esboço Relações Sindicais e Negociações Trabalhistas

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    Relaes Sindicais e Negociaes Trabalhistas

    NDICE

    INTRODUO.........................................................................................................................4

    1. FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO. NOES BSICAS SOBRE A EVOLUO DO

    DIRETO DO TRABALHO, SOBRE SUA EVOLUO E DIREITO CONSTITUCIONAL DO

    TRABALHO.......................................................................................5

    1.1. Identificao da organizao................................................................................................5

    1.2 Evoluo do trabalho e das relaes de trabalhos................................................................5

    1.3 Direito do Trabalho...............................................................................................................6

    2. PRINCPIOS, RENUNCIA, TRANSAO DO DIREITO DO TRABALHO. RELAES DE

    TRABALHO EMPREGADO X EMPREGADOR. TRABALHO RURAL E

    TERCEIRIZAO....................................................................................................................7

    3. CONTRATOS DE TRABALHO. FORMAS, EFEITOS E DURAO DO CONTRATO DE

    EMPREGO. REPOUSO, FRIAS, REMUNERAO E SALRIO................................9

    4. ESTABILIDADES E GARANTIAS DO EMPREGO

    FGTS E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO. DIREITO COLETIVO E LIBERDADE

    SINDICAL.......................................12

    5. NEGOCIAO COLETIVA E GREVE. NOES FUNDAMENTAIS DE DIREITO PROCESSUAL

    DO TRABALHO. DISSDIO INDIVIDUAL E COLETIVO.......................17

    6. CONSIDERAES FINAIS................................................................................................21

    REFERNCIAS........................................................................................................................22

    INTRODUO

    O objetivo geral deste trabalho ser analisar o papel dos sindicatos no Brasil e os fatoresprincipais que contriburam para que o sindicalismo chegasse a situao dos dia atuais.

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    A existncia de sindicatos de fundamental importncia no mercado de trabalho porque

    representam os trabalhadores coletivamente

    A instituio sindical antiqssima, data do sculo XVI na Europa, e desde princpios deste sculo,

    no Brasil. Consagrada por lei em quase todos os pases ocidentais, ela um produto natural do

    prprio sistema capitalista que, ao diferenciar o trabalho do capital, torna necessria a existncia de

    rgos que representem os interesses de cada um.

    A nica funo do sindicato a de "representar os interesses dos trabalhadores" sob

    determinada jurisdio, visando o seu bem estar. As restries, nfase adotada pela ao sindical,

    so determinadas pelo ambiente scio-econmico, pelo sistema poltico, pela cultura (educao) e

    pela ideologia dos detentores do poder. Assim, nos Estados Unidos e no Brasil, na Frana e na

    Colmbia, a funo do sindicalismo a mesma, mas adota formas

    significativamente diferentes.

    O sindicato est proibido de se comprometer de alguma forma com outros movimentos sociais,

    ou mesmo trabalhistas, caso eles no tenham a ver diretamente com os interesses especficos dos

    trabalhadores afiliados (jurisdio). Os diversos pases ocidentais aderem de maneira diferenciada

    ao conceito de "jurisdio" comentado. Nos Estados Unidos e no Brasil, por exemplo, a adeso

    quase que completa.

    Os sindicatos representam os trabalhadores e acertam contratos de negociaes coletivas e da

    todo suporte necessrio aos trabalhadores.

    Na dcada de 80, observou-se na economia brasileira uma estagnao das atividades

    econmicas e altas taxas de inflao que comprometia o rendimento mdio dos trabalhadores e isso

    modificou a atuao sindical.

    Nesse perodo, utilizaram-se os principais instrumentos agressivos de negociaes: Greves por

    tempo indeterminado; Paralisaes temporrias; Acordos demorados e intransigentes.

    fato que o Sindicato importante para todas as classes profissionais. por meio dos

    sindicatos que podemos ser representados coletivamente.

    O sindicato lembrado por ser a organizao que defende polticas coletivas e que luta pelo

    progresso dos trabalhadores.

    1. FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO. NOES BSICAS SOBRE A EVOLUO DO

    DIRETO DO TRABALHO, SOBRE SUA EVOLUO E DIREITO CONSTITUCIONAL DO

    TRABALHO.

    1.1. Identificao da organizao

    Nome: Supermercado Brasil

    Localizao: Avenida Presidente Vargas,1269- centro Iguatemi-MS

    Segmento: VendasPorte: Pequeno

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    quantidade de funcionrios: 30 (trinta)

    Produtos que comercializa: gneros alimentcios

    e artigos de higiene pessoal, limpeza e beleza, frios, carnes, pes, hortifruti e congelados.

    Misso: Conquistar a plena satisfao dos clientes, colaboradores e fornecedores, prestandoservios de qualidade conduzindo os negcios de maneira tica e sendo co-responsvel pelo

    desenvolvimento da regio

    Valores:. tica Profissional,Respeito,Honestidade e Humildade

    Justificativa da escolha da empresa: por ser uma empresa que atua no setor de vendas contribuindo

    para o crescimento do municpio gerando vrios empregos, pela qualidade de seus servios e

    satisfao dos consumidores.

    1.2 Evoluo do trabalho e das relaes de trabalhos

    H cerca de 100 000 anos, tudo de que precisvamos para sobreviver era caar e procriar.

