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esacto ediçao
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Edição nº20Fevereiro/Março 201 1
As redes sociais: entre o sim (+) e o não ()
A Rede da RevoltaEntrevista à advogada Margarida Garcia, sobre o"Façase Justiça"
2
Ruben Gomes
Boas! Em mais um
mês deste novo
ano de 2011 , a
equipa do ESAC-
TO, o jornal da
nossa escola,
decidiu preparar-vos, uma edi-
ção especialmente dedicada à temática das redes sociais.
Além das redes sociais serem o tema do concurso de jor-
nais escolares, patrocinado pelo jornal Público, são um te-
ma que deve ser desenvolvido, pois as redes sociais têm
um papel de grande importância na actual sociedade.
À medida que o tempo passa, as redes sociais influem cada vezmais as nossas vidas, as diversas sociedades mundiais, chegandoaté ser utilizadas para desencadear revoluções, como por exemplotestemunham os países árabes, em que já vários regimes foramderrubados e outros estão ameaçados, seguindo também o mesmocaminho. É curioso pensar qual o porquê deste fenómeno … ofacto de as redes sociais serem um espelho da sociedade, das (des)igualdades dos indivíduos, que nela mostram a sua revolta, tal como é desenvolvido no artigo de Diogo Mendes.E como nem de só coisas boas é feita a vida, nesta edição apresentamos um lado mais negro das redes sociais, que têm presenciadocrimes de abuso de privacidade, como nos leva a reflectir o artigodo nosso mais recente elemento da equipa ESACTO, Mário Lopes(“Redes Sociais: Benção ou Maldição?).Quem também explora o lado mais negativo das redes sociais, é oprojecto do “Façase Justiça”, em que uma série de jovens no âmbito da Área de Projecto da Escola Secundária de Albufeira, com acolaboração da professora Emília Oliveira, construíram um projecto dinâmico, que debatese em torno de um abuso em redes sociais. A eles, a equipa do jornal ESACTO regista os seusagradecimentos, pela dedicação e empenho que disponibilizaramna colaboração com da presente edição do jornal ESACTO.Muita honra teve também em contar com o depoimento experienteda Sra. Dra. advogada Margarida Garcia, que na magnitude da suaexperiência, expôsnos numa perspectiva mais ampla do sistemajurídico, particularmente na temática dos crimes relacionados comas redes sociais.Para termos uma maior percepção da opinião das pessoas sobre asredes sociais, incentivo a leitura do “Prós e Contras” de AdrianoPereira, que recolheu de diversas pessoas uma série de opiniões argumentativas diversificadas acerca do uso das redes sociais; ou então o Vox Alumni, que inquiriu uma série de jovens da ESA sobreos usos e a importância que as redes sociais têm para as suas vidas.Em suma, a equipa do jornal ESACTO apela à utilização das redessociais, (pois são mecanismos facilitadores da comunicação), porque no entanto são úteis para a sociedade e nós próprios, utilizarnolas como instrumento de serviço dos nossos interesses, tal como muito bem fizeram os jovens do nosso país que se organizarame protestaram em prol de um futuro melhor, mais oportunista dosjovens da “Geração à Rasca”.
Vox alumni
Rúben GomesNo último mês, a equipa do jornalESACTO, realizou junto da co
munidade escolar da Escola Secundária de Albufeira, um questionário sobreredes sociais, através do qual se procurava analisar a influência que estas têmsobre a vida do diaadia das pessoas.A quase totalidade dos inquiridos pertence ao grupo "alunos".À primeira pergunta, que questionavase estava ou não inscrito em alguma rede social, das 50 pessoas inquiridas, 45responderam que sim, sendo que apenas os restantes 5 responderam quenão. O universo dos que usam as redessociais é bastante alargado.Entre aqueles que pertenciam a algumarede social, 80% responderam pertencer ao Facebook, 40% ao Youtube,36% ao Hi5. As outras redes como oTwitter, o Myspace, o Orkut, o4chan, o Blogster, o Tumblr, o deviantART, entre outras, não obtiveram maisdo que 10% de seguidores. Entre osutilizadores inquiridos, os facebookerssão os mais populares, seguindo a tendência do mundo inteiro.Como navegam os nossos inquiridos?Possuem um avatar? Apenas 20% daspessoas disseram que sim.Acerca da frequência com que utilizamas redes sociais, quase um terço utilizaas redes sociais mais que uma vez pordia, mais de um terço utiliza uma vezpor dia, e muito poucos utilizam umavez por semana, ou menos que isso.Por isso, os fãs das redes sociais sãomemso fãs, fieis seguidores desse tipode comunicação.Como curiosidade, o ESACTO quistestar o conhecimento que os utilizado
editorial
3
In ESAres têm do universo global em que comunicam diariamente. Perguntou entãosobre números de utlizadores, ou se saberiam quantos pertencem a algumasdas principais redes sociais. Sobre oFacebook, cerca de 60% acertou nos600 milhões de seguidores (dados daWikipedia). Sobre o Myspace, 48 %das pessoas inquirdas responderamcorrectamente (100 milhões). Quantoao Twitter, 52% acertou nos 190 milhões). Não vai mal, a cultura dos nossos jovens.Questionados acerca dos motivos queos levam a utilizar as redes sociais,18% admitem que utilizam as redes sociais para postar textos/fotos e vídeos,16% para comentar fotos e eventos, outros14% para espreitar a vida dos outros, outros 14% para jogar, 10% parainformação, outros 10% para exibicionismo, 8% para namorar. Podemos concluir que o maior uso das redes sociaisé de cunho pessoal e de entretenimento.A busca de informação nem é muito
pertinente no quadro das percentagens.Sobre para qual dos usos consideramser o mais comum, 18% consideramque as pessoas utilizam as redes sociaiscom a intenção de espreitar a vida dosoutros, 12% para comentar fotos eeventos, para exibicionismo, para namorar, para jogar e para informação; esó 8% para postar textos/fotos e vídeos.Continuamos com a mesma tendência:a percepção acompanha o tipo de usoque os utilizadores inquiridos fazemdas redes sociais.Na última questão, em que foi pedidoaos inquiridos que sintetizassem a suaperspectiva sobre as redes sociais numapalavra ou expressão, muitas e variadasforam as respostas. Exemplos: “Autch!”, “Desperdício”, “Cool”, “Loucura”, “Exagero”, “Aceitável”, “Droga”,“Hobby”, “Aniquilação”, “Marcante”,“Diversão”.Em conclusão, em relação ao nossouniverso de inqiridos, sobretudo alunosda ESA, percebese que vivemos numacultura dominada pelas redes sociais,que são utilizadas para fins muito egocêntricos e a opinião sobre as mesmasvai desde a mais entusiasta à mais negativa. É a Geração "em rede".
Redes Sociais
600
190
120
100
André Coutinho
Estamos ligadosEu e o resto do mundo.Esse mundo conhecemeSem qualquer sentimento profundo.Estamos ligados.Não por sentimentos,Não por ideais,Mas por simples momentos.Momentos inexistentesCaracterizados por pedidos electrónicos.“Recebeu um novo pedido de amizade”,Um novo amigo em segundos sónicos.Um amigo que não conheço.Não sei quem é, nunca o vi.Eu cuido de mim,E ele cuida de si.Partilho fotos de situações minhasE de outros, um diário da minha vida.Quem se interessa que se conecte,A existência passa a ser lida.Namoros platónicosCompostos por dados.Despertote com um “Toque”E vêm “Gostos” por todos os lados.Comentários, vídeos,Interesses, aplicações.Quantas pessoas conheces?Eu conheço milhões.É a minha rede social,Com milhões de conhecidos,Mas apenas com uma mãoEu conto os meus amigos.
