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Epidemiologia Epidemiologia Prof. Clarissa Duarte Prof. Clarissa Duarte Curso Méritus Curso Méritus 2006 2006

Epidemiologia Prof. Clarissa Duarte Curso Méritus 2006

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EpidemiologiaEpidemiologia

Prof. Clarissa DuarteProf. Clarissa DuarteCurso MéritusCurso Méritus

20062006

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Origem grega:Origem grega:

epiepi – sobre – sobredemodemo – população – população

logialogia - estudo - estudo

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Grécia AntigaGrécia Antiga

HigéiaHigéia medicina coletiva/preventivamedicina coletiva/preventiva

PanacéiaPanacéia medicina individual/curativamedicina individual/curativa

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HistóriaHistória AntigüidadeAntigüidade – doença entendida como punição dos deuses, castigo e – doença entendida como punição dos deuses, castigo e

pecado. Práticas místicas com elementos da natureza eram os pecado. Práticas místicas com elementos da natureza eram os tratamentos existentes.tratamentos existentes.

HipócratesHipócrates (460-377 a.C.) pregava a influência do meio ambiente, a (460-377 a.C.) pregava a influência do meio ambiente, a higiene e hábitos saudáveis de vida como fatores de proteção à saúdehigiene e hábitos saudáveis de vida como fatores de proteção à saúde

Séc. XVSéc. XV – registros de perfis de mortalidade para populações européias e – registros de perfis de mortalidade para populações européias e descrição clínica de algumas doenças. Influência religiosa.descrição clínica de algumas doenças. Influência religiosa.

1802 – 1802 – Juan de VillalbaJuan de Villalba utiliza o termo epidemiologia e descreve epidemias utiliza o termo epidemiologia e descreve epidemias na Espanha.na Espanha.

Século XIXSéculo XIX – a estatística impulsiona estudos de análise da situação de – a estatística impulsiona estudos de análise da situação de saúde das populações.saúde das populações.

Koch e PasteurKoch e Pasteur descobrem os micoorganismos (1872 e 1880) e a descobrem os micoorganismos (1872 e 1880) e a Epidemiologia volta-se para a pesquisa da etiologia das doenças (uma Epidemiologia volta-se para a pesquisa da etiologia das doenças (uma causa –agente infeccioso, para um efeito – doença)causa –agente infeccioso, para um efeito – doença)

GreenwoodGreenwood (1888-1949 e (1888-1949 e Wade Hampton FrostWade Hampton Frost (1880-1938) reforçam a (1880-1938) reforçam a aplicação da estatística na análise de eventos relacionados à saúde. aplicação da estatística na análise de eventos relacionados à saúde. Primeira cátedra de Epidemiologia na London School of Higiene and Primeira cátedra de Epidemiologia na London School of Higiene and Tropical Medicine.Tropical Medicine.

Anos 20Anos 20 – Principles of Epidemiology é o primeiro compêndio a ser – Principles of Epidemiology é o primeiro compêndio a ser editado.editado.

Anos 30Anos 30 – fragmentação do saber médico em especialidades promove – fragmentação do saber médico em especialidades promove impacto no estudo das doenças da população diminuindo seu alcance impacto no estudo das doenças da população diminuindo seu alcance social e elitizando práticas de saúde.social e elitizando práticas de saúde.

Anos 50Anos 50 - Medicina preventiva como movimento ideológico. 1953 - Medicina preventiva como movimento ideológico. 1953 Congresso OMS.Congresso OMS.

SUSSUS – Epidemiologia é a ciência norteadora de suas ações. – Epidemiologia é a ciência norteadora de suas ações.