    Depois, com mais ferramentas e armas, alcanamos certa organizao no trabalho, e outras

    maneiras de sobreviver foram surgindo. As primeiras tecnologias de irrigao, h 12 000 anos,

    permitiram que as lavouras se fixassem, gerando excedente de alimentos, menos obrigaes de

    caa e mais tempo para nos especializarmos em outras tarefascomo na minerao e na

    metalurgia. Surgiram as primeiras vilas, e nossas necessidades aumentaram, estimulando os

    esforos de massa e o aparecimento de lderes para planejar e controlar o trabalho. Construmos

    cidades, monumentos e templos e continuamos crescendo em quantidade de indivduos e em

    qualidade de conhecimento. Dominamos tcnicas de manufatura, desenvolvemos materiais,

    descobrimos novos mundos e sofisticamos nossas relaes sociais e comerciais at o mximo

    afinal, sempre acreditamos que estamos na fronteira, no limite entre o possvel e o impossvel.

    O sculo

    20 trouxe a boa nova da linha de montagem, o aumento da produtividade, o barateamento e a

    popularizao dos produtos, mas tambm a desvalorizao das habilidades de cada um no

    trabalho.1.3 Direito do Trabalho

    O Direito do Trabalho teve seu marco inicial com a Revoluo Industrial. Com a chegada das

    mquinas, o desemprego cresceu e com isso gerou mais unio. Nesta ocasio o Estado no

    intervinha na prestao de trabalho, era mero espectador, e s intervia quando era chamado. Mas

    com a Revoluo, a insatisfao dos intelectuais, a revolta dos trabalhadores e a posio da Igreja,

    passou o Estado de mero espectador, para uma postura intervencionista, Ele passa a intervir para

    obter a paz social, atravs do equilbrio entre capital e trabalho. Isso foi feito atravs da

    superioridade jurdica do trabalhador para suprir a inferioridade no capital. Da o carter

    protecionista do Direito do Trabalho. Mas o Estado intervm de forma consciente, afirmando eu o

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    trabalho no mercadoria. A partir desse momento comearam a surgir as primeiras normas, leis.

    Mas foi aps a 1 Guerra Mundial que o direito do trabalho se firmou, com a criao da OIT

    (organizao internacional do trabalho), que tinha a finalidade especfica de cuidar da melhoria do

    trabalho em todo mundo.

    Princpios:

    - Princpio Protetor: Que diz a respeito do indubio pro operarium, vale a aplicao da norma mais

    favorvel ao empregado e a observncia da condio mais benfica;

    - Irresistvel: Que diz que o direito trabalhista irresistvel, ou seja, o empregado no pode renunciar

    aos direitos que lhes so garantidos;

    - Continuidade da relao de emprego: Visa a permanncia

    da relao de trabalho, isto , ele vive no tempo e existe da forma sucessiva.

    - Primazia da Realidade: Prevalece sempre a norma escrita, o que acontece na realidade

    comprovadamente.

    - Garantias mnimas ao trabalhador: um sistema de proteo, pode ser com garantia mnima ou

    mxima.

    2. PRINCPIOS, RENUNCIA, TRANSAO DO DIREITO DO TRABALHO. RELAES DE

    TRABALHO EMPREGADO X EMPREGADOR. TRABALHO RURAL E TERCEIRIZAO

    A evoluo dos sindicatos e os benefcios que conquistaram para os colaboradores.

    Podemos considerar a principal evoluo do sindicato no Brasil foi a sua importncia na vida do

    trabalhador e o suporte disponibilizado aos mesmos, temos como exemplo sua interveno no caso

    de reclamaes de condies de trabalhos ou at mesmo descumprimentos das condies contidas

    nas convenes coletivas que em acordo com as empresas dos ramos estipulam melhorias

    constantes ao trabalho assalariado.

    O sindicato era um rgo que contestava e enfrentava os empresrios sem medir

    conseqncias a fim de conquistar direitos aos trabalhadores.

    A vida dos trabalhadores principalmente nas fabricas era de longas e cansativas jornadas de

    trabalho, explorao de mulheres e crianas, ambientes insalubres, salrios baixos e pouco ou

    nenhum benefcio.

    Um dos mtodos para que essa histria fosse revertida foram s paralisaes mais conhecidas

    como greves, e conforme relatos a primeira greve do Brasil ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em

    1858, Tipgrafos do estado que lutava contra a injustia patronal e melhores salrios.

    Em 1930 Getulio Vargas criou o Ministrio do Trabalho, a Justiado

    Trabalho e a Consolidaes das Leis do Trabalho (CLT), onde os direitos trabalhistas com apoio das

    categorias de sindicatos combativos que ainda resistiam foram aos poucos conquistando resultados

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    importantes como Frias, Descanso Semanal Remunerado (DSR), Jornada de 8 h dirias,

    Regulamentao do Trabalho da Mulher e do menor entre outros.

    Com as constantes mudanas na economia as empresas vm reduzindo o quadro de pessoal

    e optando por acordos trabalhistas mais flexveis, o que vem dividindo as categorias de

    profissionais. Essa diviso das categorias profissionais impede a formao de uma luta organizada

    em sindicatos; enquanto isso as empresas cada vez mais se organizam para barrar as intervenes

    dos sindicatos em acordos e convenes coletivas.