Diogo Mendes
Egipto, 06 de Junho de 2010. Khaled Mohamed Saeed, um jovem de
28 anos começou o seu dia como outroqualquer da sua vida; acordou, levantouse e saiu para ir para o cibercafé àfrente da sua casa. Só que esse dia nãoera como outro qualquer. Entraram doishomens pertencentes à polícia secretaegípcia, pedindolhe documentação, eprenderamno. Khaled tentou resistir, eos polícias utilizaram violência para leválo para o carro, matandoo no processo, deixandoo desfigurado. Apolícia alega que Khaled sufocou a engolir um pacote de haxixe, mas, paraterror do mundo, foram postadas no Facebook fotografias do seu corpo mutilado, num página chamada “We Are AllKhaled Said”, que foi criada para alertar para a brutalidade policial no Egipto. Essa página, essas fotografias,levaram à revolta conta o regime deHosni Mubarak, que começou no dia 25de Janeiro de 2011, marcado no Twittercom uma ‘hashtag’.4
Todos sabemos onde estas revoltas foram parar; Hosni renunciou ao poder, arevolta passou para a Líbia, Argélia,Marrocos, Iémen, Arábia Saudita, etc.,com autoimolações (sim, as pessoaspegam fogo a si próprias), protestos,pedidos de reformas nos governos, transição de poderes, rebeliões… Estes países têm em comum serem de culturaárabe, mas também têm todos regimescom ditadores no poder.E se, por acaso, esta revolta chega àChina, uma das maiores potências económicas mundiais? Que repercussões, anível mundial, pode ter uma revoltadeste tipo, nesse país, de que dependemmetade dos países, incluindo Portugal?Se já nos vemos aflitos por causa da Líbia, onde vamos buscar o petróleo, como será com a China? Ora olha paraqualquer coisa que tenhas em ti, equipamentos electrónicos incluídos. Agora,quantos deles dizem ‘Made in China’?As guerras civis causadas por armas sãoviolentas, sim, mas pior que as guerras
com armas são as guerras de ideias. Asideias são como vírus. Resistentes. Altamente contagiosas. A mais pequenasemente de ideia pode crescer. Crescertanto que pode definirnos. E se as idei-as são sementes, os campos de culturasão as redes sociais. Milhares de opiniões, páginas, grupos com ideias radicais de mudança, e muitas delas jápostas em prática.Poderão as redes sociais vir a tornarseuma arma contra regimes, por exemplo? Chegaremos ao extremo de vivervidas ligadas a um teclado, conectado aum computador, este conectado a umarede imensa de computadores?E se algum dia, essas redes sociais passam a ter um líder, que decide o que sefaz dentro dessas vidas ligadas, e aspessoas se quiserem revoltar? A revoltairá às ruas, ou lutaremos dentro de computadores, como em Tron? Não sei sequero ver esse mundo …
por dentro
Todos os dias ouvimos por aí, nos jornais, na televisão, na Internet, notícias sobre asrevoltas no mundo árabe, levadas a cabo pelo povo contra os seus líderes. Mas, de ondesurgiu tudo isto?
A Rede da Revolta
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Olga D.
No fundo, todos nós, cidadãos doséculo XXI, pertencemos à “Gera
ção à Rasca”. Os idosos, já inactivos,vivem de miseráveis reformas, que nãocompensam a décima parte daquilo quetrabalharam em vida. Os adultos, andamà procura de emprego mesmo tendoqualificações, surgem dificuldades emencontrar uma vaga de acordo com assuas habilidades.Contudo, o mais preocupante e alarmante, são, sem dúvida, os jovens.Cheios de força de vontade de estudarpara ter uma vida de qualidade, saemdas universidades graduados, mas apesar disso, com poucas possibilidades deencontrar um cargo que corresponda aocurso que tiraram.Foi contra estas e outras limitações quese insurgiram quatro jovens portuguesesna rede do Facebook. Podese dizer queoptaram pelo caminho mais fácil, poisesta rede conta com 600 milhões de utilizadores em todo o mundo. O seu objectivo era fazer sentir que é preciso
fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e daeducação em Portugal. Desta forma, oprotesto “Geração à Rasca”, com iniciativas puramente populares, foi convocado inicialmente para Lisboa e Porto –cidades onde, sem dúvida, a manifestação iria contar com a maior adesão e impacto. Através da Internet, a ideologiaalastrouse de tal forma, que já contavacom a cooperação de 11 cidades portuguesas. O site oficial (http://geracaoenrascada.wordpress.com/) dizia : “Amanifestação é para que idades? Dos 7ao 77, digo eu. Embora convocada porjovens, o apelo à participação abarca todos os que, de uma forma apartidária,laica e pacífica se queiram manifestar.”E realmente, manifestaramse! 11 milhões de Facebookers confirmaram a suaparticipação no movimento, 100 mil deportugueses no Porto, 200 mil de portugueses a caminho do Rossio em Lisboa,centenas de manifestantes em Viseu, todos a lutar pela mesma causa, a eviden
ciar os problemas da precaridade deemprego, da falta de oportunidades nomercado, a necessidade do reforço dademocracia participativa, na tentativade apelar ao Governo português que“Portugal necessita mudanças!”E realmente necessita! Não só Portugal,mas todo o mundo, arreigado do espírito de capitalismo financeiro, que sufocou as ideologias de um liberalismodemocrático para bem da nação, e elevou o bem individual. É preciso daratenção ao futuro do nosso país, aos jovens que poderão dar muito para modificar esta realidade decadente.A facilidade de demonstrar as ideias,os protestos e o desdém pela vida quecusta ser vivida, é cada vez maior. A rede mundial da Internet e as redes sociais, são SOCIAIS mesmo por isso, porserem o espelho da Nação, do Povo,que tenta por todos os meios fazer chegar a sua voz aos governantes dos seuspaíses.
por dentro
Jovens facebookersdenunciam-se:“Geraçãoà Rasca”
Emília Oliveira, professora
Desde que, em 1989, Tim BernersLee inventou a internet, tiveram
início um conjunto de transformações,nas sociedades, consubstanciadas naforma como passámos a comunicar, aaceder à informação ou, mesmo, comonos divertimos e ocupamos o nossotempo livre.Antes do aparecimento da Internet, ascomunicações de massas estavam restringidas aos jornais, rádio, televisão etelefones. Além disso, o acesso à informação dependia da capacidade paracomprar jornais e revistas, da existênciade uma boa biblioteca em casa ou dadeslocação a bibliotecas públicas ou escolares, o que pouco contribuía para asua democratização, gerando grandesdesigualdades sociais. Também, a forma como ocupávamos o nosso tempolivre era diferente, passava mais pelocontacto directo com familiares e amigos, brincavase na rua, conversavase àmesa, passeavase ao ar livre.Com ela, podemos utilizar o correioelectrónico, podemos discutir os maisvariados assuntos com pessoas que podemos até não conhecer (muitas quenão iremos nunca conhecer pessoalmente), podemos aceder a uma grandequantidade de informação sobre os maisdiversos assuntos e encontrar novas formas de divertimento. No entanto, o recurso a esta panóplia defuncionalidades empurra os internautas,muitas vezes, para um constante isolamento, confinados ao seu casulo: o seuquarto. Atribuise, por isso, à internet aresponsabilidade pela construção de indivíduos mais individualistas, vivendo,por vezes, num forte isolamento social,pelo enfraquecimento dos laços familia
por dentro
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Os jovens e a internet
res e da comunicação entre os seusmembros.Importa, no entanto, assumir que a Internet, em si, não é boa nem má. Tudodepende do tipo de utilização que se fazdela, do tempo que a sua utilização ocupa nas nossas vidas e dos riscos a quenos expomos, consciente ou inconscientemente.As reacções das crianças aos riscos online parecem passar por um espectroalargado de respostas, entre ignorar oproblema, verificar a fiabilidade do sítio virtual ou denunciálo online, comentar com um amigo ou (raramente)com um dos pais, ou ainda, nalguns casos, agravar o problema pelo reenvio aoutros ou por uma resposta hostil.Em geral, as competências online dascrianças aumentam com a idade. Incluem, na maioria dos casos, a sua habilidade em se protegerem de riscos. Estahabilidade é fundamental para que omundo virtual possa ser seguro, o que écomplicado de acontecer, uma vez queesta faixa etária se caracteriza por umagrande atracção pelo risco e pelo desafio dos limites impostos.
"Espalhado pelo mundo, existe um apaixonado caso de amor entre crianças e computadores. Trabalheicom crianças em África, na Ásia e na América, em cidades e subúrbios, em quintas e no mato. (...) ricas epobres, com filhos de pais letrados e analfabetos. (...) vi o mesmo brilho nos olhos, o mesmo desejo dese apropriarem dessa coisa. Não se limitando a desejá-lo, parecia que lá no fundo já sabiam que lhespertencia. Sabiam que o podiam dominarmais facilmente e mais naturalmente do que os seus pais.Sabem que pertencem à geração dos computadores".
"A Família em Rede", de Seymour Papert
Estabelecer regras de privacidadepara o site: muitos jovens desconhecem que são eles que têm de estabelecer as regras de privacidade; epensam que a sua página só estáacessível aos amigos que acrescentaram. Não fornecer informações pessoais
(nome completo, local onde vive, escola que frequenta ou endereço, assim como conta do Messenger).Deste modo, garante que não se torna presa fácil para um predador. Não colocar fotografias pessoais:
estudos mostram que jovens adolescentes colocam fotografias em posessensuais ou mesmo provocantes, como forma de chamar a atenção. Não acrescentar alguém desco
nhecido à lista de amigos: na prática,o risco inclui a possibilidade dessapessoa poder colocar qualquer comentário (desagradável ou desapropriado) na página. Recusar encontros com desconhecidos: jovens marcam encontros compessoas que conheceram nos sites deredes sociais; aliás, referem que omotivo para pertencerem à rede éexactamente o de conhecerem pessoas. Ir ter com alguém que não sabemos ao certo quem é, pode acarretarsérios riscos.
