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SIC EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA VOL. 1

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Autoria e colaboração

Gustavo SwarowskyGraduado em Medicina pela Universidade Anhembi Mo-rumbi. Médico da Família em Atenção Primária à Saúde do Hospital Santa Marcelina.

Marcos Vinícius Ambrosini MendonçaGraduado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Residen-te em Administração em Saúde/Medicina de Família e Comunidade pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Cursando especialização em Geriatria Clínica e Preventiva pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Médico de Família e Comuni-dade do HCPA e do Serviço de Atenção Integral à Saúde (AIS) do Hospital UNIMED Vale dos Sinos. Teleconsultor do núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desenvolvedor de conteúdo para educação em Atenção Primária à Saúde pela UNA-SUS-UFCSPA.

Edson Lopes MergulhãoGraduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Medicina Preven-tiva e Social pelo HC-FMUSP. Pós-graduado em Adminis-tração Hospitalar e de Sistemas de Saúde pela Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV).

Thaís MinettGraduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Clínica Médica e em Neurologia e doutora em Neurologia/Neurociências pela UNIFESP, onde é professora adjunta ao Departa-mento de Medicina Preventiva.

Marcos Rodrigo Souza FernandesGraduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Medicina de Família e Co-munidade pelo Hospital Santa Marcelina. Título de espe-cialista pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). Preceptor do Programa de Re-sidência Médica e Internato Médico da Casa de Saúde Santa Marcelina - SP.

Fábio Roberto CabarGraduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Anderson Sena BarnabeGraduado em Ciências Biológicas pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP/USP). Especialista em Pa-rasitologia, em Saúde Coletiva e em Estatística Aplica-da e mestre e doutor em Saúde Pública pela FSP/USP. Professor das disciplinas de Epidemiologia, Parasitologia Clínica e Bioestatística da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

Marina GemmaGraduada em Obstetrícia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH--USP). Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pú-blica da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Professo-ra assistente junto ao curso de Obstetrícia da EACH-USP.

Fernando Starosta de WaldemarGraduado em Medicina e especialista em Clínica Médi-ca e Medicina de Urgência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). MBA em Gestão de Saúde pela Fundação Getulio Vargas e em Liderança Empre-sarial pelo Insper. Membro fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRA-MH). Senior fellow em Medicina Hospitalar pela Society of Hospital Medicine.

Willian AdamiGraduado em Medicina pela Universidade Federal de Ci-ências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Pós-graduan-do em Acupuntura pelo Centro de Estudos de Acupuntu-ra/Colégio Médico de Acupuntura (CESAC/CMA-RS).

Silvia Troyahn ManicaGraduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Saúde Coletiva pela UFRGS. Cursando MBA em Auditoria em Saúde pelo Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saú-de de Porto Alegre (IAHCS).

Assessoria didáticaLicia Milena de Oliveira

Atualização 2017Fernando Starosta de WaldemarMarcos Vinícius Ambrosini MendonçaWillian AdamiSilvia Troyahn Manica

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Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa.

Um excelente estudo!

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Índice

Capítulo 1 - Histórico da saúde no Brasil ..... 15

1. Introdução ...................................................................16

2. Breve histórico da Saúde no Brasil .....................16

Resumo ........................................................................... 23

Capítulo 2 - Sistema Único de Saúde ............25

1. O que é o SUS? ......................................................... 26

Resumo .............................................................................32

Capítulo 3 - Leis Orgânicas da Saúde ...........33

1. Legislações ................................................................. 34

2. Arcabouço jurídico ....................................................37

Resumo .............................................................................47

Capítulo 4 - Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família ........................... 49

1. Atenção Primária à Saúde ..................................... 50

2. Programa/Estratégia Saúde da Família ........... 54

Resumo ............................................................................ 63

Capítulo 5 - Medicina de Família e Comunidade ...................................................... 65

1. Introdução .................................................................. 66

2. Princípios .....................................................................67

3. Doença x moléstia ................................................... 68

4. Abordagem centrada na pessoa ......................... 69

5. Abordagem familiar .................................................72

6. Visitas domiciliares .................................................80

Resumo .............................................................................81