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Atualmente:Atualmente: - estudos descritivos sobre as - estudos descritivos sobre as

doenças em geral;doenças em geral;- emprega medidas de avaliação e - emprega medidas de avaliação e

controle;controle;- desenvolve estudos que - desenvolve estudos que

propiciam elementos para o propiciam elementos para o esclarecimento de fatores esclarecimento de fatores

condicionantes e determinantes condicionantes e determinantes do processo saúde-doença;do processo saúde-doença;

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BASES CONCEITUAISBASES CONCEITUAIS

Epidemiologia estuda Epidemiologia estuda processo saúde-doença em processo saúde-doença em populações humanaspopulações humanas com o com o

objetivo de prevenção e objetivo de prevenção e controle.controle.

Higéia – coletivo (epidemiologia)Higéia – coletivo (epidemiologia)Panacéia – indivíduo (clínica)Panacéia – indivíduo (clínica)

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EstatísticaEstatísticaMedida do Estado (Staat)Medida do Estado (Staat)

Métodos estatísticos Métodos estatísticos permitem estudos permitem estudos

populacionais a partir de populacionais a partir de uma amostra, um sub-uma amostra, um sub-

conjunto representativo do conjunto representativo do conjunto inteiro.conjunto inteiro.

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Eixo da saúde pública:Eixo da saúde pública: - proporciona bases para - proporciona bases para avaliação das medidas de avaliação das medidas de

profilaxia;profilaxia;- fornece pistas para diagnose - fornece pistas para diagnose de doenças transmissíveis e de doenças transmissíveis e

não-transmissíveis;não-transmissíveis;- enseja verificação da - enseja verificação da

consistência de hipóteses de consistência de hipóteses de causalidade.causalidade.

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Método epidemiológicoMétodo epidemiológico 1º - 1º - Descrição do problemaDescrição do problema (epidemiologia (epidemiologia

descritiva) – qual o problema, quem são os descritiva) – qual o problema, quem são os atingidos, onde ocorre, quando acontece.atingidos, onde ocorre, quando acontece.

2° - 2° - Análise do problemaAnálise do problema (epidemiologia (epidemiologia analítica) – objetivo é esclarecer as causas do analítica) – objetivo é esclarecer as causas do problema e seus possíveis fatores problema e seus possíveis fatores determinantes. Busca-se responder como o determinantes. Busca-se responder como o problema ocorre e por que ocorre.problema ocorre e por que ocorre.

3° - 3° - IntervençãoIntervenção – adoção de medidas de – adoção de medidas de controle, tratamento e prevenção.controle, tratamento e prevenção.

4° - 4° - AvaliaçãoAvaliação – qual a efetividade dos esforços – qual a efetividade dos esforços empregados na resolução do problema.empregados na resolução do problema.

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Processo saúde - doençaProcesso saúde - doença

Processo evolutivoProcesso evolutivo::1.1. Evolução aguda e fatal Evolução aguda e fatal (10% pacientes portadores de trombose venosa profunda (10% pacientes portadores de trombose venosa profunda

apresentam episódios de embolismo pulmonar e desses, 10% vão a óbito)apresentam episódios de embolismo pulmonar e desses, 10% vão a óbito)

2.2. Evolução aguda, clinicamente evidente, com Evolução aguda, clinicamente evidente, com recuperação recuperação ( paciente jovem e hígido, com quadro viral de vias aéreas superiores, depois de uma ( paciente jovem e hígido, com quadro viral de vias aéreas superiores, depois de uma

semana com febre, tosse produtiva com expectoração purulenta, dor ventilatória dependente e consolidação no RX de tórax. semana com febre, tosse produtiva com expectoração purulenta, dor ventilatória dependente e consolidação no RX de tórax. Após diagnóstico de pneumonia pneumocócica e tratamento, paciente repete RX e não se observa sequela alguma)Após diagnóstico de pneumonia pneumocócica e tratamento, paciente repete RX e não se observa sequela alguma)

3.3. Evolução subclínica Evolução subclínica (Primo infecção tuberculosa: a chegada de bacilos de Koch nos (Primo infecção tuberculosa: a chegada de bacilos de Koch nos

alvéolos é reconhecida pelos linfócitos T que identificam a cápsula do bacilo como um antígeno e provocam reação alvéolos é reconhecida pelos linfócitos T que identificam a cápsula do bacilo como um antígeno e provocam reação específica com formação de granuloma. Na maioria das pessoas a primo infecção tuberculosa passa desapercebida pois específica com formação de granuloma. Na maioria das pessoas a primo infecção tuberculosa passa desapercebida pois adquire uma forma subclínica).adquire uma forma subclínica).

