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7/23/2019 Eric Monografia 23.05.2014
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ERIC VICTOR SERRANO PAREDES
RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DE MATERIAIS EM
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
FORTALEZA - CE
2012
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ERIC VICTOR SERRANO PAREDES
RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DE MATERIAIS EM
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Trabalho de conclusão de curso paraobtenção do título de Especialização emInfraestrutura de Transportes e Rodoviasapresentado a Universidade Paulista –UNIP
!rientador"
FORTALEZA - CE
2012
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ERIC VICTOR SERRANO PAREDES
RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DE MATERIAIS EM
PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Trabalho de conclusão de curso para
obtenção do título de Especialização emInfraestrutura de Transportes e Rodoviasapresentado a Universidade Paulista –UNIP
#provado em" $$$$$$% $$$$$$$% $$$$$$$$
BANCA EXAMINADORA
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
ProfUniversidade Paulista – UNIP
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
ProfUniversidade Paulista – UNIP
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
ProfUniversidade Paulista – UNIP
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“Um quilómetro de estrada significa
quilómetros de progresso”
IProbi&alp
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'edico este trabalho aos meus Pais e a todos
os meus irmãos( pelo incentivo( cooperação e
apoio e a todos )ue compartilharam comi&o os
momentos de tristezas e tamb*m de ale&rias(
nesta etapa( em )ue( com a &raça de 'eus(
est+ sendo vencida
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AGRADECIMENTOS
# 'eus( )ue me deu tudo
#o meu !rientador )ue me indicou o caminho para a conclusão do
trabalho
# todos )ue( dia ap,s dia ou pontualmente( intervieram nesta caminhada
# Todos( o meu( -UIT! !.RI/#'!0
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RESUMO
Nos dias atuais observa1se a preocupação mundial com o meio ambiente e com osimpactos causados pelas as atividades do homem( principalmente os )ue se referem
a processos industriais utilizados na manutenção e restauração rodovi+ria(
&eradores de uma &rande )uantidade de resíduos )ue( em sua maioria( não
possuem um destino final ambientalmente ade)uado ! presente estudo tem como
ob2etivo avaliar a recicla&em de base de materiais como cimento( brita e areia para
aplicação em camadas de bases e%ou sub1bases de pavimentos rodovi+rios #
metodolo&ia utilizada no estudo foi a pes)uisa biblio&r+fica( onde utilizou1se de
livros( publicaç3es t*cnicas( arti&os em revistas especializadas entre outros !s
resultados do trabalho evidenciaram )ue os materiais areia( cimento e brita podem
ser utilizado como a&re&ado( na confecção de concreto destinados a pavimentação
Pala!a"-#$a%" Recicla&em Resíduos da 4onstrução 4ivil #reia( brita e cimento
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ABSTRACT
No5ada6s there is a &lobal concern 5ith the environment and the impacts of human activities( especiall6 those relatin& to industrial processes used in roadmaintenance and restoration( &eneratin& a lar&e amount of 5aste in 6our mostdo not have a final destination environmentall6 appropriate The present stud6aims to evaluate the rec6clin& of base materials such as cement( &ravel andsand for use in base la6ers and % or sub1base road pavements To perform this
2ob used to search biblio&raphic searchin& means searchin& for ans5ers to)uestions proposed( is to e7amine thorou&hl6 The results of the stud6 indicatethat the materials sand( cement and &ravel can be used as a&&re&ate inma8in& concrete intended for pavin&
&%'()!*"" Rec6clin& 4ivil 4onstruction 9aste :and( &ravel and cement
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LISTA DE FIGURAS
;i&ura < 'escarte irre&ular de resíduos de construção <=
;i&ura > Recicla&em com adição de cimento >?;i&ura @ Recicla&em com adição de cimento e a&re&ado @A;i&ura B Recicla&em com incorporação de brita e cimento @@
SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC <A<< 4onsideraç3es Iniciais CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC <A<> !b2etivo do Trabalho CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC <>
<@ -etodolo&ia CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC <>1.4Estrutura do Trabalho CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC <@
2 RECICLAGEM+ UMA NECESSIDADE NOS TEMPOS MODERNOS <B>< /erenciamento de resíduos da construção civil <B><< Problemas ambientais devido D deposição inade)uada <>> Recicla&em na construção civil <?>>< Processo de recicla&em >A>>> 4ontrole de )ualidade >>>>@ Fanta&ens ambientais da recicla&em >B>>B Impactos da recicla&em >G
, RECICLAGEM COM ADIÇÃO DE CIMENTO E BRITA >=@< Recicla&em de pavimentos com cimento e brita @<
REAPROVEITAMENTO DE AREIA RESIDUAL DE FUNDIÇÃO EM
CAMADAS DE PAVIMENTOS @B
CONSIDERAÇ.ES FINAIS @H
REFER/NCIAS @
1 INTRODUÇÃO
11C)"*%!a34%" I#a"
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! pavimento( ao lon&o do tempo( vai perdendo sua capacidade de servir ao
tr+fe&o satisfatoriamente devido ao constante aparecimento de defeitos na sua
superfície Esses defeitos( causados em &rande parte pelas solicitaç3es do tr+fe&o e
pelos efeitos clim+ticos( vão evoluindo a ponto de incapacitar totalmente o pavimento
para cumprir sua função dese2ada( ou se2a( oferecer aos usu+rios condiç3es
confort+veis e se&uras de trafe&abilidade sob )uais)uer condiç3es clim+ticas
medida )ue a de&radação vai evoluindo * necess+rio determinar o
momento ,timo para proceder Ds intervenç3es de manutenção preventiva ou corretiva
de modo a prolon&ar a vida Jtil do pavimento e recompor suas condiç3es de serviço No
entanto( em muitos casos( as verbas disponíveis são insuficientes para atender ao
aumento no ritmo de manutenção e preservar o pavimento D medida )ue este
envelhece
# responsabilidade social e ambiental )ue a cada dia adiciona um nJmero
maior de simpatizantes e sensibiliza at* &overnos )ue tradicionalmente nunca se
importaram com a emissão de &ases na atmosfera( se faz sentir( )uando a palavra de
ordem * KsustentabilidadeL Nos dias de ho2e( o ato de descartar materiais( sem a menor
cerimMnia( na natureza( pode ser considerado crime ambiental 'evido D le&islação se
tornar cada vez mais rí&ida( os t*cnicos precisam enfrentar o desafio de transformar
esses materiais tidos como resíduos( em materiais Jteis
Na incans+vel busca por mat*ria1prima para a sua sobrevivncia e para a
produção de bens( o homem( atrav*s de suas atividades( vem transformando as
paisa&ens naturais( de&radando o meio ambiente e( conse)uentemente( &erando uma
)uantidade e7cessiva de resíduos