Conselhos a um jovemin-
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por dentro
Ali@dos às Redes Sociais
Stephanie Santos
Especulações e opiniões negativasacerca das páginas online é que
não faltam, mas a verdade é que “meiomundo” já utiliza as ditas redes sociais.Mas afinal, quais as vantagens da suautilização?Nos tempos de hoje, as redes sociaispermitem fazer algo com muito maisfrequência do que os nossos telemóveis/telefones permitem.As vantagens são diversas: conhecerpessoas novas, criar amizade com pessoas nossas conhecidas mas com asquais não estabelecemos uma relaçãosocial, e até mesmo comunicar comamigos e/ou familiares que estejam longe, e com quem não podemos estabelecer contacto todos os dias, portelemóvel.Já ficou convencido? Ainda não?!Então veja agora três extraordináriasnotícias que começaram mal, mas acabaram bem (graças ao Facebook).“ Passados 12 anos, depois de ter perdido a sua filha, de 10 anos, nas enxurradas de Venezuela, num dos estadosmais afectados pelos temporais – Esta
do de Vargas – uma mãe portuguesa encontra a sua filha através de uma páginade perfil no Facebook.”“ Em 1995, uma jovem americana foiseparada da mãe pelo próprio pai, apósa separação do casal. A mãe da menina,durante anos e anos, não teve quaisquernotícias da filha e do exmarido. Apóstodos esses anos, a senhora encontrou operfil da filha no Facebook.”“Após um divórcio mal resolvido entreum casal inglês, em que a mãe ficoucom a custódia do seu filho de 2 anos eo pai com direito a visitas regulares,houve um dia em que o exmarido deAvril Grube – mãe do menino desaparecido – não apareceu mais com a criança. Durante imenso tempo, Avril e suairmã tudo fizeram para que encontrassem o seu filho e respectivo sobrinho.Vinte e sete anos mais tarde, Beryl (tiado desaparecido) encontrou a página deperfil do seu sobrinho no Facebook.”A vida não é só redes sociais, mas épossível recuperar a vida através delas.
Com o objectivo de conhecer melhoros usos, riscos e segurança online dascrianças europeias a ““EEUU KKiiddss OOnnlliinnee”” realizou um estudo, junto de crianças e jovens entre os 9 e os 16 anoscujos resultados foram divulgadospor ocasião do Dia Europeu da Segurança na Internet, assinalado a 8 deFevereiro.Este estudo veio mostrar que as crianças têm muitas actividades online,potencialmente benéficas: usam a internet para o trabalho escolar (85%);jogam (83%); vêem clips de vídeo(76%); e trocam mensagens instantâneas (62%). São menos as que publicam imagens (39%) ou que partilhammensagens (31%), as que usam umawebcam (31%), sites de partilha deficheiros (16%) ou blogues (11%).Sabese que 59% das crianças dos 9aos 16 anos têm um perfil numa redesocial – incluindo 26% com 9 ou 10anos, 49% dos que têm 11 ou 12anos, 73% dos de 13 ou 14 anos e82% dos 15 ou 16 anos.Indica, ainda, que mmeettaaddee ddooss aaddoolleesscceenntteess ppoorrttuugguueesseess jjáá rreessppoonnddeeuu oouuccoonnttaaccttoouu uumm eessttrraannhhoo oonnlliinnee oouuaattrraavvééss ddee ssiitteess ddee rreeddeess ssoocciiaaiiss,, uummaappeerrcceennttaaggeemm lliiggeeiirraammeennttee ssuuppeerriioorr ààmmééddiiaa eeuurrooppeeiiaa..Mais de metade dos jovens (58%) publica fotografias e vídeos de si próprios e dos amigos em sites de redessociais e 20% fornece dados pessoais,como moradas de residência e mostra, ainda, que 41% partilha os seusendereços electrónicos e de mensagens instantâneas.Segundo o estudo, 61% dos jovensnavegam na internet sem qualquer supervisão paternal e quase metade dospais (45%) tem conhecimentos «parcos» ou «quase nulos» das temáticasligadas à web.
Um estudo:as crianças e a web
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Beatriz Canteiro
A ideia da criação do Grupo de Estudantes da Escola Secundária,
iniciouse no 9º Campo de Trabalhopara Jovens da Amnistia Internacional,no Espaço Multiusos de Albufeira, de30 Outubro a 2 de Novembro de 2008.No final do evento, a professora PaulaMadeira aceitou coordenar comigo ogrupo, que foi formalmente aprovado a13 de Dezembro de 2008.
A ideia chave do grupo é implementar na comunidade escolar e nos jovensuma cultura pelos direitos humanos,promover a dignidade humana, e mostrar a violação dos direitos humanos nomundo. O grupo pode ser constituídopor: alunos, professores e funcionários;realizando debates, colóquios, promovendo a acção da Amnistia Internacional na Escola Secundária de Albufeirae na comunidade escolar.No dia 10 de Dezembro de 2008, oGrupo desenvolveu várias actividadespara a comemoração do Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Maratona de Cartas: 600 petições(2008), 324 (2009). “ Dá vida à chama” O desenho do logótipo da Amnistia Internacional, a vela da esperança,com a participação de 60 voluntários.(Dezembro 2008).Já realizámos várias actividades: “7º e
8º aniversário do Campo de Detenção
da Base Naval dos Estados Unidos emGuantánamo” (sessões de esclarecimento, visualização do filme “ A Caminhode Guantánamo”; cartas de apoio aosprisioneiros). Comemorações: 27 de Janeiro – Dia Internacional em Memóriadas Vítimas do Holocausto; 6 de Fevereiro – Dia Internacional da TolerânciaZero à Mutilação Genital Feminina(MGF, publicação de vários folhetos); 8de Março Exposição das Mulheres Activistas, cartas de apelos; 21 de Março Dia Internacional Contra a Discriminação entre outras actividades, que podem ver no nosso blogue(http://grupodaesaai.blogspot.com), facebook (http://www.facebook.com/home.php#!/grupoalbufeira.amnistia),Twitter (http://twitter.com/GrupoESAAI) e no site da Amnistia InternacionalPortugal (www.amnistiainternacional.pt).Na escola temos também um espaço devitrine com várias informações dasCampanhas, novas actividades, entreoutros temas, junto à biblioteca.De momento somos 4 membros, e alguns voluntários e necessitamos demais activistas para conseguirmos todosjuntos lutar pelos direitos humanos. Podemse inscrever através do email: gru[email protected]
Amnistia Internacional:o que é?É um movimento mundial de pessoasvoluntárias que trabalham de forma nãoremunerada pela DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS.A Visão e a MissãoA visão da AI é a de um mundo em quecada pessoa desfruta de todos os Direitos humanos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos enoutros padrões internacionais de Direitos Humanos. A missão da AI consiste na investigação e acção destinadas àprevenção e a acabar com:Os graves abusos à integridade física emental;. A violação da liberdade de consciência;· A opressão à liberdade de expressão,
a não discriminação, mas sim, dentrodo contexto de uma promoção de todosos direitos Humanos.A Amnistia age junto de:
· Governos;· Organizações intergovernamentais;· Grupos Políticos Armados;· Empresas e Agentes não Estatais;
·Acções Urgentes ( dando informação de pessoas que precisam de ajuda).· Pressiona os governos em aconteci
mentos públicos, manifestações, recolha de fundos, contactos com governos.Campos de Acção
Violência doméstica; violações sexuais;discriminação nas suas várias formas(no emprego, devido ao status social, àorientação sexual); tráfico para exploração sexual e como trabalho escravo;mortes “de honra”; ataques com ácido;mutilação genital feminina; liberdadepara todos os prisioneiros de consciência; abolição da pena de morte; erradicação da tortura; fim das execuçõesextrajudiciais e dos “desaparecimentos”; fim dos abusos cometidos contraos direitos humanos pelos grupos armados; direitos para os refugiados e outrosmigrantes; acabar com o uso de crianças soldado; proteger o direito internacional e os activistas de DireitosHumanos; acabar com todos os tipos dediscriminação.
do outro lado da escola
Amnistia na ESA.Quem somos?