4.4. Evolução crônica progressiva com óbito em Evolução crônica progressiva com óbito em longo ou curto prazo longo ou curto prazo (DPOC evolui para o óbito por insuficiência respiratória e (DPOC evolui para o óbito por insuficiência respiratória e

hipoxemia severa. Doença de evolução progressiva e óbito em longo prazo).hipoxemia severa. Doença de evolução progressiva e óbito em longo prazo).

5.5. Evolução crônica com períodos Evolução crônica com períodos assintomáticos e exacerbações assintomáticos e exacerbações (asma brônquica, com períodos de (asma brônquica, com períodos de

exacerbação e períodos assintomáticos).exacerbação e períodos assintomáticos).

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História natural das doençasHistória natural das doenças

1. Fase inicial ou de 1. Fase inicial ou de susceptibilidadesusceptibilidade

(condições que favorecem a doença – paciente fumante)(condições que favorecem a doença – paciente fumante)

2. Fase patológica pré-clínica2. Fase patológica pré-clínica(a doença não é evidente, mas já há alterações patológicas – movimento ciliar da árvore brônquica (a doença não é evidente, mas já há alterações patológicas – movimento ciliar da árvore brônquica

reduzido)reduzido)

3. Fase clínica3. Fase clínica(período da doença com sintomas – bronquite crônica na DPOC)(período da doença com sintomas – bronquite crônica na DPOC)

4. Fase de incapacidade residual4. Fase de incapacidade residual(se a doença não evoluiu para a morte, nem foi curada, ocorrem seqüelas – limitação funcional)(se a doença não evoluiu para a morte, nem foi curada, ocorrem seqüelas – limitação funcional)

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Indicadores de saúdeIndicadores de saúde

Objetivo de avaliar a higidez de Objetivo de avaliar a higidez de agregados humanos e fornecer agregados humanos e fornecer subsídios ao planejamento da subsídios ao planejamento da

saúde.saúde.

Indicadores positivos:Indicadores positivos: alimentação e alimentação e nutrição, emprego, transporte, habitação e nutrição, emprego, transporte, habitação e

condições de moradia, etc.condições de moradia, etc.Indicadores negativos:Indicadores negativos: ocorrência de ocorrência de

agravos à saúde, doença e morte.agravos à saúde, doença e morte.

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Lista de Doenças de Notificação CompulsóriaLista de Doenças de Notificação Compulsória Portaria Nº 5, de 21 de fevereiro de 2006Portaria Nº 5, de 21 de fevereiro de 2006 I. Botulismo I. Botulismo II. Carbúnculo ou AntrazII. Carbúnculo ou AntrazIII. CóleraIII. CóleraIV. CoquelucheIV. CoquelucheV. DengueV. DengueVI. DifteriaVI. DifteriaVII. Doença de Creutzfeldt - JacobVII. Doença de Creutzfeldt - JacobVIII. Doenças de Chagas (casos agudos)VIII. Doenças de Chagas (casos agudos)IX. Doença Meningocócica e outras MeningitesIX. Doença Meningocócica e outras MeningitesX.Esquistossomose (em área não endêmica)X.Esquistossomose (em área não endêmica)XI. Eventos Adversos Pós-VacinaçãoXI. Eventos Adversos Pós-VacinaçãoXII.Febre AmarelaXII.Febre AmarelaXIII. Febre do Nilo OcidentalXIII. Febre do Nilo OcidentalXIV. Febre MaculosaXIV. Febre MaculosaXV. Febre TifóideXV. Febre TifóideXVI. HanseníaseXVI. HanseníaseXVII. HantaviroseXVII. HantaviroseXVIII. Hepatites ViraisXVIII. Hepatites Virais