No .rasil( a e7pansão das cidades ocorrida( principalmente( a partir dad*cada de A( acabou por colocar em risco a )ualidade de vida da população e do meio
ambiente( uma vez )ue se deu sem um ade)uado plane2amento urbano e ambiental(
contribuindo para o aumento da &eração de resíduos de construção civil( tornando1se
um dos problemas de maior relevOncia
:e&undo n&ulo Q>AAG( pGH(
no Brasil, estima-se um montante de 68,5 milhões de resíduos de
constru!o ci"il produ#idos por ano$ % consider&"el gera!o deresíduos nas ati"idades de constru!o ci"il, reformas, ampliaõese demoliões e sua consequente destina!o final, quando n!o
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reali#adas em conformidade com a legisla!o "igente, podemresultar em impactos am'ientais que muitas "e#es s!o "isí"eiscomo( a degrada!o de &reas de preser"a!o permanente,assoreamento de córregos e rios, o'stru!o de "ias e logradouros
p)'licos, prolifera!o de "etores, queimadas entre outros, quetantos malefícios causam * popula!o e ao meio am'iente$
Porem não * s, como consumidora de recursos naturais )ue a construção
civil causa impacto ao meio ambiente( ela tamb*m * considerada a principal &eradora
de resíduos na economia brasileira Para atender essas premissas( os
empreendimentos tm )ue ser pelo menos ecolo&icamente corretos( economicamente
vi+veis( al*m de serem socialmente 2ustos e )ue a sua cultura se2a aceita
! crescimento consolidado do setor da construção civil est+
transformando a realidade dos canteiros de obras S+ se verifica o &rande avanço na
)ualidade da construção civil( )ue passa a investir em tecnolo&ias e )ualificação
como forma de aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios
! .rasil * um &rande &erador de recursos naturais( os )uais são
abundantes no país !s a&re&ados de maior importOncia para a indJstria de
construção são a brita e a areia e assumem um papel si&nificativo nos países em
desenvolvimento
.onell Q>AA@( pH afirmou )ue
esses agregados representam 5+ do consumido de minerais produ#idos mundialmente, e que muitos países utili#am o"olume de agregado por ha'itante, produ#ido em uma unidadede tempo, como indicador de referncia, para a"aliar o seugrau de crescimento, o potencial de desen"ol"imento e asatisfa!o das necessidades de ha'ita!o e infraestrutura
'&sica
! consumo de brita e areia * da ordem de >(G toneladas por
habitante%ano no .rasil( e cerca de <A toneladas nos Estados Unidos da #m*rica
QEU# e Espanha( <H toneladas na Irlanda ou na 4olMmbia <(G toneladas por
habitante%ano Q.!NE( >AA@ E7iste( portanto( em comparação com os países
mais desenvolvidos &rande possibilidade de crescimento desse indicador
# brita * um material aplicado em &randes volumes em concreto( sendoainda utilizada em lastro rodovi+rio( base e sub1base de pavimentação( dentre
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outras !s finos de brita&em e o p, de pedra são utilizados em concreto betuminoso
e um volume muito pe)ueno em pr*1moldados como por e7emplo( na produção de
pa"ers ou pavimentos intertravados
# preocupação mundial em proporcionar um destino ecolo&icamente
correto aos resíduos &erados pelas atividades de manutenção e restauração
rodovi+ria levou as obras de en&enharia D adoção de t*cnicas de reuso de materiais
visando miti&ar os impactos ambientais a partir da reutilização dos subprodutos
&erados nas intervenç3es em rodovi+rias Q.!NE( >AA@ # fresa&em de
pavimentos fle7íveis destaca1se dentre as atividades )ue produzem a maior
)uantidade de resíduos poluentes nas obras de manutenção e restauração de
rodovias Na composição do material fresado destaca1se a areia( a brita e o cimento
materiais )ue reciclados são utilizados na camada de revestimento do pavimento
'essa forma( o reaproveitamento dos resíduos provenientes das atividades de
manutenção e restauração do sistema rodovi+rio permite a conservação do meio
ambiente( tanto para os dias atuais e como para as &eraç3es futuras
12 O56%7) *) T!a5al$)! estudo teve como ob2etivo avaliar a recicla&em de base de materiais
como cimento( brita e areia para aplicação em camadas de bases e%ou sub1bases de
pavimentos rodovi+rios
1, M%7)*)l)8a
# metodolo&ia utilizada na mono&rafia ter+ por base um estudo descritivo1analítico( desenvolvido atrav*s de pes)uisa biblio&r+fica mediante e7plicaç3es
embasadas em trabalhos publicados sob a forma de livros( revistas( arti&os(
2urisprudncias enfim( publicaç3es especializadas( imprensa escrita e dados oficiais
publicados na internet( )ue aborda&em direta ou indiretamente o tema em an+lise
1 E"7!979!a *) T!a5al$)
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#l*m da introdução( a estrutura deste trabalho consiste em mais trs
capítulos ! se&undo capítulo versa a recicla&em dos resíduos na construção civil(
conte7tualizando seu &erenciamento( processo( problemas ambientais( vanta&ens e
impactos da recicla&em ! terceiro capítulo versa sobre a recicla&em com adição de
cimento e areia( como base de revestimento para reabilitação dos pavimentos !
)uarto capítulo trata do reaproveitamento da areia residual de fundição em camadas
de pavimentos Para finalizar( no capítulo cinco encontram1se as principais
recomendaç3es deste trabalho( se&uido das referncias biblio&r+ficas
1 RECICLAGEM+ UMA NECESSIDADE NOS TEMPOS MODERNOS
21 G%!%#a:%7) *% !%";*9)" *a #)"7!93<) #l
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# #ssociação .rasileira de Normas T*cnicas – #.NT – classifica os
resíduos s,lidos )uanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e D saJde
pJblica para )ue possam ser &erenciados ade)uadamente
#ssim( a N.R <AAAB Q#.NT( >AAB define resíduos s,lidos como
Kresíduos nos estados s,lido e semi1s,lido( )ue resultam de atividades de ori&em
industrial( dom*stica( hospitalar( comercial( a&rícola( de serviços e de varriçãoL
#inda )ue os resíduos oriundos das atividades da indJstria da construção
civil não este2am e7plicitamente citados( estes estão inclusos nas atividades
industriais ou mesmo nas atividades de serviços
No entanto( h+ uma Resolução específica para os resíduos da construçãocivil( a Resolução @A( de G de 2ulho de >AA>( do 4onselho Nacional do -eio
#mbiente – 4!N#-#( )ue disp3e sobre a &estão destes resíduos Esta Resolução
define claramente )ue os resíduos da construção civil Ksão os provenientes de
construç3es( reformas( reparos e demoliç3es de obras de construção civil( e os
resultantes da preparação e da escavação de terrenos( tais como" ti2olos( blocos
cerOmicos( concreto em &eral( solos( rochas( metais( resinas( colas( tintas( madeiras
e compensados( forros( ar&amassa( &esso( telhas( pavimento asf+ltico( vidros(pl+sticos( tubulaç3es( fiação el*trica etc( comumente chamados de entulhos de
obras( caliça ou metralhaL Q4!N#-#( >AA>
#s causas da &eração destes resíduos são diversas( mas podem1se
destacar QEITE( >AA<"