    Com o passar dos anos e o mundo cada vez mais globalizado os sindicatos tambm esto

    evoluindo, deixando apenas de lutar por reajuste salarial como era antigamente

    Hoje os sindicatos alem de se preocupar com as reivindicaes, que importante, passaram a

    se preocupar com sua relao com o poder pblico e economia; os sindicatos passaram tambm a

    ter uma atividade mais assistencialista, deixando de lado as teorias revolucionarias.

    A funo social do sindicato ser a voz da categoria nas negociaes entre empresa e

    empregado. Nessas negociaes so criadas e aperfeioadas muitas normas trabalhistas, quanto

    mais representativos, mais poder de barganha o sindicato tem.

    Mas, a luta dos sindicatos por melhores salrios e emprego ainda continua, o que tem mudado

    a forma de lutar. Existem momentos em que mais fcil fazer greve, em outros a melhor sada

    reivindicar outros tipos de acordos e benefcios, j que funo dos sindicatos dos trabalhadores

    unir foras para manter a relao entre a empresa e o empregado equilibrada, negociar a

    manuteno dos direitos conquistados e a promoo de melhorias nos contratos de trabalho.

    Em pocas de dificuldades econmicas os sindicatos preocupados nos interesses dos

    trabalhadores mudam de foco preferem negociar a reduo da jornada de trabalho demisso em

    massa de trabalhadores.

    Muita coisa mudou, mas as reivindicaes permanecem; ao longo dos anos o sindicato mudou

    sua caracterstica de brigar por reposies salariais e comeou a requerer outros direitos para os

    trabalhadores como benefcios sociais. Hoje em dia um benefcio na rea da sade tem o mesmo

    peso que um aumento de salrio.

    Outra mudana o ganho que o trabalhador teve com a capacidade de o sindicato representar

    coletivamente uma classe perante a Justia como substituto processual. O sindicato como autor

    retira da ao contra a empresa pessoalidade do pedido, j que a maioria dos trabalhadores tem

    medo de perder o emprego ao mover uma ao contra a empresa ainda estando contratado.

    Os sindicatos esto mudando no seu modo de operao e do papel desempenhado por eles.

    Os sindicatos esto firmando mais pactos de cooperao com seus empregadores, por

    exemplo, trabalhando com eles no desenvolvimento de programas de participao de funcionrios

    com base em equipes. Cerca da metade dos acordos coletivos assinados recentemente encorajam

    um relacionamento cooperativo entre as partes. Clusulas cooperativas cobrem aspectos como a

    formao de comits

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    para examinar problemas com drogas e questes de assistncia medica e segurana.

    3. CONTRATOS DE TRABALHO. FORMAS, EFEITOS E DURAO DO CONTRATO DE

    EMPREGO. REPOUSO, FRIAS, REMUNERAO E SALRIO

    Conveno Coletiva da Categoria Sindical

    Os conflitos trabalhistas no se solucionam apenas atravs da atuao do Estado, pois existem

    meios autnomos de resolv-los, so eles as convenes e acordos coletivos; que so formas de

    negociao.

    Negociao coletiva compreende todas as negociaes que tenham de um lado o empregador,

    um grupo de empregados ou uma organizao, ou vrias organizaes de empregados e do outro

    lado, uma ou vrias organizaes de trabalhadores, com o objetivo:

    a) fixar as condies de trabalho e emprego;

    b) regular as relaes entre empregadores e trabalhadores e

    c) regular as relaes entre empregadores ou suas organizaes e uma ou vrias organizaes de

    trabalhadores ou alcanar todos estes objetivos de uma s vez.

    De acordo com o artigo 616 da CLT, os sindicatos das categorias econmicas ou profissionais e

    as empresas, mesmo as que no tenham representao sindical, no podero recusar-se

    negociao coletiva. necessrio entendermos, que conveno coletiva acordo de carter normativo, entre um ou

    mais sindicatos de empregadores, definindo as condies de trabalho que vo atuar sobre todos os

    trabalhadores dessas empresas, sendo que sua aplicao, categoria, independe ou no do

    trabalhador ser scio ou no do sindicato, pois o efeito erga omnes ( artigo 611 da CLT ).

    J o acordo coletivo um pacto entre uma ou mais empresas com o sindicato de uma categoria

    profissional, onde so estabelecidas condies de trabalho, aplicveis a essas empresas ( 1 do

    artigo 611 da CLT ).

    A diferena entre ambas consiste exatamente nos sujeitos envolvidos, enquanto que no acordo

    coletivo feito entre uma ou mais empresas e o sindicato da categoria profissional, nas convenes

    coletivas o pacto realizado entre o sindicato da categoria profissional e o sindicato da categoria

    econmica.

    Ao analisarmos o artigo 617 da CLT percebemos que permitido que os empregados de uma ou

    mais empresas celebrem acordo coletivo de trabalho com seus empregadores, contanto que dem

    cincia dessa resoluo, por escrito, ao sindicato que represente a categoria profissional, no prazo

    de oito dias, para que este assuma as negociaes; o mesmo se aplica aos sindicatos econmicos.