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para reflectir
Adriano Pereira
A favor:1 Com o acesso facilitado ao mundovirtual, hoje em dia é raro haver umapessoa que não possua uma ou maiscontas em redes sociais.Em princípio, as redes sociais têm comoobjectivo agrupar horizontalmente umconjunto de pessoas ou organizaçõesque partilham valores e objectivos comuns. Deste modo, tornase bastantemais fácil a partilha de informação, conhecimentos, interesses e esforços. Oacesso à informação tornase mais rápido, permitindo que esta seja debatidacom pessoas que tenham os mesmos interesses mesmo que não pertençam aonosso grupo real de conhecimentos/amizades. Outra vantagem é a resposta empenhada da comunidade para quaisquerdúvidas que surjam por parte de ummembro.Mais recentemente as redes sociais, devido à sua popularidade, têm apresentado outras vantagens ou oportunidades,quer para empresas quer para divulgação pessoal. Em termos de empresas,aproximaas dos clientes, uma vez queexistem regularmente milhões de utilizadores, dando uma imagem actual àempresa. É também um modo fácil ebarato de divulgar produtos, marcas eafins, recebendo ao mesmo tempo o feedback dos clientes.Em termos pessoais, as redes sociaispermitem darnos a conhecer ao mundopor divulgação do curriculum, servindotambém como uma ferramenta para procurar oportunidades de emprego; permitemnos encontrar velhos amigos ecolegas, potenciando a comunicação nogeral com qualquer indivíduo.Até no ensino as redes sociais são usadas, pois permitem ao aluno ter um papel mais activo na aprendizagem, maior
colaboração e partilha de ideias comcolegas e professores e uma maior motivação, por o seu trabalho ser visto pormilhares de pessoas. As redes sociaishoje são sociedades onde cada indivíduo é semelhante ao outro, e todos têmas mesmas ferramentas para comunicar,passar uma mensagem, promover algo,divulgar causas, etc. (Sophie Gomes)2 A maioria das pessoas reconhecerá
estas duas palavras, mesmo nunca tendo utilizado ou sequer visto nenhumadas plataformas. O Facebook e o Twitter andam na boca do mundo, mas, apesar de parecer que vieram para ficar, averdade pode ser outra. A internet émuito dinâmica e os utilizadores fartamse depressa. A história mostrounosque estas popularidades não passam demodas. Ao fim de alguns anos surgeuma alternativa que consegue cativar os
utilizadores e convencêlos a migrar,deixando estes sites uma mera sombrado que já foram. Os números regem osvencedores, e neste campo, o Facebook tem estatísticas astronómicas.Como se pode ver, existe muito potencial numa rede deste tipo, pois é utilizada por milhões de utilizadores,constantemente online. Um bom uso éo marketing. Cada vez mais é impor
tantes as empresas terem algum tipode presença nas redes sociais. Estarpróximo dos utilizadores, ouvir o feedback deles e dar uma imagem maishumana à própria empresa contribuimuito para o sucesso da mesma. Também permite fazer chegar novidadesem primeira mão aos clientes e de umaforma bastante natural e fácil. (JoãoSilva)
Prós &Contras
Recolhemos opiniões diversas sobre o uso de redes sociais no nossoquotidiano, o efeito que elas têm na sociedade e como nos afectam.
para reflectir
Contra:1 As redes sociais são inevitáveis nodesenvolvimentoem que vivemos; masquestiono se o seu uso será viável eadequado para todos. Vejamos: para nosinscrevermos nas redes sociais tdamosinformações de contacto; errado, porque no Facebook, Twitter, os visitantespodem ou não ser de confiança; o génioque teve esta ideia, pensou nisto? não,porque se pensasse arranjaria uma forma de ocultar informações dos desconhecidos. E será que podemos confiarem toda a gente que conhecemos na internet sem a conhecer na vida real? Pelomenos, antes de adicionar amigos noFacebook, devíamos conhecêlos cara acara. Imaginem a mente ingénua queque decide conhecer cara a cara um certo amigo do Facebook e acaba por chegar à chocante conclusão que conheceulá um mentiroso em quem não podeconfiar e acontece algo terrível comorapto ou violação. Cuidado com o perfilque estes malandros mostram no Facebook. Não aprovo o uso de redes sociais, porque costumo criar e desenvolverconhecimentos e amizades à moda antiga, cara a cara; e também devido aosriscos que as redes sociais possuem. Estas devem ser apenas utilizadas poraqueles que têm maturidade suficientepara reconhecer os riscos que correm aoenvolveremse nisso. Mas reconheçoque é mais uma fase inevitável do desenvolvimento social em que nos encontramos.2 Eu não tenho uma página de Facebook porque não tiro fotografias quandovou à praia. Ou sair à noite. Ou à casade banho. Eu não tenho Facebook porque não quero tratar de uma quinta virtual. Ou de uma verdadeira, já queperguntam. Eu não tenho Facebook porque não preciso de uma página de internet para saber que a humanidade éparva, dá erros ortográficos e é poucointeressante. Bastamme os resultadoseleitorais. Eu não tenho Facebook porque para ver mulheres despidas vou sairà noite para o Cais do Sodré e entro emestabelecimentos com pouca luz ambiente. Ou leio os anúncios centrais dosclassificados do Correio da Manhã. Eeu não tenho Facebook, principalmentee mais importante, porque a minha mãetem. Uma pessoa só arranja uma página
Mário Lopes
A internet abre as portas dainformação global: ler os jornais
do mundo tocando apenas umas teclas,aceder a um sem número de enciclopédias, etc.As redes sociais são ferramentas destemundo e de uma incontestável actualidade; revolucionaram a forma como aspessoas gerem a vida online. Masimporta frisar que redes sociais existemdesde o início da humanidade, seaceitarmos que o homem é um ser social.Já Aristóteles no séc. III AC o afirmava,e já os homens das cavernas que viviamem comunidades pequenas, por contada sobrevivência, se uniam em torno deum objectivo comum; a principaldiferença entre a antiguidade e hoje é ocolapso do tempo e espaço.As maiores redes sociais apresentamnúmeros impressionantes de milhões deusuários no MySpace, Facebook,Windows Live Spaces, Haboo,Frindster, Orkut, entre inúmeros outros.
No entanto, quando uma porta comoesta se abre, é natural que algumas coisas negativas por ela entrem. Alguns,do “contra”, afirmam que as redessociais estão ameaçando a vida do serhumano, tornandoo menos humano,mesmo proporcionando a ilusão de quevai comunicando melhor, mas narealidade está a isolálo das interacçõeshumanas reais.Entre os defensores ferozes afirmaseque as redes sociais como Twitter, Hi5 eFacebook têm gerado mais comunicação, especialmente entre as pessoas quepodem ter dificuldades em se encontrarno mundo real, por causa de grandedistâncias e diferenças sociais.
É visível que muitas pessoasembrenham neste mundo e chega aaltura que não o distinguem do mundoreal, é patente a diminuição de convívioreal, e algumas pessoas se tornamreféns da vida virtual.Agora responda, caro leitor, as redessociais são uma bênção ou umamaldição?
Fenómeno ou maldição?
numa rede social para fazer uma detrês coisas: arranjar sexo, arranjar sexo ou controlar os filhos, a ver se elesandam a arranjar sexo. Um aviso paratodos os utilizadores de “Facebook”:se não têm amigos na vida real, nãovale a pena fingir que têm na internet.As relações de amizade pelo Facebook estão a tornarse nas conversas de
elevador do mundo cibernético. Vazias,rápidas e normalmente desagradáveispara um dos lados. E os amigos de Facebook são os novos amigos imaginários. A verdade é que o “Facebook” nãoé mais que o “Hi5” depois de perder avirgindade: já não está tão desesperado,mas continua com más companhias.(António Santos)
10
In ESA
Make me want to believe theunrealBeatriz Pires
Make me want to believe the unrealMake me want to flyMake my head spin ‘roundMake my heart beat tonight.Make me worth the waitMake me believe in the skyMake me say I’m prettyMake me say I’m gladMake it betterMake it worseMake me dream in black and whiteWhen in dreams I don’t cryMake me want to thinkMake me want to feelMake me strongSo I stand tallMake the broken record stopMake the music play rightLet me want to singLet me survive
I lustração: Joana Rodrigues
Palavras, vós soisA essência de um povoMinha língua, que amo,Como aos poetas que louvoPeço-vos, oh seres superiores,
Não me tirem esta herançaPois Portugal sem portuguêsÉ um país sem esperançaSei que a língua que todos falamEstá em constante mutaçãoPalavras mudam outras criamseMas são nacionais no coraçãoNão me tirem o que me defineO que me dá gosto e prazerA raiz da minha menteA fonte do meu poderSou português, orgulhosoE com orgulho digo “acção”Não mudo a minha escritaE não vos entrego a razão.
Novo AcordoOrtográfico
InterligadoDiogo Amaral
Ontem fiz um amigoE outro amigo desamiguei,Fui até longe, viajei,E perdime, destemido.E repeti-lo hoje consigo,
Se quiser, me aventurarei!E sem medo, partireiÀ busca do desconhecido.E em tais notícias boas,Com que esqueço todas as guerras,Isto espero que se dignifique:Seis biliões de pessoas,Milhões e milhões de terras,À distância dum mero clique.
Fenómeno ou maldição?
Envia exemplos da tua criaçãopara eessaaccttoo@@eessaa..pptt: poesia,ilustração, narrativa, música,foto, pintura.Inspira-te, investe no original!O ESACTO publica.