1 # falta de )ualidade dos bens e serviços( podendo isto dar ori&em Ds perdas de
materiais( )ue saem das obras na forma de entulho
1 # urbanização desordenada )ue faz com )ue as construç3es passem por
adaptaç3es e modificaç3es &erando mais resíduos
1 ! aumento do poder a)uisitivo da população e as facilidades econMmicas )ue
impulsionam o desenvolvimento de novas construç3es e reformas
1 Estruturas de concreto mal concebidas )ue ocasionam a redução de sua vida Jtil e
necessitam de manutenção corretiva( &erando &randes volumes de resíduos
1 'esastres naturais( como avalanches( terremotos e tsunamis
1 'esastres provocados pelo homem( como &uerras e bombardeios
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'e modo &eral( os níveis tecnol,&icos da re&ião e da construtora
influenciam diretamente no volume de resíduos &erados( pois levam em
consideração a )ualidade dos materiais e componentes a )ualificação da mão1de1
obra e7istncia de procedimentos operacionais e mecanismos de controle do
processo construtivo
Tendo em vista )ue &rande parcela dos resíduos da construção civil *
oriunda das atividades dos canteiros de obras e de serviços de demolição QPINT!(
>AA>( pode1se denomin+1los &enericamente de resíduos de construção e demolição
– R4'
!s resíduos da construção civil são os provenientes de construç3es(
reformas( reparos e demoliç3es de obras de construção civil( e os resultantes da
preparação e da escavação de terrenos :ão eles" ti2olos( blocos cerOmicos(
concreto em &eral( solos( rochas( metais( resinas( colas( tintas( madeiras e
compensados( forros( ar&amassa( &esso( telhas( pavimento asf+ltico( vidros(
pl+sticos( tubulaç3es( fiação el*trica( etc Q4!N#-#( >AA>
! resíduo s,lido de construção e demolição * respons+vel por um &rande
impacto ambiental( e * fre)uentemente disposto de maneira clandestina( emterrenos baldios e outras +reas pJblicas( ou em bota fora e aterros( tendo sua
potencialidade desperdiçada #pesar desta pr+tica ainda ser presente na maioria
dos centros urbanos( pode1se dizer )ue ela tem diminuído( em decorrncia
principalmente do avanço nas políticas de &erenciamento de resíduos s,lidos( como
a criação da Resolução nV @A do 4onselho Nacional do -eio #mbiente Q4!N#-#(
>AA>( )ue estabelece diretrizes( crit*rios e procedimentos para a &estão destes
resíduos( classificando1os em )uatro diferentes classes
# classificação dos resíduos s,lidos pela N.R <AAAB Q#.NT( >AAB est+
relacionada com a atividade )ue lhes deu ori&em e com seus constituintes 'esta
forma( os resíduos s,lidos são classificados em"
! Wuadro < apresenta a classificação dos resíduos conforme a 4!N#-#
Q>AA>
CLASSE
A a de construção( demolição( reformas e reparos depavimentação e de outras obras de infraestrutura( inclusive
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Resíduosrecicl+veis
comoa&re&ados
dos solos provenientes de terraplana&em
b de construção demolição( reformas e reparos deedificaç3es" componentes cerOmicos Qti2olos( blocos( telhas(
placas de revestimento( etc ar&amassa e concretoc de processo de fabricação e%ou demolição de peças pr*1moldadas em concreto Qblocos( tubos( meio1fios etcproduzidas nos canteiros de obras
B
Resíduosrecicl+veispara outrasdestinaç3es
Pl+sticos( papel%papelão( metais( vidros( madeiras e &esso
C
Resíduosnão recicl+veis
Resíduos para os )uais não foram desenvolvidas tecnolo&iasou aplicaç3es economicamente vi+veis )ue permitam a suarecicla&em ou recuperação
D
Resíduosperi&osos
Tintas( solventes( ,leos e outros( ou a)ueles contaminadosoriundos de demoliç3es( reparos de clínicas( radiol,&icas(instalaç3es industriais ( telhas e demais ob2etos )uecontenham amianto
=9a*!) 1 - Cla"">#a3<) *)" !%";*9)" *a #)"7!93<) #l ?%la R%")l93<) ,0@ *) CONAMA
Embora o &esso tenha sido reclassificado como resíduo classe .( este
ainda necessita ser depositado em recipiente pr,prio( não sendo permitido a sua
mistura com os demais resíduos classe .( muito menos com os das outras classes
E7iste uma &rande diversidade de mat*rias1primas e t*cnicas construtivas
)ue afetam( de modo si&nificativo( as características dos resíduos &erados(
principalmente )uanto D composição e D )uantidade !utros aspectos( como o
desenvolvimento econMmico e tecnol,&ico da re&ião( as t*cnicas de demolição
empre&adas( e a estação do ano tamb*m podem interferir indiretamente na
composição dos R4'
'e modo &eral( podem e7istir componentes inor&Onicos e minerais( como
concretos( ar&amassas e cerOmicas( e componentes or&Onicos( pl+sticos( materiais
betuminosos( etc # variação da composição Qem massa * estimada( em &eral( em
termos de seus materiais QN/U! >AAG S!XN( >AA>
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211 P!)5l%:a" a:5%7a" *%*) *%?)"3<) a*%9a*a
Xo2e 2+ * reconhecido )ue os R4' são um dos respons+veis peloes&otamento de +reas dos aterros de R:U( uma vez )ue correspondem a mais de
GAY dos resíduos s,lidos urbanos Qmassa%massa Q#N/U!( >AAG
Estes resíduos possuem em sua composição materiais indese2+veis( tais
como cimento amianto( &esso de construção e al&uns resíduos )uímicos )ue( se
depositados inade)uadamente( podem provocar &raves impactos ao meio ambiente
e pre2uízos para a sociedade Q-!REIR#( >A<A
X+ si&nificativa &eração de R4' em serviços classificados como
construção informal( abran&endo atividades de reforma e ampliação( em )ue seus
&eradores ou os pe)uenos coletores )ue os atendem disp3em estes resíduos em
+reas não re&ularizadas pelo poder pJblico local 4omo resultado( essas +reas se
tornam sorvedouros dos R4' e acabam atraindo todo e )ual)uer tipo de resíduo
para o )ual não se tenha solução de captação rotineira Nestes casos( a
administração pJblica fortuitamente faz a limpeza da +rea( contudo o problema da
deposição inade)uada persiste formando um verdadeiro ciclo vicioso sem soluçãoQ4#RNEIR!( .UR/!: E #.ERTE( >AAH
# deposição inade)uada do R4' compromete a paisa&em do local o
tr+fe&o de pedestres e de veículos provoca o assoreamento de rios( c,rre&os e
la&os o entupimento da drena&em urbana( acarretando em enchentes al*m de
servirem de prete7to para o dep,sito irre&ular de outros resíduos não1inertes(
propiciando o aparecimento e a multiplicação de vetores de doenças( arriscando a
saJde da população vizinha Q:!UZ#( >AAG
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F89!a 1 - D%"#a!7% !!%89la! *% !%";*9)" *a #)"7!93<)
Elevados custos são dispendidos para a realização desta pr+tica(
principalmente em virtude dos e)uipamentos utilizados no recolhimento dos mesmos
serem totalmente inade)uados Qe)uipamentos pesados( caminh3es basculantes(
p+s carre&adeiras( entre outros a esse tipo de serviço QPINT!( >AA> #l*m disso(
essa pr+tica não promove a sustentabilidade( uma vez )ue não incentiva a redução(
reutilização ou recicla&em desses resíduos Infelizmente( um &rande nJmero de
cidades brasileiras se encontra nesta situação de promoção da &estão dos resíduosde maneira emer&encial