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XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão verticalcrianças expostas ao risco de transmissão verticalXX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)XX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)XXI. Leishmaniose Tegumentar AmericanaXXI. Leishmaniose Tegumentar AmericanaXXII. Leishmaniose VisceralXXII. Leishmaniose VisceralXXIII.LeptospiroseXXIII.LeptospiroseXXIV. MaláriaXXIV. MaláriaXXV. Meningite por Haemophilus influenzaeXXV. Meningite por Haemophilus influenzaeXXVI. PesteXXVI. PesteXXVII.PoliomieliteXXVII.PoliomieliteXXVIII.Paralisia Flácida AgudaXXVIII.Paralisia Flácida AgudaXXIX.Raiva HumanaXXIX.Raiva HumanaXXX.RubéolaXXX.RubéolaXXXI.Síndrome da Rubéola CongênitaXXXI.Síndrome da Rubéola CongênitaXXXII. SarampoXXXII. SarampoXXXIII. Sífilis CongênitaXXXIII. Sífilis CongênitaXXXIV. Sífilis em gestanteXXXIV. Sífilis em gestanteXXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDSXXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDSXXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica AgudaXXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica AgudaXXXVII. Síndrome Respiratória Aguda GraveXXXVII. Síndrome Respiratória Aguda GraveXXXVIII. TétanoXXXVIII. TétanoXXXIX. TularemiaXXXIX. TularemiaXL. TuberculoseXL. TuberculoseXLI. VaríolaXLI. Varíola

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Indicadores:Indicadores: proporções, taxas, razões proporções, taxas, razões que procuram sintetizar o que procuram sintetizar o

efeito de determinantes de efeito de determinantes de natureza variada sobre o natureza variada sobre o

estado de saúde de estado de saúde de determinada população.determinada população.

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Principais indicadores de Principais indicadores de saúdesaúde

CoeficientesCoeficientes – medidas de probabilidade. – medidas de probabilidade. Relações entre o número de eventos reais Relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer (taxa).e os que poderiam acontecer (taxa).

ÍndicesÍndices – relação entre as freqüências – relação entre as freqüências atribuídas de determinado evento, sendo atribuídas de determinado evento, sendo que no numerador é registrada a que no numerador é registrada a freqüência absoluta do evento, subconjunto freqüência absoluta do evento, subconjunto daquela que é registrada no denominador, daquela que é registrada no denominador, de caráter mais abrangente (proporção).de caráter mais abrangente (proporção).

RazãoRazão – medida de freqüência de um – medida de freqüência de um grupo de eventos relativa à freqüência de grupo de eventos relativa à freqüência de outro grupo distinto de eventos (fração).outro grupo distinto de eventos (fração).

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Principais indicadores de saúdePrincipais indicadores de saúde

Coeficiente de mortalidade geral – Taxa bruta de mortalidade:Coeficiente de mortalidade geral – Taxa bruta de mortalidade:Total de óbitos de residentes em certa área, no ano considerado X 1000Total de óbitos de residentes em certa área, no ano considerado X 1000

População residente na área, ajustada para o meio do ano População residente na área, ajustada para o meio do ano

Coeficiente de mortalidade infantil:Coeficiente de mortalidade infantil:Número de óbitos de menores de 1 ano residentes em certa área, no ano considerado Número de óbitos de menores de 1 ano residentes em certa área, no ano considerado

X 1000X 1000

Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano

Coeficiente de mortalidade neonatal:Coeficiente de mortalidade neonatal:Número de óbitos de crianças de 0 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000Número de óbitos de crianças de 0 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000

Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano

Coeficiente de mortalidade neonatal precoce:Coeficiente de mortalidade neonatal precoce:Número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000Número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000

Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano

Coeficiente de mortalidade neonatal tardia:Coeficiente de mortalidade neonatal tardia:Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias em certa área, no ano considerado X 1000

Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano

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Coeficiente de mortalidade pós neonatal:Coeficiente de mortalidade pós neonatal:Óbitos de crianças de 28 a 364 dias em certa área, no ano considerado X 1000Óbitos de crianças de 28 a 364 dias em certa área, no ano considerado X 1000Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido ano Coeficiente de mortalidade perinatal:Coeficiente de mortalidade perinatal:Número de óbitos fetais (22 semanas ou mais de gestação) + nº de óbitos de crianças Número de óbitos fetais (22 semanas ou mais de gestação) + nº de óbitos de crianças de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000de 0 a 6 dias em certa área, no ano considerado X 1000Total de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido anoTotal de nascidos vivos de mães residentes na área, no referido anoRazão de mortalidade proporcional (Índice de Swaroop & Uemura):Razão de mortalidade proporcional (Índice de Swaroop & Uemura):Nº de óbitos de pessoas de 50 anos ou mais, residentes em certa área,e ano X 100Nº de óbitos de pessoas de 50 anos ou mais, residentes em certa área,e ano X 100Nº de óbitos toais na população residente na área e ano consideradosNº de óbitos toais na população residente na área e ano considerados Razão de masculinidade ou razão de sexos:Razão de masculinidade ou razão de sexos:N° de residentes do sexo masculino na área e ano considerados X 100N° de residentes do sexo masculino na área e ano considerados X 100Nº de residentes do sexo feminino na área e ano consideradosNº de residentes do sexo feminino na área e ano consideradosProporção de idosos na população:Proporção de idosos na população:N° de pessoas com 60 anos ou mais, residentes em área e ano considerados X 100N° de pessoas com 60 anos ou mais, residentes em área e ano considerados X 100População total residente nessa área e anoPopulação total residente nessa área e anoCoeficiente de letalidade:Coeficiente de letalidade:Nº de óbitos de determinada doença em área e ano considerados X 100Nº de óbitos de determinada doença em área e ano considerados X 100Nº de casos dessa doença em área e ano consideradosNº de casos dessa doença em área e ano consideradosCoeficiente de mortalidade por determinada doença:Coeficiente de mortalidade por determinada doença:Nº de óbitos por determinada doença ocorridos na população residente numa área e Nº de óbitos por determinada doença ocorridos na população residente numa área e ano considerados X 100.000ano considerados X 100.000População residente nessa área e anoPopulação residente nessa área e ano

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MorbidadeMorbidadeObjetiva o controle de doenças. Estudo do Objetiva o controle de doenças. Estudo do

comportamento de doenças e agravos em uma comportamento de doenças e agravos em uma população.população.

PrevalênciaPrevalência – força com que subsistem doenças nas – força com que subsistem doenças nas coletividades.Útil para medir doenças crônicas.coletividades.Útil para medir doenças crônicas.

Coeficiente de prevalência= n°. de casos conhecidos de uma doença em Coeficiente de prevalência= n°. de casos conhecidos de uma doença em determinado ponto no tempo X 10ndeterminado ponto no tempo X 10n populaçãopopulação

IncidênciaIncidência – intensidade com que acontece a – intensidade com que acontece a morbidade em uma população (casos novos). Ideal morbidade em uma população (casos novos). Ideal para avaliar efetividade de programas de saúde.para avaliar efetividade de programas de saúde.

Coeficiente de incidência= n° de casos novos de determinada doença emCoeficiente de incidência= n° de casos novos de determinada doença em

determinada população em determinado período de tempo X 10ndeterminada população em determinado período de tempo X 10n n° de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no períodon° de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no período

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Vigilância Vigilância EpidemiológicaEpidemiológica

Atividades:Atividades:

. Coleta, consolidação, análise e . Coleta, consolidação, análise e interpretação de dados;interpretação de dados;

. Investigação epidemiológica;. Investigação epidemiológica;

. Recomendação, execução e . Recomendação, execução e avaliação de medidas de controle;avaliação de medidas de controle;

. Divulgação de informações. Divulgação de informações..