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Na primeira pessoa
Margarida F. Garcia(advogada), sobre o crimede violação da privacida-de
É frequente a ocorrência de crimesde invasão de privacidade?Como introdução ao tema que escolheram para o programa Façase Justiça, éimportante salientar que o Direito à Privacidade é um direito fundamental doCidadão e, como tal, constitucionalmente consagrado no artigo 26.º daConstituição da República Portuguesa.Infelizmente, e cada vez mais, ocorremsituações que podem configurar crimesde invasão de privacidade. O desenvolvimento dos meios de comunicação esobretudo o acesso à internet potenciameste tipo de crimes. Com efeito, um usomenos correcto das redes sociais, blogsetc., potencia a verificação destes tiposde crime.Todavia, tal não significa necessaria
Na edição especial para a Semana Faça-se Justiça, o ESACTO convidou para uma entrevista a advogadarepresentante do escritório Abreu Advogados, de Lisboa, que presta apoio ao projecto. O tema dasperguntas aqui propostas é o crime de violação de privacidade e manipulação de dados pessoais, maisconcretamente o que ocorre no processo de julgamento e como ocorre o mesmo, não deixando para trása pena que costuma ser aplicada ao culpado destes processos e à gravidade que este crime tem naordem social.
mente que ocorram, por um lado, maisqueixas em Tribunal (as vítimas podem preferir não recorrer à via judicial) e, por outro, mais condenações porestes crimes, tendo em conta que se ocrime for praticado com recurso ameios informáticos a prova a realizar écomplicada e extremamente técnica.Para termos uma ideia, no Código Penal estão previstos diversos tipos decrime, como por exemplo, abuso dedireito à imagem, ofensa ao bom nome, violação de correspondência, notratamento de dados pessoais em condições ilegais, etc.Poderá clarificar os efeitos que estescrimes de invasão de privacidadetêm sobre as vítimas?Os crimes de invasão de privacidadetêm um cariz comum de devassa da vida privada. Ora, naturalmente que dependendo da gravidade da violaçãoque esteja em causa, tipicamente estadevassa tem um efeito psicológico nefasto sobre a pessoa que é objecto docrime. Tornar um facto que pertence àesfera da vida privada da pessoa para a
esfera pública da vida de alguém afectasobremaneira o quotidiano. Aliás, sepensarmos que a revelação de determinado facto pode atingir a escala mundial, podemos ter ideia do impacto que talviolação terá moralmente na vítima.Já alguma vez representou a vítimaou o arguido em crimes desta nature-za?Directamente nunca representei uma vítima nem um arguido. Todavia, no escritório existem diversos casos destanatureza.Para continuarmos a entrevista e paraque esta tenha utilidade e interesse, voureportarme a um caso em que representávamos a vítima e em que o arguido era acusado de ter praticado o crimede violação de correspondência (previsto nos artigos 192.º, 193.º e 194.º doCódigo Penal).Este processo – à semelhança de muitosprocessos crimes desta natureza – terminou por acordo. O arguido apresentou um pedido de desculpa formal aoqueixoso (vítima que, no âmbito doprocesso, apresentou a queixacrime
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Margarida F. Garcia(advogada), sobre o crimede violação da privacida-de
em causa), tendo pago uma indemnização por danos morais.Quando participa nestes processoscomo costuma ser o teor da senten-ça? A favor da vítima ou do arguido?Por que razão?Desde logo, a sentença é proferida nolivre arbítrio do Juiz, o que significaque, mediante a prova produzida, oJuiz tem total liberdade para ponderar edecidir. Podemos apontar uma tendência para que as decisões sejam favoráveis à vítima.Normalmente como é que o arguidocostuma agir quando é acusado deum crime de infracção de dados pes-soais (como se defende?)?O arguido tem duas formas de se defender: ou confessa o crime (o que funciona como atenuante da pena quevenha a ser aplicada) ou poderá contestar a acusação, apresentando e requerendo as provas que julgue necessáriaspara demonstrar inocência.E a vítima, qual é a sua atitude nojulgamento de um caso semelhante?Pela delicadeza do assunto, neste tipo
de crimes contra a privacidade da vítima é habitual que se requeira que a audiência decorra à porta fechada.Durante todo o processo e sobretudodurante a realização da audiência dejulgamento, em que, por regra, todos osintervenientes estão presentes, a vítimasofre sempre em termos morais. Nãonos podemos esquecer que estão a serdiscutidos aspectos íntimos e pessoais.Qual costuma ser a pena aplicada aoarguido caso ele perca o caso?A pena aplicada depende do tipo de crime que especificamente esteja em causa.No que respeita ao crime Devassa daVida Privada (artigos 192º e 193.º doCódigo Penal), está em causa uma moldura penal de pena de prisão até 1 anoou pena de multa até 240 dias, e se praticar o crime com recurso a meios informáticos, pena de prisão até 2 anosou com pena de multa até 240 dias.A fixação da pena em concreto dentrodas balizas da moldura penal varia consoante as particularidades do caso concreto. Como já dissemos, a confissão
do arguido pode conduzir à aplicaçãode uma pena mais leve.Será também importante referir que aLei de Protecção de Dados (Lei 67/98de 26 de Outubro) prevê a aplicação deinfracções e crimes, assumindo nestecaso relevância a entidade reguladoraComissão Nacional de Protecção deDados (www.cnpd.pt).Qual é o grau de gravidade deste tipode crimes, na sua opinião?Os crimes contra a reserva da vida privada revelam uma gravidade preocupante e cada vez maior. Uma sociedadecada vez mais informatizada propicia aocorrência de excessos de intromissãona vida de terceiros e que podem serqualificados como crime. Actualmente,facilmente uma violação da esfera privada é difundida a uma escala mundial– vejase a facilidade com que se divulgam conteúdos em sites como o YouTube ou nas diversas redes sociais (Facebook, etc.).Eu e outros colegas estamos envolvi-dos no projecto nacional “Faça-seJustiça” que pretende sensibilizar os
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jovens para a necessidade de umautilização responsável da Internet,nomeadamente no que respeita à pu-blicitação dos dados pessoais, e deoutros casos como violência no na-moro, bullying, etc. Gostaríamos desaber o que a senhora advogada achadeste projecto e, se puder, dar-nosum conselho.O programa Façase Justiça é umaoportunidade para alertar a consciênciacívica das pessoas em geral e sobretudodos alunos participantes, para aspectosda conduta que devemos ter na vida emsociedade. Permite ainda que se tenhacontacto como o que a Lei prevê, bemcomo que se converse sobre questõesmorais importantes. Através do programa são, assim, debatidas situações ”típicas” em que não nos podemosesquecer dos direitos das outras pessoas. Isto permite um acesso à informação que, à partida, estaria vedado nestafase da vossa vida, consistindo numpasso importante para o desenvolvimento e formação de todos os participantes, saindo todos a ganhar com oFaçase Justiça.Uma última nota apenas para vos daros parabéns pela iniciativa de participarem no programa, por realizarem estaentrevista e terem um jornal vosso. Espero que a entrevista tenha sido útil eaproveito para desejar o maior sucessopara a vida profissional de todos e,quem sabe se um dia, não serão também Advogados!
O Programa "Façase Justiça" nasceude um desafio lançado pela FórumEstudante e dinamizado na ESA por umgrupo de alunos do 12º D, no âmbito daÁrea de Projecto.Visando promover a educação cívicapara a Justiça e para o Direito e aconsciência cívica, a semana “FaçaseJustiça”, decorreu entre 21 e 25 deMarço. Entre as diversas actividades,destacamos as sessões sobre Amnistia
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Internacional, a simulação de umaassembleia das Nações Unidas e asimulação de um “julgamento” decrime violação da privacidade emRedes Sociais. A próxima edição doESActo continuará adar destaque aesta problemática do crimerelacionado com as redes sociaisdigitais.