! processo de recicla&em envolve uma s*rie de atividades(
compreendendo coleta de resíduos( classificação e processamento( para )ue desta
forma( possam ser reutilizados como mat*ria1prima na manufatura de bens )ue
antes eram feitos apenas a partir de mat*ria1prima vir&em QS#R'I-( >AAG
! potencial de recicla&em do R4' * enorme( e a e7i&ncia da
incorporação destes resíduos em determinados produtos pode vir a ser
e7tremamente ben*fica( 2+ )ue proporciona economia de mat*ria1prima e ener&ia
'e&ani Q>AA@ aponta os se&uintes impactos ambientais causados
pelas atividades de construção"
1 #o meio físico" indução de processos erosivos es&otamento de 2azidas minerais
deterioração da )ualidade do ar poluição sonora alteração da )ualidade das +&uas
superficiais aumento da )uantidade de s,lidos poluição de +&uas subterrOneasalteração de re&imes de escoamento escassez de +&ua entre outros
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1 #o meio bi,tico" interferncias na fauna interferncias na flora e alteração na
dinOmica dos ecossistemas
1 #o meio socioeconMmico" alteração da )ualidade paisa&ística alteração das
condiç3es de saJde incMmodo para a comunidade alteração do tr+fe&o nas vias
locais alteração nas condiç3es de se&urança danos em bens edificados aumento
do volume de aterros de resíduos interferncia na drena&em urbana entre outros
'iante desses problemas( o 4onama e7i&e )ue as prefeituras criem
políticas pJblicas de &erenciamento dos resíduos urbanos # ideia * )ue os &estores
municipais se mobilizem para )ue as construtoras apresentem um plano de ação
)ue evite o despe2o de entulho de forma irre&ular no meio ambiente
Esta resolução federal torna obri&at,rios os Planos Inte&rados de
/erenciamento de Resíduos da 4onstrução 4ivil em todos os municípios brasileiros(
)ue ficam com a responsabilidade de re)uerer dos construtores a apresentação dos
pro2etos
22 R%##la8%: a #)"7!93<) #l
# sustentabilidade ambiental tem tido &rande foco em todas as +reas de
desenvolvimento QeconMmico( educacional dentre outras e a necessidade de se ter
uma educação mais voltada Ds )uest3es ambientais tem &anhado &rande
importOncia visto )ue o &rande impacto causado ao meio ambiente pela &estão e
racional dos resíduos &erados pelo homem mostram1se irreversíveis
Em relação D construção civil( o aproveitamento de resíduos * uma dasaç3es )ue devem ser incluídas nas pr+ticas comuns de produção de edificaç3es(
visando a sua maior sustentabilidade( proporcionando economia de recursos
naturais e minimização do impacto no meio ambiente ! potencial do
reaproveitamento e recicla&em dos resíduos da construção * enorme( e a e7i&ncia
da incorporação destes resíduos em determinados produtos podem vir a ser
e7tremamente ben*fica( 2+ )ue proporciona economia de mat*ria1prima e ener&ia
Q:!UZ#( >AAG
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Estima1se uma &eração de resíduos muito vari+veis( onde os valores
encontrados em bio&rafias internacionais variam de <H@ a mais de @AAA 8&%hab%ano(
e os valores típicos são estabelecidos na fai7a de BAA e GAA 8&% hab%ano( )ue são
valores i&uais ou superiores aos do li7o urbano QS!XN >AA>
Uma das linhas de pes)uisas dentro da en&enharia do meio ambiente e
do setor da construção civil são a valorização e utilização de R4' no
desenvolvimento de materiais de construção civil !utra * a da valorização(
desenvolvimento e utilização de materiais de construção alternativos provenientes
de recursos renov+veis e de bai7o consumo de ener&ia )ue tenham bai7a to7icidade
e )ue não &erem poluentes
221 P!)#%"") *% !%##la8%:
# )ualidade dos pavimentos rodovi+rios * bastante influenciada pelo tipo
de revestimento Uma caracterização mais ade)uada dos materiais utilizados na
pavimentação( al*m de possibilitar o desenvolvimento de novos produtos asf+lticos(
permite o uso de t*cnicas alternativas de pavimentação na manutenção de rodovias
# recicla&em de pavimentos asf+lticos apresenta1se como alternativa de alta
atratividade econMmica( permitindo o aproveitamento de at* AY dos 4#P[s
Q4imento #sf+ltico de Petr,leo envelhecidos Q %sphalt .nstitute( <?=H( embora se
tenha comumente usado )uantidades variando no intervalo de >A a GAY QS!XN(
>AA>( che&ando em certos casos a =AY da mistura asf+ltica 4om a recicla&em
permite1se manter e%ou corri&ir o &reide na forma ori&inal do pro2eto do pavimento #
)uestão da diminuição dos impactos ambientais * um dos fatores levados em
consideração 2+ )ue não h+ descarte de materiais do pavimento envelhecido e uma
menor e7ploração de 2azidas e pedreiras
# recicla&em * uma t*cnica efetiva e inovadora )ue vem sendo utilizada
para renovar o pavimento Pode ser efetuada a frio ou a )uente atrav*s de adiç3es
ao material fresado( de emuls3es re2uvenescedoras ou 4#P[s com ou sem a&entes
re2uvenescedores!s a&entes re2uvenescedores Q#R\s( tamb*m conhecidos como
re2uvenescedores de asfaltos o7idados( são ricos em maltenos( produtos e7istentes
no asfalto e perdidos no processo de o7idação !s #R\s devolvem ao li&ante o7idado
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as características de um li&ante novo restaurando1lhes as propriedades reol,&icas
ori&inais Q4#PU'I et al ( >AA@( en)uadrando1os nas especificaç3es e tendo como
ob2etivo melhorar ou recuperar a durabilidade do material reciclado No caso de
recicla&em a )uente( o material depois de fresado * remisturado e tratado
termicamente com adição de li&antes e%ou #R[s( com ou sem correção
&ranulom*trica
'e acordo com o manual de recicla&em da 9irt&en Q>AAB( nesta fase
est+ incluído o a2uste do trem de recicla&em( procedimentos )ue precisam ser
se&uidos antes de iniciar a recicla&em e uma vez )ue a operação estiver a caminho(
condiç3es adicionais )ue precisam ser vistas durante o processo( mais o manuseio
do material reciclado # compactação e acabamento se&uem a operação de
recicla&em
] importante observar os detalhes( especialmente"
1 # profundidade de corte em ambos os lados da recicladora :e a recicladora est+
obedecendo D linha correta com a lar&ura de sobreposição e7i&ida
1 Felocidade de avanço # melhor velocidade de mistura * entre H m%min e <> m%min(
dependendo da profundidade de corte( do material sendo reciclado e dos aditivos
1 ! teor de umidade do material tratado * suficiente para asse&urar compactação
ade)uada e o produto reciclado est+ ade)uado ao )ue se * esperado
# ta7a de produção da operação de recicla&em * amplamente ditada pelo
tipo e nJmero de recicladoras a serem utilizadas #p,s a recicla&em( o material
tratado deve ser colocado em sua posição final e compactado para atender Ds
e7i&ncias de densidade especificadas 4ompactar material reciclado para obter a
densidade especificada * um dos aspectos determinantes e mais importantes do
desempenho futuro do pavimento recuperado -aterial mal compactado tende a ficar
denso sob o tr+fe&o( causando o aparecimento de sulcos