Capítulo 6 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar .....83

1. Histórico do surgimento da agência reguladora e atualidades .......................................84

2. Lei dos Planos de Saúde ........................................90

3. Características do setor antes e depois da regulamentação .........................................................91

4. Época da contratação .............................................91

5. Cobertura assistencial obrigatória ..................... 92

6. Cobertura assistencial para plano novo e adaptado .....................................................................93

7. Plano ambulatorial ....................................................93

8. Plano hospitalar ........................................................93

9. Plano hospitalar com Obstetrícia ....................... 94

10. Plano odontológico ............................................... 95

11. Plano Referência ..................................................... 95

12. Exclusões para todos os tipos de planos ........ 95

13. Carências .................................................................. 96

14. Prazos máximos para atendimento ..................97

15. Evolução da regulação ...........................................97

16. Ressarcimento ao SUS .......................................100

17. Pagamento ou reembolso dos serviços médicos ....................................................................101

18. Atuais desafi os ......................................................101

Resumo .......................................................................... 103

Capítulo 7 - Programa Mais Médicos ......... 105

1. O contexto de surgimento do Programa Mais Médicos (PMM) .............................................. 106

2. Lei nº 12.871/2013: Programa Mais Médicos ... 108

3. Eixos constituintes ................................................ 109

4. Funcionamento........................................................ 114

5. Primeiros resultados ............................................. 116

Resumo ........................................................................... 118

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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Leis Orgânicas da Saúde

Gustavo SwarowskyMarcos Vinícius Ambrosini Mendonça

Este capítulo irá tratar das Leis Orgânicas da Saúde, que compreendem 2 leis: a nº 8.080 e a nº 8.142. A primeira delas é a que caracteriza o Sistema Único de Saúde (SUS) e seus princípios, bem como defi ne como sendo do Estado (municípios, estados e União) o dever de prover os recursos para o seu funcionamento. Já a Lei nº 8.142 estabelece os repasses intergovernamentais dos recur-sos fi nanceiros, que partem da União (Fundo Nacional de Saúde) para os estados, Distrito Federal e municí-pios, os quais fi cam com 70% do montante transferido. No ano de 2011, foi criado o decreto 7.508/11, que veio para complementar e regulamentar a Lei nº 8.080 e, por conta disso, trata da organização do SUS e do pla-nejamento e assistência à saúde. As principais políticas governamentais que construíram o contexto para dire-cionar as diretrizes do SUS tais quais são atualmente. Entre estas políticas estão a Norma Operacional Básica – NOB 93 (1993), que estabeleceu as instâncias interges-tores bipartite e tripartite como espaços de negociação, pactuação e integração entre os gestores; a Norma Ope-racional Básica – NOB 96 (1996), a qual introduziu alguns instrumentos de ação e tornou a autonomia de estados e municípios mais próxima ao espírito das leis que hoje regulam o setor; a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS (2001/2002), que adota a estratégia de regionalização da assistência como forma de reo-rientar o processo de descentralização do sistema; e o Pacto pela Saúde (2006), um conjunto de reformas ins-titucionais com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão. São temas que merecem especial atenção, pois são recorrentes nas provas de Residência, especialmente o que diz respeito aos princípios doutrinários do SUS e seu fi nanciamento.

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sic epidemiologia34

1. LegislaçõesApós a Constituição, criaram-se, em 1990, a Lei nº 8.080 e a Lei nº 8.142, que regem e detalham como funcionam o sistema e seu controle social. Por essa característica, tais leis são chamadas de Leis Orgânicas da Saúde. Posteriormente, em 2011, foi criado o Decreto nº 7.508, que regulamenta a 1ª Lei orgânica e dá outras providências.

Tabela 1 - Leis Orgânicas da Saúde

Lei nº 8.080Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e prevenção da saúde e sobre a organização e o fun-cionamento dos serviços de saúde.