Programa da Semana"Faça-se Justiça"
José Fernando Carvalho
(professor de Filosofia)
As inúmeras teorias políticas que atéhoje foram criadas têm como pano
de fundo o valor ético da justiça. Inúmerosfilósofos, ideólogos, pensadores religiosose investigadores ligados às ciências sociais, definiram as condições que tornariampossível construir uma sociedade harmoniosa, que respeitasse simultaneamente o valor absoluto de cada indivíduo e osdiferentes graus de mérito dos seus membros. Agradame particularmente a teoriado filósofo norteamericano John Rawls,desenvolvida no seu livro "Uma Teoria daJustiça". Porque valoriza de igual modo aliberdade e a igualdade. Concilia a defesados direitos e liberdades individuais (noque segue as ideias de pensadores liberaismais antigos, como John Locke, Montesquieu, Adam Smith, entre outros), e a promoção de medidas (delineadas econcretizadas, em primeiro lugar, pelasinstituições do Estado) que diminuam adesigualdade no acesso às diversas posições e cargos sociais, e redistribuam, deuma forma justa, as riquezas e bens gerados pela vida em comum, tendo em contaas necessidades diferenciadas dos váriosgrupos sociais. Na obra Uma Teoria dajustiça, John Rawls apela a que construamos uma sociedade na qual cada indivíduopossa criar e seguir um estilo de vida próprio (reconhecendo igual direito aos outros) e, simultaneamente, beneficiar decondições materiais e educacionais que lhepermitam lutar, em igualdade de circunstâncias, pelas melhores posições sociais.Rawls recupera também o conceito de desobediência civil (que John Locke já haviaproposto, na sua obra Tratado sobre o governo civil, escrita no século dezassete), oqual consiste no direito que os cidadãostêm de desobedecer às leis do governo(que supostamente os deveria representar),quando essas leis violem claramente as liberdades e direitos sociais dos governados. Contudo, quem desobedeça à lei deveaceitar as punições associadas (caso con
trário, seria abalado o fundamento dalei jurídica e da vida social – o poder delegislar concedido aos governantes pelopovo). O direito à indignação e à contestação deve exercerse com persistência, de forma pacífica, e apresentandoideias, programas de acção (contestar,sem propor soluções equilibradas, éuma mera descarga da energia de revolta).Exemplo, quando um governo (está aacontecer nos países europeus), cria sucessivamente leis que põem em causa odireito ao trabalho, tornandoo um bemprecário, ou quando aflige de impostosa classe média e os mais desfavorecidos, mas não revela a mesma determinação no combate à fuga de impostos ede capitais efectuada pelos donos do dinheiro e especuladores financeiros, nãomerecerá tal actuação um repúdio veemente por parte da população?! – Claroque sim! E temo, embora não o deseje,que a contestação social suba de tom amuito curto prazo e possa adquirir contornos de violência, face ao agravamento flagrante das condições de vida daspopulações. A miséria e a descrença nofuturo são dinamite. Contudo, quero dizervos, vós que sois alunos e jovens,que não basta protestar e dirigir a energia de revolta contra os grupos de poder; também é necessário que formeisgrupos de reflexão e de acção, que pen
seis em formas construtivas de intervir nas vossas comunidades, em vezde ficardes à espera da mão bondosado Estado. Os próximos anos sombrios trarão uma mudança de costumes, muito menos conforto, e umdespertar gradual para a importânciade apostardes todas as fichas naaquisição de conhecimentos, competências técnicas e intelectuais, hábitos de trabalho e desenvolvimentoda criatividade (vencer esta criseexige o uso da imaginação social,para além, no plano ético, do exercício da responsabilidade solidária).Vivemos num mundo global muitocomplexo, excessivamente povoadoe com recursos limitados; no entanto, todos querem gozar o mais variado leque de prazeres, o que exigedinheiro. Uma das respostas maiseficazes à crise actual talvez seja cada um de nós cultivar prazeres simples, saudáveis e baratos, tais comopraticar desporto, contactar com anatureza, ler, escrever, aprender atocar um instrumento, praticar yoga,etc., ou ainda, cada um estar atentoao dom que possui e esforçarse pordesenvolvêlo. Deves lutar contra ainjustiça que vem de fora. E devesmudar a tua forma de viver, também.
para reflectir
A propósito da teoriada justiça de John Rawls
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Rede social:Um refúgio para a vida
Beatriz Canteiro
Muitas razões podem levar umacriança ou um adolescente a re
fugiarse no mundo das redes sociais.Medos, frustrações, até a rejeição deum namorado ou namorada, podem levar a uma busca social, em que as pessoas necessitam de criar um mundo queconsigam controlar, como se uma pessoa conseguisse ser facilmente esquecida apagando o seu registo do grupo deamigos criados nessa rede.Esse refúgio pode levar um adolescentea deixarse levar por conversas que temnalguma rede social, basta encontrar alguém que, por exemplo, se faça passarpor pessoa da mesma idade, dar oapoio que ela necessita e é muito fácil
cair na armadilha, combinando encontros com desconhecidos que, quando sedescobre, afinal são adultos. Adultoscapazes de lhe fazer mal de alguma forma.Já todos ouvimos relatos sobre este assunto, na televisão ou em jornais, e ficamos sempre chocados, pensamoscomo será possível uma pessoa cair numa armadilha destas? Não teria desconfiado logo? O problema é que nemsempre é fácil. Basta vestirmos a pelede uma criança de 12 anos, um préadolescente, que pensa por exemplo queum namoro mal sucedido é o fim domundo. E pensarmos o que faríamos seum desconhecido nos viesse consolar,
acreditando sempre que se trata de umapessoa da nossa idade.Este problema parte de um princípio:deverá haver um ambiente familiar favorável, um pai ou uma mãe ausentes(ou até mesmo ambos) podem causaruma carência de afecto nos adolescentes, pois a adolescência é talvez das fases mais complicadas da vida. É precisohaver um interesse pela parte dos pais,um controlo saudável. Ter conhecimento daquilo que os filhos fazem é meiocaminho andado para eles se sentiremmelhor consigo próprios.
para reflectir
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PSJ
Uma bala, uma granada, dinamite, napalme outras coisas do género podem ter revolucionado o mundo, é que aleijam muito, ematam. Mas como é que se mede a forçade uma revolução? Pelas mortes que provoca? Pelo medo? Ou pelas mentes quemolda? Uma ideologia que se transmita,não por força das armas, mas antes, pelamanipulação, mostrase mais forte quequalquer bala, granada, bomba, e por aí afora. A civilização evoluiu de modo a saber distinguir uma das formas de revolucionar o mundo e, talvez, a condenála – noseu uso manipulativo – mas ignorou a outra, e é a maior vítima da influência, dasideias que o círculo mediático que nosmolha como a água da chuva inglesa, doqual não conseguimos (facilmente) espacar, e secar.E, por isso, habituámonos aolhar para as coisas através de uma únicabancada aonde o teatro está a ser feito, eum longo pano vermelho cobre parte dopalco.A partir de Outubro de 2006, a Wikileakscomeçou a furar – ínfimos buracos – nestelongo, espesso, e temeroso pano vermelho, e consegue fazer esses furos estaremacessíveis para todo o mundo, talvez amaior arma criada pelo Homem não tenhasido a bomba nuclear, mas sim a Internet,tudo, à distância de um clique, e a consciência, à distância do compreendimento, eda objectividade.Organizado por dissidentes, jornalistas, epor outros nos Estados Unidos, na Europa
e um pouco no resto do mundo, atrás docarismático publicador, jornalista e informático australiano, Julian Assange, oWikileaks tem como objectivo primárioo de não só expôr a opressão e a violação de Liberdades como nos paísesasiáticos e no exbloco soviético, mascomo também de criar nos países considerados “democraticamente legítimos”Governos Abertos – aonde a informação do Estado carece de qualquer restrição para qualquer cidadão que se queiraacedêla, de qualquer tipo de informação! este conceito de governo, criadopelo Iluminismo Europeu é tido comouma pedra basilar para a formação desociedades democráticas, as mais justaspossíveis.Haverá alguma coisa que os governosnos tentam esconder? Atrás da imagemde honestidade e firmeza, haverá alguma coisa, suja, cuja nódoa, mesmo cuidadosamente lavada e escondida possapôr em causa a confiança que temos pela legitimidade do Estado? É o que oWikileaks tem feito, puxado a roupa suja para fora e mostrar estas nódoas aomundo.Entre o que as maiores nações tentamesconder, parte disso, tem sido publicado, no site da Wikileaks (e em difundido para dezenas de sitescópia)encontramse informações militaresconfidenciais norteamericanas relativas à guerras do Médio Oriente ,tais co
mo o Bombardeamento de Bagdadeem 12 de Julho de 2007 – aondesurgiu a questão a matança indiscriminada pelos EUA aos inocentes(entre os quais, dois jornalistas); e,recentemente, em Novembro de2010, libertou uma enorme colectânea de comunicação diplomáticanorteamericana, o que levou aquestionar a segurança nos sistemasde armazenamento de informaçãoconfidencial nesse país.Uma questão levantase àcerca davulnerabilidade dos países que oWikileaks expõs, mas a segurançade um país consistirá unicamenteem esconder factos dos seus cidadãos? Será a nossa ignorância o melhor meio para a nossa segurança? AWikileaks pensa que não, e assimvai continuar, a descobrir qualquerpodre que possa tornar público, e...publicálo.É uma mudança dos tempos, aondeos Estados estão ser despidos do seusecretismo, e aonde os outros têmganho, à distância de um clique, averdade por atrás do pano. Talvezseja o que o símbolo desta organização queira expressar, o mundo, apósa filtragem pela ampulheta, não seráo mesmo. Talvez mais claro?
para reflectir
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Arrancá-lo, senão, pelomenos furá-lo.
