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Equilíbrio Químico Professor Valentim Nunes, Departamento de Engenharia Química e do Ambiente email: [email protected] Gabinete: J207 – Campus de Tomar Web: http://ccmm.fc.ul.pt/vnunes/ensino/ Novembro de 2010

Equilíbrio Químico

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Equilíbrio Químico. Professor Valentim Nunes, Departamento de Engenharia Química e do Ambiente email: [email protected] Gabinete: J207 – Campus de Tomar Web: http://ccmm.fc.ul.pt/vnunes/ensino/. Novembro de 2010. Introdução. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Equilíbrio Químico

Equilíbrio Químico

Professor Valentim Nunes, Departamento de Engenharia Química e do Ambiente

email: [email protected]

Gabinete: J207 – Campus de Tomar

Web: http://ccmm.fc.ul.pt/vnunes/ensino/

Novembro de 2010

Page 2: Equilíbrio Químico

Introdução

Estudámos no início deste Curso a estequiometria de reacções químicas. São poucas as reacções que se dão apenas numa direcção. A maiorias das reacções são reversíveis.

a) Conversão total de reagentes em produtos

b) Não há conversão total. Ao fim de algum tempo as concentrações atingem um valor constante no tempo.

aA + bB cC + dD

Page 3: Equilíbrio Químico

Exemplo: N2O4(g) 2 NO2(g)

O equilíbrio químico é atingido quando a velocidade da reacção directa e inversa são iguais, e as concentrações de reagentes e produtos permanecem constantes. Trata-se pois de um equilíbrio dinâmico.

Page 4: Equilíbrio Químico

Lei da acção de massas

Para a reacção genérica temos, a uma dada temperatura:

ba

dc

cBA

DCK

em que Kc é a constante de equilíbrio.

A equação anterior expressa a Lei da Acção de Massas de Guldberg e Waage.

Page 5: Equilíbrio Químico

Constante de equilíbrio

O valor de Kc é uma medida da extensão da reacção, é constante a uma dada temperatura, isto é, Kc = Kc(T), e independente das concentrações iniciais.

Page 6: Equilíbrio Químico

Relação com a cinética

No equilíbrio a velocidade da reacção directa é igual à velocidade no sentido indirecto:

dc

i

bad

DCkv

BAkv

Fazendo vd = vi, obtemos:

ba

dc

cBA

DC

k

kK

Page 7: Equilíbrio Químico

Equilíbrio homogéneo

Para um equilíbrio homogéneo em fase gasosa:

bB

aA

dD

cC

p PP

PPK

Considerando todos os gases com comportamento de gás perfeito, PV = nRT

b

B

a

A

d

D

c

c

p

VRTn

VRTn

VRTn

VRTn

K

Page 8: Equilíbrio Químico

Relação entre as constantes

bacdn

RTBA

DCK n

ba

dc

p

com

ncp RTKK

Kc e Kp são adimensionais!

Page 9: Equilíbrio Químico

Exemplo de cálculo

Page 10: Equilíbrio Químico

Equilíbrio heterogéneo

Considere-se um equilíbrio envolvendo diferentes fases:

CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g)

3

2

CaCOCOCaO

cK As concentrações das fases sólidas não variam, logo podem ser incluídas na própria constante:

2

e 2 COpc PKCOK

Generalizando: As concentrações de sólidos e líquidos puros não aparecem no cálculo das constantes de equilíbrio.

Page 11: Equilíbrio Químico

O que diz a experiência?