    Contudo, se esse prazo terminar sem que o sindicato tenha iniciado a negociao, podero osinteressados dar conhecimento dos fatos federao a que estiver vinculado o sindicato e, na falta

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    desta, a correspondente confederao, para que no mesmo prazo, assuma a direo das

    negociaes. Todavia se o prazo se esgotar podero os interessados prosseguir de forma direta na

    negociao coletiva, at o seu trmino.

    A conveno coletiva deve ser necessariamente escrita, no podendo de forma alguma ser feita

    verbalmente, como ocorre no contrato de trabalho, pois isso dificultaria a sua aplicao e o seu

    entendimento. No pode ocorrer rasuras e emendas, tendo que ser feita em tantas vias quanto

    forem necessrias ao nmero de partes convenentes, e mais uma que ser destinada ao registro (

    nico do artigo 613 da CLT ).

    O prazo mximo

    de validade das convenes e acordos coletivos de 2 anos ( 3, do artigo 614 da CLT).

    Para que tenha validade a norma coletiva ter que ser precedida de assemblia geral no

    sindicato, sendo esta especialmente convocada para essa finalidade, de acordo com as

    determinaes de seus estatutos. Na primeira convocao, devero comparecer 2/3 dos associados

    da entidade, se se tratar de conveno, e dos interessados, no caso de acordo. Na Segunda

    convocao, dever comparecer 1/3 dos membros ( artigo 612 da CLT ). O quorum de

    comparecimento e votao ser de 1/8 dos associados em Segunda convocao nas entidades

    sindicais que tenham mais de 5.000 associados ( nico do artigo 612 da CLT).

    Depender de aprovao, em assemblia geral, dos sindicatos convenentes ou acordantes o

    processo de prorrogao, reviso, denncia, revogao total ou parcial de conveno ou acordo

    coletivo ( artigo 615 da CLT ). Ocorrendo conveno, acordo ou sentena normativa em vigor, o

    dissdio coletivo dever ser instaurado em 60 dias anteriores ao respectivo termo final, com o

    objetivo de que o novo instrumento passe a ter vigncia no dia imediato a esse termo.

    O servidor pblico tem direito sindicalizao mas no pode negociar mediante acordo ou

    conveno coletiva de trabalho, em razo do princpio da legalidade que norteia a Administrao

    Pblica (artigo 37 da CF). J as empresas pblicas, sociedades de economia mista e outras

    entidades que explorem atividade econmica h a possibilidade da utilizao de acordos e

    convenes coletivas, pois tais empresas devem cumprir o regime das empresas privadas, assim

    como tambm as obrigaes trabalhistas.

    As clusulas obrigacionais vinculam s os pactuantes, fixando direitos e obrigaes, enquanto

    que as normativas so aquelas aplicadas a toda categoria nos contratos individuais dos

    trabalhadores, estabelecendo condies de trabalho, ambas do a conveno coletiva efeitos de

    contrato. As convenes e os acordos contm:

    1) designao dos sindicatos convenentes ou dos sindicatos e empresas acordantes;

    2) prazo de vigncia;

    3) categorias ou classes de trabalhadores abrangidas por suas normas;

    4) condies ajustadas para reger as relaes individuais de trabalho durante sua vigncia;

    5) normas para a conciliao das divergncias surgidas entre os convenentes por motivos da

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    aplicao de seus dispositivos;

    6) disposies sobre o processo de sua prorrogao e de reviso total ou parcial de seus preceitos;

    7) direitos e deveres dos empregados e suas empresas;

    8) penalidades para os sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de

    violao de suas prescries.

    A vigncia de clusulas de aumento ou reajuste salarial, que importe elevao de tarifas ou

    preos sujeitos a fixao por autoridade pblica ou repartio governamental, depender de prvia

    audincia dessa autoridade ou repartio e sua expressa declarao no que diz respeito

    possibilidade de elevao da tarifa ou do preo quanto ao valor dessa elevao.

    As condies de trabalho alcanadas por fora de sentena normativa vigoram no prazo assinado,

    no integrando, de forma definitiva, os contrato ( En.277 do TST ).

    Prev, ainda, a CLT (art. 621) que "as convenes e os acordos podero incluir, entre suas

    clusulas, disposio sobre

    a constituio e funcionamento de comisses mistas de consulta e colaborao, no plano da

    empresa e sobre participao nos lucros. Estas disposies mencionaro a forma de constituio, o

    modo de funcionamento e as atribuies das comisses, assim como o plano de participao,

    quando for o caso".

    Todavia no se tem conhecimento da constituio ou da atuao eficiente de comisses para

    conciliao de divergncias sobre normas coletivas e nem tampouco de comisses mistas de

    consulta e colaborao, no plano da empresa e sobre participao nos lucros. O que se sabe que

    os trabalhadores continuam procurando a Justia do Trabalho para solucionar os conflitos

    trabalhistas, cujo movimento cada vez mais crescente.

    Apenas a existncia da lei no basta, necessrio educar empregados e empregadores no

    sentido de buscarem alternativas no s para a criao de normas trabalhistas autnomas

    (convenes e acordos coletivos), como tambm mecanismos extrajudiciais para a soluo dos

    conflitos entre o capital e o trabalho, na trilha percorrida por outros povos, numa poca de

    globalizao da economia. Isso demanda tempo, educao e incentivo, ou estmulo econmico

    conciliao. Mudanas culturais no se adquirem do dia para a noite. A evoluo chegou a ser

    incorporada pela Constituio Federal art. 114, parte final do 2 e inciso XXVI do art. 7

    assegurando o respeito s disposies convencionais e legais mnimas de proteo do trabalho,

    bem como o direito ao reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho. Ou seja, a

    inteno existe, basta agora, a boa vontade para aplic-la!