Independentemente de tudo o quepossam ter lido, ouvido ou mesmo
antecipado sobre "A Rede Social", este não é um filme sobre o Facebook.A Rede Social narra a vida caótica deum nerd informático de Harvard queconstrói um site de relacionamentosque mudou decididamente a formacomo comunicamos. A palavra Facebook faz hoje parte do léxico diáriode pelo menos 500 milhões de utilizadores do site de Mark Zuckerberg, como extensão das suas vidaspessoais.Além disso, também duranteo seu desenrolar, duas disputas legaisbilionárias que Mark Zuckerbeg sofreu, primeiro acusado de plágio pelos
“A Rede Social”gémeos Winklevoss e posteriormentepelo amigo brasileiro Eduardo Saverinque queria o reconhecimento como cofundador do site.Jesse Eisenberg mostrase a escolhaperfeita para viver Zuckerberg, com asua aparência nerd e de pouca habilidade em se relacionar com outras pessoas. Justin Timberlake vive o criador doNapster, Sean Parker com bastanteenergia, e apesar de ser apresentado noargumento como um oportunista, somos levados a gostar do jovem devidoao óptimo trabalho do actor/cantor;aliás, ele surge como uma espécie deherói para o protagonista, mas quemmerece o principal destaque no filme é
o grandalhão Armie Hammer que interpreta os gémeos Winklevoss e AndrewGarfield que tem um arco dramáticomenor, no entanto, muito bem aproveitado pelo actor. Fincher volta à velhaforma depois do problemático Benjamin Button dirigindo o filme de maneira comedida, mas sem abrir mão dabeleza estética sempre presente nosseus trabalhos.Ao fim e ao cabo, A Rede Social é semdúvida o filme mais consistente e relevante do ano, e sem trocadilhos, representa o perfil da nossa geração.Contudo, é um grande filme sobre coisas muito mais universais do que o Facebook.
FICHA TÉCNICATítulo Original: The SocialNetworkDirector: David FincherElenco: Jesse Eisenberg,Andrew Garfield, RashidaJones, Brenda Song, JustinTimberlake, John Getz, DakotaJohnson, Mark Saul, BrianPalermoArgumento: Aaron Sorkin(baseado no livro de BemMezrich)Género: Drama
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para ver
Neste espaço do ESACTO damos a conhecer à Comunidade Escolar os projectos dos alunos do 12º ano,na disciplina de Área de Projecto. Tem, como móbil, dar maior projecção aos objectivos que os nossoscolegas se propõem alcançar. Nesta edição focamos os projectos das turmas 12ºB e C.
Geologia do mel
Joana RussoMarisa JorgeNicolae SirbuTania BritoEste projecto vai relacionar a disciplinade Geologia e de Biologia com aapicultura: irão ser recolhidas amostrasde mel que serão analisadas paraperceber se a flora influencia o mel e sepor sua vez esta é influenciada pelageologia do local. Para analisar asamostras de mel irão ser feitaspreparações definitivas para que faciliteo visionamento futuro das amostras,pois pretendese levar este projecto aoCongresso Nacional Cientistas em Acção.As células estaminais
Inês DiasJéssica SoaresJéssica PimentaMárcia PaisTratase de um projecto sobre ascélulas estaminais, que, dada a suacomplexidade a nível científico, iráconter uma grande parte de pesquisa einvestigação. Pretendese contribuirpara um conhecimento mais profundo eum progresso na divulgação da suapotencial aplicação e, também, dasquestões éticas e morais associadas. Oresultado do trabalho, caso possuaqualidade suficiente, poderá serintegrado no concurso Viagem aoFuturo com as Células Estaminais".
por dentro
ESA ecológica
Ana CabritaAna SilvestreBernardo Barroso
Joana GuerreiroO projecto tem como objectivossensibilizar todos aqueles quecontribuem, intervêm na nossa escola,para causas tão importantes como aseparação de resíduos e a eficáciaenergética. Para tal vão ser propostaspequenas acções (como o uso dos doislados das folhas nas impressõesfotocópias, optar pela luz natural aoinvés da artificial nas salas, etc.) eestratégias para minimizar os custos eos impactos ambientais daescola.Pretendese contribuir para quea ESAlbufeira se torne numa escolamais ecológica e eficiente (a partir dosrecursos já existentes); e que as acçõesprevistas sirvam de exemplo para opresente e para o futuro. Esperasesobretudo educar e tornar o diaadiade cada um mais consciente.Problemática da produção econsumo do óleo alimentar
Nadine MessiasRita PrimorRoxane Von HauwaertTetyana VoznyukEste projecto basearseá no estudo daprodução, consumo e destino final doóleo alimentar. É imprescindível ter anoção da origem e dos processos pelosquais passam as matériasprimas até setornarem produto de consumo. Devido
ESA envolvida
ao consumo exorbitante deste alimento,a quantidade dos resíduos aumentou,tendo isto causado um problema a nívelmundial acerca do destino final maisviável e menos prejudicial para oambiente do óleo usado, mantendo,assim, a sustentabilidade do planeta.Comer bem, sentir bem
Alexandra MartinsAlison PrataEste projecto tem como tema a
alimentação saudável, sendo o seuobjectivo consciencializar os alunos eoutros elementos da comunidade escolarda ESAlbufeira relativamente aoshábitos alimentares equilibrados. Serãodesenvolvidas várias actividades dentroda escola ao longo do 2º Período quevisam a promoção de uma alimentaçãomais cuidada no ambiente escolar. Asalunas estão a articular com um outrogrupo de trabalho do 12º A que tambémse encontra a trabalhar o mesmo tema.
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O ESACTO apoia a divulgação deprojectos e actividadesdesenvolvidas por alunos.Originais ... ainda melhor!Participa, envia as tuassugestões para eessaaccttoo@@eessaa..pptt
Museu Geológico da ESAJessica AmaroPaulo ConceiçãoTânia Carmo
Tatiana MartinsO projecto pretende dar um contributopara o início da construção do MuseuGeológico da ESAlbufeira, consistindoem criar um espaço próprio dedicado àGeologia do país. Este projecto baseiase na recolha de amostras de rochasexistentes em diferentes zonascaracterísticas de Portugal para depoisas organizar por tempo geológico, emcolunas litostratigráficas sintéticas,com o objectivo de dar a conhecer aosalunos a geologia de Portugal, no geral,e do Algarve, em particular. Maispormenorizadamente, os alunostambém vão estudar a geologia doAlgarve e construir um kit com asrochas predominantes desta zona.A realização deste projecto visa oenriquecimento de materiaisdisponíveis na escola na área da
geologia, de modo a despertar interessesobre este tema nos alunos desta e deoutras escolas do país. Pretendese queeste projecto esteja inserido ou façaparte de outros projectos a nível deescola como o da Rocha Amiga, doPrémio Fundação Ilídio Pinho e doPrograma A Empresa da JuniorAchievment.Olhos de Água descobrir parados seus bens usufruirLaryssa BarbaraRicardo CorreiaVanessa GonçalvesO projecto em questão surgiu porquedevido ao pouco conhecimento que asociedade tem relativamente à Biologiae Geologia de locais como os Olhos deÁgua, do desaproveitamento dabiodiversidade e geodiversidadeexistente. Após a recolha de informaçãosobre o local, pretendese a construçãode painéis, cartazes, panfletos e outrosmeios de divulgação, que poderão serutilizados por turistas, alunos e outrosinteressados, de modo a conhecermelhor a riqueza natural dos Olhos deÁgua. Este trabalho está inserido noprojecto em colaboração com a CâmaraMinicipal de Albufeira – 1º Roteiro deEspaço Educativos de Albufeira.
Os 25 anos da ESAlbufeiraretratado no passado, presente efuturoAnacristina HahnDavid Cabrita
Izadeine PereiraO projecto baseiase na comemoraçãodos vinte e cinco anos da EscolaSecundária de Albufeira. Vaiseconsolidar o passado, o presente e ofuturo da escola num trabalho depesquisa (entrevistas e recortes deimprensa) de forma a conseguirconstruir a identidade física e históricado estabelecimento. Sem comprometero passado, vaise utilizar as nossasperspectivas do presente para que decerta forma se possa conseguir traçaruma escola do futuro numa perspectivade autosustentabilidade a nívelenergético e de alguns recursos como aágua. No final toda a informação seráreunida em suporte digital de modo apoder ser uma referência do passado,
os projectos do 12º B+ ESA envolvida
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Em destaque na próxima edição do ESActo:
Um olhar sobre a educação no ensino superior por João Rafael
A experiência dos alunos no Parlamento dos Jovens
Considerações acerca da palestra sobre Padre António Vieira
Não percas!
In ESAlbufeira
In ESAlbufeira
Esa Envolvida
ESA Virtual
ESA Virtual é um projecto dinamizadopelos alunos: André Tinoco, AndreiaSaraiva, David Lopes, Filipa Correia eMafalda Paixão da turma C do 12º anoe que tem como principal objectivo adivulgação do espaço escolar em meioinformático através de um clique,directamente relacionado com oaniversário dos 25 anos da escolasecundária de albufeira, ESA Virtualpretende ser uma das memórias criadasem que se pode percorrer este espaçono ano lectivo 2010/2011,imortalizandoo ao longo do tempo.
ESA renovável em pontopequeno
O nosso projecto "ESA Renovável emponto pequeno", consiste na realizaçãoduma maqueta da ESA, a qual vaiconter as energias renováveis quedeveriamexistirnumaescola,para esta ser mais ecológica, tentandoimaginar como seria a nossa escaladaqui a 25 anos.A maqueta vai ter uma escalaaproximada a 1:150 de todos os locais eobjectos pertencentes à mesma, ondeiremos incluir as energias renováveis,tais como a energia eólica, energia solare a biomassa.