Lei nº 8.142Dispõe sobre a participação social na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.

Decreto nº 7.508

Regulamenta a Lei Orgânica nº 8.080/90 e dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfede-rativa.

A - Lei nº 8.080/90Toda a caracterização do SUS feita anteriormente é definida pela Lei nº 8.080. Em resumo, essa Lei dispõe sobre a saúde ser um direito fun-damental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indis-pensáveis ao seu pleno exercício.

É na Lei 8.080/90 que são definidos os princípios doutrinários e orga-nizacionais do SUS. Segundo ela, o SUS é definido pela conjugação de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, or-ganizados de forma regionalizada e hierarquizada e executados pelos entes federativos (municípios, estados, Distrito Federal e União), me-diante a participação complementar da iniciativa privada.

A entrada e o livre acesso dos usuários ao SUS devem ocorrer pelos serviços de atenção primária e de urgência, e o campo de atuação do SUS pode ser resumido na execução de ações: de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. Os aspectos do planeja-mento, do financiamento, da gestão e da participação social são apro-fundados na Lei nº 8.142 e no Decreto nº 7.508.

DicaA Lei nº 8.080/90

determina que a entrada do usuário para usufruir dos serviços do SUS deve

ser feita pelos serviços de atenção primária e de

urgência, quando for o caso. Ou seja, não adianta

o usuário procurar diretamente o especia-

lista focal no hospital se desejar atendimento

específico: ele deverá procurar o seu serviço

de atenção primária de referência para que seu

problema seja resolvido e, caso haja necessidade de

uma maior complexidade de recursos, será encami-

nhado aos demais níveis de atenção conforme a

demanda.

B - Lei nº 8.142/90 A Lei nº 8.142 institui medidas que fortalecem a atuação social no SUS e as transferências intergovernamentais dos recursos financeiros. So-bre a participação popular, esta Lei cria instâncias colegiadas de parti-cipação, que são os Conselhos Locais, Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde.

O Conselho de Saúde tem caráter permanente e deliberativo (ou seja, o conselho de saúde reunido pode tomar qualquer decisão em caráter definitivo, sem precisar de julgamento de nenhuma outra instância ou poder). É um órgão colegiado tripartite composto por representantes do governo e prestadores de serviço (25% do total), profissionais de saúde (25% do total), e usuários (50% do total, sendo a maioria), que

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Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família

Gustavo SwarowskyMarcos Vinícius Ambrosini Mendonça

Neste capítulo, apresentaremos os princípios e atri-buições da Atenção Primária à Saúde (APS) e os temas relacionados à criação e à organização da Estratégia Saúde da Família (ESF). A Declaração de Alma-Ata, assi-nada em 1978, lançou as principais bases para a criação da APS, pois passou a defi nir a saúde como um direito do cidadão, e, para tanto, estimulou diversas modifi cações nos sistemas de saúde, educação e informação. A APS signifi ca tanto a orientação da organização de um ser-viço de saúde de um país ou de uma população defi nida (Primary Health Care) quanto o 1º nível de atenção desse sistema (Primary Care). A APS é regida por 4 atributos essenciais (acesso ou 1º contato, integralidade, longitu-dinalidade e coordenação do cuidado) e por 3 atributos derivados (orientação para a família, orientação para a comunidade e competência cultural). A Atenção Primá-ria prevê um conjunto de ações de saúde, nos âmbitos individual e coletivo, que abrangem a promoção e a pro-teção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Nesse contexto, é criada a ESF, permitindo uma com-preensão ampliada do processo saúde–doença por meio de ações que incluem a promoção da saúde, prevenção, recuperação e a reabilitação de doenças e agravos mais frequentes nas populações atendidas pelas unidades de saúde envolvidas.