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Vigilância Vigilância EpidemiológicaEpidemiológica

Coletas de dados:Coletas de dados:. Notificação (DNC – Lei nº 6259/75);. Notificação (DNC – Lei nº 6259/75);. Dados demográficos, ambientais e sócio- . Dados demográficos, ambientais e sócio-

econômicos;econômicos;. Dados de mortalidade;. Dados de mortalidade;. Dados de ações de controle de doenças e de . Dados de ações de controle de doenças e de

serviços de saúde;serviços de saúde;. Dados de laboratório, de uso de produtos . Dados de laboratório, de uso de produtos

farmacológicos, biológicos e químicos;farmacológicos, biológicos e químicos;. Rumores vindos da comunidade;. Rumores vindos da comunidade;. Vigilância ativa;. Vigilância ativa;. Fontes sentinelas.. Fontes sentinelas.

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Sistemas de Informação em Sistemas de Informação em SaúdeSaúde

SIS são um conjunto de componentes SIS são um conjunto de componentes (estruturas administrativas e unidades de (estruturas administrativas e unidades de produção) integrados e articulados que produção) integrados e articulados que

atuam com o propósito de obter e selecionar atuam com o propósito de obter e selecionar dados e transformá-los em informação, com dados e transformá-los em informação, com

mecanismos e práticas próprios.mecanismos e práticas próprios.Devem conter os requisitos técnicos Devem conter os requisitos técnicos necessários ao desempenho das suas necessários ao desempenho das suas

funções básicas: planejamento, coordenação funções básicas: planejamento, coordenação e supervisão dos mecanismos de seleção, e supervisão dos mecanismos de seleção, identificação, coleta, aquisição. Registro, identificação, coleta, aquisição. Registro,

transcrição, classificação, armazenamento, transcrição, classificação, armazenamento, processamento, recuperação, análise, processamento, recuperação, análise,

apresentação e difusão.apresentação e difusão.

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Funções dos SISFunções dos SIS Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à

saúde;saúde; Contribuir para conhecer e monitorizar o estado de Contribuir para conhecer e monitorizar o estado de

saúde da população e as condições sócio-ambientais;saúde da população e as condições sócio-ambientais; Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle de Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle de

ações e serviços;ações e serviços; Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de

decisão e ação;decisão e ação; Apoiar a produção e utilização dos serviços de saúde;Apoiar a produção e utilização dos serviços de saúde; Disponibilizar informações para as atividades de Disponibilizar informações para as atividades de

diagnóstico e tratamento;diagnóstico e tratamento; Contribuir para monitorizar e avaliar as intervenções e Contribuir para monitorizar e avaliar as intervenções e

seus resultados e impactos;seus resultados e impactos; Subsidiar a educação e a promoção da saúde;Subsidiar a educação e a promoção da saúde; Apoiar as atividades de pesquisa e produção de Apoiar as atividades de pesquisa e produção de

conhecimentos.conhecimentos.

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InformaçõesInformações De caráter clínico que se relacionam com a atenção De caráter clínico que se relacionam com a atenção

individual e compõem o conjunto de informações sobre individual e compõem o conjunto de informações sobre morbidade e mortalidade, acesso e demanda por serviços morbidade e mortalidade, acesso e demanda por serviços (ambulatoriais, hospitalares, óbitos, acidentes de trabalho, (ambulatoriais, hospitalares, óbitos, acidentes de trabalho, de trânsito, etc)de trânsito, etc)

Informação epidemiológica que revela os perfis e Informação epidemiológica que revela os perfis e tendências nas condições de saúde e se aplica às tendências nas condições de saúde e se aplica às atividades de vigilânciaatividades de vigilância

Que definem as condições gerais de vida e características Que definem as condições gerais de vida e características populacionais (informações demográficas, condições sócio-populacionais (informações demográficas, condições sócio-econômicas, culturais, meio ambiente, qualidade da água)econômicas, culturais, meio ambiente, qualidade da água)

De natureza administrativa relacionadas com os recursos De natureza administrativa relacionadas com os recursos humanos, com a infra-estrutura física, com os recursos humanos, com a infra-estrutura física, com os recursos financeiros, tecnológicos e os processos de trabalho, financeiros, tecnológicos e os processos de trabalho, inclusive toda a documentação relevante que registra atos inclusive toda a documentação relevante que registra atos legais, normas, rotinas e relatos diversos.legais, normas, rotinas e relatos diversos.