Page 12: Equilíbrio Químico

Quociente reaccional

Outro parâmetro importante é o quociente reaccional, definido da mesma forma que a constante de equilíbrio, mas para qualquer instante da reacção:

ba

dc

BA

DC

a) Se < Kc, a reacção progride no sentido dos “produtos”

b) Se = Kc, a reacção atingiu o equilíbrio químico

c) Se > Kc a reacção progride no sentido dos “reagentes”

Page 13: Equilíbrio Químico

Cálculo de concentrações de equilíbrio

Considere-se a reacção de 1 mol de H2 com 1 mol de I2 num vaso de 2 L de capacidade, segundo a reacção, H2 + I2 2 HI (Kc = 55.3)

H2 I2 HI

Início (M) 0.5 0.5 0

Variação (M) -x -x +2x

Equilíbrio (M) 0.5-x 0.5-x 2x

394.0

5.0

42

2

22

2

x

x

x

IH

HIKc

mol/L 788.0

mol/L 106.0

mol/L 106.0

2

2

HI

I

H

Page 14: Equilíbrio Químico

Outro exemplo

Calcular a constante de equilíbrio da reacção,

2 SO2(g) + O2(g) 2 SO3(g)

Sabendo que as pressões parciais iniciais são PSO2 = 1 atm e PO2 = 0.5 atm e a pressão total no equilíbrio é PT = 1.35 atm.

SO2 O2 SO3

Início (atm) 1 0.5 0

Variação (atm) -2x -x +2x

Equilíbrio (atm) 1-2x 0.5-x 2x

Page 15: Equilíbrio Químico

Continuação

atm 15.0

2)5.0()21(35.1322

x

xxx

PPPP SOOSOT

atm 30.015.02

atm 35.015.05.0

atm 7.015.021

3

2

2

SO

O

SO

P

P

P

525.022

3

2

2

OSO

SOp PP

PK

Page 16: Equilíbrio Químico

Equilíbrios múltiplos

H2CO3 (aq) H+(aq) + HCO3-(aq):

HCO3-(aq) H+(aq) + CO3

2-(aq):

7

32

3' 102.4

COH

HHCOKc

11

3

23'' 108.4

HCO

HCOKc

17'''

32

223 102

ccc KKCOH

HCOK

Se uma reacção puder ser expressa pela soma de duas ou mais reacções, a constante de equilíbrio da reacção total é o produto das constantes de equilíbrio das reacções individuais.

Page 17: Equilíbrio Químico

Quando se altera um dos factores de que depende um estado de equilíbrio, o sistema evolui espontaneamente no sentido da minimização da perturbação introduzida, até atingir um novo estado de equilíbrio.

Factores que afectam o equilíbrio químico

Princípio de Le Chatelier

Page 18: Equilíbrio Químico

Alteração da concentração

5.2butano

isobutanocK

Considere-se o equilíbrio butano isobutano

Partindo de um estado de equilíbrio em que [isobutano] = 1.25 M e [butano] = 0.5 M, adiciona-se 1.5 M de butano.

cK

625.05.15.0

25.1

A reacção vai progredir no sentido dos “produtos” (sentido directo)

Page 19: Equilíbrio Químico

Continuação

Butano Isobutano

Início (M) 0.5+1.5 1.25Variação (M) -x +xEquilíbrio (M) 2-x 1.25+x

07.12

25.15.2

xx

xKc

M

M

93.0butano

32.2isobutano

De acordo com a Lei de Le Chatelier!

Page 20: Equilíbrio Químico

Efeito da Temperatura

Reacção Exotérmica Reacção Endotérmica

A+B C+D + Calor Calor + A+B C+D

T Kc T Kc

T Kc T Kc

O aumento de temperatura favorece reacções endotérmicas e a diminuição de temperatura favorece reacções exotérmicas.

Page 21: Equilíbrio Químico

Efeito da pressão

Um aumento de pressão (diminuição no volume) favorece a reacção em que há uma diminuição do número total de moléculas gasosas.

Quando a pressão diminui, reacção evolui no sentido da formação de maior número de moléculas gasosas.

Page 22: Equilíbrio Químico

O processo de Haber

Reacção favorecida a altas pressões e baixas temperaturas

Page 23: Equilíbrio Químico

Escala industrial

À escala industrial, a cinética dos processos é um factor determinante!