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1. Atenção Primária à Saúde

A - Histórico: o relatório DawsonO conceito de Atenção Primária à Saúde (APS) surgiu na Inglaterra no início do século XX. Na época se vivia uma revolução na estrutura do cuidado em saúde e no ensino médico proposta por Flexner (1910); e observava-se uma expansão de cuidados médicos apenas de cunho curativo, fundado no reducionismo biológico e na atenção individual em nível predominantemente hospitalar. Esse modelo estava preocupando as autoridades inglesas devido ao elevado custo, à crescente complexi-dade, à fragmentação da atenção médica e à sua baixa resolutividade.

Neste contexto, o médico britânico Bertrand Edward Dawson, em 1920, após ter sido convocado pelo governo inglês, escreve o “Interim Report on the Future Provision of Medical and Allied Services” (mais co-nhecido como relatório Dawson), em que a ideia de atenção primária foi utilizada pela primeira vez como forma de organização de um sis-tema de saúde, se tornando uma alternativa que pudesse contrapor o modelo flexneriano. Neste documento, Dawson organizava o modelo de atenção em centros de saúde primários e secundários, serviços do-miciliares, serviços suplementares e hospitais de ensino. Os centros de saúde primários e os serviços domiciliares deveriam estar organizados de forma regionalizada, onde a maior parte dos problemas de saúde deveria ser resolvida por médicos com formação em Clínica Geral. Os casos que o médico não tivesse condições de solucionar com os recur-sos disponíveis na atenção primária deveriam ser encaminhados para os centros de atenção secundária, onde haveria especialistas das mais diversas áreas, ou então, para os hospitais, quando existisse indicação de internação ou cirurgia. Essa organização caracteriza-se pela hierar-quização dos níveis de atenção à saúde.

As concepções desse documento influenciaram a criação do sistema nacional de saúde britânico (National Health Service – NHS) em 1948, que, por sua vez, passou a orientar a reorganização dos sistemas de saúde em vários países do mundo. O relatório Dawson definiu 2 carac-terísticas básicas da APS: a regionalização (os serviços de saúde orga-nizados para atender áreas definidas com características próprias) e a integralidade, que define que os cuidados em saúde devem ser tanto curativos quanto preventivos.

a) Declaração de Alma-AtaOs elevados custos dos sistemas de saúde mundiais, o uso indiscrimi-nado da tecnologia dura (exames laboratoriais e de imagem) e a baixa resolutividade preocupavam a economia da saúde nos países desen-volvidos, fazendo-os pesquisar novas formas de organização da aten-ção com custos menores e maior eficiência. Em contrapartida, os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento sofriam com a desigualdade do acesso à saúde, aliado à falta de cobertura dos cuidados primários, à alta mortalidade infantil e às péssimas condições sociais, econômicas e de saneamento básico.

Neste contexto a Organização Mundial da Saúde (OMS) fomentou o debate sobre os rumos mundiais para a saúde, gerando, em 1978, na cidade de Alma-Ata (antiga URSS, hoje Cazaquistão), a I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde (Figura 1), na qual foi

Figura 1 - I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde

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QUESTÕES

Cap. 1 - Histórico da Saúde no Brasil ......................... 123

Cap. 2 - Sistema Único de Saúde ................................ 123

Cap. 3 - Leis Orgânicas da Saúde ................................ 126

Cap. 4 - Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família .............................................. 126

Cap. 5 - Medicina de Família e Comunidade ............ 132

Cap. 6 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar ....132

Cap. 7 - Programa Mais Médicos ................................ 133

COMENTÁRIOS

Cap. 1 - Histórico da Saúde no Brasil ......................... 135

Cap. 2 - Sistema Único de Saúde ................................ 135

Cap. 3 - Leis Orgânicas da Saúde ................................138

Cap. 4 - Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família ..............................................138

Cap. 5 - Medicina de Família e Comunidade ............143

Cap. 6 - Sistema de saúde suplementar – Agência Nacional de Saúde Suplementar ....143

Cap. 7 - Programa Mais Médicos ................................143

Índice

As questões INEP e UFMT, que compõem a maior parte dos testes utilizados neste volume, foram extraídas de provas de revalidação. Por isso, nos casos de temas ainda não abordados ou pouco explorados nas provas do Revalida, selecionamos questões de Residência Médica como complemento de estudo.