    4. ESTABILIDADES E GARANTIAS DO EMPREGO FGTS E

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    MEIO AMBIENTE DO TRABALHO. DIREITO COLETIVO E LIBERDADE SINDICAL

    Conflito Coletivo e o Conflito Individual de Trabalho

    Partimos da considerao de que as diferenas e conflitos em potencial so partes integrantes

    do processo de gesto coletiva e se revela como um indicativo da existncia da prpria participao

    democrtica e cotidiana, da busca de integrao e da descentralizao, pela possibilidade de

    debates pblicos e poltica ativa no grupo.

    Um conflito no algo dado em si, existente, mas sim construdo nas relaes. Nas dinmicas

    sociais, econmicas e polticas surgem conflitos que envolvem interesses do individual ao coletivo

    numa mesma dada situao. Nessa complexidade, uma nica disciplina do conhecimento no pode

    ser suficiente para o tratamento de conflitos, principalmente aqueles ligados promoo da

    sustentabilidade.

    Um conflito no algo dado em si, existente, mas sim construdo nas relaes.

    Partimos da considerao de que as diferenas e conflitos em potencial so partes integrantes do

    processo de gesto coletiva e se revela como um indicativo da existncia da prpria participao

    democrtica e cotidiana, da busca de integrao e da descentralizao, pela possibilidade de

    debates pblicos e poltica ativa no grupo.

    Se cada indivduo ou grupo em um dado contexto est procura nica e exclusiva de seus prprios

    interesses, provvel que qualquer iniciativa de reuni-los resulte em conflitos de interesse entre

    eles, o que pode representar entrave e resistncia para o avano do processo desejado.

    Nas dinmicas sociais, econmicas e polticas surgem conflitos que envolvem interesses doindividual

    ao coletivo numa mesma dada situao. Nessa complexidade, uma nica disciplina do

    conhecimento no pode ser suficiente para o tratamento de conflitos, principalmente aqueles ligados

    promoo da sustentabilidade.

    O tratamento adequado dos conflitos existentes entre os vrios agentes de qualquer processo

    de gesto e tambm os novos conflitos emergentes durante o processo certamente uma tarefa

    desafiante, requerendo a capacidade de orientao do processo de modo a possibilitar um

    redirecionamento do movimento para fins cooperativos.

    Quando vrias lideranas representam interesses de distintos grupos, h composio de

    diferentes foras e a tendncia tenso natural. O foco deve estar nos aspectos que unem e no

    nos aspectos que separam os indivduos ou grupos.

    Apesar de diferentes interesses, a cooperao pode ser crescente, medida que as interaes

    entre os participantes se dinamizam e eles vo descobrindo que, por meio de objetivos superiores e

    o estabelecimento de Parcerias, os resultados podem ser favorveis a TODOS.

    Chegar a resultados comuns nas decises coletivas uma verdadeira arte, um trabalho contnuo

    do grupo e do indivduo. Consenso um processo para tomada de decises que busca obter aharmonizao de diferenas de forma pacfica e desenvolvimento cooperativo de decises que

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    todos podem apoiar. Para o consenso funcionar necessrio reunir cinco requisitos bsicos em um

    grupo:

    A disposio de compartilhar o Poder

    Inteno comum

    O compromisso consciente e informado com o processo de Consenso

    Agendas slidas: pauta

    Uma facilitao efetiva (posio neutra).

    Apresentao das propostas

    - em relao aos valores e princpios centrais do grupo - e como estes estariam sendo promovidos

    caso a proposta seja aceita. Evitar foco nos conflitos e diferenas.

    Dilogo aberto e sincero - onde se pode identificar os mecanismos do "eu quero porque quero" e

    assim desfazer os jogos de poder to arraigados na nossa cultura. Seguramente, o desapego da

    prpria idia facilita o processo. Ao trmino deste dilogo o consenso pode emergir.

    Identificao das preocupaes presentes no grupo. importante evitar-se qualquer discusso

    sobre maneiras para solucionar estas preocupaes. Manter o foco na expresso das preocupaes

    e clarear as comunicaes, propiciando um clima de cordialidade.

    Encontrar solues. Algumas preocupaes podem ser solucionadas facilmente, e podem se

    revelar neste momento.

    Agendar futuras reunies para atender questes no solucionadas. Pode ser necessrio discutir e

    solucionar assuntos delicados um a um, antes que se alcance o consenso.

    Avaliao - deve ser construtiva e incluir comentrios tanto positivos como negativos. Pode ser til

    que um membro assuma o papel de observador, reportando ao final os comportamentos

    disfuncionais no grupo.

    Em situaes de impasse, chegar ao consenso no significa, necessariamente, adotar uma ou

    outra posio, mas sim, entregar-se aos vrios fatores envolvidos e suas implicaes. a busca da

    sntese das diferenas, como um garimpeiro procura de sua pepita de ouro. Podemos assim

    chegar manifestao da conscincia de grupo.