Page 25: Epidemiologia Prof. Clarissa Duarte Curso Méritus 2006

Sistemas NacionaisSistemas Nacionais IBGEIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística CATCAT Comunicação de Acidentes de Trabalho Comunicação de Acidentes de Trabalho Sistema Único de Benefícios da Previdência SocialSistema Único de Benefícios da Previdência Social RAISRAIS Relação Anual de Informações Sociais Relação Anual de Informações Sociais Cadastro Geral de Empregados e DesempregadosCadastro Geral de Empregados e Desempregados IPEAIPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada SEADESEADE Sistema Estadual de Análise de Dados SP Sistema Estadual de Análise de Dados SP DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística Departamento Intersindical de Estatística

e Estudos Socioeconômicose Estudos Socioeconômicos DATASUSDATASUS Departamento de Informática do SUS Departamento de Informática do SUS

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DATASUSDATASUS SIMSIM –– Óbitos (declaração de óbitos) Óbitos (declaração de óbitos) SINASC –SINASC – Nascidos vivos (declaração de nascidos vivos) Nascidos vivos (declaração de nascidos vivos) SINAN –SINAN – Agravos notificáveis (fichas de notificação e Agravos notificáveis (fichas de notificação e

investigação)investigação) SISVAN –SISVAN – Estado nutricional (boletim de produção da Estado nutricional (boletim de produção da

assistência nutricional)assistência nutricional) SI-API –SI-API – Vacinação (boletim de produção) Vacinação (boletim de produção) SICLOM –SICLOM – Assistência ao portador de HIV (registro de Assistência ao portador de HIV (registro de

dispensação de medicamentos)dispensação de medicamentos) SIAB –SIAB – Atenção básica (boletins de produção) Atenção básica (boletins de produção) SIH –SIH – Internação Hospitalar (autorização de internação Internação Hospitalar (autorização de internação

hospitalar – AIH)hospitalar – AIH) SIA –SIA – Atendimento ambulatorial (boletim de produção de Atendimento ambulatorial (boletim de produção de

serviços ambulatoriais – BPA)serviços ambulatoriais – BPA) APAC –APAC – Atendimento ambulatorial de alta complexidade Atendimento ambulatorial de alta complexidade

(autorização de procedimento de alta complexidade – APAC)(autorização de procedimento de alta complexidade – APAC) SIOPS –SIOPS – orçamento em saúde (dados orçamentários e orçamento em saúde (dados orçamentários e

financeiros) financeiros)

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““Não devo julgar-me como profissional, Não devo julgar-me como profissional, habitante de um mundo estranho; mundo habitante de um mundo estranho; mundo

de técnicos e especialistas salvadores de técnicos e especialistas salvadores dos demais, donos da verdade, dos demais, donos da verdade,

proprietários do saber, que devem ser proprietários do saber, que devem ser doados aos ignorantes e incapazes. doados aos ignorantes e incapazes.

Habitantes de um gueto, de onde saio Habitantes de um gueto, de onde saio messianicamente para salvar os messianicamente para salvar os

perdidos, que estão fora. Se procedo perdidos, que estão fora. Se procedo assim, não me comprometo assim, não me comprometo

verdadeiramente como profissional, nem verdadeiramente como profissional, nem como homem. como homem.

Simplesmente me alieno.”Simplesmente me alieno.”

Paulo FreirePaulo Freire