Wuando o material estabilizado não for compactado de forma apropriada(
as metas de resistncia não são alcançadas( h+ o aumento de permeabilidade
promovendo danos causados pela umidade( pelo envelhecimento dos a&entes
estabilizadores de betume #ssim( * necess+rio )ue a compactação se2a tratada
como um dos aspectos mais importantes da recicla&em
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-edir a densidade de um material reciclado ap,s a compactação
Qdensidade de campo não * tão ,bvio como * para a construção com novos
materiais Qmaterial de brita &raduada Uma das características do material reciclado
* a variabilidade( particularmente onde o pavimento e7istente tiver sido
e7tensivamente remendado Esta variabilidade pode ocasionar problemas )uando
m*todos convencionais são utilizados para verificar se o valor da densidade foi
atin&ido #l*m disso( atin&ir uma densidade específica pode não ser tão simples
)uanto aplicar esforço de compactação adicional Q9IRT/EN( >AAB
#o se e7ecutar o acabamento de uma camada reciclada( * necess+rio
deter1se em al&umas e7i&ncias )ue são impostas pela natureza do material e do
a&ente estabilizador utilizado -ateriais com altas )uantidades de asfalto tendem a
ser mais &rossos e apresentar bai7a aderncia( por isso se tornam mais difíceis de
acabar Wuando estas características são identificadas no início dos trabalhos( *
possível fazer a adição de material fino durante o processo de recicla&em para )ue
ha2a modificação do produto final evitando problemas de acabamento Q.!NE(
>AA@
# superfície reciclada dever+ ser prote&ida para evitar desmoronamentos(
formação de panelas e outras formas de de&radação( )uando pro2etada para lon&os
períodos ! volume de tr+fe&o( bem como o material e o tipo de a&ente estabilizador
determinam os tipos de medidas preventivas necess+rias para o bom desempenho
da camada reciclada
Um aspecto final muito importante neste processo * a drena&em -uito
fre)uentemente( esta etapa não * enfatizada( &erando problemas devido ao acumulo
de +&ua na pista Esta +&ua invariavelmente entra na estrutura do pavimento(
causando saturação do material do pavimento( o )ue leva a formação de panelas
)uando o mesmo * trafe&ado
222 C)7!)l% *% 9al*a*%
Este item * de suma importOncia em obras )ue contemplam a recicla&em
como processo construtivo 'entre os v+rios pontos a controlar neste tipo de
processo( a )ualidade do produto final * a mais importante( pois depende da
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operação correta da recicladora( da incorporação de aditivos com níveis de dosa&em
corretos e( finalmente( da ade)uada colocação( compactação e acabamento do
material tratado
# realização de uma s*rie de testes se faz necess+rio para &arantir a
aceitação do material reciclado Este material deve atender as e7pectativas de
desempenho esperadas( implicando na capacidade estrutural do pavimento
recuperado
#s e7i&ncias de )ualidade estão normalmente incluídas em um con2unto
de Especificaç3es de Pro2eto( )ue ditam os crit*rios de aceitação( tais como"
Ferificaç3es e testes de controle do processo Ferificaç3es visuais Profundidade da
recicla&em #plicação de +&ua e a&entes estabilizadores Wualidade da mistura
Suntas laterais Ferificaç3es e testes de controle de aceitação Resistncia do
material reciclado 'ensidade seca do material compactado Espessura da camada
final
4onsiderando )ue a ;'R * um tipo de recicla&em a frio de pavimentos
asf+lticos( as especificaç3es e controle de )ualidade são similares D recicla&em a
frio :e&undo Sohn Q>AA>( as especificaç3es para este m*todo indicam oe)uipamento a ser usado e todo o processo de construção ! resultado final da
especificação fi7a limites para al&uns testes priorit+rios a serem realizados no
pavimento acabado
# &ranulometria dos materiais e7istentes na rodovia deve ser levada em
conta ao se elaborar a especificação de &ranulometria do a&re&ado 'evido a
inerente variabilidade do material na ;'R( pode não ser muito pr+tico especificar o
tamanho de peneira Por*m( os e)uipamentos usados na ;'R devem ser capazesde cortar o pavimento na profundidade dese2ada Na especificação pode constar( por
e7emplo( )ue o m*todo de construção ser+ pulverização do revestimento asf+ltico
e7istente( e )ue tenha ?Y do material passando na peneira GA mm
! pr,7imo ponto )ue Sohn Q>AA> considera importante na ;'R * )ue
e7ista uma especificação para os a&entes recicladores( a )ual deve se encai7ar nas
propriedades estabelecidas por ,r&ãos como #merican #ssociation of :tate Xi&h5a6
and Transportation !fficials Q##:XT!( #merican :ociet6 for Testin& and -aterialsQ#:T- ou outras especificaç3es referentes aos diferentes tipos de li&antes
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asf+lticos( como as emuls3es asf+lticas ! e)uipamento usado para adicionar o
a&ente reciclador deve ser capaz de aplicar as ta7as com muita precisão( tal )ue( as
tolerOncias ficam em torno de ^ GY # especificação( tamb*m deve considerar a
aplicação de +&ua na pr*1mistura )uando necess+rio # responsabilidade pela
estabilização da mistura( os procedimentos e7i&idos para coleta de amostras(
m*todos de ensaio e crit*rios de pro2eto para a mistura devem ser claramente
esboçados na especificação
#2ustes na &ranulometria ou a )uantidade de asfalto na mistura reciclada
podem ser feitos baseados nos resultados de testes de e7tração de amostras
administrados na mistura reciclada
!utra consideração importante a ser feita no controle de obras de
recicla&em( se&undo Sohn Q>AA>( * a densidade de compactação ! uso da
densidade m+7ima te,rica * o mais recomendado em relação ao uso da densidade
de laborat,rio( pelo fato de haver diferenças si&nificativas nas temperaturas(
)uantidades de fluídos e outras condiç3es( entre as )uais( a compactação no campo
e no laborat,rio /eralmente( as especificaç3es para recicla&ens de misturas a frio
e7i&em )ue a )uantidade de vazios de ar fi)ue em torno de <> a <GY
22, Va7a8%" a:5%7a" *a !%##la8%:
#s vanta&ens da utilização da t*cnica da recicla&em na conservação de
vias vão desde a economia de materiais( at* a preservação do meio ambiente 4om
a diminuição do consumo dos materiais asf+lticos( de alto valor comercial( e dos
materiais a&re&ados( h+ uma diminuição dos custos das obras # recicla&em
contribui para a preservação ambiental( uma vez )ue evita a e7ploração a&ressiva
das +reas de e7ploração( ocasionada pela redução da +rea de e7ploração de
2azidas Estima1se atualmente )ue cerca de > milh3es de toneladas de li&ante
asf+ltico e meio bilhão de toneladas de a&re&ados se2am consumidos a cada ano na
construção e manutenção de rodovias nos Estados Unidos QPETER:!N et al (
>AAB
! reuso de parte desse material poderia eliminar &rande )uantidade de
descarte do material removido proveniente do pavimento anti&o( resolvendo um
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&rande e anti&o problema( )ue * a disposição final destes materiais em locais