    Partilhamos a compreenso de que a semente da Cooperao cresce espontaneamente do

    simples fato de nos percebermos integrantes de um verdadeiro

    Grupo, em unidade e comunho de Propsito. Alm deste aspecto essencial e a importncia de sua

    contnua vitalizao, bem como organizao geral e comunicao cuidadosas, outro aspecto

    fundamental na coeso de um Grupo provm do corao.

    O filsofo Schopenhauer sustentava que a raiz da tica a empatia: que o comportamento tico

    provm de uma profunda conexo com a humanidade do outro.

    Carl Roger nos fala sobre a empatia: "Quando algum realmente escuta voc, sem julgamento, sem

    procurar assumir responsabilidade por voc, sem tentar mold-lo, isso uma sensao muito boa.

    Quando fui ouvido e fui escutado, sou capaz de reperceber meu mundo de uma nova maneira e ir

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    em frente. impressionante como elementos, que pareciam sem soluo, tornam-se solucionveis

    quando algum me escuta."

    A relao emptica um exemplo vivo de presena e transformadora. Assim, o autntico

    esprito de grupo emerge na construo de relaes e laos afetivos slidas, numa comunicao

    efetiva, olho no olho, onde as experincias partilhadas e desafios possam favorecer as bases de um

    entendimento mtuo, com amorosidade e elos de confiana. Somos levados tambm a pensar que o

    exerccio consciente da Cooperao no dia a dia contribui de modo orgnico e efetivo para a

    manifestao da Conscincia de Grupo.

    Tudo isso certamente vlido de um pequeno Grupo de estudos ou de trabalho a abrangentes

    organizaes internacionais tais como a ONU - em seu papel e sentido originais: respeitar as

    diferenas, favorecer negociaes e o bem estar de todos os povos, garantindo a Paz entre as

    naeS

    Linguagem o modo particular por meio do qual uma poca,

    uma regio, um grupo social ou uma pessoa se expressam.

    A Cooperao a fora unificadora mais positiva que agrupa uma variedade de indivduos com

    interesses separados numa sociedade coletiva. (Haratmann)

    Sabemos que, muito mais que uma ferramenta para atingir objetivos, a Cooperao precisa ser

    aprendida e praticada em nossa sociedade.

    A Linguagem Cooperativa se prope a nutrir a Cultura da Cooperao, tal como proposta no

    processo dos Jogos Cooperativos e tem como base o trabalho de "Comunicao Compassiva".

    Como um dos possveis caminhos de educao/reeducao e como filosofia de vida, os Jogos

    Cooperativos representam um importante movimento mundial. Terry Orlick, da Universidade de

    Ottawa, Canad, foi um de seus seus precursores, com a publicao do livro "Vencendo a

    Competio" em 1978. Aqui no Brasil, no incio da dcada de 90, tivemos como pioneiro Fbio Otuzi

    Brotto, focalizador do Projeto Cooperao ( www.projetocooperacao.com.br )

    De l para c, em crescente aplicao, os Jogos Cooperativos vm sendo difundidos por

    diversos profissionais nas mais diversas reas, dentre as quais, esporte, educao, treinamento e

    desenvolvimento de pessoal em recurso humanos, projetos sociais, cultura, lazer, etc.

    Este trabalho, com uma pedagogia e uma cultura da Cooperao, vm promovendo a

    "ensinagem" de novos modos de auto-percepo, de percepo do outro e de percepo do mundo,

    repensando com sucesso o velho paradigma da competio, individualismo e outros

    condicionamentos.

    A Comunicao Compassiva foi desenvolvida por Marshall Rosenberg, PhD, conhecido

    mundialmente por seu trabalho de paz entre comunidades

    em conflito, Doutor em psicologia clnica, desde 1966. Ele e seus associados esto atuando nos

    cinco continentes, oferecendo habilidades de convivncia no-violenta a educadores, estudantes,

    pais, profissionais das reas de sade e sade mental, em delegacias, quartis, presdios, igrejas,

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    na gesto pblica, a mediadores de conflito, administradores, advogados, ativistas e diplomatas. A

    Comunicao Compassiva oferece meios prticos para que possamos viver a viso compartilhada

    pela psicologia moderna e tradies espirituais milenares. uma ferramenta que facilita a

    transformao de conflitos em dilogos construtivos, dissolvendo a violncia, possibilita relaes de

    respeito sustentveis, aprimora a parceria e desperta nossa essncia solidria.

    "Ouvir com empatia no significa fatalmente fazer o que a outra pessoa quer; significa, isto sim,

    mostrar o conhecimento e respeito pelo mundo interior daquela pessoa. Receber com empatia uma

    mensagem, procurando perceber o outro, suas necessidades e pedidos, isentos de crticas ou

    exigncias, um gesto de reciprocidade. Falar a partir do corao um gesto de amor, dando s

    outras pessoas uma oportunidade de contribuir com o nosso bem estar e praticar a generosidade."

    (Marshall Rosenberg).

    Pela Linguagem Cooperativa, estamos procurando desenvolver a sistematizao do conjunto de

    conceitos prprios da filosofia e da prtica da Cooperao. Por meio de uma srie de exerccios de

    simples aplicao no cotidiano, desenvolvemos a expresso sincera de sentimentos e necessidades

    pelo exerccio da conexo emptica, promovendo a qualidade das relaes intra e interpessoais.

