de estruturas nobres e hemoptise

recorrente

Químico (associado aos anteriores): albendazol 15 mg/kg 2x dia

por 4 semanas

Fonte: Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias 2005

Local Custo US$

Itália (cirurgia) 14.000,00

Itália (clínico) 2.500,0

Argentina 4.600,00-6.000,00

Argentina (pair albendazole) 1.350,00-2.000,00

Custo do Tratamento da Hidatidoseem Humanos

Custo Diagnóstico mais Tratamento Cães (Argentina 1997) =

US$ 37,00

Controle do E. granulosus

1. Educação em Saúde

2. Saneamento ambiental

3. Inspeção alimentar

4. Água tratada

5. Existe vacina para ovinos (Austrália, Nova

Zelândia), proteção contra desafio de 98%,

persistência dos títulos por até 6 meses

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Controle do E. granulosus

Opção 1 não controle

Opção 2 estratégia horizontal (>30 anos)

ações:

Melhoramento dos serviços veterinários

inspeção de carne

controle da população canina

Programas educacionais

Opção 3 ataque lento

Orientada na prevenção do acesso a carne crua

Uso da arecolina no diagnóstico e na educação

Controle do E. granulosus

Opção 4 ataque rápido A (10-15 anos)

Vigilância nos animais e humanos

Diminuição da população canina

Opção 5 ataque rápido B

Tratamento de todos os cães com intervalos

predeterminados (6 semanas)

Mudanças na prevalência de E. granulosus em ovinos na Nova Zelândia utilizando a

estratégia de testar os cães usando arecolina a cada 3 meses, observa-se que houve

uma mudança de status endêmico para esporádico (círculo preto)

Mudança de zona hiperendemica para esporádica usando dosificação de

praziquantel (Alasca). Quando a estratégia é interrompida há mudança de status

(círculo branco).

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Prevalência de E. granulosus em ovinos de acordocom a estratégia de controle

Uruguai

Nova Zelândia

Chipre

Tempo após início do controle (anos)

Ovinos

Prev inicial =0,34

Cão

Prev inicial =0,23

P

rev

alê

ncia

Mudança na prevalência com a

introdução de vacinação de

cordeiros e tratamento anti-

helmintíco de 6 em 6 meses

(Casaquistão) – melhor resultado

quando 60% das cães tratados e 60%

dos ovinos imunizados

Fonte: Torgerson e Budke Research in Veterinary Science 74 (2003) 191–202

Art. 180 - Equinococose - podem ser condenadas as carcaças

de animais portadores de equinococose, desde que

concomitantemente haja caquexia.

§ 1º - Os órgãos e as partes atingidas serão sempre

condenados.

§ 2º - Fígados portadores de uma ou outra lesão de

equinococose periférica, calcificada e bem circunscrita,

podem ter aproveitamento condicional a juízo da

Inspeção Federal e após remoção e condenação das

partes atingidas.

RIISPOA - Brasil

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1978 1979 1980 1981 1982

fígados condenados

178.000 165.000 129.000 174.000 177.000

kg de fígados

condenados713.000 662.000 516.000 680.000 711.000

Perdas resultantes da condenação de fígados bovinos com hidatidose no RS, Brasil