inade)uados( &eralmente ao lon&o do corpo estradal( nos casos de vias rurais( e em
locais distantes das obras( nos aterros sanit+rios nas &randes cidades( nos casos
das vias urbanas Evitam1se assim impactos ambientais ne&ativos ao meio
ambiente
!s resíduos sempre são &erados se2a para bens de consumo dur+veis
Qedifícios( pontes e estradas ou não dur+veis Qembala&ens descart+veis Neste
processo a produção )uase sempre utiliza mat*rias primas não rend+veis de ori&em
natural QS!XN( >AA>
!s resíduos se transformaram em &raves problemas urbanos como
&erenciamento caro e comple7o( considerando1se volume e massa acumulados !s
problemas se caracterizam por escassez de +rea de decomposição de resíduos
causados pela ocupação e valorização de +reas urbanas( custos sociais( problemas
de saneamento pJblico e contaminação ambiental QS!XN( >AA>
Uma das formas de solução para os problemas &erados * a recicla&em
de resíduos( em )ue a construção civil tem um &rande potencial de utilização destes
'e uma forma &eral( estes ciclos para construção tentam apro7imar a construçãocivil do conceito de desenvolvimento sustent+vel Q.R#N'!N( >AA>
'esta forma( a recicla&em na construção civil pode &erar inJmeros
benefícios
1 Redução do consumo de recurso natural não renov+vel( )uando substituído por
resíduos reciclados QS!NX( >AA>
1 Redução de +reas necess+rias para aterro pela minimização de volume de
resíduos pela recicla&em
1 Redução do consumo de ener&ia durante o processo de produção QS!NX( >AA>
22 I:?a#7)" *a !%##la8%:
# recicla&em de resíduos assim como )ual)uer atividade urbana tamb*mpode causar impactos no meio ambiente # utilização proposta para o material
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reciclado( pode tornar o processo de recicla&em ainda mais impactante do )ue o
pr,prio resíduo era antes de ser reciclado
Um parOmetro )ue &eralmente * desprezado na avaliação de produtos
reciclados * o risco D saJde dos usu+rios do novo material( e dos pr,prios
trabalhadores da indJstria recicladora
'esta forma( * preciso )ue + escolha na recicla&em de um resíduo se2a
criteriosa e pondere todas as alternativas possíveis com relação ao consumo de
ener&ia em mat*ria prima pelo processo de recicla&em escolhido
!s principais impactos produzidos pela recicla&em de R4' se&undo eite
Q>AA< são"
#mbientais !s principais resultados produzidos pela recicla&em do
resíduo são os benefícios ambientais # e)uação da )ualidade de vida e da
utilização não predat,ria dos recursos naturais * de lon&e mais importante )ue a
e)uação econMmica !s benefícios são conse&uidos não s, pela diminuição da
deposição de resíduos em locais inade)uados( como tamb*m pela redução de
e7tração de mat*ria1prima em 2azidas( o )ue nem sempre * ade)uadamente
fiscalizado Reduz1se( ainda( a necessidade de destinação de +reas pJblicas para adeposição dos resíduos
EconMmicos #s e7perincias indicam )ue * economicamente vanta2oso
substituir a deposição irre&ular do resíduo pela sua recicla&em ! custo para a
administração municipal * de U:_ <A por metro cJbico clandestinamente
depositado( apro7imadamente( incluindo a correção da deposição e o controle de
doenças Estima1se )ue o custo da recicla&em si&nifica cerca de >GY desses
custos
# produção de a&re&ados com base no resíduo pode &erar economias de
mais de =AY em relação aos preços dos a&re&ados convencionais # partir deste
material * possível fabricar componentes com uma economia de at* AY em
relação a similares com mat*ria1prima não reciclada Esta relação pode variar(
evidentemente( de acordo com &astos indiretos( a tecnolo&ia empre&ada nas
instalaç3es de recicla&em( custo dos materiais convencionais e custos do processo
de recicla&em implantado 'e )ual)uer forma( na &rande maioria dos casos( a
recicla&em de resíduo possibilita o barateamento das atividades de construção
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:ociais ! empre&o do material reciclado em pro&ramas de habitação
social traz bons resultados( com a redução si&nificativa dos custos de produção da
infraestrutura e das unidades em si #tualmente( o volume &erado pelos resíduos *
considerado &rande( ocupando portanto muito espaço nos aterros seu transporte(
em função não s, do volume mas do peso( torna1se caro # recicla&em e o
reaproveitamento do resíduo são( portanto( de fundamental importOncia para o
controle e minimização dos problemas ambientais causados pela &eração de
resíduos( e para seu reaproveitamento na criação de diversos produtos com valor
a&re&ado
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, RECICLAGEM COM ADIÇÃO DE CIMENTO E BRITA
# recicla&em da base e revestimento com a adição de cimento não * uma
solução nova para a&re&ar capacidade estrutural em pro2etos de restauração de
rodovias Uma das e7perincias precursoras das t*cnicas de recicla&em ocorreu
ap,s a :e&unda /uerra -undial no Reino Unido( KRetread ProcessL( )ue foi
desenvolvido para reparar as estradas secund+rias QZ!R'#N( >AA
Nas d*cadas )ue se se&uiram( o bai7o custo do petr,leo e o
deslocamento da produção do cimento para a construção civil( fizeram com )ue esta
t*cnica permanecesse adormecida
Entretanto( no final da d*cada de <?A( as limitaç3es orçament+rias
associadas Ds restriç3es impostas pela le&islação ambiental para construção
rodovi+ria estimularam o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnolo&ias
envolvendo a recicla&em de pavimentos
Para Zordan Q>AA nos anos =A( a opção da recicla&em para reabilitação
dos pavimentos ressur&iu e obteve um sucesso not+vel( principalmente devido aosse&uintes fatores" um melhor conhecimento das características mecOnicas dos
materiais tratados com cimento e do desempenho dos pavimentos semi1rí&idos
` # utilização de novos e)uipamentos mais potentes( tendo um melhor rendimento e
maior profundidade de trabalho( e permitindo obter um material melhor em termos de
)ualidade final e
` Uma tomada de conscincia decorrente das vanta&ens ambientais( principalmente
devido ao es&otamento das fontes e7istentes de materiais e a dificuldade paradispor de novas fontes 2unto aos &randes centros urbanos
Normalmente esta t*cnica * aplicada )uando a estabilização mecOnica ou
&ranulom*trica não * suficiente para prover o material reciclado da resistncia
dese2ada ! processo consiste em pulverizar e misturar parte do pavimento com o
cimento espalhado na pista 'epois de devidamente compactado( o material
reciclado com cimento ir+ resistir muito bem aos esforços &erados pelo tr+fe&o e
suas principais características serão" Resistncia elevada( bai7a deformabilidade(
durabilidade na presença de +&ua e aos efeitos t*rmicos QZ!R'#N( >AA
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#tualmente( a recicla&em do pavimento com adição de cimento * aplicada
em diferentes países incluindo os Estados Unidos( #ustr+lia( #lemanha( frica do
:ul( Espanha e ;rança