    A prtica

    da Linguagem Cooperativa demonstra-se como uma possibilidade bastante apropriada para a

    gesto de conflitos nos mais diversificadas situaes.

    Procuramos evidenciar que o adequado tratamento de conflitos requer uma abordagem

    interdisciplinar, agregando elementos pessoais, macro e micro presentes em cada caso.

    Numa reunio, podemos indicar as principais fases formais em busca do consenso:

    5. NEGOCIAO COLETIVA E GREVE. NOES FUNDAMENTAIS DE DIREITO PROCESSUAL

    DO TRABALHO. DISSDIO INDIVIDUAL E COLETIVO.

    As Fases do Movimento Sindical no Brasil

    Primeira Fase

    A etapa corresponde Primeira Repblica, quando o Estado brasileiro ainda era oligrquico e

    no havia nenhuma interveno estatal no movimento.

    Segunda Fase

    A etapa inaugurada no primeiro Governo de Vargas, na dcada de 30, quando se comea a

    formar o Estado propriamente capitalista e institui-se uma srie de instrumentos de controle e

    interveno estatal.

    Terceira Fase

    Essa etapa est relacionada ao crescimento do capitalismo e da economia, a partir da dcada

    de 50, com o chamado desenvolvimentismo.

    Quarta FaseA quarta etapa marcada pela Ditadura Militar, poca em que os sindicatos sofrem a invaso de

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    corpos estranhos, lideranas so cruelmente perseguidas e h perseguio direta ao conjunto das

    diretorias

    contrrias ao regime imposto.

    Quinta Fase

    A quinta etapa d-se na abertura, na chamada Nova Repblica, quando h uma ascenso do

    movimento operrio que desemboca na fundao do PT e da CUT.

    Sexta Fase

    A sexta etapa marca-se pela implementao do neoliberalismo no Brasil, registrada a partir da

    dcada de 1990. No

    interior dessa fase brota uma stima.

    Stima Fase

    Nessa fase no h superao da sexta; pelo contrrio, acentuam-se os aspectos que marcaram

    as relaes de trabalho em plena era neoliberal no Brasil. O que, na realidade, caracteriza o que

    aqui se chama de stima fase so as contradies geradas, fundamentalmente, pelo Governo Lula.

    Ainda que no tenhamos sado do neoliberalismo, as contradies entre as classes e entre agentes

    de classe, no momento atual, so absolutamente distintas dos Governos anteriores (de Collor a

    FHC). Nessa etapa nada mais tem o mesmo significado e o papel dos partidos de esquerda e da

    CUT sofreu profunda mudana.

    A histria do sindicalismo no Brasil iniciou-se no perodo do grande influxo da imigrao

    europia ocorrido no sculo XIX. Aps a grande revoluo industrial, a Europa j assistia a uma

    srie de movimentos dos trabalhadores que reivindicavam melhores condies de salrio e de

    trabalho de um modo geral (reduo de jornadas dirias, segurana no trabalho, etc.). Tais

    movimentos foram tomando corpo ideolgico mais preciso com o advento de iderios como o

    anarquismo e o socialismo. Nesta primeira fase dos movimento sindicais predominava o mutualismo

    das associaes de classe destinadas resoluo dos problemas enfrentados pela comunidade de

    trabalhadores. Tais associaes arrecadavam fundos para doenas, manuteno de escolas,

    aposentadoria e invalidez, etc.. Com o crescente contato das associaes de trabalhadores com as

    novas ideologias anarquistas e socialistas, os movimentos tomaram maior fora poltica. A

    conscincia de classe apenas dava seus primeiros passos na histria.No Brasil, a prpria

    novidade da existncia de uma classe operria acarretava na total inexistncia de leis que

    regulamentassem suas atividades profissionais. Desta forma,os trabalhadores enfrentava pssimas

    condies de trabalho e cumpriam extenuantes jornadas dirias, no havendo ento nenhum

    respaldo legal destinado aos seus direitos. Entre os primeiros movimentos sindicais, a grande

    divergncia entre socialistas e anarquistas se resumia na defesa da organizao partidria pelos

    primeiros e a recusa completa destas organizaes por parte dos anarquistas.J no final do sculo

    XIX, surgiam as associaes que deram origem aos sindicatos: as Ligas Operrias j apresentavam

    suas aes alm do mero mutualismo ao organizar as primeiras greves, movimentos reivindicatrios

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    destinados reduo das jornadas dirias, aumento de salrios e melhores condies de

    trabalho.Os movimentos dos trabalhadores brasileiros tambm ganharam novo alento com as

    notcias da Revoluo Sovitica de 1917, gerando uma nova esperana para a classe operria: j

    em 1917 ocorre a primeira grande greve em So Paulo, sendo de incio violentamente reprimida

    pelas foras policiais e, posteriormente, recebendo a devida ateno da classe dirigente ao obter

    vitrias em suas reivindicaes. A partir desta primeira vitria, o movimento operrio tendeu a um

    grande desenvolvimento no Brasil,decaindo apenas na dcada de vinte em funo da ainda precria

    organizao do prprio movimento. Apesar deste aspecto, em 1922 criado o PCB (Partido

    Comunista Brasileiro), sendo um marco do declnio das idias anarquistas no seio do movimento

    operrio.