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õesQuestões

Epidemiologia

Histórico da Saúde no Brasil

20 09 - UFMT - REVALIDA1. Sobre a Reforma Sanitária ocorrida no Brasil entre 1985 e 1988, analise as afi rmativas a seguir:I - Foi dada prioridade para o fortalecimento dos servi-ços públicos, estímulo à integração das ações e dos ser-viços de saúde, incorporação do planejamento à prática institucional e apoio à descentralização em nível muni-cipal.II - Foi dada prioridade para o fortalecimento dos ser-viços públicos, incorporação do planejamento à prática institucional e apoio à descentralização em nível munici-pal e abertura de canais para participação popular.III - Foi dada prioridade para o fortalecimento dos ser-viços públicos, estímulo à integração das ações e dos serviços de Saúde, incorporação do planejamento à prá-tica institucional e apoio à não participação popular nos Conselhos de Saúde.IV - Foi dada prioridade para o fortalecimento dos ser-viços públicos, estímulo à integração das ações e dos serviços de Saúde, incorporação do planejamento à prática institucional, apoio à descentralização em nível municipal e transferência signifi cativa de recursos da Previdência para estados e municípios.Estão corretas: a) I, II, IV b) I, III c) I, II, III d) I, II, III, IVe) III, IV

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Sistema Único de Saúde

2016 - INEP - REVALIDA2. Uma mulher de 28 anos recebe a visita, em sua residên-cia, de uma Agente Comunitária de Saúde (ACS), pois está completando 28 semanas de gestação e ainda não com-pareceu a nenhuma consulta de pré-natal. Tem outros 2 fi lhos, um com 2 anos e outro com 8 anos. Refere que

não trabalha e não comparece ao pré-natal porque não tem com quem deixar os fi lhos. Diz depender de doações para sobreviver e, no momento da visita, refere disúria e polaciúria. Posteriormente, em reunião de equipe, a ACS coloca o caso em discussão, e a equipe decide realizar as seguintes ações: visita da auxiliar de enfermagem e en-fermeira no mesmo dia para examinar a paciente e cole-tar urina e sangue; visita da médica da equipe na semana seguinte; acionamento do Serviço Social para que oriente a paciente a respeito de benefícios assistenciais e da pos-sibilidade de inserção da criança de 2 anos em creche e a de 8 anos em escola. Considerando a situação apresen-tada, as ações programadas pela equipe de saúde estão orientadas por que princípio do SUS?a) integralidadeb) regionalizaçãoc) descentralizaçãod) participação popular

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2015 - INEP - REVALIDA3. Em razão do aparecimento de casos autóctones de febre amarela em um município, foi necessário reali-zar vacinação de bloqueio para evitar a disseminação da doença. A aplicação da vacina foi feita por técnicos do Ministério da Saúde, as seringas e vacinas foram ad-quiridas com recursos do município, e o estado ao qual pertence o município participou com a garantia da reali-zação de análises laboratoriais de interesse da Vigilân-cia. Analisando esse evento, segundo as atribuições de participação dos entes federativos no SUS (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e Portaria nº 1.378, de 9 de julho de 2013), é correto afi rmar que:a) as participações do município, estado e União estão

de acordo com os princípios, as diretrizes e a legisla-ção do SUS

b) apenas a participação do município na campanha de vacinação está de acordo com os princípios, as diretri-zes e a legislação do SUS

c) apenas a participação da União na campanha de vaci-nação está de acordo com os princípios, as diretrizes e a legislação do SUS

d) apenas a participação do estado na campanha de va-cinação está de acordo com os princípios, as diretrizes e a legislação do SUS

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Page 12: EPIDEMIOLOGIA VOL. 1 - s3.sa-east-1.amazonaws.com · Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia

ComentáriosEpidemiologia

Histórico da Saú de no Brasil

Questão 1. As propostas da Reforma Sanitária resulta-ram na universalidade do direito à saúde, ofi cializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Siste-ma Único de Saúde. Entre os resultados do movimento pela reforma sanitária, houve a formalização da parti-cipação social no processo de formulação e controle de políticas públicas de saúde por meio de representação paritária nos Conselhos e Conferência de Saúde em rela-ção ao conjunto dos demais segmentos.Gabarito = A

Sistema Único de Saúde

Questão 2. Analisando as alternativas:a) Correta. A integralidade corresponde a um princípio doutrinário do SUS e está relacionada à condição inte-gral de compreensão do ser humano (ser biopsicosso-cial), que demanda uma rede de serviços e ações dispo-níveis e prestadas pela Atenção Primária para que os usuários recebam essa atenção integral.b) Incorreta. A regionalização corresponde à organiza-ção dos serviços de saúde em uma área geográfi ca deli-mitada e com defi nição da população a ser atendida.c) Incorreta. A descentralização diz respeito à redistri-buição das responsabilidades quanto às ações e aos ser-viços de saúde entre as esferas de governo, com base na ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada maior será a chance de acerto.d) Incorreta. O controle social (ou participação social) é um princípio organizativo do SUS, que determina que a população, por meio de entidades representativas, par-ticipe do processo de formulação das políticas públicas de saúde e do controle da sua execução em todos os ní-veis de governo.Gabarito = A

Questão 3. Analisando as alternativas:a) Incorreta. De acordo com a Lei Orgânica nº 8.080/90, para o atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, a autoridade competente da esfera adminis-trativa correspondente poderá requisitar bens e serviços.b) Incorreta. Em situações especiais e de emergência em Saúde Pública, o estado deve adotar as medidas de saú-

de pública necessárias para o seu enfrentamento, que serão posteriormente comunicadas à CIB.c) Incorreta. Nas emergências de Saúde Pública, é com-petência do estado cooperar com os municípios, quan-do indicado, e coordenar a preparação e a resposta das ações de vigilância em saúde. Igualmente, cabe aos esta-dos o provimento de insumos como seringas e agulhas, sendo facultada a solicitação da aquisição pela União.d) Correta. De acordo com a Lei Orgânica nº 8.080/90, para o atendimento de necessidades coletivas, urgentes e tran-sitórias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços. Os esta-dos são responsáveis por consolidar as necessidades muni-cipais, corrigir distorções existentes, induzir os municípios ao desenvolvimento das ações e executar ações de que os municípios não forem capazes e/ou não lhes couber. Nas emergências de Saúde Pública, é competência do estado cooperar com os municípios, quando indicado, e coordenar a preparação e resposta das ações de vigilância em saúde. Igualmente, cabe aos estados o provimento de insumos como seringas e agulhas, sendo facultada a solicitação da aquisição pela União. Os estados podem adquirir insumos estratégicos para uso em vigilância em saúde, em situações específi cas, mediante pactuação na CIT entre as esferas go-vernamentais. Em situações especiais e de emergência em Saúde Pública, o estado deve adotar as medidas de saúde pública necessárias para o seu enfrentamento, que serão comunicadas à CIB. Gabarito = D

Questão 4. O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) tem como objetivo induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, de forma a estimular o pro-cesso contínuo e progressivo de melhoria dos padrões e indicadores de acesso e de qualidade que envolva a gestão, o processo de trabalho e os resultados alcançados pelas Equipes de Saúde da Atenção Básica. O PMAQ-AB se refere a processos e fases que se sucedem para garantir o desen-volvimento e a melhoria contínua da atenção básica, sendo composto por 3 Fases e 1 Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento, que compõem um ciclo. A cada ciclo, o Distrito Federal e os Municípios que aderirem ao PMAQ-AB farão jus ao Incentivo Financeiro do programa, denomina-do Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável (PAB Variável), que será repassado ao Distrito Fe-deral e aos Municípios em 2 momentos: no início de cada ciclo (após a homologação da adesão ao Programa) e após a Fase 2 (denominada de Certifi cação) de cada ciclo.Gabarito = C

Epid

emio

logi

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