Na #lemanha( a recicla&em tornou1se obri&at,ria para atendimento Ds
normas &overnamentais )ue visam evitar e reduzir a e7ploração de novos materiais
e )ue incentivam a reutilização de re2eitos ou aproveitamento dos materiais
e7istentes
No .rasil( a t*cnica de recicla&em de pavimentos começou a &anhar
desta)ue no início da d*cada de <??A Qrecicla&em a )uente in situ do revestimento
na rodovia 'utra e &anhou impulso a partir dos pro&ramas de concessão de
rodovias( iniciado em <??H # partir de então( v+rias concession+rias tm utilizado
esta t*cnica para a recuperação de se&mentos da malha )ue necessitam de
acr*scimos si&nificativos de capacidade estrutural Q-!REIR#( >A<A
Figura 2. Reciclagem com adição de cimento
X+ uma escassez de pes)uisas e dados publicados no .rasil sobre o
comportamento mecOnico de materiais resultantes da recicla&em de pavimentos
com adição de cimento bem como do seu desempenho em campo 'iante disto( em
muitos Pro2etos ;inais de En&enharia )ue indicam esta t*cnica para a recuperação
estrutural do pavimento( os consultores tm se utilizado dos trabalhos de .albo
Q>AA> para a an+lise mecanicista da estrutura pro2etada
Entretanto( em uma mistura reciclada com a incorporação do
revestimento D camada de base( se tem a&re&ados vir&ens e a&re&adosparcialmente ou totalmente envolvidos com li&ante asf+ltico #s li&aç3es )ue se
estabelecem entre o cimento e o a&re&ado vir&em e entre o cimento ou ar&amassa e
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o a&re&ado envolto com o li&ante levam a formação de um material capaz de
suportar maiores deformaç3es se comparado com um material cimentado Para este
material( não se tem no País modelos )ue representam o seu comportamento D
fadi&a
# introdução de cimento e a&re&ados visa corri&ir deficincias ou
limitaç3es do material reciclado ! estudo de dosa&em ir+ definir a proporção ideal
de cada componente para obtenção de um material novo e de melhor )ualidade #
interação do cimento com a mistura densa e bem &raduada * mais efetiva devido D
menor )uantidade de vazios e maior )uantidade de pontos de contatos entre &rãos e
pasta de cimento #p,s compactação do material e cura do cimento( a camada
reciclada ad)uire as propriedades dese2adas de resistncia( estabilidade e
durabilidade Q.#.!( >AA>
Figura 3. Reciclagem com adição de cimento e agregado
Por outro la&o( os resultados do desempenho em campo destas
alternativas raramente tm sido publicados no País( o )ue dificulta o
desenvolvimento de pro2etos de restauração contemplando esta alternativa e a
implementação desta tecnolo&ia pelos ,r&ãos &estores da malha pJblica em outras
re&i3es do País 'entre os poucos trabalhos destacam1se os apresentados por :ilva
e -iranda Q>AA<( !liveira et$ al ( Q>AA>( :ilva et$ al ( Q>AA@( :ilva et$ al Q>AAB
Para amenizar esse )uadro( os pes)uisadores tm investido em busca de
soluç3es para a recicla&em dos resíduos de construção e demolição Q!F#T! et al (
>AA -uitas dessas pes)uisas tm indicado a utilização do R4' na forma de
a&re&ados reciclados utilizados no concreto -uitos desses autores alertam )ue sua
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viabilidade de empre&o depende do percentual de substituição QZ!R'#N( >AA< EITE(
>AA< EF( >AA< FIEIR#( >AA@
n&ulo Q>AAG ressaltou )ue a utilização de a&re&ados reciclados de R4'
sofre uma limitação devido D variabilidade de sua composição( )ue afetam suas
propriedades( tais como a &ranulometria( massa específica e absorção de +&ua Esta
variabilidade ocorre principalmente em função da sua ori&em e do período de coleta
Fieira Q>AA@ afirmou )ue a dispersão nos valores de resistncia dos
concretos produzidos a partir dos a&re&ados reciclados poderia ser minimizada atrav*s
do controle da variabilidade dos a&re&ados
Para ovato et al Q>AA( como a resistncia D compressão dos concretos
com a&re&ados reciclados * influenciada por diversos fatores( como proporção( forma e
&ranulometria dos a&re&ados( a variabilidade dos resíduos de construção e demolição
influencia nesta propriedade
,1 R%##la8%: *% ?a:%7)" #): #:%7) % 5!7a
# recicla&em * uma t*cnica cu2o ob2etivo fundamental * transformar o
material oriundo de um pavimento de&radado em uma camada homo&nea e capaz
de suportar o tr+fe&o &erado durante o novo período de pro2eto 'entre as v+rias
modalidades de recicla&em de pavimentos( destaca1se a)uela com adição de
cimento e correção &ranulom*trica com brita para a estabilização da mistura( )ue *
a modalidade a)ui abordada QFIEIR#( >AAG
# recicla&em de pavimentos com cimentos( como material a&lomerador(
re)uer para al*m do especificado normativamente( especial atenção a parOmetros
)ue proporcionem a estabilidade mecOnica e )uímica dos a&re&ados(
nomeadamente"
1 Inicio de pressa compatível com as necessidades de aplicação
1 .oa resistncia )uímica
1 4alor de hidratação bai7o
1 .ai7a e7pansividade
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1 Resistncia mecOnica m*dia bai7a( para controlo da fissuração( &arantia da
estabilização dos materiais( aprisionando )uimicamente os contaminantes(
impedindo a li7iviação destes para os solos
Normalmente as ta7as de cimento utilizadas nas obras de recicla&em no
.rasil variam de @ a BY em peso .ai7os teores são empre&ados para miti&ar os
efeitos nocivos da retração do cimento e da ri&idez e7acerbada
! cimento tem a função de promover o aumento da coesão do material
sem comprometer o car+ter fle7ível da camada estabilizada &ranulometricamente(
ou se2a( a resistncia mecOnica * conse&uida por meio da coesão )uímica
promovida pelo cimento e pelo atrito interno entre os &rãos maiores Q&erado pelo
entrosamento entre eles !s vazios formados pelos &rãos maiores são preenchidos
pelos &rãos menores au7iliando no KtravamentoL da estrutura asse&urando
estabilidade e resistncia ao material QS#R'I-( >AAG
Para tal( * fundamental )ue o cimento utilizado se2a isento de materiais
contaminados com elevados teores de ar&ila( materiais or&Onicos inibidores da
correta hidratação do cimento ou materiais com teores importante de sulfatos
capazes de reduzir a durabilidade do pavimento reciclado # presença de betumesno pavimento a reciclar( conduz a uma redução da capacidade de aderncia da
pasta de cimento aos a&re&ados envoltos na emulsão QFIEIR#( >AA@
Na constituição das novas misturas * fundamental )ue estas e7ibam"
Trabalhabilidade de forma a permitir uma correta aplicação e compactação
Estabilidade mecOnica( mesmo para materiais de &ranulometria nono&ranular sem
capacidade de compactação .oa resistncia D +&ua Possibilite um aumento da
capacidade de car&a ou redução das espessuras do pavimento 4ontrole daretração ou fissuração .om comportamento D fadi&a 'urabilidade R+pida entrada
em serviço QFIEIR#( >AA@
Uma das condiç3es do fabrico de cimentos resistentes )uimicamente * a
adição de produtos com atividade pozolOnica( tais como( pozolanas naturais( cinzas