    Os movimentos da classe trabalhadora somente retomam seu

    vigor aps a Revoluo de 30: o ento presidente da Repblica, Getlio Vargas, visando consolidar

    sua posio no cenrio poltico atravs de medidas populares, empreende um srie de medidas

    favorveis aos trabalhadores e formao dos sindicatos (criao do salrio mnimo, da Justia do

    Trabalho, instituio do imposto sindical e da jornada de trabalho de oito horas, obrigatoriedade da

    carteira de trabalho). A oficializao dos sindicatos resultou da promulgao da CLT (Consolidao

    das Leis de Trabalho), conjunto de leis trabalhistas vigente at nossos dias. Desta forma, os

    sindicatos, ainda que assumindo nova fora poltica, passam a se situar sob grande controle do

    prprio estado.Os movimentos trabalhistas sofrem grandes golpes a partir da dcada de 40: em

    1947foi decretado o fechamento do PCB.

    O movimento deste partido junto classe trabalhadora teve seu prosseguimento na

    clandestinidade. Anteriormente, os movimento sindicais j eram bastante perseguidos como uma

    "ameaa comunista", havendo ento violenta represso de manifestaes pblicas e intervenes

    em vrios sindicatos. Ainda assim, posteriormente houve a criao de diversos rgos sindicais que

    visavam uma unificao dos movimentos trabalhistas e assumindo posturas polticas mais radicais.

    Na dcada de 60 houve ento uma indita organizao de trabalhadores do campo, surgida no

    Nordeste: as Ligas Camponesas pregavam uma reforma agrria visando mais democracia na

    distribuio das terras ento dominadas pelos grandes proprietrios e posteriormente, atravs do

    Primeiro Congresso dos Trabalhadores do Campo, realizado em 1961, os trabalhadores rurais

    exigiam a validade da

    CLT tambm para suas atividades. Tambm surgiu em 1962 a Confederao Geral dos

    Trabalhadores e outros rgos similares que, embora se utilizando do discurso radical, no

    chegaram a possuir grande representatividade entre os trabalhadores, pois apenas uma pequena

    parcela de operrios era sindicalizada.O grande golpe desferido sobre os movimentos trabalhistas

    ocorreram durante a implantao do regime militar de 64, perodo de maior represso poltica

    exercida sobre os sindicalistas e sobre a sociedade de um modo geral.

    O regime militar tratou de punir severamente os sindicatos atravs de intervenes e prises dos

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    lderes sindicais.O movimento sindical no pas ressurgiu com alguma fora s aps 1970 e, em

    1978, a greve ocorrida na Scania no ABC paulista inaugura uma nova fase na histria do

    sindicalismo brasileiro: as notcias da greve incentivam em vrias regies do pas a retomada das

    mobilizaes sindicais. A partir da greve do ABC paulista surgiu uma nova liderana na figura de

    Lus Incio da Silva (o Lula), ento presidente do Sindicato dos Metalrgicos de So Bernardo e

    Diadema.

    A ao de Lula avanaria alm do movimento sindical e tomaria o mbito da poltica atravs da

    posterior criao do PT(Partido dos Trabalhadores). Posteriormente houve tambm a criao de

    uma nova organizao sindical de unificao nacional dos trabalhadores, a CUT (Central nica dos

    Trabalhadores).

    6. CONSIDERAES FINAIS

    Referente a relaes trabalhistas e sindicais o lado menos favorecido em relao ao poder o

    trabalhador, por isso ele necessita de leis e sindicatos fortes que defendam seus direitos.

    As mudanas que esto ocorrendo e aquelas que ainda esto por vir tornam-se essenciais para

    contemplar a nova era das relaes trabalhistas e a nova viso das pessoas.

    Porm, por mais que possamos estabelecer sistemas democrticos de convivncia entre

    trabalhadores e empregadores, ainda assim essa relao ser sempre desigual; por isso

    necessrio preservar um patamar de direitos inegociveis dos trabalhadores.

    A partir do momento em que as negociaes sejam conduzidas por instituies de trabalhadorese empregadores fortes, bem organizadas e respeitadas pelas categorias que representam, o nvel

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    de conflitos na relao ser bem menor, ganha com isso a sociedade brasileira como um todo.

    O objetivo geral deste trabalho foi analisar o papel dos sindicatos no Brasil e os fatores principais

    que contriburam para que o sindicalismo chegasse a situao dos dia atuais.

    Os principais elementos que provocaram a mudana de postura das organizaes sindicais

    foram: a flexibilizao da legislao trabalhista, aumento do desemprego aberto.

    A existncia de sindicatos de fundamental importncia no mercado de trabalho porque

    representam os trabalhadores coletivamente

    REFERNCIAS

    LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de Direito do Trabalho e Processo

    Trabalhista. 13 ed. So Paulo: LTR, 2010. PLT 325.

    MARTINS, Srgio Pinto. Direito do Trabalho. 16 ed., So Paulo: Atlas, 2002.

    Nascimento, Amauri Mascaro. Iniciao ao Direito do Trabalho, 29 ed., So Paulo: Ltr, 2003.

    CARRION, Valentin. Comentrios Consolidao das Leis do Trabalho, 27 ed., So Paulo:

    Saraiva, 2002.