Projecto Dynamis
O nosso projecto consiste emconstruir uma réplica de um carroantigo que irá representar os 25anos da Escola Secundária deAlbufeira. Este carro irá adoptar umdesign de um carro antigo mastemos como objectivo juntar todo oseu aspecto “clássico” com a maisrecente tecnologia. O nosso carroirá ser telecomandado à distância,irá transmitir imagens em temporeal para o computador (através deuma micro câmara), entre outrasinovações.
os projectos do 12º C
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In ESAlbufeira
Catarina Rodrigues, Formadora do CNO
De todas as leituras que tenho feito, decidi partilhar convoscouma que é para mim uma referência a que voltorecorrentemente. Tratase da obra Ética para um Jovem (Éticapara Amador, no original) do filósofo espanhol FernandoSavater. Savater escreveu este livro para o seu filho, Amador,que tinha na época quinze anos.Ética para um Jovem não é um manual de ética, não pensemque vão encontrar nele soluções para as grandes questõeséticas universais ou para dilemas morais. Pelo contrário, estaobra é antipedagógica, aliás, como todo o exercício filosóficodeve ser: “O seu objectivo não é fabricar cidadãos bempensantes (nem muito menos que não pensem), mas estimularo desenvolvimento de livrespensadores”. É este o convite doautor: Ousemos pensar! Porque a maioridade da razão só sealcança quando cada um de nós faz um uso livre e próprio dasua razão. Este apelo é actual e urgente: não deixemos queoutros pensem e decidam por nós…Neste livro o autor partilha connosco um percurso reflexivoque nos introduz a questões que todos colocamos, obrigandonos a desconstruir por nós mesmos as pequenas hipocrisiasque nos vão servindo de desculpa para não sermos melhorespessoas.A grande questão ética: “O que devo fazer?” é aqui esmiuçadanuma abordagem acessível e linguagem simples. Aborda,entre outras, questões como a da liberdade, daresponsabilidade, do dever, da mentira, do valor daHumanidade e do amor.Mostranos que no meio de todas as normas e leis, deveres eobrigações, há um espaço de liberdade individual. Mais, essaliberdade não é opcional: somos livres e não podemos deixarde o ser, mesmo que o queiramos. Porque “quem éresponsável é consciente do real da sua liberdade”.Novamente surge a questão “o que devo fazer?” – E o quedevo fazer para quê? – Para ter uma vida humanamente boa.A resposta encontrálaá cada um por si. Mas talvez a encontremais facilmente se aceitar embarcar na viagem desta leitura.Este livro, tal como o tema que aborda, não tem idade, nemcaduca com o passar do tempo. É próprio para jovens queprocuram um caminho e para adultos que se esforçam por nãoperder o rumo. Porque ajuda à reflexão, para que na lufalufado diaadia não percamos a perspectiva do que realmente éimportante: o que devo fazer para ter uma vida humanamenteboa.O desafio ético é o desafio da liberdade: Ousemos pensar,ousemos ser livres... Boa leitura!
Ética paraum Jovem
Masterclassesem Física dePartículas
A 7.ª edição das Masterclasses em Física de Partículas,que decorreu no dia 16 de Março, nas instalações da
UAlg, tem o objectivo de dar a conhecer aos alunos do ensino secundário a área de física de partículas e os institutos eas universidades onde é disponibilizada.É uma iniciativa organizada pelo Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, LIP, em colaboração com instituições do ensino superior e apoio da AgênciaCiência Viva.Com o lema «Ser cientista por um dia... Com as mãos naspartículas!», este evento internacional decorre no âmbito doInternational Particle Physics Outreach Group. As actividades abrangem um total de 115 locais, em 20 países europeuse nos Estados Unidos, na África do Sul, no Brasil e em Israel, contando com a participação de aproximadamente 6000estudantes do ensino secundário.O intenso programa permitiu dar a conhecer aos jovens o ciclo típico da actividade de um cientista: aprendizagem, experimentação, discussão e apresentação de resultados,incluindo a autoavaliação.Houve palestras de actualização sobre a física de partículase o Universo, uma sessão de trabalho com cientistas da Universidade do Algarve e do LIP, videoconferências sessões deperguntas e respostas moderadas por um cientista localizadono European Organization for Nuclear Research.Na edição deste ano, a ESA esteve representada por um grupo de alunos dos 11º e 12º anos, que tudo fizeram para dignificar o nome da instituição, bem como o trabalhodesenvolvido pelos professores.
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para ler
PSJ
A7 de Novembro de 1913 nasceu,de origem algo humilde, Albert
Camus, um elemento marcante na Filosofia no século XX, desenvolvendo asua linha de pensamento na sua vastagaleria de obras, que se extendem desdeas peças dramáticas, ensaios, e romances, que valeu a Camus, em 1957, oNobel de Literatura, pelo seu contributo, pelo seu agudo olhar ao mundo. Em1942, foi publicado O Estrangeiro.Énos possível, actualmente, vivermosuns com os outros, sem grande receiode assassinatos, canibalismo, sermosenterrados vivos por pura diversãoalheia, e outras quimeras que se possamimaginar (ora, inventem). Assim conseguimos fazer porque fomos ensinados aagir correctamente, a distinguir bem domal – pelo menos os bens e os malespúblicos – é curioso, este caminho,aquela chapadinha por roubarmos docinhos à socapa, por metermos a mão nascalcinhas, e as ovações de regogizo,quando fazemos alguma coisa certinha.E assim crescemos, a maioria de nós,sem magoar (muito) ninguém, e estamos preparados para preparar os futurosseres humanozinhos, para o benefícioda espécie e, claro, para a eternidade dacivilização. Será esse processo perfeito?Meursault, um francês argelino, envolvese com uma colega de trabalho (sejemos claros, sexo), bebe vinho àgrande (e à francesa) com o seu vizi
nho, vai à praia, aprecia a coisas boas da vida, divertese a um olharalheio ao ambiente. Estará algo deerrado nessa conjectura hedonística?Ah! pois! escassos dias antes, Meursault teve que ir a um funeral, daprópria mãe! Perguntase, como poderá este homem, órfão, desfrutar dosexo, do álcool, das areias da Argéliaquando a figura que lhe deu à luzacaba de se transformar em algoinerte, sujeito, com o seu caixão, aoselementos? Meursault é, por isso, umestrangeiro, um estrangeiro na suaprópria sociedade que o incompreende, e que, com essa incompreensão ocensura, talvez numa tentativa de opuxar à razão,razão colectiva, claro.No entanto, alguma censura servirá aum homem que não se expressa nofuneral da própria mãe. Meursaul, talcomo Camus disse, arriscase a sermorto pela sociedade que não o compreende.Uma obra que aborda entre outros temas, o Absurdismo, um exploraçãodo ilógico, que choca, a olhar educado, publicamente.Camus morreu em1960, de acidente de viação. Ironicamente, se tivesse dado uso ao bilhetede comboio que foi encontrado noseu bolso, talvez ainda nos sobrevivesse. O relógio de bolso dele parouà hora do acidente, 13:55.
[geraçãomusical]
Diogo Mendes
Amúsica de intervenção está de volta.Não, não voltámos aos anos 70, nem o Zeca Afonso se levantou da sua campa.Para compreender o fenómeno da músicade intervenção dos novos anos 10, não temos de recuar até aos tempos do regimeditatorial.Pegando um pouco no tema do mês passado, em que abordei o movimento underground em Portugal, parece que umadessas bandas que eram relativamente conhecidas, começaram movimentos revolucionários.Os Deolinda, com um tema chamado “Parva Que Sou”, começaram o movimento daGeração ‘À Rasca’. A sua letra aborda temas como o desemprego a nível dos jovens que vivem às custas da família, eabriu os olhos da juventude.Mais recentemente, outro grupo que atéentão era pouco conhecido, ganhou o Festival da Canção. Os Homens da Luta juntaramse ao movimento da Geração, eandam pelo país nas manifestações, quetem tido grande aderência.Isto tudo, para vos mostrar que a músicatem o poder de mover montanhas. Doisgrupos, duas canções, e foi tudo o que bastou para fazer mexer o país e mobilizar aforça mais poderosa nele: nós. Nós, os jovens. O futuro.Quem sabe se um dia, se isto mudar, nãoseremos nós a fazer música capaz de pôrem movimento uma revolução…
As mui trágicas mortes da AbsurdezO Estrangeiro, de Camus
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Redacção: Olga Dryuchenko, Adriana Calado, Diogo Mendes, RubenGomes, Diogo Martins, Pusheng Ji, Beatriz Canteiro, AdrianoPerreira, André Coutinho, Mónica Oliveira.
Colaboradores neste nº: José Fernando Carvalho, Emíl ia Oliveira.Design Gráfico: Curso Profissional Técnico de Design GráficoPaginação: Xadreque JoaquimEdição de de Fotografia: Diogo Mendes, Diogo Martins, Mónica OliveiraImpressão e Montagem: ESA/ David MarquesSupervisão: Maria de Jesus PintoReprodução: Lurdes Santos (assistente operacional)
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