volantes ou esc,rias de alto1forno( de modo a aumentar a resistncia )uímica e
mecOnica a lon&o prazo( e controlo do calor de hidratação
!liveira et al ( Q>AA> define recicla&em Kin situL com cimento como sendo
a mistura do material triturado procedente do revestimento asf+ltico( mais parte da
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camada de base( cimento( +&ua e eventualmente a&re&ados importados Essa
mistura dever+ ser devidamente compactada numa espessura total compreendida
entre >A e @G cm Todo processo de e7ecução se realizar+ sob temperatura
ambiente
F89!a R%##la8%: #): #)!?)!a3<) *% 5!7a % #:%7)
! novo material produzido resiste muito bem aos esforços &erados pelas
solicitaç3es do tr+fe&o devido D sua alta resistncia( bai7a deformabilidade(
durabilidade na presença de +&ua e boa resistncia aos efeitos t*rmicos Essa
con2unção de fatores resulta numa camada resistente e econMmica( capaz deminimizar press3es sobre o subleito )ue *( normalmente( passível de sofrer
deformaç3es apreci+veis
Tanto na adição de brita )uanto na adição de areia h+ )ue se fazer o
controle tecnol,&ico de forma )ue a camada final atenda as especificaç3es
de pro2eto
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REAPROVEITAMENTO DE AREIA RESIDUAL DE FUNDIÇÃO EM
CAMADAS DE PAVIMENTOS
4onsiste na mistura de areia com um produto betuminoso obtido em
usinas fi7as # areia utilizada( normalmente( * a passante na peneira <A Q>mm(
embora > ou @ areias possam ser misturadas para se obter a &ranulometria
dese2ada Pode ser e7ecutada em duas camadas #presenta o inconveniente de
produzir uma superfície lisa e macia( ocasionando problemas de escorre&amento
Pode1se usar pedrisco para tornar a superfície mais +spera
! reuso da areia de fundição no pr,prio processo( recicla&em prim+ria( ea constante adição de aditivos levam D perda das propriedades ori&inais da areia
#ssim( o material residual deve ser enviado a aterros de descarte( apesar de ainda
apresentar boas propriedades para uso na en&enharia civil # construção de
rodovias * consumidora intensa – &randes volumes de materiais( de insumos
naturais( não renov+veis( em suas camadas 'esta forma( com o prop,sito de
preservar mais o meio ambiente( tm se pes)uisado a possibilidade de reutilizar a
areia residual de fundição como material componente da estrutura do pavimentoQ:!UZ#( >AAG
Saved e ovell Q>AA@( em Indiana( nos Estados Unidos( estudaram a
aplicação do resíduo da areia de fundição em En&enharia 4ivil Nesse trabalho( com
base nas boas propriedades físicas e mecOnicas do resíduo e a bai7a possibilidade
de contaminar o meio ambiente( os autores demonstraram o potencial de seu
reaproveitamento em aterro e subleito de rodovias como a&re&ado fino( assim como
no concreto asf+ltico
!liveira et al$ Q>AA> desenvolveram um estudo )ue consistiu na
construção de um aterro rodovi+rio( no ano <???( com areia de fundição de ori&em
ferrosa e no seu monitoramento antes e depois da construção !s resultados
&eot*cnicos mostraram o bom comportamento da areia de fundição no aterro e
constatou1se )ue não houve impacto ambiental
Pinto Q>AA>( investi&ou sobre misturas de areia de fundição com outros
materiais( tais como pedra britada( cimento e cal( com o ob2etivo de reutilizar as
misturas em bases e sub1bases de pavimentos 'e maneira &eral( os autores
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concluíram )ue o incremento de pedra britada( cimento ou cal aumentou
consideravelmente a resistncia D compressão e os valores de 4.R !s ensaios
ambientais de li7iviação mostraram )ue as misturas dificilmente contaminariam a
+&ua )ue eventualmente entrariam em contato com o material( como a +&ua de
chuva( +&uas provenientes de drena&em( etc
.onet Q>AA> propMs o reaproveitamento da areia residual de fundição
como a&re&ado fino no 4oncreto .etuminoso Usinado a Wuente Q4.UW e 4outinho
Q>AAB estudou a possibilidade de utiliz+1la em misturas asf+lticas densas o primeiro
trabalho recomendou a utilização de =Y do resíduo( em peso( na mistura asf+ltica(
en)uanto 4outinho Q>AAB concluiu )ue at* <GY de incorporação de areia na mistura
asf+ltica( em peso( produz materiais com boas propriedades mecOnicas sem
impactos ambientais si&nificativos
Na busca de aplicaç3es )ue permitam a reutilização da areia residual de
fundição em )uantidades maiores( lins86 Q>AA= avaliou a possibilidade de reutilizar
o resíduo como base e sub1base de pavimentos de bai7o volume de tr+fe&o( atrav*s
de sua incorporação a solos ar&ilosos ! autor concluiu )ue teores de areia de BA a
HAY poderiam ser incorporados a solos lateríticos ar&ilosos para obter materiais
com comportamento semelhante ao do :olo #renoso ;ino aterítico( material ideal
para ser utilizado em bases e sub1bases de pavimentos de bai7o custo
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CONSIDERAÇ.ES FINAIS
#o lon&o desse estudo pode1se observar )ue o setor da construção civilafeta consideravelmente o meio ambiente pelo consumo de recursos minerais e pela
produção de resíduos )ue modificam a paisa&em e &erando &randes impactos
ambientais
! descarte ile&al e a falta de um &erenciamento dos resíduos de
construção e demolição QR4' nas cidades brasileiras tm trazido inJmeros
problemas para a sociedade( dentre os )uais se destacam" a proliferação de vetores
de doenças como a da den&ue( a obstrução de encostas causando deslizamentonas chuvas( a ocupação irre&ular de terrenos pJblicos pela população carente( com
riscos de desabamento( entre outros
4om o crescimento da população urbana nas cidades e ocupação
desordenada( muitos aterros sanit+rios foram es&otados( li73es atin&iram ocupação
m+7ima e pedreiras começaram a se tornar um elemento de risco a população nas
pro7imidades dos &randes centros urbanos Isso naturalmente elevou tanto o custo
de obtenção de mat*ria1prima para a construção civil( como o de descarte dos seus
resíduos :omado a isso( em >A<A foi determinado o marco le&al atrav*s da ei
<>@AG determinando a Política Nacional dos Resíduos :,lidos obri&ando as
construtoras a buscarem alternativas não s, para solucionar o aumento dos custos(
mas tamb*m para a sustentabilidade da cadeia da construção civil e cumprimento
da lei
Nesse conte7to podemos concluir )ue"
1 a recicla&em do entulho da construção civil e sua utilização em obras de
pavimentação * tecnicamente vi+vel
1 o entulho pode ser utilizado para estabilizar solos componentes das camadas do
pavimento ou aplicado diretamente nessas camadas( substituindo os materiais
tradicionalmente utilizados em pavimentação )ue 2+ se encontram escassos 2unto
aos &randes centros urbanos
1 a reutilização do entulho &era redução da poluição e conse)ente diminuição de
impactos ambientais como enchentes e assoreamento de c,rre&os e rios(
resolvendo o problema de locação de +reas para a disposição desses resíduos
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